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3ª ETAPA. Rossio ao Sul do Tejo Vila Nova da Barquinha Crónica de 2 de Junho de 2016

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3ª ETAPA

Rossio ao Sul do Tejo – Vila Nova da Barquinha

Crónica de 2 de Junho de 2016

O jantar de convívio que a associação Envolve, do Rossio ao Sul do Tejo, ofereceu aos

peregrinos, aos fuzileiros e à GNR, a todos ajudou para recuperar do esforço da jornada. Melhor ficámos por causa do carinho e da hospitalidade com que fomos recebidos. Agradecemos reconhecidamente a todos, sem excepção, não valendo estar a destacar alguém em especial. Aproveitámos os dias seguintes para retemperar e retomámos o Cruzeiro na 5ª-feira dia 2 de Junho de 2016. Apesar de o Programa anunciar a partida no Rossio ao Sul do Tejo, tivemos que nos adaptar e decidir lançar os barcos à água um pouco a jusante, por causa do sério obstáculo que constitui o açude insuflável de Abrantes. O que fizemos? Decidimos partir de Rio de Moinhos e depois subir o rio até ao Tramagal, local combinado para o início da 3ª etapa.

Colocação dos barcos na água em Rio de Moinhos e a preparação da etapa, com um passageiro especial

Fomos a Rio de Moinhos, colocámos os barcos na água, organizámos os peregrinos e subimos o rio até ao Tramagal, porto de onde partiria oficialmente a terceira etapa. No entanto, a

preparação não correu bem porque, devido ao piso muito pesado, o camião da Câmara Municipal de Abrantes - que transportava os barcos -, assentou o rodado e tivemos que pedir ajuda a uma retroescavadora para resolver a situação, que se eternizava. A Câmara de Abrantes disponibilizou-a de imediato, com uma equipa de funcionários, e rapidamente se solucionou o problema. A Câmara de Abrantes, através de um simples telefonema, resolveu o assunto de uma forma exemplar e inexcedível, que não é de mais reconhecer e registar publicamente.

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Lá pusemos finalmente os barcos na água, engalanámo-los e dirigimo-nos para o porto do Tramagal, local onde é praticamente impossível colocar barcos na água, porque o acesso não permite as manobras do camião devido às muitas rochas e pedras que tornam tudo muito difícil para manobrar. Aí chegados, e apesar de ser um dia se semana, fomos recebidos pelo Sr. presidente da Junta de Freguesia, com um significativo conjunto de pessoas que aí vieram saudar o Cruzeiro no início da terceira etapa.

Início da terceira etapa, no porto do Tramagal. Uma peregrina ornamenta o andor com pétalas de rosas

Receberam-nos com cânticos, com flores e com um pequeno-almoço digno dos maiores elogios – lá estava o pãozinho com enchidos locais, sumos e bom vinho tramagalense, da Quinta da Coelheira. Foram mimos reconfortantes para quem já estava em acção há várias horas, com problemas sérios pelo caminho que exigiram muita energia e presença de espírito. Não nos esqueceremos da hospitalidade e da compreensão daquelas pessoas, que souberam esperar pelo cortejo e compreender as razões para o atraso na partida. Bem-hajam!

Lá partimos, para jusante, para cumprir com a segunda paragem da etapa, em Rio de Moinhos, local de onde tínhamos partido horas antes. Se, quando subimos para o Tramagal, o local de embarque estava vazio, agora, à chegada do Cruzeiro, tínhamos cerca de 50 pessoas que o aguardavam para estar com a imagem de Nª Senhora. As pessoas entoaram cânticos, aplaudiram e mostraram a sua alegria na presença da imagem da sua Santa. Notou-se uma intensa devoção e espírito fraterno nas pessoas, porque já nos conhecem ao fim de alguns anos a passar por aquele lugar.

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Retomámos o percurso em direcção a Constância. Entretanto, numa parte do rio que na altura não reconhecemos, divisava-se um conjunto de cerca de 20 pessoas que nos acenavam como se, por ilusão de óptica, estivessem no meio do Tejo. À medida que nos aproximávamos

verificámos que todas elas estavam num braço do rio, que as destacava e justificava a ilusão que tínhamos experimentado. Qual não foi o nosso espanto quando vimos que o local estava

engalanado com bandeiras, e ali reinava um espírito de alegria entre todos os presentes. Estávamos no Vale da Amoreira, e aquele lugar não constava no Programa do Cruzeiro.

Paragem no Vale da Amoreira. Foi uma surpresa enorme e uma alegria difícil de traduzir, o que ali sentimos

Nós não sabíamos que nos aguardavam e, quando nos aproximámos e dialogámos, disseram-nos logo – com um misto de alegria e estranheza, por ser a primeira vez – “estávamos todas a ver que vocês não paravam e vinham ter connosco!”. Lá parámos e convivemos, deixando a promessa de integrar aquele local no Programa do Cruzeiro para 2017. Da parte daquelas pessoas maravilhosas foi-nos prometido que para o ano será muito melhor e que, por isso, ficam a aguardar para saudar a imagem de Nª Senhora. Na altura da despedida ofereceram uma caixa com bolos de fabrico regional, típicos do Vale da Amoreira, que prometemos provar na altura em que almoçássemos em Constância.

O Tejo continuava com um óptimo caudal, que nos permitiu passar sem dificuldade as cascalheiras e os areeiros que em anos anteriores ali tínhamos enfrentado, no caminho para Constância. Desta vez, com a preciosa colaboração da EDP, o Tejo parecia o de antigamente, uma estrada líquida, o que nos permitiu chegar a Constância à hora prevista.

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Fomos aí saudados e recebidos na praia fluvial pelo antigo presidente da Câmara de Constância, Dr. Máximo Ferreira, pela Dra. Manuela Arsénio, chefe de gabinete da Sra. presidente da Câmara, pelo assessor para a área da cultura, Dr. Matias Coelho, e outras pessoas da Câmara Municipal que não nos foi possível registar.

Dirigimo-nos para um restaurante para podermos almoçar, num gesto de saudar da parte da Câmara Municipal de Constância – que ofereceu o almoço –, porque permitiu aos peregrinos retemperar energias e descansar um pouco, da fadiga e do forte calor que se fazia sentir na Vila Poema.

Foi com surpresa e agrado que então recebemos a visita da Sra. presidente da Câmara de Constância, que conseguiu arranjar um espaço de tempo para estar connosco, almoçar, partilhar e conviver com todos nós. A sopa estava particularmente deliciosa. Aproveitámos para, no fim da refeição, dividir os bolos que nos tinham oferecido no Vale da Amoreira.

Foram feitas as despedidas, com várias pessoas na Praia fluvial e dirigimo-nos para Praia do Ribatejo. Aí chegados, a senhora presidente da Junta de Freguesia aguardava o cortejo e fez as honras da casa na saudação que nos dirigiu apesar da chuva que, teimosamente, persistia em nos acompanhar. Não foi por isso que as pessoas presentes deixaram de lançar pétalas de flores para junto do andor da imagem de Nª Senhora demonstrando aqui, num gesto repetido mas sempre renovado, a adoração que têm pela imagem da santa da sua devoção. Partimos, de novo, e dirigimo-nos para Almourol, ainda no concelho de Barquinha.

Imagens das chegadas a Almourol e ao Arripiado

Relatamos agora esta visita e esta paragem porque, na altura, constituiu igualmente uma

surpresa, já que não estava programada. Foi a presença de pessoas na margem que nos alertou e nos levou a delas nos aproximar.

Continuámos e chegámos ao Arripiado, já no concelho de Chamusca. Parámos no Arripiado e, enquanto aí estivemos, as pessoas fiéis entoaram cânticos de louvor a Nossa Senhora. A imagem não chegou a sair da bateira e as pessoas dirigiram-se à beira-rio para a saudar e rezar. Partimos de novo e dirigimo-nos para a margem oposta do rio, em direcção a Tancos, onde várias pessoas nos aguardavam. A chuva, que nos acompanhou quase sempre, resolveu fazer

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uma pausa e conceder umas tréguas aos cruzeiristas. Parou na mesma altura em que nos dirigíamos para Vila Nova da Barquinha, última paragem da 3ª etapa.

Chegados à Barquinha, fomos saudados pelo Sr. presidente da Câmara, e por um conjunto de pessoas, à volta de 40, que quiseram testemunhar a chegada do Cruzeiro. A imagem foi

colocada numa carrinha de caixa aberta e foi, em procissão, para a igreja matriz, onde ficou toda a noite. Os fuzileiros e os mestres das embarcações dormiram em Vila Nova da Barquinha, para poderem estar próximos dos equipamentos. Os fuzileiros ficaram alojados no quartel dos Bombeiros e testemunharam-nos a forma excelente como foram recebidos e acarinhados, pese embora o facto de um dos militares ter passado a noite, diga-se assim, a tirar água com uma motobomba, dificultando o descanso dos outros camaradas. Enfim, segundo disseram, “são coisas que acontecem”, “são ossos do ofício” e o melhor que tiveram foi fazer por descansar o que, apesar de tudo, conseguiram de alguma forma. A motobomba acompanha-os sempre nas missões, só que naquela noite resolveu “ter vida própria” e não deixou a rapaziada descansar, como mereciam e o seu labor mais que justificava.

No quartel da Barquinha, os membros da corporação foram inexcedíveis de tal forma que, no dia seguinte, os bombeiros fardados fizeram questão de transportar a imagem de Nª Senhora desde a igreja onde ficara em repouso, até ao cais de embarque da Barquinha. Mas essa parte da história marca já o início da quarta etapa, ou seja, da próxima Crónica. Até lá, então!

Uma imagem do bote Angula, do Comando Territorial da GNR, que acompanhou o Cruzeiro desde sempre, e que o seguirá até à última etapa. Apesar de a Crónica não os referir até agora, fica este apontamento de uma acção meritória e fundamental para garantir a segurança de todos os que participaram – pessoas e equipamentos.

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