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RESUMO ABSTRACT. Bolsista DTI CNPq/EPAMIG-CTZM, Caixa Postal 216, , Viçosa -MG.

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Academic year: 2021

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Avaliação da Adição de Composto Orgânico e Resíduo de Celulose no

Substrato: Efeitos Sobre os Teores de Macronutrientes na Folha e

Qualidade dos Frutos do Tomateiro.

José Márcio Oliveira Ribeiro1; Paulo Cezar Rezende Fontes2; Charles de Araújo2; Gildo Heringer Silva2; André Vinícius Zabini2; Francisco Hevilásio Freire Pereira2.

/Bolsista DTI – CNPq/EPAMIG-CTZM, Caixa Postal 216, 36.570-000, Viçosa -MG.

E-mail: jmor1978@hotmail.com;

2/UFV - Departamento de Fitotecnia, 36570-000, Viçosa-MG.

RESUMO

Um experimento foi instalado em ambiente protegido na UFV, Viçosa, no período de 15 de agosto de 2002 a 16 de janeiro, para avaliar os teores de macronutrientes nas folhas e a qualidade de frutos de tomateiro cultivado em substrato contendo diferentes proporções de composto orgânico e resíduo de celulose. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos foram: 1) 80% subsolo + 20% de resíduo de celulose; 2) 80% subsolo + 15% de resíduo de celulose + 5% de composto; 3) 80% subsolo + 10% de resíduo de celulose + 10% de composto; 4) 80% subsolo + 5% de resíduo de celulose + 15% de composto; 5) 80% subsolo + 20% de composto; 6) 100% subsolo e 7) plantio diretamente no solo da estufa (testemunha). Todos os tratamentos, exceto a testemunha, foram acondicionados em saco plástico contendo 9 L da mistura. O híbrido Carmen foi conduzido com dois caules tutorados verticalmente com fitilho. A fertirrigação foi via irrigação por gotejamento. Conclui-se que é possível utilizar composto orgânico e ou resíduo de celulose em mistura com subsolo para compor um substrato para ser acondicionado em saco de plástico, sem acarretar problemas na nutrição do tomateiro e na qualidade dos frutos.

Palavras – chave: Lycopersicon esculentum, nutrição, pós-colheita, plasticultura. ABSTRACT

Evaluation of organic compost and cellulose residue addition in the substrate: effects on macronutrient contents in leaf and tomato fruit quality.

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One experiment was undertaken in unheated greenhouse, at Universidade Federal de Viçosa, from August, 15 to January, 16 to evaluate macronutrient contents in leaves and fruit quality of tomato plants grown in substrate with different proportions of organic compost and cellulose residue. The experimental design was in completely randomized blocks and four replications. The treatments were: 1) 80% of subsoil + 20% of cellulose residue; 2) 80% of subsoil + 15% of cellulose residue + 5% of organic compost; 3) 80% of subsoil + 10% of cellulose residue + 10% of organic compost; 4) 80% of subsoil + 5% of cellulose residue + 15% of organic compost; 5) 80% of subsoil + 20% of organic compost; 6) 100% of subsoil; 7) check. Each substrate was packed into 9L plastic bag, except for the check where the tomato plant was transplanted to the greenhouse soil. Carmen hybrid was pruned to two systems vertically supported by plastic string. The fertiligation was by drip irrigation. It is concluded to be possible to utilize organic compost and/or cellulose residue mixed with subsoil to constitute a substrate to be packed into plastic bag without causing problems to tomato plant mineral nutrition and fruit quality.

Keywords: Lycopersicon esculentum, nutrition, post-harvest, plastic culture

Entre as diversas alternativas de produção de hortaliças em ambiente protegido, tem-se o cultivo em saco de plástico contendo substrato. Estem-se deve tem-ser de fácil aquisição, baixo custo e não poluente. A técnica é caracterizada pela restrição do ambiente para o desenvolvimento das raízes da planta indicando a necessidade de irrigações freqüentes e de parcelamento na fertilização. Essas práticas estão associadas ao substrato utilizado. Neste contexto, objetivou-se avaliar o estado nutricional das plantas e a qualidade dos frutos de tomate produzido no sistema de saco plástico contendo diferentes proporções de composto orgânico + resíduo de celulose.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido em ambiente protegido localizado na Horta de pesquisa da UFV (Horta Velha), em São José do Triunfo, Distrito de Viçosa – MG, no período de 15 de agosto de 2002, data da semeadura, a 16 de janeiro de 2003, quando foi realizada a ultima colheita. Plantas de tomate híbrido Carmen, produzidas em copinhos de jornal, foram submetidas a sete tratamentos no delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos das seguintes misturas de substrato: 1) 80% subsolo + 20% resíduo de celulose; 2) 80% subsolo + 15% resíduo de celulose + 5%

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de composto orgânico; 3) 80% subsolo + 10% resíduo de celulose + 10% de composto orgânico; 4) 80% subsolo + 5% resíduo de celulose + 15% de composto orgânico; 5) 80% subsolo + 20% de composto orgânico; 6) 100% subsolo (testemunha 1) e 7) plantio no solo da estufa (testemunha 2). Todos os tratamentos, exceto a testemunha 2, foram acondicionados em saco plástico contendo 9 L de substrato. O composto orgânico produto da fermentação de restos de cultura de feijão, trigo, palha de café e esterco bovino; o resíduo de celulose foi proveniente da Fábrica de Papel Santa Therezinha S.A. (Santher), unidade Governador Valadares.

Foram utilizadas mudas do híbrido Carmen, produzidas em copinhos de jornal. A planta foi conduzida com dois caules, tutorados verticalmente com fitilho. A irrigação e fertirrigação foram feitas via gotejamento, sendo aplicados durante o ciclo: 132 g de nitrocálcio, 54 g de superfosfato simples, 70 g de cloreto de potássio, 117 g de sulfato de magnésio, 1270 mg de acido bórico, 70 g de sulfato de zinco, 269 mg de sulfato de cobre, 20 mg de molibdato de sódio, 1057 mg de sulfato de manganês e 290 mg de FeEDTA.

Foram avaliados os teores de N, P, K, Ca e Mg na folha oposta ao 3o cacho

amostrada no completo florescimento deste cacho e o pH, acidez titulável, sólidos solúveis totais (oBrix), SST/AT (sabor) e teor de K nos frutos colhidos no 3o cacho, quando maduros.

Para tal, no aparecimento dos frutos do terceiro cacho, em cada planta, a folha oposta a esse cacho foi coletada. O material foi secado em estufa de circulação forçada de ar, a 72 ± 2 ºC e passado em moinho do tipo Wiley e peneirado em malha de 20 mesh. Uma subamostra do material peneirado foi submetida a digestão nitricoperclórica (Jonhson e Ulrich, 1959) para as análises de P, K, Ca e Mg. O teor de P foi dosado pelo método modificado por Braga e Defilipo (1974); o teor de K por fotometria de chama; Ca e Mg foram dosados por espectrofotometria de absorção atômica, segundo indicações de A.O.A.C. (1975). Uma subamostra do material peneirado foi submetida à digestão sulfúrica, para análise do N pelo método de Nessler (Jackson, 1958).

Foram amostrados os frutos do 3º cacho que foram analisados em ácidos tituláveis, pH e sólidos solúveis totais (Pregolatto e Pregolatto, 1985). As análises foram realizadas em quatro frutos comerciais. Os frutos foram partidos ao meio sendo uma parte triturada e homogeneizada em liquidificador e utilizada para as análises de pH, sólidos solúveis totais (SST) e ácidos tituláveis (AT). Para a determinação do pH foi utilizado o potenciômetro, com leitura direta no homogeneizado. A outra metade do fruto foi seca em estufa de circulação forçada de ar (70ºC ±2) para analise do teor de potássio, com a utilização da mesma metodologia utilizada para a análise foliar.

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Na análise de sólidos solúveis totais foi utilizado cerca de 0,5 g do homogeneizado no refractômetro ATAGO 3T, acoplado a ATAGO DIGITAL THERMOMETER, onde se mediu a porcentagem de sólidos solúveis totais (SST).

Para a quantificação de ácidos tituláveis foram homogeneizados 10g da amostra triturada em 100 mL de água destilada, com auxílio de agitador magnético de bastão. Ao homogeneizado foram adicionadas três gotas de fenoftaleína a 1% e procedeu-se a titulação com NaOH a 0,1N. Para característica “sabor” foi utilizada a relação sólidos solúveis totais/acidez titúlavel proposta por Kader et al. (1978).

Para análise estatística das características avaliadas nos tratamentos foram realizadas análises de variância e regressão. Os modelos foram escolhidos baseados na significância dos coeficientes de regressão utilizando o teste F, com o nível de 5% de probabilidade, no coeficiente de determinação e no fenômeno em estudo. Os modelos avaliados foram: linear, quadrático e cúbico. As duas testemunhas foram comparadas pelo teste F, adotando-se o nível de 5% de probabilidade. Para comparação entre os tratamentos contendo as misturas de subsolo + composto + resíduo de celulose e as testemunhas foi utilizado o teste de medias Dunnett, a 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os maiores teores de N foram encontrados nos tratamentos 1, 2 e 3, os quais diferiram apenas do tratamento 7 (Tabela 1). A análise dos demais nutrientes não apresentou diferença das testemunhas, exceto para o tratamento 5 que foi superior quando comparado com a testemunha cultivada no solo da estufa (Tabela 1). A concentração de P na matéria seca da folha do tomateiro, para todos os tratamentos, ficou abaixo da faixa citada como adequada, 0,5 dag kg-1, por Fontes (2001) como a concentração critica para a

folha adjacente ao terceiro cacho, indicando a necessidade de aplicar mais P ao substrato. De maneira geral, nas misturas de substrato, os baixos teores de P na planta podem estar associados às baixas concentrações e ou disponibilidade do elemento nos substratos. Para os outros nutrientes, as concentrações foram consideradas adequadas.

Para todas as características de qualidade de fruto não foi observada diferença entre os tratamentos (Tabela 2). Ressaltando que pelo critério de Kader et al. (1978), os frutos foram considerados de excelente sabor.

Aumentando-se a proporção de resíduo de celulose no substrato houve aumento nos teores de Ca e de N, redução nos teores de P e Mg e não houve efeito sobre o teor de K. As variáveis de qualidade de fruto não foram influenciadas pela proporção resíduo de celulose: composto orgânico (Tabela 3).

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Assim, todos os tratamentos possibilitaram a obtenção de plantas bem nutridas e de frutos adequados ao consumo. Conclui-se que é possível utilizar composto orgânico e resíduo de celulose, acondicionados em saco plástico como recipiente, em mistura com subsolo sem acarretar problemas no fornecimento de nutrientes às plantas e com a obtenção de frutos de qualidade.

LITERATURA CITADA

BRAGA, J. M.; DEFILIPO, B. V. Determinação espectrofotométrica de fósforo em extratos de solos e plantas. Revista Ceres, v. 21, n. 112, p. 73-85, 1974.

FONTES, P. C. R. Diagnóstico do estado nutricional das plantas. Viçosa: UFV, 2001. 121p. JACKSON, M. L. Nitrogen determinations for soil and plant tissue. In: Jackson, M. L. (Ed.)

Soil chemical analysis. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1958. p. 183-204

JONHSON, C. M.; ULRICH, A. Analytical methodos for use in plants analyses. Los Angeles: University of California, 1959. p. 32-33. (Bulletin, 766)

KADER, A. A.; MORRIS, L. L.;STEVES, M. A.; ALBRIGHT-HOLTON, M. Composition and flavor quality of fresh market tomatoes as influenced by some postharvest handling procedures. American Society Horticultural Science, v. 103, n. 1, p. 2-13, 1978.

PREGOLATTO, W.; PREGOLATTO,D. P. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz, 3. ed., São Paulo: Ed. Adolfo Lutz, v. 1, 1985.

AGRADECIMENTOS

Ao departamento de Fitotecnia da UFV pela estrutura e a Fábrica de Papel Santa Terezinha S.A. (Santher) pelo apoio.

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Tabela 1. Teores de N, P, K, Ca e Mg (dag kg-1) na matéria seca da folha

adjacente ao terceiro cacho do tomateiro coletado no inicio da frutificação do terceiro cacho em função dos tratamentos. Viçosa, UFV, 2003.

1 2 3 4 5 6 7 C V N 5,14 a* 4,96 a 4,92 a 4,69 ab 4,60 ab 4,77 4,50 4 , P 0,20 ab 0,21 ab 0,22 ab 0,26 ab 0,28 a 0,21 0,19 1 4 K 3,38 ab 3,92 ab 3,83 ab 3,67 ab 3,88 ab 3,30 2,96 1 3 Ca 0,33 ab 0,31 ab 0,28 ab 0,28 ab 0,25 a 0,25 0,35 1 6 Mg 0,71 ab 0,53 ab 0,64 ab 0,65 ab 0,87 ab 0,67 0,71 1 7

Tabela 2. Valores de pH, sólidos solúveis totais (SST), acidez titulavel

(AT), SST/AT e concentração de potássio [K] nos frutos em função dos tratamentos. Viçosa, UFV, 2003.

1 2 3 4 5 6 7 C V pH 4,14 ab* 4,13 ab 4,19 ab 4,12 ab 4,15 ab 4,15 4,17 0, SST 4,98 ab 5,01 ab 4,59 ab 4,84 ab 5,12 ab 5,08 4,81 5, AT 0,47 ab 0,48 ab 0,42 ab 0,48 ab 0,44 ab 0,46 0,45 8, SST/AT 10,6 ab 10,4 ab 10,9 ab 10,3 ab 11,7 ab 10,9 10,7 6, [K] 4,86 ab 4,99 ab 5,24 ab 5,52 ab 5,58 ab 5,36 5,14 13

*As médias seguidas da letra “a” não diferem da testemunha subsolo e médias seguidas da

letra “b” não diferem da testemunha cultivada no solo da estufa.

+1) 80% subsolo + 20% resíduo de celulose; 2) 80% subsolo + 15% resíduo de celulose +

5% de composto orgânico; 3) 80% subsolo + 10% resíduo de celulose + 10% de composto orgânico; 4) 80% subsolo + 5% resíduo de celulose + 15% de composto orgânico; 5) 80% subsolo + 20% de composto orgânico; 6) subsolo (testemunha 1) e 7) solo da estufa (testemunha 2).

Tabela 3. Equações ajustadas em função da proporção de composto

orgânico (C), nos tratamentos contendo misturas de resíduo de celulose e composto orgânico. Viçosa, UFV, 2003.

Nutrientes Equações 1/R2 N Y = 5,1320 - 0,027**C 0,97 P Y = 0,1923 + 0,00429*C 0,90 Ca Y = 0,3295 - 0,00374*C 0,94 Mg Y = 0,6896 - 0,03027nsC + 0,00193**C 0,87 1/ ** e *, significativo a 1% e 5%, respectivamente. Tratamentos+ Tratamentos+

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