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Associação entre disfunções sexuais e o período gestacional

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Academic year: 2021

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ASSOCIAÇÃO ENTRE DISFUNÇÕES SEXUAIS E O PERÍODO GESTACIONAL

Maria Eduarda Mendonça Lisbôa1 ; Luisa Aguiar da Silva2

ACADÊMICA DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA –UNIDADE GRANDE FLORIANÓPOLIS1

DOCENTE DA DISCIPLINA DE SAÚDE MATERNO INFANTIL DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA – UNIDADE GRANDE FLORIANÓPOLIS, ESP GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA2

ENDEREÇO ELETRÔNICO DOS AUTORES:

Maria Eduarda Mendonça Lisbôa: dudalisboa_@hotmail.com Luisa Aguiar da Silva: luisa@urogine.com.br

AUTOR CORRESPONDENTE:

Maria Eduarda Mendonça Lisbôa – Rua Professora Maria do Patrocínio Coelho, 394, Pantanal, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

E-mail: dudalisboa_@hotmail.com Telefone para contato: (48)996151586

CONFLITOS DE INTERESSE:

Os autores declaram ausência de conflitos de interesse.

CONTRIBUIÇÕES:

Maria Eduarda Mendonça Lisbôa: elaboração do projeto, coleta de dados, análise de dados, dissertação e elaboração do artigo.

Luisa Aguiar da Silva: elaboração do projeto, coleta de dados, análise de dados, dissertação e elaboração do artigo

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RESUMO:

Objetivo: Investigar a associação entre disfunções sexuais e o período gestacional. Métodos: Pesquisa observacional, do tipo transversal com 236 grávidas que realizaram acompanhamento na UBS do Jardim Eldorado ou no Hospital Regional de São José. O estudo foi realizado por meio da aplicação de questionário sócio demográfico e de antecedentes ginecológicos e obstétricos e do Female Sexual Function Index (FSFI). Foi realizada a estatística descritiva dos dados quantitativos através da média e do desvio padrão. Para comparação entre médias de variáveis independentes frente ao desfecho foi realizado o teste T de Student ou U de Mann-Whitney e para análise das diferenças entre grupos o teste do Qui-quadrado de Person ou extrato de Fisher. Resultado: Ocorreu uma prevalência de 44,2% de disfunção sexual na gestação com significância estatística (p<0,05) em todos os domínios do FSFI, exceto para lubrificação, quando comparado o primeiro e o terceiro trimestre gestacional. Ao avaliar a frequência de disfunções por domínio estabeleceu-se que o domínio mais afetado é o da Excitação (90,2%), seguido por: Desejo (80%), Lubrificação (70,3%), Dor (63,7%), Orgasmo (52,6%) e Satisfação (49,5). Conclusão: Ao comparar o primeiro trimestre gestacional com o terceiro percebeu-se que quanto maior a idade gestacional, maior a prevalência das disfunções sexuais. Quando analisado de maneira isolada, mesmo para aquelas gestantes com pontuação de corte maior que a pontuação utilizada para predizer disfunção sexual, o domínio mais afetado foi o da Excitação (90,2%). O presente estudo identificou aumento das disfunções sexuais com o avanço da gestação.

Descritores: Gravidez, Sexualidade, Disfunção sexual fisiológica

INTRODUÇÃO:

Sexualidade é uma experiência vivenciada pelo ser humano que se evidencia por: pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relacionamentos. Todavia, sua exteriorização é influenciada por fatores psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, históricos e/ou religiosos1.

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O estudo do ciclo de resposta sexual feminina permaneceu pouco explorado durante muitos anos. Trata-se de uma função biológica que não se limita a genitália, mas sim à totalidade corporal2-3. Ter uma vida sexual saudável não significa somente não ter uma disfunção, mas sim ter um bem-estar físico, emocional, mental e social1.

Disfunção sexual segundo o modelo linear de Kaplan é a falta, exagero, desconforto e/ou dor em alguma das fases da resposta sexual, que engloba: desejo, excitação, orgasmo e resolução4-6. Com o passar do tempo, Rosemary Basson ampliou o conceito, demonstrando que esse ciclo é dinâmico e não restrito as fases anteriores, ele engloba também a motivação da mulher, que pode existir antes mesmo do próprio desejo sexual7. Divide-se os distúrbios em três grandes categorias: desejo/excitação, dor gênito pélvica ou de penetração e de orgasmo. Transtorno de desejo/excitação caracteriza-se pela redução ou inexistência de desejo sexual e/ou lubrificação. Transtorno de dor gênito pélvica ou de penetração é manifestado pela dispareunia, (dor associada ao intercurso sexual) e pelo vaginismo (contrações involuntárias dos músculos do períneo durante a penetração vaginal). Por fim, o transtorno do orgasmo é aquele que ocorre quando há atraso ou ausência de orgasmo durante a relação sexual8-9.

A gravidez é um período único na vida da mulher, marcado por alterações físicas, hormonais e psicológicas3, 10-11. Além das modificações, a sexualidade durante essa fase é marcada por numerosos tabus, pela falta de conhecimento e preconceitos pessoais e/ou religiosos10. Por fim, existem também fatores emocionais, como o ajuste dos novos papeis sociais, a qualidade do relacionamento entre o casal, alterações de humor e de aceitação do sexo nesse período12. Devido a todos os fatores citados, pesquisas mundiais apontam que uma faixa de 40 a 70% das gestantes apresentam alguma forma de disfunção sexual11, 13-15. Os domínios mais afetados segundo estudos são: 26.7% desejo, 23% dispareunia e 21% orgasmo16. No Sul do Brasil um estudo com 140 gestantes comparou os mesmos domínios e obteve a seguinte prevalência das disfunções: 70% desejo, 62% dispareunia e 94% orgasmo17.

O aumento da prevalência de transtornos sexuais em gestantes, pode ser justificada pelas alterações vivenciadas nesse período. Por exemplo, nota-se um aumento do estrogênio, progesterona e prolactina que acabam culminando com uma maior incidência de náuseas e sensibilidade mamária, que somadas a

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fadiga, exaustão e ansiedade acabam interferindo na capacidade de excitação da mulher7. Como desejo e excitação influenciam diretamente na satisfação sexual é justificado que ocorra o declínio da prática sexual durante o avanço da idade gestacional. Outro fator que tem impacto direto na sexualidade é o incremento do peso que corrobora com o aumento da circunferência abdominal levando a uma mudança na autoimagem da mulher afetando sua autoconfiança, ao mesmo passo que gera uma limitação física para a realização de determinadas posições sexuais18.

O diagnóstico de disfunção sexual em gestantes pode ser feito por meio de questionários auto aplicados ou de diários e registros de eventos. Dentre os questionários mais utilizados estão o Brief Sexual Function Index for Women e o Female Sexual Function Index (FSFI)19. Tais questionários além de facilmente aplicáveis, também são sensíveis para avaliar a necessidade de alguma intervenção20. No entanto, o que faz com que o FSFI seja mais utilizado na literatura é o seu poder de ser o único questionário capaz de avaliar melhora pós tratamento21.

A sexualidade ainda é um assunto pouco estudado e igualmente pouco abordado no pré-natal com as gestantes. Devido a isso, esse estudo deseja examinar a prevalência de disfunções sexuais, com a intenção de colaborar no direcionamento de medidas assistenciais e estimular a propagação de conhecimento referente a esse tema, visando reduzir medos e anseios, favorecendo uma melhor qualidade de vida do casal que está passando por esse momento. Somado a isso, a pesquisa visa contribuir na sensibilização de profissionais da área da saúde para avaliar de maneira integral esse momento único na vida da mulher, explorando não só as manifestações clínicas vivenciadas pelo período gestacional, mas também avaliando a vida sexual do casal17. Devido aos motivos supracitados, o estudo em questão tem como objetivo. Investigar a associação entre disfunções sexuais e o período gestacional.

METODOLOGIA:

Foi realizado um estudo transversal no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Regional de São José e na UBS Jardim Eldorado. Participaram da pesquisa 226 voluntárias que se apresentavam no período gestacional durante

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o período de coleta de Agosto a Dezembro de 2018. Foram incluídos no estudo, gestantes acima de 18 anos que estavam no primeiro ou terceiro trimestre gestacional e excluídos do estudo, gestantes menores de 18 anos, gestantes que não apresentavam vida sexual ativa no momento da pesquisa e gravidez de alto risco que contraindicasse relação sexual. O trabalho foi submetido ao comitê de ética da UNISUL, com número de aprovação do CAAE: 92760418.2.0000.5369. Inicialmente as voluntárias assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) (Apêndice B), onde foram orientadas e tiveram a garantia de sigilo absoluto sobre seus dados, com o comprometimento da não divulgação destes. As mesmas responderam o questionário sócio demográfico e de antecedentes gineco-obstétricos, o qual obteve a idade materna (em anos), idade gestacional (em semanas), estado civil (com companheiro ou sem companheiro), número de parceiros prévios a gestação e número de gestações prévias (Apêndice A) e o questionário FSFI (índice de função sexual feminina) (Anexo A). Este questionário foi desenvolvido especialmente para mulheres com o intuito de avaliar a função sexual feminina, detectando diferenças na função sexual, tendo segurança discriminativa nas pesquisas com presença e ausência de sintomas de desordem de excitação sexual, desejo sexual hipoativo e desordem de orgasmo. O questionário FSFI avalia a resposta sexual feminina em seis domínios, sendo eles: desejo sexual, excitação sexual, lubrificação vaginal, orgasmo, satisfação sexual e dor. Apresentando 19 questões para avaliação da função sexual nas últimas quatro semanas. Para cada questão existe uma pontuação de 0 a 5 de forma crescente em relação à presença da função questionada. No final, um escore aponta o total de dados sobre todas as perguntas respondidas. Para classificação de disfunção sexual, adotou-se como pontuação de corte do escore total o valor de 26,55 a fim de predizer disfunções sexuais para esse grupo. Para análise dos domínios se utilizou a seguinte pontuação de corte: Desejo 4.28, Excitação 5,08, Lubrificação 5,45, Orgasmo 5,05, Satisfação 5,04 e Dor 5,51. Esses pontos de corte foram propostos por Rosen et al19.

Para estabelecer se existiam associações entre as duas variáveis, o trimestre gestacional com maior predisposição para disfunção e as disfunções do primeiro e terceiro trimestre gestacional, foi aplicado o teste qui-quadrado, onde determinou-se se as frequências observadas diferem significativamente

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das frequências esperadas sob a hipótese nula de nenhuma associação. Para comparação entre médias de variáveis independentes frente ao desfecho foi realizado o teste T de Student ou U de Mann-Whitney e para análise das diferenças entre grupos foi utilizado o Qui-quadrado de Person ou extrato de Fisher.

RESULTADOS:

O estudo incluiu dados de 226 gestantes com uma média de idade de 25,6 anos (DP ± 5,4) que estavam no primeiro ou no terceiro trimestres de gestação e foram atendidas no serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Regional de São José ou realizaram acompanhamento pré-natal na UBS Jardim Eldorado durante o período do presente estudo. Verificou-se uma prevalência de 44,2% de disfunção sexual entre as gestantes participantes, sendo 22 do primeiro trimestre e 78 do terceiro.

As características sócio demográficas da população encontram-se descritas na Tabela 1. Observou-se que a amostra englobou, principalmente, gestantes que apresentavam companheiro (83,5%), apresentavam como escolaridade o ensino médio completo ou incompleto (60,1%) e que ganhavam até três salários mínimos (79,1%).

No que se refere aos antecedentes gineco-obstétricos, apresentados na Tabela 2, encontrou-se para a maioria da amostra uma frequência de atividade sexual de até três vezes na semana (85,2%), um número de até três parceiros sexuais prévios a gestação (64,1%) e o predomínio de primigestas (68%).

A tabela 3 apresenta a média dos escores do FSFI e o número de gestantes que apresenta cada modalidade de disfunção. O valor médio do escore total foi de 19,52 (DP ± 3,98), no entanto, mesmo gestantes que obtiveram um escore total maior que o ponto de corte para predizer disfunção sexual apresentaram alguma disfunção sexual nos demais domínios do FSFI.

Ao avaliar o comparativo do questionário FSFI para as gestantes que apresentaram disfunção sexual global, representado pela tabela 4, o valor médio do escore total para as gestantes com disfunção sexual do primeiro trimestre foi de 22,34 (DP ± 2,65) enquanto que para as do terceiro trimestre foi de 16,70 (DP ± 8,05). Já acerca dos domínios do questionário (desejo, excitação, orgasmo, satisfação e dor) todos apresentaram maior prevalência no terceiro trimestre

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gestacional com significância estatística (p<0,001). O único domínio que não evidenciou significância foi o de lubrificação (p= 0,190).

DISCUSSÃO:

O presente estudo identificou que a prevalência de disfunção sexual foi de 44,2% o que é concordante com estudos com o mesmo tema que encontraram prevalências que variaram entre 25 a 66%24-25. Pode-se justificar essa grande prevalência de disfunção na gestação aos tabus, preconceitos e a falta de conhecimento sobre o assunto. Segundo Vanelli e Silva26 a vida sexual durante a gestação foi vista em muitos momentos da história como inadequada, pois a mulher deveria direcionar sua atenção e seu prazer aos cuidados com a família e, portanto, deveria excluir o prazer sexual de seu cotidiano.

As gestantes entrevistadas apresentaram uma idade média de 25,6 anos (DP ± 5,4) o que foi concordante com estudos envolvendo a mesma temática nos quais a média variou entre 21,4 e 26,8 anos27-28. Acerca do nível de escolaridade, observa-se que 60,1% das gestantes possuem ensino médio, o que diverge de Leite et al27 que evidenciou que a maior parte das disfunções sexuais eram encontradas em gestantes com ensino fundamental. Por fim, a condição socioeconômica prevalente em 79,1% da amostra foi a de até 3 salários mínimos, o que justifica a realização do pré-natal em unidades básicas de saúde. Há um crescente número de estudos envolvendo a temática da sexualidade feminina, isso se deve a ascensão da mulher na sociedade e a criação dos métodos contraceptivos que desvincularam o ato sexual exclusivamente a procriação e trouxeram para a relação sexual um momento de prazer. No entanto, durante a gestação a frequência sexual tende a reduzir com o aumento da idade gestacional. A pesquisa evidenciou que 85,2% da amostra apresentava uma frequência de até 3 vezes na semana, esse número pode ser explicado pelas alterações fisiológicas, hormonais e psicológicas que ocorrem na gestação (3,10,11).

Durante a coleta 80,3% da amostra se declarava como tendo companheiro, essa associação entre disfunção sexual e ter um companheiro foi pesquisada por Nazareth et al29, que encontrou uma maior prevalência naquelas que possuíam companheiro e, portanto, possuíam uma frequência maior de relação sexual. No entanto, Abdo et al16 realizou uma pesquisa em São Paulo e observou

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que 69% das mulheres inativas possuíam algum tipo de disfunção, desse modo, pode ser um viés do estudo não incluir as mulheres que não tenham vida sexual ativa no momento da pesquisa.

Pesquisas na literatura brasileira e/ou estrangeira não evidenciaram associação entre disfunção sexual e paridade30, mesmo não sendo o foco dessa pesquisa, a amostra evidenciou que 68% das entrevistadas eram nulíparas.

Ao avaliar cada domínio do FSFI de maneira isolada, até mesmo nas pacientes que obtiveram um escore total maior que o ponto de corte para predizer disfunção sexual, encontrou-se disfunção em todos os domínios isoladamente, sendo que o mais afetado foi o da excitação que esteve presente em 90,2% das pacientes, seguido em ordem decrescente por: Desejo (80%), Lubrificação (70,3%), Dor (63,7%), Orgasmo (52,6%) e Satisfação (49,5). Os achados do estudo divergem de outros trabalhos realizados com o mesmo tema, onde o domínio mais afetado foi o do orgasmo, seguido da dispareunia e por fim o desejo6. Recentemente, uma pesquisa realizada por Abdo et al16 encontrou uma ordem de frequência semelhante a encontrada pelo presente estudo, onde a disfunção do desejo foi a mais encontrada com 26,7%, seguida por dispareunia (23%) e anorgasmia (21%). Independente do domínio, nota-se uma prevalência relevante de disfunções sexuais durante toda a gestação.

A presença de disfunção sexual acarreta prejuízos na qualidade de vida da mulher, gerando conflitos pessoais e/ou conjugais, baixa autoestima, instabilidade emocional27. Analisando os dados obtidos pelo FSFI nota-se que no primeiro trimestre o domínio mais afetado é o desejo que possui um escore médio de 1,95 (DP ±0.64) o que pode ser explicado pelo aumento do estrogênio, progesterona e prolactina que culminam com náuseas e vômitos7. Em contrapartida, no terceiro trimestre o domínio mais afetado é o da excitação, que pode ser justificado pela ansiedade com a chegada do bebê e com a questão de a família estar passando por ajustes relacionados aos novos papeis sociais que irão exercer12.

Quando fazemos a associação do aumento da prevalência de disfunções sexuais entre o primeiro e o terceiro trimestre, encontramos uma significância estatística (p<0,05) em todos os domínios do FSFI, exceto para o domínio lubrificação (p=0,190). Leite et al27 já havia estabelecido essa associação entre

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período gestacional e prevalência de disfunções sexuais, todavia, seu estudo encontrou significância estatística em todos os domínios do FSFI.

Apesar do estudo estar sujeito a limitações metodológicas como a aplicação do questionário por mais de um pesquisador, ao nível de escolaridade variável entre as gestantes e a realização em dois locais diferentes (uma UBS de bairro e hospital de referência), é necessário enfatizar a sua importância devido à ausência de dados epidemiológicos avaliando a disfunção sexual na gestação no estado de Santa Catarina. Ao estabelecer uma prevalência de 44,2% de disfunção sexual na gestação o presente estudo demonstra que é importante preparar e sensibilizar os profissionais de saúde durante o pré-natal para investigar e intervir ativamente sobre questões relacionadas a função sexual na gestação. Nesse sentido torna-se fundamental a introdução do tema nas consultas de pré-natal e em grupos de gestantes, para que haja troca de conhecimentos, informações e experiências entre as mulheres e entre o casal.

CONCLUSÃO:

Concluímos assim que os menores escores do questionário FSFI ocorreram em gestantes do terceiro trimestre. Este resultado demonstra que a sexualidade na gestação sofre um impacto significativo. A presença de disfunção sexual no período gestacional foi encontrada em 44,2% das gestantes entrevistadas. Ao analisar de maneira isolada os domínios do FSFI, mesmo para as gestantes que possuem um escore global superior ao utilizado como ponto de corte para predizer disfunção sexual, encontrou-se disfunção em todos os domínios, sendo o da excitação o mais afetado representado por 90,2% das pacientes, seguido por: Desejo (80%), Lubrificação (70,3%), Dor (63,7%), Orgasmo (52,6%) e Satisfação (49,5).

Além disso, todos os domínios do FSFI, exceto a lubrificação, apresentaram uma significância estatística (p<0,05) demonstrando uma piora da disfunção sexual com o aumento da idade gestacional.

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TABELAS:

Tabela 1: Distribuição de frequência das mulheres atendidas na Unidade Básica de Saúde do Jardim Eldorado e no serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Regional de São Jose, de acordo com as características sócio demográficas

Variável n % Estado Civil (n=225) Com companheiro 188 83,5 Sem companheiro 37 16,5 Escolaridade (n=226) Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior Condição Socioeconômica (n=225) Até 3 salários mínimos

Acima de 3 salários mínimos

37 136 53 178 47 16,3 60,1 23,4 79,1 20,8 Tabela 2: Distribuição de frequência das mulheres atendidas na Unidade Básica de Saúde do Jardim Eldorado e no serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Regional de São Jose, de acordo com as características gineco-obstétricas Variável n % Frequência de Atividade Sexual(n=224) Até 3 vezes na semana 191 85,2 Acima de 4 vezes na semana 33 14,7 Número de Parceiros Sexuais Prévios (n=226) Até 3 parceiros Acima de 4 parceiros Gestação Prévia(n=219) Sim Não 145 81 70 149 64,1 35,8 31,9 68,0

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Tabela 3: Média dos escores do FSFI e o número de gestantes com Disfunção Sexual

Variável n % Média Desvio Escore Total 100 44,2 19,52 ± 3,98 Desejo Excitação Lubrificação Orgasmo Satisfação Dor 181 204 159 119 112 144 80,0 90,2 70,3 52,6 49,5 63,7 2,69 3,66 3,67 3,09 3,48 3,01 ± 0,82 ± 0,98 ± 1,58 ± 1,72 ± 1,57 ± 1,69

Tabela 4: Comparação dos escores do FSFI, total e por domínios, nas gestantes com disfunção sexual, classificadas por trimestre gestacional

Variável 1º Trimestre (n=22) 3º Trimestre (n=78) (IC95%) Valor de p Média Desvio Média Desvio

Escore Total 22,34 ± 2,65 16,70 ± 8,05 (3,49-7,76) 0,000 Desejo Excitação Lubrificação Orgasmo Satisfação Dor 1,95 3,22 3,76 4,32 4,24 4,84 ± 0,64 ± 0,48 ± 1,08 ± 0,90 ± 0,84 ± 1,20 2,60 2,52 2,99 2,76 3,28 2,56 ± 1,03 ± 1,31 ± 1,84 ± 2,05 ± 1,82 ± 1,86 (0,27-1,02) (0,33-1,06) (0,13-1,41) (0,94-2,16) (0,40-1,50) (1,59-296) 0,001 0,000 0,190 0,000 0,001 0,000

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London general practioners: cross sectional study. BMJ. 2003; 37: 423-9. 30. Jameison DJ, Steege JF. The prevalence of dysmenonhea, dyspareunnia, pelvic

pain and irritable bowel syndrome in primary care practices. Obstet Gynecol. 2016; 70: 55-8.

(15)

Apêndice A:

QUESTIONÁRIO SÓCIO DEMOGRÁFICO E DE ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS E OBSTÉTRICOS

 PARTE 1: SÓCIO DEMOGRÁFICA:

1. Idade (em anos): _____________________ 2. Estado Civil:

( ) Solteira ( ) Casada ( )Separada/Divorciada ( )União Estável ( )Viúva

3. Escolaridade:

( )Ensino Fundamental ( )Ensino Médio ( )Ensino Superior ( )Ensino Fundamental Incompleto ( )Ensino Médio Incompleto ( )Ensino Superior Incompleto

4. Condição Socioeconômica:

( )Até 1 salário mínimo ( ) De 1 a 3 salários mínimos

( ) De 3 a 5 salários mínimos ( )Acima de 5 salários mínimos

 PARTE 2: ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS/OBSTÉTRICOS:

1. Frequência de atividade sexual semanal: ( )Até 1 vez na semana ( ) 2 a 3 vezes na semana

( ) 4 a 5 vezes na semana ( )Acima de 5 vezes na semana

2. Número de parceiros sexuais durante a vida: ( ) 1 parceiro ( ) 1 a 3 parceiros ( ) 4 a 6 parceiros ( ) 7 a 10 parceiros ( ) Acima de 10 parceiros

3. Já teve gestação prévia: ( )Sim ( )Não

4. Idade Gestacional (em semanas): ____________________ 5. Trimestre Gestacional:

(16)

Apêndice B

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) como voluntário(a) a participar da pesquisa: Associação entre Disfunções Sexuais e o Período Gestacional e que tem como objetivo investigar associações entre disfunção sexual e o período gestacional. Acreditamos que ela seja importantedevido a falta de dados sobre a prevalência das disfunções sexuais durante a gravidez no Estado de Santa Catarina e pela necessidade de difundir maiores informações sobre o assunto visando uma melhor qualidade de vida do casal nesse período.

Participação do estudo – A minha participação no referido estudo será de responder dois questionários de múltipla escolha, em uma sala tranquila, onde estarei sozinha e tranquila para responder os questionários. Caso aceite irei responder primeiro o primeiro questionário sócio demográfico e de antecedentes ginecológicos, que irá obter os seguintes dados: idade, estado cívil, escolaridade, condição socioeconômica, presença de tabagismo, hipertensão, diabetes ou doença sexualmente transmissivel, frequência de atividade sexual semanal, número de parcieros sexuais que já teve, se já teve uma gestação prévia, idade gestacional, trimestre gestacional e peso ganho durante a gestação. Por fim, o último questionário é denominado Índice de Função Sexual Feminina, que é um instrumento americano validado e traduzido para o português e possui 19 questões de multipla escolha, que irão coletar informações sobre: desejo sexual, presença de excitação sexual, presença de lubrificação durante o ato sexual, presença de satisfação sexual e se existe dor durante a relação sexual. Você poderá responder a pesquisa no Hospital Regional de São José ou na UBS do Jardim Eldorado, e a sua participação (assinatura do Termo de Conscentimento Livre e Esclarecido e prenchimento dos dois questionários) levará em torno de 10 minutos.

Riscos e Benefícios – Fui alertado que, da pesquisa a se realizar, não posso esperar um befenifício direto, pois tratam-se de objetivos indiretos como a determinação da prevalência das disfunções e uma difusão de conhecimentos relacionadas sobre esses distúrbios durante a gravidez. Fui informada, também que é possível que aconteçam os seguintes desconfortos ou riscos: minha exposição na participação do estudo que pode gerar desconforto devido as perguntas presentes nos questionários que irei responder ou ao medo e insegurança de ter meu nome e minhas respostas divulgadas, no entanto, tais riscos são minimizados através do direito que tenho de solicitar interrupção da resposta do questionário caso me sinta

(17)

desconfortavel e do anonimato de minha participação no estudo durante sua elaboração e eventual publicação.

Sigilo e Privacidade – Estou ciente de que a minha privacidade será respeitada, ou seja, meu nome ou qualquer dado ou elemento que possa, de qualquer forma, me identificar será mantido em sigilo. Os pesquisadores se responsabilizam pela guarda e confidencialidade dos dados, bem como a não exposição dos dados da pesquisa. E para minha segurança, receberei uma via desse documento assinada e rubricada pelo pesquisador.

Autonomia – É assegurada a assistência durante toda a pesquisa, bem como me garantido o livre acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas consequências, enfim, tudo que eu queira saber antes, durante e depois da minha participação. Declaro que fui informado de que posso me recusar a participar do estudo, ou retirar meu consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar, e de, por desejar sair da pesquisa, não sofrerei qualquer prejuízo à assistência que venho recebendo.

Ressarcimento e Indenização – No entanto, caso eu tenha qualquer despesa decorrente da participação na pesquisa, tais como transporte, alimentação entre outros, haverá ressarcimento dos valores. De igual maneira, caso ocorra algum dano decorrente da minha participação no estudo, serei devidamente indenizado, conforme determina a lei.

Contatos para dúvidas ou obtenção do resultado da pesquisa- Caso seja do meu interesse, posso entrar em contato com as pesquisadoras da pesquisa ‘ Associação entre Disfunções Sexuais e o Período Gestacional “ a qualquer momento afim de retirar dúvidas ou de ser informada sobre o resultado obtido da pesquisa.

Pesquisador Responsável: Dr. Luisa Aguiar da Silva: E-mail para contato: luisa@urogine.com.br

Pesquisador: Maria Eduarda Mendonça Lisbôa Telefone para contato: (48) 996151586

E-mail para contato: dudalisboa_@hotmail.com

Comitê de Ética – O Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (CEP) é composto por um grupo de pessoas que estão trabalhando para garantir seus direitos como participante sejam respeitados, sempre se pautando da Resolução 466/12 do CNS. Ele tem a obrigação de avaliar se a pesquisa foi planejada e se está sendo executada de forma ética. Caso você achar que a pesquisa não está sendo realizada da forma como você imaginou ou que está sendo prejudicado de alguma forma, você pode entrar em contato com o Comitê de Ética da UNISUL pelo telefone (48) 3279-1036 entre segunda e sexta-feira das 9 às 17horas ou pelo e-mail cep.contato@unisul.br.

(18)

Declaração – Declaro que li e entendi todas as informações presentes neste Termo e tive a oportunidade de discutir as informações do mesmo. Todas as minhas perguntas foram respondidas e estou satisfeito com as respostas. Entendo que receberei uma via assinada e datada deste documento e que outra via será arquivada por 5 anos pelo pesquisador. Enfim, tendo sido orientado quanto ao teor de todo o aqui mencionado e compreendido a natureza e o objetivo do já referido estudo, eu manifesto meu livre consentimento em participar, estando totalmente ciente de que não há nenhum valor econômico, a receber ou pagar, por minha participação.

Nome e Assinatura do pesquisador responsável: _______________________

Nome e Assinatura do pesquisador que coletou os dados:

Eu, _______________________________, abaixo assinado, concordo em participar desse

estudo como sujeito. Fui informado(a) e esclarecido(a) pelo pesquisador

_____________________________ sobre o tema e o objetivo da pesquisa, assim como a maneira como ela será feita e os benefícios e os possíveis riscos decorrentes de minha

participação. Recebi a garantia de que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto me traga qualquer prejuízo.

Nome por extenso: _______________________________________________

RG: _______________________________________________

Local e Data: _______________________________________________

(19)

Anexo A:

ÍNDICE DE FUNÇÃO SEXUAL FEMININA (“FEMALE SEXUAL FUNCTION INDEX”)

Instruções para o preenchimento do questionário:

 Este questionário pergunta sobre sua vida sexual durantes as últimas 4 semanas. Por favor, responda às questões de forma mais honesta e clara possível. Suas respostas serão mantidas em absoluto sigilo.

 Assinale apenas uma alternativa por pergunta.

 Para responder às questões use as seguintes definições: atividade sexual pode incluir afagos, carícias preliminares, masturbação (“punheta”/ “siririca”) e ato sexual, ato sexual é definido quando há penetração (entrada) do pênis na vagina, estímulo sexual inclui situações como carícias preliminares com um parceiro, auto estimulação

(masturbação) ou fantasia sexual (pensamentos), desejo sexual ou interesse sexual é um sentimento que inclui querer ter atividade sexual, sentir-se receptiva a uma

iniciativa sexual de um parceiro(a) e pensar ou fantasiar sobre sexo; excitação sexual é uma sensação que inclui aspectos físico e mentais (pode incluir sensações, como calor ou inchaço dos genitais, lubrificação – “sentir-se molhada”/”vagina molhada”/”tesão vaginal”-, ou contrações musculares).

PERGUNTAS RESPOSTAS

1. Nas últimas 4 semanas com que frequência (quantas vezes) você sentiu desejo ou interesse sexual?

5 = Quase sempre ou sempre

4 = A maioria das vezes (mais que a metade do tempo

3 = Algumas vezes (cerca da metade do tempo)

2 = Poucas vezes ( menos da metade do tempo)

1 = Quase nunca ou nunca 2. Nas últimas 4 semanas como você

avalia o seu grau de desejo ou interesse sexual?

5 = Muito alto 4 = Alto 3 = Moderado 2 = Baixo

1 = Muito baixo ou absolutamente nenhum 3. Nas últimas 4 semanas, com que

frequência (quantas vezes) você se sentiu sexualmente excitada durante a atividade sexual ou ato sexual?

0 = Sem atividade sexual 5 = Quase sempre ou sempre

4 = A maioria das vezes (mais do que metade do tempo)

3 = Algumas vezes (cerca de metade do tempo)

2 = Poucas vezes ( menos da metade do tempo)

1 = Quase nunca ou nunca 4. Nas últimas 4 semanas, como você

classifica seu grau de excitação sexual durante a atividade ou ato sexual?

0 = Sem atividade sexual 5 = Muito alto

4 = Alto 3 = Moderado 2 = Baixo

1 = Muito baixo ou absolutamente nenhum 5. Nas últimas 4 semanas, como você

avalia o seu grau de segurança para ficar sexualmente excitada durante a atividade ou ato sexual?

0 = Sem atividade sexual 5 = Segurança muito alta 4 = Segurança alta 3 = Segurança moderada 2 = Segurança baixa

1 = Segurança muito baixa ou Sem segurança

(20)

6. Nas últimas 4 semanas com que frequência (quantas vezes) você ficou satisfeita com sua excitação sexual durante a atividade ou ato sexual?

0 = Sem atividade sexual 5 = Quase sempre ou sempre

4 = A maioria das vezes (mais que a metade do tempo

3 = Algumas vezes (cerca da metade do tempo)

2 = Poucas vezes ( menos da metade do tempo)

1 = Quase nunca ou nunca

7. Nas últimas 4 semanas, com que frequência (quantas vezes) você teve lubrificação vaginal (ficou com a “vagina molhada”) durante a

atividade ou ato sexual

0 = Sem atividade sexual 5 = Quase sempre ou sempre

4 = A maioria das vezes (mais que a metade do tempo

3 = Algumas vezes (cerca da metade do tempo)

2 = Poucas vezes ( menos da metade do tempo)

1 = Quase nunca ou nunca 8. Nas últimas 4 semanas, como você

avalia sua dificuldade em ter lubrificação vaginal (ficar com a “vagina molhada”) durante a atividade sexual ou ato sexual.

0 = Sem atividade sexual

1 = Extremamente difícil ou impossível 2 = Muito difícil

3 = Difícil

4 = Ligeiramente difícil 5 = Nada difícil

9. Nas últimas 4 semanas, com que frequência (quantas vezes) você manteve a lubrificação vaginal (manteve a “vagina molhada”) até o final da atividade ou ato sexual?

0 = Sem atividade sexual 5 = Quase sempre ou sempre

4 = A maioria das vezes (mais do que metade do tempo)

3 = Algumas vezes (cerca de metade do tempo)

2 = Poucas vezes ( menos da metade do tempo)

1 = Quase nunca ou nunca 10. Nas últimas 4 semanas, qual foi a

sua dificuldade em manter a lubrificação vaginal (“vagina

molhada”)até o final da atividade ou ato sexual?

0 = Sem atividade sexual

1 = Extremamente difícil ou impossivel 2 = Muito dificil

3 = Difícil

4 = Ligeiramente dificil 5 = Nada dificil

11. Nas últimas 4 semanas, quando teve o estímulo sexual ou ato sexual, com que frequência (quantas vezes) você atingiu o orgasmo (“gozou”) ?

0 = Sem atividade sexual 5 = Quase sempre ou sempre

4 = A maioria das vezes (mais que a metade do tempo

3 = Algumas vezes (cerca da metade do tempo)

2 = Poucas vezes ( menos da metade do tempo)

1 = Quase nunca ou nunca 12. Nas últimas 4 semanas, quando

você teve estímulo sexual ou ato sexual, qual foi sua dificuldade em você atingir o orgasmo

(“climax/gozou”)?

0 = Sem atividade sexual

1 = Extremamente difícil ou impossivel 2 = Muito dificil

3 = Difícil

4 = Ligeiramente dificil 5 = Nada dificil

(21)

13. Nas últimas 4 semanas, o quanto você ficou satisfeita com sua capacidade de atingir o orgasmo (“gozar”) durante a atividade ou ato sexual?

0 = Sem atividade sexual 5 = Muito satisfeita

4 = Moderadamente satisfeita

3 = Quase igualmente satisfeita e insatisfeita 2 = Moderadamente insatisfeita

1 = Muito insatisfeita 14. Nas últimas 4 semanas, o quanto

você esteve satisfeita com a

proximidade emocional entre você e o seu parceiro durante a atividade sexual?

0 = Sem atividade sexual 5 = Muito satisfeita

4 = Moderadamente satisfeita

3 = Quase igualmente satisfeita e insatisfeita 2 = Moderadamente insatisfeita

1 = Muito insatisfeita 15. Nas últimas 4 semanas, o quanto

você esteve satisfeita com o relacionamento sexual entre você e seu parceiro?

0 = Sem atividade sexual 5 = Muito satisfeita

4 = Moderadamente satisfeita

3 = Quase igualmente satisfeita e insatisfeita 2 = Moderadamente insatisfeita

1 = Muito insatisfeita 16. Nas últimas 4 semanas, o quanto

você esteve satisfeita com sua vida sexual de um modo geral?

5 = Muito satisfeita

4 = Moderadamente satisfeita

3 = Quase igualmente satisfeita e insatisfeita 2 = Moderadamente insatisfeita

1 = Muito insatisfeita

17. Nas últimas 4 semanas, com que frequência (quantas vezes) você sentiu desconforto ou dor durante a penetração vaginal?

0 = Não tentei ter relação sexual 1 = Quase sempre ou sempre

2 = A maioria das vezes (mais que a metade do tempo)

3 = Algumas vezes (cerca de metade do tempo)

4 = Poucas vezes (menos que a metade do tempo)

5 = Quase nunca ou nunca

18. Nas últimas 4 semanas, com que frequência (quantas vezes) você sentiu desconforto ou dor após a penetração vaginal?

0 = Não tentei ter relação sexual 1 = Quase sempre ou sempre

2 = A maioria das vezes (mais que a metade do tempo)

3 = Algumas vezes (cerca de metade do tempo)

4 = Poucas vezes (menos que a metade do tempo)

5 = Quase nunca ou nunca 19. Nas últimas 4 semanas, como você

classifica seu grau de desconforto ou dor durante ou após a penetração vaginal?

0 = Não tentei ter relação 1 = Muito alto

2 = Alto 3 = Moderado 4 = Baixo

Referências

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