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OPAC'S: catálogo online de acesso público

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OPAC´S: Catálogo online de acesso público.

OPAC'S: On-line catalog of public access.

GT3 – Tecnologia e Informação do Conhecimento Artigo Completo Para Comunicação Oral

CAMILO NETO, Antonio1

RESUMO

O advento da Internet possibilitou que as bibliotecas se modernizassem ao automatizar suas rotinas e serviços a partir de uma infraestrutura de comunicação que tem como foco o acesso à informação. Nesta linha, a partir da utilização dos Catálogos On-line de Acesso Público (OPACs), foi possível minimizar barreiras espaço temporais e agilizar o acesso à informação. Este movimento impacta na disseminação e no tratamento da informação visto que, remodela a relação do profissional da informação e do usuário. Nesse contexto, visto a importância dos OPACs este trabalho tem como objetivo fazer uma revisão da literatura, explanando seus objetivos, conceitos, recursos, estruturas, características e vantagens. A metodologia empregada é o da pesquisa bibliográfica e descritiva. Concluiu-se que os OPACs são a evolução natural dos catálogos tradicionais e que a partir deles ampliou-se o acesso aos conteúdos informacionais sendo que, esta ferramenta é imprescindível para a interação entre a informação e os usuários.

Palavras-chave: OPAC´S 1. Catálogos on-line 2. Tecnologia da Informação 3. Catalogação 4. Suportes de Informação 5.

ABSTRACT

The advent of the Internet enabled libraries to modernize by automating their routines and services from a communication infrastructure that focuses on access to information. In this line, from the use of the Online Public Access Catalogs (OPACs), it was possible to minimize time space barriers and speed up access to information. This movement impacts on the dissemination and treatment of information whereas,

1 Discente de habilitação em Biblioteconomia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). E-mail: netoa94uel@gmail.com

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it reshapes the information professional and user interface. In this context, considering the importance of OPACs, this work aims to review the literature, explaining its objectives, concepts, resources, structures, characteristics and advantages. The methodology used is that of bibliographic and descriptive research. It was concluded that the OPACs are the natural evolution of the traditional catalogs and that from them the access to the informational contents was extended, being this tool is essential for the interaction between the information and the users.

Keywords: OPAC'S 1. On-line catalogs 2. Information technology 3. Cataloging 4. Information media 5.

1 INTRODUÇÃO

A partir do século XX, mais precisamente nos anos 90, com as facilidades proporcionadas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) o processo de armazenagem, tratamento, recuperação e disseminação da informação atrelados à recursos tecnológicos, resultaram em mudanças significativas na organização da informação, ou seja, com o aumento de buscas em fontes eletrônicas de informação, modificou-se a forma como se acessa a informação nas unidades informacionais que são representados por arquivos, bibliotecas e museus.

Neste contexto, a Representação da Informação a área da Organização da Informação atua com elementos relacionados à representação descritiva e de conteúdo da informação registrada, alterou seus processos no que diz respeito à disponibilização e disseminação da informação, suscitando mudanças também nas maneiras de acesso aos catálogos, tornando-os mais ágeis e dinâmicos.

Os catálogos on-line tornaram-se realidade em grande parte das unidades informacionais atualmente inseridas na sociedade da informação. Ainda que as principais iniciativas de informatização de bibliotecas datem de 1954. Na década de 60 do século XX, com a utilização dos computadores em unidades de informação, eram feitas experiências no que diz respeito à recuperação da informação on-line. Ainda que os OPACs tenham surgido em 1974, como resultado dos consórcios On-line Computer Library Center (OCLC) e Research Libraries Group (RLG/RLIN) O

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primeiro OPAC de uma biblioteca isolada foi disponibilizado pela Universidade de Ohio no ano de 1975. (SU, 1994 apud BALBY, 2002).

Nesse contexto, a partir deste evento, grande parte das bibliotecas brasileiras passaram a utilizar os catálogos on-line, permitindo o acesso aos usuários em todos os campos da informação, deixando-os de limitar-se a um espaço ou tempo pré-determinado, impactando a disseminação, o acesso e o tratamento da informação, além de remodelar a relação do bibliotecário com seu usuário final.

2 CONTEXTO HISTÓRICO DOS CATÁLOGOS

O catálogo é considerado um dos instrumentos de trabalho mais antigo utilizado pelo profissional da informação, considerado de extrema importância para a pesquisa, tornando-se uma ferramenta imprescindível para a interação entre a informação e os usuários.

Há algumas décadas atrás a busca por documentos era feita em catálogos manuais, o que era um trabalho exaustivo, despendia de muito tempo, além de ser de difícil atualização, o que tornava as buscas nos catálogos manuais difíceis por parte dos usuários.

Ao discorres sobre os catálogos Arruda (2002, p. 229) faz o seguinte apontamento:

É o veículo principal para difundir o conteúdo da coleção, da biblioteca, pois é o conjunto de fichas que determina a existência ou não de uma certa obra conhecida pelo autor, título, a sua localização e o que possui a biblioteca sobre um determinado assunto e onde pode ser encontrado.

Segundo Fiúza (1980, p.145) o catalogo de uma biblioteca exerce funções diversas, e destaca três funções principais: “Localizadora: indica a existência de um item e a sua localização; Bibliográfica: identifica documentos por suas características fiscais e editoriais, por sua autoria ou por seu assunto; Instrutiva: reúne as obras de um autor, de um assunto e assuntos correlatos”

Os primeiros relatos da existência de catálogos se deram juntamente com o surgimento das primeiras bibliotecas na antiguidade, como por exemplo: na biblioteca de Assurbanipal (ou biblioteca de Nínive), onde foram encontrados os

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primeiros tabletes de argila com indicio de pontos descritivos de determinadas obras.

Nesta época, a principal função de uma biblioteca era servir como repositório de todo o tipo de material, fato que as tornavam importantes pois, o interesse estava na quantidade de material e documentos salvaguardados, e não a qualidade do acervo, composto por materiais como: tabletes de argila, papiro e pergaminho. Segundo Mey e Silveira (2009, p. 60)

A história dos catálogos e da catalogação na Antiguidade se caracteriza pelas primeiras iniciativas na sistematização de uma organização para a construção de catálogos e está diretamente relacionada à história das bibliotecas e à evolução dos suportes de informação. Assurbanipal (ou biblioteca de Nínive) foram encontrados tabletes de argila com as seguintes informações descritas: título, número da tábula ou volume, as primeiras palavras da tábula seguinte, o nome do possuidor original, o nome do escriba e um selo de propriedade.

Ainda conforme destacam as autoras supracitadas Mey e Silveira (2009, p. 60), “Datam de 1300 A.C as tabulas com as primeiras informações bibliográficas de descrição física, descobertas em escavações hititas (atual Turquia). Essas 27 tábulas identificavam o número da tábula em uma série, o título e, muitas vezes o escriba”.

Isso mostra que mesmo sem um código específico para catalogação que pudesse facilitar a busca pelas informações encontradas nas diversas obras contidas naquelas bibliotecas, é possível notar que os bibliotecários daquele período já se utilizavam de sistema de catalogação, ainda que de forma rudimentar há a necessidade daqueles profissionais em organizar a informação ali contida.

Com o passar dos anos e com o aparecimento da escrita pictográfica e alfabética, que evidencia a diferença entre as duas funções da escrita, onde aparece inicialmente remetida à transposição do fator geográfico (distâncias) e no mundo moderno, passando então a ter a intenção de guardar as experiências humanas para as futuras gerações.

Após a primeira grande revolução que se seguiu, neste sentido que foi a transição dos registros manuscritos para os registros impressos (surgimento da imprensa), este fato de origem a um crescimento exponencial do volume e da

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disseminação desses conteúdos, estimulando todo um campo científico de investigação no sentido de organizar, preservar e garantir o seu acesso e sua longevidade, assim, com o aumento das informações, a diversificação dos seus suportes para armazená-las, as TIC modificaram o cotidiano das bibliotecas.

Segundo Barbosa (1978, p. 196)

A necessidade de prover serviços em maior profundidade e de forma mais rápida a um maior número de usuários, bem como o aumento quantitativo de materiais tradicionais, acrescentando ao aparecimento de novas formas de materiais, levaram as bibliotecas dos países desenvolvidos a optar pelo uso de computadores para o processamento de suas operações internas. Por meio de processos simplesmente manuais tornava-se impossível garantir o tratamento técnico, atualizado das coleções e o atendimento, em tempo hábil, aos usuários. Exigia-se, portanto, um melhor nível de serviço

Nesse cenário, bibliotecas de todo mundo sentem a necessidade de adequação a esta nova demanda, assim catálogos passaram a assumir diversas formas e funções, encontrando nas tecnologias vigentes independentemente dos suportes utilizados e ampliaram a forma de exercer sua principal função: à de recuperação da informação.

2.1 CATÁLOGOS ONLINE

A partir do desenvolvimento das tecnologias utilizadas no âmbito das unidades de informação, tem-se o início da informatização dos catálogos, ou seja, as tecnologias desenvolvidas passam a fazer parte das unidades informacionais, modificando os processos para a representação descritiva, agilizando as pesquisas dos usuários e consequentemente facilitando o processo de recuperação da informação.

Ainda não há consenso na literatura no que diz respeito em como denominar esse sistema de recuperação da informação, assim podem ser encontrados como: catálogos de computador (computer catalogs), catálogos on-line, catálogos de acesso de cliente (automated card catalogs) catálogo de fichas automatizadas (automated cards), apesar de que a nomenclatura mais encontrada seja catálogo

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em linha de acesso público. Também são conhecidos por siglas como: OLC, PAC e OPAC (HILDRETH,1985).

Nesse contexto os OPACs são instrumentos que fazem pesquisas bibliográficas através de suportes ligados a sistemas computacionais, que possibilitam a utilização de diferentes recursos por diferentes usuários ao mesmo tempo como - catálogo de autor, título e assunto; de periódicos, materiais especiais, índices entre outros - que tem como proposito facilitar a recuperação da informação de modo mais rápido e eficiente pelos usuários.

Rowley e Farrow (2000 apud Silveira, 2003, p. 18-19), pontuam que:

Tem sido uma opção popular para acessar os recursos da coleção de uma biblioteca, de um grupo de bibliotecas e outros recursos informacionais em coleções remotas. Os OPACs são serviços de recuperação da informação, porém difere de outros serviços em que o foco está centrado nos recursos da coleção de uma biblioteca e uma comunidade informacional, além de ter o foco centrado nos livros, em oposição a periódicos ou recursos disponíveis na web. Inicialmente os OPACs proviam o acesso aos documentos de uma biblioteca individualmente, porém o avanço da tecnologia fez com que este pudesse acessar diferentes coleções.

Como pondera Oliveira (2008, p.3):

Os catálogos on-line tornam possível a utilização de vários dos recursos, ocorrendo grande dinamicidade no uso dos sistemas e no acesso às informações, possibilitando o acesso de um item no mesmo momento por uma infinidade de usuários. Funcionam como parte da biblioteca da realidade virtual e apresentam-se com estruturas de bibliotecas físicas.

A partir do século XX, mais precisamente nos anos 60, as bibliotecas nos Estados Unidos começaram a usar computadores para que pudessem minimizar as demandas advindas do cenário internacional frente ao emergente desenvolvimento econômico, científico e tecnológico, assim como o expressivo aumento de publicações científicas e tecnológicas com vida útil cada vez menor.

Ao descrever as vantagens iniciais do uso de computadores pelas bibliotecas Rayward (2002, p. 11) afirma que:

Os computadores pareciam oferecer aos bibliotecários a expectativa de um processamento mais eficiente no que diz respeito aos serviços aos usuários da biblioteca, à economia financeira e a contenção de custos e, à facilidade no compartilhamento de

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recursos e cooperação entre bibliotecas, que são preocupações centrais ao funcionamento das bibliotecas.

O catalogo on-line começou a ser utilizado ao longo da década de 70, como alternativa aos catálogos manuais existentes, fazendo parte da revolução tecnológica que atingiu as bibliotecas universitárias pelo país.

Somente em meados da década de 80 as bibliotecas de alguns países como Brasil passam implantar os catálogos de linha on-line, que foram gradualmente substituídos pelos sistemas caseiros de catálogos em fichas. Foi a partir da década de 90 como a crescente utilização dos computadores ligados as redes eletrônicas que se inicia a busca de um novo padrão, padrão esse mais flexível devido as características da internet.

2.1.1 Evolução, Estrutura e Funcionalidades dos OPAC´S

A evolução na automação das bibliotecas pode ser dividida em quatro períodos: a) computação off-line, que se inicia na década de 1960 até começo da década de 1970; b) surgimento dos sistemas on-line ainda na década de 1970; c) surgimento dos microcomputadores e do CD-ROM na década de 1980 e d) revolução da Internet na década de 1990. (RAYWARD, 2002)

Importante ressaltar que no final dos anos de 1970 com o uso dos sistemas on-line é que os catálogos digitais passaram a ser denominados Online Public Access Catalog (OPACs).

Em sua primeira versão, os catálogos tinham seus recursos bastante rústicos o que exigia do usuário uma maior precisão e exatidão aos termos pesquisados, haja visto que as informações nem sempre eram recuperadas, visto que, o formato de busca era exclusivamente por combinação exata de palavras ou frases.

Com o passar do tempo foram feitas correções, assim algumas limitações existentes puderam ser minimizadas, incluindo outras formas de recuperação e de registros bibliográficos em formatos mais completos. Todavia os recursos de busca ainda eram muito limitados.

Para Rowley e Farrow, (2000, p. 297) com a ascensão da internet, utilizou-se a interface de uma linguagem natural, o que possibilitou ao usuário a utilização de uma estratégia de busca, a partir de uma frase ou uma linguagem natural,

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integrando novas ferramentas e fontes de informações. Assim, a partir do uso da Internet, o OPAC passou a utiliza a interface em linguagem natural permitindo ao usuário criar uma estratégia de busca, utilizando uma frase em linguagem natural. Utiliza interface fundamentadas em modo gráfico, Grafical User Interface (GUI) e a busca em interfaces simples torna-se comum, pois apresentando resultados próximos aos esperados na estratégia de busca.

No ano de 2008, ao discorrer sobre as vantagens dos OPAC’s Levacov afirmava:

Hoje em dia, catálogos eletrônicos on-line, conhecidos na Internet como OPAC's (On-line Public Access Catalogs) tornaram-se comuns e alguns apresentam interfaces bastante sofisticadas. “Prateleiras virtuais” reúnem coleções geograficamente dispersas e podem ser construídas instantaneamente por meio de diferentes campos indexadores. O conceito de operadores lógicos booleanos, antes restritos aos profissionais da informação, integram agora, em menos de uma década, o vocabulário dos usuários. (Levacov, 2008, p. 3)

A estrutura dos OPACs tem como base a presença de sistemas computadorizados nas unidades de informação, pois seu funcionamento está estritamente ligado às TIC, como parte dessa estrutura estão os servidores que já estão presentes nas bibliotecas brasileiras em sua maioria. Além de servir como armazenador das informações processadas pelo bibliotecários os sistemas de informação tem como função a disponibilização do acervo e de seus registros bibliográficos on-line, visto que, ao acessar o catálogo a partir de um terminal de computador móvel ou estático conectado à Internet, o usuário poderá fazer suas pesquisas, além de contar com serviços como renovação de empréstimos, fazer reservas ou utilizar o Chat, quando este for disponibilizado pela unidade.

Conceitualmente o catálogo on-line não demonstra, na área da ciência da informação, grandes diferenças aos catálogos manuais. Podemos destacar como uma das grandes facilidades destes instrumentos a questão de poderem oferecer catálogos de modo coletivo, ou seja, que permitam recuperar elementos de várias unidades de informação e o mais importante sem o auxílio de bibliotecários de referência presentes em bibliotecas tradicionais. (SILVEIRA, 2003).

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Em sua maioria os OPACs apresentam os resultados em uma lista de termos que foram encontrados, normalmente apresentado um registro completo, que contém informações relativas às obras, já em uma outra tela é exibido a situação de empréstimo do item pelo usuário e oferecem as interfaces baseadas em cliques, em ícones e menus suspensos.

Os recursos utilizados pelos OPACs tornam evidentes os processos de catalogação automatizada, que assim como a indexação usa processos criteriosos para o uso das informações gerenciadas, esse processo torna possível ao catalogador selecionar as informações que descrevem os materiais disponibilizados desta forma, usuários poderão, por exemplo, recuperar os objetos presentes no sistema.

Apesar de todas a facilidades e vantagens elencadas Tammaro e Salarrelli (2008, p. 263) apontam que:

Do ponto de vista de que a principal utilização do OPAC seja destinada a um usuário remoto, que, portanto, não pode aproveitar a assistência do bibliotecário, será preciso melhorar seu funcionamento. O OPAC é diferente das bases de dados, em conteúdo e estrutura. Muitas vezes baseia-se em programas próprios (TAMMARO; SALARRELLI, 2008, p. 263).

Os catálogos on-line têm algumas desvantagens que podem dificultar o acesso aos mesmos, como por exemplo: a falta de energia elétrica e problemas técnicos em geral que podem impossibilitar o uso destes catálogos; não contar com as orientações feitas pelo bibliotecário presente nas unidades informacionais assim, o usuário terá de comunicar-se como a interface do catalogo on-line e tentar compreender os instrumentos ali disponíveis solucionando sozinho suas possíveis indagações.

2.1.1.1 OPACs 2.0

A expressão OPACs 2.0 pode ser definido pela aplicação de tecnologias e atitudes da Web2.0, ou seja, catálogos em linha de acesso público com funcionalidades da Web 2.0 ao catalogo bibliográfico. Denominada de OPAC Social

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por Margaix-Arnal, 2007, o termo reforça o aproveitamento da inteligência coletiva em sua construção, ou seja, um OPAC que se desenvolve com as funcionalidades de um software social.

Nesse cenário podemos observar o aproveitamento da inteligência coletiva em funcionalidades como: produção de etiquetas, adição de comentários e atribuição de avaliação através de pontuação a um documento.

Essa evolução dos OPACs proporcionam uma série de vantagens como: o fornecimento de novas possibilidades na recuperação da informação pela inclusão de cabeçalhos de assuntos não controlados que passa a ser uma ferramenta de descobertas, através do uso de softwares de redes sociais.

Os usuários passam a ser beneficiados com uma ferramenta mais personalizada, estabelecendo as próprias palavras-chave e consequentemente mais opções de buscas e navegação, dispondo ainda de novas informações presentes que irão ajudar na seleção do documento, como por exemplo: “li e gostei”, além do encontro fortuito da informação.

Em contrapartida as bibliotecas passam a dispor de um maior número de informações para realizar uma melhor indexação dos documentos, obtendo mais dados sobre a utilização e o interesse dos usuários, fidelizando os mesmos por meio do catalogo atualizado.

A seguir serão elencadas outras funcionalidades do OPAC 2.0 conforme aponta Borges de Lima (2011, p.25):

• Incluir ferramentas do tipo “Quis dizer?” para detectar possíveis erros ortográficos do utilizador durante a pesquisa;

• Estabelecer sistemas de ordenação de resultados que combinem a informação dos metadados e a informação social;

• Enriquecer os registos bibliográficos com a capa do livro, o sumário, índices, etc.;

• Contextualizar o autor;

• Criar feeds RSS predefinidos e personalizados;

• Possibilitar hiperligações a outros recursos de informação;

• Criar um acesso ao catálogo via WAP (Wireless Application Protocol) para utilizadores de telefones celulares ou PDA’s;

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• Permitir que os utilizadores incluam etiquetas, avaliações e comentários aos registos bibliográficos;

• Permitir que selecionem documentos como favoritos, que os organizem em pastas e possam compartilhá-las com outros utilizadores;

• Incluir ferramentas de redes sociais;

• Permitir uma pesquisa personalizada, segundo os seus favoritos, etiquetas ou requisições;

• Mostrar um ranking de livros muito requisitados;

• Mostrar livros relacionados, através de um sistema de recomendações;

• Manter um perfil para cada utilizador que possa ser compartilhado; • Permitir a criação de um avatar;

• Possibilitar a criação de grupos de utilizadores com interesses semelhantes, fóruns de discussão e chats; etc.

A partir das vantagens de um OPAC as bibliotecas que utilizam estas ferramentas passam a disponibilizar esta nova geração aos seus usuários. Em várias partes do mundo, empresas fornecedoras de sistemas, passaram a responder à demanda iniciada por parte das bibliotecas em soluções 2.0 para os seus catálogos já obsoletos, oferecendo produtos tais como o Aquabrowser41 da Medialab, Encore42 da Innovative, Primo43 ou o Voyager44 da EXLibris, Prism 345 da Talis, WorldCat Local46 da OCLC, entre outros, buscando sempre a excelência na recuperação da informação.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ocorreram grandes transformações tecnológicas no decorrer das últimas décadas, o que propiciou um grande ciclo de mudanças dentro das bibliotecas, os catálogos que antes eram manuais e passaram por transições que impactaram diretamente na forma como os usuários acessam a informação contidas nos catálogos, visto que, com advento da internet e consequentemente as inovações em torno da utilização dos computadores, essa evolução se tornou imprescindível.

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Com a demanda da sociedade pelo acesso à informação de maneira rápida e facilitada, tornou-se necessária a evolução dos catálogos tradicionais, que foi consolidada com o surgimento dos OPACs, ainda que alguns usuários apresentem dificuldades no manuseio dos catálogos automatizados, estes tornaram-se imprescindíveis nas unidades de informação.

Corroborando com o que foi apresentado neste estudo em relação a evolução dos OPACs, nos apoderamos então de umas das cinco leis da Biblioteconomia propostas por Ranganathan: “Poupar o tempo do usuário”, para desta forma destacar a importância de aprimorar a interação do usuário com o sistema e com a informação, de tal modo a minimizar quaisquer problemas entre a delicada relação existente entre: informação, sistema e usuário.

De tal forma foi possível inferir que as bibliotecas não sofreram nenhum risco com o surgimento dos OPACs, pois os mesmos são a evolução natural dos catálogos tradicionais, e a partir de sua criação é possível acessar todo e qualquer conteúdo informacional disponível com precisão e agilidade, o que era imprescindível com o crescimento exponencial de informação produzida, após advento das novas tecnologias e da necessidade de acesso por parte do usuário.

Por fim, tornou-se nítido o êxito dos OPACs, pois os mesmos tornaram possível o acesso a informação pelo usuário, desde que este tenha acesso a dispositivos móveis ou estáticos - smartphone, tablet ou computador - e que efetivem esse acesso conectando-se à rede mundial de computadores.

REFERÊNCIAS

ARRUDA, S. M.; CHAGAS, J. Glossário de biblioteconomia e ciências afim: português-inglês. Florianópolis: cidade Futura, 2002. 299p.

BALBY, C. N. Estudos de uso de catálogos online (OPACs): revisão

metodológica e aplicação da técnica de análise de log de transação a um OPAC de biblioteca universitária brasileira. 2002. 137f. Tese (Doutorado em Ciência da Comunicação) – Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

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BORGES DE LIMA, S. C. A inevitabilidade do OPAC 2.0. 2011. 67 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal. Disponível em: <

https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/18936/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o% 20_Sandra%20Lima.pdf>. Acesso em: 27 maio 2017.

FIÚZA, M. M. Funções e desenvolvimento do catalogo: uma visão retrospectiva. Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, Belo Horizonte, v. 9, n. 2, p. 139-158, set. 1980. <http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/reb/>. Acessado em: 30 maio 2017.

HILDRETH, C. R. Online Public Access Catalogs. Annual Review of Information Science and Technology (ARIST), v. 20, p. 232-285, 1985.

LEVACOV, M. Bibliotecas virtuais: (r)evolução?. Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v. 26, n. 2, aug. 1997. Disponível em:

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TAMMARO, A. M.; SALARELLI, A. A Biblioteca Digital. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 2008.

Referências

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