José M.B.F. Ribeiro, M. Rosário Marques, Ana Teresa Belo, Carlos Camona Belo
INTRODUÇÃO
•Necessidade crescente de ordenhar
mecanicamente as ovelhas
•imprescindível conhecer o
comportamento produtivo
da
raça
INTRODUÇÃO
Factores Condicionantes
da Capacidade Leiteira
INTRODUÇÃO
Factores Condicionantes
da Capacidade Leiteira
Objectivos
z
Implementar sistemas de exploração
que visem
otimizar a capacidade
Índice
1. Adaptabilidade à ordenha mecânica:
1. Adaptabilidade à ordenha mecânica:
2. Alimentação de ovelhas em pastoreio
2. Alimentação de ovelhas em pastoreio
3. Marcadores genéticos
3. Marcadores genéticos
-
Tipos de aleitamento
-
Características do úbere
-
Características produtivas
Conclusões e perspectivas futuras
Stress pela separação dos borregos Stress pela separação dos borregos
Diminuição do ritmo de esvaziamento do úbere Diminuição do ritmo de esvaziamento do úbere
Falta de estímulo para a lactogénese
Falta de estímulo para a lactogénese
Stress pela entrada abrupta na ordenha mecânica
Stress pela entrada abrupta na ordenha mecânica
30-40%
de quebra
de
produ-ção das
ovelhas ao
desmame
30
30
-
-
40%
40%
de quebra
de quebra
de produ
de produ
-
-ç
ç
ão das
ão das
ovelhas ao
ovelhas ao
desmame
desmame
Tipos de aleitamento
z
Aumentar a produção de leite
no início da lactação
– Aleitamento reduzido
– 2 épocas de produção
z
Conhecer a
influência do nível produtivo das ovelhas
no teor em gordura e proteína do leite.
Pastagens de sequeiro Fev/Mar Set/Out Pastagens irrigadas
Tipos de Aleitamento
G1 G1 G2 G2 G3 G3 0 21 42 Dias DesmameProdução de leite – Aleit. 1 – SET
Produção de leite – Aleit. 2 – SET
Produção de leite – Aleit. 3 – SET
Produção de leite – SETEMBRO
Produ
Produ
ç
ç
ão de leite
ão de leite
ap
Teor em gordura após os 42 dias
Teor em proteína após os 42 dias
Tipos de aleitamento
z
Conclusões
- A fase de aleitamento parcial (21 aos 42 dias) foi
determinante no acréscimo de produção de leite conseguido nos aleitamentos tipo 2 e 3.
- A maior produção de leite foi obtida com o
aleitamento 3:
z Teor médio de gordura:
– Grupos < 50L ≈ – Grupo > 50L Ô
Em todos os sistemas de aleitamento um
maior nível produtivo originou uma maior
Características do úbere
– Que factores/características morfológicas
do úbere condicionam o potencial produtivo das ovelhas?
– Estabelecer possíveis
critérios de selecção.
Morfologia do úbere vs persistência da lactação Nº de dias de lactação Parâmetro <120d <180d >180d Sign. Tetos Posição (nº) 3 3 3 ns Inclinação (º) 43 42 45 ns Compri/o (mm) 32 34 33 ns Largura (mm) 23 24 24 ns Úbere Profund.(mm) 90 a 117 b 132 c *** Altura (mm) 8 a 10 a 12 b ** Volume (ml) 733 a 835 a 1068 b ***
Adaptabilidade à ordenha mecânica
z
Repartição das fracções de leite no úbere
– Aptidão para a ordenha
Fracções do leite ordenhado
(dos 45 aos 105 dias de lactação)Adaptabilidade à ordenha mecânica
– leite residual manual – leite esgotamento à
máquina – leite máquina
Adaptabilidade à ordenha mecânica
z
Conclusões
- A profundidade e o volume do úbere estão
positivamente correlacionadas com:
- a produção de leite e
- a persistência da lactação.
- Em ovelhas de nível superior (média de
1 L/dia) o leite residual manual representou
14% do leite total, indicando maior
Peso vivo dos borregos
Aleitamento total
Aleitamento parcial
Conclusões
z Em relação aos borregos:
– Os regimes de aleitamento parcial afetaram
positivamente a evolução do peso vivo dos borregos
z Em relação às ovelhas:
– Registou-se um acréscimo de
José M.B.F. Ribeiro, M. Rosário Marques, Ana Teresa Belo, Carlos Camona Belo
Índice
1. Adaptabilidade à ordenha mecânica:
1. Adaptabilidade à ordenha mecânica:
2. Alimentação de ovelhas em pastoreio
2. Alimentação de ovelhas em pastoreio
3. Marcadores genéticos
3. Marcadores genéticos
-
Tipos de aleitamento
-
Características do úbere
-
Características produtivas
Conclusões e perspectivas futuras
Alimentação em pastoreio
z
A alimentação constitui a
maior
despesa
das explorações de pequenos
ruminantes
Alimentação em pastoreio
z Sementeira de plantas melhoradas
– Obter uma maior produção de matéria seca
(até 9 t MS ha-1 ano-1)
– Melhor distribuição estacional da produção
– Erva de melhor valor alimentar:
Ò digestibilidade
Ò proteína bruta
– Maior proteção e
recuperação da fertilidade do solo.
Quantidade de m
Quantidade de múúsculo, osso e depsculo, osso e depóósitos adiposos em funsitos adiposos em funçção das ão das notas de condi
notas de condiçção corporal em ovelhas Serra da Estrelaão corporal em ovelhas Serra da Estrela
Notas:
letras diferentes no topo das colunas representam diferenças significativas (P<0,05) entre notas de condição corporal; MUSC ‐ músculo GT ‐ gordura total GSC ‐ gordura subcutânea GIM ‐ gordura intermuscular GOM ‐ gordura omental + mesentérica GPR ‐ gordura pélvica e renal GE ‐ gordura esternal Legenda : CC = 1 CC = 2 CC = 3 CC = 4
Alimentação em pastoreio
z Necessidades de ovelhas com 55 kg PV,
aleitando 2 borregos, nas primeiras 8 semanas de lactação (NRC, 1985)
Para uma ingestão de 2,5 kg MS:
Energia metabolizável (EM) - 24,0 MJ
Proteína bruta (PB) – 397 g ⇒ 15,8 %
Pastagem com uma composição:
30 % FESTUCA, 50 % LUZERNA e 20 %
Trevo Branco
a b bc bc c ab ab b a a 50,0 62,5 75,0 87,5 100,0 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª g MS/kg0,75/d Consumo de erva (g MS/kg
Consumo de erva (g MS/kg0,750,75/d) e produ/d) e produçção de leite (ml/d), para os ão de leite (ml/d), para os
dois tipos de suplemento (CGF ou MILHO) ao longo da lacta
dois tipos de suplemento (CGF ou MILHO) ao longo da lactaçção.ão.
Semanas Semanas
Notas:
letras diferentes no topo das colunas representam diferenças significativas (P<0,05), entre semanas de lactação (a,b,c) para cada tipo de suplemento, e entre tipos de suplemento (d,e);
entre a 4ª e a 6ª semanas de lactação, ordenha uma vez por dia (produção correspondente a 14:30 horas); leite estimado pelo método da dupla injecção de ocitocina (quantidade correspondente a 9:30 horas). e d e d b b a a a a 300 450 600 750 900 4ª 5ª 6ª 4ª 5ª 6ª ml/d Produção Média do leite ordenhado (4ª à
6ª semana) Quantidade Média de leite ordenhado entre a 4ªe a 6ª semanas, consoante os tipos de
suplemento Quantidade Média de leite estimado com ocitocina (4ªsemana) CGF MILHO Legenda:
Consumo m
Consumo méédio de erva (g MS/kgdio de erva (g MS/kg0,750,75/d), ao longo das 6 primeiras /d), ao longo das 6 primeiras
semanas de lacta
semanas de lactaçção e produão e produçção leiteira entre a 4ão leiteira entre a 4ªª e a 6e a 6ªª semanas semanas de lacta
de lactaçção (ml/d) para 3 não (ml/d) para 3 nííveis de PB na dieta.veis de PB na dieta.
b b b b b a c c c b b a bc c c bc b a 25 45 65 85 1 2 3 4 5 6 Lactação (semanas) g MS/kg0,75/d Notas:
letras diferentes no topo das colunas representam diferenças significativas (P<0,05) entre semanas de lactação para cada nível de PB na dieta (a,b,c ), e entre níveis de PB na dieta (c,d);
entre a 4ª e a 6ª semanas de lactação, ordenha uma vez por dia (produção correspondente a 14:30 horas); leite estimado pelo método da dupla injecção de ocitocina (quantidade correspondente a 9:30 horas). c c c d d d c c c 200 400 600 800 ml/d Produção Média do leite ordenhado entre a
4ª e a 6ª semanas Quantidade Média de leite ordenhado à 4ª semana Quantidade Média de leite estimado à 4ª semana 17% PB 21% PB 25% PB Legenda:
Alimentação em pastoreio
z
Pastagens semeadas ricas em
leguminosas
:Ò
digestibilidade
Ò
proteína bruta
z
No início da lactação suplementar com:
– fontes de proteína não degradável no rúmen
0 200 400 600 800 1000 1 2 3 4 1 2 3 4 5 1 2 3 4 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 Parcela 1 Parcela 2 Parcela 3 Parcela 4 Parcela 5
m l/d ia 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 % Erva Milho Erva-TB Milho-TB Erva-TP Milho-TP Erva-TL Milho-TL Erva-TST Milho-TST
Produção e composição do leite
Período Período Período Período Período
** * ** ns ns ** 0 10 20 30 40 50 60 70
AGCC AGCM AGCL AGSat Mono Poli
%
Erva Milho
Composição da gordura do leite em
ácidos gordos
Nota: ns – P>0,05; * - P<0,05; ** - P<0,01
*** *** *** *** *** 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5
Ram Impar C18:2 C18:3 CLA
%
Erva Milho
Nota: *** - P<0,001
Composição da gordura do leite em
ácidos gordos
(cont.)Erva - Entr. Milho - Entr. Erva - Saída Milho - Saída Função discriminante 1 Função discriminante 2 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 An
Anáálise discriminante lise discriminante –– Distribui
Distribuiçção espacial do perfil de AGão espacial do perfil de AG
C18:2/C18:3 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 Ent. Saída ERVA MILHO CLA 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 Ent. Saída % ERVA MILHO
Composição da gordura do leite em
ácidos gordos
(cont.)Índice
1. Adaptabilidade à ordenha mecânica:
1. Adaptabilidade à ordenha mecânica:
2. Alimentação de ovelhas em pastoreio
2. Alimentação de ovelhas em pastoreio
3. Marcadores genéticos
3. Marcadores genéticos
-
Tipos de aleitamento
-
Características do úbere
-
Características produtivas
Conclusões e perspectivas futuras
Introdução
RAÇA SERRA da ESTRELA
β-Lactoglobulina
Marcadores moleculares
z São locais do genoma onde ocorrem diferenças
na sequência do DNA entre os indivíduos de uma determinada espécie.
z Encontrados na raça Serra da Estrela nos genes:
-Ï produção de leite -Ï conteúdo em gordura (Ramos et al., 2009) -Ï produção de leite -Ð conteúdo em gordura -Ð conteúdo em proteína (Ramos et al., 2009) Prolactina αS1-Caseína Hormona do crescimento -Ï produção de leite -Ï conteúdo em gordura -≈ conteúdo em proteína (Marques et al., 2007) -Ï produção de leite -Ð conteúdo em gordura -Ð conteúdo em proteína (Ramos et al., 2009)
Hormona do crescimento
Lactogénes e Ductos primordiais Prolactina IGF-1 Insulina Cortisol Crescimento dos ductos Crescimento lobulo-alveolar GH Estrogénios Progesterona IGF-1 Cortisol Estrogénios Progesterona IGF-1, Cortisol Prolactina RANKL PTHrPRegulação hormonal do desenvolvimento
da glândula mamária
Pr Préé--puberdadepuberdade Puberdade Puberdade GestaMarcadores moleculares no gene
da hormona de crescimento (GH)
z Identificar e caracterizar polimorfismos que ocorram
naturalmente no gene da hormona de crescimento (oGH) em ovinos Serra da Estrela.
z Averiguar possíveis
associações entre os polimorfismos
encontrados com a produção de leite em
Metodologia
Recolha de sangue e extracção de DNA Ovelhas Ovelhas Serra da Estrela Serra da Estrela Amplificação por PCR M 1 2 3 4 Single Strand Conformation Polymorphism – análise SSCP Caracterização dos padrões SSCP Clonagem G / A ↓ Sequenciaçãoz
Polimorfismos genéticos na
cópia GH2-Z
nt668(C-T) Arg9Cys nt644(A-G) nt712(A-G) nt1852(A-G) Gly160Ser nt1047(A-G) nt1035(C-T) 5’ 3’ C T nt1965(C-T) Intrões UTRs Exões nt649(C-G) Phe2Leu nt704(C-G) Val21Leu nt1057(A-G) Ser63Gly nt1100(A-G) nt1062(G-C) Asn64Lys nt2030(C-T) Alteração de 6 aa!N N Ago Set Out Nov Dez Simples Múltiplo Branca Preta 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Mês de parto Tipo de parto Variedade % 523 ovelhas Serra da Estrela (de 7 rebanhos) 1704 lactações 160 ± 72 l de leite/150d
Genótipos:
N2+Z7 vs N5+Z2 =+ 25 % de leite
Fenótipos proteicos:
AAN+BBZ vs (AHNou BE)+BBZ =+ 10 % de leite
com > teor em gordura, e = teor em proteínaØ
possíveis marcadores genéticos em programas de M.A.S. da raça Serra da Estrela
Genótipos:
N2+Z7 vs N5+Z2 =+ 25 % de leite
Fenótipos proteicos:
AAN+BBZ vs (AHNou BE)+BBZ =+ 10 % de leite
com > teor em gordura, e = teor em proteínaØ
possíveis marcadores genéticos em programas de M.A.S. da raça Serra da Estrela
GH2-N + GH2-Z
Vn_A L-16,P3,S8,H22,A25,F32,T35,F52
Vz_B F2,C9,L21,S63,K64,G160
Metodologia
Frequências na população
Metodologia
z
Selecionadas
28 borregas de cada
genótipo (AA, AB, AE)
z
Recria foi feita na
Quinta da Fonte Boa:
– Dois níveis de crescimento:
z N – normal - 150 g
z R – restringido – 80 g dia
Testar interações genótipo * ambiente Testar interações genótipo * ambiente
Crescimento das borregas
PV (Kg) (g/dia)GMD N 46,4 106 R 36,6 79 Na gestação Na recriaCrescimento dos borregos
• Tende a ser maior nos
genótipos AB e AE
• Interação significativa
genótipo * ambiente
• Tende a ser maior nos
genótipos AB e AE
• Interação significativa
genótipo * ambiente
Produção de leite
Efeito do genótipo
Produção de leite
Genotipos * Níveis de
crescimento
Conclusões e Perspectivas futuras
z A genotipagem expedita do gene da hormona de
crescimento (GH):
– permite a seleção precoce de reprodutores
– marcadores genéticos para a produção de leite detectados
no gene da GH estão em fase de validação:
Em diferentes condições alimentares
Efeitos sobre a composição do leite e sua aptidão tecnológica
Este e outros genes podem vir a ser
utilizados como marcadores genéticos em programas de seleção da raça.