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Indicadores de Sustentabilidade na Cadeia de Suprimentos

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Academic year: 2021

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Resumo

Partindo do princípio de que uma das principais fontes de recursos dos processos produtivos das organizações é o meio ambiente, o tema sustentabilidade vem sendo cada vez mais abordado na esfera empresarial. Desta forma, além de medir o desempenho econômico-financeiro da empresa, viu-se a necessidade de mensurar o quão sustentável são seus processos, ações e produtos, a fim de propor medidas de melhoria que proporcionem um destaque frente aos concorrentes e atenda às expectativas dos stakeholders, garantindo ainda o cumprimento das leis ambientais. Contudo, observa-se certa dificuldade em encontrar ferramentas que auxiliem os gestores a obter respostas quantitativas sobre o assunto. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é levantar indicadores aplicáveis à cadeia de suprimentos que auxiliem na avaliação das empresas quanto à sustentabilidade, nos aspectos socioambientais e econômico-financeiros. Para tanto, estudou-se conceitos de Sustentabilidade, Cadeia de Suprimentos e Indicadores a fim de auxiliar a construção do conhecimento acerca do objetivo proposto. Estudou-se ainda materiais que apresentam indicadores de desempenho referentes à sustentabilidade. Em seguida, foi realizada uma análise quanto à aplicabilidade dos indicadores no contexto da cadeia. Como resultado, obteve-se uma Tabela com 32 indicadores devidamente classificados conforme seus aspectos e atributos.

Palavras-chave: indicadores; sustentabilidade; cadeia de suprimentos. Abstract

Presuming that one of companies’ manufacturing process main features is the environment, the theme sustainability has been discussed more frequently in corporate context. Therefore, besides quantifying the economic-financial performance, there is a need to measure how sustainable the process, actions and products are, in order to propose an improvement measure that provides spotlight front the rivals and cater for the stakeholders’ expectations, ensuring the environmental’s law enforcement. However, difficulties about finding tools to assist managers in attainment answers about the subject are noticed. Thus, the aim of this article is

to collect applicable indicators in supply chain that can be useful in the companies’ sustainability evaluation process, in socio-environmental and economic-financial aspects. To achieve this purpose, the concepts of Sustainability, Supply Chain and Indicators were studied to support the knowledge construction about the proposed objective. It was also studied some academic resources that present performance indicators related to sustainability and, subsequently, it had been done an analysis concerning about the applicability of the indicators in supply chain context. As a result, a table with 32 indicators properly classified, according to their aspects and attributes was obtained.

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1 - Introdução

O grande desafio do início deste século consiste em reverter o impasse provocado pelo conflito entre o desenvolvimento e meio ambiente. A mudança de perspectiva tornou-se questão de sobrevivência, uma vez que é preciso levar em consideração o suprimento das necessidades dos seres humanos, sem associá-lo à exploração e à geração de riquezas por meio da utilização dos recursos naturais (MARTINS; OLIVEIRA, 2005).

Patti et al. (2015) indicam que esta notoriedade referente às preocupações com o meio ambiente é consequência dos desequilíbrios gerados pela ação do homem e que, neste contexto, as organizações encontram-se no centro dos quesitos de causa e efeito desde a Revolução Industrial. Zucatto (2008) complementa esta visão ao afirmar que a degradação ambiental teve início com a Revolução Industrial e foi acentuada no século XX por meio da emissão de agentes poluidores, pelo uso indiscriminado dos recursos naturais, exploração de minérios, entre outros, constituindo assim a conjuntura de questões ambientais que tanto se fala na atualidade.

Somado a essa parcela de culpa historicamente atribuída às empresas pelos problemas ambientais, a crescente competitividade e o aumento das exigências dos consumidores fizeram com que as empresas se tornassem cada vez mais orientadas à busca por iniciativas de cuidado ambiental e qualidade de vida das pessoas, visando atender aos desejos e expectativas dos clientes da melhor maneira possível (DALÉ et al. 2011).

De acordo com Dalé et al. (2011), em âmbito mundial, é necessário que a capacidade produtiva se torne mais eficiente no uso dos recursos naturais. Diante disto, as indústrias estão sendo desafiadas a reorganizar suas cadeias de suprimentos com a finalidade de preservação da natureza e respeito às comunidades locais. Os autores elucidam ainda que a incorporação da sustentabilidade na gestão das empresas e na cadeia de suprimentos está acontecendo em diferentes organizações, de segmentos distintos, com o objetivo comum de obter diferencial competitivo frente aos concorrentes, e garantir a longevidade no setor em que atuam (DALÉ et al. 2011).

No entanto, a sustentabilidade só será atingida pelas organizações se forem atendidos os critérios de ser economicamente viável, produzir de forma ambientalmente correta e contribuir para o desenvolvimento social das comunidades em que atua (STROBEL et al. 2004), em conformidade com os três pilares da sustentabilidade: sociais, ambientais e econômicos, também conhecidos como tripple bottom line.

Diante deste cenário, faz-se necessário medir a sustentabilidade em todas as áreas da empresa, a fim fornecer informações completas à gestão e responder às expectativas dos stakeholders, tendo em vista que não basta se declarar como sustentável, ecoeficiente e socialmente responsável, é preciso provar. Para que isto seja viável, faz-se necessário adotar indicadores, medi-los e apresentá-los em relatórios acessíveis. Estes tipos de relatórios, com viés orientado a sustentabilidade, já são praticados por muitas empresas. Contudo, são apontadas dificuldades quanto a sua comparação, consistência, quantidade de informações e facilidade de verificação (ALMEIDA, 2002).

A complexidade de estabelecer indicadores reside em fatores que vão desde o entendimento do conceito de desenvolvimento sustentável, à difícil mensuração dos aspectos menos tangíveis que os econômicos e financeiros, e à escassez de informações. Diante deste contexto e da necessidade de uma utilização eficaz dos indicadores de sustentabilidade nas empresas, e, mais especificamente, na cadeia de suprimentos, identificou-se como problema de pesquisa a dificuldade de mensuração de sustentabilidade e, por consequência, a falta de padronização de recursos considerados aceitáveis e/ou satisfatórios para as avaliações de desempenho nas organizações.

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Considerando o referido problema e a relevância da gestão da sustentabilidade enquanto fator de vantagem competitiva, este estudo tem como objetivo levantar indicadores aplicáveis à cadeia de suprimentos que auxiliem na avaliação das empresas quanto ao desenvolvimento sustentável nos aspectos socioambientais e financeiro-econômicos.

Assim sendo, além desta Introdução, apresenta-se no Item 2 os conceitos associados à problemática do estudo, sendo eles: Sustentabilidade, Cadeia de Suprimentos e Indicadores. No Item 3, apresenta-se a metodologia utilizada para elaboração do estudo, a forma de pesquisa, as etapas da coleta de dados, bem como o critério de seleção dos indicadores com base em sua aplicabilidade no contexto da cadeia de suprimentos. No Item 4, são expostos os resultados e as conclusões alcançadas no estudo. Nesta sessão, são apresentados os indicadores de sustentabilidade selecionados, elucidando seus respectivos aspectos e atributos, além de indicar a forma com que estas ferramentas foram encontradas na literatura. Por fim, realiza-se no Item 5 as considerações finais do estudo, indicando sua contribuição, suas limitações e as sugestões para futuras pesquisas relacionadas à temática abordada.

2 - Referencial teórico 2.1 - Sustentabilidade

A ideia de sustentabilidade está presente em diversos discursos e é muito disseminada na atualidade. Contudo, ainda não há um consenso unânime sobre sua representatividade e definição de seu conceito. De acordo com Bellen (2002), o desenvolvimento sustentável é um processo complexo e contínuo e, por isto, há diversas abordagens e definições que objetivam explicar o conceito de sustentabilidade.

Glavic e Lukman (2007) também discorrem sobre a multiplicidade de conceitos e interpretações referentes a sustentabilidade e elucida que no campo do desenvolvimento sustentável esta terminologia está se tornando cada vez mais importante, tendo em vista que a quantidade de termos continua a crescer em consonância com o acelerado crescimento da conscientização dos indivíduos sobre a relevância deste tema.

Bellen (2004) cita que o termo desenvolvimento sustentável começou a ser discutido pela

World Conservation Union, no relatório denominado “World’s Conservation Strategy”. Este

relatório aponta que, para que haja o desenvolvimento sustentável, é necessário considerar as dimensões sociais, ecológicas, os fatores econômicos, recursos vivos e não vivos e as vantagens, seja de curto ou de longo prazo, de ações alternativas. Bellen (2004) aponta ainda que essa abordagem privilegiava a integridade ambiental em detrimento dos outros aspectos, e que apenas com a definição do relatório de Brudtland houve maior integração e paridade entre as dimensões econômicas, sociais e ambientais.

A definição mais difundida de Desenvolvimento Sustentável é apresentada no relatório “Nosso Futuro Comum” (Relatório de Brudtland) elaborado pela World Commission on

Environment and Development, indicando que o desenvolvimento sustentável é aquele que

supre as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades (BRUDTLAND COMMISSION, 1987). Esta conceituação é amplamente aceita e possui grande relevância, haja vista que engloba importantes aspectos no que concerne à sustentabilidade, como a noção de limitação dos recursos e a preocupação com sua utilização no longo prazo, visando à manutenção do atendimento das necessidades e qualidade de vida das próximas gerações.

Claro et al. (2008) defendem que desde o surgimento da definição de Brudtland, muitas outras surgiram e continuarão a surgir e que, apesar disto, encontra-se um ponto comum entre estas conceituações quando se faz uma análise detalhada da maioria dos estudos, que consiste na apresentação das três dimensões que compõem o termo sustentabilidade, relacionando as

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esferas ambiental, social e econômica no que se conhece como triple bottom line ou tripé da sustentabilidade.

Para que as organizações alcancem a sustentabilidade, o cuidado com o meio ambiente precisa tornar-se um de seus objetivos, bem como o bem-estar dos stakeholders e a busca pela melhoria de sua reputação perante a sociedade. Além disto, é necessário buscar a ecoeficiência em todos os seus processos, produtos e ações, visando melhoria na qualidade dos produtos, poluindo menos e utilizando os recursos naturais de forma responsável (ALMEIDA, 2002).

Ainda no âmbito da sustentabilidade empresarial, Jappur et al. (2008) apresentam que o trabalho com base na integração das dimensões da sustentabilidade na empresa e ao longo da cadeia produtiva pode auxiliar para que o negócio se mantenha e se perpetue, e que para isto, é necessário que os constituintes da cadeia produtiva se proponham a efetivamente realizar boas práticas sustentáveis. Outra visão que complementa a ideia de aplicação prática da sustentabilidade é apresentada por Formigoni e Rodrigues (2009), ao afirmarem que a busca pela sustentabilidade deve basear-se no emprego deste conceito às operações e que, para tanto, é preciso manter uma cadeia de suprimentos sustentável.

Seguindo a ótica do triple bottom line, Martins e Oliveira (2005), em suma, definem as três dimensões da seguinte maneira: (1) Sustentabilidade social: Dimensão a ser guiada pelo propósito de busca pela igualdade de distribuição de renda e de bens, visando nivelar os padrões de vida dos indivíduos de classes distintas, além de promover equidade de acesso a recursos e serviços sociais e ao emprego pleno. (2) Sustentabilidade econômica: Engloba aspectos como a diversificação nas atividades produtivas, equilíbrio no desenvolvimento dos setores e atualização dos instrumentos de produção e acesso à ciência e à tecnologia. (3) Sustentabilidade ambiental: Relaciona-se a preservação dos recursos naturais, produção de recursos renováveis e limitação de recursos não renováveis, além de tratar de pontos como a redução do volume de resíduos e de poluição utilizando-se de ferramentas de reciclagem e renovação de energia. Ressalta a importância da definição de regras para direcionar a proteção ambiental e seleção de instrumentos que assegurem seu cumprimento.

Diante dos conceitos e ponderações apresentadas, o presente estudo utilizará o termo sustentabilidade como resultado do equilíbrio entre os aspectos sociais, econômico-financeiros e ambientais. Estas três dimensões da sustentabilidade, conforme apresentado por Mani et al. (2016), têm se mostrado além das fronteiras organizacionais, indicando a relevância de gerenciar as iniciativas de sustentabilidade, inclusive, em toda a cadeia de suprimentos.

2.2 - Cadeia de suprimentos

O interesse acerca dos assuntos relacionados à medição do desempenho na cadeia de suprimentos aumentou notoriamente nas duas últimas décadas, e um número considerável de pesquisas foi realizada nesta área (AGAMI et al. 2012). Para abordar as questões referentes à medição de desempenho e aos indicadores de sustentabilidade, faz-se necessária a compreensão dos conceitos associados à cadeia de suprimentos (supply chain).

No que se refere ao conceito de cadeia de suprimentos, Linton et al. (2007) definem que se trata do sistema que engloba processos que vão desde o processamento inicial das matérias primas até a entrega do produto final. Os autores apresentam que durante as últimas duas décadas, o foco de otimização das operações se deslocou de áreas específicas para toda a cadeia de suprimentos, indicando um passo em direção a maior adoção e desenvolvimento da sustentabilidade nas organizações.

De acordo com Sehnem et al. (2015), na maioria das vezes, a eficácia de uma cadeia de suprimentos é medida conforme a relação entre seu custo e rentabilidade, não levando em

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consideração seus impactos sobre o meio ambiente. No entanto, a autora expõe que este panorama está se modificando com a atenção que os problemas ambientais têm recebido, reduzindo o foco no aspecto financeiro que predominava anteriormente.

Carvalho (2011) aponta que a crescente cobrança por parte da sociedade se dá no contexto em que as empresas não competem mais apenas entre si, mas em cadeias de suprimento, sendo muitas delas globais. O referido autor ainda adverte sobre a consequência deste nível de atuação e seus impactos, indicando a necessidade de ampliar o relacionamento com os outros membros da cadeia a fim de contribuir de forma positiva para o desenvolvimento sustentável. No âmbito da cadeia de suprimentos, um conceito relevante é o de Supply Chain Management (SCM), cuja tradução significa “Gestão da Cadeia de Suprimentos”. Brito e Berardi (2010) apresentam que existem visões distintas a respeito do SCM, e conclui que a definição que melhor engloba todos os processos envolvidos é aquela que aponta o SCM como uma visão integrada dos negócios.

A definição elaborada por Mentzer et al. (2001) sobre SCM consiste na apresentação do conceito enquanto coordenação sistêmica e estratégica das funções de negócios tradicionais, seja dentro de uma determinada empresa ou entre organizações, visando a melhoria do desempenho em longo prazo das empresas individuais e da cadeia de suprimentos como um todo.

Outra definição é encontrada no estudo de Agami et al. (2012), que apresentam a Gestão da Cadeia de Suprimentos ou Supply Chain Management (SCM) como uma filosofia de negócio eficaz que ajuda as empresas a sobreviver às pressões contínuas e a alcançar o objetivo de satisfação dos clientes.

No que se refere aos efeitos decorrentes dos processos da cadeia de suprimentos, Alves e Nascimento (2014) afirmam que as atividades desenvolvidas ao longo da cadeia podem gerar sérios impactos ao ambiente, desde o desperdício dos recursos naturais a emissão de gases nocivos. Com base nesta consequência, faz-se necessária a utilização de ferramentas de mensuração do desempenho das organizações, com vistas a acompanhar seus resultados e os impactos gerados na natureza e na sociedade.

De acordo com Veleva et al. (2001) não se pode gerenciar o que não é medido, sendo assim torna-se necessário que a gestão mensure se as metas e os objetivos traçados de determinado setor estão sendo alcançados e como está seu desempenho em comparação com os outros. O mesmo se aplica a supply chain management, cujo gerenciamento de desempenho é considerado como aspecto importante para se tornar uma cadeia de suprimentos bem-sucedida (ABU-SULEIMAN et al. 2005). Isto será alcançado por meio da utilização de ferramentas que propiciem a mensuração dos resultados obtidos em comparação com as exigências legais, sociais e dos stakeholders, além das metas estipuladas no âmbito intraorganizacional.

Como recurso de gestão indispensável para alcançar o sucesso, a medição de desempenho permite que a cadeia de suprimentos gerencie estrategicamente e controle continuamente a realização dos objetivos. Esta ferramenta fornece a assistência necessária para a melhoria do desempenho na busca da excelência da cadeia de suprimentos (AGAMI et al. 2012). A seleção de métricas de desempenho corretas é outra questão crucial. As medidas adequadas não só oferecem um meio de acompanhar quão distante uma organização está de atingir os objetivos estabelecidos, mas também fornecem um meio de comunicar a estratégia e incentivar sua implementação (AGAMI et al. 2012).

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2.3 - Indicadores

Indicadores são considerados ferramentas cruciais em um processo de tomada de decisão, uma vez que são capazes de fornecer ao gestor informações importantes dentro de uma análise de desempenho (NASCIMENTO et al., 2011).

Segundo Rodrigues e Rippel (2015), ainda há dificuldades para efetiva mensuração da sustentabilidade, pois, na maioria das vezes, as informações necessárias são escassas ou de difícil acesso. Dessa forma, faz-se necessária a criação de ferramentas e métodos de aferição deste fenômeno. Contudo, Carvalho et al. (2011) acrescentam que, dentre os diversos desafios encontrados neste campo destaca-se, justamente, a elaboração destes métodos e ferramentas. Considerando a complexidade de se medir a sustentabilidade, é necessário buscar o auxílio de indicadores que, segundo Merchán-Hamann et al. (2000), são ferramentas que podem contribuir para análises importantes e que nem sempre são de fácil percepção imediata. Por meio das informações provenientes destes indicadores, poderão ser iniciadas as etapas estabelecidas para o alcance da implementação de uma gestão mais sustentável (KEMERICH et al. 2014).

O uso de relatórios pelas empresas para mensurar e divulgar informações e resultados referentes à sustentabilidade é cada vez mais frequente. Dentre os benefícios que o uso destes relatórios promove, pode-se destacar a facilidade propiciada no tocante à gestão da sustentabilidade, divulgação dos possíveis riscos e oportunidades, além de tornar a reputação da empresa mais transparente, atendendo também às pressões dos stakeholders quanto às práticas sustentáveis (CAMPOS et al., 2013).

Dentre os relatórios mais mencionados na literatura, encontra-se o criado pela GRI (Global

Reporting Iniciative), uma empresa sem fins lucrativos que tem por objetivo padronizar o uso

de relatórios de sustentabilidade, auxiliando as empresas na avaliação do desempenho e mensuração dos impactos ambientais, econômicos e sociais (GRI, 2012). Além dele, também existem outras iniciativas que abrangem as três dimensões da sustentabilidade com foco empresarial. Dentre elas, encontra-se o Dashboard de Sustentabilidade, Barômetro de Sustentabilidade, IChemE (Métricas de Sustentabilidade da Instituição dos Engenheiros Químicos da Inglaterra), Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI), Triple Bottom Line (TBL) e Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial (DELAI; TAKAHASHI, 2008).

Com a finalidade de propiciar maior compreensão a respeito de indicadores, vê-se necessária a definição de alguns conceitos comumente associados ao tema. São eles: aspectos, atributos e medidas.

Pode-se afirmar que os aspectos têm a função de orientar a perspectiva da avaliação, sendo muito utilizados o socioambiental e o econômico-financeiro. Já os atributos são responsáveis por dar direcionamento à criação dos indicadores (LEAL JR., 2010).

Cada indicador tem a função de representar quantitativamente o atributo a que se refere. Devem ser mensuráveis, fáceis de definir e de interpretar. De acordo com os conceitos expostos anteriormente, a sustentabilidade não é simples de ser apurada, e, para isto, é utilizado o auxílio de indicadores que, quando usados corretamente, possibilitam uma análise clara e facilitam a comparação entre o resultado esperado e o efetivamente atingido (LEAL JR., 2010). Por fim, definem-se medidas como uma combinação de indicadores de forma lógica e matemática, que objetiva trazer maior coerência aos atributos utilizados (LEAL JR., 2010).

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3 - Metodologia

Para viabilizar a construção do conhecimento e o alcance do objetivo proposto, realizou-se uma pesquisa de natureza aplicada, de abordagem qualitativa, de objetivo descritivo e com utilização de procedimento bibliométrico.

Deste modo, em conformidade com o propósito de levantar indicadores aplicáveis à cadeia de suprimentos que auxiliem na avaliação das empresas quanto ao desenvolvimento sustentável nos aspectos socioambientais e financeiro-econômicos, pode-se caracterizar a natureza deste estudo como aplicada, uma vez que, segundo Gil (2008), este tipo de pesquisa “tem como característica fundamental o interesse na aplicação, utilização e consequências práticas dos conhecimentos”.

De acordo com Teixeira (2005), a pesquisa qualitativa é baseada em métodos associados às ciências sociais e nela “o pesquisador procura reduzir a distância entre a teoria e os dados, entre o contexto e a ação, usando a lógica da análise fenomenológica, isto é, da compreensão dos fenômenos pela sua descrição e interpretação”. Com base nesta definição, caracteriza-se o tipo desta pesquisa como de cunho qualitativo, uma vez que, após o levantamento, a análise dos indicadores se deu por meio da interpretação e da avaliação de sua aplicabilidade no contexto da cadeia de suprimentos de acordo com as propostas indicadas nos estudos selecionados.

No que se refere ao objetivo da pesquisa, este estudo pode ser classificado como descritivo, já que visa levantar um conjunto de indicadores que sirva como base aplicável à mensuração da sustentabilidade da cadeia de suprimentos nas empresas. Essa classificação está em conformidade com a conceituação de Gil (2002), que elucida que “as pesquisas descritivas têm como objeto primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre as variáveis”.

No que tange aos procedimentos técnicos, Yoshida (2010) afirma que a pesquisa bibliométrica, em sua essência, consiste em uma metodologia de contagem sobre conteúdos bibliográficos, haja vista que o foco refere-se à quantidade de vezes em que os termos pesquisados aparecem nas publicações ou a quantidade de publicações que contenham os termos rastreado, conforme realizado no primeiro momento da coleta de dados deste trabalho. Partindo do proposto pelo tripé da sustentabilidade, foram definidos os aspectos norteadores do estudo, estabelecendo-se a busca por indicadores ambientais, sociais e econômicos, posteriormente organizados em dois blocos, a saber: Socioambiental e Econômico-financeiro. Partindo da definição dos aspectos, a fim de garantir a confiabilidade de informações e fontes de dados mais sólidas no que concerne aos indicadores dos grupos mencionados, foi realizada uma pesquisa prévia das principais bases acadêmicas disponíveis, e com os resultados encontrados, optou-se por utilizar prioritariamente as bases Periódicos CAPES, Scielo, Spell e Science Direct, devido a quantidade significativa de artigos relacionados ao tema de pesquisa encontrados nas referidas bases. Apesar desta definição, devido à dificuldade de encontrar indicadores que ofereçam medidas práticas para a mensuração da sustentabilidade corporativa, foram utilizadas outras fontes de pesquisa para obtenção de informações mais completas, como: Periódicos UNB, Repositório FVG de Periódicos e Revistas, Repositório USP, ANPAD, Biblioteke Virtual, Inderscience, Portal de Periódicos da Sustenere Publishing Corporation, RGSA - Revista de Gestão Social e Ambiental, WCED, Revistas UNG, Periódicos UFSM e Repositório UFRJ (Espaço e Energia).

A coleta de dados foi realizada em duas etapas. Na primeira, seguindo os procedimentos da pesquisa bibliométrica, utilizou-se como palavras-chave: Indicadores, sustentabilidade, indicadores de sustentabilidade, cadeia de suprimentos e indicadores de sustentabilidade na cadeia de suprimentos. Partindo deste ponto, foram identificadas iniciativas de mensuração de sustentabilidade. Algumas dessas iniciativas são: Barômetro de sustentabilidade, Métricas do

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Instituto dos Engenheiros da Inglaterra (ICheme), Índice Dow Jones (DJSI), Global Reporting

Initiative (GRI), Pegada Ecológica, Comissão para Desenvolvimento Sustentável da ONU

(CSD), tripple bottom line (TBL), Indicadores Ethos de responsabilidade Social Empresarial e

Dashboard de Sustentabilidade (DS).

Na segunda etapa da coleta de dados, foram utilizados como palavras-chave os referenciais supracitados a fim de verificar os indicadores propostos por cada um deles. Com base nisto, definiu-se a utilização do GRI como modelo para realização da proposta do estudo de levantar indicadores de sustentabilidade, fundamentando-se em sua relevância e contribuição no sentido de auxiliar as empresas na avaliação de desempenho e na mensuração dos impactos ambientais, econômicos e sociais decorrentes de suas atividades.

A coleta de dados foi realizada em um período de oito meses e para direcionar a análise de todo o material reunido, foram selecionados, prioritariamente, àqueles que apresentam indicadores tabelados e os que contêm medidas de mensuração, objetivando avaliar a relevância e enquadramento dos indicadores na Cadeia de Suprimentos de acordo com suas respectivas categorizações.

Por fim, após as análises dos materiais, a apresentação dos dados foi organizada no formato de uma tabela de indicadores, cujos componentes são estruturados por meio das categorias de aspectos, atributos e indicadores considerados aplicáveis à cadeia de suprimentos, em conformidade com seu contexto, seus processos e, principalmente, com as propostas apresentadas pelas iniciativas encontradas na literatura, especialmente as recomendadas pelo GRI.

4 - Resultados e Conclusões

A Tabela 1 apresenta o quantitativo dos resultados obtidos na primeira etapa do levantamento bibliográfico, este que se deu por meio de uma pesquisa baseada em palavras-chave relacionadas ao tema discutido, assim como exposto anteriormente na metodologia.

Tabela 1 – Palavras-chave e resultados encontrados em diferentes bases de dados

Palavras-chave Bases

Periódicos CAPES Scielo Spell Science Direct Outras*

Indicadores 67.705 13.638 374 13.072 8.454 Sustentabilidade 11.205 2.092 570 797 4.513 Cadeia de Suprimentos 842 185 75 352 4.618 Indicadores de Sustentabilidade 2.224 242 25 297 2.000 Indicadores de Sustentabilidade na Cadeia de Suprimentos 79 1 0 52 1.399

Fonte: Autoria Própria.

*outras:Periódicos UNB, Repositório FVG de Periódicos e Revistas, Repositório USP, ANPAD, Biblioteke Virtual, Inderscience, Portal de Periódicos da Sustenere Publishing Corporation, RGSA - Revista de Gestão Social e Ambiental, WCED, Revistas UNG, Periódicos UFSM e Repositório UFRJ (Espaço e Energia).

É válido ressaltar que os conceitos referentes aos aspectos e atributos estão presentes em diversos estudos e podem ser abordados de formas distintas, o que pode gerar dúvidas quanto a sua interpretação. Por essa razão, encontra-se a necessidade de elucidar aqueles que são apresentados neste artigo, na Tabela 2.

No que concerne aos aspectos socioambientais, são encontrados atributos como empregabilidade, saúde pública, poluição, energia, consumo de produtos, conformidade com leis, ecoeficência e saúde e segurança. A empregabilidade está relacionada ao aspecto social e

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se refere à quantidade de demanda por mão de obra, compreendendo assim, indicadores que medem a geração de empregos. A saúde pública, neste contexto, também abrange questões sociais e está ligado a situações que podem provocar uma maior incidência de doenças na sociedade, comprometendo o seu nível de qualidade de vida. Quando se fala em água como um atributo ambiental, têm-se a medição de sua reutilização pelas empresas, evitando desperdícios e, muitas vezes, contribuindo também para a redução de custos.

Divide-se o atributo poluição em: poluição do ar, da água, do solo, visual e sonora, sendo os três primeiros considerados de cunho ambiental, e os dois últimos de cunho social. A poluição do ar é um atributo que envolve as emissões de gases de efeito estufa, tais como: o dióxido de carbono (CO2), óxido nitroso (N2O) e o gás metano (CH4). A poluição da água e do solo diz

respeito à gestão do uso da água e ao descarte de resíduos em local ou de maneira inadequada, o que pode causar danos ao meio ambiente e consequente prejuízo à imagem da organização. Já a poluição visual se refere ao excesso de resíduos descartados em um ambiente de maneira a causar incômodos à população à volta por meio dos odores e da sujeira com que a população fica exposta. Por fim, medir a poluição sonora tem como finalidade quantificar a intensidade da emissão de ruídos emitidos por modos de transportes e empresas, uma vez que estes afetam não só a saúde da população como podem também atrapalhar as atividades do cotidiano dos cidadãos devido aos barulhos altos decorrentes dos processos produtivos das organizações. O atributo energia refere-se à eficiência energética das organizações por meio da medida da quantidade efetivamente utilizada em comparação com a quantidade de energia demandada. Consumo de produtos é o atributo associado à geração de resíduos de um determinado produto. A ecoeficiência traz uma visão a respeito de reuso, reciclagem e uso de embalagens ecoeficientes, em outras palavras, embalagens que utilizam menos recursos e geram menos resíduos.

O atributo saúde e segurança visa avaliar a gestão destas duas variáveis, acompanhando a frequência com que ocorrem acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais, encaixando-se, dessa forma, no âmbito social. O atributo conformidade com leis engloba indicadores que visam medir, por exemplo, quantas licenças e certificações ambientais a empresa tem e, das suas áreas ocupadas, quantas estão dentro das leis.

Nos aspectos econômico-financeiros destacam-se os atributos: custo, receita e tempo. A variável de Custo está em todos os processos de gestão e abrange alguns dos atributos já citados. Desta forma, este atributo faz referência aos custos de energia, de transporte, de reutilização de produtos e custo do descarte correto de resíduos.

O atributo receita refere-se aos resultados financeiros oriundos de uma operação. E, por fim, o Tempo é o atributo que se refere à avaliação da capacidade de realizar uma operação no menor tempo possível, pois se entende que quanto maior o tempo, maior será o custo.

Na Tabela 2 são apresentados 32 indicadores de sustentabilidade que podem ser utilizados pelas empresas para mensurar seu desempenho segundo os aspectos socioambiental e econômico-financeiro. Com base em uma análise quantitativa, observa-se que 75% dos indicadores da Tabela 2 são socioambientais, enquanto 25% enquadram-se como econômico-financeiros. No aspecto socioambiental, 58% dos atributos são relativos ao meio ambiente e os outros 42% dedicam-se à área social. Entretanto, quando se trata da quantidade de indicadores propriamente dita, nota-se uma diferença maior entre os dois aspectos pesquisados, sendo apresentados 75% voltados à medição do desempenho da sustentabilidade no aspecto ambiental e apenas 25% ao aspecto social. A grande diferença percentual de

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indicadores sociais e econômico-financeiros em detrimento dos ambientais se justifica pelo foco do trabalho ser a mensuração da sustentabilidade na cadeia de suprimentos, cujas atividades causam maiores impactos diretamente associados à natureza, seja por meio da emissão de gases nocivos, da utilização excessiva dos recursos naturais, poluição no solo, ar ou água, entres outras consequências provenientes dos processos produtivos da cadeia. Desta forma, apesar de haver na literatura pesquisada diversos indicadores e propostas que apresentam medidas de desempenho organizacional pelo viés social e econômico-financeiro, foram apresentados na Tabela 2 apenas aqueles considerados como de maior aplicação ao contexto da Cadeia de Suprimentos, em conformidade com o objetivo da pesquisa.

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Tabela 2 (a) - Indicadores de sustentabilidade associados à Cadeia de Suprimentos.

Fonte: Autoria Própria.

Aspectos Atributos Indicadores Unidades Medidas Unidade Autores

So cio am b ien tal

Energia Consumo de energia kWh Consumo de energia/Volume de

demanda kWh/m3

IPCC (2014); ALVES e NASCIMENTO (2014); POPOVIC et al. (2013); NASCIMENTO et al. (2011); JACOBI e BESEN (2011); LEAL JR. (2010); DELAI e TAKAHASHI (2008); RENN et al. (2007); FIESP (2003);

BALKEMA et al. (2002); ALIGLERI et al. (2002)

Poluição Sonora

Intensidade de ruídos

oriundos de transportes dB

Intensidade de ruído/Distância

percorrida dB/km

MAHJOURI et al. (2017); IPCC (2014); CURIEL-ESPARZA et al. (2014); PAN et al. (2014); GUABIROBA (2013); LEAL JR. (2010); LINTON et al. (2007); DALAL-CLAYTON e BASS (2002); BALKEMA

et al. (2002); ALIGLERI et al. (2002) Intensidade de ruídos

oriundos de empresas dB

Intensidade de ruído/Faixa de

frequência dB/Hz

Empregabilidade Geração de empregos Qtde

Geração de empregos/Período de tempo Geração de Empregos/Volume de serviços Qtde/mês Qtde/vol

MAHJOURI et al. (2017); LEONETI et al. (2016); WILSON et al. (2015); IPCC (2014); ABRELPE (2014); ABRELPE (2015); BENASSULY (2014); HOORNWEG e BHADA-TATA (2012), MORET et al. (2009); DELAI e

TAKAHASHI (2008); RENN et al. (2007)

Poluição do ar por Gases de Efeito Estufa Emissão de dióxido de carbono (CO2) kg Emissão de CO2/Frequência Emissão de CO2/Capacidade de processamento

Emissão de CO2/Período de tempo

kg/Hz kg/m2 kg/mês

IPCC (2014); LIU et al. (2014); POPOVIC et al. (2013); GUABIROBA (2013); HOORNWEG e BHADA-TATA (2012); WANG et al. (2011); JACOBI e BESEN (2011);

LOZANO e HUISINGH (2011); LEAL JR. (2010); BRITO e BERNARDI (2010); MORET et al. (2009); DELAI e TAKAHASHI (2008); RENOU et al. (2008); MUGA e MIHELCIC (2008); GUISASOLA et al. (2008);

FERNANDES et al. (2008); RENN et al. (2007) Emissão de óxido nitroso

(N2O) kg

Emissão de N2O/Frequência Emissão de N2O/Capacidade de

processamento

Emissão de N2O/Período de tempo

kg/Hz kg/m2 kg/mês Emissão de gás metano (CH4) kg Emissão de CH4/Frequência Emissão de CH4/Capacidade de processamento

Emissão de CH4/Período de tempo

kg/Hz kg/m2 kg/mês Volume de dióxido de

carbono (CO2) emitidos por transportes

(12)

Tabela 2 (b) - Indicadores de sustentabilidade associados à Cadeia de Suprimentos.

Aspectos Atributos Indicadores Unidades Medidas Unidade Autores

So cio am b ien tal

Saúde Pública Nível de qualidade

de vida IDH

Nível de qualidade de

vida/área geográfica IDH/m2

DEUS et al. (2015); IPCC (2014); HOORNWEG e BHADA-TATA (2012); JACOBI e BESEN (2011); UN-HABITAT (2010)

Poluição da água e do solo Consumo de água na operação Litros Quantidade de consumo de água/Período de tempo L/mês

SAUVÉ et al. (2016); ALVES e NASCIMENTO (2014); BENASSULY (2014); GUABIROBA (2013); HOORNWEG e BHADA-TATA (2012); JACOBI e BESEN (2011); WANG et al.

(2011); LEAL JR. (2010); MORET et al. (2009); JACOBI e BESEN (2006); DELAI e TAKAHASHI (2008); IBGE (2008);

GUISASOLA et al. (2008); RENOU et al. (2008) Quantidade de gorduras descartadas em afluentes e esgotos Litros Quantidade de gordura/Capacidade de tanque/Período de tempo L/m2/mês Consumo de produtos Quantidade de gorduras em aterros sanitários kg Quantidade de gordura/Área geográfica kg/m2 Poluição Visual Quantidade anual de resíduos sólidos gerados (lixo, dejetos, entulho etc.)

Toneladas t/ano ou t/unidade

produzida T/Ano

ETHOS (2016); ABRE (2011); JACOBI e BESEN (2011); MARCHI (2011); POLAZ e TEIXEIRA (2009); CAMPOS e

MELO (2008); DELAI (2006); FIESP (2003); Resolução nº 44/228 Produção de resíduos kg Quantidade de resíduos gerados/Área geográfica/Período de tempo kg/m2/ano

DEUS et al. (2015); ABRELPE (2014); NASCIMENTO et al. (2014); POPOVIC et al. (2013); GUERRERO et al. (2013); HOORNWEG e BHADA-TATA (2012); JACOBI e BESEN (2011); ARAUJO et al. (2010); UN-HABITAT (2010); MORET et

al. (2009); GUABIROBA (2009); RENOU et al. (2008); FERNANDES et al. (2008); DELAI e TAKAHASHI (2008); RENN et al. (2007); PNRS (2010); UTLU e KOÇAK (2008); POKHREL e VIRARAGHAVAN (2005); BALKEMA et al.

(2002) Área ocupada por

resíduos m2

Área ocupada/Espaço

disponível Adimensional

MAHJOURI et al. (2017); GUABIROBA (2013); LEAL JR. (2010); ALIGLERI et al. (2002)

(13)

Tabela 2 (c) - Indicadores de sustentabilidade associados à Cadeia de Suprimentos.

Aspectos Atributos Indicadores Unidades Medidas Unidade Autores

Soci oa m b ien ta l

Água Volume de água

reutilizado m3

m3/unidade produzida m3/ano

m3/unidade m3/ano

MONTE e ALBUQUERQUE (2010); LEAL JR. (2010); CAMPOS e MELO (2008); DELAI (2006); FIESP (2003); HESPANHOL (2002); MIERZWA e HESPANHOL (2000) Biodiversidade Extensão de áreas da organização em áreas legalmente protegidas Hectar Hectares Hm2

ARAÚJO e ALMEIDA (2003); CAMPOS e MELO (2008); DELAI e TAKAHASHI (2008);

GASPARINO e RIBEIRO (2007); DELAI (2006); GRI (2006); FIESP (2003) Número de penalidades em caso de não conformidade com questões ambientais Qtde Nº Unidade Conformidade com leis Licenças ambientais

obtidas Qtde Nº Unidade CAMPOS e MELO (2008); FIESP (2003)

Ecoeficiência

Certificações ambientais

obtidas Qtde Nº Unidade

AVILA e PAIVA (2006); CAMPOS e MELO (2008); POMBO e MAGRINI (2008); FIESP

(2003); NAHUZ (1995) Taxa de reuso kg kg de resíduos reutilizados/kg de resíduos gerados kg/kg

Embalagens ecoeficientes % % (unid. faturadas emb.

ecoef./un. Faturadas totais %

Taxa de reciclagem kg kg de resíduos reciclados/kg de resíduos gerados kg/kg Saúde e Segurança Acidentes com afastamento Qtde [(n. de acidentes com afastamento/n. de funcionários)*100] %

ETHOS (2016); DELAI e TAKAHASHI (2008); PERES e LIMA (2008); DELAI (2006);

SAURIN et al. (2002)

(14)

Tabela 2 (d) - Indicadores de sustentabilidade associados à Cadeia de Suprimentos.

Aspectos Atributos Indicadores Unidades Medidas Unidade Autores

Ec onômi co -fina n ce iro Custo

Custo de energia R$ Custo de energia/período de tempo R$/mês

MAHJOURI et al. (2016); LEONETI et al. (2016); GUABIROBA (2013); LEAL JR.

(2010); MORET et al. (2009); DELAI e TAKAHASHI (2008) Custo de transporte R$ Custo de transporte/distância percorrida R$/km Custo de reutilização de produtos R$ Custo de operação/período de tempo R$/mês Custo de descarte de resíduo em aterro R$ Custo de operação/quantidade transportada R$/Qtde Unidade de Custo Ambiental R$

UCA = CAB (Custo Ambiental de Produção) /UPP (Unidades

Produzidas no Período)

R$/um FIESP (2003); JUNQUEIRA e MORAES (2000)

Custo Ambiental

de Produção R$

CAP = CA (Custo Ambiental)/CTP

(Custo total de Produção) R$/R$

FIESP (2003); JUNQUEIRA e MORAES (2000)

Receita Receita adquirida

com a operação R$

Receita de operação/período de

tempo R$/mês

NASCIMENTO et al. (2011); LEAL JR. (2010); GUABIROBA (2009) Tempo Tempo de

operação Dia

Tempo de operação/quantidade de

demanda Dia/Qtde LEAL JR. (2010)

(15)

5 - Considerações finais

De acordo com a crescente relevância e atenção que o tema sustentabilidade e os instrumentos utilizados para sua mensuração têm obtido, identificou-se o desafio de mensurar o desenvolvimento sustentável por parte das organizações, o que conduziu o presente estudo à finalidade de levantar indicadores aplicáveis à cadeia de suprimentos que auxiliem na avaliação das empresas quanto ao desenvolvimento sustentável nos aspectos socioambientais e econômico-financeiros.

Como resultado da pesquisa, foram disponibilizados 32 indicadores, divididos por seus respectivos aspectos e atributos, que servem como parâmetros práticos de medidas de desempenhos de sustentabilidade nas organizações e suas respectivas Cadeias de Suprimentos. Com base nisto, destaca-se a contribuição do estudo enquanto diretriz para a avaliação de práticas sustentáveis adotadas pelas empresas, bem como das ferramentas já utilizadas, além da possibilidade de implementação de novos recursos baseados nos indicadores propostos, nos aspectos sociais, ambientais e econômicos.

Pode-se considerar como limitação do estudo a dificuldade de encontrar indicadores que apresentassem formas práticas de mensurar a sustentabilidade das organizações, indicando as unidades e medidas adequadas para atingir este propósito. A diferença nas quantidades de indicadores entre os dois aspectos abordados justifica-se no fato de que não se pretendeu esgotar o tema ou apresentar todos os indicadores existentes na literatura, uma vez que a intenção principal da proposição consiste em fornecer referências claras e sólidas que contribuam para a adoção de práticas de mensuração da sustentabilidade nas organizações, especificamente na cadeia de suprimentos.

Neste sentido, vale ressaltar ainda a questão da subjetividade no julgamento de indicadores considerados como aplicáveis em uma Cadeia de Suprimentos e, principalmente, a ausência de um consenso na literatura acerca do conceito de sustentabilidade, uma vez que há uma grande variedade de definições e propostas distintas no que concerne a sustentabilidade empresarial, sem que haja um consenso representativo de quais fatores e considerações são preponderantes.

Como sugestão para estudos futuros, indica-se a necessidade da avaliação entre a teoria e a prática, por meio da realização de um estudo de caso com delineamento prático que busque a implementação dos indicadores sugeridos nesta pesquisa no contexto organizacional, na cadeia de suprimentos, em que poderá ser verificada a aplicabilidade dos indicadores apresentados na avaliação dos aspectos propostos.

Outra oportunidade encontrada apoia-se na identificação de mais indicadores que reflitam os principais problemas incorridos ao meio ambiente e à sociedade a fim de auxiliar os gestores a mensurar o impacto e a gravidade das ações da organização, possibilitando assim o trabalho orientado diretamente ao que é considerado prioridade e emergencial para atingir a sustentabilidade corporativa.

Diante da complexidade de mensurar a sustentabilidade e de encontrar mecanismos padronizados que efetivamente apresentem maneiras de medir os efeitos provocados pelos processos produtivos das organizações, a pesquisa cumpriu seu objetivo de levantar indicadores aplicáveis à cadeia de suprimentos que auxiliem na avaliação das empresas quanto ao desenvolvimento sustentável nos aspectos socioambientais e econômico-financeiros.

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(22)

Anexo I

Tabela 3 (a) – Referências bibliográficas utilizadas na pesquisa.

Base/Fonte de Dados Título do trabalho Tipo Título da Revista/Congresso Volume Número Ano Referência Autor Ano

ABRELPE - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos

Especiais

Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil Relatório - - - 2014 ABRELPE (2014)

ABRELPE - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos

Especiais

Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil Relatório - - - 2015 ABRELPE (2015)

ANPAD - Associação Nacional de Pós-graduação e

Pesquisa em Administração

Responsabilidade Social na Cadeia Logística: uma Visão Integrada para o Incremento da

Competitividade

Artigo vinculado à anais de congresso

Encontro de Estudos

Organizacionais - - 2002 ALIGLERI et al. (2002)

Scielo Green Supply Chain: protagonista ou coadjuvante no Brasil?

Artigo vinculado à revista

Revista de Administração de

Empresas 54 5 2014 ALVES; NASCIMENTO (2014) Portal de Periódicos da

Sustenere Publishing Corporation

Utilização de Indicadores de Biodiversidade em Relatórios de Sustentabilidade de Empresas do

Setor Elétrico Brasileiro

Artigo vinculado à revista

Revista Ibero‐

Americana de Ciências Ambientais 4 2 2003 ARAUJO; ALMEIDA (2003)

Periódicos CAPES Economic assessment of biodiesel production from waste frying oils

Artigo vinculado

à revista Bioresource Technology 101 - 2010 ARAUJO et al. (2010)

Scielo

Processos Operacionais e Resultados de Empresas Brasileiras Após a Certificação Ambiental ISO

14001

Artigo vinculado

à revista Gestão & Produção 13 3 2006 AVILA; PAIVA (2006)

Periódicos CAPES Indicators for the sustainability assessment of wastewater treatment systems

Artigo vinculado

à revista Urban Water 4 2 2002 BALKEMA et al. (2002)

Repositório UFF

Política pública para produção de biodiesel a partir da coleta seletiva do óleo residual de fritura: estudo de caso do Programa de reaproveitamento do óleo

comestível do Estado do Rio de Janeiro

Dissertação de

mestrado - - - 2014 BENASSULY (2014)

Periódicos CAPES Gestão de resíduos sólidos na região metropolitana de São Paulo

Artigo vinculado

à revista São Paulo em Perspectiva 20 2 2006 JACOBI; BESEN (2006)

Referências

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