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Metodologia. Método de recolha de dados

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Academic year: 2021

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Metodologia

Método de recolha de dados

O processo de recolha de dados que foi desenvolvido no âmbito do projeto cIDADES envolveu a utilização de um inquérito por questionário, elaborado a partir da check-list da OMS para as cidades amigas do idoso e estruturado a partir de uma metodologia de identificação de presença/ausência de atributos.

A opção pela utilização de um modelo baseado na identificação de presença/ausência foi, até certo ponto, influenciada pelas metodologias de trabalho utilizadas na investigação sobre ambientes no campo da ecologia. Neste tipo de metodologia, o que está em causa não é a avaliação dos atributos mas tão somente a identificação da sua presença (ou ausência). Os dados assim recolhidos permitem estimar com alguma fiabilidade taxas de incidência assim como tendem a revelar, amiúde de forma surpreendente, falhas que, uma vez conhecidas, podem ser importantes para o desenho de orientações para a intervenção.

A abordagem metodológica, porém, não representa uma medição efetiva da presença/ausência de atributos, antes uma medição da forma como os indivíduos da população de interesse representa e experiencia essa presença/ausência. Nesse sentido, as análises desenvolvidas só podem ser interpretadas como reflexo da forma como os indivíduos se apropriam e vivem as cidades sobre as quais de pronunciaram. Esta metodologia de inquirição contrasta, em certa medida, com algumas abordagens que têm marcado a utilização da check-list da OMS, a qual, em registos extensivo, tem envolvido mais frequentemente o recurso a escalas ordinais de valoração/opinião. Sendo certo que essa é uma metodologia com claras vantagens na identificação de gradientes, apresenta uma performance mais limitada se o objetivo é o mapeamento dos fenómenos de interesse. Adicionalmente, tende a apresentar níveis de dispersão maiores, e frequentemente multicolineares de variáveis relevantes, que na metodologia de presença/ausência são mais facilmente controláveis na forma como se especificam os modelos estatísticos.

Plano amostral

O plano amostral que se operacionalizou neste estudo envolveu uma estratégia mista. Se, por um lado, se utilizaram processos de seleção aleatória na representação

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territorial, foi necessário recorrer a processos intencionais na angariação de respondentes.

Num primeiro momento, e na decorrência do objetivo de inclusão no estudo de uma amostra representativa dos municípios portugueses, definiram-se como critérios de representação amostral os seguintes:

- NUTs II

- Densidade populacional do território municipal - Índice de envelhecimento do território municipal

Utilizaram-se como dados para constituição da base de sondagem os dados oficiais do INE, relativos ao ano 2009, para a densidade populacional e o índice de envelhecimento. As classificações por estratos das variáveis Densidade Populacional e Índice de Envelhecimento foram, igualmente, as utilizadas pelo INE:

Densidade populacional (Número médio de indivíduos por Km2) A - < 21,76

B – > 21,76 e < 50,65 C - > 50,65 e < 103,37 D – > 103,37 e < 215,82 E - > 215,82

Índice de envelhecimento (Relação entre a população idosa e a população em idade activa, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2 ) pessoas com 15-64 anos)

A – 67,8 a 80,5 B – 80,5 a 114,8 C – 114,8 a 153,8 D – 153,8 a 195,8 E – 195,8 a 254,7

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A estrutura final de municípios era a que se apresenta na tabela 1 abaixo. Tabela 1. Número de municípios por estrato de classificação amostral

NÚMERO DE CONCELHOS NA POPULAÇÃO DENSIDADE POPULACIONAL NUT_II ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO A B C D E Total A 0 0 0 1 15 16 B 0 1 2 7 15 25 C 0 3 4 6 2 15 D 0 6 4 4 1 15 E 10 10 3 0 0 23 NORTE Total 10 20 13 18 33 94 B 0 0 0 3 5 8 C 0 2 9 19 5 35 D 0 2 16 12 0 30 E 15 19 6 0 0 40 CENTRO Total 15 23 31 34 10 113 B 0 0 0 3 8 11 C 0 0 0 0 9 9 D 0 0 0 0 1 1 LISBOA Total 0 0 0 3 18 21 B 0 0 1 0 0 1 C 2 4 4 4 0 14 D 9 6 1 1 0 17 E 27 4 0 0 0 31 ALENTEJO Total 38 14 6 5 0 63 A 0 0 0 0 1 1 B 0 0 0 0 4 4 C 0 0 1 2 1 4 D 0 1 2 0 0 3 E 4 1 0 0 0 5 ALGARVE Total 4 2 3 2 6 17 A 0 0 2 4 2 8 B 0 0 2 1 0 3 C 0 6 1 0 0 7 D 0 1 0 0 0 1 E 0 1 0 0 0 1 AÇORES Total 0 8 5 5 2 20 A 0 0 1 1 5 7 B 0 0 0 1 0 1 C 0 0 1 1 0 2 D 0 1 1 0 0 2 MADEIRA Total 0 1 3 3 5 12

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Foram selecionados pelo método de seleção aleatória estratificada, com reposição, 172 municípios, com uma distribuição como se segue na tabela 2 abaixo.

Tabela 2. Distribuição dos municípios selecionados para a amostra

NÚMERO DE CONCELHOS NA AMOSTRA

DENSIDADE NUT_II INDICE DE ENVELHECIMENTO A B C D E Total A 0 0 0 0 8 8 B 0 1 1 3 7 11 C 0 2 2 3 1 8 D 0 3 2 2 1 8 E 5 5 2 0 0 12 NORTE Total 5 10 7 8 16 47 B 0 0 0 2 3 4 C 0 1 4 9 2 16 D 0 1 7 6 0 14 E 7 10 3 0 0 20 CENTRO Total 7 12 14 17 5 55 B 0 0 0 2 4 5 C 0 0 0 0 4 4 D 0 0 0 0 1 1 LISBOA Total 0 0 0 2 8 10 B 0 0 1 0 0 1 C 1 2 2 2 0 7 D 4 2 1 1 0 8 E 14 2 0 0 0 16 ALENTEJO Total 19 7 3 3 0 32 A 0 0 0 0 1 1 B 0 0 0 0 2 2 C 0 0 1 1 1 2 D 0 1 1 0 0 2 E 2 1 0 0 0 3 ALGARVE Total 2 1 2 1 3 9 A 0 0 1 2 1 4 B 0 0 1 1 0 2 C 0 3 1 0 0 4 D 0 1 0 0 0 1 E 0 1 0 0 0 1 AÇORES Total 0 4 3 2 1 10 A 0 0 1 1 2 3 B 0 0 0 1 0 1 C 0 0 1 1 0 1 D 0 1 1 0 0 1 MADEIRA Total 0 1 2 2 2 6

A seleção dos municípios a incluir na amostra seguiu o método aleatório de tipo lotaria com reposição. A seleção foi feita dentro de cada estrato, ou seja, dentro da lista de municípios que foram classificados em cada célula combinada dos três critérios amostrais.

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O mapa abaixo descreve a mancha efetiva de municípios que vieram a integrar o estudo nacional. A estratégia metodológica adoptada quando confrontados com a recusa de participação no estudo por parte dos intervenientes locais (autarquias) foi a da substituição por município equivalente nos três critérios amostrais, mais uma vez selecionado aleatoriamente. Persistiram algumas dificuldades que inviabilizaram a reresentação amostral desejada para algumas regiões no Norte de Portugal e, sobretudo, para a região de Lisboa.

(inserir mapa)

A amostra final de inquiridos projetada previa a seleção de 1500 indivíduos com idades superiores a 55 anos, não institucionalizados e residentes no território nacional, continente e ilhas incluídos. A amostra final incluiria, ainda, um contingente de indivíduos que se auto-classificam como técnicos e especialistas em áreas de intervenção ligadas ao apoio e intervenção junto à população idosa, com idades inferiores a 55 anos. Estes 1500 indivíduos foram distribuídos de forma proporcional pelos municípios selecionados tendo em linha de conta o peso de cada município no total da população com idade acima dos 55 anos na repetiva região (NUTs II).

Uma vez identificado o contingente de questionários a aplicar em cada município aderente, a seleção efetiva de respondentes seguiu um método não aleatório intencional e foi conduzida pelos técnicos locais envolvidos no processo e designados pelos interlocutores locais.

O trabalho de terreno envolveu uma metodologia mista de recolha de dados, tendo o questionário sido adaptado para cada uma das estratégias desenvolvidas: administração em papel por entrevistador; auto-administração em plataforma virtual.

Referências

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