ELETRORICR
TÉCNICA DE SONORIZAÇÃO AMBIENTE
UM CORTADOR DE ISOPOR
EXCITADOR DE NERVOS
"FIFO” O QUE É?
EL
ETROniCR
N° 61
AGOSTO
1977
EDITORA SABER LTDA diretor superintendente: diretor administrativo: diretor de produção: Fittipaldi ElioMendes de Oliveira Hélio Fittipaldi diretor gerente de publicidade: serviços gráficos: distribuição nacional: responsável: Revista Saber ELETRÓNICA é uma publicação da Editora SaberLtda.r
REVISTA SABER ELETRÓNICA Newton& Cia. Ltda. ABRIL. S.A. -Cultural e Industrial Élio Mendes de Oliveira REDAÇÃO ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE: Av. Dr. Carlos de Campos, n’ 275/9 03028 - S.Paulo - SP. Tel.: 93-1497 CORRESPONDÊNCIA: REVISTA SABER ELETRÓNICA 03Ó28- S. Paulo - SP.
/umcífio
NãoGriteiUse um Megafone
TécnicadeSonorização Ambiente Luz Fluorescente Estroboscópica
Construa um Cortador de Isopor
Entreoutras coisas.,.AlarmeContra Ladrões - II ...
Circuitos de Proteção dé Fontes
Orientação p/montador Realimentaçâo - V.
Excitadorde Nervos Fifo "O queé?" Rádio Controle IX
Curso de Eletrónica - (Lição 16)
TIRAGEM:66.000 exemplares j
CAPA:Megafone,sendo usado por um grupode
escoteiros (Grupo São José- 110 - 3? re
gião - SãoPaulo)
23 28 30 33 34 44 52 60 65
Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores.
É totalmentevedada a reprodução total ou parcial dostextos e ilustraçõesdestaRevista,sobpenadas sanções legais,salvomediante autorização por escrito da Editora.
NUMEROS ATRASADOS:Pedidos á CaixaPostal50.450—São Paulo, ao preço daúltimaediçãoem banca.
NÂO
GRITE
!
USE
UM MEGAFONE
NEWTONC. BRAGA
Emlugar deforçar sua garganta gritan doordens, avisos ou incentivando seu
time,monteesse megafone e ampliesua
voz de modo asefazer ouvirmals alto,
mesmono meio damultidão.
Você poderá então usar seu megafone para:
—Animarreuniões ou festas;
— Anunciar seusprodutos — Incentivar a torcida de sua equipe.
— Fazer comunicados deemergência. Osvendedoresambulantes para sefaze
rem ouvirmelhorcostumam usar uma
corneta de modo s concentrar maior
potência sonora numa direçãoe com isso obter maior alcance para a voz nessames
ma direção (figura 1). Éclaro que o
aumento da eficiência de um sistema des
se tipopode sermuito maior se além do recursoacústico dado pela corneta, tiver mosorecursoeletrónico, dadopela
figura 1
ção de umbom amplificadorligadoaum alto-falante (figura2).
Um circuitoque reune ascaracterísticas
descritasdeampliar a voz para se poder 'falar mais alto"recebe onomede "Me gafone'. Neste artigo, descrevemos a
montagem de um megafone bastantesim
ples que pode ser alimentado porpilhas comuns delanterna(9a12 V) através do
qual obtemos algunswattsde potência, o mais do que suficienteparase obter um som de volume bem maiorque avoznor
mal, ou mesmo reforçadasomente pelo recurso da corneta.
-CORNETA
EAMPLIFICADOR
Figura 2
0 amplificador, assim como a fonte de alimentaçãoformada por 4 ou 6 pilhasde
lanterna são instalados numa lancheira de plástico, a qual serácarregada à tira-colo.
Destalancheira para a cometa saemos fios de ligação para o microfone, alto-fa
lante ebotão de comando. A corneta é fei
ta com uma jarra deplásticodo tipo usa do para guardar sucos, e quepode ser
encontradaem qualquer super-mercado
(figura3).
Figura 3
Como a montagem é bastante simplese os componenteseletrónicospodem ser
todosencontradoscom facilidade naslojas
de artigos eletrónicos, acreditamos queaté
mesmo os leitoresdotados de pouca expe riência em eletrónicapoderãoter êxito com sua execução.
Como funciona
A basedo circuito é um amplificador de áudiode 4transistores oqual é excitado
por um microfone decristal, (figura4).A etapa de saída desseamplificador éforma do por dois transistores complementares,
obtendo-seuma configuração em"sime tria complementar" de talmodo quecada
transístor amplifica metade dociclo do
sinaldecorrente alternadacorrespondente
aosom.
Figura 4
Com esse tipo de saída tem-se a vanta
gem dese obter umabaixa impedância de saída,aliada a umaboafidelidadeea pos sibilidade de se ter um sinal de potência
elevada.Com isso,pode-se eliminar a necessidade do uso de transformadores,
pois o alto-falante é ligado diretamente a
saídado circuito,como também obtém-se
umbomvolume.
Para a excitação dessa etapa temos em primeiro lugar um transistor o qual não
pode entretanto serexcitado pelo microfo
ne. Paraisso, usamosum segundo transis torque atua portanto como pré-amplifica dor(figura 5).
Figura5
O microfone decristaléusadoporque além deser de baixo custo,tem umsinal de boa intensidadepara excitar ocircuito
amplificador. Entretanto, como o circuito tem características de operação tais que o
microfone se encontra perto do alto-falan
te existe a possibilidadedofenômeno da realimentaçãó acústica ou microfonia
ocorrer. Paraisso, algumas precauções devemsertomadas visando sua elimina
ção.
Para permitira operaçãomóvel, ocircui to foi projetadopara ser alimentado por uma tensão de9 ou 12 volts vindade 6 ou 8pilhasde lanterna ligadas em série. O interruptor conjugado à cornetç permite
que a alimentação seja estabelecida sóno momento em que sefala ao microfone, o
queresultará numa economiabastante grande das pilhas.
A realimentaçãó acústica ou microfonia
Realimentaçãó acústicaou microfonia é
onome dado à oscilaçãoque é produzida
quando o sinal que é amplificado por um sistema ao sairpelo alto-falante,podeser captado pelo microfonee ser novamente amplificado. Ocorre consequentemente
uma re-excitação constante de modo que
o sinal passaa "girar" pelo sistema reali-
mentando-o.O resultado práticodisso é
um apito constante bastante desagradável, (figura 6).
0 leitor pode facilmenteconstatar esse
fenômeno aoaproximar omicrofoneliga
do a um amplificadorde seu próprio alto-
falante. Para evitara microfonia,o método
mais simples consiste emse evitar que o
somdo alto-falante alcance omicrofone. Bastará que este seja portanto afastado ou tampado, (figura7).
Paraeliminar arealimentaçãó acústica
ou microfonia,diversas sãoas soluções possíveis, sendo basicamente todas apoia das naidéia de se "evitar que o sinal amplificado quesai do alto-falante chegue
novamente ao microfone”. Assim,aprimeirasolução consiste em
se instalar o microfone de um sistema de som o maislongepossívelde seus alto-fa lantes. (figura8).
Outrasolução consiste na utilização de microfones direcionais,isto é, microfones
que captam o som apenas dedeterminada direçãoeda localizaçãoem local apropria
do dos alto-falantes, (figura 9).
Finalmente,pode-se tomar o microfone sensível, apenas à excitaçãosonora,feita de
uma distânciamuitopequena e para uma faixa estreita de frequências, utilizando-se
um microfonecom abertura muito estreita de acessoao diafragma.Esta será justa
mente a técnica que empregaremos em
nosso megafone,(figura 10).
Figura 10
O microfone deverá portantoser dotado de apenas uma abertura estreita para a captação do som, e se possível,montado
numa base de espuma de modo a se evitar a realimentaçãomecânica, já queele será
montado na mesmapeça que segura o alto-falante, ou seja, a corneta.
Montagem
O circuito eletrónico poderá ser monta
do tanto numa ponte de terminais como
numa placade circuito impresso. A monta
gem em ponte de terminaisé mais sim ples, sendo a recomendada para os
princi-Figura 11 Aoosto/77
piantes, sebem que esteticamente não seja tão boa quanto amontagemem pla ca.No entanto, as duas versões devem
funcionar perfeitamente semproblemas.
Para a montagemtanto emponte como
em placa de circuito impresso recomenda-
-se a utilização de umferro de soldar de
pequenapotência (máximode 30 watts) e
como ferramentas auxiliares, uma chave
defenda, alicate de cortee alicatede
pon-ta fina. O leitor também deverá terrecur sos para trabalhar najarra de plástico, ou
seja, umaferramenta que lhepermita cor tar esse material.
O diagrama completo do megafoneé
dado na figura 11.Na figura 12, temos a
disposição doscomponentes para ocaso
da montagem em pontede terminais. Observe bemaposição dos transístores de potência, jáquese houverinversão ocir cuitonão funcionará.A polaridade dos capacitores eletrolíticos também deve ser observada.
Éimportante também, usarcaboblinda-
dopara o microfone, com a finalidade de se evitar a captação dezumbidos ou de
sinaisque possam realimentar o sistema,
provocando oscilações prejudiciaisao seu
funcionamento.
Comece amontagem soldandoos tran
sistores, observando suas posições. A
seguir, solde os demais componentes e
faça suas interligações com fiosrígidos de capa plástica. Finalmente,façaas cone
xõesdos componentes externos, ouseja.
fonte de alimentação, interruptor,alto-fa lante e microfone. Veja ocomprimentode
fio que deve deixar para estas conexões e
aglomere esses fios formando um único cabo.
Complete a instalação do circuito,colo cando o amplificadormontado na ponte ou naplacae o suporte das pilhasnalanchei
ra. O alto-falante, omicrofone eo interrup tor sãofixados na jarraque servirá de cor
neta. (figura13).
Figura 13
O microfone é montadonuma base de espumae dotadode um protetor que pode ser uma latinha na qual um furo de1 mm de diâmetro éusadopara acaptação do
Figura 14
som e paradar maior direcionalidade ao sistema.
Oalto-falante pode ser preso interna
mente por meio de abasparafusadas no
jarro de plástico,(figura14). Para a versão em placadecircuito impresso é dado seu desenho emtamanho natural na figura 15.
Uso e ajustes Completada a montagem, confira todas as ligações ese tudo estiver emordem,
coloqueaspilhasno suporte. (4 ou6,con formea potência desejada).
A seguir, pressioneo interruptor e fale no microfone. O som deve sair alto e claro. Se houver microfonia,verifique asuspen
são da cápsula do microfone, reforçando a
almofada deespuma,ou verificando se a realimentação não ocorrepela latinhaque lhe servede proteção.
Para usar o aparelho normalmente,bas ta pressionaro interruptor para falar.
Figura
Possibilidade extra: A utilização deum segundo interruptor
de pressão,ao lado do interruptor normal,
e'a sua ligaçãoa umcapacitor conforme mostra odiagrama da figura 16, permite
qúe o megafone apite comouma sirene.
Figura 16
funcionandoportanto, como sirene ou buzina eletrónica portátil, para sinais de
alerta, etc. LISTA DE MATERIAL: Q1, Q2 - BC307, BC308, BC309 ou equi valentes (transistores) Q3- BD136 (Transistor de potência) Q4 -BD135(Transistor depotencia) C1 - 50 pFx 12 V- capacitor eletrolítico C2 - 0,1 pF ou 100 kpF -Capacitor de poliester (Marrom,preto,amarelo) C3 - 4,7 kpF -capacitor depoliester (ama
relo, violeta, vermelho)
C4- 50 pF x 12 V- capacitor eletrolítico C5- 1.000pF x 12 V - capacitor eletrolíti-co
R1- 2,2 Mílx 1/4 W- resistorfvermelho, vermelho, verde)
R2 -6,8 knx1/4W - resistor(azul, cinza,
vermelho)
R3 - 330kn x 1/4W - resistor (laranja,
laranja, amarelo)
R4 -330 ohms x 1/4 W-resistor(laranja, laranja, marrom)
R5 - 470 ohms x 1/4 W-resistor
(amare-4o, violeta, marrom)
FTe- alto-falante deacordocom a jarra: 4 ohms
Mic: microfone decristal ou cápsula
Diversos: suporte de pilhas,ponte de ter
minais, umajarra deplástico, interruptor de pressão, lancheira deplástico,fios,sol- da, parafusos, etc.
TÉCNICA DE SONORIZAÇÃO
AMBIENTE
Problemas
e Soluções
Newton C. Braga
A ligação das caixas acústicas longe dos amplificadores, ou a colocação de alto-falantes adicionais pode causar sérios proble mas tais como distorsôes,perdas de potênciaeaté mesmo a sobrecarga do aparelho que culminacom sua queima.Neste artigo daremos as soluções maissimples e eficientes paraaliga
çãode alto-falantes remotose adicionais para incrementar seu
sistema de som.
A ligaçãode um ou mais alto-falantes a
umsistema de som pode causar diversos tipos de problemas, tantoemrelaçãoa qualidade do som obtido (perdade volu
me, distorsão) como em relação ao
desempenhodo amplificador (sobrecarga). Por outro lado a ligação de alto-falantes
remotostambém apresenta seus proble
mas.Se ofio de ligação do amplificador
aos alto-falantes for muito longo (acima de
10 m) problemas como a perda depotên ciaou uma redução dos agudos poderão
aparecer prejudicandoa qualidade do som
obtido,(figura 1)
0artigo que estamos apresentandovisa
não só dar umaexplicação de como atuam essesfatores que afetam aqualidade da
reprodução de falantes adicionais e remo tos, como também dar assoluções mais
simples eeficientes.Após sua leitura o
projetista poderá fazer seusistema de som como bem entender tirandoo máximo
da qualidade de seusalto-falantese de seu
amplificador.
Conforme o leitor verá assoluções para AMPLIFICADOR
SOM FRACO SOM FORTE
fig. 1
a maioria dos problemassão bastante sim ples de modo que nenhum equipamento ou componente especialserão necessário
para sefazeruma correta ligação de
alto-falantes ou caixas adicionais.O artigoem
suma, édirigido a todos,mesmo os que poucoounada saibam de eletrónica.
1. 0 PROBLEMA DAIMPEDÂNCIA
Os amplificadores se comportam com geradores de energia elétrica(na frequên cia correspondente aossons que devem
ser reproduzidos)e os sistemasde alto-fa
lantes se comportam como receptoresque
devem receber todaessa energia e conver
tê-la em som.
Para quetoda a energiaproduzida pelo amplificador sejaentregueaosistemade
alto-falantes e o rendimento do sistema de som sejamáximo é preciso que as carac
terísticasde entregade energia do amplifi
cador sejam asmesmas dosalto-falantes.
Estascaracterísticas de entrega deenergia
sãodadas por uma grandeza denominada
”impedância".
Assim, os amplificadores apresentam uma impedância desaída, enquanto que
os alto-falantes e as caixas apresentam uma impedância de entrada. 0
amplifica-dort só conseguirá entregar todaa sua energia aos alto-falantes que a converte
rãoem som se essas duas impedâncias foremiguais, (figura 2)
fig. 2
Se a impedânciado conjunto de alto-fa lantes ligados a um amplificadorformenor
que aimpedância desse amplificador, não
só o amplificador não conseguirá transferir
toda a sua energia ao sistema,como se verá sobrecarregado podendo inclusive ocorrer aqueima de seuscomponentes. Nos circuitos protegidos, um fusívelpode rá ser queimado nessascondições.
Se a impedânciado conjuntode alto-fa lantes ligados ao amplificadorformaior
que a sua impedância de saída,o amplifi
cador não conseguirá entregar toda a sua
potênciaa eles, e o rendimento do sistema poderá ser abaixodo normal. Em suma,se umacaixade 8 ohms for ligadana saída de
4 ohms de umaplificador de 20watts, mesmo abrindo todo o volume do apare lho, nãoteremosos 20 watts de saida.
(fig. 3)
POTENCIA SONORA
REDUZIDA
fig.3
0leitor já deve entãoterpercebido que
a primeira exigência a ser feita para que seu sistema de somfuncione apropriada mente é que aimpedância deseu amplifi cador seja exatamente a mesma das cai xas ou doconjunto de alto-falantes utiliza
dos.Comoaimpedância apresentada por umacaixadepende da maneira como os
altos-falantes são ligados, omesmoocor
rendoemrelação aoconjuntode falantes remoto, omáximo de cuidado deve ser tomado quando se desejaacrescentar
alto-falantes aum sistema, ouligar caixas adicionais,sem o conhecimento do modo
comoosfalantes estão emseu interior. Para saber que impedândia teremos
pela ligação de determinados alto-falantes, devemos levar em conta dois fatores:
a) A impedância de cada alto-falante b) Amaneiracomoé ligado o conjunto
De modo afacilitar o leitor quepretende
fazer suas próprias caixas, ouque pretende.
©■
fazer aligaçãodealto-falantesremotos, damos na figura 4 cerca de 13 circuitos
querepresentam as maneiras como 2, 3,4 e 5 alto-falantes comuns podem ser liga dos de modo a serem obtidasas impedân-cias normalmente utilizadaspara saídasde amplificadores, ouseja, 4, 8 e 16ohms.
O conjuntode 3 impedâncias possíveis para 13circuitos representa portanto um
total de 39 circuitosou opçõespara o lei tor que semdúvidas deverá encontrara solução para seu problema específico de
som.
Na tabela correspondenteaos 13 circui
tos dada a seguir, tambémtemos a manei ra comoa potênciafica dividida por cada alto-falante.
Essa informação émuito importante
pois através delapode serfeita uma esco lha apropriadadosalto-falantes quanto á potê ncia. Por exemplo, sevocê vaiusar um
sistemade 4alto-falantesnum amplifica
dor de 20 wattse nesse sistema apotên cia fica dividida por 4, não é preciso utilizar 4 alto-falantesde 20 watts. Cada alto-fa lantes só precisa suportar pelomenos 5 watts. Isso quer dizer quequalquer alto falante a partir de 5watt pode ser usado. Devemosaqui esclarecer nossosleito res que ofato deum alto-falante ser expresso como "para 25 watts"nãosigni fica que ele só possaser usado em sistema
de som deexatamente 25 watts. Essa
indicaçãodizque 25 watts é a máxima potência que esse alto-falante pode rece
ber de um amplificador e converter em
som, semproblemas. Essealto-falante pode então serusado em amplificadores de qualquer potência,desdeque seja igual ou menor que25 watts. Outra observação é
que nãoadianta colocar um alto-falante de maior potência num amplificador de
menorpotência"para melhorar aqualida dedo som”'porque isso não acontece.Se o amplificadornão tem 25watts para entre gar ao alto-falante elenão pode produzir
essa potência sonora (figura 5).
Na tabela 1 são dadas como opções
diversassaídas de amplificadores, as
maneiras como são ligadas osal to-falan-tes (circuito dafigura 4) e amaneiracomo
as potências ficam divididas. Emcada coluna referenteaos alto-falantes temosa
impedânciadesse alto-falante e a parcela da potênciaque ele recebe. Por exemplo, para o primeiro caso (circuito1),oalto-fa lante 1é de 8 ohms e oalto-falante2tam bém. Cada um recebemetadeda potência do amplificador.
Outraobservação a ser feita é emrela
ção afase dos alto-falantesnaligação. Se
bem que o assunto já tenha sido abordado
em outraocasião, apenas lembramos que as polaridades marcadas nosalto-falantes devem ser observadasnas ligações. Uma ligação invertida de um deles pode causar
sérias distorsões na reprodução,(figura 6)
Nos casos em que osvalores obtidos
pelas ligações de diversos alto-falantes forem ligeiramenteinferiores a impedância
doamplificador, essa diferença pode ser compensada com a ligação emsérie ao 12 RevistaSabei Eletrónica
TABELA 1
(*) VALOR APROXIMADO
IMPEDÂNC1A ALTO CIRCUITOS FTE 1 FTE2 FTE 3 FTE 4 FTE 5
DE SAIDA FALANTES XL n XL P p JX P 4 2 | 8 8 4 3 3 16 '4 16 '/4 8 4 3 4 8 k 2 4 4 'z4 4 4 6 16 ^4 16 -4 16 1-4 16 z4 4 4 7 4
i
4 z4 4 'z4 4 z4 4 4 8 16 16 8 '/e 8 'z6 4«) 4 9 8 4 Z6 4 Ve 4 z6 4 5 12 16 k4 16 1^ 16 lz4 8 “8 8 'Z9 4 5 13 8 8 Z6 8 l/6 8 'e 8 Z6 8 2 I 16 16 'z2 8 2 2 4 4 ''a 8 3 4 16 8 'z4 8 ’Z4 8 4 7 8 ^4 8 z4 8 'z4 8 ‘z4 8(*) 4 9 16 lz2 4 '■fe 4 '4 4 V. 8 5 II 16 4 '/6 4 Z6 4 Iz6 12 3 5 4 4 'Z3 4 16 2 2 8 8 “2 16 3 5 4 4 4 8 'Z2 16 4 7 16 'z4 16 4 16 ‘4 16 'A 16 4 10 4 ^4 4 A 4 k4 4'4
30 3 5 8 % 8 2,z5 4 20 4 10 8 2, z5 4 4 4 Z5 24 3 5 8 8 'Z3 8 Z3 Agi>sto/77 13sistema de um capacitor despolarizadode
10 yF a 50pF. (Obtidopela ligação em oposição de dois capacitores eletrolíticos)
-(figura 7)
5uF fig-7
2. 0 PROBLEMA DO COMPRIMENTO DG
FIO
Osalto-falantes ligados por mèio de fios
excessivamentecompridosaos amplifica dores, podem apresentar dois tipos de problemas: o primeiro consiste numa per- da depotênciaquesecaracterizaporuma perda de volume devida a resistência do fio que secomporta como um
"absorve-dor” de potência ligado em série com o sistema. Essaresistênciadeve ser a menor
possível, (figura 8)
RESISTENCIA
DO FIO
fig. 8
Outro problema é o devido a
capacitân-cia entre os fios utilizados responsáveis
por uma reduçãona qualidade de reprodu ção das frequênciaselevadas, ou seja, dos
agudos. 0 leitor notaráque osalto-falan
tes perderão sua capacidade de reproduzir osagudos. Analisaremos a seguir os dois
problemase as soluções mais simples.
Observamosos leitores que estes
problemas em geralnão ocorremparafios de ligação decomprimentode até 10
metros, mas se tornam bastante acentua
dos à medida que o comprimento do fio
aumenta.
a) COMPRIMENTO DO FIO VERSUS
IMPEDÂNCIA
A resistência que um fio apresentae
portanto a sua influência nas perdas de
potência de um sistema de som são fun ção do comprimento dofio e de sua espes sura. Assim,podemos dizer que a resistên ciarepresentada por um fio será
tanto-maior quanto maior for oseu comprimen
to, e tanto menor quanto fora sua espes sura. Em suma,os fios mais grossos apre senta menorresistência por metro e por
tantosão responsáveis por menores per
dasdevendo ser usados nasligações cai
xas que devemficarmuito separadasdos amplificadores, (figura 9)
Considerando-se que uma perda de
potência de até10% podesertolerada num sistema de som, calculamos oscom
primentos dos fios mais comuns que podemser usados nas ligações das caixas
e seu comprimento máximo. Perceba o lei tor queesse comprimento é função da impedânciadoamplificador.
Veja o leitorque se uma linha deiigação
aos alto-falantes tiver uma resistência de 0,8ohms numsistema que tenha uma impedância de 4 ohms,essa resistência representaráumaperda de20%, enquanto que num sistema de 8ohms ela representa
10 ohms. Poressemotivo, para a ligação
dealto-falantes remotos devem-sesempre optarpela saída de maior impedância, assim comoporcaixasde impedância
igual.
Na tabela que damos aseguir, temosa resistência total dacarga (impedância do
alto-falante mais aresistência da linha)
para uma perdade no máximo 10%.
TABELA 2
NÚMERO DO FIO
BSS
COMPRIMENTO MAXIMQ. DO FIO
EM METROS ( IMPEDANCIAS) 411 80. 160. I2 39 78 154 14 24 49 98 16 21 42 85 18 95 19 385 20 6,1 12,2 24,5 22 3.8 7.7 154
b) COMPRIMENTO VERSUS PERDANAS
FREQUÊNCIAS ELEVADAS
As perdasnas frequênciaselevadas são devidas aofato de que osfios de ligação
secomportam como as placas deum
capacitorqueestará ligado emparalelo coma saídadoamplificador. Conforme o
leitor devesaber,um capacitorse caracte rizapor oferecerumabaixa resistência aos sinais de frequências elevadas, oquesigni ficaque esses sinais serão praticamente
curto-circuitados não podendo chegarao sistema de alto-falantes (figura 10).
Verifica-se que as perdasneste caso serãomenoresnaslinhas de baixa
impe-dância e maioresnas linhas dealta impe- dância. Vê portantoo leitor que deve ser feita a escolha da impedância de saída
num sistema remoto de alto-falantes de
modo a haverconciliação dosdois tipos de
perdas: de frequências elevadas ede potência. Se usarmos impedância muito baixateremos perda de potência excessiva ese usarmos impedância muito alta; tere
mosexcesso de perdas nas frequências
elevadas.
fig.10
Nas instalações de sonorização ambien
te emque muitos alto-falantes sãousados e que os comprimentos dos fios podemser
muito grandes, aimpedância padronizada
que proporciona o melhorequilíbrio entre
os dois tipos deperdasé de 500 ohms. Os amplificadores para sonorização
ambiente possuem portanto uma saída de500 ohms que deve ser usadaneste caso.Para os amplificadores nâo dotados
desterecurso oque se pode fazer é utilizar um transformador adicional, (figura 11)
Por exemplo, desejando uma instalação remota de 10 alto-falantes comlinha de
500 ohms, sãoutilizados cerca de 10
transformadores com primário de 5.000
ohms ligados em paralelo,resultando por
tantonuma impedância de 500ohms. Se
o amplificador for de 50watts,cada alto-falante receberá uma potência de 5 watts.
A tabela que damos a seguirindicam para os fios comuns os comprimentos má
ximos para uma impedância de 500 ohms,
considerando perdas da ordemde 5% (tabela 3).
Na tabela 4damos oscomprimentos máximos paraas linhas de 500 ohms em
função de perdas em frequência. (3 dB). TABELA 3
NÚMERO DO
FIO 08S COMPRIMETOMAXIMO(m)
12 2450 14 1500 16 950 18 600 .20.
570
TABELA 4 FREQUÊNCIA - 3dB COMPRIMENTO MAXIMOtm) 20KHZ 90 I5KHZ 120 1OKHz 180 7.5KHZ 275 5KHz 365MAIORES INFORMAÇÕES E CATALOGOS
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DE
ISOPOR
Umaparelhinho muitosimples que lhe
proporcionará cortes rápidose perfeitos depeças de isopor, facilitando seus tra balhos de decoração,trabalhos escola res, cortes de embalagens, etc.
O isoporconsiste numa espécie de "es puma"plástica a qual é formada por
bolhas de ar que proporcionam ao material
um peso extremamente pequeno que caracteriza essematerial (figura 1).
Naatualidadediversos sâo os objetos deisopor que setornaram populares tais como bóias, pranchas para surfe, embala gens, objetos de decoração, etc.
Na verdade pela facilidade comque
podeser cortado e trabalhadoo isopor é utilizado naconfecçãode objetos para diversas finalidades, quer seja em traba lhosescolares, paradecoração, etc.
Se bem que oisopor possaser cortado
com facilidadecomumalâmina debarbear ou faca afiada, descrevemos uma ferra
menta elétrica simples eútil que pode ser construída pelo leitor e que pela sua enor
me eficiênciae pelapossibilidade de se
obter um corte bastante regular erápido,
muitomelhor dos que se obtémporoutros métodos
O isopor tem umponto de fusão bastan
te baixo, demodo que a simples aproxima
çãode um objeto quentepodederreter completamente umapeca de volume con siderável em questão de segundos (figura
2).
Assim,parase usar o calor nocortede
peças deisopor épreciso urna técnica especial que consisteno emprego deum
fiomuito fino aquecido eletricamente o qualatravessando a peça aser cortada
rapidamente apenas provoca a fusão no local decorte,sem o perigo de irregulari
dades.
0 nosso aparelho utilizajustamente essa técnica, sendo ocorte feito por meio
de um fioaquecidoeletricamente e cuja temperatura podesercontroladapor meio
de urnachave, podendo em suafunção ser selecionada a velocidade de corte compa tívelcom a espessura da peça.
Os que costumam realizar trabalhos com ¡sopor encontrarãoneste aparelho um auxiliarde grande utilidade.
COMO FUNCIONA
Sabemosqueencontrando umaresis tência, acorrente elétrica para percorrê-la tem dedispender certa quantidadede energia aqual éconvertida em calor (efei
to térmico), (figura 3)
NICROMO
tanto da intensidade da corrente comoda
tensão existente nos extremos dessa resis tência.
P= Vx I
Assim, paraafinalidade desejada deve mos dosar acorrente de modo a obtermos a temperatura do fio.e isso é feito por meiodaescolha de umaresistênciade valor apropriado.
O fio aserutilizado na confecção da
resistênciaéum fio denicromo, um mate rial que apresentaelevada resistividade, e que portantopermite aobtenção de resis
tências elevadas capazesde fornecer o aquecimento que necessitamos.
Paratornaro aparelho funcional,deve
serescolhidoum fio que tenha uma espes sura tal que, com uma tensão baixa como a obtida de transformadorescomuns pos
sadeixarcircular uma corrente que forne
ça o aquecimento desejado. Um dos transformadores mais comuns paraesta finalidade é o quefornece uma
tensão de 12Volts sob corrente de 1 ampère,eque pode' ser encontradocom
facilidade em casasdematerial eletrónico.
0 valor 12Volts e corrente de1 Ampère
nosfornecem portanto a potência do
aparelho e a mínima resistência que deve
apresentar o fiousado no corte, (figura 4). A potência será: P=Vx I P= 12x 1 P= 12 watts A resistência será: R = V/1 R= 12/1 R= 12 ohms
Devemos observarque esta deveser a resistênciado fio à quente,jáque,quando
frio, esta ébem menor. Na medida da resistência com um multímetro o leitor eventualmente encontrará umvalor bem inferior à12 ohms,a frio.
Para oprojeto utilizamoso fio de nicro
mo 32 quetem uma espessura de 0,2 mm e que temumaresistênciade aproximada
mente60 ohms por metro de modo que o
comprimentousado será da ordemde 20
cmno nosso caso.
Com os elementos acima, podemos passaraoprojeto do aparelho.
Para que,a partir do transformador pos
samos controlara tensão aplicadaao fió denicromo ecom isso sua temperatura
usamos uma chave de 3posiçõesque
coloca em sériecom o circuito resistores de 5 ohms X 5 watts que atuam como limitadores de corrente. Com isso, pode moster 3 temperaturasdecorte.
MONTAGEM se fazerumdispositivo portátilde corte,
conformesugere a figura 5.A outra possi-Existem duas possibilidades para a bilidade consiste emsefazerumdispositi- montagemdeste aparelho. vo fixo de corte, conforme sugere a figura
Umaprimeirapossibilidade consiste em 6.
No primeiro caso ocircuito em que se
encontraotransformador,a chave e os
resistores será montado separadamente,
enquanto que nosegundo caso, estes podem ser fixados na própria base decor te.
O diagrama das ligações édadona figu ra 7, ecomo são poucosos componentes utilizadoso leitor não encontrará dificulda
des com a sua realização.
Devemosobservar que somente o fio
recomendadode nicromo deveser utiliza dojá que fios de outras espessuras nãosó
poderãonãodar resultados satisfatórios como também poderão forçar o transfor
mador causando sua queima. 0 fio usado no corte deve terum com
primento entre20e25 cm conforme a
temperatura desejada.
USANDO 0CORTADOR
(figura 8)
Para usar o cortador ligue atomada,e coloqueachave seletora na posição de
maiortemperatura. 0fiode nicromo deve
aquecer imediatamente apresentando um
brilho ligeiramente avermelhado.
Seseu aquecimento for excessivo, desli
gue a unidade e utilize umfiode maior
comprimento.
Durante ousoa peça deve ser forçada
devagar, para não ocorrer o rompimento
do fio. Na verdade como issopode ocorrer eventualmente será conveniente que olei
tor sempre tenhaum pedaço de fio de reserva.
LISTA DEMATERIAL
transformador de110 ou 220
Volts de primário por 12 Vx 1 ampère de secundário chave comutadora de1 polo x
3 posições
S — interruptor simples
R1, R2 — resistores de fio de 5
ohms x 5 watts Diversos— cabo com tomada, base para montagem, ponte de termináis 1 metro de
fio de nicromo 32. etc.
ICOTRON
UMA ORGANIZAÇÃO SIEMENSAgora
a Icotron
tem mais quatro
modelos
de
amplificadores
operacionais.
Escolha
o
que
for
mais
adequado.
AIcotron está lançando quatro novostipos de amplificadores operacionais: o TAA 761, o TAA 861, oTBB 0747 e o TBB 0748.Asdiferenças entre os quatro
novosamplificadoresoperacionais eos TAA521(709)
eTBA 221(747), iá existentes, estão nosrecursos extras que definem a escolha. Por exemplo: a faixa de tensão de alimentação, a corrente desaída, proteção contra curto-circuito na saída, acompensaçãode frequência, o tipo de alimentação.
Eisosquatronovos modelos esuascaracterísticas:
oTAA 761 e o TAA 861são amplificadores operacionais que dispensam o uso de fontes simétricas, permitindo o uso de baterias. Isto os torna adequados para a industria automotiva. Entre suas características priríèipais. destacam-seas seguintes: alto ganho; alta correntede saída; simples
compensação de frequência; larga faixa de trabalho em temperaturas etensões e elevada rejeição de modo
comum; o TBB0747 é particularmente adequado em
circuitos onde asdimensões são importantes:ele incorpora dois operacionaisTBA 221 em um mesmo encapsulamento. Algumas de suas características principais: larga faixa detrabalho em temperatura e tensões; proteção contra curto-circuitos nasaída;
compensação interna de freqüéncia; permite ajuste amplificado da tensão de "off-set"; oTBB 0748 possui as mesmasqualidades básicas doTBA 221,permitindo porém o ajuste externo de compensaçãode freqüéncia
e umavariaçãomaiornas tensõesde trabalho. Agora que você conheceosnovos amplificadores
operacionaisda Icotron, escolha o mais adequado e
use-o para obter o máximode qualidade.
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ENTRE OUTRAS
COISAS..
ALARME
CONTRA
LADRÕES
Umavez analizada na revista anteriortoda a "mecânica" do projeto, sónos resta apresentar a descrição prática domesmoque.mesmo sendo simples requer cuidados espe ciaisalém de umcerto esmero ecapricho.
wr****^
Segunda Parte AquilinoR. Leal
Sebem que o leitor possa utilizaruma placa decircuito impressopadronizada, comofez o autor na montagem do protóti po, damos o desenhode uma placaespe cial para este caso que poderáserconfec
cionadapelo leitor usando qualquer das técnicas conhecidas.
No caso comoa utilização dos circuitos integradosexige o empregode um soque
te (para evitar o aquecimento excessivona
soldagem direta e facilitarsua substituição
em casode necessidade), será convenien te o empregode símbolos auto-adesivos
como por exemplo os Mecanorma ou
Alfac.
No caso da utilização do processo foto
gráfico, aplaca poderá sertransferida dire
tamente da figuraemtamanhonatural que
fornecemos.
A figura 1 fornecea disposiçãodos
componentesdo lado não cobreado
enquanto que na figura2 temos o lado
cobreado da placa.
Comece a montagem soldandoos soquetes dos circuitos integrados,toman do cuidadopara que a soldanão fique
fig. 1 e2 volumosa nos contatos o que podecausar
curtosentreesses mesmosterminais.
Chama-se aatenção para ainstalação
dotrim-pot P1, Umade suas "pernas" laterais não apresentaligação,devendo- se portanto cortar.
Após a realização de todas as soldas
dos elementos não semicondutores éque passaremosàsdodiodoedo transistor. Os CIsdeverão serinseridos nos respecti vos soquetes com muito cuidadopara não provocar "disturbios" físicos nos seus
lides.
No nosso caso o LED bicolor recebeu um suporte para transístores, não seefe
tuando em seus lides qualquer tipo desol da, preservando-sedesta forma a sua total "integridade física".
0SENSOR
Uma vez realizada toda amontagem
"eletrónica", inclusive a do relê é quecon-
truiremos o sensor para a detecçãode movimentos ou vibrações, obedecendo
rigorosamente a descriçãoque se segue.
A construção do sensorrequer mais
habilidade mecânica doque eletrónica,e para tal deveremosprovidenciaro seguinte material:
—Aproximadamente 40 a 50 cmde fio rígido (desencapado) debitola10
AWGa14AWG, facilmente encon- trável emqualquerestabelecimento
de materialelétrico.
— De 10a 15 cm de solda de 1,5 cm de diâmetro a 1,0 mm,normalmente
empregadapara soldarsemiconduto
res, não se presta para a finalidade.
- Uma "mola" de relógio depulso; este "componente" podeser adquirido
em qualquer relojoaria que façacon
sertos; normalmentea moladacorda
dos relógiosde pulsoé a quemais se
adaptapara osensor, porémoutro
tipo pode serempregado. Devido a
ser o tamanho empregado o menor
possível, podemos usar uma quenão
mais sirvapara a atividade "relogial"! Uma mola "quebrada" serve desde que não tenha um comprimento
menor que12 cm.
- Umaplaca de circuito impressocujas
dimensões irãodepender do compri
mento damola. No protótipo foi usada uma placa padronizada de dimensões 13x 5 cm comuma mola
de 10,5 cm de comprimento.
A primeira providência é a de "esticar"a mola que normalmentese apresenta enro
lada — esta éuma tarefa bastante delicada
e trabalhosaque exigeuma certa paciên cia (figura 3).
fig. 3
Segurandoa mola por uma dasextremi
dades, faz-secorrer a mesmaentre os
dedosindicador e polegar exercendo uma
pequena pressão; duas atrêsvezes reali zando este procedimentoa mola ficaráum
tanto quanto reta, caso venha a dobrar para ooutro lado (lado oposto ao que esta
va enrolada), sugere-se virar a mesma e
realizarnovamente o processoacima des
crito, exercendo menor pressão entre os dois dedos.
Quando a mola estiver "meio esticada" corta-se amesma do tamanho que julgar
mos conveniente, lembrando que, quanto maior for oseu comprimento, maior seráa
sensibilidadedo sensor;recomenda-se no entantonão empregar um comprimento maior que 20 cm nem menor que 7cm.
Uma de suas extremidades,depoisde
bem limpa (raspada), é estanhada por um comprimento de 0,5 cm, enquanto que a outra extremidade éraspada em mais ou
menos um centímetro, sem no entanto estanhá-la. Feito isso,procuraremos"esti- cá-la" o máximopossível,isto é,torná-la o mais reta possível, procurando atenuar as
ondulaçõesque porventurasurgirem na mesma — aconselha-se não usar "calor" .paraconseguir esse intento.
Após, cortam-se dois pedaços de fiorí
gido, já desencapado, comaproximada mente, 20cm cada um, e maisum terceiro pedaçode 7 cm aproximadamente; este
último é dobrado ao meio conformemos
tra a figura 4, observando que apósa
dobra, asextremidadesfiquem ligeiramen
te afastadas(emtorno de 0,5 cm)
enquanto o resto do fio deverá ficaro mais
fechado possível (veja o detalhe C da figu ra 4).
Procedimento semelhanteao anterior
deveser realizado com o pedaçode solda, só queneste casonão se devem juntar as
parteslaterais e o agastamento entre as suasextremidades deveestar compreen
didoentre 1,5 e 2,0 cm, conforme mostra
do na figura 5.
fig. 5
Com estes "componentes" à mão, o
sensorestá quase pronto! Bastainserir os "fios" na placa de circuito impresso que, no nosso caso, foi preparada paraesta
finalidade conformemostra a figura 6. As
dimensõesreais desta placa são 11x5 cm. Placas maiores também podem ser usadas seo leitor assim desejar.
Os furinhos indicadosna figura 6devem ser alargados de tal formaque tanto o fio
rígido comoa solda possam neles serinse ridos com facilidade.
Nos pontos A e B da figura 6inserem-se
as extremidades do pedaço de solda mos
trado nafigura 5,de modoque seu vértice Vfique amais ou menos4cm de distância da placa;asduasextremidades sãosolda
das â placa: muito cuidado e atençãones
taoperação, pois qualquer descuido... e,
eis queo pedaço de solda se tornaum
"pedacinho".
PINO 9 DO CI-I
fig. 6
O menordos trêsfios rígidos(figura 4)é
inserido esoldado nospontosC eDde for ma queseu vérticeV fiqueligeiramente abaixo da solda(a uns três centímetros da placaé osuficiente). Os fios maiores serão
soldados, respectivamente, nos pontos E e
Fdamesmaplaca(figura 6). Da
"trilha" que interliga estesquatro últimos
pontos (C, D, Ee F) liga-se um fio queirá
ao "—"do circuito, ou seja, ao terra,con forme asindicações das figuras 13 (parte anterior) e 6 (desta parte); no casodo sen sor serutilizado em um automóvel,tal liga ção não sefaz necessária, como veremos
adiante.
Poroutrolado, de umadas "trilhas" dos
pontos A ou B, "puxa-se" outro fioque irá ter ao pino 9 doCI-1 (veja figuras 13(par
teI) e6 (parte II).
A mola é inserida o mais próximo do vértice V da peça de fio rígido,sendo nela
soldada firmemente — a outra extremidade da mola (a não estanhada), ficará entre as
duas"pernas"da peça de solda,deforma a não tocá-la,exceto quando se verificar um
movimento. Caso istonãose verifique, ou
seja, a molaimpertinentemente encosta na solda, o "remédio" é girar com a ajuda deumalicate, a peça onde amesma está
soldada no sentidocontrário ao que se verifica o constante curto. Os dois peda
ços de fios maioresdestinam-se a pren der o sensor atravésdeparafusos, atrás
de uma porta, janela,ou mesmodentro do
carro observarque nesteúltimo caso, o
próprioparafusose encarregaráde fazer a
ligação â terra, isto é, à "massa"do veícu lo.
A figura 7 nos forneceoaspectofinal do sensor.
Uma vez realizadatoda a montagem, ligamos o circuito a uma fonte de 12 V C.C. eencostamos a molado sensor napeçade solda. Imediatamente ouvir-se-áo "di que"característico do acionamento do
relê; esperarno máximo, durantemeio
minutopara escutarnovamenteoconheci
do "dique" dedesativamento dorelê. Este lapsode tempo poderá serregulado por
intermédio dotrim-potP1.
Em condiçõesnormais, o LED verde
estará aceso,quando do toque instantâneo
da molanapeça de solda, o mesmo comu tará eno seulugar"brilhará”o vermelho duranteo período pré-estabelecidoquan do, tudo voltaráaonormal.
A sensibilidade do sensorpoderá ser
aumentada ou diminuídaconforme, res
pectivamente,se diminua ou aumente o espaçamento entre as duas "pernas" da peça desolda do sensor;para talbasta
pressioná-las ou abrí-las com um mínimo
deesforço.Eis porque foi escolhida a solda para talfinalidade!
Dependendo das características dolocal
onde estiverinstalado osensor, o mesmo poderáficar na posição horizontal (figura 8) ouna vertical, lembrando que o mesmo é mais sensível a movimentoshorizontais perpendicularesao seu maior eixodoque
a outros, desde que, é claro, o sensor
esteja na posição horizontal indicada na
figura8.
Aposição horizontal dosensor éaideal 26 Revista Saber Eletrónica
HORIZONTAL VERTICAL OPÇÕES PARA INSTALAÇÃO
DO SENSOR
fig.8
para oscasos em que osmesmoseja ins
talado atrás de uma porta (pelo lado de dentro, élógicol) oujanela de uma resi dência; qualquer movimentoda porta (ou
janela) será praticamente perpendicular,
ao maior eixoda mola.No caso de auto
móveis recomenda-se a sua instalação
vertical;isto equivale a dizerque qualquer movimentodo veículo no sentido de cima
parabaixo e vice-versa causado pelo fato
deuma pessoa sentar-se no "capo' do mesmo,porexemplo, é muito maisfacil mente detectadopelo sensor.0 idealé
instalar-se dois sensores: um na posição vertical detectando os movimentos verti cais e outro na horizontal, "cuidando" dos
movimentos horizontais, e de preferência, um na frente e outro atrás doveículo porém, de forma quea mola não encoste
nasolda — a "regulagem" do dispositivo teráde serfeita nolocalda instalação.
0 sistema de alarme poderá ser uma
cigarra, uma sirene eletrónica, etc,bastao leitordar uma "olhada"nas publicações
anteriores da Revista que certamente encontrará ocircuitoque mais lhe convier.
Caso o relêempregadotenha mais de
um contato, pode-se fazer com que o
carronão "pegue" realizando o circuito
mostrado na figura 9.
Para segurança é conveniente instalar
em sériecom o "+" da fontedealimenta ção um fusível de1A, omesmo procedi
mento terá de serfeito em relação ao alar me.
Para desligar o circuito pode-se empre garum interruptor miniatura devidamente
camuflado na parte externadobema ser
protegido.
CIRCUITOS A SEREM VERIFICADOS
FALHA CONSTATADA COMPONENTES SUBSTITUIDOS
CONCLUSÃO
Pelos componentes defeituosos,podemosconcluirque a entri
CIRCUITO
DE PROTEÇÃO
DE
FONTES
Se bemque os SCRs sejama versão "de
estado sólido"dos relês, estes dois com
ponentes podem ser unidos num circuito comum para a proteção de fontes de ali
mentação. OSCR atuacomo sensor de correntee orelê se encarrega de desligar
a carga em caso deperigo.
Umadasdesvantagens das fontes de alimentação
reguladas eletrônicamente está na possibilidade de
ocorrer dano permanente ao semicondutor principal
em caso desobrecargas. É claroqueexistem as fontes com proteção de
estado sólido contra sobre cargas que .limitam a corrente numdeterminado
valor, mesmo quea carga
exija mais. Não nospropo mos adiscutir este tipo de fonte,mas tão somente
uma versão simplificada
que pode ser utilizada
inclusivecomfontes nâo estabilizadas como ele
mentodeproteção para o diodo.semicondutor ou o
transformadõr.
A fonte que descreve
mosprevê a proteção do
circuito para correntesaté
1A,oquepermite sua utilização namaioria das aplicações comuns. COMO FUNCIONA:
A tensão de disparo de
um SCRnormalmente está emtornode0,7 voltsou
seja, este componente
passa do estadode não
condução para plena con
dução quando se estabele
ceumtensãopositiva da
ordem de 0,7Ventresua comporta e o cátodo.
OSCRpermaneceráno
estado de condução mes
moapós cessadaa aplica
ção da tensão em sua comporta devendo este, para ser desligado, ter a alimentação entre o ánodo e o cátodo cortado.
No caso, usamos um resistor de pequenovalor entre o cátodo e a compor ta (gate) de modo que a correntede carga circule
porele. Conforme sabe
mos, através da lei de
ohm, aparece sobre este
resistor uma tensão pro porcionalàcorrente circu
lante, e dependendo do valor desse resistor deve chegaro instante em que ela chega aos0,7volts que
levam o SCR ao disparo.
Nestascondições o relê é alimentado, cortando a alimentaçãodacarga. A ligação deuma lâmpada
vermelha neste mesmo
relêserve para alertar o
operador paraacorrente consumida-pelacarga. Para rearmar o circuito
bastará interromper
momentáneamente a corrente entre oánodoeo
cátodo do SCR, o que
pode ser feitopor meio de
um interruptor depressão
do tipo "normalmente
fechado" (usadoemportas de geladeiras, por exem
plo).
O valor do resistor em série com a cargadetermi naráa corrente que provo cará o disparo do SCR e
portantoa corrente limite da fonte.
Se bem queos SCRs tenham variações quanto à
tensão de disparo, damos
uma tabela aproximada
que pode servir de orienta
ção para o leitor. 0,1 A...6,8 ohms 0,2 A...3,3 ohms 0,3 A...2,2 ohms 0,4 A...1,6 ohms 0,5 A...1,3 ohms 1,0 A...0,68 ohms O diodode proteção em
paralelocoma bobina do
relê é do tipo1N4002. 0 relê deve ser capaz de ser acionado pelatensãomá
xima dafonte, ou seja, deve ter uma bobina espe
cificadapara a tensão da fonte, e o SCR é do tipo
C106, MCR106 ou
TIC106 parauma tensão
de 50 volts.
CI06 MCRI06
CAG
fig. 1
MONTAGEM:
Devido ao númeroredu
zido de componentes, nenhuma observação pre cisa ser feita em relação a
técnica de montagem.
Deve-seapenas observar a disposiçãodos terminais do diodo, do SCRe obede cer asespecificações exigi
dasparaorelê. Com relação ao resistor
R1 dado pela tabela, como se trata de componente
que pode ter um valor não
comercial, deve ser feito
utilizando-se para esta finalidade fio denicromo ou mesmofio esmaltadoo qual poderá ser enrolado
num resistor de 1OOkf2x 2
W,emcomprimento que
resulte na resistência desejada. Para esta finali
dadeo leitor deveconsul
tar uma tabela defios
esmaltados que traga sua resistência em ohmspor metro,ou uma tabela de
fios denicromo. LISTA DE MATERIAL: SCR - C106, TIC106 ou MCR106 Dl - 1N4002 ou equiva lente RI- ver tabela R2 - 10ohms x 1/2 W
K1 - relê com bobina con
forme a tensão da fonte
L1 - lâmpadapiloto para a tensãoda fonte
S1 - interruptor depressão
do tipo normalmente fechado
orientacelo
para o montador
EXCITADOR DE NERVOS
Ocircuito desteexcitador ébastante simples e todosos componentes podem ser adquiridos
com facilidade. 0 transformador é do tipo usado em fontes de alimentação para transistores,podendo
ser encontrado comtensões apartirde 4,5 V até 12 Volts, e correntes entre 250 mA e1 A.
Praticamen-te, qualquerumdesses transformadorespoderão ser usadoscomresultados satisfatórios. Com relação ao transistor depotência,sebemque tenhamos optado pelo BD136, praticamente
qualqueroutro para corrente depelo menos 1A pode ser usado em seu lugar. 0 custo do transistorde potênciaestará em torno de Cr$ 10,00 a CrS 20,00 dependendodesuas características. Sem conside rar a caixa para alojamento doconjunto podemosdizerqueocusto total deste aparelho será da ordem
de CrS 156,00, e otemponecessárioa sua elaboraçãoserá da ordem de 3 a 4 horas. CONSTRUA UM CORTADOR DE ISOPOR
Na verdade esta montagemébastante simples, tão simplesquenãopodemos sequer
considerá--lo propriamente uma montagem"eletrónica".
0 transformador éum único componente propriamente eletrónicoalém dosresistores. Esse
transformador temum custo da ordem de CrS50,00, devendo seu primárioser de acordo com a rede local de alimentação.
0 fio de nicromo talvez seja um doselementosdo circuito que traga certa dificuldade. Em caso
deproblemas comesseelemento,adquiraum "resistordefio"de 50 ou 100 ohms, e quebrando esse componente com cuidadoo leitor veráque em seuinteriorexiste esse fio que poderá ser aproveitado. 0
tempo total para a montagemdependerá bastante da habilidade do leitor, e o custo da parte"eletróni
ca" estará em torno de CrS 100,00.
REALIMENTAÇÃO
IV
... ... ¿,
J, C. Costa
Estudo: Circuito Com Realimentação
Negativa deTensão Circuito
Estecircuito já é conhecidodoestudo
da estabilização linear doponto de fun cionamento dos transistores dejunção (Fig. 25).
Estudo de Realimentação emcorrente contínua
Osinalqueefetivamente controla a
condução feitapelo transístoré a tensão VBE. peloqueSef - +VB£.
Mas esta tensão resulta da conjugação
de dois outros sinais:
— a tensão do ponto A, istoé,o sinal Se<
— a queda de tensão sobre RF, portan
to, sr.
Se-Sr+Sef
Esta não diz mais que: atensãocontí nua dopontoA em relaçãoàmassa(Se)
é a soma da tensão da Baseem relação ao Emissor (Sep com a tensão doEmissor
em relação à massa (Sr).
Quanto ao sinal de saída,Ss, podemos escolherquer lg quer Iqou até a tensão
do coletor. Escolhe-se Iq, neste caso, para fixar idéias:
Analisemosagora algunsaspectosdesta realimentação:
— Se toda atensão Sefosseaplicada na entrada do "amplificador" propriamen
te dito - Se = Sef- o transistor con duziriamais, pelo que Ss = lc seria
maior. 0 ganho global,Ss/Se,seria maior.Mais uma vez se verifica que a
realimentação negativa diminui o ganho
global.
— O sinal de realimentação, aceitou-se lo go de início, que se somava algébrica
mente ao sinal de entrada. Neste caso
Sef* se- S,
o quemostra que a soma algébrica é,
na realidade, uma diferença aritmética (realimentação negativa). —Suponhamos que o transístor se avariou
peloque houve necessidadedese adqui rir um outrodomesmotipo. Aceite mos queeste novo transistor é "melhor condutor", quer dizer, paraum mesmo Vgg conduz maiscorrente. Não havendo realimentação, teríamos uma alteração de Iq= Ss correspondente a toda essa maior "condutividade"do
transístor. Sentir-se-ia,em lc, totalmente
essa alteração.
Havendo a realimentação negativa, se lc cresce,também:
Sf = RE ■ !E -re ■ (C
O sinal derealimentação setorna maior. Daqui resulta que:
®ef - se - s,
o sinal de entrada efetivo,se reduz
arrastado por Sr pelo quese compensa,
parcialmente, oaumento de"conduti vidade" do novo transistor.
— É claro que, quanto maior forRp maiores serão as alterações deS resul tantes das variações deIq, pelo que
bastam menores perturbações de Iq pa ra desencadearem o mecanismo de cor reção de Sej.Maior seráportanto a es tabilidade doganho global (realimenta çãonegativa).
— Neste caso, o sinal S éuma tensão
que,por outro lado, é proporcionala uma corrente (Iq=Ss).
Estudo da Realimentaçãoem Corrente Al
ternada
Circuito Equivalente
Para efeitos de simplificação doscálcu
los analíticos que se seguirão,considerou-
se o circuito equivalente do transístor dos parâmetros híbridos h, mas em que:
Figura 26
Ganhos A e0f. Ganho Global No circuito da figura de cima indicou-
seaequivalênciaentre algumascorrentes e tensões e as 4 grandezas características do esquema geral darealimentação. Ape
nas há que salientarque:
— tratando-se degrandezas alternas, os
sentidos indicados sãoos chamadossen
tidos positivos.
—a tensão de realimentação S tem um sentido positivo escolhido por formaa
somar-sealgébricamente com Se como
se convencionou no esquema geral da realimentação.
Comomostraa figura, tem-se:
Sef-S.+ Sr o que está de acordo com a tal con
venção,masiremosver que esta soma serevelará uma diferençaaritmética—
realimentação negativa. Comecemos por calcular 0:
donde sechega a
Agora calculemos A:
= Ss . *C = *c = hfe
Sef vbe hie 'b hie
o que dápara:
Finalmenteo ganho globalvale:
quecoincide,comonão podia deixar
de ser,comA.
Note-se que o ganhoglobal com reali
mentação émenor do que sem realimen
tação o que demonstra, mais uma vez, o seu carácternegativo.
Se se pretender saber oganho de ten
são, como:
”o - RC ■ ¡c
basta calcular
Rc‘ ^fe
- - "c• G8 - - hie+RE<1 + hfe)
Vemos que este ganho éafetado pela existência e valor da realimentação. Jáo mesmo não se dirá do ganho decorrente assim definido:*
o qual nada tem aver com aexistência
da realimentação.
Impedâncía de entrada
O gerador de excitação docircuito "vê"
na sua frente um conjunto de resistências,
que, no total,formam aimpedâncía de entrada do nosso circuito (Fig. 27).
No casoem quenãohouvesse reali
mentação - Rg= 0 - o ganho global
viria entrada peloquese simplificou a definição. 36 RevistaSaber Eletrónica
É claro que essa impedância será o re sultado do paralelode Rp com R2e com a resistência equivalente entreabase Bea massa M. Portanto só nos interessa
calcular estaúltima resistência. Esta resistência tem uma tensãototal .aos seus terminas de:
-S«f- Sr
e é percorrida por i^-Logoovalor equi
valente serádadapor:
Mas entre Sr e Sgf existe a seguinte
relação:Sf =7 . Sgf pelo que:
Como Sef/i|j= hje é aimpedância de
en-trada dotransistor quandonão há
reali-mentação, concluiu-se, que paraseobter a impedância Req = hje (1- 7) de entra da pela base quandohárealimentação,
multiplica-sea impedância semrealimen
tação pelo fator (1 -7).
A impedância de entradatotalvalerá:
Z, - R1//R2//Req
Valor equivalente de Rgdo ponto de vista dos terminais deentrada
Já vimos que com realimentação,are
sistência entre a base e a massa é dada por RÇq = hje (1 - 7) o quecalculadodáo
seguinte:
Req = hie+ M + hfe)
Re(lthfe) b Figura28 Q6b
Istomostraque Reg é comoquecons tituídopor duas resistencias emsérie mas em que Rg não surge como seu real valor massimampliadapelofator (1+ hje).
Isto deve-seaque em Rg não passa só
lb, massimib + lc-ib(1+ hfel.
Impedância de saída
Vamos supor que ogerador de excita ção é um gerador idealde tensão peloque
a sua impedância internaé nula (Fig. 29).
Para que se note ainfluéncia da reali-mentacao na impedáncia desaída éne-
cessário considerar o circuitoequivalente dotransistorum pouco maispormenoriza do — isto é, incluir h^.
A impedáncia de saídadoamplificador
em estudoseránecessariamente o
lo entre Rce a impedânciavista dos ter
minais de saída (colector emassa) para
a esquerda.
Deacordocom a definição vista no parágrafo 5, substituiu-se, na figura, o ge
rador independente (o de excitação) pe
la sua impedância interna - um curto circuito - masmanteve-se ogerador do
corrente dependente.
0circuito obtido para o cálculo de Zo pode ser simplificadamente desenhado
comomostra a figura 30.
Figura 30
Daquipodemos escrever:
—em1/h^ passa uma corrente
(i-Ne'b1
-em Repassa umacorrente
ou seja: ( i + i^)
- a queda de tensão vgx é dada, quer
- "^ie ■ ¡b
quer por
vax =RE *1 + 'b * donde
Obtida .estarelação entre i e i^ podemos
dizerque:
+ _he___RE > 1__
hie+ RE hoe
Esta expressão paraalém da sua com plicaçãoanalítica,mostra-nosque Zo> 1/hoe.Como 1/hoe seria a impedância de
saídadocoletor dotransístor se não hou
vesse realimentação,cohclui-se que a rea- limentação negativa de tensão emque S é proporcional à corrente desaída ¡c,
provoca um aumento dessa impedância de
saída.
Aimpedância do amplificador será
z
o-Deixa-se ao cuidado do leitor o estudo do caso em que ogerador de excitação tivesseuma certa resistênciainternanão nula.
CircuitoSeguidor de Emissor* (ou de
Catodo) Circuito
Em relação ao circuitocomrealimen
taçãonegativa de tensão queaté este mo mento temsido estudado,o circuito se
guidor deemissor diferenos seguintes
aspectos:
£ conhecido também pelo nome dsamplificador 38 RevistaSaber Eletrónica
- a saída é feita pelo emissor e não
pelo coletor.
—nocoletor poderá, eventualmente, surgir uma resistência R destinada
unicamente afinsdepolarizaçãodo coletor e, portanto,semquaisquer
funções dinâmicas.Nesse caso, é co
mumestar"curtocircuitada" por um capacitor C.
De salientar que:
— este ganho é positivoo que significa
que a tensão de entrada ede saída estão emfase;
— esteganhoémenor do que1, em
bora tanto mais próximo da unida de quanto maior for o valor de Rg-Pode-se também calculareste ganho de
tensão notando que
e recorrendo ao ganhoglobal calculado
anteriormente Recorrendo ao circuito equivalente do amplificador tal comodesenhadona figu ra, conclui-se que
donde vem
>o ■»E11 *‘lí1 ¡b
eque
vi =hie‘ 'b+ RE <1 + hfe’ ‘ 'b
pelo que o ganho vale
Impedânciasdeentrada e de saída Evidentemente que a impedância de
entrada vale o mesmo queno circuito inicialmenteestudado
Z|.R,//R2//[(hie + Re (1+hfe)j
Para o cálculo da impedânclade saída
convém-nos desenhar ocircuito dumafor ma mais"facilmentetrabalhável".Vamos ainda aceitar que ogerador de excitação
tem umaimpedância interna nula (Fig. 33).
A impedânciaZQ será claramente:
peloque só nosinteressa saber quanto vale aresistência equivalente ao "parale
lo" de hje com o gerador decorrente
dependente.
o,a 'b ■ - -r—
nie
o que nosleva a concluir que ogerador
dependente impõeumacorrente
Logo a corrente total i vale
Vem aqui a propósito fazer uma com
paração entre as fórmulas deZo e da
impedância vista "para dentro" da base
quando há realimentação de tensão:
—em Zo nós não temos apenaso pa
ralelo de Re comhje comoparece ria à primeira vista, massimopara lelode Recom hje/(1 + hfe ).
— na impedânciavistapara dentro da
base, não nos surge apenas a série de
hje com Rg, masRE tem de ser
corrigidopor(1 +hfe). Tem também interesse a comparação entreZo no seguidor de emissore Zo no
circuito inicialcom saídapelo coletor.
No seguidor de emissor encontramos o paralelo de RE comhje/ (1 +h^e). Dando valores habituais aestes parâmetros:
Re = 100 íl h-e =2 K Í2 hfe= 99
acabamos por obterum
z = 100//2222. = 18n
0 100
No circuitocom realimentação negati vade tensãoesaída pelo coletortemos
uma fórmula complicada.
Dando também valoreshabituais aos
parâmetros novos que surgem nestas fór mulas:
— = 100KÍ2 hoe
Rc= 10 K a ou ainda um M.O.S.T. temos sempreum
circuito idêntico ao seguidorcatódico de senhado na Figura35.
obtemos, em primeiro lugar:
Z¿~100x 103 + 471 x 103 +95 571Kíí
Isto mostra-nos que a realimentação al
terou Zoem relação ao valor sem reali
mentação.
Em segundo lugarobtemos:
Zo = 571 / /10 “ 9,83KÍ2
o que também mostraqueZo é quase iguala Rq,embora um pouco menor. Convém noentanto não generalizar a idéia de queZo é semprepouco menor queRq.
Isto é especialmente perigoso em alta fre quência ouquando Rq émuitogrande. Compreende-se, agora, que um circuito
inversordefase tenha asduas saídas com
impedâncias de saídamuito diferentes em bora Rç e Rg sejam aí obrigatòriamente iguais (Figura 34).
Figura 35
Ocircuitoequivalente para o regime
dinâmico é também comum para os três
casos de dispositivos ativos (Figura 36).
Circuito seguidor de Catodo Usando uma válvula, umtransistor FET
Seguidamente apresentam-se, resumida mente, os resultados mais importantes do
ponto de vistada alteração introduzida
pela realimentação. a) ganho de tensão
b) Impedância de entrada
Zi -
rg
¡c=j w C . vc . w =2 » f mas a tensão sobreo capacitor é dada por:
“c - «I - v0 ■ »I I’ - <3,1
c) Impedância de saída
Efeitode Miller Introdução
Emvários circuitos, éfrequenteexistir
entre a entradaea saída um capacitor Nuns casos é uma capacidade parasita, noutras é um capacitorvoluntariamente
lá colocado.
Em todos os casosverifica-se que essa
capacidade surge-nos como que aumenta da quando seobserva o circuito dos ter
minais de entrada. 0 efeito de Miller é
exatamenteo aumento aparente do valor
das capacidades voluntária ou involunta
riamente ligadasentrea entradae a saída dosamplificadores em função do ganho do estágio.
Demonstração
Consideremos um quadripoloem que é conhecido o ganho de tensão Gv = vo/Vj.
Figura37
A corrente que o capacitor pede ao gerador (desviando da entrada do quadri
polo) vale:
Figura 38
Porisso a corrente atravésde C vale:
ic = jwC. ( 1 -Gv) . Vj
Estaexpressãodiz-nos que um capaci- tor: Ceq = C ( 1 - Gv)sujeitounicamen
te à tensão Vj é percorrido pelamesma
corrente que o capacitor real C ligado entre a entrada e asaída.
Figura 39
Do ponto de vista dostermináisde
entrada o capacitor C surge-noscom o
valorde Co„.
eq
Aplicação aos amplificadores de Tensão
0 efeitode Millerteminteresse nos amplificadores de tensão devido ao aumen toinesperado que introduz no valor da capacidade deentradado amplificador.
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