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Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.

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Academic year: 2021

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“Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”

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O Amor de Deus por Nós

Arthur Walkington Pink

“Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” [Romanos 8:39] Por “nós” queremos dizer o Seu povo. Embora nós lemos sobre o amor “que está em Cristo Jesus nosso Senhor” [Romanos 8:39], a Sagrada Escritura não conhece nada sobre o amor de Deus fora de Cristo. “O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras” [Salmos 145:9], desta forma Ele supre os corvos com alimentos. “Porque ele é benigno até para com os ingratos e maus” [Lucas 6: 35], e ministra as Suas Providências sobre justos e injustos [Mateus 5:45]. Mas o Seu amor é reservado para os Seus eleitos. Isso é inequivocamente estabelecido por suas características, pois os atributos de Seu amor são idênticos a Si mesmo. Necessa-riamente, assim, pois “Deus é amor” (1 João 4:16).

O Amor de Deus em Cristo

Ao fazer este postulado, isto é apenas outra maneira de dizer que o amor de Deus é como Ele mesmo, de eternidade em eternidade, imutável. Nada é mais absurdo do que imaginar que alguém amado por Deus pode perecer eternamente ou deverá alguma vez experimentar a Sua vingança eterna. Desde que o amor de Deus é “em Cristo Jesus” (Romanos 8:39), ele não foi atraído por nada em seus objetos - nem pode ser repelido por qualquer coisa neles, deles, ou por eles.

“Como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim.” (João 13:1). O “mundo” em João 3:16 é um termo geral usado em contraste aos judeus, e o versículo deve ser interpretado de modo a não contradizer Salmos 5:5; 6:7, João 3:36 e Romanos 9:13. O propósito principal de Deus é recomendar o amor de Deus em Cristo, pois Ele é o único canal através do qual ele flui. O Filho não induziu o Pai a amar o Seu povo, mas sim foi o Seu amor por eles que O levou a dar Seu Filho para eles. Ralph Erskine (1685-1752) disse: “Deus escolheu uma forma maravilhosa de manifestar o Seu amor. Quando Ele quis mostrar Seu poder, Ele faz um mundo. Quando Ele quis demonstrar a Sua sabedoria, Ele a coloca em um quadro e forma que desvela a sua vastidão. Quando Ele desejou manifestar a grandeza e glória do Seu nome, Ele faz um céu, e coloca anjos e arcanjos, principados e potestades ali. E quando Ele quis manifestar o Seu amor, o que Ele não

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fará? Deus tem escolhido uma grande e maravilhosa maneira de manifestá-lo em Cristo: a Sua pessoa, Seu sangue, Sua morte, Sua justiça.”

“Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele [Cristo] sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós” [2 Coríntios 1:20]. Como fomos escolhidos em Cristo (Efésios 1:4), como somos aceitos Nele (Efésios 1:6), como a nossa vida está escondida Nele (Colossenses 3:3), assim nós somos amados Nele – “o amor de Deus que está em Cristo Jesus”: Nele como nosso Cabeça e Marido, o que é a razão pela qual nada pode nos separar dele – pois esta união é indissolúvel.

O Amor de Deus pelos Santos

Nada aquece tanto o coração do santo quanto uma contemplação espiritual do amor de Deus. Enquanto ele está ocupado com isso, ele é erguido fora e acima de seu miserável eu. Uma apreensão crente enche a alma renovada com santa satisfação e o faz tão feliz quanto é possível para um ser deste lado do céu. Conhecer e crer no amor que Deus tem por mim é tanto uma segurança e uma antecipação do próprio céu. Uma vez que Deus ama o Seu povo em Cristo, isto não é por qualquer amabilidade ou atração relativa a eles: “Amei Jacó” (Romanos 9:13). Sim, o naturalmente não atrativo, sim, o desprezível Jacó – “tu verme de Jacó” (Isaías 41:14). Desde que Deus ama o Seu povo em Cristo, isto não é regulado por sua fecundidade, mas é o mesmo em todos os momentos.

Porque Ele os ama em Cristo, o Pai os ama como a Cristo. O tempo virá quando sua oração será atendida: “para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim” [João 17:23]. Apenas a fé pode compreender essas coisas maravilhosas, pois nem o raciocínio, nem os sentimentos podem fazê-lo. Deus nos ama em Cristo. Que infinito deleite o Pai tem enquanto Ele contempla o Seu povo em Seu Filho amado! Todas as nossas bênçãos fluem daquela fonte preciosa! O amor de Deus por Seu povo não é de ontem. Isso não começou com o seu amor por Ele. Não, “nós o amamos, porque ele nos amou primeiro” (1 João 4:19). Nós não demos primeiro a Ele para que Ele pudesse nos recompensar. Nossa regeneração não é o motivo de Seu amor, pelo contrário, Seu amor é a razão pela qual Ele nos renova após a Sua imagem. Isso é muitas vezes feito para aparecer na primeira manifestação disso, quando tão longe de seus objetos o estarem engajados em buscá-lO, eles estavam em seu pior! “E, passando eu junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; e estendi sobre ti a aba do meu manto, e cobri a tua nudez; e dei-te juramento, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor DEUS, e tu ficaste sendo minha” [Ezequiel 16:8]. Não apenas estão seus objetos, muitas vezes no seu pior quando o amor de Deus é

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revelado pela primeira vez para eles, mas, em verdade, fazendo o seu pior, como no caso de Saulo de Tarso. Não apenas o amor de Deus é antecedente ao nosso, mas também ele nasceu em Seu coração em direção a nós muito antes que nós fôssemos libertos do poder das trevas e transportados para o reino do Filho de seu amor. Isso não começou no tempo, mas carrega a data da eternidade. “Eu te amei com um amor eterno” (Jeremias 31:3). “Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” [1 João 4:10]. É evidente a partir dessas palavras que Deus ama o Seu povo, enquanto eles estavam em uma condição natural, destituídos de toda a graça, sem uma partícula de amor em direção a Ele ou fé Nele; sim, enquanto eles eram Seus inimigos (Romanos 5: 8, 10).

Claramente isto me coloca sob uma obrigação mil vezes maior de amar, servir e glorificar a Ele do que houvesse Ele me amado na primeira vez em que meu coração foi conquistado. Todos os atos de Deus para com o Seu povo no momento são as expressões do amor que Ele lhes tem desde a eternidade. Isto é porque Deus nos ama em Cristo, e realizou isso desde a eternidade, para que os dons do Seu amor sejam irrevogáveis. Eles são o favor do “Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tiago 1:17). O amor de Deus, de fato, promove uma mudança em nós quando é “derramado em nossos corações” (Romanos 5:5), mas isso não provoca nada Nele. Ele às vezes varia as dispensações de Sua providência em relação a nós, mas isso não é porque a Sua afeição se alterou. Mesmo quando Ele nos castiga, é em amor (Hebreus 12:6), pois Ele tem o nosso bem em vista.

As operações do amor de Deus.

Olhemos mais de perto algumas das operações do amor de Deus. Em primeiro lugar, na eleição. “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito [Seu avivamento], e fé da verdade” [2 Tessalonicenses 2:13]. Há uma conexão infalível entre o amor de Deus e Sua escolha daqueles que deveriam ser salvos. Que a eleição é a consequência do Seu amor é nítido novamente a partir de Deuteronômio: “O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos” [7:7]. Assim, novamente: “em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Efésios 1:4-5).

Em segundo lugar, na redenção. Como vimos em 1 João 4:10, a partir do Seu amor soberano Deus fez provisão para que Cristo se tornasse a satisfação pelos seus pecados, embora antes de sua conversão, Ele estivesse irado com eles no que diz respeito à sua

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Lei violada. E “como nos não dará também com ele todas as coisas?” [Romanos 8:32] - outra prova clara de que o Seu Filho não foi “entregue” à cruz por toda a humanidade. Pois Ele não lhes dá nem o Espírito Santo, uma nova natureza, nem arrependimento e fé. Em terceiro lugar, o chamado eficaz. A partir do Salvador entronizado o Pai envia o Espírito Santo [Atos 2:33]. Tendo amado os Seus eleitos com um amor eterno, com benignidade Ele os atrai [Jeremias 31:3], vivifica em novidade de vida, os chama das trevas para a Sua maravilhosa luz, torna-os Seus filhos. “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus” [1 João 3:1]. Se a filiação não emana do amor de Deus como um efeito garantido, para que propósito são essas palavras?

Em quarto lugar, a cura de apostasia: “Eu sararei a sua infidelidade, eu voluntariamente os amarei” [Oséias 14:4], sem relutância ou hesitação. “As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo” [Cânticos 8:7]. Tal é o amor de Deus por Seu povo - invencível, inextinguível. Não apenas não existe nenhuma possibilidade de que expire, mas também as negras águas do retrocesso não podem extingui-lo, nem as inundações de incredulidade o colocam para fora.

Nada é mais irresistível do que a morte no mundo natural, nada tão invencível como o amor de Deus no reino da graça. Thomas Goodwin (1600-1680) observou:

“Que dificuldades o amor de Deus vence! Pois Deus supera o Seu próprio coração! Você pensa que não foi nada para Ele entregar o Seu Filho para a morte? [...] Quando Ele veio para nos chamar, não teve Ele nenhuma dificuldade que o amor venceu? Nós estávamos mortos em nossos delitos e pecados, ainda assim pelo grande amor com que nos amou, Ele nos vivificou no túmulo de nossa corrupção: “já cheira mal” [João 11:39] - mesmo depois que Deus vem e nos conquista. Depois de nosso chamado, como, infeliz-mente, nós provocamos a Deus! Tais tentações que se fosse possível os eleitos deveriam ser enganados [Mateus 24:24]. É assim com todos os cristãos. É com dificuldade que o justo é salvo [1 Pedro 4:18 – ARA], e ainda assim ele é salvo, porque o amor de Deus é invencível: ele supera todas as dificuldades”.

Uma aplicação é malmente necessária para tal tema. Deixe que o amor de Deus diariamente envolva a sua mente através de pensamentos devotos sobre isso, de modo que as afeições de seu coração possam ser inclinadas a Ele. Quando caído em espírito ou em doloridos apertos, pleiteie o Seu amor em oração, com a certeza de que ele não pode negar nada bom para você. Faça do maravilhoso amor de Deus por você o incentivo de sua obediência a Ele – a gratidão não requer nada menos.

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Curta: www.facebook.com/OEstandartede Cristo Fonte: ChapelLibrary.Org │ Título Original: “The Love of God to Us”

As citações bíblicas desta tradução foram retiradas da versão ACF (Almeida Corrigida Fiel), exceto quando há outra indicação no texto.

Tradução e Capa por Camila Rebeca Almeida │ Revisão por William Teixeira

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QUEM SOMOS:

O Estandarte de Cristo é um projeto cujo objetivo é proclamar a Palavra de Deus e o Santo Evangelho de Cristo Jesus, para a glória do Deus da Escritura Sagrada, através de traduções inéditas de textos de autores bíblicos fiéis, para o português. A nossa proposta é publicar e divulgar traduções de escritos de autores como os Puritanos e também de autores posteriores àqueles como Robert Murray McCheyne, Charles Haddon Spurgeon e Arthur Walkington Pink. Nossas traduções estão concentradas nos escritos dos Puritanos e destes últimos três autores.

O Estandarte é formado por cristãos que buscam estudar e viver as Escrituras Sagradas em todas as áreas de suas vidas, holisticamente; para que assim, e só assim, possam glorificar a Deus e deleitar-se nEle desde agora e para sempre.

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Título – Autor Corpo do texto

Fonte: ChapelLibrary.Org

Tradução: OEstandarteDeCristo.com

(Em caso de escolher um trecho a ser usado indique ao final que o referido trecho é parte deste sermão, e indique as referências (fonte e tradução) do sermão conforme o modelo acima).

Este é somente um modelo sugerido, você pode usar o modelo que quiser contanto que cite as informações (título do texto, autor, fonte e tradução) de forma clara e fidedigna.

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Uma Biografia de Arthur Walkington Pink

Arthur Walkington Pink (1886 – 1952) e sua esposa Vera E. Russell (1893 – 1962)

Arthur Walkington Pink (01 de abril de 1886 – 15 de julho de 1952) foi um evangelista e

teólogo inglês, conhecido por sua firme adesão aos ensinamentos calvinistas e puritanos. Nasceu em Nottingham, Inglaterra. Seus pais eram cristãos piedosos e ele tinha um irmão e duas irmãs. Aos 16 anos A. W. Pink encerrou os seus estudos e entrou para o ramo de negócios. Rapidamente obteve sucesso no que havia determinado fazer, mas, para a tristeza dos seus pais, ele abriu mão do Evangelho. Foi nesta época que ele se tornou um discípulo da Teosofia e do Espiritismo. Em 1908 ele já era conhecido como um teosofista e um espírita praticante. Neste mesmo ano, com 22 anos, ao chegar em casa após uma reunião teosófica, seu pai dirigiu-se a ele e citou este versículo da Bíblia:

“Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Provérbios 14:12)

Pink foi para o seu quarto e ficou pensando nas palavras que seu pai lhe dissera. Em seguida resolveu orar e pedir uma orientação a Deus. Foi o suficiente para enxergar o seu

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erro. Esta experiência foi tão marcante que A.W. Pink encontrou o que tanto desejava: Jesus Cristo, Aquele que Lhe daria a Água Viva para saciar a sua sede, assim como prometera à mulher samaritana (Jo 4:14).

Cristo tornara-se real para ele! O mais interessante é que, na 6ª feira daquela mesma semana, Pink faria uma palestra para os adeptos da Teosofia (que ainda não sabiam de sua conversão). No dia e hora marcados, Pink dirigiu-se ao salão de Convenções da Teosofia. Quando subiu para falar, pregou o Evangelho em demonstração de Poder. A reação da turba foi imediata: retiram-lhe à força e lançaram-no à rua. Um episódio que serviu para abrir os olhos dele para o caminho que o esperava!

Assim, Arthur Pink não tinha mais dúvidas sobre o seu chamado. Mas em qual Igreja? Havia tanto liberalismo nos ministérios. Então, ele foi recebido na Igreja dos Irmãos, onde ensinavam a Bíblia com muito amor. Depois, recomendaram que ele fosse estudar no Instituto Dwight L. Moody, em Chigago, Estados Unidos. Então, em 1910, ele foi para Chicago estudar. Mas logo abandou o Instituto, por discordar do que ali era ensinado. Nos anos que se seguiram esteve pastoreando Igrejas no Colorado e na Califórnia. Em 1916, casou-se em Kentucky, com uma mulher chamada Vera E. Russell. Em 1917 pastoreou uma Igreja Batista na Carolina do Sul.

Foi nesta época que ele começou a ter problemas com o seu ensino. Começou a ler os puritanos e descobriu verdades que o perturbaram. Principalmente sobre a grande doutrina bíblica da Soberania de Deus, porém à medida que ele começou a pregar sobre isto, descobriu que não eram coisas populares. Em 1920, ele saiu da Igreja Batista na Carolina do Sul e começou um ministério itinerante em todos os EUA, para anunciar à Igreja esta visão da Soberania de Deus. Suas pregações eram firmes e bíblicas, mas, não eram populares, seus ouvintes não gostavam do que ele pregava.

Em 1922, começou uma revista chamada Studies in the Scriptures (Estudo nas Escrituras). Mas poucas pessoas se interessaram pela leitura da Revista. Ele publicou 1000 revistas e, muitas delas, não foram sequer vendidas. Ainda neste ano, fizeram-lhe um convite para visitar a Austrália. Ele viu neste convite uma grande oportunidade de pregar o Evangelho e terminou por estabelecer-se na cidade de Sidney, à convite das Igrejas Batistas locais. Porém não obteve sucesso em seu ministério como pregador. Depois de 8 anos vivendo na Austrália, em 1928, Pink retornou à Inglaterra. Onde aconteceu uma surpreendente obra da Providência divina durante 8 anos ele procurou um lugar para pregar a Palavra e ajudar as pessoas, mas não conseguiu encontrar. Ninguém estava interessado em ouvir suas pregações. A sua fé foi duramente provada durante

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este período e, apesar de toda a luta, ele continuava a editar a revista “Estudo nas Escrituras”, embora somente uns poucos a liam.

Em 1936, ele entendeu que Deus, de alguma forma, havia fechado as portas da pregação para ele. Então ele entregou-se totalmente a escrever e expor as Escrituras Sagradas. Esta era a sua chamada.

Quando começou a 2ª Guerra Mundial, A. W. Pink vivia no sul da Inglaterra, região que sofreu fortes ataques aéreos. Então, em 1940, ele e a sua esposa, Vera, mudaram-se para o norte da Escócia, em uma pequenina ilha chamada Luis. 12 anos depois, em 1952, A.W. Pink faleceu vítima de anemia. Ian Murray, seu biógrafo, relata que, além de sua esposa, apenas oito pessoas apareceram em seu enterro.

Com certeza, A. W. Pink (como assinava em suas cartas e artigos) nunca imaginaria que, no final do século 20 e ao longo do século 21, dificilmente seria necessário explicar quem é Pink quando nos dirigindo às pessoas que consideram a Bíblia como Palavra de Deus e se empenham em compreendê-la, entre outras coisas, utilizando bons livros. Vivendo quase em completo anonimato, salvo por aqueles poucos que assinavam sua revista publicada mensalmente, o valor de Arthur Pink foi descoberto pelo mundo apenas após sua morte, quando seus artigos passaram a ser reunidos e publicados na forma de livros. Ian Murray afirma que, mediante a ampla circulação de seus escritos após a sua morte, ele se tornou um dos autores evangélicos mais influentes na segunda metade do século 20. Foi D. Martyn Lloyd-Jones quem disse: “Não desperdice o seu tempo lendo Barth e Brunner. Você não receberá nada deles que o ajude na pregação. Leia Pink!”.

Richard Belcher tem escrito alguns livros sobre a vida e obra do nosso autor, disse o seguinte:

“Nós não o idolatramos. Mas o reconhecemos como um homem de Deus ímpar, que pode nos ensinar por meio da sua caneta. Ele verdadeiramente ‘nasceu para escrever’, e todas as circunstâncias de sua vida, mesmo as negativas que ele não entendeu, levaram-no ao cumprimento desse propósito ordenado por Deus”.

John Thornbury, autor de vários livros, inclusive uma excelente biografia sobre David Brainerd, disse o seguinte: “Sua influência abrange o mundo todo e hoje um exército poderoso de pregadores de várias denominações está usando seus materiais e pregando à congregações, grandes e pequenas, as verdades que ele extraiu da Palavra de Deus. Eu o honro por sua coragem, discernimento, perspicuidade, equilíbrio, e acima de tudo por seu amor apaixonado pelo Deus trino”.

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As últimas palavras de Pink antes de morrer, ao lado de sua esposa, foram: “As Escrituras explicam a si mesmas”. Que declaração final apropriada para um homem que dedicou sua vida ao entendimento e explicação da Palavra de Deus!

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Esta biografia é baseada nas seguintes fontes:

♦ DIDINI, Ronaldo. Um gigante esquecido da fé cristã: Uma biografia resumida de A. W. Pink. Disponível em: <https://www.ministeriocaminhar.com.br/?ver=74>. Acesso em: 01 de dezembro de 2013.

♦ SABINO, Felipe A. N. Os dez Mandamentos. 1ª edição. Brasília: Editora Monergismo: 2009. Prefácio.

Referências

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