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2) A sessão legislativa não se interromperá sem a aprovação da lei orçamentária anual.

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Sumário

DICAS FEVEREIRO 2019 SEMANA 4 ... 1

CONSTITUCIONAL ... 1

PODER LEGISLATIVO – Simulado (fev 2019) ... 1

ADMINISTRATIVO ... 4

SIMULADO - DEVERES E PODERES DA ADMINISTRAÇÃO (FEV 2019) ... 4

#Dicas - Improbidade Administrativa (Atualização de Fevereiro 2019)... 6

PROCESSO CIVIL ... 11

O que é o negócio processual plurilateral? (FEV 2019) ... 11

AMBIENTAL ... 13

#Dicas - Código Florestal (Atualização FEV 2019) ... 13

#Dicas - SNUC (atualização de fev 2019) ... 21

CIVIL ... 27

NEGÓCIO JURÍDICO - Simulado CTPGE (fev 2019) ... 27

Acidente de veículos x irresponsabilidade da concessionária (fev 2019) ... 29

TRABALHO ... 29

CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO - Simulado (fev 2019) ... 29

Motorista não terá direito a diferenças salariais por ter de despachar bagagens (fev 2019) 32 Sebrae não precisa motivar dispensa de analista submetido a concurso público (fev 2019) 32 Carro da empresa x inexistência de hora extras (fev 2019) ... 32

Penhora de imóvel x residência dos filhos dos sócios da empresa (fev 2019) ... 33

A falta de dotação orçamentária não impede a progressão prevista em norma interna (fev 2019) ... 33

DICAS FEVEREIRO 2019 SEMANA 4

CONSTITUCIONAL

PODER LEGISLATIVO – Simulado (fev 2019)

1) Nas situações em que as casas do congresso nacional devam atuar por meio se sessão conjunta, previstas constitucionalmente, a contagem dos votos não será feita separadamente. 2) A sessão legislativa não se interromperá sem a aprovação da lei orçamentária anual.

3) Conforme disposição constitucional, admite-se a remuneração de parlamentares pela convocação em sessão extraordinária.

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4) Os deputados federais e senadores são eleitos por meio do sistema proporcional. 5) O ato de quebra de sigilo bancário por CPI deve respeitar o princípio da colegialidade. 6) O número de deputados por estado é proporcional ao número de eleitores.

7) A comissão parlamentar de inquérito pode determinar a quebra do sigilo fiscal, bancário e a interceptação telefônica.

8) O presidente da República deve apresentar as contas do exercício anterior à Câmara dos deputados dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa.

9) O STF pode impor a Deputado Federal ou Senador qualquer das medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP.

10) Compete ao senado federal avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional.

11) A imunidade material de parlamentar apenas alcança as supostas ofensas irrogadas fora do Parlamento quando guardarem conexão com o exercício da atividade parlamentar.

12) O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas.

13) A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores dependerá de prévia licença da Casa respectiva, salvo nos tempos de guerra.

14) Perderá o mandato o deputado federal que for investido no cargo de ministro de estado. 15) A Constituição Federal não veda a prisão do parlamentar por decisão transitada em julgado.

RESPOSTAS

1) Falso. Não confundam sessão conjunta com sessão unicameral. Na primeira, as casas deliberarão separadamente, com contagem de votos dentro de cada casa. Essas hipóteses estão previstas no art. 57 §3º da CF. Por sua vez, na sessão unicameral, o CN atuará como se fosse uma casa só, e a contagem dos votos não será feita separadamente (apenas foi prevista uma hipótese, que foi a reunião para aprovar emendas constitucionais pelo processo simplificado de revisão, a qual ocorreu 5 anos depois da promulgação da CF).

2) Falso. Essa é uma pegadinha muito frequente em provas objetivas! É a LDO. CF, Art. 57 (…) § 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

3) Falso. É inconstitucional o pagamento de remuneração a parlamentares (federais, estaduais ou municipais) em virtude de convocação de sessão extraordinária (informativo 747 do STF). 4) Falso. Apenas os deputados federais (art. 45 da CF), uma vez que os senadores são eleitos majoritariamente (art. 46 da CF).

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5) Verdadeiro. A legitimidade do ato de quebra do sigilo bancário, além de supor a plena adequação de tal medida ao que prescreve a Constituição, deriva da necessidade de a providência em causa respeitar, quanto à sua adoção e efetivação, o princípio da colegialidade, sob pena de essa deliberação reputar-se nula (MS 24.817).

6) Falso. É proporcional à população do estado (art. 45, §1º da CF). 7) Falso. Não pode interceptação telefônica (MS 23.652).

8) Falso. O Presidente deve apresentar as contas do exercício anterior ao Congresso Nacional dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa (art. 84, XXIV da CF). Caso isso não ocorra, cabe à Câmara dos deputados proceder à tomada de contas do Presidente da República (art. 51, II da CF).

9) Verdadeiro. Cabe ressaltar que se a medida imposta impedir, direta ou indiretamente, que esse Deputado ou Senador exerça seu mandato, então, neste caso, a Câmara ou o Senado poderá rejeitar a medida cautelar que havia sido determinada pelo Judiciário. Aplica-se, por analogia, a regra do §2º do art. 53 da CF/88 também para as medidas cautelares diversas da prisão (informativo 881 do STF).

10) Verdadeiro. CF, Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: (…) XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios.

11) Verdadeiro. A imunidade material exige uma relação entre a conduta praticada e o exercício do mandato, sendo que quando ocorre no recinto do Congresso Nacional, há uma presunção absoluta de que está relacionada ao exercício da função parlamentar.

12) Verdadeiro. Além disso, o STF também entende que após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo (informativo 900 do STF).

13) Falso. Ainda que nos tempos de guerra. CF, Art. 53 (…) § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.

14) Falso. CF, Art. 56 (…) I – investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária.

15) Verdadeiro. O §2º do art. 53 da CF/88 veda apenas a prisão penal cautelar (provisória) do parlamentar, ou seja, não proíbe a prisão decorrente de sentença transitada em julgado, como no caso de Deputado Federal condenado definitivamente pelo STF (informativo 712 do STF).

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ADMINISTRATIVO

SIMULADO - DEVERES E PODERES DA ADMINISTRAÇÃO (FEV 2019)

1) Os poderes da administração pública referem-se às faculdades para a prática de atos de interesse público.

2) Não é possível a caracterização de abuso de poder nos casos de omissão de determinado agente público.

3) Abuso de poder consiste em gênero, do qual são espécies o desvio de poder e o excesso de poder.

4) Em regra, o poder regulamentar produz atos secundários.

5) O poder regulamentar é prerrogativa conferida a toda administração pública para expedir normas de caráter geral, em razão de eventuais lacunas.

6) A avocação de procedimentos administrativos é decorrente do poder hierárquico.

7) Com base no poder disciplinar, é possível a cominação de multa ao contratado por inadimplemento parcial de determinado contrato administrativo.

8) No âmbito da administração pública, em regra, utiliza-se o sistema da rígida tipicidade para a caracterização das infrações no campo disciplinar.

9) É imprescritível a pretensão da Administração Pública de promover a execução da multa por infração ambiental.

10) Não se admite a aplicação de sanções pecuniárias por sociedade de economia mista, decorrente de poder de polícia.

11) O consentimento de polícia consiste na anuência do Estado para que o particular desenvolva determinada atividade ou utilize a propriedade particular, materializado por meio dos alvarás de permissão ou autorização.

12) Compete aos municípios a fixação do horário bancário para atendimento ao público. 13) As guardas municipais não possuem competência para a fiscalização do trânsito, haja vista ser atribuição dos órgãos estaduais.

14) Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, no exercício do poder de polícia, sempre contados da data da prática do ato.

15) O DNIT detém competência para a fiscalização do trânsito nas rodovias e estradas federais.

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1) Falso. Mesmo a palavra “poder” passando uma ideia de faculdade, é certo que, para os agentes públicos, são sempre poderes-deveres, porque eles só existem para que os órgãos públicos cumpram seus deveres funcionais.

2) Falso. O abuso de poder pode decorrer de ato comissivo ou omissivo.

3) Verdadeiro. Abuso de poder pode ser dividido em: (1) Vício de competência ou excesso de poder: ocorre quando o agente busca o interesse público, mas extrapola a competência legal; 2) Vício de finalidade ou desvio de poder: ocorre quando o agente pratica um ato com finalidade distinta da disposta em lei.

4) Verdadeiro. O poder regulamentar consiste no poder conferido ao chefe do Poder executivo para editar normas complementares à lei, permitindo a sua fiel execução. Está disposta no art. 84, IV da CF. OBS: Os atos normativos primários são aqueles que possuem fundamento na CF e podem inovar na ordem jurídica. Os atos secundários possuem fundamento nos atos primários e não podem inovar na ordem jurídica. Desse modo, observa-se que, mediante o poder regulamentar, o Chefe do Executivo edita atos normativos secundários, os quais se revestem na forma de decreto.

5) Falso. O poder regulamentar é distinto do poder normativo. O primeiro, como visto na resposta do item anterior, é privativo do chefe do poder executivo. O poder normativo, por sua vez, é gênero do qual é espécie o poder regulamentar e é conferido a toda a administração pública, que pode editar atos abstratos e gerais.

6) Verdadeiro. A avocação consiste em chamar para si as competências originalmente atribuídas a órgão hierarquicamente inferior (isso significa que só pode ocorrer se houver hierarquia), conforme disposto no art. 15 da Lei nº 9.784/99.

7) Verdadeiro. De acordo com o poder disciplinar, são puníveis as infrações relacionadas com atividades exercidas no próprio âmbito da Administração Pública, incluindo as relações da administração com os contratados.

8) Falso. O sistema de rígida tipicidade é característico do direito penal, no qual as condutas ilícitas são descritas de forma detalhada. Por outro lado, no campo administrativo, a legislação costuma se utilizar normas gerais de conduta.

9) Falso. súmula 467 do STJ: “Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a pretensão da Administração Pública de promover a execução da multa por infração ambiental”. Não confunda com a jurisprudência do STJ que afirma ser imprescritível o pedido de reparação de danos ambientais (informativo 415 do STJ).

10) Verdadeiro. Foi o que decidiu o STJ no AgInt no AREsp 541532/MG. Destaca-se que, para o STJ, é possível delegar para as entidades administrativas de direito privado, no que se refere ao poder de polícia, apenas consentimento e fiscalização, pois legislação e sanção não pode. 11) Falso. A administração requer que o particular obtenha alvarás que comprovem que ele atendeu aos requisitos ou condições impostas para a prática da atividade/uso da propriedade. Tais alvarás se dividem em licenças e autorizações: as primeiras são atos administrativos vinculados e unilaterais, já as segundas, são atos precários, nos quais o Estado possibilita ao

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particular a realização de uma atividade privada com predominante interesse deste, ou a utilização de um bem público.

12) Falso. É de competência da União. Não confunda as seguintes súmulas: Súmula 19 do STJ: “A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da competência da União”; Súmula 645 do STF: “É competente o município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial”.

13) Falso. Informativo 793 do STF: As guardas municipais, desde que autorizadas por lei municipal, têm competência para fiscalizar o trânsito, lavrar auto de infração de trânsito e impor multas.

14) Falso. Lei 9.873/99, “Art. 1º. Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do atoou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado”. Cabe ressaltar que o STJ entende que esse dispositivo apenas se aplica no âmbito federal (AgInt no REsp 1409267/PR).

15) Verdadeiro. É o disposto no informativo 623 do STJ: “O DNIT detém competência para a fiscalização do trânsito nas rodovias e estradas federais, podendo aplicar, em caráter não exclusivo, penalidade por infração ao CTB, consoante se extrai da conjugada exegese dos arts. 82, §3º, da L. 10.233/2001 e 21 do CTB”.

#Dicas - Improbidade Administrativa (Atualização de Fevereiro 2019)

1. O ato de improbidade administrativa violador do princípio da moralidade não requer a demonstração específica de dano ao erário ou de enriquecimento ilícito, exigindo-se apenas a demonstração do dolo genérico. Alternativa considerada correta na prova da PGM-MANAUS, que tem por fundamento a jurisprudência do STJ.

2. Não é permitida a utilização de prova emprestada do processo penal nas ações de improbidade administrativa. Falso! Questão também de Manaus. A Jurisprudência do STJ é pacífica em aceitar a prova emprestada nas ações de improbidade.

3. Atenção: Não existe cassação de direitos políticos na improbidade, mas suspensão. Isso caiu na prova de OJ do TJ/AL (2018). A Constituição, na parte dos direitos políticos, também não tem previsão de cassação, somente perda e suspensão!

4. (MPE/MG/2018): "Nos termos da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, o Ministério Público, a Defensoria Pública, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, suas autarquias, empresas públicas, fundações ou sociedades de economia mista, bem como a associação que esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil e inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público, têm legitimidade para propor a

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ação principal e a ação cautelar". Alternativa incorreta! A lei dispõe que somente a pessoa jurídica interessada e o MP tem legitimidade para propor a ação principal e a cautelar, vide Art. 17.

5. É possível tornar os bens de família indisponíveis na ação de improbidade administrativa (MPE/MG/2018). Vale ressaltar que o STJ já se manifestou sobre o tema: "A medida cautelar de indisponibiliadde só não pode atingir os bens absolutamente impenhoráveis, sendo certa a possibilidade de sua decretação sobre bens de família (STF. 2ª TUrma. ED no AgRg no REsp 1.351.825/BA, rel. Min, Og Fernandes, j. 22.09.2015)".

6. O termo inicial da prescrição em improbidade administrativa em relação a particulares que se beneficiam de ato ímprobo é idêntico ao do agente público que praticou a ilicitude, a teor do disposto no art. 23, I e II, da Lei n. 8.429/92. Precedentes. (STJ. 2ª Turma. REsp 1.433.552/SP.

7. Os ocupantes de emprego público também podem cometer atos de improbidade administrativa (TRT6 - 2018). Vale ressaltar que o conceito de agente público previsto na LIA é bastante amplo, englobando até mesmo os estagiários (REsp 1.149.493).

8. Nos casos de contratação irregular decorrente de fraude à licitação, o prejuízo ao erário (art. 10, VIII, da LIA) é considerado presumido (in re ipsa) (MPE/MS/2018).

9. A decretação judicial da indisponibilidade e sequestro de bens é possível antes do recebimento da petição inicial da ação de improbidade administrativa (MPE/MS/2018).

10. Não é possível propor ação de improbidade exclusivamente em face de particular (MPE/MS/2018).

11. De acordo com o STJ, o elemento subjetivo, necessário para a configuração de improbidade administrativa censurada nos termos do art. 11 da LIA, é o dolo genérico de realizar conduta que atente contra os princípios da Administração Pública, não se exigindo a presença do dolo específico.

12. Para a configuração dos atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da administração pública, é DISPENSÁVEL a comprovação de efetivo prejuízo aos cofres públicos (MPE/MS/2018).

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13. Os notários e os registradores estão abrangidos no conceito amplo de “agentes públicos”, razão pela qual se encontram dentro do espectro de incidência da Lei n. 8.429/1992.

"Consoante a jurisprudência do STJ e a doutrina pátria, notários e registradores estão abrangidos no amplo conceito de "agentes públicos", na categoria dos "particulares em colaboração com a administração(...) Os aspectos acima elencados revelam-se suficientes a justificar a inclusão dos notários e registradores, como "agentes públicos" que são, no campo de incidência da Lei nº 8.429/1992" (STJ; REsp 1.186.787; Proc. 2010/0051549-5; MG; Primeira Turma; Rel. Min. Sérgio Kukina; DJE 05/05/2014) - Correção do item 13 - excluir a palavra "fora"

14. O Superior Tribunal de Justiça pode proceder a revisão da dosimetria das sanções aplicadas em ações de improbidade administrativa quando houver desproporcionalidade entre os fatos praticados e as sanções impostas.

15. O decreto de indisponibilidade de bens em ação civil pública por ato de improbidade administrativa constitui tutela de evidência e dispensa a comprovação de dilapidação iminente ou efetiva do patrimônio do legitimado passivo, uma vez que o periculum in mora está implícito no art. 7º da Lei nº 8.429/1992 (MPE/MS/2018). Vale ressaltar que item parecido foi cobrado na prova da PGE/TO/FCC.

16. Os sucessores respondem até o limite da herança. Cuidado! Vunesp - PCBA - 2018

16.1 (CESPE) Situação hipotética: Lucas, no exercício de determinada função pública, cometeu ato de improbidade administrativa que lhe ensejou enriquecimento ilícito. Todavia, em uma viagem a serviço, ele faleceu, tendo deixado um filho, Paulo, seu único herdeiro. Assertiva: Paulo, sucessor de Lucas, estará sujeito às sanções previstas na lei em apreço até o limite do valor da herança.

17. De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, caso uma ação de improbidade administrativa seja julgada improcedente, a respectiva sentença deverá sujeitar-se à remessa necessária. Correto! Deve ser utilizado o micro-sistema de tutela coletiva, ocorrendo a remessa nos termos da lei da ação popular. Isso foi alvo de questão discursiva na prova da PGE/SE.

18. Deixar de prestar contas quando estiver obrigado viola os princípios da administração pública (PGE/PE/2018).

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19. Atenção: Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública: a) as ações de MANDADO DE SEGURANÇA, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos; b) as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas e c) as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares.

20. Dicas de Estudo para LIA: muita jurisprudência do STJ, indico o livro do Márcio e "decorar" a lei de improbidade, principalmente quem está se preparando para as provas da VUNESP.

21. Depois de ajuizada ação de improbidade administrativa, se o juiz tiver verificado que o processo está em ordem, será determinada a notificação do requerido para apresentar manifestação por escrito.

22. De acordo com o entendimento jurisprudencial do STJ, eventual punição dos agentes de polícia no âmbito administrativo não impedirá a aplicação a eles das penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa.

23. O Juiz não é obrigado a aplicar cumulativamente todas as penas da lei.

24. As sanções da LIA também podem ser aplicadas aos particulares (MP-PI).

25. Utilizar bens ou pessoal de serviço público em seu favor é improbidade por enriquecimento ilícito.

26. Quem recusa a fornecer declaração de bens está sujeito à pena de demissão.

27. Constatado indício de ato ímprobo, fica autorizado o recebimento fundamentado da petição inicial, devendo prevalecer, no juízo preliminar, o princípio do in dubio pro societate e cabendo, contra a decisão que receber a petição inicial, o agravo de instrumento.

28. Embora não haja litisconsórcio passivo necessário entre o agente público e os terceiros beneficiados com o ato ímprobo, é inviável que a ação civil por improbidade seja proposta

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exclusivamente contra os particulares, sem concomitante presença do agente público no polo passivo da demanda.

29. São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa. STF. Plenário. RE 852475/SP

29.1 Alternativa foi cobrada na PGM-JP.

30. A responsabilidade do servidor que pratica ato de improbidade é subjetiva, não objetiva. Cuidado!!

31. As penas da LIA não tem natureza penal (MP-PB).

32. A medida extrema de afastamento cautelar do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, durante a apuração dos atos de improbidade administrativa ocorrerá, sem prejuízo da remuneração, e diante da existência de risco à instrução processual.

33. Não há cassação de direitos políticos na LIA (ALE-RO).

34. Lembrar que a LIA também é, conforme entende o STJ, aplicável aos estagiários.

35. Conceder benefício fiscal ou administrativo sem cumprir os requisitos legais causa prejuízo ao erário.

36. Penalidades previstas na CRFB: 1) perda da função pública; 2) ressarcimento; 3) indisponibilidade dos bens e 4) suspensão dos direitos políticos.

36.1 Observe que não há o que se falar em cassação de direitos políticos (FGV - TJSC).

37. Enriquecimento ilícito -> DOLO; Prejuízo ao erário -> DOLO ou CULPA;

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Violação aos princípios -> DOLO.

38. É vedado fazer acordos na LIA;

39. As penalidades só podem ser revistas em RESP ou RE se forem desproporcionais ou irrazoáveis.

40. Pessoa jurídica pode ser ré na LIA (PGM-JP).

41. (ALEGO) No caso de agentes políticos reeleitos, o termo inicial do prazo prescricional nas ações de improbidade administrativa deve ser contado a partir do término do último mandato.

42. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que não configura bis in idem a coexistência de acórdão condenatório do Tribunal de Contas ao ressarcimento do erário com sentença condenatória proferida em ação civil pública por improbidade administrativa.

43. (MP-PR) No ato de improbidade administrativa do qual resulta prejuízo ao erário, a responsabilidade pela reparação do dano dos agentes que atuam em concurso é solidária, segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.

44. (PGM-JP) Q: "O agente público que se recusar a prestar declaração de bens quando legalmente exigida pela administração será punido com suspensão". R: Falso! É pena de demissão!

45. Em relação ao aspecto processual, caso o juiz receba a inicial, será cabível o recurso de agravo de instrumento.

PROCESSO CIVIL

O que é o negócio processual plurilateral? (FEV 2019)

A pergunta gira em torno das espécies de negócios jurídicos processuais. O novo CPC ampliou as hipóteses de negócio jurídico processual. Conforme a doutrina de Fredie Didier, os negócios jurídicos processuais podem ser típicos ou atípicos, e podem ser classificados, ainda, em unilaterais, bilaterais ou plurilaterais.

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Segundo o autor, os negócios processuais ATÍPICOS estão fundamentados na cláusula geral de negociação sobre o processo, prevista no art. 190 do CPC e configuram a principal concretização do princípio do respeito ao autorregramento processual. Didier destaca que o negócio processual atípico tem por objeto situações jurídicas processuais, dentre as quais, os atos processuais, e que não se refere a negócios sobre o direito litigioso, os quais configuram a autocomposição. Alguns exemplos de negócios processuais atípicos: acordo de impenhorabilidade, acordo de instancia única, acordo de ampliação ou redução dos prazos, acordo para superação da preclusão, acordo para retirar o efeito suspensivo da apelação, acordo para não promover execução provisória, acordo para autorizar intervenção de terceiro fora das hipóteses legais.

Por outro lado, conforme Daniel Amorim, os negócios processuais TIPICOS são aqueles previstos expressamente pela lei. O autor cita, como exemplo mais tradicional, a cláusula de eleição de foro, prevista no art. 63 do CPC. Há ainda exemplos como a escolha do mediador ou conciliador, a suspensão do processo por convenção das partes, a convenção de arbitragem, o saneamento consensual, o acordo para adiamento da audiência, a escolha consensual do perito e a convenção sobre a redistribuição do ônus da prova.

Quanto aos negócios unilaterais, bilaterais e plurilaterais, Didier explica que os negócios processuais UNILATERAIS, são aqueles que se concretizam com a manifestação de apenas uma vontade, como a desistência e a renúncia. Os negócios processuais BILATERAIS são aqueles que se perfazem pela manifestação de duas vontades, como é o caso da eleição de foro e da suspensão convencional do andamento do processo.

Por outro lado, o autor explica que há ainda os negócios processuais PLURILATERAIS, que são aqueles formados pela vontade de mais de dois sujeitos, como a sucessão processual voluntária (art. 109 do CPC) ou como os negócios celebrados com a participação do juiz. Os negócios plurilaterais podem ser típicos, a exemplo do calendário processual (art. 190 do CPC), ou atípicos, como o acordo para a realização de sustentação oral, as convenções sobre prova ou a redução convencional dos prazos processuais.

Sobre o tema, importante relembrarmos alguns enunciados doutrinários:

Enunciado 115, CJF: O negócio jurídico processual somente se submeterá à homologação quando expressamente exigido em norma jurídica, admitindo-se, em todo caso, o controle de validade da convenção.

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Enunciado 128, CJF: Exceto quando reconhecida sua nulidade, a convenção das partes sobre o ônus da prova afasta a redistribuição por parte do juiz.

Enunciado 152, CJF: O pacto de impenhorabilidade (arts. 190, 200 e 833, I) produz efeitos entre as partes, não alcançando terceiros.

FPPC: O negócio jurídico celebrado nos termos do art. 190 obriga herdeiros e sucessores.

O Ministério Público pode celebrar negócio processual quando atua como parte.

A Fazenda Pública pode celebrar negócio jurídico processual.

A validade do negócio jurídico processual, requer agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável e forma prescrita ou não defesa em lei.

O negócio jurídico processual pode ser celebrado no sistema dos juizados especiais, desde que observado o conjunto dos princípios que o orienta, ficando sujeito a controle judicial na forma do parágrafo único do art. 190 do CPC.

Professora Ilanna Soeiro

AMBIENTAL

#Dicas - Código Florestal (Atualização FEV 2019)

1. A largura mínima da APP em torno de curso de água, será de, no mínimo, 30 metros em área urbana (TRF 2 - CONSULPLAN).

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2. As obrigações possuem natureza propter rem (real). -

2.1. (MPSP) Q: As obrigações decorrentes de supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente tem natureza pessoal. R: Falso!

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2.2. (PGM-BH) Mesmo que intervenção irregular em uma das citadas faixas marginais tenha sido realizada por ação de proprietário anterior de determinado imóvel, será admitida a responsabilização civil de seu atual proprietário, que será responsável pela recomposição ambiental. A questão tratava sobre a obrigação propter rem de reparar os danos.

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3. Não há previsão, no CFLO, de seguro ambiental ou relatório de qualidade ambiental (DPESC - FCC).

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4. O Poder Público estadual deve prestar auxílio para recomposição florestal nas pequenas propriedades (FCC - TJSC).

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5. Caso seja constituída APP, o proprietário não perderá o imóvel, já que se trata apenas de uma LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA. Vejamos: "As áreas descritas no artigo 4.º do novo Código Florestal têm incidência ex lege, pois instituídas diretamente pelo CFlo, em áreas urbanas ou rurais, independentemente da adoção de alguma providência de demarcação pela Administração Pública ambiental, tendo a natureza jurídica de limitação de uso ao direito de propriedade, porquanto genéricas, não sendo cabível indenização aos proprietários pelo seu regime jurídico especial restritivo". (Frederico Amado, 2015).

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5.1. (ADV Petrobrás) A Lei n° 12.651/2012 prevê espécies de áreas protegidas, dentre as quais a reserva legal que deve ser conservada com cobertura de vegetação e é configurada como uma limitação administrativa, que impõe a manutenção desse espaço protegido nas propriedades rurais.

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5.2. (PGM-FOR) Q: Para o STJ, se parte de um imóvel urbano for declarada pelo poder público área de preservação permanente, ficará afastada a titularidade do proprietário em relação a essa porção do imóvel. Uma vez transformada em área de preservação permanente, a porção é retirada do domínio privado e passa a ser considerada bem público para todos os efeitos, incluindo-se os tributários. R: Falso! É apenas uma limitação, a propriedade não sofre interferência.

5.3 Vejamos o julgamento que fundamenta o item 5.2: "A Turma entendeu que a restrição à utilização da propriedade no que concerne à área de preservação permanente em parte de imóvel urbano, no caso, um loteamento, não afasta a incidência do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), pois não houve alteração do fato gerador da exação, que é a propriedade localizada na zona urbana do município. Na verdade, constitui um ônus a ser suportado pelo proprietário que não gera cerceamento total de disposição, utilização ou alienação da propriedade, como acontece nas desapropriações".

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6. Caso o Estado desaproprie uma propriedade sem a reserva legal instituída, o mesmo poderá ser condenado a demarcá-la (ALERJ - FGV).

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7. O montante da APP pode ser computado no cálculo da Reserva legal (Art. 15, CFLO). -

7.1. (MANAUS) A inclusão de uma APP no cômputo da área de reserva legal de um imóvel rural não altera o regime de proteção dessa APP.

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8. Não é exigido reserva legal nas áreas adquiridas com o objetivo de implantar rodovias ou ferrovias, assim como as que sejam necessárias para exploração de energia hidráulica.

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8.1 (VUNESP) Será exigida Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou desapropriadas com o objetivo de implantação e ampliação de capacidade de rodovias e ferrovias.

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8.2. (PGE-AM) A manutenção de área com cobertura vegetal nativa, a título de reserva legal, não é obrigatória para imóveis rurais desapropriados com a finalidade de exploração de potencial de energia hidráulica (geração de energia elétrica) e de ampliação de capacidade de rodovias. -

9. É LIVRE a extração de lenha e demais produtos de florestas plantadas nas áreas não consideradas Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal.

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10. Uma área coberta de florestas e que exerce a função de proteger várzeas pode ser considerada de preservação permanente se declarada de interesse social por ato do chefe do Poder Executivo (TJCE).

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11. É possível ter APP em zonas urbanas ou rurais (TJCE - 2018). Por outro lado, as áreas de reserva legal são sempre localizadas em áreas rurais.

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12. Q: Nas APPs, são proibidos a realização de qualquer atividade humana e o acesso de animais. R: Falso! Vejamos: "Art. 9o É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental".

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12.1. (vunesp) Q: Não é permitido, em qualquer hipótese, o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente. R: Falso!

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13. É possível explorar economicamente as áreas de reserva legal, desde que exista autorização de órgão competente do SISNAMA.

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13.1 (PGM-FOR) Conforme o Código Florestal, todo proprietário de imóvel rural deve, a título de reserva legal, manter área com cobertura de vegetação nativa, a qual só poderá ser explorada economicamente em caso de manejo sustentável.

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14. (TRF3) Ao declarar a inconstitucionalidade das expressões “gestão de resíduos” e “instalações necessárias à realização de competições esportivas”, contidas no artigo 3º, VIII, alínea b, da Lei nº 12.651/2012, o Supremo Tribunal Federal reduziu as hipóteses em que se permite o desmatamento de área de preservação permanente por motivo de utilidade pública. Atenção: Trata-se de um julgado importantíssimo, sobre o código florestal. Sugiro leitura do dizer o direito: https://www.dizerodireito.com.br/2018/03/constitucionalidade-do-novo-codigo.html

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15. (VUNESP) Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de futuras intervenções ou supressões de vegetação nativa, além das previstas na Lei no 12.651/2012.

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16. Atenção: É NECESSÁRIO o estabelecimento de nexo causal na verificação das responsabilidades por infração pelo uso irregular do fogo em terras públicas ou particulares. -

17. As dunas não são consideradas como APP. -

18. Há previsão, no CFLO, de pagamento por serviços ambientais. -

19. (FCC) Para cumprimento da manutenção da área de reserva legal poderão ser computados os plantios de árvores frutíferas, ornamentais ou industriais, compostos por espécies exóticas, cultivadas em sistema intercalar ou em consórcio com espécies nativas da região em sistemas agroflorestais.

(17)

20. Atenção: A localização da reserva legal deve levar em consideração: a) o plano de bacia hidrográfica; b) o Zoneamento Ecológico-Econômico; c) a formação de corredores ecológicos; d) as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade e d) as áreas de maior fragilidade ambiental.

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20.1. Fique de olho: são áreas de maior fragilidade ambiental e não as de menores, como cobrou a FCC no concurso da ALE-MS.

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21. É vedada a conversão de vegetação nativa para uso alternativo do solo no imóvel rural que possuir área abandonada.

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22. A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas na Lei n° 12.651/2012. Já a supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e restingas somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública. -

23. (PGM-POA) Na regularização fundiária de interesse específico dos assentamentos inseridos em área urbana consolidada e que ocupam APP, ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água, deverá ser mantida faixa não edificável com largura mínima de 15 metros de cada lado.

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24. A Amazônia Legal é composta pelos Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13° S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44° W, do Estado do Maranhão.

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25. A coleta de produtos florestais não madeireiros, tais como frutos, cipós, folhas e sementes é livre, devendo-se observar, dentre os requisitos previstos na referida lei, a época de maturação dos frutos e sementes.

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26. A compensação da Reserva Legal não poderá ser utilizada como forma de viabilizar a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo.

27. O que é manejo sustentável (Proc. Unicamp)? é a administração da vegetação natural para a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras ou não, de múltiplos produtos e subprodutos da flora, bem como a utilização de outros bens e serviços.

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28. Restinga é o depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma geralmente alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades que recebem influência marinha, com cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias, cordões arenosos, dunas e depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo, arbustivo e arbóreo, este último mais interiorizado (PGM-Sorocaba).

29. Se o imóvel rural passar ao perímetro urbano, mediante lei municipal, não estará o proprietário desobrigado de manter área de Reserva Legal, que só será extinta concomitantemente ao registro do parcelamento do solo para fins urbanos, consoante as diretrizes do plano diretor (PGE-AP). Vejamos o artigo: "A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido mediante lei municipal não desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da área de Reserva Legal, que só será extinta concomitantemente ao registro do parcelamento do solo para fins urbanos aprovado segundo a legislação específica e consoante as diretrizes do plano diretor de que trata o § 1o do art. 182 da Constituição Federal".

30. (Vunesp - 2018) Q: Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de esgoto estão sujeitos à constituição de Reserva Legal. R: Falso! Vejamos: "Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de esgoto NÃO ESTÃO sujeitos à constituição de Reserva Legal".

31. (TJ-CE) Uma área coberta de florestas e que exerce a função de proteger várzeas pode ser considerada de preservação permanente se declarada de interesse social por ato do chefe do Poder Executivo. CORRETO! Vejamos: Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes finalidades: I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha; II - proteger as restingas ou veredas; III - proteger várzeas; IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção; V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico; VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; VII - assegurar condições de bem-estar público; VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares e IX – proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional.

32. Quanto tempo dura o pousio? Inicialmente, pousio é a prática de interrupção temporária de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da estrutura física do solo. De acordo com o CFLO, tem duração de 5 anos. (DPE-AM).

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33. O pagamento por serviços ambientais (PSA) é uma espécie de transação voluntária por meio da qual uma atividade desenvolvida por um provedor de serviços ambientais, que conserve ou recupere um serviço ambiental previamente definido, é remunerada por um pagador de serviços ambientais, mediante a comprovação do atendimento das disposições previamente contratadas, nos termos da legislação vigente.(PGE-SP)

33.1 Vejam que não tem natureza tributária, por ser voluntária e tampouco se relaciona com o princípio do poluidor-pagador.

34. Hipóteses em que é permitido o uso do fogo:

I - em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual ambiental competente do Sisnama, para cada imóvel rural ou de forma regionalizada, que estabelecerá os critérios de monitoramento e controle;

II - emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, em conformidade com o respectivo plano de manejo e mediante prévia aprovação do órgão gestor da Unidade de Conservação, visando ao manejo conservacionista da vegetação nativa, cujas características ecológicas estejam associadas evolutivamente à ocorrência do fogo;

III - atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de pesquisa devidamente aprovado pelos órgãos competentes e realizada por instituição de pesquisa reconhecida, mediante prévia aprovação do órgão ambiental competente do Sisnama.

IV - Populações tradicionais e indígenas.

(TJRS - Juiz) Q: é proibido o uso de fogo na vegetação em quaisquer circunstâncias. R: Falso! Vejam as hipóteses acima.

35. Principais conclusões do STF sobre o julgamento das ações sobre o CFLO (Informativo 892) - Adaptado do Prof. Márcio André Lopes:

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35.1 Não se mostra compatível com o art. 225 da CF/88 autorizar-se a relativização da proteção da vegetação nativa protetora de nascentes, por exemplo, para “gestão de resíduos” ou para a realização de competições esportivas estaduais, nacionais e internacionais.

35.2 Somente pode haver intervenção em área de proteção permanente (APP) em casos excepcionais e desde que comprovada a inexistência de alternativa técnica e/ou locacional à atividade proposta.

35.3 Os entornos das nascentes e dos olhos d´água, mesmo que intermitentes, também configuram área de preservação permanente.

35.4 A compensação da reserva legal, além de ser no mesmo bioma, deve ser entre áreas da mesma identidade ecológica. Isso ocorre em virtude de grande heterogeneidade que pode ocorrer dentro de um mesmo bioma.

35.5 Durante a execução dos termos de compromissos subscritos nos programas de regularização ambiental, não corra o

prazo de decadência ou prescrição, ou seja, ficará interrompida.

36. As restingas somente são consideradas APP quando fixadoras de dunas ou estabilizadora de mangues e não em toda sua extensão (PGE-SC). Os manguezais é que são APP em toda extensão.

37. Reserva legal na amazônia legal: a) 80% na área de florestas; b) 35% em área de cerrado e c) 20% em campos gerais. Fora da amazônia legal, a reserva legal é 20% (PGM-JP);

37.1 (TRF2) Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, observado o seguinte percentual mínimo em relação à área do imóvel situado em Cerrado: 35%. Vide tabela acima.

37.2 (TJCE) Q: Todo imóvel rural localizado na Amazônia Legal deve manter área correspondente a 80% da extensão total do imóvel, com cobertura de vegetação nativa, a título de reserva legal. R: Falso! Existe gradação.

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38. Atenção!! O órgão ambiental competente, ao tomar conhecimento do desmatamento em desacordo com o disposto nesta Lei, deverá embargar a obra ou atividade que deu causa ao uso alternativo do solo, como medida administrativa voltada a impedir a continuidade do dano ambiental, propiciar a regeneração do meio ambiente e dar viabilidade à recuperação da área degradada.

38.1 Veja o complemento: "O embargo restringe-se aos locais onde efetivamente ocorreu o desmatamento ilegal, não alcançando as atividades de subsistência ou as demais atividades realizadas no imóvel não relacionadas com a infração".

39. (MP-PR) O Código Florestal estabelece situações em que se permite o uso de fogo na vegetação.

41. Atenção! Inconstitucionalidade formal de norma estadual que, de caráter pleno e geral, permite a edificação particular com finalidade unicamente recreativa em áreas de preservação permanente – APP; apesar da existência de legislação federal regente da matéria (Código Florestal) em sentido contrário. ADI 4988/TO

#Dicas - SNUC (atualização de fev 2019)

1. (Manaus) A reserva de desenvolvimento sustentável é um exemplo de unidade de conservação de uso sustentável.

2. Para desafetar área protegida, é necessário a edição de lei (não é privativa do executivo) e que esteja de acordo com o plano de manejo da unidade, nos termos do Art. 28 (FCC - ALESE).

2.1 (TJPR Juiz) Eventual redução dos limites originais do referido parque só poderá ser feita mediante lei específica.

3. (MP-BA) O compartilhamento-compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº 9.985/2000 não ofende o princípio da legalidade, dado haver sido a própria lei que previu o modo de financiamento dos gastos com as unidades de conservação da natureza.

4. (MP-BA) A decisão do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI 3.378-6-DF, estabelece que o art. 36 da Lei nº 9.985/2000 densifica o princípio USUÁRIO-PAGADOR, implicando em um mecanismo de assunção partilhada da responsabilidade social pelos custos ambientais

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derivados da atividade econômica, afastando a natureza tributária e ressarcitória/reparadora da compensação ambiental da Lei do SNUC.

4.1. (PGE-AM) O art. 36 da Lei n.º 9.985/2000 dispõe que “Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório — EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei.” Segundo o STF, esse artigo materializa o princípio do usuário-pagador, instituindo um mecanismo de assunção partilhada da responsabilidade social pelos custos ambientais derivados da atividade econômica.

5. Atenção: Muito importante saber o conceito de APA: A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.

5.1. Atenção: JP: No litoral da cidade, alguns trechos são APA, motivo pelo qual considero importante esse tema para a prova.

5.2. Cuidado: A Área de Relevante Interesse Ecológico é uma área em geral de PEQUENA EXTENSÃO, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza.

5.3. (MP-PR) Q: A Área de Relevante Interesse Ecológico é uma área em geral de grande extensão, que tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância local e regular o uso admissível dessas áreas. R: Falso!!

5.4 (CODEBA - ADV) As Áreas de Proteção Ambiental são constituídas por terras públicas ou privadas que podem sofrer restrição de utilização pelo Poder Público.

6. Reserva extrativista: As reservas extrativistas são de domínio público, será gerida por conselho deliberativo, é permitida a visitação pública, é permitida a realização de pesquisas (desde que

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exista autorização) e são proibidas a exploração de recursos minerais e a caça amadorística ou profissional (PGE/AC).

6.1. (PGE/AC) Q: As reservas extrativistas, embora não sejam consideradas unidades de conservação, são espécies do gênero espaços territoriais protegidos. R: Falso!

7. (COSANPA - ADV) Entre as unidades de proteção integral encontram-se as estações ecológicas, que permitem alterações dos ecossistemas para coleta de seus componentes com finalidades científicas.

8. (COSANPA - ADV) Nas unidades de proteção integral, é admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais. Mas o que seria uso indireto? aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais.

9. Atenção: Para criação de reserva biológica e estação ecológica, não é preciso consulta pública. No entanto, é necessário a realização de estudos técnicos (MP/RR).

9.1. Vejamos: "§2o A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, conforme se dispuser em regulamento".

9.2. (PGE-MA) No processo de criação de uma Estação Ecológica não é obrigatória a consulta pública.

9.3 (PGM-SLZ) NÃO é obrigatória a realização de consulta pública para criação de Unidade de Conservação/categoria: a Estação Ecológica.

10. (FCC) O proprietário de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural − RPPN pode receber recursos advindos da compensação ambiental desde que sua unidade de conservação tenha sido afetada por um empreendimento de significativo impacto ambiental.

11. Atenção: As águas também fazem parte das UC's. Vejamos: "unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e

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limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção".

11.1 (CESPE PCPE) Q: As unidades de conservação são constituídas de espaços territoriais e seus recursos naturais, com exceção das águas jurisdicionais. R: Falso! Evidentemente que as águas estão incluídas, conforme item acima.

12. (PGM-FOR) Nos parques nacionais, que são unidades de proteção integral, é permitida a realização de atividades educacionais e de recreação bem como o turismo ecológico.

12.1 Os parques nacionais: é de posse e domínio público, é possível a visitação e a realização de pesquisas.

13. (Juiz TRF2) A zona de amortecimento de uma unidade de conservação deve ter seus limites definidos, seja no ato de criação da unidade ou posteriormente.

13.1. Sobre o tema: As unidades de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores ecológicos.

TODAS AS UC's devem ter Zona de amortecimento, SALVO APA e RPPN.

13.2. Atenção: A zona de amortecimento das unidades de conservação integral, uma vez definida formalmente, não pode ser transformada em zona urbana. Vale lembrar que a área de uma unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral é considerada zona rural, para os efeitos legais.

13.3. (TRF4 - Juiz) Q: Todas as unidades de conservação instituídas legalmente possuem zona de amortecimento, que tem como objetivo minimizar os impactos negativos da atividade humana sobre a unidade. R: Falso! APA e RPPN não precisam.

14. As unidades de conservação integrantes do Sistema Nacional de Unidade de Conservação são divididas em dois grupos: proteção integral e de uso sustentável (Câmara de Maria Helena-PR Procurador).

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15. Atenção: O Plano de Manejo de uma unidade de conservação deve ser elaborado no prazo de cinco anos a partir da data de sua criação.

16. Atenção: Não há ilegalidade na criação de mais de um tipo de unidade de conservação da natureza a partir de um único procedimento administrativo." (STF, MS 25.347/DF).

17. (PGE-AM) Segundo o SNUC, a reserva da biosfera é constituída por áreas de domínio público ou privado. O que é a reserva da biosfera? é um modelo, adotado internacionalmente, de gestão integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais, com os objetivos básicos de preservação da diversidade biológica, o desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educação ambiental, o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das populações.

17.1 A mesma pode ser integrada por unidades de conservação já criadas pelo Poder Público, é gerida por um Conselho Deliberativo e é reconhecida pelo Programa Intergovernamental "O Homem e a Biosfera – MAB", estabelecido pela Unesco, organização da qual o Brasil é membro.

18. Atenção: As ilhas oceânicas e costeiras destinam-se prioritariamente à proteção da natureza e sua destinação para fins diversos deve ser precedida de autorização do órgão ambiental competente (MP-PR). Cuidado: Na questão falava que era autorização da União, o que a deixou incorreta!

19. O uso de imagens de unidade de conservação com finalidade comercial será cobrado conforme estabelecido em ato administrativo pelo órgão executor (MP-PR).

20. (PGE-MT) Q: A Floresta Estadual não é uma unidade de conservação pertencente ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). R: FALSO! Vejamos: "Art. 3º O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC é constituído pelo conjunto das unidades de conservação federais, estaduais e municipais, de acordo com o disposto nesta Lei".

20.1 (TRF4 - Juiz) O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza é composto pelas Unidades de Conservação Federais, Estaduais e Municipais.

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21. Diferença entre recuperação e restauração - Já cobrada pela CESPE na PCPE 2016:

21.1 Na recuperação, ocorre a restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original;

21.1 Na restauração, ocorre a restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o mais próximo possível da sua condição original.

22. (TRF4 - Juiz) O Sistema Nacional de Unidades de Conservação é composto por um órgão consultivo, o Conama; um órgão Central, o Ministério do Meio Ambiente; e um órgão executivo, que, para as Unidades de Conservação Federais, pode ser o Instituto Chico Mendes ou o Ibama.

23. Atenção: Nas áreas particulares localizadas em Refúgios de Vida Silvestre e Monumentos Naturais podem ser criados animais domésticos e cultivadas plantas considerados compatíveis com as finalidades da unidade, de acordo com o que dispuser o seu Plano de Manejo (Juiz TJDFT).

24. (JUIZ TJPI) Sobre um mesmo território, foi criada uma unidade de conservação, diante de seus atributos naturais, e incide tombamento federal, em razão da existência de importante sítio arqueológico, tal situação traz a dupla afetação ao território, que será regrado pelas normas decorrentes da unidade de conservação e do tombamento.

25. USO INTEGRAL x SUSTENTÁVEL: caiu na PGE-SC: enquanto no uso integral, são admitidos apenas o uso indireto, na de uso sustentável existe uma tentativa de compatibilizar a conservação com o uso dos recursos naturais.

26. Atenção! É proibida a introdução nas unidades de conservação de espécies não autóctones.

E o que seriam essas espécies? são aquelas não originadas do local em que vivem.

Exceção ao dispositivo (caiu na PGE-SP): "Excetuam-se do disposto neste artigo as Áreas de Proteção Ambiental, as Florestas Nacionais, as Reservas Extrativistas e as Reservas de Desenvolvimento Sustentável, bem como os animais e plantas necessários à administração e às atividades das demais categorias de unidades de conservação, de acordo com o que se dispuser em regulamento e no Plano de Manejo da unidade".

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27. (ADV - Petrobrás) Nos termos da Lei n° 9.985/2000, a conservação de ecossistemas e habitats naturais e a manutenção e recuperação de populações viáveis de espécies em seus meios naturais e, no caso de espécies domesticadas ou cultivadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas propriedades características, é denominada in situ;

28. Atenção! Terras indígenas não fazem parte do SNUC (pergunta do MP-PI);

29. Atenção! Os órgãos responsáveis pela administração das unidades de conservação podem receber recursos ou doações de qualquer natureza, nacionais ou internacionais, com ou sem encargos, provenientes de organizações privadas ou públicas ou de pessoas físicas que desejarem colaborar com a sua conservação.

CIVIL

NEGÓCIO JURÍDICO - Simulado CTPGE (fev 2019)

1) Os negócios jurídicos não podem ser unilaterais. 2) A doação é um negócio jurídico bilateral.

3) A validade da declaração de vontade depende de forma especial prevista em lei.

4) A incapacidade relativa de uma das partes não aproveita aos cointeressados capazes, ainda que indivisível o objeto da obrigação.

5) É nulo o negócio jurídico por vício de dolo.

6) O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito. 7) A condição subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e certo.

8) Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.

9) Tanto o negócio jurídico nulo como o anulável pode ser convalidado.

10) Em embargos de terceiro não se anula ato jurídico por fraude contra credores.

11) São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro acidental.

12) O falso motivo sempre vicia a declaração de vontade.

13) O pedido de concessão de prazo para analisar documentos com o fim de verificar a existência de débito possui o condão de interromper a prescrição.

(28)

14) No caso de fraude contra credores, são legitimados exclusivos para a anulação do negócio jurídico os credores quirografários.

15) A invalidade do instrumento induz necessariamente a do negócio jurídico.

RESPOSTAS

1) Falso. A noção de partes nem sempre coincide com a de pessoas, o que importa para a caracterização de um negócio unilateral é o objeto, que deve ser único, havendo apenas uma manifestação de vontade. Ex: 2 pessoas desejam instituir uma fundação.

2) Verdadeiro. Nos negócios jurídicos bilaterais, as declarações das partes dirigem-se em sentido contrário, mesmo havendo um objeto em comum. Nesse sentido, a doação é bilateral porque apenas se aperfeiçoa com a aceitação da outra parte.

3) Falso. CC, Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.

4) Falso. A incapacidade relativa é uma exceção pessoal, só podendo ser alegada por quem a aproveita (art. 105 do CC).

5) Falso. É anulável! CC, Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I – por incapacidade relativa do agente; II – por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

6) Verdadeiro. É o que diz o art. 131 do CC. Por outro lado, em regra, o encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito (art. 136 do CC).

7) Falso. A condição subordina a efeito futuro e incerto (art. 121 do CC). O termo, por sua vez, a evento futuro e certo.

8) Verdadeiro. Exatos termos do art. 112 do CC.

9) Falso. O Negócio Jurídico nulo pode ser convertido, mas jamais convalidado. A convalidação apenas é permitida nos Negócios Jurídicos anuláveis (art. 169 do CC).

10) Verdadeiro. Súmula 195 do STJ. Isso porque é necessária a ação pauliana.

11) Falso. O erro deve ser substancial (art. 138 do CC), que é aquele que possui um papel decisivo na determinação da vontade da pessoa (as hipóteses estão descritas no art. 139 do CC). 12) Falso. CC, Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante.

13) Falso. Isso porque seria necessário que o ato demonstrasse, de forma inequívoca, o reconhecimento do direito do credor (ex: se fosse pedido prazo para verificar o montante a ser pago), de acordo com o art. 202, VI do CC (informativo 619 do STJ).

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14) Falso. CC, Art. 158 (…) § 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.

15) Falso. CC, Art. 183. A invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico sempre que este puder provar-se por outro meio.

Acidente de veículos x irresponsabilidade da concessionária (fev 2019)

Imaginem a seguinte situação: um casal está voltando para casa após feriado, em rodovia objeto de concessão, quando, de repente, o pneu estoura e o carro bate em outros dois veículos, que estavam trafegando na pista ao lado, em sentido contrário.

Diante do exposto, pergunta-se: Há responsabilidade da concessionária? Para o STJ, não. Já que o acidente, no caso em tela, foi causado pela alta velocidade que o veículo estava, o que ocasionou o estouro do pneu.

Além disso, a rodovia estava em conformidade com os atestados da ABNT, o que atesta o cumprimento dos requisitos legais. A concessionária não pode responder em virtude de conduta exclusiva de terceiro, se não há ação ou omissão imputada a mesma.

Ainda que houvesse a barreira, que os pais das vítimas alegam que iria impedir o acidente, outras pessoas poderiam ter morrido, já que o carro iria bater na mureta e voltar para a pista. Vejamos:

Embora seja desejado por todos, não há possibilidade de que uma rodovia seja

absolutamente segura contra todo e qualquer tipo de acidente, sobretudo quando causado por imprudência ou imperícia dos motoristas, como ocorrido na espécie.

Fonte:

https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial= 1769684&num_registro=201602345093&data=20181207&formato=PDF

TRABALHO

CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO - Simulado (fev 2019)

1) O contrato individual de trabalho deve ser acordado de forma escrita.

(30)

2) O menor de 16 anos pode firmar recibo de pagamento de salários, bem como dar quitação, nos casos de rescisão do contrato de trabalho, da indenização que lhe for devida pelo empregador, independentemente da assistência dos seus responsáveis legais.

3) Embora o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho seja considerado nulo, devem ser reconhecidas as verbas do período sob pena de enriquecimento ilícito do empregador.

4) O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado, obrigatoriamente, por escrito. 5) Nos casos de contrato de trabalho intermitente não há direito a férias.

6) No regime do contrato de trabalho intermitente, se houver recusa na convocação de um trabalho por parte do trabalhador, há a descaracterização do vínculo de subordinação.

7) A empregada gestante contratada por tempo determinado não tem direito à estabilidade provisória.

8) Na ausência de estipulação em contrário, presume-se que os contratos de trabalho são por tempo indeterminado.

9) Considera-se alteração unilateral a determinação, pelo empregador, de que seu empregado reverta ao cargo antes ocupado, deixando a função de confiança.

10) Empregado transferido unilateralmente pelo empregador para local mais distante de sua casa não tem direito de receber acréscimo salarial por aumento de despesa com transporte. 11) Mesmo que o empregado exerça cargo de confiança, no caso de transferência, não se exclui o direito de receber o adicional.

12) Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, mesmo que resultem prejuízo para o empregado.

13) A suspensão do contrato de trabalho, em virtude da percepção do auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez, não impede a fluência da prescrição quinquenal.

14) Nos casos de sucessão empresarial, a empresa sucedida responderá subsidiariamente com a sucessora nos casos de fraude comprovada.

15) O empregador não pode exigir período superior a 6 meses de experiência para a contratação de empregado.

RESPOSTAS

1) Falso. É possível que seja verbal. CLT, Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.

(31)

2) Falso. Pode apenas firmar recibo. CLT, Art. 439. É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida.

3) Falso. Para responder a afirmativa, é necessário saber a diferença entre trabalho proibido e trabalho ilícito. No primeiro caso, o trabalho é lícito, porém a lei proíbe como uma forma de proteger o trabalhador. Ex: menor de 14 anos. Esse contrato será nulo e cessa imediatamente com efeitos ex nunc, sendo reconhecidas as verbas do período sob pena de enriquecimento ilícito do empregador. Por outro lado, no caso do trabalho ilícito (ex: contrato de trabalho relativo ao jogo do bicho) o contrato não produzirá qualquer efeito, sendo a nulidade ex tunc e não havendo o reconhecimento de verbas trabalhistas. Nesse sentido: OJ nº 199 do TST. 4) Verdadeiro. CLT, Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não.

5) Falso. CLT, Art. 452-A (…) §9º A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador.

6) Falso. CLT, Art. 452-A (…) § 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente.

7) Falso. Súmula 244 TST: (…) III – A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do ADCT, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.

8) Verdadeiro. Consoante princípio da continuidade da relação de emprego, presume-se que os contratos são firmados por prazo indeterminado. Vale ressaltar, no entanto, que também podem ser temporários nas seguintes hipóteses: (a) serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; (b) atividades empresariais de caráter transitório; (c) contrato de experiência.

9) Falso. A CLT é expressa ao determinar o contrário. CLT, Art. 468 (…) § 1º Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.

10) Falso. Súmula 29 do TST: Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte.

11) Verdadeiro. OJ nº 113 do TST: O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória.

Referências

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