MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS
ECONÔMICAS
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PLANO DE ENSINO
Disciplina: Introdução a Economia da Inovação CHS: 32
Curso: Núcleo Livre Unidade: FACE
Semestre: 2015/02 Pré-Requisitos: nenhum Horário: Quarta-feira 20h30min às 22h
Professora: Vanessa Marques de Souza Rocha Contato: vanessamarques@ufg.br
1. EMENTA:
Introdução à Economia da Inovação – Conceitos básicos: invenção, inovação, difusão; Ciência, tecnologia; Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Teorias e modelos de inovação. A difusão tecnológica e seus principais determinantes. Inovação, aprendizado tecnológico e estratégias empresariais. Políticas de inovação.
2. OBJETIVOS:
Apresentar noções introdutórias sobre a inovação do ponto de vista da teoria econômica, tais como a microeconomia (tamanho da empresa, relação entre P&D e inovação, incerteza, mecanismos de apropriação) e a macroeconomia da inovação (crescimento econômico, catching-up, sistema nacional de inovação). Trata-se de um Núcleo Livre (sem pré-requisitos), sua abordagem será introdutória, serão apresentadas sugestões de leituras complementares para os alunos que queiram aprofundar os estudos.
3. CONTEÚDO:
I- INTRODUÇÃO: ECONOMIA DA INOVAÇÃO OBJETIVO: apresentar os conceitos de inovação.
*Leitura básica: Manual de Oslo, cap. 2 e 3. I.1) Invenção x inovação; tipos de inovação.
II – PAINEL HISTÓRICO
OBJETIVO: painel histórico sistematizando as diversas fases do capitalismo e indicando suas relações com revoluções tecnológicas
*Leitura básica: Freeman & Soete, 2008, cap. 1 e 2; Tigre, 2006, cap.1 e 2. II.1) Fases do desenvolvimento capitalista e revoluções tecnológicas.
III – INOVAÇÃO E DIFUSÃO
OBJETIVO: apresentar as características do processo de difusão de inovações, bem como os principais modelos de difusão.
*Leitura básica: Tigre, 2006, cap. 5.
III.1) velocidade da difusão; determinantes da difusão.
IV - O PAPEL DA CIÊNCIA NO AVANÇO TECNOLÓGICO
OBJETIVOS: avaliar o crescente peso da ciência nos paradigmas tecnológicos mais recentes, discutir as relações entre ciência e economia, avaliar a sua dinâmica evolutiva e as relações recíprocas com a tecnologia.
*Leitura básica: Rosenberg, 2006 cap. 7; IV.1) O papel da ciência para a economia; IV.2) Papel econômico da pesquisa básica;
IV.3) A firma capitalista investindo em pesquisa básica;
IV.4) A contribuição da ciência para o setor industrial (Freeman & Soete, 2008). V - MICROECONOMIA DA INOVAÇÃO (3 aulas)
OBJETIVO: investigar a origem, motivações e fontes da dinâmica inovativa, introduzir uma microeconomia da inovação. Sistematizar as regularidades do processo inovativo. *Leitura básica: Rosenberg, 2006, cap. 10; Tigre, 2006, cap. 6, 7 e 9 ao 11, Hasenclever & Tigre, 2002.
V.2) Oportunidades tecnológicas;
V.3) Diferenças inter-setoriais nas oportunidades tecnológicas; V.4) Condições de apropriação;
V.5) Tecnologias, path-dependence e lock-in;
V.6) Paradigmas e trajetórias tecnológicas; V.7) Capacidade de absorção;
V.8) Difusão tecnológica;
V.9) Interação produtor-usuário.
VI - MACROECONOMIA DA INOVAÇÃO: CRESCIMENTO ECONÔMICO, A CO-EVOLUÇÃO ENTRE TECNOLOGIAS E INSTITUIÇÕES E O CONCEITO DE SISTEMA NACIONAL DE INOVAÇÃO
OBJETIVOS: introduzir pesquisas recentes sobre articulação entre mudança tecnológica e evolução institucional; discutir o papel da tecnologia no crescimento econômico das nações, sua relação com as diferenças de crescimento e desenvolvimento e seu papel no comércio internacional; apresentar o conceito de sistema nacional de inovação, estudar as características distintivas de países em função dos diferentes estágios de desenvolvimento econômico, debater a relação entre sistemas nacionais de inovação e o processo de globalização.
*Leitura básica: Nelson, 2006, cap. 2 e 10; ; VI.1) Instituições e mudanças tecnológicas; VI.2) Instituições e evolução;
VI.3) Co-evolução entre instituições e tecnologias;
VI.4) Inovação e crescimento econômico; Desenvolvimento e difusão de tecnologia; Tecnologia e diferenças internacionais nas taxas de crescimento;
VI.5) O conceito de sistema nacional de inovação; VI.6) Da imitação à inovação.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação será composta por um seminário em grupo, um trabalho e uma prova final. As três avaliações possuem o mesmo peso, a média final será feita pelo somatório de cada uma das avaliações dividido pelo número de avaliações, calculada pela fórmula:
MF = (P1+P2+P3)/3
O aluno será considerado aprovado se obtiver uma nota total final igual ou superior a 6,0 (seis) e freqüência igual ou superior a 75% da carga horária total da disciplina. Informações adicionais podem ser encontradas no Guia do Estudante - UFG.
4. CRONOGRAMA PREVISTO
TÓPICO CARGA HORÁRIA PREVISTA
UNIDADE I 4 UNIDADE II 6 UNIDADE III 4 UNIDADE IV 6 UNIDADE V 6 UNIDADE VI 6
TOTAL DE HORAS AULAS: 32
5. BIBLIOGRAFIA
5.1 Bibliografia Básica
FREEMAN, C. e SOETE, L. (2008) A Economia da Inovação Industrial. Campinas, São Paulo. Editora Unicamp. Coleção Clássicos da Inovação.
HASENCLEVER, L.; TIGRE, P. (2002). Estratégias de inovação. In Kupfer, D. e Hasenclever, L. Economia Industrial: Fundamentos Teóricos e Práticas no Brasil. Editora Campus.
Manual de Oslo: Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. 3ª Edição.
http://www.finep.gov.br/dcom/brasil_inovador/arquivos/manual_de_oslo/sumario.html
NELSON, R. R. (2006) As fontes do crescimento econômico. Campinas: Editora UNICAMP, 501 p. Coleção Clássicos da Inovação.
NELSON, R. R.; KIM, L. (2005) Tecnologia, aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Campinas, SP: Ed. da UNICAMP, 503p. Coleção Clássicos da Inovação.
ROSENBERG, N. (2006) Por dentro da Caixa Preta. Cap. “Quão exógena é a ciência”. Campinas, São Paulo. Editora UNICAMP. Coleção Clássicos da Inovação.
TIGRE, P. B. (2006) Gestão da Inovação: a economia da tecnologia no Brasil. Rio de Janeiro. Editora Elsevier.
5.2 Bibliografia Complementar
DOSI, G. (2006) Mudança Técnica e Transformação Industrial: a teoria e uma aplicação à indústria dos semicondutores. Campinas: Editora UNICAMP, p. 460. Coleção Clássicos da Inovação.
HASENCLEVER, L.; FERREIRA, P. (2002). Estrutura de mercado e inovação. In Kupfer, D. e Hasenclever, L. Economia Industrial: Fundamentos Teóricos e Práticas no Brasil. Editora Campus.
KIM, L. (2005) Da imitação à inovação: a dinâmica do aprendizado tecnológico da Coréia. Campinas: Editora UNICAMP, p. 388
LANDES, D. (1998) A riqueza e a pobreza das nações: por que algumas são tão ricas e outras tão pobres. Rio de Janeiro: Campus, 760p.
LANDES, D. (2005) Prometeu Desacorrentado: Transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa ocidental, de 1750 até os dias de hoje. Editora Campus.
MOWERY, D.; ROSEMBERG, N. (2005). Trajetórias da Inovação: a mudança tecnológica nos Estados Unidos da América no século XX. Campinas, São Paulo. Editora Unicamp. Coleção Clássicos da Inovação.
NELSON, R.; WINTER, S. (1982). Uma teoria evolucionária da mudança econômica. Campinas/SP, Editora da Unicamp, 2005. Coleção Clássicos da Inovação.
PELAEZ-ALVAREZ, V.; SZMRECSANYI, T. (2006) Economia da inovação tecnológica. São Paulo: Hucitec: Ordem dos Economistas do Brasil, 497 p. (Economia & planejamento. Obras didáticas)
ROSENBERG, N.; BIRDZELL, L. E. (1996) A história da riqueza do Ocidente: a transformação econômica no mundo industrial. Rio de Janeiro: Record.
SCHUMPETER, J. (1982). A Teoria do Desenvolvimento Econômico. Cap 2. São Paulo. Abril cultural. Coleção Os Economistas.
SCHUMPETER, J. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Cap. 7 “O processo de destruição criadora”. Esta obra está disponível no endereço:
http://www.ordemlivre.org/files/schumpeter-csd.pdf
STOKES, D. E. (2005) O quadrante de Pasteur: a ciência básica e a inovação tecnológica. Campinas, SP: Ed. da UNICAMP, 246p. Coleção Clássicos da Inovação.
TIDD, J.; BESSANT, J.; PAVITT, K. (2008) Gestão da Inovação. 3ª edição. Editora Artmed.
________________________________________________ Professora Vanessa Marques de Souza Rocha
SIAPE 2220819
_________________________________________________ Coordenadora do Curso de Ciências Econômicas – UFG