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A Prática de Pesquisa com Tematização a História de Guarapuava no Ensino da Geografia

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Academic year: 2021

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A Prática de Pesquisa com Tematização a História de Guarapuava no

Ensino da Geografia

Tatiane Wouk1 Edivaldo Geffer2 Aline Martins da Cruz³ 1Bolsista IC CNPq/PIBIC. Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná - UNICENTRO edivaldo_geffer@hotmail.com ²Bolsista IC CNPq/PIBIC. Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná

-UNICENTRO tatianewouk@hotmail.com ³Bolsista IC CNPq/PIBIC. Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná –

UNICENTRO alinemartins_1992@hotmail.com INTRODUÇÃO

O ensino de geografia proporciona aos alunos uma compreensão ampla dos aspectos histórico dos locais onde estes residem, o que relaciona não só aspectos, econômicos, mas como também no que diz respeito aos diferentes pontos de vista do uso e ocupação de determinado território, abrangendo aspectos culturais, sociais, religiosos, entre outros.

Neste sentido a prática de pesquisa e o ensino de geografia podem levar os alunos a compreender de maneira crítica-construtivista a história da cidade onde moram, fazendo com que estes dominem categorias, conceitos e procedimentos básicos desta disciplina. Possibilitando aos alunos a compreensão não apenas das relações socioculturais e o funcionamento que historicamente pertence, mas também conhecer e saber utilizar uma forma singular de praticar a pesquisa em sala de aula, explorando o conhecimento cultural dos mesmos.

O município de Guarapuava no Paraná, acrescentou novos valores aos costumes dos índios, que ocupavam o território e viviam de coletas de frutas, da pesca, e de caça

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de animais e com passar do tempo sofreram diversas influências da colonização Europeia. A cultura dos portugueses, espanhóis, e outros povos foram sendo enraizadas na história de Guarapuava. Ao passar dos anos foi chegando cada vez mais novas culturas como japonesas, ucranianas, italianos.

Assim, a cidade de Guarapuava é uma grande composição cultural influenciada por grupos que se deslocaram de suas cidades, países ou estados por variados motivos. Essa mistura toda resulta na cultura Guarapuavana, manifestada e representada na arquitetura, na culinária, no artesanato, na literatura, e na música. Esta pesquisa foi importante para que os alunos, viessem a conhecer melhor a história do lugar de onde vivem, sendo importante para valorizar a realidade do aluno e permitir o conhecimento da cultura regional.

Entretanto o ensino de geografia pode levar os alunos a compreender de forma mais ampla a história de Guarapuava, na qual possibilita que nela interfiram de maneira consciente e propositiva, porém, é preciso que os educandos adquiram conhecimento sobre o conteúdo a ser administrado, e dominem categorias, conceitos e procedimentos básicos a qual este campo de conhecimentos básicos opera e constitui suas teorias e explicações, de modo a poder não apenas compreender as relações socioculturais e o funcionamento que historicamente pertence, mas também conhecer e saber utilizar uma forma singular de praticar a pesquisa em sala de aula, através do conhecimento cultural de seus alunos.

Segundo Pandim (2006), dentro da sala de aula é importante considerar a utilização de recursos, métodos, linguagem diversificada a fim de enriquecer e facilitar o processo de ensino- aprendizagem. O dinamismo no ensino quando aplicado de maneira elaborada e objetiva pode desenvolver habilidades que se agregam ao conhecimento e as experiências dos alunos.

Para Gadotti (1992), todo ser humano é capaz de aprender e de ensinar, no processo de construção do conhecimento, todos os envolvidos aprendem e ensinam. Através processo de ensino-aprendizagem na escola é mais eficaz quando o aluno participa da forma pratica, na construção do seu conhecimento e não apenas teoriza o que seu educador está falando.

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Há preocupação em direcionar o ensino da história de forma a favorecer desenvolvimento da consciência histórica, cuja essência é possibilitar ao aluno entender seu presente a partir do passado e estabelecer perspectivas para o futuro (RÜSEN, 2006 p.14). Preocupa-se em dar ao aluno o entendimento de porquê e para que ele estudar a história e a cultura de sua cidade.

Segundo Paulo Freire pesquisar o que não conhece e comunicar a novidade ao aluno é uma das atribuições do educador (FREIRE, 1998p.32). O autor nos fala que nós como professores devemos buscar novas informações para passar aos nossos alunos como uma forma de pesquisa elaborada por eles.

Para Libâneo (1992), “a escola é mediadora entre o aluno e o mundo da cultura e cumpre esse papel pelo processo de transmissão e assimilação crítica dos conhecimentos, inseridos no movimento de prática social concreta dos homens, que é objetiva e histórica.” É neste contexto que é necessário que o professor aprenda a abordar todos os aspectos, ligações e mediações inerentes à ação pedagógica, sendo assim com o desenvolvimento de suas atividades docentes introduzirem a dimensão da pratica histórica e crítica no processo da construção do conhecimento.

De acordo com Cavalcanti (2002), “da relação do professor de geografia com o objetivo do estudo da matéria e que compõe o quadro de seus saberes da experiência, é o uso que ele faz do livro didático”. Este professor que se encontra em sala de aula, na maioria das vezes tem certa dependência do livro didático que é enviado pelo governo estadual ou federal, depois de escolhido pelos próprios professores. Muitos professores se sentem acomodados com a facilidade de ter os conteúdos prontos, à sua disposição e não vão busca de novos materiais minimizando assim as possibilidades de aprendizagem dos alunos.

Segundo Cavalcanti (2002), o ensino escolar “é um processo que contém componentes fundamentais e entre eles há de se destacar os objetos, os conteúdos e os métodos”. Um dos objetivos da escola, e também da geografia, é formar valores, ou seja, respeito aos outro, respeito ás diferenças, combate às desigualdades e as injustiças sociais.

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Diante disso o presente trabalho teve como objetivo relatar a experiência que tivemos durante a realização do estágio, em relação à prática de pesquisa dos alunos em sala de aula sobre a história, lendas e crenças culturais da cidade de Guarapuava localizada no Estado do Paraná.

Objetivo

Relatar a experiência que tivemos durante a realização do estágio, em relação à prática de pesquisa dos alunos em sala de aula.

METODOLOGIA

Este trabalho teve como etapa inicial a leitura de referencial teórico, com revisão bibliográfica sobre os conceitos de ensino de geografia, metodologia, educar pela pesquisa. Num segundo momento foi realizada a pesquisa prática no Colégio Estadual Cristo Rei, no 6°ano B com 32 alunos,nos dias 14/10/2013 e 21/10/2013, a partir da aplicação de um projeto no ensino de geografia. Foram lecionadas aulas com metodologias de ensino diferenciadas, sendo algumas aulas expositivas, com apresentação de vídeo e realização de debates informais com alunos e professores. Outro procedimento de coleta de dados para este artigo foi a observação da realidade da escola, permitindo ampliar o conhecimento sobre a escola local. Por último foi realizada a análise da prática debatendo o aprendizado dos alunos diante desta metodologia de ensino diferenciada, comparando as leituras com a prática.

A pesquisa foi participante individual, e em grupo em uma análise qualitativa. Na primeira aula fizemos um resgate histórico da história de Guarapuava, em seguida fizemos a divisão dos alunos em grupos com quatro membros, com o objetivo que os mesmos estudassem e pesquisassem sobre lendas, história, contos e cultura dos habitantes de Guarapuava e trouxessem para o próxima aula, para que elaborassem um material que relacionasses os aspectos citados a cima como- desenhos, textos e recorte

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de figuras, após passamos um vídeo denominado: os 200 anos de história de Guarapuava e fizemos uma breve reflexão e comentamos sobre o vídeo.

Na segunda aula, todos eles trouxeram a pesquisa com as histórias, culturas, lendas, e culinárias da região de Guarapuava e formamos os grupos novamente para elaborarem um livro com os materiais pesquisados por eles, pedimos a eles que pegassem folhas de sulfite e dobrarem em dois, colocassem o que eles pesquisaram nas folhas, ilustrassem com desenhos,textos recorte de figuras,fizessem a capa do livro com cartolina, após eles terminaram a atividade. Foi Exposto em sala para que todos pudessem ver. A realização deste trabalho demonstraram que todos os alunos participaram da atividade proposta, destacando-se que estes foram bem criativos na elaboração dos matérias, o que revela uma aceitação da atividade.

Quanto à metodologia usada para desenvolver as aulas de geografia, nos futuros professores procuremos usar metodologias diversificadas variando nossos trabalhos em sala de aula, pois estamos preocupados com a aprendizagem dos alunos e a qualidade de ensino. De acordo com a nossa pesquisa, as metodologias mais utilizadas foram aulas expositivas, vídeos e trabalhos, nos quais os alunos podem interagir e vivenciar o trabalho da sala de aula com práticas.

RESULTADOS

Cabe aos professores vencer o pensamento da geografia que há muito tempo foi repassada nas escolas, como forma de manutenção da sociedade hierarquizada. Para isso é preciso instigar a curiosidade do aluno para que ele possa trazer suas contribuições para a sala de aula, gerando um espaço onde haja trocas de conhecimentos, diálogos e contato com realidades diferentes. Essas possibilidades não podem ser desperdiçadas, pois a escola deve possibilitar situações para que o educando desenvolva a sua autonomia, adquirindo criticidade para se posicionar diante dos desafios.

Por meio da pesquisa foi possível observar as dificuldades encontradas na prática docente, diante da falta de materiais na escola, para a elaboração de aulas agradáveis com melhor aproveitamento de aulas diferenciadas, mas mesmo assim nos

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mostra a satisfação de compartilhar o conhecimento que nossos futuros alunos adquirem durante suas atividades elaboradas por eles, trazendo paras as salas de aulas ideias no ensino de geografia.

Constatamos que através pesquisa os conteúdos de geografia trabalhados de forma a atender as necessidades dos alunos, possam a utilizar recursos didáticos disponíveis aos alunos em sala de aula e de suas casas, fazendo com que o aluno desperte o interesse e a criatividade. Diante disso com a experiência que tivemos em vivenciar-nos poucos dias de aula, percebemos que há algo importante na geografia que podemos passar para os alunos de forma criativa, dando espaço para que eles trabalhem seu conhecimento através de suas pesquisas.

REFERÊNCIAS

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e prática de ensino. Goiânia: Alternativa, 2002.

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FREIRE. Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo. Paz e Terra. 8ªed. 1998.170p.

GADOTTI, Moacir. Diversidade Cultural e Educação para Todos. Juiz de Fora: Graal.1992. p. 21, 70.

LIBÂNEO, José Carlos. A Democracia da Escola Pública. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

PANDIM, A, R. Oficina pedagógica de cartografia: uma proposta metodológica para o ensino de geografia. Universidade Estadual de Londrina. 2006.

RÜSEN, Jorn. A Didática da História: passado, presente e perspectivas a partir do caso alemão. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v.1, n. 2, p.07-16, jul-dez. 2006.

Outras fontes;

200 anos de Guarapuava disponível em

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