Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg © 1999, Editora Cultura Cristã.
Todos os direitos são reservados. 1ª edição - 1999 – 3.000 exemplares 2ª edição - 2005 – 3.000 exemplares 3ª edição - 2011 – 3.000 exemplares
Conselho Editorial:
Ageu Cirilo de Magalhães Jr. Cláudio Marra (Presidente) Fabiano de Almeida Oliveira Francisco Solano Portela Neto Heber Carlos de Campos Jr. Mauro Fernando Meister Tarcízio José de Freitas Carvalho Valdeci da Silva Santos
Produção editorial
Tradução
Missão Reformada no Brasil
Revisão
Wilton Vidal de Lima
Editoração
Assisnet Design Gráfico
Capa
Magno Paganelli
de Brés, Guido; Ursinus, Zacarias.
D288c Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg / Guido de Brés & Zacarias Ursinus; [tra-dução Missão Reformada no Brasil] – 3ª edição – São Paulo: Cultura Cristã, 2011.
80 p. 14x21 cm
Tradução de: Confession Belge / Catéchisme de Heidelberg ISBN 978-85-7622-088-6
1. Confissões reformadas. 2. História da Teologia. I. de Brés, G. II. Ursinus, Z. III. Título CDD21ed. - 238
EDITORA CULTURA CRISTÃ
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Superintendente: Haveraldo Ferreira Vargas Editor: Cláudio Antônio Batista Marra
Apresentação
O primeiro dos padrões doutrinários da Igreja Reformada na
Holan-da foi a Confissão de Fé. Ela é normalmente conheciHolan-da como Confissão
Belga porque originou-se na área agora conhecida como Bélgica. Seu
principal autor foi Guido de Brès, um pregador reformado martirizado
em 1567. Durante o século 16 as igrejas naquela região foram expostas
às mais terríveis perseguições pelo governo católico. Para protestar
con-tra essa cruel opressão e para provar aos opressores que os reformados
não eram rebeldes revolucionários, como os acusavam, mas cidadãos
cumpridores das leis que professavam as verdadeiras doutrinas cristãs
de acordo com as Sagradas Escrituras, de Brès preparou esta Confissão
no ano de 1561. No ano seguinte, uma cópia dela foi enviada ao rei
Felipe II, junto com uma declaração em que os signatários afirmavam
estar prontos a obedecer o governo em tudo o que fosse legítimo, mas
que ofereceriam suas costas ao chicote e seus corpos ao fogo antes de
negar as verdades expressas na Confissão.
O Catecismo de Heildelberg é o segundo dos padrões doutrinários
da Igreja Reformada e originou-se no ano de 1563 na cidade de
Heildel-berg (daí seu nome), capital do eleitorado alemão do Palatinado. O
prín-cipe eleitor Frederico III, que se tornou calvinista em 1560, encarregou
Zacarias Ursinus (professor da faculdade de teologia de Heildelberg) e
Caspar Olevianus, pregador da corte, de prepararem um manual de
ins-trução doutrinária para consolidar a fé reformada em seus domínios. O
novo catecismo foi aprovado e publicado em 1563. O sucesso foi
ime-diato e em sua 3ª edição as perguntas e respostas foram agrupadas em
52 Dias do Senhor, de modo que seu conteúdo pudesse ser estudado ao
longo de um ano. O Catecismo de Heildelberg tornou-se o mais
impor-tante símbolo de fé das igrejas reformadas, junto com a Confissão Belga
e – a partir do Sínodo de Dort (1619) – os Cânones de Dort, também
publicado no Brasil por esta editora.
Esta publicação teve, em sua primeira edição (1999), o generoso
apoio dos irmãos da Igreja Reformada Libertada da Holanda, a quem
agradecemos a dedicação. Para continuar a divulgação das verdades
bíblicas tais como resgatadas pela Reforma, apresentamos à igreja esta
segunda edição.
Cláudio Marra
4 Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg
As citações bíblicas na Confissão Belga e no Catecismo de
Heidelberg são feitas de acordo com a versão da Bíblia de
Almei-da, Revista e AtualizaAlmei-da, 2ª edição.
Os livros da Bíblia são abreviados da seguinte maneira:
Antigo Testamento
Gênesis ... Gn Êxodo ...Êx Levítico ...Lv Números ... Nm Deuteronômio ... Dt Josué ...Js Juízes ...Jz Rute ... Rt 1Samuel ...1Sm 2Samuel ...2Sm 1Reis ...1Rs 2Reis ...2Rs 1Crônicas ... 1Cr 2Crônicas ... 2Cr Esdras ...Ed Neemias ... Ne Ester ...Et Jó ...Jó Salmos ...Sl Provérbios ...Pv Eclesiastes ...Ec Cântico dos Cânticos ... Ct Isaías ... Is Jeremias ... Jr Lamentações de Jeremias ...Lm Ezequiel ...Ez Daniel ... Dn Oseias ...Os Joel ... Jl Amós ... Am Obadias ... Ob Jonas ...Jn Miqueias ...Mq Naum ... Na Habacuque ... Hc Sofonias...Sf Ageu ... Ag Zacarias ...Zc Malaquias ... MlNovo Testamento
Mateus ... Mt Marcos ...Mc Lucas ...Lc João ...Jo Atos ... At Romanos ... Rm 1Coríntios ... 1Co 2Coríntios ... 2Co Gálatas ... Gl Efésios ... Ef Filipenses ...Fp Colossenses ... Cl 1Tessalonicenses ... 1Ts 2Tessalonicenses ... 2Ts 1Timóteo ...1Tm 2Timóteo ...2Tm Tito ...Tt Filemom ...Fm Hebreus ... Hb Tiago ...Tg 1Pedro ... 1Pe 2Pedro ... 2Pe 1João ...1Jo 2João ...2Jo 3João ...3Jo Judas ...Jd Apocalipse ... ApARTIGO 1
O único Deus
Todos nós cremos com o coração e confessamos com a boca
1que há um só Deus,
2um único e simples ser espiritual.
3Ele é eterno,
4incompreensível,
5invisível,
6imutável,
7infinito,
8Todo-poderoso;
9total-mente sábio,
10justo
11e bom,
12e uma fonte transbordante de todo o bem.
71 Rm 10.10. 2Dt 6.4; 1Co 8.4, 6; 1Tm 2.5. 3Jo 4.24. 4Sl 90.2. 5Rm 11.33. 6 Cl 1.15; 1Tm 6.16. 7Tg 1.17. 81Rs 8.27; Jr 23.24. 9Gn 17.1; Mt 19.26; Ap 1.8. 10Rm 16.27. 11Rm 3.25-26; Rm 9.14; Ap 16.5, 7. 12Mt 19.17. Veja também Is 40, 44 e 46. ARTIGO 2
Como conhecemos a Deus
Nós o conhecemos por dois meios. Primeiro: pela criação,
manuten-ção e governo do mundo inteiro, visto que o mundo, perante os nossos
olhos, é como um livro formoso,
1em que todas as criaturas, grandes e
pequenas, servem de letras que nos fazem contemplar “os atributos
invi-síveis de Deus”, isto é, “o seu eterno poder, como também a sua própria
divindade”, como diz o apóstolo Paulo (Rm 1.20). Todos estes atributos
são suficientes para convencer os homens e torná-los indesculpáveis.
Segundo: Deus se faz conhecer ainda mais clara e plenamente por
sua sagrada e divina Palavra,
2isto é, tanto quanto nos é necessário nesta
vida, para sua glória e para a salvação dos que lhe pertencem.
1
Sl 19.1-4. 2Sl 19.7-8; 1Co 1.18-21.
ARTIGO 3