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Chamada CNPq/SETEC-MEC Nº 041/2014

Programa Professores para o Futuro (Finlândia) II

PROPOSTA

IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE

PROPONENTE

NOME Rodrigo Fernandes Calhau

SIAPE 2863708

INSTITUIÇÃO Instituto Federal do Espírito Santo

CAMPUS Serra

LOTAÇÃO Coordenadoria de Informática

OUTRAS

ATIVIDADES • Coordenação do Laboratório de Extensão em Desenvolvimento de Sistemas (LEDS);

• Coordenação Projeto de Inovação Social Sincap (Sistema de Notificação de Captação de Córneas)

INTRODUÇÃO

Na área de computação, a atividade de desenvolvimento de sistemas está em plena expansão e é cada vez maior a demanda por recursos competentes, ferramentas de apoio e métodos e processos capazes de resultar em produtos de alta qualidade. Isso pode ser comprovado pelo alto investimento realizado no setor de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) no Brasil, que movimenta em média de US$ 10 bilhões por ano e emprega mais de 100 mil pessoas. Apesar de tamanho investimento no setor, ainda há um déficit estimado de 140 mil profissionais.

Muitos são os fatores que podem ocasionar essa deficiência de profissionais qualificados no mercado e uma delas pode ser a própria formação dos alunos nos cursos de computação. Em muitos casos, há uma forte formação teórica e pouca experiência prática e mesmo as existentes costumam ser muito simplórias e em disciplinas isoladas, não permitindo ao aluno ver o processo como um todo e lidar com diferentes pessoas em uma equipe, como ocorreria em uma empresa. Assim, surge a seguinte indagação:

“Como possibilitar aos alunos vivenciar experiências práticas para que possam aplicar os conhecimentos do curso em uma situação similar a uma empresa?”

Essa preocupação da relação entre teoria e prática não é de agora. O filósofo e pedagogo Jonh Dewey estudou os pressupostos que conhecemos por educação progressista, que pressupunha que a educação serviria para orientar os educandos em busca das respostas e soluções para os seus problemas, por meio da experimentação. Para o filósofo, o conhecimento se iniciava com o próprio surgimento do problema e

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se desenvolvia com a resolução da situação problemática, o que possibilitava a aprendizagem. A partir desses pressupostos, o americano William H. Kilpatrick desenvolveu e sistematizou o que se conceituou “método de projetos”, tendo como princípios: a situação problemática (o projeto se inicia a partir de um problema que interessa o aluno), a experiência real anterior e a eficácia social (a boa convivência deve ser um de seus objetivos).

Trabalhar com projetos não apenas ajuda o aluno a praticar o que viu na teoria, mas vai muito além. Os projetos permitem a interdisciplinaridade, uma vez que conteúdos de diferentes disciplinas são trabalhados de forma conjunta, e a transdisciplinaridade, uma vez que outros aspectos que muitas vezes não constam no contexto das disciplinas perpassam o projeto. Outro aspecto de suma importância é a colaboração e a cooperação entre os diferentes sujeitos (alunos e professores), visando atingir um objetivo em comum.

Devido à necessidade do mercado por profissionais qualificados e dadas as potencialidades de se trabalhar com projetos, algumas Universidades e Institutos Federais têm criado fábricas de softwares acadêmicas. Dessa forma, a academia pode se aproximar da indústria, tanto no conhecimento teórico quanto no conhecimento prático e, assim, agregar valor ao profissional formado.

Dentro deste contexto, nasceu em 2012 o projeto Leds (Laboratório de Extensão em Desenvolvimento de Sistemas, http://leds.sr.ifes.edu.br), que é uma iniciativa de professores da Coordenadoria de Informática e do Núcleo Incubador do Campus Serra (NIS), com o objetivo de criar um ambiente experimental, similar a uma empresa de desenvolvimento de software, fazendo a ponte entre teoria e prática e propiciando um ambiente integrador entre docentes e discentes.

O Leds tem como pilares o tripé ensino, pesquisa e extensão, por meio dos quais pretende possibilitar que alunos e professores possam trabalhar em conjunto em um ambiente multidisciplinar e movido a projetos, proporcionando aprendizados e inovações. O fato do Leds estar instalado em uma incubadora de empresas é um diferencial que permite aos alunos uma experiência mais próxima do mercado e de inovação tecnológica.

Entretanto, devido ao pouco tempo que a iniciativa Leds possui, sua metodologia pedagógica para de fato auxiliar os alunos em seu aprendizado ainda precisa de amadurecimento. Dessa forma é importante, para a continuidade e fortalecimento do projeto, que se tenha conhecimento de modelos pedagógicos mais maduros que possam servir de base para a evolução do modelo pedagógico do ambiente Leds. ALém disso tem várias outras problemáticas como por exemplo dificuldade de gestão de recursos humanos e do laboratório, falta de uma estrutura, de processos e métodos. Esse projeto em parceria com as Instituições da Finlândia é, portanto, uma grande oportunidade para consolidar e evoluir o projeto Leds, de modo que o seu impacto no Campus e no Insituto possa ser ampliado ainda mais.

A) IDENTIFICAÇÃO DA PROPOSTA

NOME Definição de um Modelo Pedagógico e de Gestão para Aprendizado Prático em Desenvolvimento de Sistemas

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CENÁRIO Laboratório de Extensão em Desenvolvimento de Sistemas (LEDS)/ Campus Serra (com perpectivas de extender para outras iniciativas do Campus)

OBJETIVOS

GERAIS • Amadurecer modelo pedagógico do ambiente de aprendizado vivencial Leds (Laboratório de Extensão em Desenvolvimento de Sistemas), integrando Ensino, Pesquisa e Extensão com foco em Inovação Social;

• Propor e aplicar um modelo pedagógico de aprendizado vivencial baseado em projetos no contexto do Ifes, Campus Serra;

OBJETIVOS

ESPECÍFICOS • Aumentar a eficiência do aprendizado de alunos e professores no Leds por meio da vivência de problemas; • Definir meios de avaliação do aprendizado no contexto da

realização de projetos;

• Aumentar motivação dos alunos participantes da iniciativa; • Estimular maior colaboração e interação entre professores e

alunos;

• Melhorar integração de ensino, pesquisa e extensão na iniciativa;

• Estimular a integração entre os níveis técnico e superior por meio de projetos práticos;

• Estimular a interação entre disciplinas por meio de projetos práticos;

B) DESCRIÇÃO DO ARRANJO PRODUTIVO E SOCIAL NO ENTORNO DO CAMPUS

(Descrição do Arranjo Produtivo e Social no entorno do campus de atuação do Docente. Descrição de demandas da sociedade por pesquisa aplicada, formação e educação profissional, articuladas a vetores de desenvolvimento local)

O Campus está situado na Serra, localizada ao norte da capital Vitória. A Serra é a cidade mais populosa do estado, possuindo quase meio milhão de habitantes. Há predominância absoluta das atividades industriais, de comércio e serviços. O seu comércio possui forte crescimento e muitos empreendimentos imobiliários instalaram-se na região, além de possuir uma grande habilidade turística. Em tamanho absoluto, o PIB municipal é o segundo maior dentre os municípios capixabas, sendo que no setor industrial, a Serra ocupa a primeira posição com 31% do PIB industrial capixaba [link].

O município da Serra adota o modelo de gestão plena básica de atenção à saúde, que compreende as atividades pertinentes às áreas. Contudo, as condições gerais de vida da população ainda são relativamente precárias. A violência se constitui na maior causa de mortalidade entre os jovens e adultos jovens, com a agravante de apresentar uma tendência crescente. A Secretaria Municipal de Saúde da Serra não dispõe de recursos humanos suficientes para o planejamento, gerenciamento e execução das ações de saúde e carece de uma reforma administrativa que contemple a adequação

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dos recursos humanos, financeiros, físicos e materiais para atender às reais necessidades da população [link].

A Região Metropolitana da Grande Vitória e os municípios que a compõem têm sido identificados por organismos internacionais e pela imprensa nacional/regional como uma das áreas mais violentas do Brasil, e até mesmo do mundo. O crescimento da violência no município da Serra tem impactos em diferentes áreas da atividade humana e tende a prejudicar, de forma particularmente grave, as possibilidades do município em algumas frentes de atuação. Em termos econômicos, pode levar a um retraimento do investimento financeiro/industrial na região. Para a população moradora, a violência instalada e a sensação de insegurança que a acompanha provoca conseqüências sociais, psicológicas e econômicas [link].

O acelerado crescimento econômico, urbano e populacional da Serra, ocorrido nas últimas três décadas, legou ao município uma série de contradições e de problemas sociais que ainda não foram superados, embora venham ocorrendo visíveis avanços nos últimos anos. Registra-se, dentre outros problemas, a falta de espaços e de políticas de integração social dos jovens, expressa, sobretudo, pela insuficiência de vagas ofertadas no profissionalizante e pela ausência de políticas de estímulo ao esporte, ao lazer e à cultura. Por outro lado, o ensino superior no município possui limitações uma vez que é baixa a oferta de ensino principalmente na área tecnológica, uma necessidade em um município com grande concentração de indústrias e empresas prestadores de serviços de base tecnológica avançada [link].

O Campus Serra possui vocação tecnológica, tendo como eixos a Computação e a Automação. Atualmente são oferecidos os cursos de Bacharelado em Sistemas de Informação, Técnico em Informática (em dois turnos), Engenharia em Controle e Automação e Técnico em Automação (em dois turnos). Somente os cursos de Computação contam hoje com mais de 500 alunos.

Na área de computação, a atividade de desenvolvimento de software está em plena expansão e é cada vez maior a demanda por recursos competentes, ferramentas de apoio e métodos e processos capazes de resultar em produtos de alta qualidade. O Espírito Santo possui uma indústria de software ainda pequena, mas com diversas iniciativas em busca de aumento do nível de maturidade.

C) DIFICULDADES DO CAMPUS

(Apresentação das dificuldades de articulação do campus de atuação e da unidade

acadêmica do proponente com as demandas explicitadas no subitem II.2.5.2 alínea b)

Para cumprir seu papel perante a sociedade, o campus precisa se aproximar mais dos problemas da sociedade e do entorno. Entretanto o que ocorre atualmente é um distanciamento. Existe atualmente no campus poucos professores que se envolvem em atividades extra sala de aula. Dentre os que se envolvem, boa parte são para realizar tarefas administrativas. Dentre os que não realizam tais tarefas, boa parte dedica-se a atividades de pesquisa. Entretanto, dentre os temas das pesquisa, poucos possuem um cunho social ou consideram problemáticas do entorno do campus. Boa parte dos projetos de pesquisa adotam como tema problemas do setor industrial, o que também é necessário.

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propõem a fazer. Entretanto a missão do Instituto é prover ensino profissional de qualidade integrando ensino, pesquisa e extensão. Apenas integrando esses elementos que o campus estará dando uma formação completa a seus alunos e contribuindo de modo eficiente com relação as problemáticas citadas na seção anterior.

A falta de integração também ocorre entre os níveis de ensino técnico e superior do campus, onde existem poucas interações. Todavia, essa interação de alunos de diferentes níveis pode ser bastante benéficas para o instituto na realização de projetos e como o IFES possui o foco no nível técnico de ensino, é importante que os níveis se apoiem para uma qualidade de ensino melhor.

A falta de realização de projetos práticos e educação com base problemas reais, relacionados com a comunidade do entorno, tem diminuído a qualidade do ensino e trazendo diversos problemas como consequência, como por exemplo, falta de interação e colaboração entre professores, alunos e servidores, falta de visão integrada do curso pelos alunos e professores, falta de relação entre conteúdos das disciplinas, que por sua vez contribui para/com a motivação do aluno e consequentemente contribui para a evasão, um dos maiores problemas do Campus hoje, que acaba não cumprindo seu papel perante a sociedade.

Existem hoje no campus atividades como as de monitorias, iniciação ciêntífica e estágios que podem ser realizados na própria instituição, que tem contribuído na redução desses problemas, mas nenhuma delas possui exatamente o objetivo de integrar ensino, pesquisa e extensão, de modo que o aluno tenha uma formação mais completa, complementar a sala de aula, que considere problemáticas do entorno da instituição. As principais dificuldades do Campus estão resumidas na tabela abaixo. DIFIDULDADES • Distanciamento das problemáticas do entorno do campus;

• Pouca integração entre ensino, pesquisa e extensão;

• Foco no ensino tradicional, focado apenas na sala de aula, sem interação com pesquisa e extensão;

• Poucas iniciativas de extensão de impacto social; • Falta de integração entre ensinos técnico e superior;

• Pouco engajamento das pedagogas nas problemáticas docentes;

• Poucas iniciativas de caráter multidisciplinar;

• Grande evasão de alunos nos níveis técnicos e superior;

• Falta de engajamento e motivação dos alunos nas disciplinas e eventos do campus;

• Poucas atividades de formação humana e social de alunos;

D) PROPOSTA DE PROJETO

(Proposta de Projeto de melhoria de atuação da unidade frente aos aspectos

apresentados nos subitens II.2.5.2 alíneas b e c)

A partir da demanda existente e do papel da academia, leia-se IFES, de formar profissionais competentes, socialmente engajados, e de interagir com indústria e

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sociedade, surge a necessidade de criar mecanismos de aproximação destas duas realidades, seja por meio da realização de trabalhos conjuntos entre academia e sociedade, seja por meio da inserção de alunos em meio organizacional, como ocorre em programas de estágio ou residência.

Com esse intuito foi criado em 2012 o Leds, cujo objetivo é proporcionar um ambiente experimental e de vivências, similar a uma empresa de software real, dentro do Núcleo Incubador do Campus Serra. O Projeto Leds, embora tenha nome de Laboratório, não se restringe ao espaço físico e infraestrutura típicos de um laboratório. Mais do que isso, o termo dá ao projeto a característica de experimentação relativa ao desenvolvimento de software, em uma colaboração entre docentes e discentes, tanto do nível técnico quanto do superior, de diferentes cursos e disciplinas.

Desde o início o Leds procura estimular os alunos a resolverem problemas no seu contexto. Inclusive, os primeiros projetos do Leds foram todos para resolver demandas internas do próprio Campus. Atualmente, o Leds está desenvolvendo o projeto SinCap (Sistema de Informação para Notificação, Captação, Distribuição de Órgãos), financiado pela FAPES (Fundação de Amparo a Pesquisa do Espírito Santo). O SINCAP é um projeto de Inovação Social que surgiu de necessidades da CNCDO/ES (Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do Espírito Santo) de controlar e avaliar as notificações de óbitos feitas pelos hospitais do estado para doação de órgãos e tecidos. O projeto piloto do SinCap tem ocorrido no Hospital Jaime dos Santos Neves, situado no entorno do Campus e com isso, o Sincap tem sido uma das primeiras iniciativas do Campus a causar impactos na comunidade ao redor do instituto. Dado sua importância e seu impacto social, o projeto Sincap tem se tornado referência não apenas no Ifes mas também externamente, aparecendo em telejornais e jornais impressos da mídia local [link1, link2], sendo vencedor inclusive de um premio em uma feira de inovação social [link].

O Leds é um projeto de natureza mista, construído sobre os pilares de ensino, pesquisa e extensão. Do ponto de vista do ensino, o Leds representa uma importante ferramenta para a complementação da formação dos alunos e professores do campus. O ambiente proporciona uma ponte entre teoria e prática, ultrapassando os limites da sala de aula para se debruçar sobre problemas reais, com os quais os alunos se confrontarão no mercado de trabalho. Por outro lado, os resultados obtidos neste ambiente podem realimentar os professores com exemplos para a sala de aula, mantendo a teoria contextualizada e atual. Sob o prisma da pesquisa, o Leds cumpre relevantes papéis, tanto na produção de inovações quanto no apoio às demais áreas de conhecimento que demandem uma ferramenta de software para atingirem seus objetivos. Observado pelo viés da extensão, o Leds oferece à comunidade um conjunto de melhores práticas, obtidas por meio de experimentos consistentes e verificados, fornecendo meios para o avanço tecnológico e econômico da indústria local de software, além de proporcionar a inovação social por considerar as problemáticas da comunidade do entorno.

Conforme uma empresa real, o Leds possui um plano de carreira, através do qual o aluno pode passar por uma gama de posições e respectivas funções. Tal plano é composto pelas funções: programador, testador, analista de sistemas, projetista, arquiteto de software e gestor de projetos. Vale ressaltar, que, ao longo do tempo, o

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aluno passa por todas as funções, visando formação mais ampla. O plano de carreira contempla também níveis de maturidade com nomenclatura em analogia à série de filmes Star Wars, tornando o ambiente mais descontraído e atraindo a atenção para novos participantes. No intuito de melhorar a integração no Leds e passar o conhecimento adquirido entre os alunos, estes são organizados em equipes. Uma equipe sempre é composta por alunos mais experientes alunos e menos experientes. Dessa forma, os alunos mais experientes ajudam os alunos mais novos no desenvolvimento do projeto, estimulando a colaboração entre os membros e disseminando o conhecimento.

O Leds tem mostrado que é um projeto promissor para a integração do ensino, pesquisa e extensão. Através dele, alunos e professores podem trabalhar em um ambiente multidisciplinar e experimental. Dessa forma, trazendo benefícios para todos os envolvidos. Resultados preliminares obtidos a partir de análise das médias de notas e relatos dos envolvidos indicam fatores positivos como: melhoria no desempenho dos alunos nas disciplinas, maior interesse na participação de assuntos extracurriculares, como palestras e eventos, e relatos de desempenho acima da média por parte de ex-alunos atualmente no mercado de trabalho. Além disso, a iniciativa tem estimulado a inovação social no campus e o engajamento do mesmo nas questões da comunidade do entorno.

Entretanto, apesar do impacto positivo, o Leds ainda é um ambiente bastante imaturo e que pode evoluir bastante em diferentes aspectos para ser consolidado como um iniciativa educacional e de referência do campus e em toda a instituição. Como já mencionado, devido ao pouco tempo que a iniciativa Leds possui, sua metodologia pedagógica, de ensino e avaliação de alunos ainda precisa de amadurecimento, para de fato auxiliar os alunos em seu aprendizado. Dessa forma é importante, para a continuidade e fortalecimento do projeto, que se tenha conhecimento de modelos pedagógicos mais maduros que possam servir de base para a evolução do modelo pedagógico do ambiente Leds. Além disso tem várias outras problemáticas como por exemplo dificuldade de gestão do ambiente, de recursos humanos, das tecnologias, falta de uma estrutura, de processos e métodos mais claros. Dentre as principais dificuldades do ambiente atualmente, pode-se citar:

• Falta de um modelo pedagógico maduro;

• Falta de métodos de avaliação de aprendizagem dos alunos;

• Falta de metodologias que estimulem e motive o aluno a superar os desafios; • Imaturidade do ambiente na formação comportamental e social dos alunos; • Dificuldade de captação de recursos (humanos e financeiros);

• Dificuldade no envolvimento de outros professores;

• Dificuldade na gestão (de projetos, de competências, de conhecimento, de pessoas, infraestrutura, etc);

• Falta de relação formal entre o Leds e os cursos e nas outras atividades de ensino;

• Falta de um modelo de parceria com o mercado (para obter feedback para a formação de alunos);

• Ausência de envolvimentos com áreas humanas com pedagogos, psicólogos; • Falta de preparo dos coordenadores e professores em situações que envolvam

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equipe, discriminação, etc);

• Dificuldades em questões operacionais como redução da carga horária para os professores envolvidos, ocasionando sobrecarga de atividades para os mesmos;

O principal objetivo do presente projeto é amadurecer a metodologia pedagógica do ambiente bem como seu modelo de gestão para estimular ainda mais aprendizado vivencial no Leds, a integração entre Ensino, Pesquisa e Extensão, bem como o foco em Inovação Social. A partir desse amadurecimento, deseja-se diminuir as problemáticas e dificuldades levantadas acima, fazendo com que o ambiente cause um impacto ainda maior no Campus Serra e por consequência na sociedade. Além disso, deseja-se por meio desse propor e aplicar um modelo pedagógico de aprendizado vivencial baseado em projetos em outras iniciativas no contexto do Ifes, Campus Serra. Para ajudar nessa tarefa, pretende-se estudar diversos tópicos relacionados, dentre eles em especial, a Gamificação (uso de mecânicas de jogos) e como melhorar o uso Metodologias de Gestão Ágeis (como Scrum).

Na tabela abaixo, é apresentada uma metodologia que o presente projeto pretende seguir, bem como de algumas propostas que já apontam por possíveis caminhos que o projeto pode caminhar.

METODOLOGIA

DO PROJETO • Fazer levantamento de dificuldades e problemas de aprendizagem no Leds e Campus Serra;

• Realizar estudo de modelos pedagógicos e de ensino baseado em problemas e baseados em projetos;

• Adquirir e registrar conhecimentos relativos ao sistema de educação profissional finlandês;

• Registrar e analisar conhecimentos adquiridos do modelo de educação finlandês para propor as melhorias;

• Definir modelo pedagógico de aprendizagem vivencial baseada em projetos (para o Leds e Campus Serra); • Aplicar modelo pedagógico no ambiente Leds; • Registrar resultados da aplicação do novo modelo

pedagógico do Leds;

• Realizar proposta de aplicação do modelo pedagógico proposto em outras iniciativas do campus;

• Divulgação dos Resultados;

PROPOSTAS DO

PROJETO • Aplicação de Metodologias Ágeis de Gerenciamento de Projetos (e estímulo de maior interação com cliente, colocando-o dentro da equipe e do campos, para melhor entendimento de suas problemáticas);

• Aplicação de mecânicas de jogos (gamificação) e como podem estimular o aprendizado durante a realização de projetos (definição de regras, sistema de pontuação, plano de crescimento, para estimular comportamento desejáveis) • Disseminação do conhecimento para a comunidade (na

forma de palestras, videos, cursos), para ajudar a consolidar e divulgar o conhecimento aprendido;

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• Definição de modelo de inovação social como agente formador e motivador de alunos por meio da aproximação com a sociedade e vivência de problemas reais;

• Definição de um modelo de parcerias com empresas da área de tecnologia para obter um feedback sobre a formação e troca de experiências práticas;

E) PARCEIROS INTERNOS E EXTERNOS

(Descrição de parceiros internos e externos envolvidos no Projeto apresentado)

As duas tabelas abaixo apresentam as parcerias existentes hoje no Leds, sendo algumas específicas para a realização do projeto Sincap, e que podem contribuir também com o presente projeto.

PARCERIAS INTERNAS

CAMPUS SETOR DOCENTES SERVIDORES ALUNOS DESCRIÇÃO Serra Núcleo Incubador 1 1 1 Gestão e Infraestrutura Serra Coord. Informática 4 0 10 Assessoria Serra Coord. Automação 1 0 4 Assessoria

Reitoria AGIFES 1 1 0 Assessoria Reitoria CEFOR 1 1 0 Assessoria

PARCERIAS EXTERNAS

INSTITUIÇÃO CONTRAPARTIDA DESCRIÇÃO

FAPES Sim Financiamento do Projeto Sincap

CNCDO Sim Demandante e parceiro do Projeto Sincap

UFES/Curso de Design Sim Apoiador do projeto Sincap

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Além dos parceiros atuais, citados acima, pretende-se para esse projeto estabelecer novas parcerias internas e externas. Internamente pretende-se parceria com o setor pedagógico e outros professores. Já externamente, é almejado parcerias com outros setores sociais, que possam demandar ou colaborar na realização de projetos, e também com empresas da área de desenvolvimento de software, que podem contribuir com a experiência de mercado e com demandas de perfil que a instituição precisaria formar.

F) IMPACTO ESPERADO;

Dentre os principais impactos esperados estão:

• Aprendizado mais eficaz e global dos alunos, considerando competências técnicas e comportamentais;

• Mudança cultural do campus, proporcionando uma visão mais integrada e conectada com o entorno;

• Maior interação entre disciplinas dos cursos do Campus; • Maior integração ensino, pesquisa e extensão;

• Maior interação entre os níveis médio e superior ensino; • Maior colaboração entre professores e alunos;

• Aproximação entre campus e demandas da Sociedade; • Aumento da motivação de alunos e diminuição da evasão; • Maior permanência dos alunos no ambiente acadêmico;

• Disseminação do conhecimento prático para a comunidade, empresas, alunos, outras instituições de ensino;

• Atendimento e solução de demandas da comunidade do entorno do campus. Devido ao sucesso do projeto, a instituição estuda transformar o Leds em um Programa Institucional, além de replicar o seu formato, como já ocorre com Software Embarcado, em outras áreas, como Mecânica e Engenharia de Alimentos. Dessa forma, será possível replicar o formato do projeto em outros campi da instituição.

REFERÊNCIAS

Calhau, R.F, , Santos Jr., P. S, Komati, K.S., Monteiro, M., Ruy, F.B., Nunes, V.B: “LEDS: Um Ambiente para Impulsionar o Aprendizado em Computação”, XXII Workshop sobre Educação em Informática (WEI), XXXIV Congresso da Sociedade Brasileira de Computação (CSBC), 2014.

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Referências

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