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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Gonçalves & Gonçalves, Lda.

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(2)

INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

LICENCIATURA EM DESIGN DE EQUIPAMENT O

M ARIA DE FÁTIM A L AN H OSO SE PÚ LVE DA RAN GEL M ACH ADO VIEIR A RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADA EM DESIGN DE EQUIPAMENTO

(3)

Agradecimentos

Agradeço a todos os que de alguma forma contribuíram para a minha chegada até aqui, aos familiares e amigos pelo carinho manifestado, aos colegas pela camaradagem sempre presente, aos professores por me terem transmitido os conhecimentos adquiridos, em particular o meu orientador, Prof. Lobão pela forma atenta como orientou e acompanhou a elaboração deste relatório e ao meu tutor Eng. Isaías pela motivação transmitida.

Um agradecimento muito especial para aqueles que mais amo, ao meu filho Diogo Alexandre pela constante frase de estímulo, nas horas mais difíceis “ tu vais conseguir ” e pela desculpabilização das minhas ausências, ao meu marido Paulo Vieira pelo incentivo, apoio, compreensão e imensa paciência nos momentos mais críticos, à minha mãe Maria Elisa pela sua alegria e ternura e pela eterna esperança de que o lado bom da vida acontece e ao meu pai António Claudemiro, que apesar de já não estar entre nós, me ajudou pela herança que me deixou dos valores morais e pela força que eles me transmitiram.

Sei que todos acreditaram que eu seria capaz, mesmo quando eu duvidava e isto deu-me alento para continuar, muitas vezes só para não os desiludir.

(4)

i

Índice de Figuras ... iii

Introdução ... 1

Ficha de Identificação ... 2

Plano de Estágio Curricular ... 3

Resumo do Trabalho Desenvolvido no Estágio Curricular ... 4

Caracterização Sumária da Empresa... 5

Principal Actividade da Gonçalves & Gonçalves ... 8

Histórico da Empresa ... 9

Retrospectiva histórica ... 9

Visão, missão e valores ... 11

Visão ... 11

Missão ... 11

Valores ... 11

Volume de negócios nos últimos anos ... 12

Organigrama ... 13 Colaboradores ... 14 Certificação e certificados ... 15 Marcas comercializadas ... 16 Objectivo do Trabalho ... 17 Metodologia Utilizada ... 18 Trabalho desenvolvido ... 20 Considerações Preliminares ... 20 1º Trabalho ... 22 2º Trabalho ... 28 3º Trabalho ... 34 1º Espaço ... 40

(5)

ii 2º Espaço ... 41 3 º Espaço ... 42 4º Espaço ... 43 5º Espaço ... 44 6º Espaço ... 46 7º Espaço ... 48 4º Trabalho ... 51 Conclusão ... 56 Bibliografia ... 59 Webgrafia ... 59 Anexos ... 60

(6)

iii

Í

NDICE DE

F

IGURAS

Figura 1 – Localização da Gonçalves & Gonçalves. ... 7

Figura 2 – Empresas que fazem parte do grupo plataforma SGPS, S.A. ... 10

Figura 3 – Volume total de vendas. ... 12

Figura 4- Organigrama da Gonçalves & Gonçalves. ... 13

Figura 5 – Efectivo médio de pessoal (2002/2009). ... 14

Figura 6 – Certificado ISO 9001:2000. ... 15

Figura 7 – Marcas comercializadas. ... 16

Figura 8 - Gabinete de Projecto e Orçamento, fonte: produção da estagiária. ... 18

Figura 9 – Espremedor de laranjas, fonte: produção da estagiária. ... 21

Figura 10 – Primeira proposta do logótipo e do reclamo, fonte Gonçalves & Gonçalves. ... 22

Figura 11- Logótipo da FIAT, fonte: http://www2.uol.com.br. ... 23

Figura 12 – Vista frontal do logótipo para a cervejaria, fonte: produção da estagiária. ... 24

Figura 13 - Perspectiva do logótipo para a cervejaria, fonte: produção da estagiária. ... 24

Figura 14- Desenho técnico, com vista cotadas, do logótipo para a cervejaria, fonte: produção da estagiária. ... 25

Figura 15 - Desenho técnico com vista cotadas do reclamo para a cervejaria, fonte: produção da estagiária. ... 26

Figura 16 – Vista de frente do actual reclamo luminoso da Cervejaria LM, fonte: produção da estagiária. ... 26

Figura 17 - Vista de lateral do actual logótipo da Cervejaria LM, fonte: produção da estagiária. ... 27

Figura 18 – Proposta inicial para o armário (vista frontal), fonte: produção da estagiária. ... 30

Figura 19 – Proposta inicial para o armário (perspectiva), fonte: produção da estagiária. ... 30

(7)

iv Figura 20 – Desenho Técnico, com vistas cotadas, da proposta inicial para o armário, fonte: produção da estagiária. ... 31

Figura 21 – Proposta Final do Armário, fonte: produção da estagiária. ... 32 Figura 22 – Desenho técnico, com vistas cotadas, da proposta final para o armário, fonte: produção da estagiária. ... 33

Figura 23 - Excerto do catálogo utilizado para a modelação do mobiliário para o hotel em Angola, fonte: produção da estagiária. ... 35

Figura 24- Cadeira forrada a tecido, fonte: produção da estagiária. ... 36 Figura 25 – Porta malas, fonte: produção da estagiária. ... 36 Figura 26 – Armário de duas portas e duas gavetas, fonte: produção da estagiária. ... 37

Figura 27 – Cabeceiro, camas e mesa-de-cabeceira, fonte: produção da estagiária. ... 37

Figura 28 – Porta malas e toucador, fonte: produção da estagiária. ... 39 Figura 29 – 1º Espaço, quarto de casal (vista geral do quarto), fonte: produção da estagiária. ... 40

Figura 30 – 2º Espaço, quarto duplo (pormenor das camas), fonte: produção da estagiária. ... 41

Figura 31 – 3º Espaço, quarto duplo (vista geral do quarto), fonte: produção da estagiária. ... 42

Figura 32 – 4º Espaço, quarto de casal (vista geral do quarto), fonte: produção da estagiária. ... 43

Figura 33 – 4º Espaço (pormenor da parede do toucador), fonte: produção da estagiária. ... 44

Figura 34 - 4º Espaço, quarto de casal (pormenor da cama com tapete e do armário), fonte: produção da estagiária. ... 44

Figura 35 – 5º Espaço, quarto de casal (pormenor da cama), fonte: produção da estagiária. ... 45

Figura 36 – 5º Espaço (pormenor da parede do toucador), fonte: produção da estagiária. ... 46

Figura 37 – 6º Espaço, quarto de casal (pormenor da cama e do quadro), fonte: produção da estagiária. ... 47

Figura 38 – 7º Espaço, quarto duplo (pormenor da cama), fonte: produção da estagiária. ... 48

(8)

v

Figura 40 - Cabide, fonte: produção da estagiária. ... 52

Figura 41 – Cabide montado e cabide explodido, fonte: produção da estagiária. ... 52

Figura 42 – Desenho técnico do cabide, fonte: produção da estagiária. ... 53

Figura 43 – Ganchos do cabide, fonte: produção da estagiária. ... 53

Figura 44 – Desenho técnico dos ganchos do cabide, fonte: produção da estagiária. ... 54

Figura 45 – Sistema de fixação do cabide, fonte: produção da estagiária. ... 55

Figura 46 – Desenho técnico do sistema de fixação do Cabide, fonte: produção da estagiária. ... 55

Figura 47- Instalações da sede e ponto de venda. ... 83

Figura 48 - Instalações da sede e ponto de venda (exposição). ... 83

Figura 49 – Instalações da sede e ponto de venda (exposição). ... 84

(9)

1

I

NTRODUÇÃO

O presente relatório do estágio realizado na Gonçalves & Gonçalves, está inserido no curso de Design de Equipamento da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda, tem o propósito de relatar o trabalho desenvolvido ao longo do estágio.

O estágio contribuiu para o aumento das competências profissionais da estagiária, na medida em que, foram realizados trabalhos de concepção de objectos e criação/tratamentos de espaços, destinados ao desenvolvimento das actividades do Homem, que são área de intervenção do Design de Equipamento.

O estágio permitiu a aplicação de conhecimentos adquiridos durante as aulas e ainda a assimilação de outros. Este relatório é o resultado final do trabalho realizado.

(10)

2

F

ICHA DE

I

DENTIFICAÇÃO

Nome da Estagiária:

Maria de Fátima Lanhoso Sepúlveda Rangel Machado Vieira, nº 1008647

Curso:

Design de Equipamento

Empresa:

Gonçalves & Gonçalves, Lda.

Morada:

E.N. 18-1 Km 2,2 Lugar da Montanheira - Vale de Estrela 6300 Guarda

Telefone: 271 222 059 / Fax: 271 222 059

Início e Conclusão do Estágio:

De 2 de Agosto a 20 de Setembro de 2010.

Tutor na Instituição:

Eng. Isaías Esteves.

Orientador na ESTG:

(11)

3

P

LANO DE

E

STÁGIO

C

URRICULAR

Recepção e integração da aluna na empresa Gonçalves & Gonçalves, passagem breve pelos vários sectores da empresa para conhecimento integral.

Integração no sector de Projectos e Orçamentos.

Acompanhamento na elaboração de um projecto com os restantes elementos do sector de Projectos e Orçamentos.

Desenvolvimento de um projecto de uma forma autónoma.

(12)

4

R

ESUMO DO

T

RABALHO

D

ESENVOLVIDO NO

E

STÁGIO

C

URRICULAR

O trabalho realizado durante o estágio consistiu na modelação de peças em AutoCAD, desenhos técnicos, criação de espaços interiores e renderização de imagens.

A maioria das peças modeladas, iriam ser integrados em projectos posteriores, umas faziam parte do mobiliário exposto na loja da empresa ou encontravam-se em catálogos dos fornecedores, outras seriam para fabrico de raiz, quando o cliente desejava peças com características específicas.

A última parte do trabalho realizado no estágio, consistiu em modelar peças expostas na loja (uma linha de mobiliário escolar), com as dimensões exactas das originais e com todos os elementos que as constituíam. A partir destas modelações, é possível a criação dos respectivos desenhos técnicos indispensáveis à sua reprodução, sendo este o objectivo final do trabalho.

(13)

5

C

ARACTERIZAÇÃO

S

UMÁRIA DA

E

MPRESA

Nome da Empresa:

Gonçalves & Gonçalves, Lda.

Localização e contactos:

Sede e Exposição Estrada Nacional 18-1 km 2,2 Lugar da Montanheira - Vale de Estrela

6300-230 - GUARDA Tel: 271 222 669 Fax: 271 222 059

www.goncalvesegoncalves.com E-mail: geral@gg.plataformasgps.com Loja Guarda Praça do Município, nº 1 - r/c 6300-736 - GUARDA

Tel: 271 223 450 Fax: 271 223 450

Filial Castelo Branco Zona Industrial – Lote Q – 4B 6101-997 - CASTELO BRANCO

Tel: 272 321 820 Fax: 272 321 670

Assistência Técnica Estrada Nacional 18-1 km 2,2 Lugar da Montanheira - Vale de Estrela

(14)

6 Tel: 271 222 994

(15)

7 Figura 1 – Localização da Gonçalves & Gonçalves.

(16)

8 Principal Actividade da Gonçalves & Gonçalves

A principal actividade da Gonçalves & Gonçalves, Lda. é o comércio a retalho de equipamentos para estabelecimentos industriais e comerciais, mobiliário de escritório e hotelaria, cozinhas, electrodomésticos em geral, comercialização de gás e outros combustíveis, comercialização de café e prestação de serviços na preparação de infra-estruturas para montagem e instalação das marcas que representa, além da prestação de assistência técnica.

(17)

9

HISTÓRICO DA EMPRESA

Retrospectiva histórica

Fundada em 1977 por José Gonçalves e José Gonçalves de Almeida, a Empresa Gonçalves & Gonçalves, Lda. tem como objecto social o comercio a retalho. Ao longo dos anos foi assumindo um papel relevante no mercado de electrodomésticos do Distrito da Guarda e no mercado de equipamentos e mobiliários para as mais distintas actividades comerciais e industriais. À data da sua constituição a Guarda era um mercado caracterizado por uma oferta escassa e pelo isolamento em relação às grandes cidades do país, mais desenvolvidas e com agentes económicos dotados de uma agressividade comercial bastante grande. A conjunção destes factores, ausência de concorrência localizada e a dificuldade dos nossos concorrentes do litoral actuarem neste Distrito, permitiram-nos um crescimento muito rápido.

Em meados da década de 80, o crescimento verificado justificou a abertura do capital da empresa a dois funcionários que se haviam notabilizado pelo esforço e empenho. Em 1986 é feita a escritura que formaliza a entrada de dois novos sócios, José Matos da Silva e José Júlio dos Santos.

Ao longo dos anos a Gonçalves & Gonçalves, Lda. demonstrou uma capacidade invejável para atrair funcionários jovens e capazes de renovar os métodos e práticas da empresa. Podemos dizer que tem usufruído de uma capacidade invulgar de se renovar, promovendo a mistura entre o saber adquirido dos mais velhos e a garra e vontade de vencer dos elementos mais jovens. Somos, ao dia de hoje, uma equipa jovem mas experiente. A mistura de gerações atravessa todos os departamentos e unidades da empresa. Desde 1992, com a entrada de dois novos elementos no capital da empresa, Rui Jorge Almeida Gonçalves (1992) e Nuno Miguel Almeida Gonçalves (1998), que este fenómeno se verifica mesmo ao nível dos sócios e gerência.

(18)

10 Nos vinte e seis anos de existência nunca deixamos de acreditar que é possível fazer mais e melhor, a nossa luta diária vai no sentido de prestarmos um serviço de qualidade aos nossos clientes, respondendo às exigências crescentes do mercado. A vontade de melhorar tem motivado muitas alterações, todas elas com um objectivo comum, profissionalizar a estrutura. Em Outubro de 2002, procedemos ao rearranjo da estrutura societária e criamos uma empresa onde aglutinámos todas as participações no capital, nasceu a Plataforma SGPS, S.A.

Quadro de participação de Capital Noutras Sociedades:

Ano Empresa Actividade

1977 Gonçalves & Gonçalves, Lda.

Comércio a retalho de equipamentos e electrodomésticos

1986 Raides, Lda. Comércio de equipamentos de escritório e mobiliário

1989 Toiguarda, Lda. Concessionário Toyota

1992 S.A.S. , Lda. Equipamentos de informática

1996 Refrescante, Lda. Comércio de bebidas

1996 Garagem D. José, Lda. Concessionário Peugeot

1999 Auto Estrela Com. Veículos Lda.

Comércio, manutenção e reparação de veículos

1999 CIAAG, Lda. Concessionário SAAB

1999 Marques & Gonçalves, Lda.

Comércio de gás BP

1999 Predial da Montanheira, Lda.

Compra e venda de imóveis

2000 Alto do Leomil - Com. Combustíveis, Lda.

Comércio de lubrificantes BP

2001 Checo Car - Com. Veículos Automóveis, Lda.

Concessionário Skoda

2002 Plataforma SGPS Gestão de participações sociais

2003 CDV – Com. Distribuição Veículos, Lda.

Concessionário Opel e Chevrolet

2004 Toiguarda Espanha, SL Comércio de combustíveis Figura 2 – Empresas que fazem parte do grupo plataforma SGPS, S.A.

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11 Visão, missão e valores

Visão

A médio prazo, transformar a organização numa empresa de prestação de serviços especializada na concepção, execução e coordenação de espaços comerciais, restaurantes, hotéis e escritórios.

Missão

Proporcionar aos nossos clientes altos níveis de eficácia e profissionalismo na utilização dos equipamentos necessários ao desenvolvimento da sua actividade.

Valores

As pessoas e o crescimento económico são pilares do nosso sucesso. Mantemos a orientação para a satisfação do cliente.

Procuramos o crescimento pela eficiência e eficácia da gestão.

Desenvolvemos uma cultura empresarial assente em princípios de equidade, da justiça, da ética e da moral.

(20)

12 Volume de negócios nos últimos anos

(21)

13 Organigrama

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14 Colaboradores

Figura 5 – Efectivo médio de pessoal (2002/2009).

A Gonçalves & Gonçalves, tem 37 colaboradores dos quais 34 pertencem ao quadro da empresa e 3 tem contrato de trabalho a tempo certo.

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15 Certificação e certificados

A norma ISO 9001:2000 surge como o instrumento ideal para dar resposta à necessidade de preparar a estrutura para satisfazer os nossos clientes. Queremos certificar os processos internos porque estes materializam o serviço que prestamos. Há imensas empresas a comercializar os materiais que nós vendemos, mas muito poucas a acrescentar valor aos produtos através da conjunção das suas valências e do estabelecimento, directo, entre as características dos produtos e a utilização que o nosso cliente lhe pretende dar.

A ISO 9001:2008 foi adoptada, sem quaisquer exclusões, como norma de referência.

(24)

16 Marcas comercializadas

Figura 7 – Marcas comercializadas.1

(25)

17

O

BJECTIVO DO

T

RABALHO

O estágio realizado na Gonçalves & Gonçalves tem como objectivo, consolidar conhecimentos adquiridos ao longo da parte lectiva do curso, proporcionar o desenvolvimento da utilização do Software AutoCAD e contribuir para um acréscimo das competências profissionais.

(26)

18

M

ETODOLOGIA

U

TILIZADA

Figura 8 - Gabinete de Projecto e Orçamento, fonte: produção da estagiária.

Concepção e Desenvolvimento de Projectos e Orçamentos

Após uma breve passagem pelos vários sectores da empresa, o gabinete de Projecto e Orçamento foi o local onde a estagiária foi inserida.

Segue-se uma breve descrição da metodologia utilizada na concepção e desenvolvimento de projectos e Orçamentos, neste sector:

 O pedido de elaboração do projecto e orçamento é realizado por parte do sector comercial, ou por contacto directo do cliente com a loja, inicia a concepção e desenvolvimento do projecto e orçamento.

 O levantamento dos requisitos do cliente é realizado pelo comercial e registado numa check-list, ou seja, um formulário é preenchido pelo comercial junto do cliente, que contém os dados do cliente, informações detalhadas do negócio, medições, requisitos do local e informações adicionais do cliente para a execução do projecto/orçamento. Após este levantamento pelo comercial a

(27)

19 informação é transmitida ao responsável de projectos, através da entrega da „check-list.

 Após análise dos requisitos o projectista, elabora o Projecto e o Orçamento recorrendo a softwares apropriados. Nesta fase são também definidos os tipos de produto e fornecedores a considerar, conforme as necessidades e os requisitos do cliente, cumprindo as normas e legislação em vigor, a política e objectivos da empresa.

 A saída da concepção e desenvolvimento do Projecto e o Orçamento traduz-se num projecto (desenho) e num orçamento perfeitamente quantificado e valorizado que corresponde ao material / equipamento constante no projecto (desenho).

 A proposta de distribuição do equipamento no espaço deve assegurar níveis de funcionalidade estéticos e outros, em conformidade com as necessidades e expectativas do cliente.

 O Projecto e o Orçamento são sempre verificados, antes da execução da obra, pelo Gerente Comercial.

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20

T

RABALHO DESENVOLVIDO

Considerações Preliminares

O estágio iniciou-se no dia dois de Agosto, alguns dos funcionários encontravam-se de férias, isto acontecia também nas empresas com as quais a Gonçalves & Gonçalves tinha relações comerciais, havia uma certa dificuldade na aquisição de materiais, na subcontratação de pessoal para as obras em curso e no cumprimento dos prazos assumidos.

O estágio decorreu no gabinete de Projecto e Orçamento, começando com um teste às capacidades da estagiária, em modelação no AutoCAD 3D. O teste foi realizado no seu computador pessoal, porque não havia nenhum computador da empresa com o AutoCAD instalado disponível.

O teste consistia em modelar uma máquina de espremer laranjas que se encontrava exposta na loja, esta máquina já tinha sido modelada anteriormente por uma colega estagiária de Design na empresa, segundo o tutor Isaías, esta máquina era um óptimo equipamento para o teste, pois teria termo de comparação para o resultado do teste, com o trabalho da anterior colega.

Inicialmente houve algumas dificuldades pois já não trabalhava com o programa desde o semestre anterior. Outra dificuldade encontrada foi, devido à máquina se encontrar na loja e o computador no gabinete de projectos e orçamentos, isto implicava constantes deslocações do gabinete à loja a fim de se inteirar das dimensões e/ou ter que fazer esboços cotados à mão. Esta dificuldade foi ultrapassada, no segundo dia, o espremedor foi transportado para o gabinete, o que facilitou bastante o trabalho.

(29)

21

Figura 9 – Espremedor de laranjas, fonte: produção da estagiária.

Tendo sido considerada a modelação do espremedor de laranjas realizada suficiente, iniciou-se o trabalho propriamente dito.

O facto de haver muita gente de férias, obrigava a um esforço suplementar do activo da empresa, todos tinham que se desdobrar constantemente entre fazer o seu trabalho e o dos que estavam de férias, não havendo muita disponibilidade por parte do tutor para apoiar a estagiária, tendo esta tomado uma atitude pró-activa, superando algumas das suas dificuldades com consultas bibliográficas e pesquisas na internet.

(30)

22 O primeiro trabalho consistiu na elaboração do projecto de um logótipo e de um reclamo luminoso, para uma cervejaria.

Figura 10 – Primeira proposta do logótipo e do reclamo, fonte Gonçalves & Gonçalves.

Havia uma proposta do logótipo e do reclamo, realizada num software de imagens, por um funcionário que já não fazia parte dos colaboradores da empresa quando o estágio teve inicio.

Foi solicitado à estagiária que fosse desenvolvido um projecto relativo à imagem anterior, em AutoCAD com vistas cotadas e material utilizado para o fabrico.

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23

Figura 11- Logótipo da FIAT, fonte: http://www2.uol.com.br.

O logótipo da cervejaria tinha sido inspirado no novo logótipo da FIAT, apresentava demasiadas semelhanças, por isso foi pedido à estagiária para o modificar, sem que sofresse grandes alterações, pois o desenho inicial já tinha sido visto e aprovado pelo cliente, teria que ficar dentro do mesmo conceito.

Surgiu o trabalho que a seguir se apresenta, a sua elaboração foi realizada em colaboração com o tutor da empresa.

A peça obtida continha os elementos da inicial (as letras e o mesmo estilo de curvas) com o intuito de manter o conceito. O contorno exterior do logótipo foi modificado, a sua forma lembra a do tampo de um barril, enquadrando-se perfeitamente no local onde iria ser colocado, uma cervejaria.

Foi estabelecido novo contacto com o cliente, para análise das soluções possíveis e o logótipo que se segue foi o aprovado pelo cliente.

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24

Figura 12 – Vista frontal do logótipo para a cervejaria, fonte: produção da estagiária.

Figura 13 - Perspectiva do logótipo para a cervejaria, fonte: produção da estagiária.

A partir da peça modelada, procedeu-se à realização do respectivo desenho técnico no sentido de se pedir orçamentos a várias empresas.

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25

Figura 14- Desenho técnico, com vista cotadas, do logótipo para a cervejaria, fonte: produção da estagiária.

Quanto ao reclamo luminoso, ou caixa de luz como era designado na empresa, foi solicitado à estagiária para realizar a modelação e o respectivo desenho técnico, em AutoCAD, exactamente com a mesma fonte para as letras (Riesling para Café/Cervejaria e Areal para LUMIAR), a mesma proporção e a mesma disposição, sem qualquer alteração, com vista a ser encaminhado para diversos fabricantes a fim de se obter vários orçamentos, para se proceder à posterior fabricação. O resultado final é o que se apresenta na próxima imagem.

(34)

26

Figura 15 - Desenho técnico com vista cotadas do reclamo para a cervejaria, fonte: produção da estagiária.

Figura 16 – Vista de frente do actual reclamo luminoso da Cervejaria LM, fonte: produção da estagiária.

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27

Figura 17 - Vista de lateral do actual logótipo da Cervejaria LM, fonte: produção da estagiária.2

2

Tendo casualmente passado na cervejaria Lumiar, a estagiária constatou com alguma indignação, que o logótipo e o reclamo luminosos que foram lá colocados, nada têm a ver com o seu trabalho realizado durante o estágio.

As duas imagens anteriores ilustram bem a indignação que o facto causou. Presumivelmente novas condicionantes terão surgido na exequibilidade do projecto em termos de recurso a subcontratação de serviços a terceiros e/ou a processos tecnológicos disponíveis.

(36)

28 O segundo projecto que aqui se mostra, concebido pela estagiária, consistiu na modelação, vistas cotas e material utilizado (madeira lacada a preto brilho), de um armário de raiz ao gosto do cliente, para a Lamborghini, mediante o seguinte texto enviado por e-mail pelo cliente:

“Agradecemos que nos remetam orçamento para a produção e entrega de um armário para a Lamborghini.

O armário deverá ter as seguintes características: Dimensão: 2,00m x 2.00m.

1 Gavetão em baixo e dividido ao meio em cima com duas portas. A porta deverá ser em vidro do lado direito.

O gavetão e as portas deverão ter fechadura.

O interior do armário do lado direito deve ser dividido com prateleiras de vidro. O interior do armário do lado esquerdo deve ter um varão para pendurar roupa.

A estrutura do armário deverá ser em cor preta”.

Segundo o tutor, a peça deveria ser com linha simples e rectas, sem elementos desnecessários, com simplicidade frontal.

(37)

29 Metodologia projectual utilizada:

Depois de uma pesquisa sincrónica, que levou à recolha de informação sobre armários com a mesma função existentes actualmente no mercado, foram realizados alguns esboços, com base nas ideias que surgiram, sendo estas ajustadas às condicionantes impostas pelo cliente.

Seguiu-se a criação de um conceito de armário com uma grande simplicidade dos elementos formais.

Foram feitos alguns cálculos para a altura das portas e gavetas, o número de prateleiras (reguláveis em altura), para o vão para suspensão de cabide e para a colocação dos puxadores de inox e fechaduras.

Os puxadores em inox escolhidos com um acabamento espelhado, dão harmonia ao conjunto.

Feita a sua modelação, renderização da imagem e os respectivos desenhos técnicos em AutoCAD, que a seguir se apresentam, procedeu-se de seguida, ao envio do trabalho para o cliente, a fim de se obter o seu parecer.

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30

Figura 18 – Proposta inicial para o armário (vista frontal), fonte: produção da estagiária.

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31

Figura 20 – Desenho Técnico, com vistas cotadas, da proposta inicial para o armário, fonte: produção da estagiária.

Posteriormente o cliente pediu que o armário fosse alterado, em vez de duas portas este passaria a ter quatro, sendo apenas a do lado esquerdo lacada preto e as restantes em vido. As prateleiras também teriam que ser alteradas e passariam a ser ao longo das três portas de vidro.

Realizou-se o projecto de alteração, com base nos requisitos do cliente. A peça distingue-se da inicial quanto à capacidade de exposição do conteúdo do seu interior,

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32

Figura 21 – Proposta Final do Armário, fonte: produção da estagiária.

3

“O merchandising é o conjunto dos estudos e das técnicas de aplicação utilizados, separada ou conjuntamente, pelos distribuidores e pelos produtores com vista a aumentar a rentabilidade do local de venda e o escoamento dos produtos, através de uma adaptação permanente dos aprovisionamentos às necessidades do mercado e da apresentação apropriada das mercadorias” (Instituto francês de Merchandising) ”.

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33

Figura 22 – Desenho técnico, com vistas cotadas, da proposta final para o armário, fonte: produção da estagiária.

Este projecto foi aprovado pelo cliente, tendo sido efectuada a sua encomenda e produção.

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34

3º Trabalho

Os Designers são profissionais com conhecimentos técnicos, que nos seus projectos de interiores dão prioridade à funcionalidade e à harmonia dos ambientes, na forma como conjugam as cores e texturas dos materiais, assim como na disposição do mobiliário no espaço com coerência, criando uma sensação de bem-estar. Não descorando os princípios do Eco design e tendo uma visão integrada das questões ambientais.

Solicitada pelo tutor a estagiária deveria modelar peças de mobiliário para dois tipos de quartos, um de casal e outro duplo, para um hotel em Angola, com a totalidade de 40 quartos, a partir de catálogos de um dos fornecedores da empresa. Seguidamente foi-lhe pedido que, através de renderes no AutoCAD, obtivesse imagens fotorrealistas do espaço, estas imagens iriam acompanhar o orçamento pedido pelo cliente.

Foram modeladas várias peças com linhas muito semelhantes às linhas do catálogo, conforme o pretendido.

Quanto à realização destas imagens fotorrealistas foram aplicados os conhecimentos adquiridos na disciplina de Modelação Virtual II, tanto na aplicação de materiais como na aplicação das luzes, tendo sido feitas várias soluções ao longo da criação de sete espaços diferentes, tanto das luzes como de diferentes materiais (para o pavimento, para as paredes, estofo da cadeira, a moldura da parede, jarra com flores, abajures, cortinados e colcha) até se obter as imagens que iriam ser apresentadas ao cliente.

No catálogo que lhe foi fornecido, do qual se mostra um excerto na figura seguinte, podendo ser consultado na sua totalidade (Anexo 1), apenas constavam as dimensões mais genéricas do mobiliário e não as dos pormenores tendo estas ficado a cuidado da sensibilidade da estagiária.

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35

Figura 23 - Excerto do catálogo utilizado para a modelação do mobiliário para o hotel em Angola, fonte: produção da estagiária.

Depois de estudar o mobiliário existente no catálogo e feita uma análise preliminar de como iria ser utilizado o espaço, quais as necessidades e características dos seus ocupantes, propôs um conjunto de peças úteis e simples, com linhas direitas e sóbrias, obtidas pela estagiária em ambiente 3D do AutoCAD, depois de desenvolver um trabalho exploratório do existente no mercado, semelhante à solução pretendida.

Os quartos estão equipados com apenas o necessário para garantir conforto; cama (s), mesa-de-cabeceira, guarda-fatos, porta malas, toucador e uma cadeira, de modo a atender aos interesses do público-alvo para o qual o hotel se está a direccionar. Atendeu-se às características do utilizador, quanto às condições económicas, valores culturais e classe social.

Pode-se seguidamente observar algumas imagens fotorrealistas das peças escolhidas, obtida a partir da sua modelação.

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36

Figura 24- Cadeira forrada a tecido, fonte: produção da estagiária.

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Figura 26 – Armário de duas portas e duas gavetas, fonte: produção da estagiária.

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38 A segunda fase deste trabalho, permitiu o desenvolvimento do processo criativo, tanto na procura da harmonia cromática do espaço, como na procura da disposição adequada do mobiliário e ainda na combinação da luz e das texturas de modo a obter-se um espaço simples, de acordo com o solicitado.

A estagiária teve a intenção de fazer uma decoração que envolvesse algum conhecimento sobre as pessoas e as questões culturais do local onde está inserido, fruto de pesquisas bibliográficas e na Internet.

Com o intuito de se inteirar melhor da cultuara deste local, realizou pesquisas sobre alguns símbolos nacionais, em particular, sobre o embondeiro e a palanca negra, sobre decoração tradicional angolana, seus tecidos e padrões (anexo4). Estas pesquisas visam analisar o ambiente exterior circundante, sob o ponto de vista simbólico e psicológico e a sua relação com os ambientes interiores criados, de modo a satisfazer os parâmetros estéticos da cultura angolana.

Começou por decidir a disposição do mobiliário, tendo a preocupação com o espaço de circulação das pessoas, deixando-se o suficiente para que ela se faça sem obstáculos.

Houve também preocupação com a luz natural no interior do quarto, evitando a colocação de mobiliário junto da janela de forma, a não formar barreira à sua passagem.

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Figura 28 – Porta malas e toucador, fonte: produção da estagiária.

Optou-se por colocar o porta malas próximo da porta da entrada. O tocador e o espelho, atendendo às preocupações ambientais, ficaram perto da janela para beneficiar da luminosidade natural do espaço. Num hotel muitas vezes o tocador é também utilizado como secretária o que vem reforçar a posição quanto à luminosidade natural.

A utilização sempre que possível da luz natural, preserva o meio-ambiente contribuindo para um planeta mais verde no futuro.

A cama foi colocada no centro do quarto, apoiada numa das paredes onde será colocado o cabeceiro, deixando um corredor largo de cada lado, para que se possa circular confortavelmente.

O armário para a roupa foi colocado lateralmente à cama e com espaço suficiente de forma a possibilitar o seu uso adequado, ou seja, a abertura de porta e gavetas de um modo desafogado.

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40 dos cortinados, no quadro, nas paredes e no pavimento.

1º Espaço

Nesta fase do projecto pretendia-se criar quartos de hotel com uma decoração que fosse de encontro ao gosto africano, harmonizando-se com as peças de mobiliário proposto. Foi criado um ambiente descontraído transmitido pelas cores. A escolha cromática foi para os tons garridos; os vermelhos, os verdes, os amarelos e os brancos, que conferem ao ambiente, beleza e alegria.

Figura 29 – 1º Espaço, quarto de casal (vista geral do quarto), fonte: produção da estagiária.

As paredes foram pintadas com uma cor clara, branco azulado, potenciando a luminosidade do espaço. O domínio do branco azulado é quebrado pela madeira do pavimento com tapetes verdes, pelas cores e padrões dos tecidos das almofadas e do estofo da cadeira, das colchas com motivos vegetais, pelas cores da imagem do quadro na parede do abajur e pelas jarras com flores.

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2º Espaço

Sentia-se, que mesmo com as cores garridas do espaço anterior, faltava-lhe o toque africano, para se sentir África não basta uma escolha cromática a rondar os tons garridos é necessário mais do que isso.

Inspirada na natureza, esta cultura tão rica, carregada de simbologia tem uma identidade própria, que se revela na forma como usam e combinam as cores e as formas, obtendo desta maneira ambientes muito próprios e padrões singulares nos seus tecidos. Com base no modo com que a cultura africana expressa a sua identidade, a estagiária continuou a desenvolver outros ambientes, que seguidamente se mostram.

Figura 30 – 2º Espaço, quarto duplo (pormenor das camas), fonte: produção da estagiária.

O pavimento de madeira substituiu-se por uma alcatifa ficando desta forma o espaço mais confortável e sobre ela um tapete em pele de onça, quebrando a falta de vivacidade do seu tom cinza. Mudou-se o tecido da colcha para tons cinza e preto e as almofadas foram revestidas com a pele de onça, obtendo-se um bom enquadramento com o pavimento.

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42 se tornem mais relaxantes, por isso substituiu-se o anterior, por uma queda de água sugerindo a sua sonoridade.

3 º Espaço

Este espaço resulta da análise e síntese, dos elementos recolhidos no espaço anterior. No quadro, a queda de água foi trocada por um elefante na savana, uma paisagem exótica com amarelos, laranjas, ocre, as colchas foram trocadas por umas em marron, estabelecendo-se uma harmonia com os tons de verdes e castanhos terra, dominantes neste quarto.

Figura 31 – 3º Espaço, quarto duplo (vista geral do quarto), fonte: produção da estagiária.

Este jogo de materiais e cores resultou num espaço vocacionado para o descanso, convidando a uma noite aconchegante, onde sobressai uma atmosfera moderna e despretensiosa.

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43 África aparece aqui nos tons terrosos do seu continente, a imagem do quarto lembra tudo o que é simples e natural. Toda a palete cromática deste espaço a fazer lembra um safari africano.

4º Espaço

África é a terra do sol escaldante, das savanas e desertos, logo as cores que representam bem este estilo tendem para os amarelos, o ocre e também os verdes escuro, como o verde-azeitona.

Sendo a natureza fonte de inspiração para a realização de muitos trabalhos, a próxima decoração foi inspirada nela, predominando os tons de verde.

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Figura 33 – 4º Espaço (pormenor da parede do toucador), fonte: produção da estagiária.

Figura 34 - 4º Espaço, quarto de casal (pormenor da cama com tapete e do armário), fonte: produção da estagiária.

5º Espaço

No espaço seguinte, tal como nos anteriores, devido ao mobiliário seria impossível criar um estilo totalmente africano, optou-se pela fusão do estilo europeu com o estilo africano, este último advêm da utilização de alguns acessórios de decoração tal como o

da imagem anterior, por um com riscas em tons de verde, que combina bem com o tecido florido, da colcha e dos cortinados.

Um tapete em pele confere um apontamento da natureza. Os tapetes com texturas de animais sobre o pavimento alcatifado em tom cinza, são o elemento étnico que misturado com a restante decoração contribui de forma marcante para a obtenção do toque africano, pretendido para este espaço.

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45 quadro com a gravura alusivas ao continente, os têxteis não passando despercebidos pelos seus padrões que expressam sentimentos e ideias destes povos. (ver anexo 5).

Sem prejudicar um aspecto relevante da sua funcionalidade que é o descanso, surge um quarto em harmonia com a envolvente, sem pretensão e simples.

Figura 35 – 5º Espaço, quarto de casal (pormenor da cama), fonte: produção da estagiária.

Na cama, nas almofadas e nos cortinados, foram utilizados tecidos nuns padrões que define bem o ambiente geral do quarto, reforçado pela dança das quatro africanas na imagem do quadro.

O tapete em pele de zebra faz um bom enquadramento com o pavimento e o papel numa das paredes com grafismos em preto e branco, contribuindo para acentuar a atmosfera étnica.

O espírito dominante do quarto é alegre devido ao predomínio dos têxteis com padrões rústicos e coloridos, com cores fortes misturadas com o preto obtendo-se um contraste cromático bem ao gosto africano.

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Figura 36 – 5º Espaço (pormenor da parede do toucador), fonte: produção da estagiária.

6º Espaço

O conjunto prima pela simplicidade e aspecto um pouco rude vincado pela imagem da Palanca Negra Gigante, a substituir as mulheres negras da imagem anterior.

Este animal só é encontrado em angola, sendo por isso um símbolo nacional, bem representativo da cultura angolana. Os angolanos nutrem um grande respeito por este animal, que segundo a mitologia africana, é símbolo de vivacidade, velocidade e beleza.

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Figura 37 – 6º Espaço, quarto de casal (pormenor da cama e do quadro), fonte: produção da estagiária.

A Palanca Negra Gigante é ainda o símbolo da equipa nacional de Futebol e das linhas aéreas angolanas, daqui se infere a sua importância na cultura angolana.

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48 No presente espaço confunde-se a modernidade com a tradição. A modernidade devido ao mobiliário e a tradição devido aos tecidos de grande força visual, com os seus padrões bem marcados e cores saturadas, fazem lembrar as vestes das tribos africanas.

Figura 38 – 7º Espaço, quarto duplo (pormenor da cama), fonte: produção da estagiária.

O estofo da cadeira em pele de tigre e o tapete em pele onça, assim como o quadro com uma serie de rostos de mulheres negras com os panos na cabeça, eram os elementos que faltavam para conferir ao quarto um ambiente com um toque vincadamente africano.

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Figura 39 – 7º Espaço (pormenor da janela com embondeiro), fonte: produção da estagiária.

Destaque para a paisagem vista através da janela, um Embondeiro. Árvore de grande porte, fazendo parte integrante da paisagem Angolana, dominando-a pela seu tamanho e pelo vasto numero de exemplares existentes. Simboliza equilíbrio devido às suas folhas, flores e frutos que curam doenças e mitigam males. É comum serem colocadas ofertas no seu tronco para os espíritos que o habitam. Um forte símbolo africano que faz parte desta cultura nas suas tradições, lendas e rituais, no artesanato e nas obras de arte.

De referir que o embondeiro é mencionado num dos meus livros preferidos “O principezinho” de Saint-Exupéry. O autor nesta obra frisa bem a grandiosidade desta árvore, quando refere o medo que o principezinho sentia do poder das suas raízes que se crescessem iriam fazer explodir o seu asteróide, pequeno planeta onde vivia. Para que ele não explodisse tinha que arrancar todos os rebentos antes que eles crescessem.

Os cortinados com padrões vibrantes e cores quentes e garridas resguardam e deixam passar a luz natural, sendo ao mesmo tempo um elemento decorativo de grande impacto visual.

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4º Trabalho

O presente projecto tem como objectivo modelar peças de uma linha de mobiliário escolar, exposto no posto de venda da Gonçalves e Gonçalves, com vista à sua reprodução na China onde a mão-de-obra é mais barata, podendo praticar preços mais baixos nos projectos, fazendo face à concorrência, na tentativa de conciliar as exigências do cliente com o produto final, incluindo o factor custo.

Cada peça foi modelada com a totalidade dos seus componentes e estes com todos os seus elementos, exactamente com as medias das peças originais, com vista à criação dos respectivos desenhos técnicos. Estes em AutoCAD são gerados automaticamente pelas projecções das vistas a partir dos sólidos 3D. Os desenhos extraídos servem de elemento informativo para a fabricação, aquando da sua reprodução.

Com intuito de facilitar a posterior montagem, os componentes constituintes destas peças foram mostrados através da explosão da modelação do conjunto, proporcionando-se uma melhor percepção, mostrando-proporcionando-se desta forma os pormenores que ficariam ocultos com o conjunto montado.

Neste último trabalho, devido à vasta quantidade de peças tratadas pelo mesmo processo, seria monótono e longo que se apresentasse um relato aprimorado de cada uma. Neste sentido, pelas razões que se apresentam, irá fazer-se um relato detalhado, de apenas uma peça, o cabide, a título de exemplo.

Embora não tivesse sido pedido à estagiária para que esta realiza-se os desenhos técnicos, afigura-se importante ilustrar o dito anteriormente, pelo que, se apresenta o respectivo desenho técnico a par de algumas imagens da peça modelada.

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Figura 40 - Cabide, fonte: produção da estagiária.

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Figura 42 – Desenho técnico do cabide, fonte: produção da estagiária.

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Figura 44 – Desenho técnico dos ganchos do cabide, fonte: produção da estagiária.

Não foi permitido que os componentes fossem desmontados, pois estas peças faziam parte dos equipamentos de exposição da loja. A dificuldade em medir os elementos ocultos das peças, foi superada pela criação de uma solução possível para a sua concepção, como se ilustra com o anterior desenho.

No caso do cabide, por exemplo, este encontrava-se fixo à parede da loja não sendo possível desta forma observar-se como era o sistema de fixação à parede, foi então criado o que se mostra no desenho seguinte.

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Figura 45 – Sistema de fixação do cabide, fonte: produção da estagiária.

Figura 46 – Desenho técnico do sistema de fixação do Cabide, fonte: produção da estagiária.

De todos os trabalhos realizados ao longo deste estágio, de longe o que deu menos gozo fazer foi este último, não tendo havido qualquer hipótese de inovar limitando-se a reproduzir em AutoCAD o existente no posto de venda, tal como lhe foi solicitado.

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56 Feita a redacção do relatório de estágio, constatou-se que os objectivos propostos foram alcançados. Considera-se que o estágio esteve adequado ao fim a que se propunha, ou seja, desenvolveu a aprendizagem adquirida durante as aulas em contexto de trabalho.

O estágio proporcionou-me uma visão mais abrangente das actividades inerentes ao Design, permitiu-me fazer uma autoavaliação do meu desempenho, permitiu articular conhecimentos académicos com o contexto laboral, gerir prazos de trabalho, cumprir compromissos e outras exigências do mundo do trabalho.

Esteve de acordo com o que foi leccionado durante os três anos da parte lectiva do curso e permitiu uma familiarização ao longo do seu decurso, com vários produtos e suas características existentes em catálogo e no espaço comercial da empresa.

Tal como o escritor comunica através da palavra escrita e usa um processador de texto, como ferramenta de auxílio à sua comunicação, o designer comunica através do desenho (2D) e da modelação (3D) e usa programas CAD (Computer-aided design), como ferramenta de auxílio à sua forma de comunicar.

O designer deverá dominar as técnicas, não basta ter boas ideias para se poder ser designer é necessário ter técnica para que elas possam ser postas em prática, para poderem ser comunicadas e ganharem “corpo”.

Neste sentido, o estágio contribuiu principalmente para o desenvolvimento de uma das ferramentas de comunicação, o AutoCAD, que permite “materializar” os resultados do processo imaginativo do designer.

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57 Neste ponto da conclusão, procura-se expor a opinião pessoal da estagiária sobre a falta de investimento para inovação nos produtos, por parte das empresas.

A criação de produtos novos ou melhorados para produção comercial, implica sempre investimentos e riscos, desde a concepção da ideia até à sua implementação no mercado, enquanto que, a reprodução não implica nenhum investimento com a fase criativa.

O reconhecimento de um mercado potencial para o escoamento de produtos, leva muitas vezes a reproduções, na mira de lucros económicos, usando-se ideias já existentes, poder-se-á desta forma praticar preços mais baixos, pois tem vantagem de não se efectuar nenhum investimento nas actividades inventivas.

O design é um investimento que acrescenta valor aos produtos, é uma estratégia de inovação para competitividade através das vantagens dos seus produtos em relação aos existentes. Urge compensar e incentivar quem desenvolve a realização de inovações, pois são estes produtos novos, quando bem sucedidos, para além de contribuírem para melhorar o sucesso empresarial, contribuem também para melhorar o Bem-estar Social e aumentar a diversidade cultural de cada região e consequentemente de cada país.

Deve-se proteger as novas ideias para que o direito possa ser aplicado quando necessário. Proteger é criar meios de salvaguardar de ameaças indesejáveis, sendo o Direito da Propriedade Industrial um instrumentos ao dispor das empresas.

Por último, no sentido de poder melhorar as competências adquiridas pelo curso de Design de Equipamento, deixa-se uma sugestão à escola, que consiste em que os alunos ao longo da parte lectiva do curso, quando realizam trabalhos que fazem parte da avaliação de algumas disciplinas, pudessem fazer esses projectos integrados em empresas, funcionaria como uma etapa de transição para o estágio ou para uma futura

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B

IBLIOGRAFIA

Santos, João. AutoCAD 3D 2010 Curso Completo. FCA, 2010.

Garcia, José. AutoCAD 2009 & AutoCAD LT 2009 Curso Completo. FCA, 2009. Neufert, Ernst. Arte de Projectar em Arquitectura. Editora Gustavo Gil, S.A.,1998. Felgueira, Prof. Teresa, Textos de Apoio da para a disciplina de Gestão de Design e Marketing, ano lectivo 2009/2010, 3º Ano do Curso de Design de Equipamento, ESTG-IPG.

W

EBGRAFIA

www.youtube.com AutoCAD 3D sólidos. Wmv, em 19-08-2010. www.tresd1.com.br/texturas, em 01-09-2010.

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Índice de Anexos

Anexo 1 - Catalogo de Móveis………... 62 Anexo 2 - Imagens fotorrealistas das peças de mobiliário escolar modeladas em ambiente 3D- AutoCAD………..………67

Anexo 3 – Imagens da Gonçalves & Gonçalves………..82 Anexo 4 – Tecidos e decorações de Angola. ………..86

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Anexo 2 –

Imagens fotorrealistas

das

peças de mobiliário escolar

modeladas em ambiente 3D - AutoCAD, pela estagiária

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Banco de Balneário

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Figura 47-Instalações da sede e ponto de venda.

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Figura 49 – Instalações da sede e ponto de venda (exposição).

Figura 50 - Instalações da sede e ponto de venda – Departamento Comercial.4

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88 Os padrões impressos nos tecidos não são apenas decoração. A cada padrão corresponde um nome, um provérbio ou uma ideia, e ao vestir um determinado pano está a enviar-se uma mensagem silenciosa a todos os que o vêem.

Muitos dos padrões que circulam têm apenas nomes locais, mas outros são verdadeiros clássicos, atravessam décadas e nunca saem de moda. Falam das relações entre marido e mulher, entre a mulher e as outras mulheres, entre cada um e comunidade. São precisamente os padrões, juntamente com as cores saturadas, que nos fazem reconhecer imediatamente estes tecidos como africanos. Muitas vezes são abstractos, muitos incluem motivos vegetais e animais.5

5

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Decoração ao Estilo Africano

O estilo africano está em alta. Com uma cara nova, a casa ficará mais alegre e aconchegante com tecidos e revestimentos étnicos para móveis e acessórios.

A nova aposta da Donatelli, loja especializada em tecidos, é a linha africana, feita com estampas de animais, ideais para revestir poltronas, cadeiras ou compor mantas e painéis. Destaque para as almofadas de elefantes, zebras e onças. Tudo com muito bom gosto e sofisticação.

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90 misticismo incluso nos objectos e pinturas.

O sol escaldante, das savanas e desertos dão os tons amarelos cor de terra, como o ocre, terra de Siena queimado, e outras variações de cores quentes, mas as escolhas podem pender também para os grafismos, em branco e preto.

A decoração em estilo africano é constituída basicamente de móveis e persianas em madeira e palha e peles de animais, uso de cores quentes, esculturas em ébano, muitos artigos religiosos como mascaras (disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas), esculturas em marfim ou madeira, cajados e totens.

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91 Fortes referências à terra nesta composição. Cores quentes como o amarelo da parede e os tons terrosos do piso e dos outros elementos decorativos “despertam” e transmitem euforia e vivacidade (ideal para ambientes onde vivem pessoas deprimidas). De qualquer forma, o aspecto contemporâneo dos móveis confere o traço moderno e actualíssimo da composição do ambiente.

Os materiais devem ser naturais, evita-se plástico e favorece madeira (com preferência a madeira escura) rattan, bambus, como acessórios decorativos pode-se usar máscaras tribais e esculturas.6

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Referências

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