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Os reflexos da aviação civil no meio ambiente

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA BEUERMAN GABRIEL DA SILVA

OS REFLEXOS DA AVIAÇÃO CIVIL NO MEIO AMBIENTE

Palhoça 2016

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OS REFLEXOS DA AVIAÇÃO CIVIL NO MEIO AMBIENTE

Monografia apresentada ao Curso de graduação em Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel.

Orientação: Prof. Maurici Amantino Monteiro, Dr.

Palhoça 2016

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OS REFLEXOS DA AVIAÇÃO CIVIL NO MEIO AMBIENTE

Este monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Bacharel em Ciências Aeronáuticas e aprovada em sua forma final pelo Curso de Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 25 de Novembro de 2016.

_____________________________________________________ Professor orientador: Prof. Maurici Amantino Monteiro, Dr. .

Universidade do Sul de Santa Catarina

_____________________________________________________ Prof. Jairo Afonso Henkes, Msc.

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Sou grato a Deus que plantou esse sonho em mim e me capacitou para concluí-lo. A minha mãe e irmãos que me deram força e coragem me apoiando nos momentos de dificuldade. A minha esposa, obrigada pela enorme paciência, pelos incentivos diários, e que não mediu esforços para que eu chegasse até essa etapa da minha vida. Valeu a pena todo sofrimento e todas as renúncias.

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RESUMO

Por muito tempo andamos despreocupados com os reflexos do produto aeronáutico no meio ambiente, mas graças à realidade do planeta nos nossos dias, coisas que até então não eram tão importantes, passaram a ser, uma vez que o homem começou a se preocupar mais com o que se faz para o futuro do planeta. Partindo deste ponto, esse projeto nasce com o intuito de mostrar que a sustentabilidade tem sido uma palavra de suma importância para a agenda da aviação. Foi aplicada uma pesquisa de forma exploratória com análise de pesquisas, projetos e regulamentações aeronáuticas. A análise dos dados foi feita por meio de resumos, fichamentos de documentos e regulamentos avaliados de acordo com a fundamentação teórica. Ao analisar os resultados obtidos com a pesquisa, conclui-se que a Indústria da aviação tem consciência de sua responsabilidade com o meio ambiente e está comprometida com a redução de seu impacto ambiental proveniente de suas atividades, seja pela emissão de ruídos, impacto no uso do solo ou na emissão de gases de efeito estufa. Projetos de aeronaves mais eficientes, o uso de biocombustíveis, infraestruturas responsáveis, metas aplicadas, ações de planejamento e investimentos de milhões de dólares aplicados e, vários outros desdobramentos têm sido algo cada vez mais comum para promover uma aviação cada vez mais segura e limpa para o meio ambiente.

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Long walk unconcerned with the consequences of the aeronautical product in the environment, but thanks to the reality of the world today, things that until then were not as important, have been since man began to worry more about the that is for the future of the planet. From this point this project is born with the intention of showing that sustainability has been a word of great importance to the aviation agenda. an exploratory way research with analysis of research projects and aeronautical regulations was applied. Data analysis was done through summaries, assessed files documents and regulations in accordance with the theoretical foundation. When analyzing the results obtained from the research, it is concluded that the aviation industry is aware of its responsibility to the environment and is committed to reducing its environmental impact from its activities, either by noise emissions, impact on use soil or greenhouse gases. More efficient aircraft designs, the use of biofuels, responsible for infrastructure, applied goals, action planning and millions of invested dollars investment and, many other developments have been something increasingly common to promote an increasingly safe and clean aviation the environment.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Ilustração de emissões de gases na Atmosfera ... 15 Figura 2 – Emissões de CO em aeródromos selecionados. ... 16 Figura 3 – Amostra de redução de ruído ao longo dos anos (em azul) e ao mesmo tempo o

crescimento das operações (em bordô). ... 18 Figura 4 – Razão de BY-PASS no motor TURBOFAN. ... 19 Figura 5 – Motor eletrico adaptado ao helicóptero ... 27

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ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil Caep - Clube de Aviação Experimental

CAEP - Committee on Aviation Environmental Protection CAN - Committee on Aircraft Noise

DAC - Departamento de Aviação Civil

DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo FAA - Federal Aviation Administration

FIFA - Fédération Internationale de Football Association FAESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São ICAO - International Civil Aviation Organization

IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica

LEED - Leadership in Energy and Environmental Design OACI - Organização da Aviação Civil Internacional SAC - Secretaria de Aviação Civil

SAFUG - Sustainable Aviation Fuel Users Group UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

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SUMÀRIO 1 INTRODUÇÃO ... 9 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ... 10 1.2 OBJETIVOS ... 10 1.2.1 Objetivo Geral ... 10 1.2.2 Objetivos Específicos ... 10 1.3 JUSTIFICATIVA... 11 1.4 METODOLOGIA ... 12

1.4.1 Natureza da pesquisa e tipo de pesquisa ... 12

1.4.2 Materiais e métodos... 12

1.4.3 Procedimentos de coleta de dados... 13

1.4.4 Procedimento de análise dos dados ... 13

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ... 13

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 14

2.1 O IMPACTO DA AVIAÇÃO CIVIL NO MEIO AMBIENTE ... 14

2.2 POLUIÇÃO SONORA ... 17

2.3 SUSTENTABILIDADE ... 19

2.4 COMBUSTIVEIS ALTERNATIVOS ... 21

2.5 INFRAESTRUTURA DE APOIO... 24

3APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ... 26

3.1 COMO A INDÚSTRIA AERONÁUTICA TEM SE PORTADO, DIANTE DO OBJETIVO DE DESENVOLVER A AVIAÇÃO DE FORMA SUSTENTÁVEL E LIMPA 26 3.1.1 Novos projetos ... 26

3.1.2 Alternativas tecnológicas... 27

3.1.3 Infraestruturas inteligentes ... 28

3.2 A ANAC E O CRESCIMENTO DE FORMA SUSTENTÁVEL AVIAÇÃO CIVIL BRASILEIRA ... 30

3.2.1 Regulamentos e fiscalização para manter a sustentabilidade ... 30

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 32

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1 INTRODUÇÃO

O avanço tecnológico traz inovação e modernidade à aviação, mas junto vem a preocupação de como esse avanço afeta ou irá afetar o meio ambiente. E é partindo desse ponto que a indústria aeronáutica planeja estratégias que partem do âmbito estrutural ao operacional, para amenizar os impactos causados pela aviação.

A Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) em 1983 estabeleceu um Comitê de Proteção Ambiental na Aviação (CAEP), que realiza estudos específicos, e o seu âmbito de estudos engloba ruídos, qualidade do ar e vários outros com o objetivo de reduzir as emissões de CO2 da aviação internacional, incluindo a tecnologia de aeronaves, melhoria nas operações, medidas baseadas no mercado de combustíveis alternativos, entre outras.

Vale ressaltar a importância do tema, tendo em vista a preocupação da OACI desde 1983 estabelecendo tal comitê, que desde então monitora e estabelece metas para os 191 estados-contratantes (países membros da organização).

O Brasil é um dos vinte e dois estados membros do CAEP, representado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e tem como objetivo participar no amplo desenvolvimento da aviação de forma sustentável no país. O resultado disso foi a parceria da ANAC com o a Secretaria de Aviação Civil (SAC) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e empresas do setor privado, que gerou um plano de ação para redução de CO2 no transporte aéreo no país, apresentado na 38ª seção da assembleia da OACI, em Montreal no Canadá em 2013. (ANAC, 2016)

O desenvolvimento da aviação civil não representa um fim em si mesmo, mas um meio de alcançar os grandes objetivos do desenvolvimento global da sociedade em sua concepção mais abrangente. A aviação civil desempenha um papel catalisador: ela abre novos mercados aos produtores, facilita a divulgação de novas tecnologias, propicia o acesso aos serviços essenciais à comunidade e dá suporte à assistência social. (SILVA, 1990, p. 51).

Cada vez mais as questões ambientais estão sendo enfocadas, à medida que se mostram mais evidentes as consequências de ações prejudiciais ao planeta que resultam na diminuição de qualidade de vida e no surgimento de problemas como efeito estufa, degelo das calotas polares, secas, escassez de água, etc.

A aviação é uma parte crítica da economia, provendo o transporte de pessoas e de bens no mundo inteiro e permitindo o crescimento econômico. Com o crescimento na

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demanda da aviação, há uma necessidade de planejamento e obrigação de endereçar os efeitos ambientais do transporte aéreo.

O avanço tecnológico não pode ser interrompido; tampouco as atenções podem ser desviadas dos problemas ambientais, ou seja, no avanço tecnológico reside a solução para que seja mantido o crescimento sustentável, de forma a garantir condições adequadas para as gerações futuras.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

 Qual o real impacto da aviação civil no meio ambiente?

 Quais são ações que estão sendo tomadas para minimizar esses impactos?  De qual forma a comunidade aeronáutica e os novos aviadores podem

colaborar para a para a preservação do meio ambiente?

1.2 OBJETIVOS

Este trabalho de pesquisa tem por objetivo mostrar qual o impacto que a aviação traz ao meio ambiente além de mostrar como a indústria da aviação está usando novas tecnologias nas aeronaves, que buscam minimizar os impactos causados pela aviação.

1.2.1 Objetivo Geral

 Apresentar os reais impactos da aviação civil ao meio ambiente.

1.2.2 Objetivos Específicos

 Compreender como a indústria aeronáutica tem se portado, diante do objetivo de desenvolver a aviação de forma sustentável e limpa; novos projetos de motores, consumo eficiente, metas de redução de emissões, infraestruturas inteligentes e quais fatores do setor precisam ser melhorados para se transformar em uma operação ambientalmente correta;

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 Verificar como a ANAC tem trabalhando para que a aviação civil brasileira possa desenvolver-se e crescer de forma sustentável; quais metas estão sendo aplicadas para operadores e fabricantes, como é regulamentada a questão no pais, como é fiscalizada, qual caminho a percorrer.

1.3 JUSTIFICATIVA

O projeto foi desenvolvido com a finalidade de mostrar que a sustentabilidade tem sido uma palavra de suma importância para a agenda da aviação geral, principalmente para as principais empresas aéreas brasileiras de grande expressão no transporte aéreo, que têm se preocupado cada vez mais com formas de evitar danos ao meio ambiente, como no caso da Gol Linhas Aéreas que passou a fazer parte do Sustainable Aviation Fuel Users Group (SAFUG), que é o Grupo de Usuários de Combustíveis de Aviação Sustentável onde o objetivo maior é diminuir a emissão de gases poluentes na atmosfera e a LATAM Airlines Brasil que tem seu programa de compensação de carbono.

Assim como a Gol e a LATAM, outras empresas de menor porte e até mesmo pesquisadores tem dado o exemplo buscando novas tecnologias na construção de aeronaves “ambientalmente corretas”.

Conhecendo a importância que a aviação tem no mundo e preocupado com a situação do clima do planeta e os causadores do aquecimento global, busca-se desenvolver esse estudo com o objetivo de analisar e apresentar de que forma a indústria da aviação prejudica e o que faz para diminuir os impactos ambientais causados pelas suas atividades. Um outro objetivo é mostrar que o setor está realmente empenhado, mas ainda existe um longo caminho principalmente de conscientização de toda a comunidade aeronáutica e seus envolvidos, sobre a importância em reduzir os impactos ecológicos e preparado para se tornar um negócio cada vez mais sustentável.

E assim como a aviação sempre foi um modelo em avanços tecnológicos para diversos setores, a aviação também se mostra capaz de ser uma referência em sustentabilidade.

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1.4 METODOLOGIA

A presente pesquisa é caracterizada de forma exploratória, com base bibliográfica e com abordagem qualitativa onde serão realizadas pesquisas em livros, documentos publicados, revistas e sites que tratam sobre o tema discutido.

1.4.1 Natureza da pesquisa e tipo de pesquisa

A Pesquisa Exploratória como o próprio nome indica, permite uma maior familiaridade entre o pesquisador e o tema pesquisado, visto que este ainda é pouco conhecido, pouco explorado. Nesse sentido, caso o problema proposto não apresente aspectos que permitam a visualização dos procedimentos a serem adotados, será necessário que o pesquisador inicie um processo de sondagem, com vistas a aprimorar ideias, descobrir intuições e, posteriormente, construir hipóteses (DUARTE, 2014).

Método qualitativo se justifica por ser uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno. (BRASIL ESCOLA, 2015).

A abordagem da pesquisa foi qualitativa, por se basear na realidade para fins de compreender uma situação única (RAUEN, 2002).

1.4.2 Materiais e métodos

Bibliográficos: livros e sites especializados, pesquisas desenvolvidas e projetos de melhorias que descrevem os reais impactos da aviação no meio ambiente.

Documentais: documentos diversos, tratados internacionais, legislações internacionais em vigor e propostas de regimentos, envolvendo a proteção ambiental e propostas que oferecem novos resultados em relação ao tema proposto.

Os materiais a serem analisados foram: - Tratados Internacionais

- Documentos e manuais ANAC, Federal Aviation Administration (FAA) e International Civil Aviation Organization (ICAO)

- Livros e reportagens sobre questões ambientais. - Opiniões de especialistas.

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1.4.3 Procedimentos de coleta de dados

O procedimento técnico de coleta de dados se deu por revisão bibliográfica e documental, com base em registros relevantes, pesquisas científicas, planos de ação, gráficos, tabelas e projetos em desenvolvimento.

1.4.4 Procedimento de análise dos dados

Os dados foram analisados por meio da apreciação de conteúdo, através de planos já estabelecidos, como exemplo o Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas da Aviação Civil em 2014, publicada pela a ANAC, que se configura uma importante ferramenta de gestão ambiental capaz de detalhar a evolução das emissões de poluentes atmosféricos e gases de efeito estufa do transporte aéreo ao longo dos anos.

“A análise de conteúdo se constitui num conjunto de instrumentos metodológicos que asseguram a objetividade, sistematização e influência aplicadas aos discursos diversos.” (BARROS; LEHFELD, 1986, p. 96).

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Este trabalho foi estruturado para atingir os objetivos propostos, estando disposto da seguinte maneira:

Capítulo 1 - Apresenta-se a introdução, onde constam a problematização e problema do estudo, os objetivos, a justificativa a metodologia e a organização do trabalho.

Capítulo 2 - Fundamentação teórica, como a aviação atua no contexto ambiental e seus fatores.

Capítulo 3 - A análise e discussão dos dados da pesquisa: é apresentado como a indústria da aviação tem se portado e medidas adotas para se minimizar os impactos causados pela sua operação ao meio ambiente.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 O IMPACTO DA AVIAÇÃO CIVIL NO MEIO AMBIENTE

Como resultado de praticamente todas as áreas da atividade humana, a aviação também tem sua parcela de impacto ao meio ambiente, por ser uma atividade especial e totalmente diferenciada, este impacto se dá de várias formas dentre as quais a perturbação causada pelas emissões de ruído e emissões de gases com efeito de estufa provenientes de motores das aeronaves, tem sido observada com grande ênfase.

Em dezembro de 2007 o relatório “The Economics of Climate Change” escrito por Sir Nicholas Stern firma que o maior contribuinte para o CO2 induzida pelo homem é a geração de energia (24%), produzidos principalmente do carvão. Em seguida é a mudança do uso da terra em 18%, seguida da agricultura, da indústria e dos transportes em 14% cada um (a aviação é parte de transporte). Edifícios (8%), outras atividades relacionadas com a energia (5%) e resíduos (3%) compõem o restante.

O Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC, 1990) estima que aproximadamente 2% das emissões totais de CO2 antropogênicas vêm da emissão das aeronaves. “Assim, o CO2 derivado dos motores das aeronaves pode contribuir em torno de 1% do total do aquecimento global provocado pelo homem.” (ROCHA, MARTINS; SANTOS, 2012, p. 2).

As aeronaves contribuem com cerca de 2% do total global de emissões de dióxido de carbono e, além disso, contribuem para as alterações de clima por meio da emissão de óxidos de nitrogênio, particularmente eficazes na formação da camada do ozônio. Todos os cenários prospectivos assumem que melhorias tecnológicas e otimização da disponibilidade de espaço aéreo levarão à redução progressiva das emissões por passageiros/km no futuro, contudo ainda há um considerável grau de incerteza científica em áreas-chave que limitam a capacidade de projetar os impactos da aviação sobre o clima. (ANAC, 2016)

Aparentemente a aviação possui percentualmente apenas uma pequena parcela de responsabilidade pelas emissões, o que poder-se-ia considerar algo tolerável se comparado aos níveis apresentado por outros setores da indústria global. O grande problema é que a aviação é uma pequena, mas importante contribuinte para alteração do clima, pois a maioria das emissões de gases poluentes que são liberados pelas aeronaves, são depositados nos corredores de voo, que fica entre a parte superior da troposfera e a parte inferior da

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estratosfera em altitudes de 8 km a 13 km (26,000-40,000 pés), e isso gera um efeito que altera a composição da atmosfera afetando diretamente o comportamento do clima. Esses impactos específicos destes gases e partículas quando depositados diretamente nessas camadas são difíceis de quantificar e avaliar quais são as consequências reais.

Figura 1 – Ilustração de emissões de gases na Atmosfera

Fonte: Lawrence (2010).

Os gases emitidos na atmosfera através da queima do combustível dos motores das aeronaves, gera não somente o CO2 como falado até o momento, mas também existem outros elementos resultantes dessa queima como: vapor de água (H2O), óxidos de azoto (NOx), óxidos de enxofre (SOx), hidrocarbonetos (HC) e partículas de carbono preto (ou fuligem).

No Brasil a agência reguladora da aviação civil, à ANAC, divulgou em 2014 o Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas da Aviação Civil, um relatório inédito que visa avaliar a demanda de emissões de gases dos últimos nove anos no país, emitido através de informações com base nas operações de aeronaves civis no país.

Com mais de oito milhões de quilômetros quadrados de área, o território brasileiro exige um meio de transporte com capacidade de cumprir grandes distâncias em tempos reduzidos. A aviação civil passa a ter, nesse cenário, um papel fundamental. Aliado à liberdade tarifária e de oferta suportada pela Lei nº 11.182 de 2005, o transporte por vias aéreas vem apresentando valores de movimentação cada vez mais expressivos nos mais de 700 aeródromos públicos espalhados pelo país. (ANAC, 2014, p. 11).

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O Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas da Aviação Civil, contempla todas as fases do voo desde do acionamento até o corte dos motores, e as operações domésticas e também as operações internacionais.

De acordo com o Anuário Estatístico do Transporte Aéreo de 2012 publicado pela ANAC, a demanda doméstica do transporte de passageiros em território brasileiro mais do que triplicou no período de 2003 a 2012, alcançando em termos de RPK (revenue passenger kilometer – passageiros-quilômetros pagos transportados) um aumento de 234% (duzentos e trinta e quatro por cento). A demanda no mercado internacional para voos com origem ou destino no Brasil, por sua vez, mais do que dobrou no mesmo período, com alta de 128% (cento e vinte e oito por cento). (ANAC, 2014, p, 11)

As emissões de gases como o monóxido de carbono (CO), segundo dados do Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas da Aviação Civil, apresentou seu maior índice ao longo de 2013, período considerado um recorde de operações de aeronaves onde o mercado interno completamente aquecido promovia esse crescimento.

O monóxido de carbono (CO) é um gás considerado altamente nocivo à saúde humana, e um grande fator que deve ser considerado é que a grande demanda da aviação civil se concentra principalmente na região sudeste do país, mais precisamente em grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais, o que piora ainda mais a qualidade do ar e afeta diretamente no clima dessas regiões.

Figura 2 – Emissões de CO em aeródromos selecionados.

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Através do Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas da Aviação Civil é possível mensurar o tamanho real do impacto causado por essa atividade no país, e partir para criação de ações e medidas que mitiguem os efeitos, e chamem à atenção da sociedade para o problema real enfrentado.

2.2 POLUIÇÃO SONORA

Desde os primórdios da aviação, após o homem ter conseguido o seu objetivo de alçar voo, outros foram traçados visto a versatilidade que o avião promovia. Os objetivos passaram a ser voar cada vez mais alto e mais rápido. Impulsionada pelas grandes guerras, dia a dia a aviação evoluía a passos largos, projetos aerodinâmicos desafiadores e motores a jatos permitiram esse avanço.

O motor a jato foi o principal protagonista desse desenvolvimento, pois através dele velocidades e níveis superiores de operação foram alcançados, além de permitir que cargas maiores fossem transportadas comparadas as aeronaves equipadas com os motores convencionais da época.

Porém com a popularização do transporte aéreo no mundo e o crescimento das operações concentradas em grandes centros urbanos, os motores a jato trouxeram consigo o que vários especialistas em aviação consideram como o maior poluente da aviação: "o ruído". Os ruídos provocados pelos motores das aeronaves em zonas aeroportuárias são questões complexas que tem sido o motivo para vários debates e estudos até os dias atuais.

Em 1983 a ICAO estabelece um comitê exclusivo para tratar assuntos referentes a emissões de ruídos de aeronaves o Committee on Aircraft Noise (CAN, Comitê de Ruídos Aeronáuticos). Dado a importância do assunto, o comitê nasce com a proposta de elaborar estudos, pesquisas e estabelecer metas paras os países signatários, logo após vindo a ser substituídos pelo Clube de Aviação Experimental (CAEP). (ICAO, 2016).

Esses desdobramentos vêm apresentando muitos resultados ao longo dos tempos, vários estudos científicos e o grande empenho da indústria aeronáutica trouxeram uma melhora significativa para minimizar esses impactos e, o nível de ruído tem caído ao longo dos anos em zonas aeroportuárias onde se concentra operações de pousos e decolagens, conforme foi divulgado um estudo realizado pelo FAA nos Estados Unidos.

No final de 1970, os ruídos dos aviões afetavam cerca de 7 milhões de pessoas. Esse número caiu para menos de 500.000, de acordo com o Escritório de Meio Ambiente;

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Noise Division do FAA, que acompanha o progresso da agência sobre metas de redução de

ruído (FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION, 2009).

Figura 3 – Amostra de redução de ruído ao longo dos anos (em azul) e ao mesmo tempo o crescimento das operações (em bordô).

Fonte – Federal Aviation Administration (2009)

Grandes avanços tecnológicos foram os responsáveis por essa inversão de quadro, como demonstrado na figura 3, onde o número das operações cresceu enquanto os impactos foram reduzidos, tendo como principal contribuinte para essa queda o motor TURBOFAN.

O motor TURBOFAN desenvolvido à partir do motor a jato das antigas aeronaves, são mais econômicos e principalmente muito mais silenciosos e trouxeram a aviação um alívio, permitindo que as aeronaves fossem equipadas por motores mais eficientes.

A principal fonte de ruído do motor de uma aeronave comercial parte dos gases de exaustão e o barulho do jato de exaustão que são causados por um violento choque entre os gases expelidos pelo motor com o ar atmosférico. Esses gases derivados da queima interna do motor saem a uma alta velocidade que pode ultrapassar a velocidade do som dependendo do regime de operação do motor e a temperaturas extremamente altas, e ao se chocar com o ar atmosférico relativamente frio, criando várias ondas de choque próximo ao bocal de escapamento, causa como resultado ruídos de alta e baixa frequência capazes de se propagar por longas distancias.

O motor TURBOFAN emprega uma técnica conhecida como Razão de BY-PASS, que utiliza um canal de ar secundário que passa por fora da câmara de combustão que além de

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trazer outros benefícios a operação do motor atua como um supressor de ruídos, pois esfria e reduz a velocidade dos gases do escapamento criando uma camada entre gases de alta temperatura e o ar atmosférico, reduzindo a níveis aceitáveis o ruído desses motores.

Figura 4 – Razão de BY-PASS no motor TURBOFAN.

Fonte – Learn Engineering (2016).

Embora as reduções nas emissões de ruídos diminuíram ao longo dos anos, essa guerra ainda não é dada como vencida, pois é previsto um aumento significativo na demanda do trafego aéreo principalmente em mercados emergentes como o caso do Brasil, e com esse crescimento as discussões em torno do assunto se intensificam.

O FAA prevê que o aumento dessas taxas relacionada ao ruído comece a subir novamente em breve. Por quê? As Previsões para a aviação é o crescimento contínuo do tráfego nos próximos anos. Mais tráfego significa mais ruído. A menos que as operações de voo possam ser feitas ainda mais silenciosas do que são hoje, a exposição ao ruído irá aumentar (FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION, 2016).

2.3 SUSTENTABILIDADE

A partir do início da década de 90 surge o ambientalismo empresarial, sobressaindo-se como o promotor do desenvolvimento sustentável (LAYRARGUES, 2003).

A sustentabilidade nasce do termo “desenvolvimento sustentável”, gerando um princípio de um conceito sistêmico e, do ecologicamente correto, aplicando ações de âmbito

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social e economicamente viável, atendendo a geração atual sem comprometer a gerações futuras. A sustentabilidade é capacidade que uma empresa tem de se manter no mercado gerando receitas, sem causar impactos ao ambiente.

Artigo 225 da Constituição Federal de 1988 leciona que: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preserva-lo para as presentes e futuras gerações.” (BRASIL, 1988).

Nos dias atuais a busca por uma gestão cada vez mais sustentável passa ser um fator determinante para o sucesso da empresa, pois os grandes gestores passaram a entender que práticas sustentáveis vão além do cuidar do meio ambiente, e com isso geram benefícios como: melhora a imagem da empresa, gerenciamento do consumo interno, redução nos custos entre outros fatores, aumentam a lucratividade.

Ao reduzir seus custos, as empresas aumentam sua competitividade, pois podem cobrar preços menores. Por outro lado, conquistam novos clientes, já que o consumidor, cada vez mais consciente e bem informado sobre os efeitos ambientais e processos produtivos sustentáveis, está disposto a pagar mais caro por marcas associadas a uma atitude positiva em relação à proteção do meio ambiente. (SANT'ANA, p. 2013).

A FEDEX, empresa com sede na cidade de Memphis, no estado do Tennessee EUA, é uma das maiores companhias aéreas de cargas, atualmente com uma frota aproximada de 600 aviões, possui um ambicioso plano de redução de emissões de poluentes, tendo em 2014 atingido o total de 21,4% de redução de emissões de CO2 na atmosfera, comparados aos níveis de emissões do ano de 2005, ano em que a empresa estipulou a meta de redução em 30% até 2020. Como resultado desse programa, em 2014 a empresa economizou 100 milhões de galões de combustíveis de aviação, consequentemente evitou que mais de 976 mil toneladas de CO2 fossem emitidas na atmosfera.

No Brasil a empresa aérea TAM que em fusão com a empresa aérea chilena LAN passaram a operar na América do Sul como LATAM Airlines, tem incorporado nos últimos anos, aeronaves que possui baixos níveis de emissões de gases e ruídos e são aeronaves referência em tecnologia aplicada para se obter os mais altos índices de eficiência em operações, tais como as dos Boeing 787 e o Airbus A350, sendo a primeira companhia aérea a operar esses modelos na América do Sul.

Segundo dados divulgados pela LATAM, como resultado de sua operação no Brasil durante os jogos da copa do mundo da Fédération Internationale de Football

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Association (FIFA) de 2014, a empresa compensou cerca de 100 mil toneladas de gases de

efeito estufa emitidas por voos para as doze cidades subsedes do evento.

O empresário britânico Richard Branson traçou uma visão de um mundo alimentado por energia solar, eólica e hidrelétrica e chamou a atenção para a inovação e regulação, para o alcance desses objetivos até em 2050. Em uma reunião de líderes de negócios em Nova York, o fundador da empresa aérea Virgin Atlantic pediu um fim para a exploração de petróleo e os subsídios aos combustíveis fósseis, bem como um imposto sobre o carbono em todo o mundo. "Obviamente, eu tenho três companhias aéreas, não vai ser uma grande notícia no curto prazo, mas definitivamente precisa ver um imposto global do carbono", disse ele. (GEERE, 2015)

Um mundo sustentável cada vez mais é desejado pela humanidade em todas as classes sociais, a evolução industrial revolucionou a história do mundo, logo após a tecnologia veio acrescentar ainda mais e promover o que chamamos de estado da arte, mais junto veio uma exploração e agressão desordenada aos recursos naturais alguns que jamais serão reparados, hoje a grande busca é se manter na arte sem agredir o meio, o conceito sustentabilidade atinge toda a atividade humana e deve ser repensada a cada dia.

2.4 COMBUSTIVEIS ALTERNATIVOS

Cada vez mais as questões ambientais estão sendo enfocadas, à medida que se mostram mais evidentes as consequências de ações prejudiciais ao planeta que resultam na queda da qualidade de vida e no aparecimento de problemas como efeito estufa, degelo das calotas polares, secas, escassez de água, etc.

O avanço tecnológico não pode ser interrompido; tampouco as atenções podem ser desviadas dos problemas ambientais, ou seja, no avanço tecnológico reside a solução para que seja mantido o crescimento sustentável, de forma a garantir condições adequadas para as gerações futuras.

De acordo com o conhecimento científico mais aceito atualmente, o aumento das concentrações de gases de efeito estufa desde a época pré-industrial, isto é, desde aproximadamente 1750, contribuíram para aquecer a superfície da Terra e produzir alterações do clima. A concentração atmosférica de gases com efeito estufa, como o dióxido de carbono, metano e óxido nitroso (N2O), entre outros, tem crescido significativamente. Esta tendência

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pode ser atribuída, em grande parte, às atividades humanas, principalmente ao uso de combustíveis fósseis, às mudanças no uso do solo e à agricultura (ANAC, 2016).

Ainda hoje os principais combustíveis utilizados no mundo são derivados de combustíveis fósseis extraído da terra, as grandes economias, as moedas e os principais mercados estão ligados ao petróleo, essa dependência parece estar longe do fim, enquanto o impacto causado por esse consumo está cada vez mais irreversível.

Professor Myles Allen, da Universidade de Oxford, um membro da equipe de redação núcleo IPCC, disse:

Nós não podemos dar ao luxo de queimar todos os combustíveis fósseis que temos sem lidar com resíduos do produto que é CO2 e sem despejá-la na atmosfera.Se não podemos desenvolver a captura de carbono, teremos de parar de usar combustíveis fósseis, se quisermos deter as mudanças climáticas perigosas. (MCGRATH, 2014).

A indústria busca uma alternância para os combustíveis fósseis, uma vez que essa é de fonte esgotável e, os avanços em combustíveis renováveis está cada vez mais presente.

A indústria aeronáutica também está trabalhando agora para o crescimento do carbono-neutro, ou seja, nenhum aumento em emissões de carbono, para um futuro de energias livre de carbono.

“A fabricante norte-americana de aeronaves Boeing e a brasileira Embraer inauguraram nesta quarta-feira (14), no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), um centro de pesquisas sobre biocombustíveis para aviação” (BOMFIM, 2015). O programa conta com a participação das duas maiores fabricantes de aeronaves do mundo nos seus respectivos seguimentos, Boeing e Embraer, com as instituições Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAESP), bem como a participação de outros importantes stakeholders como; ANAC, GOL LINHAS AEREAS, PETROBRAS, Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) entre outros.

A indústria mundial da aviação demonstrou um forte desejo de participar do esforço global para mitigar as emissões de GEE e, portanto, está profundamente comprometida com a redução das emissões de CO2. A meta atual é o Crescimento Neutro em Carbono (CNG, na sigla em inglês) até 2020 e uma redução de 50% nas emissões líquidas de CO2 sobre níveis de 2005 até 2050. Várias medidas estão sendo tomadas pela indústria de aviação para atingir essa meta. Entre elas estão o uso mais eficiente de combustíveis com turbinas melhoradas, projetos de aviões mais leves, gerenciamento avançado do espaço aéreo e combustíveis menos poluentes. (PLANO DE VOO PARA BIOCOMBUSTÍVEIS, 2013).

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A programa tem por objetivo a criação de combustíveis DROP-IN, que são biocombustíveis que podem ser misturados a combustíveis a base de petróleo de acordo com uma proporção definida, utilizando as mesmas estruturas de abastecimento usuais sem requerer nenhuma adaptação dos motores que o consomem.

A indústria da aviação busca desenvolver “biocombustíveis drop-in sustentáveis. O setor vem adotando a referência da ASTM para drop-in, significando que combustíveis alternativos, quando misturados com combustível derivado de petróleo em não mais de 50%, cumprem as características mínimas de desempenho do combustível produzido de petróleo utilizado na aviação. Apesar de ainda não ser competitivo do ponto de vista de custo, o biocombustível drop-in para aviação foi demonstrado em vários voos de ensaio e comerciais (gerando receita) de companhias aéreas. Estão em curso esforços para baixar os custos a níveis competitivos em muitas partes do mundo. (PLANO DE VOO PARA BIOCOMBUSTÍVEIS, 2013). O programa busca criar biocombustíveis a partir da cana-de-açúcar, visando a produção em grande escala desse biocombustível, possibilitado pela grande produção desse produto no país e o grande potencial do crescimento deste setor na agricultura.

Em 7 (sete) de julho deste ano, como resultado da parceria, foi apresentada uma aeronave nomeada de “ecoDEMOSTRADOR”, modelo, Embraer EJ170 que vem como uma plataforma de testes, e vai utilizar como combustível a combinação de 90% de querosene (QAV) do refino do petróleo e 10% de Bioquerosene da cana-de-açúcar.

A aeronave conta ainda com mais outras quatro tecnologias desenvolvidas para o futuro da aviação que permite o avanço tecnológico entre as principais fabricantes de aeronaves no mundo para os próximos anos.

Entre as tecnologias testadas, duas delas visam minimizar os impactos causados pelas operações de aeronaves comerciais ao meio ambiente, como a SLAT NOISE, que busca a redução de ruído gerado pelas superfícies hiper sustentadoras e permitindo pousos e decolagens em velocidades mais baixas. Essa redução de ruídos é principalmente importante para diminuir os barulhos nos entornos dos aeroportos, tendo em vista que são as áreas mais afetadas pelas operações de pouso e decolagem.

A outra tecnologia nomeada de ecoPAINT, trata-se de uma pintura especial aplicada a aeronave que reduz o arrasto aerodinâmico causado pelo impacto do ar, dessa forma reduz a aplicação da força de tração gerada pelos motores e consecutivamente a redução do consumo do combustível, essa pintura reduz também o acumulo de resíduos e gelo na fuselagem reduzindo o consumo de água e outras substâncias necessárias para realizar a limpeza da aeronave.

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Como líderes do setor, Boeing e Embraer têm a oportunidade única de investir em testes e em tecnologias que estimulem o desenvolvimento da aviação de modo equilibrado e sustentável e que paralelamente apoiem o crescimento de nossos clientes globalmente, ressaltou John Tracy, vice-presidente de engenharia, operações e tecnologia da Boeing. (PADILHA, 2016).

A expectativa é que esse possa ser um experimento de sucesso e que possa cada vez mais atrair outros fabricantes e outros investidores e assim alcançar o caminho do autossustentável para a aviação.

2.5 INFRAESTRUTURA DE APOIO

A preocupação com o meio ambiente tem sido uma tônica nos assuntos atuais relacionados a aviação, principalmente no que diz respeito a emissão de poluentes na atmosfera através das aeronaves.

Mas não se trata somente de emissão de gases poluentes, a questão ambiental é muito mais abrangente e carece de políticas e estudos eficazes diversificados sobre os impactos ambientais dessa atividade.

Dentre alguns dos problemas que devem ser estudados, analisados e compreendidos para que se possa adotar as medidas corretas para a prevenção do meio ambiente podemos citar os seguintes:

 Ruído de aeronaves;

 Qualidade do ar no entorno dos aeroportos;

 Problemas ambientais globais decorrentes do uso do aeroporto;

 Problemas ambientais decorrentes de acidentes/ incidentes com aeronaves envolvendo mercadorias perigosas e procedimentos de emergência;

 Manipulação de Materiais Utilizados para manutenção das aeronaves

Desde a década de 80 que existe uma preocupação com a substituição de aeronaves ruidosas por aeronaves mais silenciosas.

No entanto, o aumento do tráfego de aeronaves nos aeroportos vem trazendo, em uma curva crescente, o problema do ruído e, em alguns casos, esse tem sido um dos motivos que impedem a expansão da capacidade operacional dos aeroportos.

As autoridades brasileiras e mundiais estão preocupadas, devido a imposição internacional de regras para a preservação do meio ambiente e, o tratado de Kyoto, neste

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aspecto, tem contribuído para a aceleração de programas de preservação ambiental na aviação.

Outros aspectos como a qualidade do ar no entorno dos aeroportos, que é afetada pelas emissões dos motores das aeronaves, emissões dos veículos motores do aeroporto e pelo tráfego de acesso, emissões de outras fontes (exemplo: centrais de aquecimento/energia e incineradores) e a disposição dos materiais ambientalmente perigosos usados nos reparos e manutenção de aeronaves como óleos, líquidos para a limpeza e tintas, resíduos do aeroporto e das aeronaves que chegam, devem ser geridos com eficiência.

O maior problema para atender às exigências legais é que a maioria dos aeroportos já construídos não atendem as legislações atuais sobre proteção ambiental e qualquer modificação efetuada nas atuais instalações aeroportuárias para atendê-las torna-se muito onerosa, o ideal seria que novos aeroportos fossem construídos dentro das diretrizes e padrões de qualidade ambiental e aos poucos substituíssem os atuais aeroportos, mas isto seria um projeto para muitos anos e depende de vontade política, além de disponibilidade econômica para investimento e concretização das obras.

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3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

3.1 COMO A INDÚSTRIA AERONÁUTICA TEM SE PORTADO DIANTE DO

OBJETIVO DE DESENVOLVER A AVIAÇÃO DE FORMA SUSTENTÁVEL E LIMPA

3.1.1 Novos projetos

Recentemente um helicóptero da fabricante Robinson Helicopters modelo R44 fez seu primeiro voo no mês de outubro deste ano, adaptado com um novo motor elétrico alimentando por baterias. O voo teve duração total de 5 minutos e alcançou a altura de 400 pés e velocidade de 80 nós, consumiu aproximadamente 20% da carga das baterias.

O projeto foi desenvolvido pela empresa TIER 1 de engenharia aeroespacial, um projeto único no segmento de helicóptero. Esse projeto ganha uma grande notoriedade no segmento, pois aeronaves de asas rotativas são conhecidas como versáteis e empregada nas missões especiais como: transporte aeromédico, operações policiais, operações em locais restritos e sse transporte é realizado em grandes metrópoles tendo como pista de pouso o topo de grandes prédios.

Esse projeto transforma a aviação de asas rotativas em algo ainda mais versátil, pois a exemplo dos carros elétricos o veículo não mais necessitará se deslocar até um posto de abastecimento de combustível. No caso do helicóptero que normalmente se desloca até um aeroporto provido de uma estação de abastecimento, dessa forma será possível realizar o abastecimento pelo próprio piloto conectando o helicóptero a uma fonte de energia até mesmo no heliporto localizado em cima de um grande edifício em quanto esse espera pelo passageiro. Outros benefícios foram alcançados com esse projeto, como o índice de 0% de emissões de gases poluentes e uma redução de 90% no ruído emitido pelo motor elétrico, considerado como o motor convencional que equipa esse modelo de helicóptero, o que favorece ainda mais a operação do helicóptero. Como citado anteriormente, é utilizado em grande centro urbanos, e uma melhora na poluição sonora e nenhuma emissão de gases poluentes é muito bem recebida trazendo uma melhora significativa ao ambiente, principalmente em áreas hospitalares onde helicópteros aeromédicos operam.

O projeto teve início em janeiro de 2016, finalizado em junho desse mesmo ano, para a partir daí dar início a fase de teste. Foi removido o motor de combustão interna IO-540 da fabricante Lycoming e instalado um motor elétrico e utiliza 11 módulos de baterias do tipo

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Lithium Polymer, 700 volts, 100 ampères-hora, tem uma autonomia estimada de 20 minutos de voo ou 30 milhas náuticas.

O projeto foi desenvolvido para empresa Lung Biotecnologia PBC e vai ser utilizado no transporte de órgãos.

Figura 5 – Motor elétrico adaptado ao helicóptero

Fonte: Calderwooder (2016).

“Estou muito satisfeito por conseguir este avanço histórico na aviação”, disse Glen Dromgoole, Presidente da COSTA MESA-BASED TIER 1 ENGINEERING. Nunca antes um helicóptero tripulado realizada uma decolagem vertical, cruzeiro e pouso exclusivamente com energia da bateria, e estamos entusiasmados em ter mais atingido 400 pés de altitude e 80 nós durante o nosso primeiro voo de teste completo. (CALDERWOODER, 2016).

3.1.2 Alternativas tecnológicas

O Solar Impulse 2, a aeronave movida apenas por energia solar completa sua missão de volta ao mundo após pousar em Abu Dhabi em julho deste ano.

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Sem produzir ruído nem poluir o meio ambiente, o Solar Impulse 2, avião movido apenas a energia solar, completou no final de julho a primeira volta ao mundo de uma aeronave que não utiliza combustíveis fósseis. Somado o tempo de voo, os suíços Bertrand Piccard e André Borschberg, que se alternaram na pilotagem, passaram 23 dias no ar para completar a jornada. (TOLEDO, 2016).

O projeto de estudos teve início em 2004 pela Escola Politécnica Federal de Lausana na Suíça, o projeto que comporta um piloto e tem uma envergadura maior que de um Airbus A380 e pesa 67 vezes menos que um Boeing 747, consideradas maiores aeronaves comerciais do mundo, mantem em cruzeiro uma velocidade média de 70km/h, a aeronave possui níveis baixíssimos de ruído e zero emissões de gases.

“Espero que as pessoas entendam que isso não é só algo novo na história da aviação, mas algo novo na história da energia”, disse Piccard, idealizador do projeto, antes da aterrissagem final em Abu Dhabi, ponto de partida e de chegada do desafio. Experiente como balconista, ele teve de aprender a pilotar aviões especialmente para poder cumprir a missão. (TOLEDO, 2016).

Apesar de aparentemente esse tipo de projeto parecer distante de operações aéreas que transportam milhões de passageiros, podemos considerar uma grande evolução do conceito, tendo em vista que a aviação não é composta apenas de grandes aeronaves.

Vale lembrar que a aviação nasceu a partir de uma pequena aeronave, também de grandes dimensões e meios limitados, sendo tripulada apenas por um homem e em pouco mais de cem anos pode-se ver como a aviação evoluiu.

Pode-se classificar esse projeto como um 14bis de uma nova era, e aguardar para que com o passar dos anos possa desenvolver-se e crescer se apresentando inicialmente em aeronaves de pequeno porte atendendo a aviação geral e aero desportiva e evoluindo para num futuro próximo estar presente em aeronaves comerciais de grande porte.

3.1.3 Infraestruturas inteligentes

A escolha da infraestrutura deve levar em consideração o quadro futuro, em horizontes previsíveis, da provável necessidade de ampliação do aeroporto e novas benfeitorias. No que tange aos sítios onde estão localizados os aeroportos e suas instalações, deve-se sempre cogitar do seu desenvolvimento e seus efeitos sobre o meio-ambiente. A integração harmoniosa de um aeroporto com o auxílio de um planejamento racional, um controle das fontes de poluição e um plano de zoneamento da utilização dos terrenos vizinhos. (SILVA, 1990, p. 174).

Um projeto pioneiro do Aeroporto Internacional de São Francisco SFO, aplicado ao terminal 2 do aeroporto, que foi construído em 1954, passou por uma reforma em 2011 que

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durou cerca de 2 anos e custou cerca de US$383 milhões, tornou-se a primeira instalação de aeroporto a receber a certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) de nível ouro do Green Building Council dos EUA. (E-CYCLE, 2016; GUEVARRA, 2010)

Dentre as principais inovações do terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Francisco estão:

 A redução do consumo de energia: O terminal 2 usa equipamento de iluminação ecoeficiente. Estima-se que 1,6 tonelada de gases causadores do efeito estufa deixem de ser emitidos por ano;

 Luz do dia: O novo design do terminal 2 valoriza a luz natural do sol para reduzir o uso das lâmpadas artificiais;

 Reciclagem e compostagem: A empresa que finaliza a reforma do terminal reciclou 90% dos materiais de construção e demolição oriundos das obras. Além disso, o aeroporto já tem um sistema de reciclagem e compostagem e exigirá que todas as empresas de alimentos que se instalem no SFO façam compostagem dos restos de comida;

 Redução do desperdício: O aeroporto contará com “estações de hidratação” para encorajar os usuários a reutilizarem suas garrafas de água;

 Redução do consumo de água: Os novos encanamentos do T2 são muito eficientes. Eles usam 40% menos água do que os encanamentos normais. Além disso, o sistema de encanamento é duplo. Assim, água desperdiçada pode ser reutilizada nos sanitários;

 Alimentação verde: Os comerciantes de alimentos do aeroporto se comprometerão a vender comida orgânica sempre que possível;

 Materiais sustentáveis na construção: A renovação utilizou materiais reciclados para fazer o piso e usou tintas de baixa emissão. Muitas estruturas do prédio antigo foram mantidas, o que reduziu a pegada de emissões de carbono do projeto em 12,3 toneladas (E-CYCLE, 2016; GUEVARRA, 2010).

Fora do aeroporto a direção do SFO adotou a meta de tornar o aeroporto neutro em carbono a partir do ano de 2020. Os ônibus que prestarão serviços ao SFO vão operar à base de biodiesel e o aeroporto dará descontos para os usuários que alugarem carros

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ecoeficientes, os passageiros também poderão comprar créditos de carbono em um terminal para neutralizar a emissão de suas viagens.

3.2 A ANAC E O CRESCIMENTO DE FORMA SUSTENTÁVEL AVIAÇÃO CIVIL BRASILEIRA

3.2.1 Regulamentos e fiscalização para manter a sustentabilidade

A Lei 6.938/81, em seu artigo 3º, inciso primeiro, preconiza que: “entende-se por meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.”

Orlando Soares (2002, p. 920) afirma que “a noção de meio ambiente está intimamente ligada a dois principais aspectos: o equilíbrio biológico e a ecologia.”

Diante da constante preocupação com a proteção e equilíbrio ambiental o legislador brasileiro tratou sobre o tema no Capítulo VI – Do Meio Ambiente na Constituição Federal. O artigo 225, da Constituição Federal de 1988 prevê: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações.” (BRASIL, 1988).

Portanto, a questão ambiental é assunto que diz respeito a todos, pois fazemos parte do eco sistema e fazemos o uso dele, a grande questão é como tem sido explorado esses recursos.

A ANAC como autarquia da aviação civil, tem total responsabilidade quando o assunto é aviação civil no país, pois é ela quem regulamenta, fiscaliza e estabelece as normas a serem seguidas na aviação civil em todo no país.

O Brasil é um país que tem uma aviação completa e autossustentável e fazem parte desse mercado, os fabricantes de aeronaves, centros de manutenção, empresas aéreas de abrangência internacional, grandes infraestruturas aeroportuárias, instituições de treinamentos e formação, além de que é um dos principais exportadores do produto aeronáutico no mundo, de tecnologias aeronáuticas, bem como é responsável por exportar profissionais dessa área.

A ANAC tem o compromisso de difundir o conceito de responsabilidade ambiental para todos os membros que compõe a aviação civil no país, e reconhecendo o

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impacto que a aviação civil proporciona, estabeleceu a INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 64, DE 30 DE OUTUBRO DE 2012, estabelecendo a Rede Ambiental da ANAC.

A rede ambiental da ANAC nasce para nortear, o posicionamento e as medidas adotadas para se promover o conceito sustentável na aviação brasileira, dentre elas as principais são:

 Propor e elaborar estudos ambientais;

 Fornecer subsidio para desenvolvimento de novas técnicas para o crescimento sustentável da aviação;

 Adoção de novas tecnologias que ajudem a reduzir o impacto da aviação civil ao meio ambiente.

A ANAC foi criada em 2006 substituindo o antigo Departamento de Aviação Civil (DAC), órgão controlado por militares, para um órgão ainda recém-formado e tem grandes desafios para serem superados no país, tendo em vista a criticidade desse setor, e apesar de todas as dificuldades o assunto meio ambiente não tem sido deixado de lado, pelo contrário, é um dos assuntos que tem mais se desenvolvido na aviação.

Comparando o Brasil com outros países observa-se que a ANAC tem feito seu “dever de casa”, porém, ainda existe um longo caminho pela frente, tal como a criação de uma secretaria para assuntos ambientais dentro da instituição. Essa secretaria seria uma grande porta para superar os desafios.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como qualquer outra forma de transporte público de massa que depende de recursos planetários finitos, a aviação não pode, na sua forma atual, ser considerada sustentável no longo prazo. A aviação é uma parte crítica da economia, provendo o transporte de pessoas e de bens no mundo inteiro, sendo uma das partes principais que promove o crescimento econômico global. Com o crescimento forte projetado na demanda da aviação e a perspectivava de um crescimento cada vez mais acentuado, deve haver um compromisso de minimizar os efeitos ambientais do transporte aéreo. Embora não seja possível fazer aviação sustentável na sua forma atual a curto prazo, muito mais pode ser e está sendo feito para promover a sustentabilidade da aviação.

A criação de novas normas e novas regras é um passo muito importante para alcançar esses objetivos, mas a conscientização daqueles que fazem a aviação acontecer, com certeza trará resultados mais expressivos. Por isso a proposta de debates sobre o assunto em áreas de formação é de extrema grandeza e a interação cada vez mais refinada de setores promoverá uma aviação justa com o meio que se opera.

A pesquisa pavimentou o caminho para a busca de alternativas tecnológicas assim como a conscientização dos usuários e promotores da aviação. O tema proteção ambiental deve fazer parte da cultura do setor aéreo e precisam ser cada vez discutidos e praticados.

Constatou-se com a pesquisa que alternativas estão sendo apresentadas pelos membros do setor aéreo, sendo uma delas investimentos voltados para o desenvolvimento de Biocombustíveis e alternativas autossustentáveis.

O estudo feito contribuiu para constatar que existe uma preocupação com fatores que possam afetar o meio ambiente, e que esses constituem-se elementos importantes na aviação.

No que diz respeito ao meio ambiente, preocupar-se com o lugar onde vivemos é um dever de todos. A atitude de querer mudar, deve partir de cada um, pois assim é possível alcançarmos o que se espera: consertar os erros e transformar a realidade em que vivemos. Concluímos que o setor demonstra ter essa atenção, pois tem investido cada vez mais em pesquisas e no desenvolvimento de alternativas limpas que promova uma aviação sem causar impacto ao meio ambiente.

Espera-se com este estudo despertar o interesse de pesquisadores para aprofundar pesquisas nessa área, que venha contribuir para a edificação de melhores ações.

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Referências

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