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Seu médico vai decidir qual será o melhor tipo para seu caso, conforme o tipo de osso, idade e tipo de desgaste ou da doença.

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Academic year: 2021

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O QUE É ARTROPLASTIA

Artroplastia é o nome dado à cirurgia de substituição de uma articulação (junta), quando existe um desgaste da cartilagem. Quadril é a articulação entre a coxa e a bacia. A Artroplastia é Total quando a substituição é feita na cabeça do fêmur (osso da coxa) e também na bacia. Pode ser parcial, quando é substituída apenas a cabeça do fêmur , e isto está indicado apenas nos casos de fratura de pacientes idosos.

PRÓTESE

Prótese de quadril é o nome do material que será colocado para substituir a articulação que está gasta. Geralmente são feitas de aço inoxidável ou de Liga de Titânio, que é um material muito resistente e que oferece uma boa integração com o osso.

Para se fixar ao osso elas podem ser: cimentadas ou não cimentadas. O cimento utilizado é semelhante àquela argamassa cor-de-rosa utilizada pelos dentistas, contudo utiliza-se um tipo próprio para o uso em cirurgias ósseas e com uma qualidade para fixar a prótese ao osso.

Alguns tipos de prótese não necessitam o cimento, e fixam-se diretamente no osso por causa de seu formato. O princípio desta fixação pode ser explicado com o exemplo de um prego batido em um bloco de madeira. O metal abre o espaço na madeira que por ser material orgânico, tem uma plasticidade e trabalha, dando espaço para o prego. No final desta introdução a madeira se acomoda fixando o prego. Chamamos este princípio de "Press fit". É desta forma que uma prótese não cimentada fixa-se ao osso.

Seu médico vai decidir qual será o melhor tipo para seu caso, conforme o tipo de osso, idade e tipo de desgaste ou da doença.

Em alguns casos pode-se utilizar tanto a prótese cimentada quanto a não cimentada, esta é uma decisão técnica e que cabe apenas ao médico.

Existe também a possibilidade de se utilizar as Próteses Hibridas, ou seja, uma parte não cimentada (geralmente o acetábulo) e uma parte cimentada (geralmente o fêmur).

As Próteses são compostas de várias partes: • A haste vai dentro do fêmur (osso da coxa)

• A cabeça femoral que pode ser de metal (aço) ou cerâmica .

• O Liner que é a parte que vai fixar-se na bacia e articular-se com a cabeça. Pode ser de polietileno, cerâmica ou metal. . É o conjunto cabeça-liner que vai permitir o movimento da sua nova articulação.

Tipos de Liner

• O polietileno. É um plástico de alta densidade e serve para encaixar a cabeça do fêmur. Nas próteses cimentadas ele vai fixo diretamente na bacia

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pelo cimento. Nas não cimentadas vai encaixado em uma cúpula metálica que por sua vez é fixa no osso por "Press Fit". Pode ser articulado com cabeças de metal ou de cerâmica.

• Cerâmica. Pode articular apenas com cabeças de cerâmica. • Metal. Pode articular apenas com cabeças de metal

• Cúpula metálica. Fixa-se à bacia através de seu formato com ou sem parafusos . O Liner encaixa-se dentro da cúpula metálica

Esquemático DURAÇÃO E COMPLICAÇÕES

Os livros e trabalhos científicos dizem que as próteses duram em média 10 a 15 anos. Este tempo tem aumentado com a melhora da qualidade dos materiais.

Geralmente ocorre um desgaste no polietileno (plástico). Também pode soltar o cimento do osso. Outro motivo de soltura é a infecção. Ela pode ocorrer lentamente e soltar a prótese nos primeiros dois anos. As solturas que ocorrem após dois anos raramente são por infecção.

Costumamos dizer que toda cirurgia tem quatro riscos: • Risco Cirúrgico = Problemas durante a cirurgia.

• Risco Anestésico = Hoje em dia pouco freqüente, pois os aparelhos são melhores e os medicamentos também. O cirurgião deve trabalhar com um anestesista de sua confiança.

• Risco de Infecção = o cirurgião assim como outros membros da equipe devem ser extremamente rigorosos no controle das infecções.

• Risco de não ficar bom = pode haver complicações que levem a um mau resultado. Complicação não quer dizer erro.

Além destes riscos gerais, existem riscos inerentes a este tipo de cirurgia, como a Trombose Venosa Profunda, Lesões de nervo (quando existe um encurtamento do membro muito grande, a prótese pode e deve alongar o membro, mas pode haver o estiramento do nervo, causando transtornos que na maioria das vezes são transitórios).

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Sempre há o cuidado de se tentar igualar o comprimento dos membros, mas isto realmente é muito difícil. Assim pode haver alguma discrepância do comprimento, ficando o membro operado um pouco menor ou maior que o outro lado.

Para diminuir estes riscos deve haver planejamento, critérios rigorosos de prevenção de infecção, sintonia com a equipe. Tudo isto diminui os riscos, mas eles sempre existem.

PORQUE OPERAR

A dor e a incapacidade para suas atividades indicam a cirurgia. Não há idade máxima para cirurgia. Geralmente orienta-se que quanto mais velho melhor, pois o paciente idoso caminha menos e gastaria menos a prótese.

A Artroplastia do quadril deve ser feita quando o paciente desejar. Quando a dor e a dificuldade para caminhar estiverem muito grandes o paciente pede ao médico a cirurgia.

A Artroplastia do quadril é uma excelente solução para quem precisa dela. Os riscos fazem parte desta solução.

O DESGASTE

Se esta prótese sofrer desgaste e começar a apresentar sinais de soltura o médico vai indicar uma revisão desta prótese.

Neste caso é o médico que diz a hora de operar, mesmo que o paciente não sinta dor.

Esta cirurgia chama-se revisão de prótese e tem uma dificuldade técnica maior que a primeira.

O QUE NÃO PODE FAZER APÓS ARTROPLASTIAS DE QUADRIL A. Não fletir o quadril mais que 60° (cabeceira do leito com 60°) • Não pode usar vaso sanitário (pois tem + que 90° de flexão) • Usar apenas sanitário adaptado.

Obs: Se quiser fletir o joelho => baixar a cabeceira para que o quadril fique com 60°

Figura 1

B. Não pode cruzar as pernas, por isto tem que ficar com o coxim de abdução (travesseiro entre as pernas) ,ou de pernas abertas.

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Figura 2

C. Não pode virar de lado, sobre o lado bom (lado da cirurgia para cima), sem o coxim.

Figura 3

D. Não pode deitar sobre o lado operado por 30 dias.

Figura 4

O QUE PODE FAZER NO PÓS OPERATÓRIO DE ARTROPLASTIA DE QUADRIL A. Mudança de decúbito

• Pode virar o paciente sobre o lado bom ( lado operado para cima) COM O COXIM DE ABDUÇÃO ENTRE AS COXAS ( na altura dos joelhos)

Figura 5 - Lado Operado para cima B. Banho

• Vale a recomendação acima. A equipe de enfermagem vai lhe ajudar nos primeiros banhos.

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• Com joelhos esticados pode fletir o quadril até 60°. Se flexionar o joelho deve esticar o quadril, ou baixar a cabeceira do leito. Sempre manter 60 graus de flexão.

Figura 6 D. Qualquer dúvida falar com o médico.

QUANDO EU POSSO

A. PISAR A PERNA OPERADA NO CHÃO

• Nas próteses cimentadas ou híbridas no dia seguinte da cirurgia • Nas próteses não cimentadas apenas após três meses.

B. DIRIGIR

• Quando tiver o completo domínio dos movimentos da sua perna, o que geralmente ocorre após o 2° ao 3° mês, contudo pode ser antes disto se houver força e coordenação motora suficiente para conduzir um veiculo sem riscos para você e para terceiros.

C. TER RELAÇÕES SEXUAIS

• Evitar antes de completar 30 dias. Após este período deve-se conversar com o médico para saber se já há condições para ter relações sexuais

D. FAZER ESPORTES

• A prótese foi realizada para melhorar a dor. Dependendo do tipo de esporte pode haver um desgaste maior e mais rápido. Correr e caminhadas longas não são adequados. A natação e hidroginástica poderão ser realizadas após o 3° mês. Dependendo do implante, da idade, e do resultado cirúrgico até tênis em dupla pode ser permitido. Atualmente existem próteses que permitem uma

atividade física mais intensa, mas ainda não se conhece seus resultados a longo prazo.

Referências

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