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Template for Submissions. André Elia Neto, em nome da UNICA União da Indústria da Cana de Açúcar.

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Academic year: 2021

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Template for Submissions General

Contact name: André Elia Neto, em nome da UNICA – União

da Indústria da Cana de Açúcar. Affiliation / Organisation

Location of project/policy/practice São Paulo, São Paulo, Brasil

Other details A UNICA - União da Indústria de Cana-de-Açúcar é a maior associação de produtores do setor de açúcar e bioetanol do Brasil. Com mais de 120 associadas, representa mais de 50% do etanol e 60% do açúcar produzidos no Brasil. Sua missão é desenvolver as condições para aperfeiçoar o ambiente institucional de modo a favorecer a competitividade do setor sucroenergético no Brasil, com uma visão setorial baseada em:

- Produção de energia e alimento sustentáveis para as pessoas;

- Contribuição para a sustentabilidade ambiental, social e econômica do país;

- Promoção da segurança energética e alimentar para o planeta.

Publications Gestão dos Recursos Hídricos na Agroindústria Canavieira

Link http://www.unica.com.br/documentos/public

acoes/

Details

Type of Example Trata-se de uma abordagem dos usos e reusos da água na indústria canavieira brasileira, se enquadrando no item ii) A practice or approach.

Status O exemplo está implementado parcialmente

na maioria das usinas brasileiras e em

algumas unidades plenamente implementado. Positive impacts for water quality Em relação à qualidade da água a “Gestão dos

Recursos Hídricos na Agroindústria

Canavieira”, indica a meta zero de lançamento de efluentes. A captação de água na indústria canavieira decresceu rapidamente por força da legislação ambiental e da iminente implantação do sistema de cobrança pela utilização de recursos hídricos, com a promulgação da constituição de 1988. A captação de água que era de 15 a 20 m3/t cana a cerca de três a quatro décadas passadas, decorrente dos circuitos de uso de água abertos, passa a ser minimizada com a racionalização do uso de água pela

reutilização e fechamento destes circuitos. Em média a captação de água para o processo industrial no setor é de 2,0 m3/t de cana. Considerando as perdas inerentes ao processo por evaporação e incorporação, o efluente final é bem menor, em torno de 1,0 m3/t cana,

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e também mais concentrado em matéria orgânica que no passado, possibilitando o reúso dos efluentes da lavoura de cana juntamente com a vinhaça, promovendo a fertirrigação.

Como resultado se reduz a pressão sobre os recursos hídricos e os custos associados ao tratamento de efluentes e custos decorrentes da cobrança pelo uso da água pelo

lançamento de carga orgânica. A DBO5 e a DQO associada remanescente ficam no solo canavieiro e a lâmina de água aplicada na lavoura na época de estiagem (a colheita da cana e a consequente produção industrial é feita no inverno) promove uma irrigação de salvamento das soqueiras ajudando no seu brotamento.

Os grandes beneficiários são os recursos hídricos que não recebem qualquer carga poluente remanescente, nem mesmo a limitada pela Lei ambiental, promovendo assim a qualidade das águas superficiais. Positive impacts for water availability Em relação à quantidade a água a “Gestão

dos Recursos Hídricos na Agroindústria Canavieira”, produz um grande impacto positivo com a meta de captação de 1,0 m3/t cana. Para fazer frente às necessidades do processo indústria de produção de açúcar e bioetanol, as usinas e destilarias tem um uso médio estimado em aproximadamente 22 m3/t cana. Como visto no passado este era o patamar de captação de água, pois a prática era lançar todo o efluente gerado sem se preocupar com o reúso. Atualmente isto não é o que ocorre na grande maioria das unidades produtoras do setor, devido às reutilizações da água nos vários circuitos, com ou sem

tratamento, e também à racionalização dos usos da água, a captação resulta bem menor, conforme o estágio tecnológico que a unidade industrial se encontre.

Apenas quatro grandes circuitos representam quase que 90% da necessidade de água industrial: as maiores porcentagens de uso de água estão associadas ao resfriamento de equipamentos, como evaporadores e cozedores (36%) e no resfriamento da destilaria com (dornas, caldo e

condensadores) cujo peso relativo é 35%. Também se tem um grande uso de água na

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lavagem de gases da chaminé (5%) e na lavagem de cana (10%), sendo que esta última operação vem diminuindo cada vez mais por força da não queima da palha da cana para sua colheita, o que implica na sua limpeza a seco (ou seja sem o uso de água).

Tendo-se em vista reduzir a pressão sobre os recursos hídricos, o setor estabeleceu como meta para captação de água o valor de 1,0 m3 para cada tonelada de cana processada. Em relação aos efluentes, a meta é zerar o seu lançamento através da utilização dos despejos na fertirrigação da lavoura conjuntamente com a vinhaça. Neste cenário, o consumo de água, que é a diferença entre o captado e o lançado, ficaria ao redor da captação, ou seja, 1 m3/t de cana. Na realidade este consumo é um pouco maior, pois a própria cana traz consigo cerca de 70% de água que indiretamente também é consumida no processo, mas isto não representa um uso de recursos hídricos e sim a utilização da própria água da cana, que poderia ser maximizada para um reúso mais nobre com tratamento terciário, inaugurando um conceito novo de produção de própria água para o processo industrial, ou seja, a “Usina de Água”, que fomentado por novas pesquisas, pode dar um salto tecnológico nesta questão.

Dados recentes indicam que a meta de captação de água de 1,0 m3/t cana já é uma realidade em grande parte das usinas. Assim pode-se dizer que o setor tende a um índice médio de reuso de 95%, isto é captação de apenas 1,0 m3 para reposição das perdas dos 22 m3 de água que necessita em recirculação. Tecnologias de ponta em desenvolvimento e, a serem desenvolvidas possibilitarão aproveitar melhor a água contida na cana, e

consequentemente a captação de água, podendo-se atingir um novo patamar de captação de água abaixo de 0,5 m3/t de cana processada, naturalmente com a viabilidade técnica e econômica destas novas tecnologias, podendo-se atingir um incide de reuso de água de 98%.

Reasons or main drivers for implementing the project/practice/policy

A maior motivação do projeto é a disponibilização de água para os demais setores justamente no período de estiagem. Como é de se esperar, o setor industrial canavieiro se destaca pela sua demanda de água frente a outros setores. Considerando-se

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dados do estado de São Paulo, o setor captava em 2007 cerca de 7% da água demandada pelos setores urbanos, irrigação e industrial, muito embora em 1990 a demanda fosse de cerca 13%, conforme estimado por ELIA NETO et all. (2009), mostrando assim que o setor já vinha praticando a “Gestão dos Recursos Hídricos na Agroindústria Canavieira”. Assumindo dados atualizados de produção de cana no estado de São Paulo (330 milhões de toneladas base safra 2012/13) e vazões captadas especificas da ordem de 1,26 m3/t cana (SMA-SP/ETANOL VERDE, 2013), a demanda absoluta de água do setor

canavieiro para uso industrial foi de cerca de 26,7 m3/s num período de 180 dias de safra, o que corresponde a uma demanda relativa aos demais setores de 9% da demanda total de 298,085 m3/s estimada para estado (CRH, 2013) no período de safra. No Estado se São Paulo, embora a produção canavieira tenha crescido cerca de 150% entre 1990 e 2012, a demanda absoluta de água pelo setor foi reduzida em cerca de 40% no mesmo período, demonstrando a maior eficiência na gestão de água pelo setor neste período. A demanda relativa do setor decresceu cerca de 30% no período, demonstrando um menor impacto do setor nos recursos hídricos propiciando uma disponibilização de água para os demais setores (industrial, urbano e rural). Key enabling factors O Brasil, localizado em sua maior parte na

Zona Intertropical, com domínio de climas quentes e úmidos, recebe chuva em cerca de 90% do seu território, normalmente variando de 1.000 a 3.000 milímetros anuais. A única grande área que foge a este padrão é o Sertão Nordestino, região que ocupa cerca de 10% do território nacional. O Brasil possui importantes excedentes hídricos, embora não haja um consenso sobre o assunto, estima-se que nosso país detenha algo entre 12% e 15% dos

recursos hídricos disponíveis no mundo. Nenhuma unidade federativa do Brasil

apresenta índices de disponibilidade inferiores a 1.000 m3 anuais por habitante, porém os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e o Distrito Federal, apresentam índices menores que 2.000 m3 anuais por habitante. A aparente abundância de água no Brasil tem sustentado uma cultura de desperdícios. Os problemas de

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abastecimento na atualidade ainda estão restritos a poucas áreas e decorrem da combinação de vários fatores, entre eles: da irregularidade das condições climáticas (Sertão do Nordeste); do crescimento do consumo e da degradação ambiental (grandes centros urbanos).

Neste sentido é necessário o desenvolvimento de técnicas e pesquisas que adiem, minimizem ou mesmo evitem o “estresse” hídrico no mundo. Podem-se delinear algumas alternativas, que certamente implicam em tomadas de decisão e investimentos: Redução do desperdício de água; P&D que minimize o consumo e evite o desperdício de água; Tratamento e reúso da água; e Preservação de mananciais e gestão de recursos hídricos. Achieved outcomes A retirada média atual de água,

principalmente nas usinas da região

canavieira do Centro Sul, é próximo a 2 m3/t cana, muito embora várias usinas já se situem em um maior patamar tecnológico, captando apenas 1 m3/t de cana com a “Gestão dos Recursos Hídricos na Agroindústria

Canavieira”.

No balanço de captação e utilização de água, o setor pratica um índice de reúso em seu processo industrial de 95%. Isto resulta numa menor pressão por novas fontes de

abastecimento de água, ao mesmo tempo em que a prática do reúso agrícola de despejos e resíduos na fertirrigação da lavoura de cana-de-açúcar contribui para a manutenção da qualidade dos mananciais, não recebendo o remanescente de poluição.

As recuperações e tratamentos dos despejos industriais das usinas e destilarias são

basicamente compostos por controles internos associados ao seu manejo e tipo de uso. As técnicas empregadas compreendem:

recirculação, reutilização de despejos, uso de equipamentos mais eficientes e de processos menos poluidores, bem como emprego da fertirrigação da lavoura. Como consequência tem-se: menor gasto com água e energia de bombeamento; maior aproveitamento da matéria-prima; menor gasto com o controle externo; aproveitamento dos nutrientes (potássio e nitrogênio) e da matéria orgânica na lavoura com ganhos de produtividade e melhoramento do solo.

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de cana é feito mediante decantação e o efluente do lavador de gases da chaminé por decantação-flotação. Efluentes de sistemas de resfriamento têm sua temperatura ajustada e os efluentes de lavagem de piso e

equipamentos são tratados em caixas de areia e separadoras de óleo. O esgoto doméstico proveniente de áreas comuns é tratado

conforme preconizado nas normas ambientais. Quanto aos aspectos das certificações

internacionais ambientais, o setor tem adotado o padrão BONSUCRO, certificação esta que avalia também o melhoramento contínuo dos recursos hídricos, estabelecendo que na área industrial, a água captada seja inferior a 20 L/kg de açúcar produzido e 30 litros de água por kg de etanol produzido (~37,5 L/L etanol). Na agricultura, a água captada para aa irrigação deve ser inferior a 130 litros por kg de cana colhida, ou seja, 130 m3 por tonelada de cana. No caso do Brasil, com um rendimento agrícola médio estimado de 85 t/ha, o limite sustentável de lâminas de água de irrigação preconizado pelo

BONSUCRO é alto, em torno de 1.100 mm/ano, muito além do utilizado para uma irrigação de salvamento ou suplementar em alguns poucos casos no setor canavieiro do Brasil.

Os limites preconizados pelo BONSUCRO de captação de água industrial para o processo de fabricação de açúcar e etanol, assumindo as produtividades médias industrial de 100 kg de açúcar por tonelada de cana e de 85 litros de etanol por tonelada de cana, são

aproximadamente 2,0 e 3,2 m3 de água por tonelada de cana. Conforme dados

apresentados neste documento, pode-se observar que as usinas brasileiras têm

condições de atender com folga estes padrões internacionais, e a maioria já atendem inclusive obtendo a certificação BONSUCO, demostrando a sustentabilidade ambiental no uso dos recursos hídricos.

Main challenges encountered O principal desafio do setor na questão hídrica é sem dúvida o financeiro, pois para o nível em questão a engenharia básica já está

suficientemente desenvolvida. Deve-se entender que as metas auto impostas ao setor, de captação de 1,0 m3/t cana, lançamento zero de efluente e

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são de caráter voluntário, pois não há restrição de utilização de água quando devidamente outorgada e sim necessidade do controle de poluição com atendimento a legislação. Mesmo as certificações internacionais não premiam as iniciativas ambientais acima da Lei Nacional. De qualquer forma o setor vem gradativamente buscando atingir as metas, haja vista a

captação média em nível nacional se situar em torno de 2,0 m3/t cana, com casos exemplares de unidades industriais com captação e consumo de água abaixo da meta auto imposta. O nível de investimentos para as unidades não enquadradas são da ordem de 5 milhões de reais com o tratamento e

fechamento pleno de circuitos de água, o que certamente não é muito atrativo na situação atual do setor em crise. Para se avançar mais ainda na questão hídrica, atingindo patamares menores que 0,5 m3/t cana com a reutilização da água contida na própria cana, o nível tecnológico necessário é muito maior e bem mais dispendioso. A concentração de vinhaça com o uso da água e o tratamento terciário dos efluentes visando o seu reúso na indústria, importam em valores 10 vezes maiores não havendo condições econômicas atualmente suportadas pelo setor.

Potential for scaling-up and replicability A eficiente “Gestão dos Recursos Hídricos na Agroindústria Canavieira”, apesar de traçar um panorama geral para a produção de biocombustível a partir da cana de açúcar para o Brasil, é aplicável para todas as cercas de 400 unidades industriais do Brasil e até mesmo para os países em desenvolvimento da América e da África que tenham uma vocação para a produção de bioetanol a partir da cana de açúcar, tanto para consumo próprio, como também para exportação para os mercados com exigência de mistura de bioetanol nos combustíveis fósseis para atingir as metas de redução de GEE’s. Atualmente qualquer nova unidade que se venha a implantar no Brasil, já deve levar em consideração as metas de captação e uso de água externada neste trabalho, pelo fato de atender as certificações internacionais, principalmente a BONSUCRO, para atingir plenamente os mercados externos, o que e certa forma onera o investimento de novas unidades.

Referências

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