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Relatório da Administração. Parecer dos Auditores Independentes. Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações Financeiras

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-Relatório da Administração

Parecer dos Auditores Independentes

Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações Financeiras

Declaração dos Diretores sobre o Parecer dos Auditores Independentes

Parecer do Conselho Fiscal Balanço Patrimonial

Demonstração do Resultado do Exercício

Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido Demonstração dos Fluxos de Caixa

Demonstração do Valor Adicionado Notas Explicativas

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Senhores Acionistas,

A Administração da Eletrobrás Participações S.A. –ELETROPAR, em conformidade com as disposições legais e estatutárias, submete à apreciação de Vossas Senhorias as Demonstrações Contábeis relativas ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2009, acompanhadas dos pareceres dos Auditores Independentes, datado de 26 de março de 2010, e do Conselho Fiscal, datado de 30 de março de 2010, bem como breve relato dos fatos mais relevantes que marcaram a gestão no ano de 2009.

A ELETROPAR, criada pela Lei nº 9.163, de 15 de dezembro de 1995, sob a denominação social de Light Participações S.A. – LIGHTPAR, é uma Sociedade por Ações de Capital Aberto, controlada das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS , vinculada ao Ministério de Minas e Energia, tendo por objeto participar no capital social de outras sociedades.

Nesse último exercício social, a Administração da Companhia consolidou sua política de gestão, no intuito de conter gastos e solucionar todas as pendências da Companhia junto aos órgãos fiscais e de controle. Como consequência, a Companhia vem apresentando boa saúde econômico-financeira caracterizada pelo seu baixo endividamento e alta liquidez e rentabilidade, como se identifica a seguir:

2009 2008

Liquidez Geral 16,16 3,17

Liquidez Corrente 16,16 2,69

Endividamento 2,0% 8,8%

Retorno do Patrimônio Líquido 9,3% 9,0%

Margem Líquida 53,0% 75,5%

Em relação ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Controladoria Geral da União (CGU-Regional/RJ), foram cumpridas todas as obrigações relacionadas com a elaboração do Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna – PAINT, do Relatório Anual de Atividades de Auditoria Interna RAINT, tendo sido a ELETROPAR dispensada da Prestação de Contas (TCU) relativa aos exercícios de 2008 e 2009, nos termos da DNs nºs.94/2008 e 102/2009. Já o relatório de gestão do exercício de 2009, deverá ser apresentado conforme DN nº 100/2009.

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O resultado positivo do exercício veio se verificando nos lucros auferidos ao longo das Informações Trimestrais apresentadas em 2009, finalizando com um lucro líquido de R$ 11.352 mil.

A posição dos investimentos da ELETROPAR, em 31/12/2009, apresentou a seguinte composição:

EMPRESA TIPO QUANTIDADE PARTICIPAÇÃO (%)

CTEEP1 PN 989.255* 0,66 Eletropaulo2 PNB 2.095.644 1,25 EMAE3 PN 523.911 1,42 Energias do Brasil4 ON 495.227 0,50 CPFL Energia5 ON 851.801 0,99 Eletronet6 ON 149.999.001 49,00 Eletronet6 PN 998 -

*Houve aquisição de 10.066 ações da CTEEP no exercício social, em decorrência de oferta pública realizada pela investida.

Os investimentos, pela cotação de fechamento na BOVESPA, em 31 de dezembro de 2009, valiamR$ 177.520 mil.

A participação da ELETROPAR e das concessionárias de energia elétrica controladas pela ELETROBRÁS (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - CHESF, Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. - ELETRONORTE, Eletrosul Centrais Elétricas S.A. - ELETROSUL e Furnas Centrais Elétricas S.A. - FURNAS) no negócio de serviços de telecomunicações foi processada por meio da constituição do direito de uso, pela ELETROPAR, em favor da Eletronet S.A. - ELETRONET, de um determinado conjunto de infra-estrutura e de fibras ópticas contidas no sistema de transmissão de energia elétrica

1Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista S.A. - CTEEP

2Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. – ELETROPAULO 3Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. - EMAE

4EDP Energias do Brasil S.A. – ENERGIAS DO BRASIL 5CPFL Energia S.A. – CPFL Energia

6 Eletronet S.A. – ELETRONET INVESTIMENTO

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de propriedade das referidas empresas, denominadas Empresas Cedentes, objeto do contrato nº. ECE-1166/99.

Como preposta dos interesses das Empresas Cedentes junto à ELETRONET, a ELETROPAR permaneceu repassando, desde 1999, os rendimentos do negócio àquelas, cabendo-lhe somente a remuneração de 2% sobre a receita do aluguel da infraestrutura e dos cabos de fibras ópticas, a título de administração, além do ressarcimento das despesas incorridas por conta dessa administração.

Em 20 de setembro de 2002, a Assembléia Geral Extraordinária da ELETRONET deliberou a suspensão dos direitos da AES Bandeirante Empreendimentos Ltda. (detentora de 51% das ações da ELETRONET), em decorrência de sua inadimplência em aportar o valor correspondente à correção monetária da quarta parcela da integralização do capital que lhe cabia.

Com o inadimplemento da AES, a ELETROPAR, em virtude de cláusula contratual preestabelecida, assumiu a gestão da ELETRONET, a partir de 20 de setembro de 2002, e, de imediato, buscou alternativas para manter o negócio e procurou um novo sócio privado. No entanto, a falta de recursos financeiros, a ausência de financiamentos de longo prazo, as dificuldades para renegociação da dívida com os credores, além da perda de clientes e de oportunidades para novos negócios, inviabilizaram sua continuidade, o que culminou com o requerimento de falência com continuidade do negócio.

O processo falimentar está em trâmite perante a 5a Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro, encontrando-se a administração da ELETRONET a cargo do Poder Judiciário. Em sua manifestação, a Promotoria de Massas Falidas declarou não existir qualquer indício de crime falimentar.

O contrato nº. ECE-1166/99 (e seus Termos Aditivos) celebrado entre a ELETROPAR e as Empresas Cedentes (CHESF, ELETRONORTE, ELETROSUL e FURNAS) foi rescindido unilateralmente pelas Cedentes, em 06/06/2007, via Notificação Extrajudicial. A rescisão não prejudicou o recebimento dos créditos correspondentes aos reembolsos devidos e cobrados até 31/12/2006.

Nesta mesma Notificação Extrajudicial, as Empresas Cedentes, baseadas em previsões contratuais, pleitearam, dentre outras: i) a imissão na posse dos bens que compõem a infraestrutura implantada para prestação de serviços de telecomunicações; ii) o exercício do direito a reivindicar os cabos ópticos; e iii) a determinação, para fins de manutenção de serviço essencial ao sistema integrado nacional de transmissão de energia elétrica, bem como a não interrupção nos serviços prestados pelos empregados da ELETRONET. Em paralelo, as Cedentes peticionaram ao Juízo da 5ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro requerendo decisão em caráter liminar sobre o assunto, a qual foi concedida, em 14 de janeiro de 2008, de forma definitiva, pendente apenas, sua efetivação, da disponibilização, na conta-corrente da Massa Falida da ELETRONET S.A., da quantia de R$ 380.000.000,00, apurada pericialmente.

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Em face desta decisão, diversos recursos foram interpostos pelas CEDENTES, pelos credores e pela Massa Falida da ELETRONET S.A., ainda pendentes de julgamento. Diante da demora da M.M. Juíza da 5ª. Vara Empresarial em cumprir a liminar deferida, a União Federal e Furnas Centrais Elétricas S.A. ingressaram, em 11.12.09, com uma Reclamação (Processo nº. 0063597-26.2009.8.19.0000) junto à 4ª. Câmara Cível do Tribunal de Justiça, tendo como relator o Desembargador Sidney Hartung, que deferiu o pedido de liminar concedendo às Reclamantes a imissão na posse dos bens da ELETRONET S.A., determinando a expedição de mandado para o devido cumprimento da decisão, o que ocorreu naquele mesmo dia. Ainda naquela data, foi expedido ofício solicitando informações e comunicando a concessão da liminar para a M.M. Juíza da 5ª. Vara Empresarial.

A decisão de concessão da liminar foi publicada no Diário Oficial do dia 15.12.09. O mandado de imissão na posse dos bens da ELETRONET foi cumprido no dia 15.12.09. Da decisão monocrática do Relator que deferiu a imissão pelas Reclamantes na posse dos bens da ELETRONET foi interposto Agravo Regimental, em 07.01.2010. O Síndico interpôs Embargos de Declaração. O Ministério Público foi intimado e apresentou manifestação nos autos. O processo foi remetido à conclusão do Desembargador Relator em 26.01.2010, que determinou a inclusão na autuação do feito, como interessados, a Massa Falida da Eletronet e a Falida.

Em 02.03.2010, o Agravo Regimental e os Embargos de Declaração foram juntados aos autos. Em 23.03.2010 foi juntada petição, que havia sido despachada pelo Desembargador Relator, com pedido de vista dos autos pela Massa Falida, o que foi deferido. Desta forma, o processo se encontra em poder do Síndico da Massa Falida desde o dia 23.03.2010.

O capital social é de R$ 55.769.526,98 (cinquenta e cinco milhões, setecentos e sessenta e nove mil, quinhentos e vinte seis reais e noventa e oito centavos), dividido em 10.390.846 (dez milhões, trezentos e noventa mil, oitocentos e quarenta e seis) ações ordinárias nominativas, escriturais e sem valor nominal.

A composição acionária assim se apresenta, em 31 de dezembro de 2009:

TIPO QUANTIDADE (%)

ELETROBRÁS ON 8.480.196 81,61

Minoritários ON 1.910.650 18,39

Total 10.390.846 100,00

O valor patrimonial das ações representativas do Capital Social, em 31 de dezembro de 2009, é de R$ 11,42 por ação, já deduzido do Lucro do Exercício, que foi transferido para Dividendos Propostos. Em 31 de dezembro de 2008, o valor patrimonial foi de R$ 11,41, por ação.

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O relacionamento com os investidores e analistas do mercado de capitais, bem como de instituições financeiras, foi realizado pelo Diretor Superintendente e de Relações com Investidores. O atendimento aos acionistas foi efetuado pelo Banco Bradesco, como instituição financeira depositária das ações, e pela própria ELETROPAR. A seguir, o quadro contendo resumo das negociações ocorridas na BOVESPA:

1. Mercado à Vista 2009 2008 Quantidade 71.000 219.200 Volume (R$) 3.028.229,00 9.045.345,00 No de negócios 227 839 Fechamento (R$ / ação) 45,40 42,40 2. Mercado Fracionário 2009 2008 Quantidade 2.442 10.907 Volume (R$) 104.539,66 455.323,98 No de negócios 160 442 Fechamento (R$ / ação) 44,00 42,30

O Lucro Líquido no exercício de 2009, no valor de R$ 11.051 mil, equivalente a R$ 1,0636 por ação, foi superior ao do ano anterior, que atingiu o valor de R$ 10.664 mil, equivalente a R$ 1,0264 por ação. Apesar das provisões efetuadas no 1º Trimestre de 2009, no valor de R$ 7.376 mil, que reduziram o resultado contábil do exercício no mesmo montante, tais provisões não impactaram o caixa da empresa. Em se excluindo tal efeito contábil não recorrente, o lucro líquido do exercício de 2009 seria de R$ 18.427 mil, 63,4% superior ao do ano anterior e o lucro por ação seria de R$ 1,7735 por ação.

As Receitas Operacionais de 2009, no montante de R$ 20.857 mil, resultantes das Participações Societárias mantidas pela Companhia, foram 47,7% superiores àquelas auferidas no exercício social de 2008, estas no montante de R$ 14.122 mil.

As Despesas Operacionais em 2009 somaram R$ 11.882 mil e foram 211,2% superiores às de 2008, estas no valor de R$ 3.818 mil. Este fato foi consequência do reconhecimento de provisão sobre créditos fiscais, no montante de R$ 6.026 mil, em decorrência de incerteza

RELACIONAMENTO COM O MERCADO DE CAPITAIS

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quanto à sua recuperabilidade. Além disso, conservadoramente, foi realizada a provisão referente à taxa de comissionamento da ELETRONET, da qual a ELETROPAR é credora, no montante de R$ 1.350 mil.

Nesse sentido, desconsiderando o montante de R$ 7.376 mil, referentes às provisões constituídas em 2009, do conjunto de Despesas Operacionais teríamos o valor de R$ 4.506 mil. Com isso, o crescimento real das Despesas Operacionais foi de 18,0% em relação ao ano anterior.

As Receitas Financeiras em 2009, no montante de R$ 2.650 mil, resultantes de aplicações no Fundo Extramercado do Banco do Brasil, foram 11,3% superiores às auferidas em 2008, estas no montante de R$ 2.380 mil.

Adicionalmente, cabe destacar que a Companhia está adequadamente alinhada e implementou as novas regras contábeis advindas com o processo de convergência das normas brasileiras de contabilidade àquelas adotadas pelo International Accounting Standards

Board (IASB), cujas diretrizes permeiam as alterações ocorridas na Lei 6.404/76 (através das

Leis n° 11.638/07 e 11.941/09) além dos pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) até 31 de dezembro de 2008, os quais foram referendados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Nesse contexto, o impacto sofrido pela Companhia decorrente da adoção das novas regras consistiu, de forma mais relevante, na alteração do critério contábil de avaliação das participações societárias em certas investidas. Como reflexo dessa mudança, os investimentos nas empresas CTEEP e EMAE passaram a ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial. Tal alteração, levando em consideração a técnica contábil, gerou um ajuste negativo inicial, contabilizado no primeiro trimestre de 2009 contra o Patrimônio Líquido, no montante de R$ 10,3 milhões.

A seguir, os principais indicadores econômicos e financeiros da ELETROPAR, relativos ao exercício de 2009, comparados com os de 2008:

2009 2008

Receitas Operacionais 20.857 14.122

EBITDA (R$ Mil) 8.986 10.315

Lucro Líquido (R$ Mil) 11.051 10.664

Margem EBITDA (%) 43,09 73,04

Margem Líquida (%) 53,0 75,51

Lucro Por Ação (R$) 1,0636 1,0264

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A Administração da ELETROPAR, com base no artigo 189 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, na Lei n° 11.638/2007 e na MP 449/2008 (convertida na Lei n° 11.941/09), propõe a distribuição de dividendos equivalentes a 100% (cem por cento) do lucro líquido ajustado do exercício, equivalente a R$ 0,06506 por ação. Esse valor será atualizado com base na taxa Selic a partir de 01/01/2010, até a data do efetivo início de pagamento. Sobre a parcela referente à atualização pela taxa Selic incidirá IRRF.

Nos termos da Instrução CVM no. 381, de 14 de janeiro de 2003, destacamos que a Companhia passou a utilizar os serviços de auditoria independente fornecidos pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, a partir de março de 2009, que incluem a auditoria de suas demonstrações contábeis, bem como a revisão de informativos contábeis, para um período de 5 (cinco) anos. A Companhia desde então não possui com os referidos Auditores nenhum outro contrato de prestação de serviços que não o referente aos próprios serviços de Auditoria Independente.

A política de atuação da Companhia, quanto à contratação de serviços não-relacionados à auditoria junto à empresa de auditoria externa, se fundamenta nos princípios que preservam a independência do auditor independente.

Adicionalmente, esclarecemos que a decisão pela troca de nossos auditores externos (anteriormente nossa auditoria externa era realizada pela RUSSEL BELFORD BRASIL – AUDITORES INDEPENDENTES) foi decorrente de uma política instituída pela controladora ELETROBRÁS, que teve como meta uniformizar o processo de auditoria independente mediante a contratação de uma única empresa de auditoria para todas as companhias controladas pela ELETROBRÁS.

Finalizando, agradecemos a confiança e o apoio dos Senhores Acionistas, bem como a dedicação e o empenho de todos os que, direta ou indiretamente, contribuíram para o sucesso da gestão da ELETROPAR, neste exercício.

Rio de Janeiro, 30 de março de 2010.

A Administração

DESTINAÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

AUDITOR INDEPENDENTE

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Parecer dos auditores independentes

Aos Administradores e Acionistas Eletrobrás Participações S.A. - Eletropar

1 Examinamos o balanço patrimonial da Eletrobrás Participações S.A. - Eletropar

("Companhia" ou "Eletropar) em 31 de dezembro de 2009 e as correspondentes

demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado do exercício findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas

demonstrações financeiras. Conforme mencionado na nota explicativa 8, os exames das demonstrações financeiras de determinadas empresas coligadas foram conduzidas sob a responsabilidade de outros auditores independentes. Nas demonstrações financeiras da Companhia, os investimentos nestas empresas coligadas são avaliados pelo método de equivalência patrimonial e representam investimentos de R$ 39.154 mil e a participação nos lucros por eles produzidos montam a R$ 5.207 mil no exercício findo em 31 de dezembro de 2009. Nosso parecer, no que se refere aos valores gerados por estas empresas, está fundamentado exclusivamente nos relatórios desses outros auditores.

2 Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil,

as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e

estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3 Conforme descrito na nota explicativa 7, no exercício findo em 31 de dezembro de 2009,

a Companhia contabilizou provisão para perda na realização de créditos fiscais

decorrentes do imposto de renda retido na fonte dos dividendos recebidos relativos ao exercício de 1995. Esta provisão para perda deveria ter sido registrada em períodos anteriores. Consequentemente, o resultado do exercício em 31 de dezembro de 2009 está apresentado a menor em R$ 4.264 mil.

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4 Conforme descrito na nota explicativa 8, durante o exercício findo em 31 de dezembro

de 2009, a Companhia registrou o ajuste da aplicação do método de equivalência patrimonial, correspondente à data base de 31 de dezembro de 2008, em

contrapartida de lucros acumulados no Patrimônio Líquido, como um ajuste de

exercícios anteriores, sem efetuar a reapresentação dos saldos apresentados para fins de comparação referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2008, nos termos da NPC - Normas e Procedimentos de Contabilidade nº 12 - Práticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas Contábeis e Correção de Erros, aprovada pela Instrução CVM nº 469/2008. Caso a Companhia tivesse efetuado a reapresentação do saldo do patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2008, esse teria sido diminuído em

R$ 10.339 mil, sendo o resultado de equivalência patrimonial do exercício findo em 31 de dezembro de 2008 de R$ 7.881 mil.

5 Com base em nosso exame e nos pareceres de responsabilidade de outros auditores

independentes, somos de parecer que, exceto pelos efeitos dos assuntos

mencionados nos parágrafos anteriores, as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Eletrobrás Participações S.A. - Eletropar em 31 de dezembro de 2009 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido, os fluxos de caixa e o valor adicionado do exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

6 As demonstrações financeiras da empresa coligada CTEEP - Companhia de

Transmissão de Energia Elétrica Paulista, relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009, foram examinadas por outros auditores independentes que emitiram parecer sem ressalvas, datado de 5 de fevereiro de 2010, contendo

parágrafo de ênfase relacionado ao reembolso referente aos gastos com o plano de complementação de aposentadoria pela Lei nº 4.819/1958. A administração da empresa coligada, amparada por seus assessores legais, entende que a

responsabilidade pelos pagamentos dos benefícios relacionados a esse plano é de inteira responsabilidade do Governo do Estado e, como conseqüência, não registra nas demonstrações contábeis da empresa nenhuma obrigação ou provisão para perdas em relação a esse plano

7 As demonstrações financeiras da empresa coligada EMAE - Empresa Metropolitana

de Águas e Energia, relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009, foram examinadas por outros auditores independentes que emitiram parecer sem ressalvas, datado de 19 de março de 2010, contendo parágrafo de ênfase relacionado à

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apurados no exercício de 2008 (venda de energia no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE e operação de arrendamento), tem sofrido contínuos prejuízos operacionais, fatores que geram dúvidas quanto à sua possibilidade de continuar em operação. A administração da empresa tem avaliado os impactos econômico-financeiros sobre seus negócios, resultantes das alterações introduzidas pelo Modelo Setorial implementado a partir de 2004, e as recentes experiências com os leilões de energia. Como resultado dessa avaliação, a administração entende que serão necessárias outras medidas, atualmente em

discussão com o Poder Concedente (Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL e Ministério de Minas e Energia) e o acionista controlador (Governo do Estado de São Paulo), além das medidas já tomadas, visando à redução de custos e ao aumento de receitas da Empresa, para permitir a rentabilidade às suas operações e a realização dos investimentos feitos em seu parque gerador, cujo saldo monta a R$ 599.450 mil em 31 de dezembro de 2009, composto, principalmente, pela Usina Hidrelétrica Henry Borden. As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas para empresas em regime normal de operações e não incluem nenhum ajuste relativo à realização e classificação dos valores de ativos nem quanto aos valores e à classificação de passivos que poderiam ser requeridos no caso de eventual paralisação das operações.

8 O exame das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de

2008, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 5 de março de 2009, sem ressalvas.

Rio de Janeiro, 30 de março de 2010

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 "F" RJ

Sérgio Eduardo Zamora Guilherme Naves Valle

Contador CRC 1SP168728/O-4 "S" RJ Contador CRC 1MG070614/O-5 "S" RJ

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DECLARAÇÃO DOS DIRETORES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Declaramos, em atendimento à Instrução CVM n° 480, de 7 de dezembro de 2009, que revisamos, discutimos e concordamos com as Demonstrações Financeiras da Eletrobrás Participações S.A – ELETROPAR, relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009, tendo sido tomada a decisão no sentido de sua aprovação em reunião realizada em 29 de março de 2010.

Rio de Janeiro, 29 de março de 2010.

Marcelo Lobo de Oliveira Figueiredo Jorge José Teles Rodrigues

Diretor Presidente Diretor Superintendente e de Relações com Investidores

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DECLARAÇÃO DOS DIRETORES SOBRE O PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Declaramos, em atendimento à Instrução CVM n° 480, de 7 de dezembro de 2009, que revisamos, discutimos e discordamos das opiniões expressas no parecer dos auditores independentes da Companhia – PricewaterhouseCoopers, emitido sobre as Demonstrações Financeiras da Eletrobrás Participações S.A – ELETROPAR, relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009, em reunião realizada em 29 de março de 2010.

O entendimento da Administração sobre o tema da ressalva contida no parecer dos auditores independentes concentra-se em não ter identificado como erro o que foi objeto da citada ressalva, posto que o evento caracterizou-se como uma mudança estimativa contábil e com isso seu efeito foi reconhecido no resultado do exercício.

Rio de Janeiro, 29 de março de 2010.

Marcelo Lobo de Oliveira Figueiredo Jorge José Teles Rodrigues

Diretor Presidente Diretor Superintendente e de Relações com Investidores

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PARECER DO CONSELHO FISCAL

Os membros do Conselho Fiscal da Eletrobrás Participações S.A. – ELETROPAR, em cumprimento ao disposto nos incisos II e VII, do Artigo 163, da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, declaram que, em reunião realizada às 15h30m de hoje, examinaram o Relatório da Administração; o Balanço Patrimonial; a Demonstração do Resultado; a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; Demonstração do Fluxo de Caixa; Demonstração do Valor Adicionado; as Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis; e o Parecer dos Auditores elaborado pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, datado de 30 de março de 2010, tudo relativo ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2009.

Da documentação analisada são objeto de destaque as ressalvas constantes dos parágrafos 3 e 4 do Parecer da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, de 30 de março de 2010. A primeira indica que a Companhia, somente no exercício findo em 2009 contabilizou provisão para perda na realização de créditos fiscais decorrentes do imposto de renda retido na fonte dos dividendos relativos ao exercício de 1995, que deveria ter sido registrada em períodos anteriores.

A segunda ressalva destaca que a Companhia registrou o ajuste da aplicação do método de equivalência patrimonial, correspondente à data base de 31 de dezembro de 2008, em contrapartida de lucros acumulados no Patrimônio Liquido, como um ajuste de exercícios anteriores, sem efetuar a reapresentação dos saldos apresentados para fins de comparação referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2008.

Não obstante as ressalvas, os Auditores são de parecer que, exceto pelos efeitos dos assuntos mencionados nos parágrafos anteriores, as Demonstrações Financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, posição patrimonial e financeira da Eletrobrás Participações S.A. – Eletropar, em 31 de dezembro de 2009 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio liquido, os fluxos de caixa e o valor adicionado do exercício findo nesta data, estão de acordo com as praticas contábeis adotadas no Brasil.

Cabe ressaltar, por oportuno, que o exame das Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2008 foi conduzido sob a responsabilidade de outra empresa de Auditoria, a qual emitiu Parecer sem qualquer alusão aos itens agora levantados e sem qualquer tipo de ressalva.

Tendo em vista que a provisão para perda na realização de créditos fiscais e o ajuste na aplicação do método de equivalência patrimonial foram realizados pela Eletropar no curso do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2009, alem do fato de que, segundo

(15)

15

os Auditores, as Demonstrações Financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, posição patrimonial e financeira da Eletrobrás Participações S.A. – Eletropar, em 31 de dezembro de 2009, e estão de acordo com as praticas contábeis adotadas no Brasil, este Conselho Fiscal conclui que a referida documentação se encontra em condições de ser submetida à deliberação dos acionistas em Assembléia Geral Ordinária.

Rio de Janeiro, 30 de março de 2010.

SUELY DIB DE SOUSA E SILVA

FERNANDA ELIAS PORTO

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www.eletrobraspar.com.br 16 Nota ATIVO 2009 2008 Reclassificado CIRCULANTE

Caixa e equivalentes de caixa 4 33.829 26.511

Remuneração dos investimentos 5 3.212 1.063

Ativos fiscais a compensar 7 806 6.521

Créditos diversos 753

Outros 280 119

38.880

34.214 NÃO CIRCULANTE

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Títulos e valores mobiliários - 1

Direitos com empresas cedentes - 2.130

2.131 INVESTIMENTOS 8 82.097 93.649 IMOBILIZADO Móveis e utensílios 199 188 (-) Depreciação Acumulada (149) (140) 50 48 INTANGÍVEL 1 -82.148 95.828 TOTAL DO ATIVO 121.028 130.042 BALANÇO PATRIMONIAL DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

DE 2009 E 2008 (em milhares de Reais)

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BALANÇO PATRIMONIAL DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(em milhares de Reais)

PASSIVO CIRCULANTE

Remuneração aos acionistas 10 1.475 10.818

Contas a pagar - Eletrobrás 724 391

Tributos e contribuições sociais 145 182

Obrigações estimadas 12 17

Outros 49 46

2.405 11.454 NÃO CIRCULANTE Obrigações com empresas cedentes - 1

1 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 11 Capital social 55.769 55.769 Reserva de Lucros 569 533 56.338 56.302 Adiantamentos para futuro aumento de capital 62.285 62.285

118.623

118.587 121.028

130.042 TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

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2009 2008

RECEITAS OPERACIONAIS

Dividendos 14.735 11.104 Juros sobre capital próprio 920 3.018 Resultado de Participações societárias 5.202

-20.857

14.122

DESPESAS OPERACIONAIS

Pessoal/Honorários 2.615 1.944

Materiais e Produtos 87 88

Viagens, Condução e Treinamento 52 86

Serviços de Terceiros 447 390

Propaganda e Publicidade 325 219

Tributos e Contribuições 538 967

Aluguel, Condomínio e IPTU 64 62

Provisões Operacionais 7.454 Perda na variação de participação societária 226

Outras 74 62

11.882 3.818 RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO 8.975 10.304 RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS Receitas financeiras 2.650 2.380 Despesas financeiras (438) (1.952) RESULTADO FINANCEIRO 2.212 428

RESULTADO OPERACIONAL 11.187 10.732 OUTRAS DESPESAS - (12)

RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 11.187 10.720 Imposto de renda e Contribuição social (136) (56)

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 11.051 10.664

LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO R$ 1,06 R$ 1,03

(em milhares de Reais)

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(19)

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ADIANTAMENTO

PARA FUTURO TOTAL DO

CAPITAL RESERVA PREJUÍZOS AUMENTO PATRIMÔNIO

SOCIAL LEGAL ACUMULADOS DE CAPITAL LÍQUIDO

Em 31 de dezembro de 2007 113.790 - (58.021) 62.285 118.054 Absorção de Prejuízos Acumulados (58.021) - 58.021 - -Lucro líquido do exercício - - 10.664 - 10.664 Destinação do Resultado:

Constituição de Reserva Legal - 533 (533) - Remuneração aos acionistas - - (10.131) - (10.131) Em 31 de dezembro de 2008 55.769 533 - 62.285 118.587 Ajustes de exercícios anteriores - - (10.339) - (10.339) Lucro líquido do exercício - - 11.051 - 11.051

Destinação do Resultado: (712)

Constituição de Reserva Legal - 36 (36) - Remuneração aos acionistas - (676) - (676) Em 31 dedezembro de 2009 55.769 569 - 62.285 118.623

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(em milhares de Reais)

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ATIVIDADES OPERACIONAIS

Lucro líquido do exercício 11.051 10.664

Ajustes para reconciliar o lucro líquido com o caixa gerado pelas operações:

Depreciação e amortização 11 11

Resultado de participações societárias (5.202) Provisões 7.376 Baixa de imobilizado - 12

Sub total 13.236 10.687 (Acréscimos) decréscimos nos ativos operacionais Remuneração dos investimentos (11.939) 1.324 Tributos e contribuições sociais a compensar (311) 13

Outros créditos (913)

-(13.163) 1.337 Acréscimos (decréscimos) nos passivos operacionais Adiantamentos cedentes 780 2.478 Acionistas - Grupamento de ações (4) (12)

Obrigações tributárias (21) 6

Outras contas a pagar 338 (25)

Outras obrigações trabalhistas (6) 1

Outras provisões (16) (24)

Dividendos a pagar 314 -1.385

2.424 Recursos provenientes das atividades operacionais 1.458 14.448 ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS

Pagamento de dividendos (10.331)

Pagamento de principal - (3.259)

Recursos aplicados nas atividades de financiamento (10.331) (3.259) DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31

DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (em milhares de reais)

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DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31

DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 (em milhares de reais)

ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS

Aquisição de ativo imobilizado (14) (28)

Investimentos (236)

-Dividendos recebidos 16.441

Recursos provenientes das (aplicados nas) atividades

de investimentos 16.191 (28)

Aumento no caixa e equivalentes de caixa 7.318 11.161 Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 26.511 15.350 Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 33.829 26.511 Aumento no caixa e equivalentes de caixa 7.318 11.161

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www.eletrobraspar.com.br 22 2009 2008 Reclassificado 1 - RECEITAS -

-2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (974) (846)

Provisões operacionais (7.680)

-(8.654)

(846)

3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (8.654) (846)

4 - RETENÇÕES

Depreciação, amortização e exaustão (11) (11)

(11)

(11)

5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA EMPRESA (8.665) (857)

6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

Receitas Financeiras 2.650 2.380

Resultado de participações societárias, dividendos e juros sobre o capital próprio 20.857 14.122 23.507

16.502

7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 14.842 15.645

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Remuneração direta 2.264 1.600

Impostos, taxas e contribuições 1.025 1.367

Remuneração do capital de terceiros 502 2.014

Remuneração do capital próprio 676 10.131

Lucros retidos:

Absorção de prejuízos 10.339

Reserva legal 36 533

14.842

15.645

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE

DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(em milhares de Reais)

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ELETROBRÁS PARTICIPAÇÕES S.A. ELETROPAR

(COMPANHIA ABERTA) CNPJ 01.104.937/0001-70

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008

(Valores expressos em milhares de reais, exceto os mencionados em contrário)

NOTA 1 - CONTEXTO OPERACIONAL

A Eletrobrás Participações S.A. - ELETROPAR é uma sociedade por ações, controlada pela Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS, foi criada em 29 de janeiro de 1996, pela Lei nº 9.163, de 15 de dezembro de 1995, em decorrência da cisão da LIGHT – Serviços de Eletricidade S.A., possui sua sede na cidade do Rio de Janeiro e tem por objeto social a participação societária em empresas de energia elétrica e em outras sociedades. Nesta condição, participa no capital social da Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. - ELETROPAULO, da Energias do Brasil S.A. – ENERGIAS DO BRASIL, da Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. – EMAE, da CPFL Energia S.A. – CPFL Energia e da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista S.A. - CTEEP, todas concessionárias de serviços públicos de energia elétrica no Estado de São Paulo, e também, da Eletronet S.A. – ELETRONET, sendo esta Sociedade de Propósito Específico, com atividades de transporte de sinais de informações e prestação de serviços de telecomunicações.

Sob a coordenação da ELETROBRÁS, as concessionárias CHESF, ELETRONORTE, ELETROSUL e FURNAS, denominadas EMPRESAS CEDENTES, desenvolveram o negócio de provimento de meios de transporte de sinais de informações, utilizando parte da sua infraestrutura e dos seus cabos de fibras ópticas. Dessa forma, viabilizaram não só a exploração do negócio de transporte de sinais de informações, como também a atividade de prestação de serviços de telecomunicações.

Para viabilização desse negócio, as EMPRESAS CEDENTES identificaram a necessidade de associação com a iniciativa privada e, também, com uma empresa do Sistema ELETROBRÁS que intermediasse e, consequentemente, atuasse como preposta, em nome das EMPRESAS CEDENTES, e sob a orientação das mesmas, objetivando seus interesses negociais pelo uso de suas infraestruturas, perante o sócio privado.

A ELETROPAR foi identificada como a empresa do Sistema ELETROBRÁS detentora da estrutura legal e estatutária mais compatível aos propósitos negociais então manifestos. A

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ELETROPAR participa minoritariamente do capital social da Eletronet S.A. – ELETRONET (49%).

Como preposta dos interesses das EMPRESAS CEDENTES de energia elétrica controladas pela ELETROBRÁS junto à ELETRONET, a ELETROPAR repassava os rendimentos do negócio às referidas EMPRESAS CEDENTES, cabendo-lhe somente a remuneração a título de administração e o ressarcimento de suas despesas por conta desse negócio.

Em 20 de setembro de 2002, a Assembléia Geral Extraordinária da ELETRONET deliberou a suspensão dos direitos da AES Bandeirante Empreendimentos Ltda. (detentora de 51% das ações da ELETRONET), em decorrência de sua inadimplência em aportar o valor correspondente à correção monetária da quarta parcela da integralização do capital que lhe cabia.

Com o inadimplemento da AES, a ELETROPAR, em virtude de cláusula contratual preestabelecida, assumiu a gestão da ELETRONET, a partir de 20 de setembro de 2002, e, de imediato, buscou alternativas para manter o negócio e procurou um novo sócio privado. No entanto, a falta de recursos financeiros, a ausência de financiamentos de longo prazo, as dificuldades para renegociação da dívida com os credores, além da perda de clientes e de oportunidades para novos negócios, inviabilizaram sua continuidade, o que culminou com o requerimento de falência com continuidade do negócio.

O processo falimentar está em trâmite perante a 5a Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro, encontrando-se a administração da ELETRONET a cargo do Poder Judiciário. Em sua manifestação, a Promotoria de Massas Falidas declarou não existir qualquer indício de crime falimentar.

O contrato nº. ECE-1166/99 (e seus Termos Aditivos) celebrado entre a ELETROPAR e as Empresas Cedentes (CHESF, ELETRONORTE, ELETROSUL e FURNAS) foi rescindido unilateralmente pelas Cedentes, em 06/06/2007, via Notificação Extrajudicial. A rescisão não prejudicou o recebimento dos créditos correspondentes aos reembolsos devidos e cobrados até 31/12/2006.

Nesta mesma Notificação Extrajudicial, as Empresas Cedentes, baseadas em previsões contratuais, pleitearam, dentre outras: i) a imissão na posse dos bens que compõem a infraestrutura implantada para prestação de serviços de telecomunicações; ii) o exercício do direito a reivindicar os cabos ópticos; e iii) a determinação, para fins de manutenção de serviço essencial ao sistema integrado nacional de transmissão de energia elétrica, bem como a não interrupção nos serviços prestados pelos empregados da ELETRONET. Em paralelo, as Cedentes peticionaram ao Juízo da 5ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro, requerendo decisão em caráter liminar sobre o assunto, a qual foi concedida, em 14 de janeiro de 2008, de forma definitiva, pendente apenas sua efetivação da disponibilização, na conta-corrente da Massa Falida da ELETRONET S.A., da quantia de R$ 380.000, apurada pericialmente.

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Em face desta decisão, diversos recursos foram interpostos pelas CEDENTES, pelos credores e pela Massa Falida da ELETRONET S.A., ainda pendentes de julgamento. Diante da demora da M.M. Juíza da 5ª. Vara Empresarial em cumprir a liminar deferida, a União Federal e Furnas Centrais Elétricas S.A. ingressaram, em 11.12.09, com uma Reclamação (Processo nº. 0063597-26.2009.8.19.0000) junto à 4ª. Câmara Cível do Tribunal de Justiça, tendo como relator o Desembargador Sidney Hartung, que deferiu o pedido de liminar concedendo às Reclamantes a imissão na posse dos bens da ELETRONET S.A., determinando a expedição de mandado para o devido cumprimento da decisão, o que ocorreu naquele mesmo dia. Ainda naquela data, foi expedido ofício solicitando informações e comunicando a concessão da liminar para a M.M. Juíza da 5ª. Vara Empresarial.

A decisão de concessão da liminar foi publicada no Diário Oficial do dia 15.12.09. O mandado de imissão na posse dos bens da ELETRONET foi cumprido no dia 15.12.09. Da decisão monocrática do Relator que deferiu a imissão pelas Reclamantes na posse dos bens da ELETRONET foi interposto Agravo Regimental, em 07.01.2010. O Síndico interpôs Embargos de Declaração. O Ministério Público foi intimado e apresentou manifestação nos autos. O processo foi remetido à conclusão do Desembargador Relator em 26.01.2010, que determinou a inclusão na autuação do feito, como interessados, a Massa Falida da Eletronet e a Falida.

Em 02.03.2010, o Agravo Regimental e os Embargos de Declaração foram juntados aos autos. Em 23.03.2010 foi juntada petição, que havia sido despachada pelo Desembargador Relator, com pedido de vista dos autos pela Massa Falida, o que foi deferido. Desta forma, o processo se encontra em poder do Síndico da Massa Falida desde o dia 23.03.2010. Vale registrar que a ELETROPAR continua inscrita no Programa Nacional de Desestatização – PND, nos termos do Decreto nº 1.836, de 14 de março de 1996.

NOTA 2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, em consonância com as disposições da Lei das Sociedades por Ações – Lei 6.404/76 e suas alterações posteriores, além de regulamentações e disposições complementares da Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Desta forma, contemplam as modificações nas práticas introduzidas pelas Leis nos 11.638/2007 e 11.941/2009, e regulamentações emanadas pelo Comitê de Pronunciamento Contábeis – CPC e pela Comissão de Valores Mobiliários.

Conforme determinado pela Deliberação CVM 565, de 17 de dezembro de 2008, que aprova o Pronunciamento Técnico CPC 13, a partir do exercício findo em 31 de dezembro de 2008 a Companhia passou a adotar a Lei 11.638/2007 e Medida provisória 11.651/2009, convertida na Lei 11.941, de 27 de maio de 2009. A Companhia adotou como data de transição 1º de janeiro de 2008.

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O Comitê de Pronunciamentos Contábeis emitiu e a CVM aprovou ao longo do exercício de 2009 diversos pronunciamentos contábeis alinhados às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) emitidas pelo IASB – International Accounting Standards Board. As normas e interpretações de normas relacionadas a seguir são obrigatórias para os exercícios sociais iniciados em 1o de janeiro de 2010.

Além dessas, também foram publicadas outras normas e interpretações que alteram as práticas contábeis adotadas no Brasil, dentro do processo de convergência com as normas internacionais. As normas a seguir são apenas aquelas que poderão impactar as demonstrações financeiras da Companhia. Nos termos dessas novas normas, as cifras do exercício de 2009, aqui apresentadas, deverão ser reapresentadas para fins de comparação, quando da apresentação das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2010. A Companhia não adotou antecipadamente essas normas no exercício findo em 31 de dezembro de 2009.

(a) Pronunciamentos

. CPC 18 - Investimentos em coligadas . CPC 21 - Demonstração intermediária

. CPC 23 - Políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação de erros . CPC 24 - Eventos subsequentes

. CPC 25 - Provisões, passivos e ativos contingentes . CPC 26 - Apresentação das demonstrações contábeis . CPC 27 - Ativo imobilizado

. CPC 30 - Receitas

. CPC 32 - Tributos sobre o lucro

. CPC 38 - Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração . CPC 39 - Instrumentos financeiros: apresentação

. CPC 40 - Instrumentos financeiros: evidenciação (b) Interpretações

. ICPC 08 - Contabilização da proposta de pagamento de dividendos

. ICPC 09 - Demonstrações contábeis individuais, separadas, consolidadas e aplicação do método de equivalência patrimonial

Dentre os pronunciamentos técnicos já emitidos que possam impactar as Demonstrações Contábeis, observa-se a Interpretação Técnica ICPC 08 - Contabilização da proposta de pagamento de dividendos, a qual estabelece os princípios gerais sobre o reconhecimento do valor do passivo referente ao dividendo mínimo obrigatório. De acordo com a referida ICPC 08 o valor do dividendo além do mínimo obrigatório, constante de proposta da administração da companhia após a data do balanço e antes de sua aprovação na assembléia de acionistas, deve ser reconhecido no patrimônio líquido.

Com relação a essa interpretação e aos demais pronunciamentos a serem aplicados a partir do exercício de 2010, a ELETROBRÁS, nossa Controladora, contratou consultoria especializada para apoio na avaliação e interpretação dessas normas.

A Administração da Companhia autorizou a conclusão da preparação dessas Demonstrações Contábeis na reunião do Conselho de Administração realizada em 30 de março de 2010.

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Para efeito de melhor apresentação e comparabilidade com o exercício atual, as colunas do Balanço Patrimonial do exercício anterior foram reclassificadas, quando aplicável, conforme a seguir:

2009 2008

Reclassificado Ajuste Publicado

Balanço Patrimonial

Ativo Circulante

Direitos e Obrigações com

empresas cedentes e Eletronet - 2.131 (70.688) 72.819

Passivo Circulante

Contas a pagar e adiantamentos

de empresas cedentes - - (70.688) 70.688

NOTA 3 - SUMÁRIO DAS PRÁTICAS CONTÁBEIS

I – Caixa e equivalentes de caixa

Estão representadas por depósitos em conta-corrente e por aplicações financeiras de curto prazo e alta liquidez junto ao Banco do Brasil S.A., com risco insignificante de mudança de valor, nos termos da legislação específica para empresas estatais, emanadas do Decreto-Lei nº 1.290, de 3 de dezembro de 1973, com as alterações decorrentes da Resolução n.º 2.917, de 19 de dezembro de 2001, do Banco Central do Brasil, que estabeleceu novos mecanismos para as aplicações das empresas integrantes da Administração Federal Indireta.

II – Contas a receber

Representam basicamente créditos relativos às operações junto a ELETRONET, CHESF, ELETRONORTE, ELETROSUL e FURNAS, decorrentes do contrato nº ECE 1166/99, “Contrato de Cessão do Direito de Uso da Infraestrutura do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica

e de Fibras Ópticas” das EMPRESAS CEDENTES, firmado em 29 de junho de 1999. Este

contas a receber apresenta-se líquido de suas obrigações vinculadas e integralmente provisionado.

III – Remuneração dos investimentos

Representa o valor a receber referente a dividendos e juros sobre o capital próprio decorrente das participações detidas pela Companhia.

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IV – Investimentos

Até maio de 1998, o investimento da ELETROPAR em suas investidas foi avaliado pela equivalência patrimonial. A partir daquela data, passou a ser avaliado pelo custo de aquisição face à redução da participação societária, em decorrência da redução de seu capital social. De acordo com as alterações introduzidas pela Lei nº. 11638/08 e em consonância com a nova redação da Instrução CVM 247/96, os investimentos das empresas controladas, EMAE e CTEEP, passaram a ser avaliados por equivalência patrimonial.

V – Imobilizado

Registrado ao custo de aquisição deduzido da depreciação acumulada, esta calculada pelo método linear e debitada ao resultado do exercício.

VI – Imposto de Renda e Contribuição sobre o Lucro Líquido

O Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ foi calculado pelo regime de apuração do lucro real anual, sendo utilizada a alíquota de 15% e adicional de 10% sobre lucro real, conforme definido pela legislação tributária aplicável. A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL foi calculada à alíquota de 9% sobre lucro ajustado, nos termos da legislação aplicável.

VII – Contingências

A ELETROPAR, no curso normal de suas atividades, está sujeita a processos judiciais de natureza tributária, trabalhista e cível. A Administração adota o procedimento de classificar as causas impetradas contra a Companhia em função do risco de perda, baseada na opinião de seus consultores jurídicos e, quando aplicável, fundamentada em pareceres específicos emitidos por especialistas, de acordo com a Instrução CVM nº 594, de 15 de setembro de 2009, que aprovou o pronunciamento técnico n° 25 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e revogou a Instrução CVM n° 489, de 03 de outubro de 2005.

VIII – Passivo Circulante

Os itens do circulante estão demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos.

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NOTA 4 - CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Os saldos de caixa e equivalentes de caixa são mantidos junto ao Banco do Brasil S.A., nos termos da legislação específica para as Sociedades de Economia Mista sob controle federal, emanada do Decreto Lei n.º 1.290, de 03 de dezembro de 1973, com as alterações decorrentes da Resolução n.º 2.917, de 19 de dezembro de 2001, do Banco Central do Brasil, que estabeleceu novos mecanismos para as aplicações das empresas integrantes da Administração Federal Indireta.

As aplicações financeiras, de liquidez imediata, encontram-se em fundos de investimento financeiro - extramercado, que têm como meta a rentabilidade em função da taxa média da SELIC.

O total de caixa e equivalentes de caixa, em 31 de dezembro de 2009, encontra-se abaixo demonstrado:

2009 2008

Caixa e Bancos 367 23

Aplicações Financeiras 33.462 26.488

33.829 26.511

NOTA 5 – REMUNERAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

2009 2008

EDP – Energias do Brasil - 760

Eletropaulo 781 303

CTEEP 2.431 -

3.212 1.063

NOTA 6 – DIREITOS E OBRIGAÇÕES COM ELETRONET E EMPRESAS CEDENTES

Os créditos junto a ELETRONET derivados do aluguel da infraestrutura e cabos de fibras ópticas, atualização monetária e juros sobre receita de aluguel de infraestrutura, diferidos no período compreendido entre fevereiro e novembro de 2002, além de multa por atraso de pagamento dos meses subsequentes estão contemplados nessa rubrica. Além disso, os valores a receber das concessionárias, FURNAS, CHESF, ELETROSUL e ELETRONORTE relativos a taxa de administração e ressarcimento de despesas operacionais estão também classificados neste item.

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2009 2008

Contas a receber – Cedentes 13.674 13.674

Contas a receber – Eletronet 59.145 59.145

Obrigação com as Empresas Cedentes (58.471) (59.592)

Adiantamentos (11.877) (11.096)

Outros créditos a pagar (1.121) -

Contas a receber líquido 1.350 2.131

Provisão para perdas (1.350) -

- 2.131

A Assembléia Geral Extraordinária da ELETRONET, iniciada em 24 de abril de 2003, e encerrada em 25 do mesmo mês e ano, aprovou a confissão de falência da Companhia com continuação do negócio e autorizou os Administradores a tomarem as medidas judiciais cabíveis, tendo sido a sentença proferida, em 16 de maio de 2003, pela 5ª Vara Empresarial/RJ, a qual acolheu o pedido de confissão da falência com continuidade do negócio.

Examinadas todas as implicações, concluiu-se que a confissão da falência da ELETRONET vincula o crédito junto à ELETRONET ao pagamento do passivo substancialmente do mesmo valor a ser repassado às EMPRESAS CEDENTES, as quais em sua totalidade integram o Sistema ELETROBRÁS.

Destacamos a existência de manifestação da 5ª Promotoria de Massas Falidas, datada de 09 de maio de 2007, a fl. 4.781 dos autos da falência, que declara não haver na falência deferida qualquer indício de crime falimentar, pelo que, além da prescrição da pretensão punitiva, ocorrida em 15 de maio de 2007, tornou-se desnecessária a instauração de inquérito judicial.

Em 22 de dezembro de 2004, foi assinado o Termo Aditivo no 05 ao Contrato no ECE 1166/99, relativo à cessão do direito de uso da infraestrutura de transmissão de energia

elétrica e de fibras ópticas pelas EMPRESAS CEDENTES: CHESF, ELETRONORTE, ELETROSUL e FURNAS.

O objeto do Termo Aditivo foi determinar que as citadas EMPRESAS CEDENTES efetuassem adiantamentos à ELETROPAR correspondentes às despesas operacionais desta última incorridas no período de agosto de 2002 a junho de 2004, no total de R$ 9.327, os quais serão atualizados pelo IGP-M, da Fundação Getúlio Vargas, caso a receita oriunda do Negócio ELETRONET ultrapassasse os custos operacionais. A CHESF optou em converter o adiantamento em pagamento de parte do seu saldo devedor com a ELETROPAR.

Ainda por intermédio do mesmo Termo Aditivo nº 05, foram efetuados, pelas Concessionárias, adiantamentos à ELETROPAR relativos às despesas operacionais realizadas de janeiro a dezembro de 2005.

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Em Outubro de 2006, foi assinado o Termo Aditivo nº 06 ao Contrato nº ECE 1166/99, com o objetivo de as EMPRESAS CEDENTES repassarem, a título de adiantamento à ELETROPAR, o valor de R$ 2.010 relativos às despesas incorridas no período compreendido entre Julho e Dezembro de 2004, e o valor de até R$ 1.960 no ano de 2006, representando 50% das despesas operacionais, também a titulo de adiantamento por conta do Negócio ELETRONET.

O Contrato nº. ECE-1166/99 (e seus Termos Aditivos) celebrado entre a ELETROPAR e as Empresas Cedentes (CHESF, ELETRONORTE, ELETROSUL e FURNAS) foi rescindido unilateralmente pelas Cedentes, em 06/06/2007, via Notificação Extrajudicial. A rescisão não prejudicou o recebimento dos créditos correspondentes aos reembolsos devidos e cobrados até 31/12/2006.

A ELETROPAR detém, em 31 de dezembro de 2009, créditos da ordem de R$ 72.819, na qualidade de credora da ELETRONET em nome das empresas cedentes, e débitos de R$ 71.469 com as empresas cedentes, vinculados ao recebimento dos créditos.

A diferença entre os saldos ativos e passivos, que reflete a taxa de comissionamento de R$ 1.350, foi integralmente provisionada no trimestre findo em 31 de março de 2009.

NOTA 7 – ATIVOS FISCAIS A COMPENSAR

2009 2008

IRRF sobre dividendos 4.264 4.264

IRRF sobre juros sobre capital próprio 292 417

IRRF sobre aplicações financeiras 514 413

IRPJ – exercícios anteriores 1.762 1.427

6.832 6.521

Provisão para perdas (6.026) -

806 6.521

Devido à incerteza da recuperabilidade de parte dos créditos, foi constituída em 2009 provisões para perdas no montante de R$ 6.026.

O montante de R$ 4.264 corresponde ao Imposto de Renda retido na fonte sobre dividendos recebidos da Eletropaulo em 1996, relativos ao exercício de 1995, o qual é objeto de processo administrativo de Pedido de Restituição ou Compensação, nos termos da IN/SRF nº 21/97, junto a Secretaria da Receita Federal. De acordo com o escritório de advocacia Xavier, Bernardes, Bragança – Sociedade de Advogados, patrono da causa, o referido processo encontra-se em fase de recurso voluntário junto ao Conselho de Contribuintes, cuja chance de êxito, segundo estes advogados, está avaliada como “possível”, nos termos da Deliberação CVM nº 594, que aprovou o pronunciamento técnico CPC 25 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Em 2009 este valor cuja

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recuperação depende de êxito em processo administrativo junto à Secretaria da Receita Federal, pode ser considerado de natureza contingente.

A classificação deste valor no ativo circulante se manteve, em exercícios anteriores, em razão do entendimento de que, em face das possibilidades de êxito na homologação dos pedidos de compensação pela Receita Federal, ainda sob exame na esfera administrativa, e sujeita, outrossim, à fase judicial, na eventualidade de não reconhecimento do direito em questão não se estaria diante de um clássico caso de registro de ativo contingente, a ensejar uma recomendação de baixa ou constituição de provisão redutora\retificadora do saldo da rubrica “Ativos Fiscais a Compensar”. Contudo, face à incerteza e à longevidade do processo, à luz da estrutura conceitual básica da contabilidade em vigor por pronunciamento do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, a administração optou por provisionar o correspondente valor.

Os créditos tributários no valor de R$ 1.762 também foram provisionados, a fim de evitar expectativas de receita sobre o fato não consumado, o que vai ao encontro das vigentes normas da Comissão de Valores Mobiliários.

NOTA 8 - INVESTIMENTOS

A composição dos investimentos da ELETROPAR em 31 de dezembro de 2009 está distribuída da seguinte forma:

I – Empresas avaliadas pelo método do custo

R$ Mil Tipo Quantidade Participação (%)

Eletropaulo1 31.728 PNB 2.095.644 1,25

Energias do Brasil2 7.850 ON 495.227 0,50

CPFL Energia3 3.364 ON 851.801 0,99

42.942

1 Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. – ELETROPAULO 2 EDP Energias do Brasil S.A. – ENERGIAS DO BRASIL

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II – Empresas avaliadas pelo método de equivalência patrimonial

A ELETROPAR detém participações societárias, além daquelas descritas anteriormente, nas seguintes companhias mencionadas abaixo:

Tipo Quantidade Participação (%)

CTEEP4 PN 989.255 0,66

EMAE5 PN 523.911 1,42

Tais investimentos eram avaliados, pela ELETROPAR, com base em seu valor de aquisição conforme a prática contábil então vigente. De acordo com as alterações introduzidas pelas Leis nos. 11.638/07 e 11.941/09 e em consonância com a nova redação da Instrução CVM 247/96, essas participações passaram a ser avaliadas pelo método de equivalência patrimonial (a partir do primeiro trimestre de 2009).

O critério de avaliação contábil dos investimentos foi alterado pelo fato de que, com base no novo ordenamento contábil vigente, a Companhia controladora da ELETROPAR, a ELETROBRÁS, também detém participação no capital das empresas já mencionadas no quadro anterior e avalia esses investimentos pelo método da equivalência patrimonial. Por esse motivo, a ELETROPAR, ao possuir participação nas mesmas Companhias investidas de sua controladora, aplica o mesmo critério de avaliação contábil utilizado pela ELETROBRÁS.

Mutação dos Investimentos

CTEEP EMAE TOTAL

Saldo em 31/12/08 (custo) 36.818 13.889 50.707

Subscrição 236 - 236

Ajuste de equivalência* (5.508) (2.360) (7.868)

(-) Dividendos/JCP (3.920) - (3.920)

Saldo em 31/12/09 27.626 11.529 39.155

* O montante negativo de R$ 10.339 teve contrapartida no patrimônio líquido, em função da adoção inicial da metodologia de avaliação dessas participações societárias, e R$ 1.072 mil teve contrapartida no resultado por tratar-se de receita de equivalência do 1º trimestre de 2009. (Vide nota 14).

2009 2008

Investimentos avaliados ao custo 42.942 42.942

Investimentos avaliados por equivalência patrimonial 39.155 50.707

82.097 93.649

4 Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista S.A. – CTEEP, empresa auditada por nossos

auditores independentes até 31/12/08 e por outros auditores a partir de 01/01/09.

5 Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. – EMAE, empresa auditada e outros auditores

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NOTA 9 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

I – Reconciliação do benefício (despesa) do imposto de renda e da contribuição social

A reconciliação entre a despesa de imposto de renda e de contribuição social pela alíquota nominal e pela efetiva está demonstrada a seguir:

2009 2008

Lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social: 11.187 10.720

Imposto de Renda e Contribuição Social às alíquotas da

legislação (34%): 3.780 3.621

Efeitos de adições e (exclusões):

Equivalência patrimonial e dividendos (6.244) (3.799) Provisão para perdas de impostos recuperáveis sem

expectativa de realização (nota 7) 2.025 -

Outros 575 (235)

(3.643) (3.565)

Imposto de Renda e Contribuição Social no resultado 136 56

II – Regime Tributário de Transição

O Regime Tributário de Transição (RTT) terá vigência até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos fiscais dos novos métodos contábeis, buscando a neutralidade tributária.

O regime é optativo nos anos-calendário de 2008 e de 2009, respeitando-se: (i) aplicar ao biênio 2008-2009, não a um único ano-calendário; e (ii) manifestar a opção na Declaração de Informações Econômico-Financeiras da Pessoa Jurídica (DIPJ).

A Empresa optou pela adoção do RTT em 2008. Consequentemente, para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido dos exercícios findos em 2009 e 2008, a Companhia utilizou das prerrogativas definidas no RTT.

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7. NOTA 10 – REMUNERAÇÃO AOS ACIONISTAS

2009 2008 Dividendos a pagar 790 10.131 Grupamento de ações 685 689 1.475 10.820 8. 9. 10.

11. NOTA 11 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO

I – Capital Social

O Capital Social de R$ 55.769 é composto de 10.390.846 (dez milhões, trezentos e noventa mil, oitocentos e quarenta e seis) ações ordinárias nominativas, escriturais e sem valor nominal.

A composição acionária em 31 de dezembro de 2009 está assim representada:

Tipo Quantidade Participação

(%)

ELETROBRÁS ON 8.480.196 81,61

Minoritários ON 1.910.650 18,39

10.390.846 100,00

O valor patrimonial das ações representativas do Capital Social, em 31 de dezembro de 2009, é de R$ 11,42 por ação (em 31 de dezembro de 2008 era de R$ 11,41 por ação).

II – Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital Composição dos adiantamentos até 31 de dezembro de 2009:

Ano AFAC efetuado Saldo

ELETROBRÁS 2000 15.562 15.562

ELETROBRÁS 2001 8.300 23.862

ELETROBRÁS 2002 35.223 59.085

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