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PREVICALC Cálculos Previdenciários

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Academic year: 2021

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Por que tantos benefícios são negados na via administrativa, sendo necessário re-querê-los na via judicial?

Por D an ie l S ote ro

“As vantagens de se negar um benefício

administrativamente e conceder nas vias judiciais.”

Atualmente a inflação brasileira é medida através do IPCA ( Índice Nacional de Preço do Con-sumidor Amplo), ou seja para que os valores do benefício mantenham o valor REAL, deverá ser corrigi-do de acorcorrigi-do com a inflação.

Qualquer outro índice que seja menor que o IPCA, estará deflacionando o valores REAL.

O que acontece na esfera judicial é o seguinte: Após longos meses privado de seu benefício previ-denciário o segurado finalmente recebe acumulada as parcelas que lhe eram devidas, e não raras vezes sequer questiona o valor recebido. Por sua vez, não é comum na comunidade jurídica submeter o cálculo efetuado no processo judicial a um contador para conferir os índices aplicados a cada caso e a correção passa despercebida. No entanto, questiona-se: Os índices aplicados sobre os valores rece-bidos em atraso realmente recuperam o poder REAL do beneficio? A resposta é NÃO, conforme dito acima, qualquer índice que seja inferior ao IPCA estará deflacionando o valor REAL.

Cálculos de Revisão de Benefícios

Cálculos de Concessão de Benefícios

Cálculos de Execução

Avenida Presidente Ken-nedy, 2498—Água Verde

Curitiba—PR (41) 3053-5005 previcalc@previcalc.com

PREVICALC

Cálculos Previdenciários

Para algumas pessoas receber as prestações devidas e não pagas pelo INSS (valores atrasados) num montante só, pode ser visto como uma boa poupança. Esta situação pode até se apresen-tar favorável para o segurado que tem outra fonte de renda para sobreviver enquanto aguarda o trâmite processual. Porém para o segurado sem condições de trabalhar a espera dos valores que lhe são devidos e que não possui outra fonte de renda os valores pagos são decepcionantes.

O que os dois casos tem em comum? Ambos serão lesados pela correção dos benefícios, a tal ponto de afirmarmos que para o INSS é um bom negócio postergar o pagamento do benefício para a via judicial.

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Até a publicação da Lei 11.960 as diferenças pagas judicialmente eram

corri-gidas pelo INPC + juros moratórios de 1% a.m. Com o advento da nova Lei, em seu

art. 5º determina que nas condenações impostas a Fazenda Publica, independente

da natureza e para fins de atualização monetária, remuneração do capital e

com-pensação de mora, haverá incidência uma única vez, até o efetivo pagamento, dos

índices de remuneração básica e juros aplicados a caderneta de poupança ( T.R +

0,5% a.m ).

Vejamos o que diz o artigo ipsis literis:

Art. 5o O art. 1o-F da Lei no9.494, de 10 de setembro de 1997, introduzido pelo art. 4o da Medida Provisória no 2.180-35, de 24 de agosto de 2001, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 1o-F.Nas condenações impostas à Fazenda Pública, in-dependentemente de sua natureza e para fins de atualiza-ção monetária, remuneraatualiza-ção do capital e compensaatualiza-ção da mora, haverá a incidência uma única vez, até o efetivo pa-gamento, dos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança.(TR)

Página 2 PREVICALC

TABELA 1 - T.R x IPCA ( 2000 – 2011 )

O índice da T.R é inferior ao da inflação. Em 2009 a

T.R ficou em 0,7090 e o IPCA 4,3120, em 2010

fechou 0,6887 ( TR ) e 5,9090 ( IPCA ) e 2011 1,2079

( TR ) e 6,5031 ( IPCA ). Conforme Tabela 1

ANO T.R % IPCA % 2000 2,0962% 6,03% 2001 2,2852% 7,51% 2002 2,8023% 11,98% 2003 4,6485% 9,86% 2004 1,8184% 7,53% 2005 2,8335% 5,87% 2006 2,0377% 2,95% 2007 1,4452% 4,36% 2008 1,6348% 6,10% 2009 0,7090% 4,18% 2010 0,6887% 5,79% 2011 1,2079% 6,55%

Para materializar a problemática aqui mencionada, esclarecemos através dos calculus abaixo:

Citamos como exemplo uma beneficiária que teve cessado um beneficio assitencial em 1994. A ação foi ajuizada em 03.2010. O restabelecimento do benefício foi julgado procedente e o INSS condenado a pagar as diferenças posteriores a Março/2005 (as anteriores foram atingidas pela prescrição). A contadoria do INSS e até mesmo a da Justiça Federal, ao interpretar o dispositivo legal (Lei 11.960) aplica separadamente a TR (na correção) e os 0,5% de juros. Nesta sistemática o montante a ser pago de atrasados é de R$ 42.486,56. (Quadro comparativo na Tabela 2 no final do texto).

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Entendemos que esta não é a interpretação correta da Lei 11.960, pois em seu texto ela determina que deve ser utilizado os índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança. Seguindo este entendimento o índice T R deverá ser somado com o juros de 0,5% a.m gerando assim um indexador, que conforme prevê na Lei deverá ser aplicado em uma única vez, desta forma o valor corrigido das diferenças recebidas atingem um montante de R$ 43.002,82 (conforme tabela 5). A diferença é significante, e se dá pelo simples fato que a Autarquia calcula o TR separada-mente. do juros. ( Tabela 5 )

Entretanto, não obstante a previsão legal é importante assinalar que esta correção não re-cupera o prejuízo do segurado. Se no mesmo caso acima citado, trocarmos o índice indicado na legis-lação pelo IPCA (inflegis-lação) o montante fica no valor de R$ 41.688,47. Isso demonstra que a diferença entre os dois métodos é de 1,91%, ou seja, utilizando somente o índice para re-compor o índice inflacionário obtemos um valor pouco diferente do que se fosse incluído os juros de mora .

Noutro compasso, se a correção for aplicada utilizando o IPCA + 0,5% a.m, haveria a recom-posição do valor de acordo com a inflação acrescidos dos juros de mora, cuja função é penalizar o devedor. No caso em tela, o INSS pela conduta ilegal de negar o benefício previdenciário mesmo o segurado tendo direito. Ao aplicar o entendimento de IPCA + 0,5% a.m, o montante na mesma con-dição conforme acima explicitado ficariam em R$ 46.634,84, ou seja, 9,76% a mais do que o recebido pela aplicação da Lei 11.960. A diferença totaliza R$ 4.148,28, que corresponde a pouco mais de 6 salários mínimos, que é o valor que recebido a título de beneficio assistencial.

( Tabela 4 )

Para finalizar, questionamos: Seria justo que um beneficio cancelado pelo INSS,

após reconhecido na via judicial o direito ao recebimento pelo seu titular,

demonstrando a ilegalidade da conduta do INSS ter seu montante desvalorizado

monetariamente em R$ 4.148,28?

Este estudo demonstra que é mais vantajoso para o INSS negar os benefícios na via administrativa, forçando o se-gurado a requerer o mesmo na esfera judicial, uma vez que os índices de atualização e juros não correspondem sequer a inflação real, considerando ainda que não são todas as pes-soas que buscam judicialmente a concessão ou revisão do benefício.

A correção utilizada ao contrário de desestimular o devedor pela aplicação dos juros na demora do pagamento da

Daniel Sotero é Calculista Previdenciário, Técnico em Contabilidade, Técnólogo em Gestão de RH e Pós-Graduando em Direito Previdenciário pela PUC—PR.

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TABELA DEMONSTRATIVA DE CÁLCULOS

Página 4 PREVICALC

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www.previcalc.com

Por que o Governo precisa emitir títulos da dívida e qual a real

vantagem em pagar juros de mora baixo?

Por Mário Kendy Miyasaki

Primeiramente precisamos entender o que é: DPMFi é a Dívida Pública Mobiliária Federal interna, Quando se fala em "dívida mobiliária do governo" ou "dívida pública interna" (DPMFi – Dívida Pública Mobiliária Federal interna) estamos se referindo, justamente, ao montante de Títulos Públicos que foi vendido ao público. Vamos supor, que ontem o governo emitiu títulos públicos e você os comprou, significa que ontem aumentou a dívida interna do governo e você, de posse desses títulos, passou a ser credor do governo. É você “emprestando” dinheiro para o governo e a garantia de recebimento é o título.

A Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 10,17% em 2011 e encerrou o ano em R$ 1,866 trilhão. O número foi divulgado no final de janeiro de 2012 pelo Tesouro Nacional, que apresentou o resultado do Governo Central – Tesouro, Previdência Social e Banco Central – no ano passado. O crescimento na DPF foi puxado pela DPMFi (em títulos), que passou de R$ 1,603 trilhão em dezembro de 2010 para R$ 1,783 trilhão em dezembro de 2011. Esta é uma das dívidas que compõe a Dívida Pública Federal, juntamente com a Dívida Pública Federal externa (DPFe).

Agora podemos tentar responder por que o Governo precisa emitir os tais títulos?

Bem essa é uma resposta muito complexas, e queremos abordar bem superficialmente apenas para um breve esclarecimento e deixar de lados às razões politicas. No ano de 2011 o Governo arrecadou a bagatela de 993,66 bilhões e por mais incrível que pareça isso não foi o suficiente para pagar todos os gastos públicos nosso, desta forma falta dinheiro para politicas de crescimento, então o Governo precisa emitir os tais títulos, como a poupança e outros tipos de investimentos como CDB e Renda Fix etc. não apresentam rentabilidades atrativas o Governo emite os tais títulos de médio e longo prazo, com rentabilidades inúmeras vezes melhores que a própria poupança, desta forma aquele cidadão que não precisa de tanta liquidez assim coloca uma parte das suas reservas em títulos do governo, mas esse tipo de papel não atrai apenas o pequeno investidor, mas também os grandes e médios. O problema é que precisamos aplicar bem o dinheiro do investidor para dar este retorno tão esperado, agora imagine você pegar o dinheiro de investidor com a promessa de pagar 1% ao mês liquido enquanto a divida interna judicial sobe a 1% de juros de mora mais INPC que daria 1,5% ao mês, ou seja teríamos que usar o dinheiro do investidor para pagar apenas os juros da divida e mesmo assim esta dívida não pararia de crescer, criando assim a famosa bola de neve das dividas públicas.

Nossa crítica é que com a alteração na forma de atualização das dividas judicias contra a união os maiores prejudicados foram as populações de baixa renda que tem seus processos há anos luz de receber, com uma atualização de defasagem enquanto os maiores beneficiários seriam os barões do mercado de capitais.

Essa é uma política sem dúvida perversa que visa única e exclusivamente a visão capitalista da coisa, não podemos abrir mão do social, em troca de mais lucros aos já tão abastados, é preciso preservar o equilíbrio, não teria o segurado os mesmo direitos de atualizações de quem possui um titulo do governo, afinal ele esta precisando e muito dos valores, mas só não usufruir por uma série fatores que não vêm ao caso, não seria estes valores aquela famosa poupança forçada que sempre falamos aos clientes, melhor se fosse uma aplicação em título forçadas, pois acho que de tanto falarmos na tal poupança forçada o governo gostou da ideia e transformou em lei.

Mário Kendy Miysaki, é calculista especialista Previdenciário, Técnico em Contabilidade, Diretor Comercial da Previcalc Cálculos Previdenciários, autor da obra Revisão Previdenciária do Mínimo Dividor, Palestrante e Consultor Previdenciário e ex-voluntário do Setor de Apoio do Juizado Especial.

Referências

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