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Geografia. Paralelos e Meridianos. Professor Luciano Teixeira.

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Academic year: 2021

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Geografia

Paralelos e Meridianos

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Geografia

PARALELOS E MERIDIANOS

Noções Espaciais

Rosa dos Ventos

Antes de falarmos em orientação, precisamos rever a tradicional rosa dos ventos e os seus respectivos pontos: os cardeais, os colaterais e os subcolaterais.

Atualmente, existem diversos meios para nos orientarmos sobre a superfície terrestre. No entanto, a referência para deslocamentos no planeta são os pontos da rosa dos ventos. Muitas vezes, as pessoas confundem-se ao visualizarem um mapa e dizem que, ao ir para o Norte, estão indo para cima ou, ao fazerem um deslocamento para o Sul, que estão indo para baixo. É um equívoco comum, mas que deve ser evitado, pois, como o deslocamento é em um plano horizontal, só podemos falar em cima ou baixo quando houver um deslocamento em termos de altitude. Afinal, quando analisamos uma bússola, deixamos ela paralela ao solo e não pendurada em uma parede. Os pontos das rosas dos ventos são:

• Cardeais: São os principais, Norte (N), Sul (S), Leste (E/L) e Oeste (W/O). Podem, eventual-mente, aparecer ou serem citados de outra forma.

• Norte (Setentrional ou Boreal); • Sul (Meridional ou Austral); • Leste (Oriental ou Nascente); • Oeste (Ocidental ou Poente).

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• Colaterais: São secundários e ficam entre os pontos cardeais. • Nordeste (NE): Ponto entre o Norte e o Leste;

• Sudeste (SE): Ponto entre o Sul e o Leste; • Sudoeste (SO): Ponto entre o Sul e o Sudoeste; • Noroeste (NO): Ponto entre o Norte e Oeste.

• Subcolaterais: São os pontos que ficam entre os Cardeais e os Colaterais. • Norte-Nordeste (N-NE); • Leste-Nordeste (E-NE); • Leste-Sudeste (E-SE); • Sul-Sudeste (S-SE); • Sul-Sudoeste (S-SO); • Oeste-Sudoeste (O-SO); • Oeste-Noroeste (O-NO); • Norte-Noroeste (N-NO)

Todos esses pontos têm por objetivo facilitar o deslocamento pela superfície terrestre. Além dos cardeais, colaterais e subcolaterais, existem também os intermediários e os inter-interme-diários, totalizando 64 pontos. Se todos esses pontos fossem ligados, a rosa dos ventos forma-ria um círculo totalizando 360º.

Os pontos cardeais são separados de 90º em 90º; os colaterais; de 45º em 45º; e os subcolate-rais. de 22º30’ em 22º30’ (22 graus e 30 minutos, lembrando que cada grau tem 60 minutos).

Meios de Orientação

Pontos de Referência Espaciais:

Através destes pontos conseguimos estabelecer mecanismos que nos ajudam a encontrar os pontos cardeais e, a partir daí, fica mais fácil nos orientarmos na superfície. Os meios mais antigos eram úteis, mas um tanto imprecisos. Com o passar do tempo e o aprimoramento tecnológico, esses meios passaram a ficar cada vez mais exatos. No entanto, os meios mais tradicionais, eventualmente, podem nos ser úteis. Os meios mais antigos e rudimentares são baseados na posição e no deslocamento dos astros no céu.

• Sol: O nosso planeta executa uma série de movimentos, entre eles a rotação (no qual a Terra gira ao redor do próprio eixo no sentido leste-oeste). Contudo, ao olharmos para o céu, temos a impressão de que é o Sol que está se movimentando. Nesse deslocamento aparente, o Sol nasce, aproximadamente, no leste (nascente), e põe-se, aproximadamente, no oeste (poente). Dependendo do local em que nos encontramos, ao apontarmos o nosso braço direito para onde o Sol nasce, estaremos apontando para o leste, ou seja, o oeste encontra-se à nossa esquerda. O norte estará a nossa frente e o sul, às nossas costas.

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• Estrela Polar: Visível apenas no hemisfério Norte. Durante a noite, podemos orientar-nos pela Estrela Polar, a qual se encontra no prolongamento do eixo terrestre, sobre o polo Norte e ocupa sempre a mesma posição relativa ao observador. Por isso, indica o Norte a todos os habitantes do hemisfério Norte. A Estrela Polar faz parte de uma constelação denominada Ursa Maior. Para encontrá-la, numa noite sem nuvens, precisamos identificar uma outra constelação, a Ursa Menor. Assim, conseguiremos encontrar a última estrela da cauda da constelação Ursa Menor, que é a Estrela Polar.

Cruzeiro do Sul: O Cruzeiro do Sul ("Crux") é a constelação mais conhecida e mais reconhecível do hemisfério Sul, apesar de haver outros grupos de estrelas que podem formar uma cruz e serem confundidas com o Cruzeiro do Sul, especialmente a Falsa Cruz, não muito distante. Diferentemente do hemisfério Norte, onde a estrela Polaris (Estrela Polar – North Star) aponta efetivamente para o norte, no hemisfério Sul não há uma estrela que aponte para o sul. O Cruzeiro do Sul, por sua facilidade de reconhecimento, é usado para indicar o sul.

Para reconhecer o Cruzeiro do Sul, procure a "Intrometida", uma pequena estrela de pouco brilho do lado direito do centro da constelação. Às vezes, em tempo nebuloso ou quando há muita luz ambiente, é difícil de encontrá-la.

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• Lua: A melhor fase para orientação é a cheia, quando a lua nasce às 18h e se põe às 6h. Ela permanece durante toda a noite no céu. A meia-noite ela estará no ponto mais alto da sua trajetória, das 18h até as 0h ela estará no lado leste. Das 0h até às 6h, ela estará no lado oeste.

Orientação por indícios:

A natureza oferece outros indícios que nos ajudam a localizar os pontos de referência:

• Musgos – no hemisfério Sul, principalmente, ao Sul do trópico de Capricórnio, as faces das rochas que apresentam maior concentração de musgos estão na face mais úmida e menos exposta ao Sol que, portanto, está voltada para o Sul.

• Girassóis – no hemisfério Sul, voltam a sua flor para o Norte, em busca de mais Sol.

Em ambos os casos, a dinâmica no hemisfério Norte é contrária, ou seja, musgos para o Norte (face mais úmida e fria) e girassóis para o Sul (pois recebem mais radiação)

Meios de orientação desenvolvidos pelos seres humanos:

• Bússola:

As bússolas são geralmente compostas por uma agulha magnetizada colocada num plano horizontal e suspensa pelo seu centro de gravidade, de forma que possa girar livremente, e que se orienta sempre em direção próxima à direção norte-sul geográfica. Sua ponta destacada – geralmente em vermelho – indica o sentido que leva ao sul magnético da Terra, ou, de forma equivalente, a um ponto próximo ao polo norte geográfico da Terra.

A bússola é um dos instrumentos mais conhecidos e utilizados na era das Grande Navegações. Indicando sempre o sentido sul magnético, o que significa indicar aproximadamente o norte

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geográfico, tal instrumento é indispensável a todo e qualquer navegador. A equivalência ocorre devido ao fato de os polos norte magnético e norte geográfico situarem-se em hemisférios dis-tintos do globo.

O uso da bússola para fins precisos requer que se tenha em mãos também um mapa cartográ-fico que indique a correção a ser feita na leitura bruta da bússola, a fim de se localizar o norte geográfico corretamente. Tal correção deriva não apenas do fato de os polos magnéticos e ge-ográficos não coincidirem precisamente mas também do fato de a leitura da bússola ser dire-tamente influenciada pelas condições ambientais locais – a exemplo pela grande presença de material ferromagnético no solo.

• GPS: O sistema de posicionamento global (Global Positioning System) é constituído por uma rede de 24 satélites que estão posicionados a cerca de 20.200km da superfície da Terra. Cada satélite dá duas voltas ao redor da Terra no período de 24 horas. O sistema é composto por três grupos de componentes:

1. Espacial – Satélites

2. Controle – 6 bases espalhadas pelo mundo (1 no Colorado e 5 próximas à linha do Equador) 3. Usuários – Recebe as informações de latitude, longitude e altitude.

Encontram-se em funcionamento dois sistemas de navegação por satélite: o GPS, americano, e o Glonass, russo. Existem também dois outros sistemas em implementação: o Galileo, da União Europeia, e o Compass, chinês. O sistema americano é detido pelo governo dos Estados Unidos e operado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Inicialmente o seu uso era exclu-sivamente militar, mas atualmente está disponível para uso civil gratuito. No entanto, poucas garantias apontam para que, em período de guerra, o uso civil seja mantido, o que resultaria num sério risco para a navegação. O GPS foi criado em 1963 para superar as limitações dos an-teriores sistemas de navegação já ultrapassados.

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Coordenadas Geográficas

Para fins de localização no nosso planeta, foi desenvolvida uma rede de coordenadas geográfi-cas, baseada em uma rede de paralelos e meridianos, que são linhas imaginárias que circulam ao redor do globo e que, ao se cruzarem, oferecem a localização exata dos pontos. A partir dessas linhas, podemos estabelecer distâncias angulares de qualquer ponto da Terra até os dois principais referenciais do planeta.

Paralelos:

São linhas imaginárias paralelas ao plano equatorial. O principal paralelo é o Equador. O Equador corresponde ao círculo máximo, perpendicular ao eixo terrestre, o que determina a divisão do globo terrestre em dois hemisférios: o hemisfério Norte ou Setentrional e o hemisfério Sul ou Meridional. Além do Equador, outros quatro paralelos recebem nomes especiais: no hemisfério Norte, o Círculo Polar Ártico e o Trópico de Câncer; no hemisfério sul, o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico.

• Equador: É o principal paralelo e o único círculo máximo, com um perímetro de, aproxima-damente, 40.000km. Divide a Terra em dois hemisférios: Norte e Sul. É a base para determi-narmos a latitude.

• Trópicos: De Câncer, no hemisfério Norte, e de Capricórnio, no Hemisfério Sul. São os limi-tes dos pontos da Terra onde a radiação Solar pode fazer um ângulo de 90º com a superfí-cie terrestre (Zênite Solar).

• Círculos Polares: No Norte, temos o Círculo Polar Ártico e, no Sul, o Círculo Polar Antárti-co. Eles são os limites máximos do círculo de iluminação terrestre que dão origem a fenô-menos como o Sol da meia noite, em regiões que se encontram na zona térmica Polar.

Meridianos:

Os meridianos são linhas traçadas verticalmente com relação à Linha do Equador, que cruzam a Terra no sentido norte-sul. O meridiano mais conhecido é o Meridiano de Greenwich. Os meridianos variam de -180º a 0º a oeste e de 0º a 180º a leste. São todos do mesmo tamanho.

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• Greenwich: É o principal meridiano do planeta. É o meridiano que passa sobre a localidade de Greenwich (no Observatório Real, nos arredores de Londres, Reino Unido) e que, por convenção, junto com o seu meridiano antípoda (oposto), divide o globo terrestre em Ocidente e Oriente, permitindo medir a longitude. Foi estabelecido por Sir George Biddell Airy, em 1851, e definido, por acordo internacional, em 1884. Enfrentou uma concorrência com França (seria denominado "meridiano de Paris"), Espanha, (seria denominado "meridiano de Cádis") e Portugal, (seria denominado "meridiano de Coimbra"), antes de ser definido como o primeiro meridiano. Foi escolhido graças ao poder da grande potência da época, a Inglaterra. Serve de referência para calcular distâncias em longitudes e estabelecer os fusos horários. Cada fuso horário corresponde a uma faixa de 15° de longitude de largura, sendo a hora de Greenwich chamada de Greenwich Mean Time (GMT). O Meridiano de Greenwich atravessa dois continentes e sete países. (na Europa: Reino Unido, França e Espanha; e na África: Argélia, Mali, Burkina Faso e Gana).

• LID: A Linha Internacional de Data (LID), também chamada de Linha Internacional de Mu-dança de Data ou apenas Linha de Data, é uma linha imaginária na superfície terrestre que implica uma mudança de data obrigatória ao cruzá-la. Ao cruzar a linha de data de leste para oeste, subtrai-se um dia e, ao passar de oeste para leste, soma-se um dia no calendá-rio.

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Por conveniência, a linha de data foi posicionada no globo terrestre do lado oposto ao Meridiano de Greenwich, mas localiza-se, na verdade, próxima ao meridiano 180º. Há discrepâncias no seu desenho, a fim de atender a diversos fatores geopolíticos, satisfazendo territórios que, de outro modo, iriam se posicionar parcialmente a leste ou a oeste.

A partir da rede de paralelos e meridianos que se cruzam, podemos definir a latitude e a longitude de determinado ponto.

• Latitude: distância (medida em graus) de qualquer ponto da superfície terrestre até o paralelo do Equador. Vai de 0º (Equador) até 90º (polos) e só pode ser Norte (N) ou Sul(S). A latitude de Porto Alegre é 30º S.

• Principais paralelos e suas respectivas latitudes: • Equador – 0º

• Trópicos – Câncer (23º27’ N) e Capricórnio (23º27’ S) • Círculos Polares – Àrtico (66º33’ N) e Antártico (66º33’S) Zonas GeográficasX Zonas Climáticas

• Longitude: é a distância (medida me graus) de qualquer ponto da superfície terrestre até o Meridiano de Greenwich. Vai 0º (GW) até 180º (LID) e só pode ser leste (E/L) ou oeste (O/W). A longitude de Porto Alegre é 51º oeste.

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*Cuidado com a posição dos hemisférios ao enxergarmos a Terra pela perspectiva da LID.

• Relação de distâncias em graus na longitude e na latitude: • Hemisférios Diferentes: somam-se os graus.

Ex: 30ºN e 90ºS → 30º+90º= 120º de diferença • Hemisférios Iguais: subtraem-se os graus Ex: 45ºE e 30ºE 45º-30º = 15º de diferença

• Relação de distâncias em graus e quilômetros na Terra:

• A distância entre dois pares de pontos que estão localizados em dois meridianos iguais, mas em paralelos diferentes, faz com que, na distância longitudinal (em graus), entre os pares seja a mesma, mas a distância em quilômetros varie. Se um par estiver no Equador, a distância em quilômetros será maior do que em um par esteja no Círculo Polar Ártico, por exemplo.

• Pontos Antípodas: São os pontos diametralmente opostos no planeta. Podemos, no entan-to, determinar os pontos antípodas das latitudes e das longitudes procedendo da seguinte forma:

• Latitude: apenas trocamos os hemisférios. Ex.: o ponto antípoda de 30ºS é 30º N

• Longitude: subtraímos o valor dado de 180º e trocamos o hemisfério.

Ex.: Qual o ponto antípoda de 70ºE? 180º - 70º= 110ºW

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Pontos Extremos, Fronteiras e Localizações

Pontos extremos do Brasil:

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O Brasil no Mundo

Pontos mais ao norte

Boa Vista, Roraima

• Nascente do rio Ailã, Roraima 05º 16′ N 60º 12′ W – ponto extremo norte Pontos mais ao sul

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• Arroio Chuí, Rio Grande do Sul 33º 45′ S 53º 23′ W – ponto extremo sul (nota: a distância entre os extremos norte e sul é de 4.398 km, sendo a maior entre dois pontos sobre o ter-ritório do Brasil.)

Pontos mais ao leste

Arquipélago de Martim Vaz, Espírito Santo

• Ilha do Sul, Arquipélago de Martim Vaz, Espírito Santo 20º 27′ S 28º 50′ W – ponto extremo leste de todo o território brasileiro

• Ponta do Seixas, Paraíba 07º 09′ S 34º 47′ W – ponto extremo leste da porção continental do Brasil (nota: observe-se que a linha que une os extremos leste e oeste é quase paralela ao equador. A distância é de 4.322 km.)

Pontos mais ao oeste

Rio Moa, Acre

Referências

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