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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA UNIDADE DE ENSINO PENEDO ANA DEJE SANTOS CRUZ MANOEL MESSIAS DOS SANTOS JUNIOR

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA

UNIDADE DE ENSINO PENEDO

ANA DEJE SANTOS CRUZ

MANOEL MESSIAS DOS SANTOS JUNIOR

MUSEU DA GENTE SERGIPANA MARCELO DÉDA: A EXPERIMENTAÇÃO DAS ATIVIDADES DE VISITAÇÃO COMO INSTRUMENTO PARA A EDUCAÇÃO

PATRIMONIAL.

PENEDO 2016

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ANA DEJE SANTOS CRUZ

MANOEL MESSIAS DOS SANTOS JUNIOR

MUSEU DA GENTE SERGIPANA MARCELO DÉDA: A EXPERIMENTAÇÃO DAS ATIVIDADES DE VISITAÇÃO COMO INSTRUMENTO PARA A EDUCAÇÃO

PATRIMONIAL.

Trabalho de Conclusão de Curso, modalidade Artigo de Pesquisa apresentado ao Curso de Graduação em Turismo da Universidade Federal de Alagoas, Campus Arapiraca - Unidade de Ensino Penedo - como requisito para obtenção de grau de Bacharel em Turismo.

Orientadora: Professora Doutora Fabiana de Oliveira Lima

Penedo-AL 2016

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Sumário

1 INTRODUÇÃO ... 6 2 A RELAÇÃO ENTRE CULTURA E PATRIMÔNIO: CONCEITOS CONSTRUÍDOS AO LONGO DA HISTÓRIA ... 9 3 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL COMO PREMISSA PARA A PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS ... 13 4 MUSEU DA GENTE SERGIPANA MARCELO DÉDA: A EXPERIÊNCIA DO

FORTALECIMENTO DO VÍNCULO COM O PATRIMONIO CULTURAL

PROVENIENTES DAS ATIVIDADES DE VISITAÇÕES ... 19 4.1 Metodologia e Análise da Pesquisa ... 19 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 28 REFERÊNCIAS ... Erro! Indicador não definido.

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MUSEU DA GENTE SERGIPANA MARCELO DÉDA: A EXPERIMENTAÇÃO DAS ATIVIDADES DE VISITAÇÃO COMO INSTRUMENTO PARA A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL.

Ana Deje Santos Cruz1 Manoel Messias dos Santos Junior2

RESUMO:

O presente trabalho tem o intuito de verificar como as atividades de visitação a museus culturais podem estimular a construção de um vínculo de pertencimento de determinado indivíduo com a sua cultura. Para tanto, estabelecendo uma visão amparada nas reflexões de autores como Horta, Grumberg & Monteiro (1999), percebe-se que uma determinada comunidade só poderá conservar seus bens culturais a partir do momento que os reconhece como um bem, de fato, um tesouro, algo que precisa ser preservado. É nesse contexto que surge a necessidade de educar para preservar, uma vez que com o avanço das tecnologias da informação e da comunicação, consolidando a ideia de um mundo globalizado, há uma forte tendência de dissociação do indivíduo da sua cultura local. Dessa forma, foi desenvolvido um relato da atividade de visitação ao Museu da Gente Sergipana Marcelo Déda. Bem como, foi realizada uma pesquisa pós-visitação a fim de compreender a relação de pertencimento que os visitantes, alunos do ensino médio do “Colégio Estadual Antônio Mathias Barroso” da cidade de Santana do São Francisco-SE, possuem com o patrimônio cultural. Assim, também foi possível refletir sobre as limitações da educação patrimonial. Na qual a primeira buscou registrar cada situação que captasse, por parte dos visitantes, uma sensação de pertencimento à sua cultura e a segunda buscou aprofundar o conhecimento acerca das possibilidades e limitações que existem dentro e fora da sala de aula, possibilitando a estes alunos a chance de conhecerem e (re)conhecerem sua cultura, para então preservá-la. Dessa forma, podemos considerar, de modo conclusivo, que o Museu Cultural Marcelo Déda, situado na capital do Estado de Sergipe, possui um vasto conteúdo que exibe a riqueza cultural do estado, no entanto, a formalização desses conteúdos, em sala de aula, é o que falta para que se possibilite ao cidadão sergipano uma discussão mais aprofundada e transversal sobre temas que envolvem a sua identidade.

Palavras-chave: Conservação. Educação Patrimonial. Museus culturais

1

Graduanda do curso de Turismo da Universidade Federal de Alagoas. 2

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ABSTRACT:

This study aims to verify how much visitation activities to cultural museums can stimulate the construction of a belonging to link particular individual with their culture. Therefore, establishing a supported vision in the reflections of authors such as Horta, Grumberg & Monteiro (1999), one sees that a particular community can only preserve their cultural property from the moment it recognizes as a right, indeed a treasure , something that needs to be preserved. It is in this context that the need to educate to preserve, as with the advancement of information and communication technologies, consolidating the idea of a globalized world, there is a strong dissociation of the individual from their local culture. Thus, it developed a report of visitation activity at the Museum of People Sergipana Marcelo Deda. As well as a post-visit survey to better understand the membership ratio was held visitors, the high school students of the public school "State College Antonio Mathias Barroso" Santana city of San Francisco-SE, have with cultural heritage . Thus, it was also possible to reflect on the limitations of heritage education. In which the first sought to register each situation that would capture, for the visitors, a sense of belonging to their culture and the second sought to deepen the knowledge about the possibilities and limitations that exist within and outside the classroom, allowing these students chance to know and (re) know their culture, and then preserve it. Thus, we can consider, conclusively, that the cultural museum Marcelo Deda, located in the capital of the State of Sergipe, has a rich content that shows the cultural wealth of the state, however, the formalization of such content in the classroom, it is missing so that it enables the citizen sergipano further cross and discussion of issues involving your identity. Keywords: Conservation. Heritage Education. cultural museums

1 INTRODUÇÃO

Ao pensarmos em patrimônio, seja ele de ordem natural, histórico ou cultural, fazemos de antemão, referência à necessidade de preservação através do tombamento de todos os bens, tangíveis e intangíveis (materiais e imateriais). O tombamento consiste em proteger bens culturais considerados representativos de diversos segmentos da cultura brasileira segundo princípios do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) fazendo alusão à memória dos diferentes segmentos da sociedade. (PELEGRINI, 2009)

Conforme a Constituição da Republica Federativa do Brasil de 19883, “o patrimônio

cultural brasileiro passou a constituir-se, do ponto de vista legal, dos bens de natureza

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material e imaterial, concernentes à identidade e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”. (CERQUEIRA, 2005, p. 03).

De acordo com Machado (2004, p.12), a Constituição agrupa esses bens conforme a seguinte classificação:

I – As formas de expressão; II – os modos de criar, fazer e viver; III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V – os conjuntos urbanos ou sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico e científico. (MACHADO, 2004, P. 12)

Para Barretto (2000, p. 9), “o patrimônio pode ser classificado por duas grandes divisões: natureza e cultura”. Considera o patrimônio natural como constituído das riquezas que estão no solo e subsolo. E o conceito de patrimônio cultural, como sendo constituído pelos valores, costumes, tradições e preceitos construídos ao longo do tempo pelo homem. Tal entendimento vem sendo ampliado à medida que se revisa o conceito de cultura.

Neste artigo, situaremos a discussão no âmbito do patrimônio cultural, tendo em vista as reflexões que insurgem na atual conjuntura social na qual a cultura vem sendo gradativamente dissociada da sua realidade local e passa a ser vinculada a uma grande e plural, estabelecendo, dessa forma, um processo de descaracterização ou dissociação da sua cultura, uma vez que o homem vive em constante transformação.

A fim de preservar e conservar aquilo que é próprio da cultura do nosso país, o IPHAN foi criado, segundo decreto-lei nº 25/37, estimulando o acesso e o cuidado da população para com o patrimônio construído ao longo tempo. Assim, segundo Funari (2006), aquilo que é determinado como patrimônio é o excepcional, o belo, o exemplar, o que representa a nacionalidade. Criam-se serviços de proteção ao patrimônio, como museus, formando uma administração patrimonial. (FUNARI; PELEGRINI, 2006 p.20)

O ressurgimento da discussão do papel das identidades como princípios essenciais da vida pessoal e da mobilização social na era da mundialização, da internet e da mídia, é um dos maiores paradoxos da nossa época. Quem quer compreender hoje a política deve começar por se inclinar não sobre a economia ou a geopolítica, mas sobre a identidade religiosa, nacional, regional e étnica de cada sociedade. (CASTELLS, 1998)

Não obstante a Castells (1998), a concepção de Hall (2006) é que o indivíduo pós-moderno estaria submetido a transformações que se dão com diferentes intensidades, em resposta às mudanças estruturais e institucionais. Neste sentido, as identidades constituídas ao longo do tempo, que se achavam estabilizadas e acomodadas, hoje, são resultado de múltiplos referenciais que são agentes de diferentes identidades.

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A cerca das questões que envolvem a preservação e conservação de bens patrimoniais, surge, concomitantemente, a ideia de educação patrimonial, no qual se sustenta no ideal do homem que se reconhece culturalmente e percebe-se sujeito atuante desta.

Nesse contexto, constituímos em termos práticos, a identificação dos efeitos provenientes da experiência de visitação de museus culturais, enquanto prática pedagógica para o fortalecimento do vínculo de pertencimento de estudantes com a cultura sergipana. Para tanto, temos vivenciado um momento bem particular: a difusão da educação patrimonial como sendo o grande estímulo para a preservação e conservação dos espaços naturais e culturais, ao se entender “educação como indissociável de cultura” (LEITE & OSTETTO, 2006, p. 28).

Porém,

No Brasil não existem politicas publicas voltadas para educação patrimonial o que dificulta o processo de educação e por fim do conhecimento e da preservação do nosso patrimônio cultural. No entanto apesar da falta de políticas publicas a educação patrimonial vem sendo abordada e ações para seu desenvolvimento são implantadas. O grande passo foi dado com a criação do Guia Básico de Educação Patrimonial e o Manual de Atividades Práticas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, criado no ano de 1999 o guia e o manual veio para dá um ponto de partida para a criação de ações voltadas à educação patrimonial. Educação patrimonial é importante para transformação na formação das pessoas onde possam reconhecer sua história valorizando sua cultura e deixando de ser mero espectador promovendo a interação da comunidade com os agentes responsáveis pela conservação dos bens. (HORTA; GRUMBERG; MONTEIRO, 1999).

Este trabalho incluiu diversas discussões e conhecimento importantes e já formalizados acerca do ideal de educação patrimonial e conservação da cultura local. No entanto, o conhecimento da cultura sergipana e a confrontação desses alunos com a sua própria identidade recriada a partir de diversas percepções, trouxe-nos direcionamento no que tange a não apropriação desses conhecimentos em sala de aula.

Diante das modificações existenciais e de identidade cultural, este estudo, a priori, busca compreender o impacto da experimentação das atividades de visitação como instrumento para a educação patrimonial.

Para tanto, discorremos sobre “a relação entre cultura e patrimônio” e na sequência tratamos sobre “a importância da Educação Patrimonial como premissa para a preservação e conservação de bens patrimoniais”.

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Tendo como objetivo geral Verificar o quanto as atividades de visitação a museus culturais podem estimular a construção de um vínculo de pertencimento de determinado indivíduo com a sua cultura. E os objetivos específicos, Discutir a importância da educação patrimonial como premissa para a preservação e conservação de bens culturais; Reconhecer como o museu, enquanto espaço de memorias e culturas, pode contribuir para o exercício do sentimento de pertencimento e valorização dos indivíduos e sua cultura; Compreender o impacto da visitação de alunos a museus culturais e tendo em vista o fortalecimento do vínculo destes com o patrimônio cultural local.

Ao final do trabalho pudemos expor os resultados da pesquisa no Museu da Gente Sergipana Marcelo Déda, localizado na cidade de Aracaju, no qual verificamos ser este de grande importância para a disseminação da cultura sergipana aos seus conterrâneos e, principalmente, no que diz respeito a identificação e o sentimento de pertença destes para com a sua cultura.

2 A RELAÇÃO ENTRE CULTURA E PATRIMÔNIO: CONCEITOS CONSTRUÍDOS AO LONGO DA HISTÓRIA

Ao averiguarmos os conceitos de cultura e patrimônio, veremos o quanto esses dois termos se assemelham e se complementam, sabendo que um é consequência do outro, pois que a relação entre cultura e patrimônio é pautada não só pela união de suas palavras, mas a união de seus objetivos: preservar aquilo que foi produzido pelo homem e reafirmar a identidade cultural de um povo.

O conceito de cultura foi fortemente discutido no século XVIII, a partir do termo germânico Kultur, utilizado para representar aspectos próprios de uma comunidade. A partir do vocábulo inglês culture, Edward Tylor pela primeira vez define cultura com o sentido bem próximo do que temos hoje. (LARAIA, 2009)

Tomado em seu amplo sentido etnográfico é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. (TYLOR apud LARAIA, 2009, p. 25)

Um conceito mais moderno de cultura mostra a prevalência do conceito anteriormente formulado por Tylor, mas condiciona-o às mudanças tecnológicas e de relações humanas e da divisão do trabalho, na qual passamos e vivemos até hoje. Sendo assim,

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Culturas são sistemas (de padrões de comportamento socialmente transmitidos) que servem para adaptar as sociedades humanas aos seus embasamentos biológicos. Esse modo de vida das comunidades inclui tecnologias e modos de organização econômica, padrões de estabelecimento, de agrupamento social e organização política, crenças e práticas religiosas, e assim por diante. KEESING apud LARAIA, (2009, P 59)

Desmembrando tais significados para um conceito mais simplório, poderíamos chegar à conclusão de que cultura é todo legado deixado pelo modo de vida e das relações que advém de uma dada sociedade. Já o termo patrimônio, que vem do latim patri (“pai”) e monium (“recebido”) é tido pela UNESCO (United Nation Educational, Scientific and Cultural Organization - Organização para a Educação, a Ciência e a Cultura das Nações Unidas), como “o legado que recebemos do passado, vivemos no presente e transmitimos às futuras gerações”. E acrescenta ainda que “nosso patrimônio cultural e natural é fonte insubstituível de vida e inspiração, nossa pedra de toque, nosso ponto de referência, nossa identidade”.

Vemos, deste modo que a relação entre patrimônio e cultura é intrínseca, visto que o patrimônio depende do fator cultura para subsistir e a cultura depende do patrimônio para se expandir e ser notada. Nesse sentido, surge o termo patrimônio cultural, que aqui no Brasil foi tratado a partir dos primeiros esforços e iniciativas concretas em preservar as memórias ilustres da glória de uma nação. Toda a evolução dos conceitos de patrimônio histórico no Brasil se deu a partir de vários fatos políticos e culturais que marcaram a história do país. (MARTINS, 2006, p 1-2)

A partir dos primeiros passos dados em busca de uma legitimação da preservação do patrimônio cultural do país, houve a necessidade de se criar um Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN).

Assim,

O Decreto-Lei nº 25/37, no que pese sua importância para preservação do patrimônio cultural, demonstrou, de forma explícita, a visão da época a respeito do patrimônio cultural, formado por bens móveis e imóveis, que fossem do interesse público, em vista da sua vinculação com fatos memoráveis da história do Brasil ou por seu excepcional valor arqueológico, etnogrático, bibliográfico ou artístico. (FONSECA (1997), apud MARTINS, 2006, p. 03)

Tal decreto em seu artigo primeiro define o que passou a ser chamado de patrimônio histórico e artístico nacional:

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Art. 1º - constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. (BRASILa, 1937)4

Nesses termos, segundo a ideia inicial de patrimônio histórico, Martins (2006, p. 08), descreve que “o conceito de cultura estava ligado, primordialmente, aos bens móveis ou imóveis. A proteção do chamado patrimônio cultural resumia-se a tombamentos e inscrições de obras que, ou eram belas (...) ou traduziam fatos marcantes da história do Brasil”.

Com o passar do tempo, e devido a amplas discussões e necessidade de atualização e adaptação para uma visão antropológica da cultura, o conceito de patrimônio histórico e artístico passou a ser suprido com um conceito mais vasto de patrimônio cultural. A partir dessa visão, Aguirre (1997) apud Martins (2006, p.03) afirma com veemência que patrimônio equivale à cultura e assim, defende a ideia dinâmica de cultura, sustentando-se no que sugere Bourdieu (1989), de que existe apenas um patrimônio, o cultural, do qual se apropriam de forma diferente a cultura dominante e a cultura popular.

Paralelo a isso, a primeira convenção referente ao patrimônio mundial, cultural e natural foi adotada pela conferência geral da UNESCO em 1972. A partir do reconhecimento da importância da diversidade, a grande novidade consistiu em considerar que os sítios declarados como patrimônio da humanidade pertenciam a todos os povos do mundo.

Segundo essa convenção, subscrita por mais de 150 países, o patrimônio da humanidade compõe-se de: monumentos: obras arquitetônicas, esculturas, pinturas, vestígios arqueológicos, inscrições, cavernas; conjuntos: grupos de construções; sítios: obras humanas e naturais de valor histórico, estético, etnológico ou científico; monumentos naturais: formações físicas e biológicas; formações geológicas ou fisiográficas: habitat de espécies animais e vegetais ameaçadas de extinção; Sítios naturais: áreas de valor científico ou de beleza natural.

Segundo Pelegrini (2009), o patrimônio cultural pode ser dividido em três categorias de sítios patrimoniais: os naturais, os culturais e os mistos. Os bens culturais são divididos em bens materiais (tangíveis) e imateriais, também chamados intangíveis.

Para uma compreensão mais concreta, dizemos que os bens tangíveis podem ser classificados em bens móveis e imóveis. Os bens móveis abrangem os objetos de artes, objetos litúrgicos, livros e documentos, fósseis, coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais e arquivísticos. Já os bens imóveis estão relacionados aos

4 Decreto-Lei nº 25, 30 de Nov. de 1937. Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Disponível em:

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monumentos, núcleos urbanos e edifícios, templos, bens individuais, sítios arqueológicos e sítios paisagísticos. (PELEGRINI, 2009)

Por outro lado, os bens imateriais, sendo enfatizados pela representatividade em diversos segmentos da cultura brasileira são apresentados como “o modo de ser e fazer” de um determinado povo.

Podemos deste modo, destacar alguns patrimônios imateriais reconhecidos nacionalmente, são eles: Ofício das Paneleiras de Goiabeiras; Samba de Roda do Recôncavo Baiano; Ofício das Baianas de Acarajé; Círio de Nossa Senhora de Nazaré; Feira de Caruaru; Frevo; dentre outros. Todos esses bens imateriais foram considerados notórios e dignos de proteção e tombamento.

O tombamento tem sido um termo usualmente citado no tocante à preservação, e o que seria de fato tombar um patrimônio? Segundo Pelegrini (2009, p. 34), tombamento é uma:

Ação que implica a preservação e a revitalização, ou seja, a adoção de medidas que se complementam e juntas valorizam os bens que se encontram deteriorados. Deve ficar claro que o tombamento não tem por objetivo “congelar”, “cristalizar” a cidade ou inibir o seu desenvolvimento, mas sim proteger os bens e preservar suas características originais, viabilizando toda e qualquer obra que venha a contribuir para a melhoria da cidade. (PELEGRINI, 2009, P. 34)

Embora existam vários conceitos que definem patrimônio, de acordo com cada país e cultura, surge a ideia de patrimônio mundial ou patrimônio da humanidade, que embute neste conceito a responsabilidade de proteger aquilo que é próprio da humanidade: o saber.

O patrimônio arqueológico, por exemplo, por ser testemunha do passado, torna-se fonte de conhecimento e, portanto, valiosa herança cultural. Assim, surge a tarefa da educação patrimonial que tem como objetivo transmitir ao indivíduo a consciência do patrimônio cultural e a importância deste para a preservação e continuidade da sociedade tal como ela é e se apresenta através dos seus modos de produção socioeconômicos e culturais.

O patrimônio é reflexo da sociedade que o produz, no entanto, este nem sempre é fruto da coletividade, pois pode ser resultado de diversos contextos, sejam eles econômicos políticos ou culturais e assim, representam patrimônio, quando tais produções são assumidas livremente pela coletividade. (MARTINS, 2006)

Assume-se, portanto, a necessidade de educar para conservar, a fim de que cada indivíduo, a partir da memória que se faz sobre seu passado encontre o sentido de apropriar-se de valorizar a herança cultural recebida.

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3 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL COMO PREMISSA PARA A PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS

Após se refletir um pouco sobre o que se constitui de fato o patrimônio cultural de uma nação, chegamos ao momento de entender de que forma é possível conservar o patrimônio, fruto da cultura e que possui valor inestimável para a sociedade.

Um grande e primeiro passo seria compreender que a educação patrimonial se constitui em um:

Instrumento de alfabetização cultural que possibilita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia, caracterizado por ser um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança cultural, capacitando-o para um melhor usufruto destes bens, e propiciando a geração e a produção de novos conhecimentos, num processo contínuo de criação cultural. (HORTA; FARIAS; GRUNBERG; MONTEIRO, 1999, p. 7)

Antes de avaliarmos o valor da educação patrimonial para a humanidade, é necessário entender as variações conceituais de manutenção dos bens patrimoniais, comumente utilizadas para designar o cuidado com o patrimônio para que este perpasse gerações, incutido de conhecimento e cultura. Estes conceitos são: preservar e conservar.

Preservar significa proteger, resguardar, evitar que alguma coisa seja atingida por outra que possa lhe ocasionar dano. Conservar significa manter, guardar para que haja uma permanência no tempo. Desde que guardar é diferente de resguardar, preservar o patrimônio implica mantê-lo estático e intocado, ao passo que conservar o patrimônio implica integrá-lo no dinamismo do processo cultural. Isso pode, às vezes, significar a necessidade de ressemantização do bem considerado patrimônio, e é nesse terreno que se dá a discussão (BARRETTO, 2000, p. 15).

Essa pequena variação semântica, provoca uma grandiosa diferenciação na ação no que se refere ao processo de visitação e apropriação do bem patrimonial.

A Educação Patrimonial no guia é referida como um processo central para a preservação e valorização dos bens culturais e principalmente como um subsídio para desenvolver a capacidade de participação na gestão do patrimônio. As premissas do trabalho educativo se constituem pela ideia de que “... o conhecimento crítico e a apropriação consciente pelas comunidades do seu patrimônio são fatores indispensáveis no processo de preservação sustentável desses bens, assim como no fortalecimento dos sentimentos de identidade e cidadania” (HORTA; FARIAS; GRUNBERG; MONTEIRO, 1999, p. 6). (GRUMBERG, RAMOS & SILVA, 2014, P. 02)

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A Conservação dos bens de uma comunidade é de certa forma, um meio sustentável de manter as tradições e a cultura, bem como permitir que qualquer indivíduo, interessado por essa cultura tenha a possibilidade de nela integrar-se.

Há que considerar que a preservação e conservação são formas de manter uma história viva, necessitando assim existir cuidados redobrados, mas quando falamos de preservação e conservação patrimonial, vêm-nos logo a ideia de algo intocável, que não se pode utilizar.

Esta divisão simplista como diz Guillaume (2003) pode estar representando a ideologia presente nas sociedades industrializadas modernas na qual por um lado incentiva o desenvolvimento econômico, a produção em série, a superação pelo novo e, por outro, defende aquilo que necessita estar intocado, salvo exposto em museus. Apresenta assim, certa regulação simbólica através da conservação do que é produzido em série pela indústria, superado pelo novo, descartado e que necessita ser resgatado pela conservação, e aquilo que permanece intocado por ser precioso. Assim, a “produção repele a conservação, mas ao mesmo tempo fá-la servir ao seu fim” (GUILLAUME, 2003, p. 50).

Portanto, há a necessidade de se ter um profissional na área para dar direcionamento àquilo que pode ser conservado, mas de alguma forma, ter sua utilidade na vida de quem fomenta sua importância causal.

Sobre a necessidade real de preservar e conservar, foi somente a partir do ano de 1989 que, segundo Pelegrini (2009), os países ocidentais passaram a preocupar-se com a salvaguarda das tradições populares e todo o patrimônio imaterial produzido pelo povo. Aprovada pela Conferência da UNESCO, a recomendaçãoa salvaguarda da cultura tradicional e popular consistia em identificar, conservar, difundir e proteger a cultura tradicional e popular, haja visto que até aquele momento a atenção dada era unicamente ao reconhecimento e preservação de toda cultura material de um povo.

No Brasil, no ano de 1997, em Fortaleza no Ceará um seminário idealizado e realizado pelo IPHAN promoveu debates que desencadearam em direcionamentos para o trato do patrimônio histórico e cultural do país. Nesse sentido:

A carta de Fortaleza aconselhava que a preservação do patrimônio cultural fosse “abordada de maneira global, buscando valorizar as formas de produção simbólica e cognitiva”; que fosse “constituído um banco de dados” relativos aos bens culturais “passíveis de proteção, tornando a difusão e o intercâmbio das informações ágil e acessível”; que fossem realizadas “parcerias com entidades públicas e privadas com o objetivo de conhecer as manifestações culturais da natureza imaterial sobre as

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quais já existam informações disponíveis”. O documento ainda salientava a relevância do desenvolvimento de um Programa Nacional de Educação Patrimonial com vistas a ampliar as atenções em relação ao patrimônio cultural brasileiro. (PELEGRINI, 2009, p. 23)

Urgiu, nesse instante, a necessidade de educar para preservar e nesse sentido, a educação patrimonial passa a ser entendida de modo formal e informal e “constitui uma prática educativa e social que visa à organização de estudos e atividades pedagógicas interdisciplinares e transdisciplinares” (PELEGRINI, 2009, P. 36). A educação formal para o patrimônio pode ser vista como aquela que acontece em espaços formais, como a escola, cujas atividades pedagógicas são planejadas visando atender a demanda de ensino para a preservação de uma determinada região. Alguns exemplos podem ser vistos, quando, em sintonia com a lei maior da Educação LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), que apregoa a construção de um currículo constituído por uma base comum a todo o país e complementado por uma parte diversificada.

Neste contexto, algumas escolas adotam disciplinas como “sociedade e cultura” no intuito de educar para que o indivíduo se reconheça como agente social, além de produtor e proprietário de cultura. As atividades interdisciplinares e transdisciplinares, por sua vez, passam a ser um caminho alternativo para a construção de respeito e preservação do patrimônio cultural brasileiro.

Segundo o guia básico de educação patrimonial (Horta, 1999, p. 06), “o conhecimento crítico e apropriação consciente pelas comunidades do seu patrimônio são fatores indispensáveis no processo de preservação sustentável desses bens”. E o que seria a preservação sustentável? Pelegrini (2009) usa esse termo, associando ao desenvolvimento sustentável, na qual afirma ser um conjunto de medidas que tem como objetivo preservar o meio ambiente e o patrimônio cultural de modo integrado à dinâmica econômica de onde se vive.

Talvez, a sustentabilidade no que tange ao uso dos bens materiais e imateriais para fins econômicos, tem sido um fator preponderante na luta pela conservação e preservação de bens culturais de uma determinada sociedade.

Neste mesmo documento, encontramos como um dos objetivos da educação patrimonial o ato de “provocar situações de aprendizado sobre o processo cultural e seus

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produtos e manifestações, que despertem nos alunos o interesse em resolver questões significativas para a sua própria vida pessoal e coletiva” (HORTA; FARIAS; GRUNBERG; MONTEIRO, 1999, p. 08).

Para tanto, segundo os mesmos autores, a educação patrimonial pode ser trabalhada de modo formal por meio de etapas metodológicas que permeiam o ato de observar, registrar, explorar e apropriar, sendo que é nessa última instância que o indivíduo poderá ser partícipe, bem como valorizar o bem cultural em questão.

Sobre esse aspecto, Soares (2007, p.32) evidencia que:

a metodologia da Educação Patrimonial não busca apenas estimular a conservação física de lugares históricos, como prédios públicos, monumentos, praças, bens naturais, entre outros, busca também resgatar a memória e os valores que levaram a comunidade a reconhecer aquele personagem, objeto ou prédio histórico como patrimônios de uma coletividade. A Educação Patrimonial, portanto, pretende resgatar a relação de afeto entre a comunidade e seus patrimônios, estabelecendo entre eles um processo de aproximação, fazendo com que a comunidade tenha um sentimento de pertencimento em relação aos seus bens patrimoniais, desejando, assim, seu resgate e preservação. (SOARES, 2007, P.32)

Em outra instância, a educação patrimonial em ambientes não formais é entendida, sobretudo, como aquela que permeia espaços não formais de escolarização, tal como os museus, entre outros ambientes.

Para Gohn (2006) é necessário distinguir e demarcar as diferenças entre os conceitos de educação formal e não-formal. Para a autora:

(...) a educação formal é aquela desenvolvida nas escolas, com conteúdos previamente demarcados; a informal como aquela que os indivíduos aprendem durante seu processo de socialização - na família, bairro, clube, amigos etc., carregada de valores e culturas próprias, de pertencimento e sentimentos herdados; e a educação não-formal é aquela que se aprende “no mundo da vida”, via os processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivos cotidianos. (GOHN, 2006, P.02)

Os museus são espaços propícios à interação entre estudantes, professores e fontes diversificadas de aprendizagem porque o papel dos museus é mesmo este: informar, atualizar, conhecer, estudar e investigar. Um museu ajuda a compreender os legados da humanidade e por meio de uma metodologia específica pode constituir um caminho de interação entre museu e escola.

Experiências realizadas com alunos dos mais diversos níveis de ensino no Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia (UFBA) relatadas por Santos (1987 p. 54-55) revelaram, dentre outras situações, que “o espaço do museu pode ser utilizado para aulas com

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grande sucesso, (…) contribuindo para que a criança explore outros ambientes, desenvolvendo a criatividade”. E ainda, “os museus poderiam ser utilizados em grande escala para a realização de aulas de Educação Artística, pois nele poderíamos encontrar o material ilustrativo necessário a uma maior aprendizagem”.

Adotando uma perspectiva dialógica, desde o ano de 1995, por meio de uma parceria entre a Universidade de Paris e o Serviço Cultural do Museu de Louvre, surge um novo método de medição cultural. Incentivado por Claude Fourteau, o modo in situ, é realizado por estudantes, na qual o modelo convencional realizado por outras instituições é substituído pelo modo “conversacional”.

Desde a sua chegada, os visitantes são acolhidos pelos alunos de hotelaria que lhes concedem um bilhete de ingresso e lhes orientam. Em seguida, nas salas, eles são convidados a livremente abordar os estudantes disponíveis “a la carte” para dialogar com eles “ajudar aqueles que desejam melhor ver as obras” ou “dividir com eles seus conhecimentos e paixões pelos objetos expostos. Assim, praticando a palavra e o olhar plural, os encontros e os grupos criam-se ao sabor das afinidades e dos percursos visitados.

Segundo o Guia dos museus brasileiros, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Museus (2011, p. 10) “mais do que casas da memória, museus são casas da vida de um país. Espaços que assumem cada vez mais sua função social junto à população, enquanto casas de conhecimento, vivência e transformação” (…). Isso nos leva a compreender que um espaço como este, leva-nos tanto a reviver memórias como identificar situações corriqueiras em nossa vida.

Aqui mesmo no Brasil, podemos citar alguns espaços culturais que abrem espaço para o diálogo, que diferente da sua ideia inicial e característica peculiar, têm servido como ambiente educacional para a população brasileira, tais como o Museu da Língua Portuguesa, O Museu da Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, o Museu do Futebol, entre outros.

A questão da educação em museus possui um importante foco de interesse na atualidade, tanto no que diz respeito ao seu papel social, quanto no que se refere às práticas realizadas nesse espaço e suas possíveis reflexões. Percebe-se o interesse não apenas na organização e preservação de acervos, mas também na ênfase da compreensão, desenvolvimento e promoção da divulgação, bem como na formação de público como forma de disseminar conhecimentos por meio de uma ação educativa. (CAZELLI, 2005)

(18)

O contexto de criação do museu pode causar certa deturpação em seu real objetivo. Para alguns, museu é apenas um espaço onde encontramos objetos antigos, no entanto, um museu pode trazer um contexto histórico e cultural que, em muitos casos, é desconhecido pela maioria das pessoas. “Ao oferecer acesso a novas linguagens, tecnologias, conhecimentos e valores, estimulando a curiosidade dos visitantes, museus e centros culturais são reconhecidamente instrumentos que favorecem o aprendizado” (BRASILb, 2009, p.21).

O Museu é conhecido como espaço de memoria, no entanto essa ideia vem sendo transformada. Os museus estão mandando esse conceito, hoje podemos entender que museu tem como papel educativo e auxilia na construção de novos conhecimentos e de socialização promovendo a interação de uma sociedade com a sua historia e cultura, formando cidadãos conscientes e atuando como conservadores de seus bens patrimoniais.

Criou-se o pensamento de que é mais importante trabalhar conteúdos escolares, deixando de lado a formação humana, das questões morais e de cidadania. Ainda sim, cabe a escola se estruturar para realizar visitas com propostas pedagógicas concretas. Diante disso, fica evidente que os museus têm papel educador, pois as visitas a esses espaços podem gerar reflexões e debates sobre diversos temas.

Barbosa (1998, p.19) afirma que “É hora de os museus abandonarem seu comportamento sacralizado e assumirem sua parceria com as escolas, porque somente as escolas podem dar aos alunos de classe pobre a ocasião e a auto-segurança para entrar num museu”. Por fim, podemos dizer que o museu é um laboratório de vida, uma vez que a preservação do patrimônio é importante para compreendermos a relação do individuo com o meio.

Diante dessa convicção, traçaremos a seguir um relato da atividade de visitação ao Museu da Gente Sergipana Marcelo Déda, realizada no dia 19 de Junho de 2015 com alunos de uma Escola Estadual do Município de Santana do São Francisco, na microrregião do Baixo São Francisco Sergipano. Aliada à perspectiva de entronizar a educação patrimonial nessa instituição, buscamos entender, a partir de uma pesquisa de cunho quanti-qualitativo, o quanto e como um museu consegue envolver e possibilitar o sentimento de pertencimento e valorização dos indivíduos pela sua cultura.

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4 MUSEU DA GENTE SERGIPANA MARCELO DÉDA: A EXPERIÊNCIA DO FORTALECIMENTO DO VÍNCULO COM O PATRIMONIO CULTURAL PROVENIENTES DAS ATIVIDADES DE VISITAÇÕES

4.1 Metodologia e Análise da Pesquisa

Para a realização da pesquisa, escolheu-se o Colégio Antônio Mathias Barroso da cidade de Santana do São Francisco-SE, devido ao fato de esta possuir uma disciplina “Sociedade e Cultura” em sua grade escolar que trabalha a história, geografia e a diversidade cultural do Estado de Sergipe. A pesquisa foi exploratória, no qual envolveu levantamento bibliográfico utilizando autores como Horta e Monteiro, buscando uma maior familiaridade com o assunto. Participaram da visita ao Museu da Gente Sergipana, 30 alunos do ensino médio, com idades de 14 a 17 anos. Para viver a experiência de perceber sua cultura sendo exposta em um museu cultural. A segunda parte da pesquisa tinha como objetivo perceber o quanto e como esse museu conseguia aflorar nos alunos o sentimento de reconhecimento e pertencimento de sua cultura a partir de suas atividades internas.

A coleta de dados foi realizada a partir de questionário aplicado aos 30 alunos logo após a visitação. Na pesquisa foi feito um levantamento quantitativo. A partir dos dados obtidos foram geradas tabelas. Com os dados tabulados partimos para análise qualitativa, interpretando os dados e relacionando com as ideias dos autores.

Tendo como objetivo verificar o impacto das atividades de visitação de alunos a museus culturais por meio da educação patrimonial, no dia 19 de junho de 2015 saímos da cidade de Santana do são Francisco às 7h30min com destino a Aracaju para visitação do Museu da Gente Sergipana. O grupo foi composto por 30 alunos do Ensino Médio, 2 professores uma da disciplina de Geografia e o outro da disciplina de Educação Física, a diretora geral, um funcionário de apoio e a mãe de um aluno. Chegamos ao nosso destino, por volta de 09h40min.

Antes de a viagem ser proposta aos alunos, foi feita uma visita à escola para que a equipe diretiva pudesse, de antemão, ser avisada e compreender o objetivo da viagem a Aracaju. Nesse sentido, foi redigido um ofício para a direção da escola para que esta selecionasse algumas turmas de alunos para tal atividade de visitação. No ensejo, foi feito também um ofício direcionado à prefeitura da cidade no intuito de obtermos um transporte para levarmos os alunos.

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Após esse primeiro contato com a escola e o recebimento da confirmação a respeito do transporte que estaria à nossa disposição, entramos em contato com a direção do Museu e agendamos a nossa visita. Após selecionados os alunos, foi proposta uma reunião anterior a viagem para que estes pudessem entender o objetivo desta.

Chegando ao museu, fomos recepcionados por um monitor da instituição, que nos levou a sala de vídeo para assistir a um microfilme mostrando um pouco da diversidade cultural de Sergipe, sua flora e fauna, as comemorações religiosas, bem como os rios que banham o estado. Esse momento inicial foi de suma importância pelo fato de ter criado uma grande expectativa a respeito da experiência que iríamos vivenciar, preparando-nos assim para adaptar-nos ao clima do ambiente.

Encerrando a pequena mostra, os estudantes foram divididos em dois grupos, para que assim fosse possível entender o comportamento de cada um dos alunos. A visita então obedeceu a seguinte ordem:

1. Parada numa típica feira de rua sergipana. Nela, estão expostos produtos como: urupemba, panela de barro, bonecas de tecido, brinquedos de madeira, rolo de fumo, objetos de couro, bebidas artesanais, vestidos e etc., que podemos encontrar nas feiras das cidades sergipanas. Nesse ambiente, há a projeção de um feirante, seu Zé Vende, que, com o auxilio de um microfone, convida o visitante a interagir e barganhar, comportamentos esperados em uma feira de verdade. Nesse momento 6 alunos participaram do diálogo com o Josevende, pechincharam sobre os valores dos produtos. Alguns diziam não querer comprar o produto, ao que estimulava o feirante a insistir no diálogo e garantir a sua venda. É importante ressaltar que o diálogo que ocorre entre seu Josevende e os participantes, é o diálogo corriqueiro de uma feira popular, com gírias e características próprias do Sergipano.

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2. Seguimos pelo corredor das palavras típicas do dicionário sergipano. A pesquisa realizada pelo museu resultou na exposição de um linguajar ora estranho, ora familiar ao público presente. É um espaço muito interessante, e o monitor soube explorá-lo inquirindo os estudantes sobre o significado das palavras, bem como se as usavam em seu dia-dia. Nesta interação, responderam que sim e disseram o significado e sentido de cada uma delas. Exemplos: cranco (palavrão), empazinado (cheio quando come demais), nica (moeda), sestro (mania), saruê (espécie de marsupial encontrado nessa região) lambedor (um xarope caseiro) entre outras palavras. Nesse momento os alunos participaram com grande entusiasmo e foi o momento de grande interação, quando no reconhecimento de sua linguagem usual e linguajar específico.

Figura 2: Corredor das palavras (Fonte:CRUZ, Ana Deje, 2015).

3. Momento de conhecer um pouco dos biomas sergipanos. Fomos convidados a embarcar em um túnel sem iluminação no teto, mas com três barcos que servem de bancos para os visitantes sentarem e navegarem pelos biomas sergipanos por entre duas paredes laterais que são, na verdade duas telas compridas em formato côncavo que, com o auxílio de projetores possibilitou-nos, em blocos de alguns minutos por bioma, ver e ouvir os sons da fauna, da flora, dos mares, enaltecendo a beleza e as características próprias de Sergipe.

4. Na sequência, o resgate das brincadeiras, como a „amarelinha‟. Ao se jogar o dado

gigante de algodão no jogo riscado em uma espécie de tapete, independente de qual número caísse, nos é apresentada uma festa, um folguedo, pois o projetor acima do

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jogo informa qual é a dança ou folguedo, seu mês de ocorrência e seus sons característicos. Na oportunidade, os alunos se animaram com as brincadeiras de sua infância e com isso mostravam-se, cada vez mais envolvidos pela sua cultura.

Figura 3: Aluna interagindo no espaço destinado às brincadeiras e danças regionais (Fonte:CRUZ, Ana Deje, 2015).

No mesmo ambiente, a amarelinha dividia as atenções daqueles que se dirigiram para uma mesa redonda para rodar o pião. Ao parar de rodar, apareciam mais historias inspiradoras sobre o nosso estado, com prédios históricos, folguedos e curiosidades das cidades sergipanas. Eles se encantaram quando viram o artesanato da sua cidade sendo exposto lá no museu na seção de artesanatos do estado.

Figura 4: Monitor explicando a brincadeira do peão (Fonte:CRUZ, Ana Deje, 2015).

Alguns personagens importantes na história também foram lembrados, como poetas, pintores, cantores, escritores, mestres de danças etc. Aqueles que transformaram a história e a

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cultura do nosso estado com suas obras, sacrifício e lutas. Alguns foram reconhecidos pelos alunos, outros não.

.

Figura 5: Ao parar o peão mostrava algumas cidades e suas respectivas culturas (Fonte:CRUZ, Ana Deje, 2015).

Algumas falas ou questionamentos dos alunos demonstraram seu envolvimento com a atividade realizada e sua satisfação pelo momento vivenciado e pela organização e disposição do espaço criado para este fim.

“... gostei muito da visita, espero a próxima. Aquele seu zé da feira é

um vendedor chato, parece que aprendeu na feira de Santana. vou mandar ele ir para lá. Vai vender tudo...risos”. (Aluno)

“...pulei macacão (amarelinha). Lembrei quando era menor e brigava com as meninas quando o caco caia na linha e elas diziam que não, vou levá-lo (amarelinha) para minha casa. (Aluna)

Em outros momentos da visita foi importante notar que à medida que conheciam cada temática abordada pelos instrutores e se identificavam, grande parte dos alunos, questionava o fato de não possuírem mais espaços pra esse fim e reclamava a necessidade, cada vez maior, de ter acesso a esses conhecimentos.

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“ ...se eu disser cranco [sic] perto de mãe ela me dá uns cascudos (risos)” (Aluno)

“...Pior é tomar aquele lambedor que minha vó inventava de fazer mesmo sem eu estar doente o bicho [sic] amarga ruim que só”. (Aluno)

“ ...por que não tem mais coisas de Santana do São Francisco aqui no Museu ? (Aluna)

Diante dos relatos dos alunos, percebemos que existe identificação do seu cotidiano com as atividades vivenciadas no Museu. Apesar de o Museu abordar o Estado de Sergipe de forma geral, os alunos se sentiram orgulhosos de presenciar a cultura de sua cidade sendo exposta. Assim, podemos nos assegurar que “O brasileiro precisa de museus que sejam verdadeiramente seus, capazes de relacionar uma nação consigo própria, cada pessoa com ela mesma, nosso passado e nosso futuro” (BRASILc, 2011).

Após a atividade de visitação, foi distribuído um questionário na qual pretendia medir e compreender a importância do trabalho deste museu cultural, como também prever a necessidade, incidência ou a perspectiva de um trabalho escolar voltado para a divulgação, preservação e conservação da cultura local. Seguem as respostas:

Tabela 1 - Já realizou visitações a museus?

%

Não 21 70

Sim 9 30

Total 30 100

A maioria dos alunos nunca teve acesso a um museu, visto que em sua cidade não há nenhum espaço destinado para este fim e nunca foram estimulados a visitar. Alguns disseram até que achava que um museu apenas guardava “coisas velhas”.

Tabela 2 - Através de que meio, soube do museu da gente Sergipana? %

Escola 14 47

Internet 9 30

TV 7 23

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O museu da gente sergipana é conhecido em todo o Brasil, mas nenhum de seus projetos tem em vista realizar uma ampla divulgação de suas atividades no meio escolar, principalmente ao considerarmos as escolas localizadas em cidades do interior do estado. Portanto, seria um passo importante, se a direção do museu pensasse em um projeto como esse, de levar as escolas um pouco do seu trabalho e incentivar os professores a realizar essas visitas.

Tabela 3 - As temáticas têm relação com as características culturais (gastronomia, música, artesanato crenças, etc.) da região sergipana?

%

Sim 30 100

Não 0 0

Total 30 100

Os alunos observaram que cada uma das temáticas abordadas tinha bastante relação com a vida de cada um deles, como no modo de falar, nas brincadeiras, na fauna e flora e nos modos de vida, de uma forma geral.

“O Museu da gente sergipana é muito bom para visitar. Ele não foge da realidade. Tudo aquilo que a gente viu exposto condiz com o modo de vida da gente.” (Aluna)

Tabela 4 - Os condutores/informantes do museu apresentaram de forma clara as temáticas culturais abordadas pelo museu?

%

Sim.Parcialmente 3 10

Sim. Totalmente 27 90

Total 30 100

Tabela 5 - Os condutores/informantes do museu aplicaram alguma estratégia para fixar as explicações sobre a cultura sergipana abordada pelo museu?

%

Não 2 6,6

Sim 28 93,3

(26)

Um dos objetivos do museu é expor suas temáticas de maneira elucidativa e lúdica. Percebemos, desse modo que a participação dos visitantes se dá à medida que estes se identificam com cada um dos temas expostos no museu.

Tabela 6 - Em sua opinião, as temáticas culturais abordadas pelo museu (gastronomia, música, artesanato, vestimentas, crenças, etc.) são vivenciadas pela população sergipana em seu cotidiano?

%

Não 0 0

Sim 30 100

Total 30 100

Não foi difícil perceber como os alunos, em vários momentos, de diversos modos, se identificaram com o que lhe foi apresentado no museu. Puderam se enxergar no museu, viram que ele representa o que ocorre no seu dia-dia, tanto no aconchego do seu lar, nas relações familiares, como fora deles.

Tabela 7 - As temáticas culturais apresentadas pelo museu são vistas em conteúdo dentro da sala de aula? % Não 2 6,6 Parcialmente 27 90 Sim 1 3,3 Total 30 100

A partir desse questionamento, ficou perceptível que a escola não oferece o suporte necessário para que os alunos conheçam e vivenciem sua cultura em sala de aula. Problemas como falta de material de suporte pedagógico, referências de conteúdo e mesmo a falta de preparo dos professores para lidar com a disciplina que envolve a sociedade e a cultura sergipana.

Tabela 7.1 - Se sim, qual a disciplina trabalha as características culturais da região sergipana?(gastronomia, historiografia, música, artesanato, etc.)

%

Sociedade e

Cultura 27 90

Nenhuma 3 10

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A disciplina citada “Sociedade e Cultura” foi incluída na grade curricular das escolas públicas estaduais do Estado de Sergipe no intuito de garantir aos seus conterrâneos o conhecimento de suas principais características culturais, históricas e geográficas. Falta, no entanto, um melhor direcionamento dessa prática pedagógica, incorporando assim a educação patrimonial, como sugere Horta; Farias; Grumberg; Monteiro (1999), nesse contexto.

Tabela 8 - Gostou da visita ao museu? Se sim, pretende fazer outra visita?

%

Não 0 0

Sim. Pretendo em breve/quando

possível 29 96.6

Sim. Não pretendo realizar outra

visita 1 3,3

Total Geral 30 100

Estamos vivenciando uma época marcada pelos avanços tecnológicos e científicos, fazendo com que as propostas educacionais busquem formar alunos para o trabalho e a conquista de seu espaço. Segundo Guilherme Dias (2008), atualmente a educação vem sendo tratada de forma negligente, onde o ensino apresenta conteúdo limitado para pré-vestibular e concursos. O autor complementa dizendo que “o objetivo do aluno é decorar ao máximo o conteúdo transmitido pelo professor, conteúdo muitas vezes distantes de suas realidades”. (DIAS e SOARES, 2008, p.66).

Apesar da valorização de ciências exatas, a disciplina Sociedade e Cultura apresentou-se como alternativa que busca novas contribuições para a educação patrimonial. A inclusão da cultura no processo de aprendizagem permitiu que os alunos identificassem seus patrimônios de acordo com suas realidades. Como resultado disso, um simples objeto de uso cotidiano, evidenciou o sentimento de apropriação do seu patrimônio. Tal constatação nos remete ao que Lires Irene Tumelero (2008) diz:

Quando levamos pedagogicamente o aluno a refletir acerca da historicidade dos fatos e das experiências vivenciadas cotidianamente, não só na escola, mas no meio social em que esta inserido, elevamos sua auto-estima para que se perceba como agente construtor da historia, capaz de modificar os rumos que a mesma toma no presente, para que tenha um futuro significativamente melhor. (TUMELERO, 2008, p.85)

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O trabalho realizado rendeu grande aprendizado e, sobretudo uma série de outros questionamentos que ainda não foram esclarecidos, mas que nos apontam o caminho a seguir. Dessa forma, podemos destacar e considerar, de antemão, um resultado satisfatório a respeito do trabalho deste museu cultural, visto que o mesmo causou, nos estudantes, um enorme fascínio, uma espécie de saudosismo, bem como um sentimento de orgulho de sua própria cultura, na qual soou como um eco e mostrou-se como um espelho capaz de cada um enxergar-se e enxergar a beleza existente na cultura a ser percebida nas características individuais daquele povo.

De acordo com Luporini (1999) construir objetos de estudos focados na História Local pode apresentar-se como uma experiência potencializadora para o currículo escolar, como uma forma de articular um processo pela busca e confronto de dados. Se for possível uma verificação em loco, o educando construirá mecanismos para a verificação e comprovação dos fatos, reconhecendo os valores, os costumes e as tradições da comunidade em que vive.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A atividade de visitação do museu foi realizada com êxito, uma vez que um dos objetivos propostos e discutidos nesse trabalho foi “educar para preservar”. Sem a educação, disseminação, valorização, vinculação e fortalecimento da cultura construída pelos antepassados e ainda vivenciada por estes estudantes, não é possível prever a continuidade da cultura desse povo.

No entanto, o que chamou bastante a atenção na segunda etapa da pesquisa, foi a falta de um conteúdo formalizado em sala de aula que possibilite uma discussão mais aprofundada e transversal sobre temas como a identidade sergipana que tem apenas na disciplina “sociedade e cultura”, a chance de ser lembrado, pelo visto, de maneira superficial. Os dados coletados no questionário e nas conversas informais que pudemos traçar ao longo do percurso, confirmaram que pouco se fala de Sergipe nas dimensões da cultura, da historia de Sergipe, da sua geografia, gastronomia, religião, folclore, música, artes de um modo geral.

Tendo em vista os resultados obtidos, é necessário, ainda, abrir um espaço para alguns questionamentos: como formar um aluno consciente e conservador de sua cultura, de sua história, se estes não as reconhecem como sua? O que ainda falta para haver uma integração

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entre museu/escola/comunidade? Quais barreiras precisam ser ultrapassadas para que cada povo consiga valorizar e se sentir valorizado em suas peculiaridades?

É possível que essas perguntas e a busca pelas suas respostas e superações tomem corpo, a partir do momento em que o conhecimento dentro de sala de aula seja concretizado. É nessa oportunidade que o estudante, ao ser ensinado e conscientizado de sua cultura, tomará posse do que é seu, valorizando, dessa forma, suas raízes e conservando-as para as futuras gerações.

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