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DE: Daniel Engelmann Técnico Superior - Contador Sérgio Alexandre Ramos González Técnico Superior - Economista

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INFORMAÇÃO N.º 27/2008 DATA: Porto Alegre, 08/07/2008

DE: Daniel Engelmann – Técnico Superior - Contador

Sérgio Alexandre Ramos González – Técnico Superior - Economista PARA: Diretor de Tarifas

PROCESSO: 001081-04.36/08-3, de 25/03/2008

ASSUNTO: Análise do Reajuste Tarifário da Travessia Hidroviária de Veículos de Taquari – General Câmara

INTRODUÇÃO

O presente expediente trata do reajuste tarifário requerido pela empresa Adroaldo da Silva Couto, com sede em Taquari, autorizatária da travessia hidroviária de veículos entre os municípios de Taquari e General Câmara.

O processo de reposição tarifária veio acompanhado de planilhas de custos e informações complementares elaboradas pela empresa (fls. 3 a 11). Foi anexo ao processo, o voto do Conselheiro-Relator (fls. 15 a 20) e o voto do Conselheiro-Revisor do último reposicionamento tarifário (fls. 21 a 22), o Processo nº 002.115-18.36/06-2, bem como a Resolução nº. 503 do Conselho Superior da AGERGS de 12/04/2007, na qual foram fixadas as tarifas em vigor na travessia em questão (fl. 23).

As informações contábeis previstas na Resolução nº. 137 de 28 de novembro de 2002 foram encaminhadas à AGERGS sendo base para a análise que se segue. Para fins de complementar e revisar as informações do processo, os técnicos da AGERGS, Daniel Engelmann, Sérgio Alexandre Ramos González e Eduardo M. Mesquita da Costa realizaram visita técnica à empresa autorizatária, no dia 28/05/2008. Além disso, foram solicitadas informações adicionais ao escritório responsável pela contabilidade da empresa referente ao consumo de óleo diesel e à demanda tanto para o segundo semestre de 2006 cujo envio não havia sido realizado até então, como para o primeiro trimestre de 2008.

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Esse processo compõe-se de procedimento de reposicionamento tarifário, no qual tanto os coeficientes técnicos como os critérios de apuração das variáveis que determinam o cálculo tarifário foram considerados constantes em relação ao processo 002115-18.36/06-2. Serviram como principal referência para o levantamento dos custos de operação da travessia hidroviária, os valores nominais previstos nos balancetes trimestrais apresentados pela concessionária ao longo de 2007 e do primeiro trimestre de 2008. Por sua vez, os gastos com os insumos combustíveis e mão-de-obra foram atualizados monetariamente.

1 CONSIDERAÇÕES GERAIS QUANTO À METODOLOGIA DE CÁLCULO

Para fins de apuração dos custos atualizados, consideramos a estrutura tarifária apresentada na Informação nº. 03/2007, de 31/01/2007, da Diretoria de Tarifas e Estudos Econômicos da AGERGS, com a inclusão do item Previdência social (empregador) e Previdência social (contribuinte individual) tendo em vista nova legislação tributária – Lei Complementar nº. 123, de 14 de dezembro de 2006, vigente desde 01 de julho de 2007, cuja aplicação exclui as atividades de transporte intermunicipal de passageiros do SIMPLES NACIONAL. A determinação do custo médio mensal segue o Quadro 1:

Quadro 1 – Estrutura de Custos Especificação

Seguro Consumo Pessoal

Previdência Social (empregador) Manutenção

Administrativo Gerenciamento

Previdência Social (contribuinte individual) Soma

Remuneração do Capital Custo de Depreciação Total

Tributos (TAFIC + ICMS + Tributos Federais) Total

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2 CÁLCULO TARIFÁRIO APURADO PELA AGERGS

Do exame realizado nos documentos que dispomos – balancetes do exercício de 2007, balancete do primeiro trimestre de 2008 e planilhas de demanda de 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008 - a composição dos custos alcança os valores apresentados no Quadro 2 a seguir:

Quadro 2 – Custo apurado

Especificação Custo Médio Mensal Custo Anual

Seguro R$ 15,14 R$ 181,64 Consumo R$ 10.062,50 R$ 120.750,00 Pessoal R$ 15.612,41 R$ 187.348,96 Previdência Social (empregador) R$ 4.496,38 R$ 53.956,50 Manutenção R$ 2.221,41 R$ 26.656,97 Administrativo R$ 3.759,74 R$ 45.116,86 Gerenciamento R$ 2.871,10 R$ 34.453,20 Previdência Social (contribuinte individual) R$ 574,22 R$ 6.890,64

Soma R$ 39.612,90 R$ 475.354,77

Remuneração do Capital R$ 10.269,74 R$ 123.236,84 Custo de Depreciação R$ -

-Total R$ 49.882,63 R$ 598.591,61

Tributos (TAFIC + ICMS + Tributos Federais) R$ 8.221,77 R$ 98.661,28

Total R$ 58.104,41 R$ 697.252,90

3 ANÁLISE DAS RUBRICAS DE CUSTOS

3.1 SEGURO

Embora haja recomendação de estudos de melhor cobertura de seguros para a atividade de travessias que teria suas prioridades definidas pela SPH, nota-se que os seguros contratados configuram-se nos mesmos moldes dos apresentados no processo de revisão tarifária nº 002.115-18.36/03-2, inclusive o mesmo valor. Foi solicitado o envio da documentação relativa ao seguro contratado, o que até o momento não foi atendido. Utilizou-se o custo com o prêmio do seguro declarado pela empresa em R$ 181,64.

A Resolução nº 530, do Conselho Superior da AGERGS recomenda estudo de melhor cobertura de seguros para a atividade hidroviária, havendo manifestação da SPH, à folha nº 25, de que o seguro devesse cobrir as embarcações, as cargas e os passageiros. Quanto à viabilidade da proposta, a

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SPH informa que, segundo as delegatárias, atualmente as seguradoras somente têm interesse no seguro obrigatório.

3.2 CONSUMO DE COMBUSTÍVEL E LUBRIFICANTES

A empresa informa um consumo de 84.000 litros de combustível ao ano, mas manteve-se o consumo apurado no último processo de revisão tarifária, uma vez que não houve qualquer informação que indicasse alterações nas embarcações ou nos horários de prestação de serviço que pudessem fundamentar essa majoração no consumo, além do que, mediante contato telefônico com responsáveis pela escrituração contábil, obteve-se a informação de que esse consumo considerava gastos de combustíveis decorrentes da prestação de serviços no transporte de areia. Dessa maneira, o valor a ser adequadamente apurado resulta do produto da quantidade adquirida de 55.000 litros de combustível/ano pelo preço cotado de R$ 2,05 em junho de 2008, conforme cópia anexada a este processo ( fl. 27 ).

Ao resultado dessa operação – R$ 112.750,00 –, acrescentou-se o montante de R$ 8.000,00 relativos ao consumo de 1.440 litros de lubrificantes, conforme declarado pela empresa, totalizando um custo de R$ 120.750,00 em combustíveis e lubrificantes.

3.3 PESSOAL

Considerando os estudos realizados na revisão tarifária e considerando que não houve quaisquer alterações referentes à estrutura administrativa e de oferta dos serviços, o quadro de pessoal apurado no processo nº 002.115-18.36/06-2 foi mantido, sendo seu valor apenas atualizado por índice inflacionário acumulado (INPC/IBGE) no período de maio de 2007 a abril de 2008. Dessa forma, prevê-se a remuneração de 14 funcionários, sendo 5 marinheiros, 2 contramestres, 3 bilheteiros, 2 responsáveis pela manutenção e um administrativo. Recomenda-se que a empresa encaminhe informações mais precisas sobre o quadro funcional que se ocupa exclusivamente das atividades de travessia haja vista que a empresa desenvolve outras atividades e tem informado nos balancetes corpo funcional de 34 pessoas, distribuídas em 32 funcionários envolvidos no transporte de veículos, 1 administrativo e 1 diretor, conforme balancete do primeiro trimestre de 2008.

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O cálculo monetário de pessoal demonstra um custo de R$ 187.348,96, resultante da aplicação de 5,90% de inflação acumulada nos últimos doze meses sobre o montante de R$ 176.911,20 apurados na última revisão tarifária. 3.4 PREVIDÊNCIA SOCIAL (EMPREGADOR)

Considerando a legislação referente ao Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte - Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, mais conhecida como a lei do SIMPLES NACIONAL, verificou-se a impossibilidade de enquadramento da empresa nessa modalidade de recolhimento de tributos federais, uma vez que a atividade de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros impossibilita a adesão. Tomando em conta esse fato, a participação do empregador no recolhimento da previdência social passa a ser recolhida sobre a folha de pagamento e não mais sobre o faturamento. Assim, considerando o que reza a nova legislação tributária, em seu Art. 17, Inciso VI, deve-se adicionar ao custo de pessoal da concessionária os encargos de INSS sobre a folha de pagamento, que antes estavam incluídos na alíquota da Lei do Simples (Lei nº 9.317/96) revogada pela Lei Complementar nº 123/06. Desta forma, deve-se acrescentar ao custo com a folha de pagamento (ordenados, 13º salário e férias) 28,8% de contribuição previdenciária (INSS, Acidentes de Trabalho e Terceiros), o que corresponde a R$ 53.956,50.

3.5 MANUTENÇÃO

Para determinação do valor dos custos com manutenção, manteve-se como critério, a apuração do gasto médio dos últimos quatro anos. Os gastos de 2007 foram informados pela empresa no pedido de reajustamento, à folha 5, nos itens manutenção de terminais (R$ 1.708,50) e manutenção e reparos de embarcações (R$ 8.315,34). Tais itens encontram respaldo no balancete contábil de dezembro de 2007 nas rubricas de 3.1.2.1.1.01.06 Despesa com veículos e embarcações (R$ 2.559,14), 3.1.2.1.1.03.80 Manutenção de máquinas e embarcações (R$ 5.756,20) e 3.1.2.1.1.03.85 Material de consumo (R$ 1.708,50).

Quadro 3 – Custo com Manutenção

Rubrica 2004 2005 2006 2007 Média

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Seguindo-se o critério, o custo com manutenção é de R$ 26.656,97. 3.6 CUSTOS ADMINISTRATIVOS

Foram considerados os custos administrativos declarados no Balancete do Exercício de 2007, para as seguintes rubricas e valores, totalizando o valor de R$45.116,86:

Quadro 4 – Demonstrativo dos Custos Administrativos Demonstrativo dos Custos Administrativos

3.1.01.04.01.03.02 Serviços PF R$ 14.520,00 3.1.01.04.01.03.09 Material de expediente R$ 2.093,50 3.1.01.04.01.03.10 Luz R$ 16.005,30 3.1.01.04.01.03.12 Comunicações R$ 12.498,06 Total R$ 45.116,86 3.7 GERENCIAMENTO

Foram considerados como custos de Gerenciamento o total da rubrica do Balancete 3.1.01.04.01.02.01 - Pró-labore do Balancete do Exercício 2007, atingindo R$34.453,20.

3.8 PREVIDÊNCIA SOCIAL (CONTRIBUINTE INDIVIDUAL)

Em decorrência das alterações tributárias decorrentes da Lei Complementar nº. 123, de 14 de dezembro de 2006, um novo item de custos teve de ser acrescentado a planilha tarifária, ou seja, a contribuição previdenciária individual incidente sobre gerenciamento. A alíquota de 20% corresponde à R$ 6.890,64 ao ano.

3.9 REMUNERAÇÃO DO CAPITAL E DEPRECIAÇÃO

A título de remuneração de capital e depreciação foram mantidos os mesmos critérios desenvolvidos no processo de revisão tarifária, tendo como parâmetros: valor residual das embarcações calculado em 20%; vida útil de 20 anos; capital investido informado pela autorizatária, sendo remunerado usualmente em 12% a.a. Para composição da rubrica remuneração do capital, o trabalho foi pautado no conceito de capital prudente, o qual busca o nível de investimento justo e necessário a ser remunerado pela tarifa, sendo aceito o valor apresentado pela empresa na avaliação de suas embarcações.

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Abaixo segue reprodução do capital considerado para fins de remuneração:

Quadro 5 – Estrutura de Capital

Embarcação Tipo Ano Capital Residual Deusa do Jacuí Balsa Dez. / 1992 R$700.000,00 R$140.000,00 Touro dos Pampas Rebocador Jul. / 1991 R$120.000,00 R$24.000,00

Búfalo Branco Rebocador Ago. / 1995 R$120.000,00 R$24.000,00

Total R$940.000,00 R$188.000,00

Aplicando-se o FRC (Fator de recuperação do capital) durante toda a vida útil do bem, não cabe utilizar a depreciação para recuperação do capital, uma vez que o cálculo pelo FRC já prevê sua recuperação.

Em resumo, a remuneração do capital (valor líquido do residual) por um prazo de 20 anos com juros de 12% resulta num FRC de 0,133879 e numa prestação anual de R$ 100.676,84, que adicionada à remuneração do capital residual R$ 22.560,00 (188.000 x 0,12), totaliza em R$123.236,84.

3.10 TRIBUTOS

Para obtenção dos custos com tributos, verificou-se que a concessionária está enquadrada como optante do simples nacional. No entanto, segundo a Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006, as empresas operadoras de transporte intermunicipal de passageiros estão impossibilitadas de aderirem ao SIMPLES NACIONAL, conforme o artigo 17, inciso VI:

Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte: [...]

VI – que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros;

Dessa maneira, recomenda-se que a concessionária verifique sua situação junto a Secretaria da Receita Federal, uma vez que em consulta ao site do órgão encontrou-se que a concessionária continua enquadrada no Simples. Recomenda-se também que a empresa atualize seu cadastro

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nacional da pessoa jurídica inserindo a atividade de travessia nas suas atividades, o que está omitido na emissão do CNPJ, também pelo site da Receita Federal.

Considerando-se a alteração da modalidade tributária a que a concessionária está sujeita, houve alteração da carga tributária federal. Assim, considerou-se para fins de determinação do valor dos tributos total 0,65% a título de PIS, 3% a título de COFINS, além de 9,60% referente ao ICMS e de 0,90% a título de TAFIC.

Levando em consideração que as alíquotas mencionadas serão aplicadas sobre o preço final, adotou-se a aplicação do percentual de 14,15% por dentro, perfazendo um total de R$ 97.525,55.

3.11 FLUXO DE VEÍCULOS

A composição do fluxo dos veículos correspondente a automóveis equivalentes segue metodologia consagrada pela extinta SUNAMAM. O cálculo da demanda em veículos equivalentes para 2007 foi refeito com a ponderação utilizada no processo 002115-18.36/06-2, resultando em 128.434 automóveis-equivalentes, diferentemente dos 136.782 automóveis-equivalentes informados no presente processo. Tal diferença ocorre porque a ponderação utilizada no cálculo apresentado à folha 10 não condiz com aquela utilizada pela SUNAMAM. Abaixo segue quadro comparativo das ponderações:

Quadro 6 – Comparação ponderações

Especificação Índice de Equivalência - SUNAMAM

Índice de Equivalência - Utilizado Adroaldo

Automóveis e utilitários 1 1

Articulados (carretas e jamantas) 5 1,5

Caminhões (2 eixos) e ônibus 3 5

Caminhões (3 eixos) 4 6 Carroças 0,33 0,25 Motos 0,25 0,33 Bicicletas 0,20 0,2 Passageiros 0,25 0,1 Romeu e Julieta 5 1,5

Para obtenção da demanda média de automóveis-equivalentes, considerou-se o cálculo da demanda de automóveis-equivalentes dos últimos

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três exercícios (2005, 2006 e 2007) e do primeiro trimestre de 2008, obtendo-se uma demanda média de 144.190 automóveis-equivalentes ao ano.

Quadro 7 – Demanda de Automóveis Equivalentes

Ano Demanda Média mensal

2005 156855 13071

2006 145040 12087

2007 128434 10703

2008 38288 12763

Média 144190 12016

3.12 CÁLCULO DA TARIFA DE AUTOMÓVEIS EQUIVALENTES

A base tarifária em automóveis equivalentes, determinada a partir da estrutura de custos e demanda média mensal apresentadas nessa informação, pode ser assim demonstrado:

Tarifa = Custo Médio Anual / Demanda Média Anual

Tarifa = 697.252,90/144.190 = 4,84

4 TARIFA CALCULADA E AJUSTADA

Determinada a nova tarifa para automóveis equivalentes, projetou-se a tarifa calculada para as demais categorias de passageiros a partir do índice de equivalência. No entanto, para a elaboração do cálculo da tarifa ajustada, foram considerados os seguintes parâmetros: a) reajuste com base no critério linear de 21,28% sobre os valores estabelecidos pela Resolução nº. 503, de 12/04/2007; b) arredondamento dos valores, seguindo o princípio da simplicidade do ato de cobrança da tarifa; e c) incentivo tarifário à circulação de veículos de carga e de passageiros, conforme critério adotado no processo de revisão tarifária nº. 002115-18.36/06-2, de 11/08/2006.

Para obtenção do índice de 21,28%, considerou-se a Receita Requerida para cobertura do custo anual estimado de operação da travessia hidroviária de R$ 697.252,90. Conforme o Quadro 7, alcança-se uma receita auferida pela delegatária de R$ 574.925,72, na hipótese de manutenção das tarifas definidas

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pela Resolução nº. 503, de 12/04/2007 e do fluxo médio estimado de veículos e passageiros em doze meses:

Quadro 8 – Receita calculada mantidas as tarifas vigentes

Especificação Tarifa Vigente

Demanda de Veículos e passageiros média Receita com Tarifa vigente Automóveis e utilitários 4,10 28.137 R$ 115.362,65 Articulados (carretas e jamantas) 20,30 4.600 R$ 93.386,25 Caminhões (2 eixos) e ônibus 10,80 8.744 R$ 94.435,20

Caminhões (3 eixos) 13,50 8.187 R$ 110.529,69 Carroças 1,60 6.154 R$ 9.845,66 Motos 1,40 4.925 R$ 6.894,89 Bicicletas 1,00 3.666 R$ 3.666,46 Passageiros 1,00 24.913 R$ 24.912,62 Romeu e Julieta 24,30 4.769 R$ 115.892,31 TOTAL R$ 574.925,72

Assim, para obtenção do índice de reajuste, realizou-se a razão entre a Receita Requerida e a Receita que seria auferida pela empresa caso não houvesse o reajustamento, cujo resultado é:

Percentual de reajuste =[(697.252,90/574.925,72)-1]x100 = 21,28%

A estrutura tarifária proposta para a travessia hidroviária Taquari-General Câmara surge no Quadro 8. A coluna “tarifa calculada” é construída a partir da determinação da tarifa de automóveis equivalentes (R$ 4,84) e aplicado o índice de equivalência respectivo para cada tipo de transporte. Já a coluna “tarifa ajustada” provém da aplicação do reajuste de 21,28% sobre a tarifa vigente e complementada pelos critérios de arredondamento e incentivo à circulação de veículos de carga e passageiros. Salvo melhor juízo, esta última deverá representar o conjunto de tarifas habilitadas à cobrança dos diferentes tipos de usuários da travessia em questão.

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Quadro 9 – Cálculo das tarifas

Especificação Tarifa Vigente Tarifa Calculada Tarifa Ajustada Tarifa Ajustada com arredondamento Automóveis e utilitários R$ 4,10 R$ 4,84 R$ 4,97 R$ 5,00 Articulados (carretas e jamantas) R$ 20,30 R$ 24,18 R$ 24,62 R$ 24,60 Caminhões (2 eixos) e ônibus R$ 10,80 R$ 14,51 R$ 13,10 R$ 13,10 Caminhões (3 eixos) R$ 13,50 R$ 19,34 R$ 16,37 R$ 16,40 Carroças R$ 1,60 R$ 1,60 R$ 1,94 R$ 1,90 Motos R$ 1,40 R$ 1,21 R$ 1,70 R$ 1,70 Bicicletas R$ 1,00 R$ 0,97 R$ 1,21 R$ 1,20 Passageiros R$ 1,00 R$ 1,21 R$ 1,21 R$ 1,20 Romeu e Julieta R$ 24,30 R$ 24,18 R$ 29,47 R$ 29,50 5 CONCLUSÕES

A elaboração da composição de custos balizou-se na busca da preservação dos critérios adotados no processo de revisão tarifária nº 002115-18.36/06-2, buscando aproximar-se da realidade dos custos e da remuneração adequada do capital, considerando as características do serviço prestado. Assim, constam no processo, os documentos contábeis e relatórios de demanda disponibilizados pelo autorizatário, que serviram de base para a composição de custos.

O reajuste de 21,28% teve como principais fatores o aumento do litro de combustível cuja variação foi de 12,08%, considerando-se a cotação utilizada no processo 2115-1836/06-2, conforme quadro 10. Essa variação corresponde a 2,12% na variação total.

Quadro 10 – Variação preço combustível

Cotação 2007 Cotação 2008 Variação

1,829

R$

R$

2,05

12,08%

Outro elemento que afetou o reajuste final foi a incidência de 28,8% a título de previdência social sobre a folha de pagamento. A necessidade de reenquadrar a concessionária em relação aos impostos federais impactou em um acréscimo de 7,82% no reajuste final, considerando-se que a folha de pagamento representa 27,18% sobre o custo total da travessia. Também a

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título de contribuição previdenciária, houve a incidência de 20% sobre o gerenciamento, impactando em 0,99% no reajuste final.

Apenas a variação do combustível e da previdência sobre a folha de pagamento e gerenciamento são responsáveis por 10,92% do reajuste calculado. Outro fator que impactou no reajuste foi a queda de 7,41% na demanda média utilizada para previsão da receita necessária para a cobertura de custos, o que causa um aumento automático na tarifa calculada para os usuários que se utilizam da travessia.

Quadro 11 – Variação da demanda Demanda Média

último reajuste

Demanda

Média atual Variação 155.733 144.190 -7,41%

Quanto à indicação da SPH no que tange o acréscimo de remuneração de controlador de fluxo (fl. 25), optou-se em não incluí-la no cálculo tarifário neste momento, uma vez que entendemos a remuneração somente pode ser incluída quando a tecnologia já estiver em funcionamento.

Por fim, a SPH sugere atenção em relação a necessidade de equipamentos reserva na travessia. No capital investido (item 3.7), há um rebocador reserva, ficando a indicação apenas em relação à embarcação, para a qual não há estudos definitivos até o momento.

É a informação.

Daniel Engelmann Sérgio Alexandre Ramos González Técnico Superior – Contador Técnico Superior - Economista

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