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Estimativa de propriedades de reservatórios de gás natural relevante às análises de viabilidade econômica

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE  ESCOLA DE ENGENHARIA  DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E DE PETRÓLEO ­ TEQ                              ESTIMATIVA DE PROPRIEDADES DE RESERVATÓRIOS DE GÁS  NATURAL RELEVANTES ÀS ANÁLISES DE VIABILIDADE ECONÔMICA 

 

          MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO                Autor:  FARLEY DE FREITAS ALVES                            Niterói, 2010 

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FARLEY DE FREITAS ALVES              ESTIMATIVA DE PROPRIEDADES DE RESERVATÓRIOS DE GÁS  NATURAL RELEVANTES ÀS ANÁLISES DE VIABILIDADE ECONÔMICA           

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao        Curso de Graduação em Engenharia de Petróleo        da Escola de Engenharia da Universidade        Federal Fluminense, como requisito parcial para        obtenção do Grau de Bacharel em Engenharia de        Petróleo.                  ORIENTADOR   

FERNANDO CUNHA PEIXOTO

                      NITERÓI, RJ ­ BRASIL  DEZEMBRO DE 2010   

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Ficha catalográf ic a elabo rada pela B ib liote c a da Es c ola de Engenha ria e In stituto de Co m putação da UFF A 4 7 4 Estim ativ a de pr op Dedade s de r ese rvatórios de g ás n atural r ele v a nte s às anál is e s de v iabi l i dade e c onôm ica / Fa rley de Fr eitas A lv e s N iterói, R J :

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AGRADECIMENTO 

   

Agradeço primeiramente aos meus pais por, apesar de toda adversidade        que enfrentaram, tornarem possível a realização de tudo na minha vida, incluindo esta        graduação, privilégio que ambos não puderam ter tão cedo em suas vidas. 

Agradeço, também, a toda minha família, que me apoiou sobremaneira        até hoje. Meus tios, como pais e minhas tias, como mães, me guiaram através do meu        crescimento. Ao meu avô Nonato, ao meu lado desde minha infância... Sei que ainda        está me vendo de algum lugar. 

Por último, mas não menos importante, agradeço à família que eu        escolhi: meus amigos. Estes que, conscientemente ou não, ajudaram a formar a pessoa        que sou. Amigos que eram colegas de turma, colegas de treino, professores que viraram        amigos e, depois, orientadores e todos os outros que em algum momento entraram na        minha vida e nunca mais sairão.  

 

Muito obrigado!   

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RESUMO 

   

Este trabalho tem como objetivo gerar uma ferramenta computacional        que permita estimar propriedades de reservatórios de gás natural que são importantes na        análise da viabilidade econômica da exploração de um reservatório de gás. 

Além disso, esta ferramenta também poderá ser aplicada ao ambiente        acadêmico, tornando possível que o foco possa ser o estudo dos fenômenos e não os        cálculos. 

Serão discutidos os estudos das propriedades do gás natural, influxo de        água oriundo de aquíferos adjacentes ao reservatório e o balanço de materiais em        reservatórios de gás. 

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ABSTRACT 

   

This work aims to generate a computational tool that allows the                      estimation of the main properties of natural gas reservoirs that are relevant in the                            economical viability analysis of the gas reservoir exploration. 

Besides, this tool also will be able to be applied in the academic                          environment, turning the focus from the calculation to the phenomena. 

Natural gas properties studies, water influx from watery that are                    adjacent to the reservoir and the material balance on gas reservoirs will be addressed                            in this study

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LISTA DE SIGLAS    Bg – fator volume­formação do gás  Bw – fator volume formação da água  c ­ compressibilidade  cg – compressibilidade do gás  cgpr – compressibilidade do gás pseudo­reduzida  ct – compressibilidade total do sistema  dg – densidade do gás  f – fração de um ângulo, f=θ/2π, θ em radianos  G – volume original de gás, medido em condições­padrão  Gp – volume de gás produzido acumulado, medido em condições ­padrão  J – constante de influxo de água  k – permeabilidade absoluta  n – número de mols  P ­ pressão  Pc – pressão crítica  Ppc – pressão pseudo­crítica  Ppr – pressão pseudo­reduzida  R – constante universal dos gases  re – raio externo de um reservatório circular  reD – reio externo adimensional de um reservatório circular  ro – raio de um reservatório de óleo  Swi – saturação de água inicial  T ­ temperatura  t ­ tempo  Tc – temperatura crítica  tD – tempo adimensional  tDA – tempo adimensional definido em relação à área do reservatório  Tpc – temperatura pseudo­crítica  Tpr – temperatura pseudo­reduzida  Tr – temperatura reduzida  U – constante de influxo de água  V ­ volume  WD – influxo de água acumulado adimensional  We – influxo de água acumulado, medido em condições de reservatório  Wei – influxo de água acumulado máximo que um aquífero pode fornecer  xi – fração molar do componente i em uma mistura líquida  yi ­ fração molar do componente i em uma mistura gasosa  Z – fator de compressibilidade do gás  δ ­ raio de drenagem  ∆ ­ incremento ou decremento  φ – porosidade  µ ­ viscosidade   

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LISTA DE FIGURAS    Figura 1 ­ Diagrama de fases de uma mistura líquido – vapor.   Figura 2 ­ Parte da aba de conversão de unidades.   Figura 3 ­ Selecionando a grandeza a ter sua unidade convertida.   Figura 4 ­ Preenchimento do campo para conversão da unidade desejada.   Figura 5 ­ Obtenção do valor convertido para a unidade de interesse.   Figura 6 ­ Tela inicial da aba de cálculo de propriedades pseudocríticas.   Figura 7 ­ Seleção do problema como sendo de composição conhecida.   Figura 8 ­ Tela inicial para cálculo de Tpc e Ppc com composição do gás conhecida.   Figura 9 ­ Preenchimento da composição do gás e obtenção de suas coordenadas  pseudocríticas.   Figura 10 ­ Seleção do problema como sendo de composição desconhecida.   Figura 11 ­ Tela inicial para cálculo de Tpc e Ppc com composição do gás desconhecida.   Figura 12 – Preenchimento da planilha sobre o gás e obtenção das coordenadas  pseudocríticas.   Figura 13 ­ Tela inicial da aba Tpc e Ppc (gás seco ou úmido).   Figura 14 ­ Seleção da fonte das coordenadas pseudocríticas.   Figura 15 ­ Preenchimento de novos valores de Tpc e Ppc.   Figura 16 ­ Método inválido para os dados de entrada.   Figura 17 ­ Método válido para os dados de entrada.   Figura 18 ­ Autorização para início dos cálculos iterativos.   Figura 19 ­ Tela de exibição das iterações   Figura 20 ­ Validade para cálculo da viscosidade usando a planilha frente aos dados de  entrada.   Figura 21 ­ Invalidade para cálculo da viscosidade usando a planilha frente aos dados de  entrada.   Figura 22 ­ Preenchimento da planilha “Viscosidade do gás natural” e obtenção do  resultado.   Figura 23 ­ Seleção do tipo de problema do Exemplo 4.1.   Figura 24 ­ Preenchimento da planilha e obtenção da resposta para o exemplo 5.1.   Figura 25 ­ Seleção do tipo de problema para o exemplo 4.2.   Figura 26 ­ Preenchimento dos dados de entrada para o exemplo 4.2.   Figura 27 ­ Cálculo do influxo adimensional para o exemplo 4.2.   Figura 28 ­ Obtenção da resposta do exemplo 4.2.   Figura 29 ­ Seleção do tipo de problema para o exemplo 4.3.   Figura 31 ­ Cálculo do influxo adimensional para aquífero infinito.   Figura 32 ­ Preenchimento dos influxos adimensionais e obtenção do influxo  acumulado.   Figura 33 ­ Planilha para cálculo pelo modelo de Fetkovich   Figura 34 ­ Exemplo de uso da planilha para o modelo de Fetkovich   Figura 35 ­ Planilha para o modelo de Carter­Tracy   Figura 37 ­ Colunas de cálculo para o modelo de Carter­Tracy   Figura 38 ­ Planilha para o modelo de Leung (PSS)   Figura 39 ­ Exemplo de uso da planilha do modelo de Leung (PSS)      

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LISTA DE TABELAS    Tabela 1 ­ Propriedades físicas de hidrocarbonetos e outros componentes.   Tabela 2 ­ Composição do gás para o exemplo 3.2   Tabela 3 ­ Composição de contaminantes para o exemplo 3.3   Tabela 4 ­ Valores das contantes da correlação de Dempsey (1965)   Tabela 5 ­ Influxo de água adimensional para aquífero infinito   Tabela 6 ­ Influxo adimensional para aquífero finito   Tabela 7 ­ Histórico de pressão para o exemplo 4.3.   Tabela 8 ­ Raio de drenagem adimensional para aquífero radial (Leung, 1986)    

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SUMÁRIO    1 – O GÁS NATURAL NA ATUALIDADE   2 – EMBASAMENTO TEÓRICO 2.1 ­ Diagrama de fases de uma mistura 2.1.1 ­ Curva dos pontos de bolha 2.1.2 ­ Curva dos pontos de orvalho 2.1.3 ­ Ponto crítico 2.1.4 ­ Cricondembárica 2.1.5 ­ Cricondenterma 2.1.6 ­ Linhas de qualidade 2.2 ­ Tipos de reservatórios de petróleo 2.2.1 ­ Reservatórios de óleo 2.2.2 ­ Reservatórios de gás 2.2.3 ­ Reservatórios de óleo e gás 2.3 ­ Propriedades básicas dos fluidos (ROSA et al.2006) 2.3.1 ­ Ponto crítico 2.3.2 ­ Temperatura crítica 2.3.3 ­ Pressão Crítica 2.3.4 ­ Temperatura reduzida 2.3.5 ­ Pressão reduzida 2.3.6 ­ Compressibilidade isotérmica 2.4 ­ Propriedades básicas das misturas de fluidos (ROSA et al.2006) 2.4.1 ­ Massa molecular aparente 2.4.2 ­ Coordenadas pseudocríticas 2.4.3 ­ Coordenadas pseudo­reduzidas   3 – PROPRIEDADES DO GÁS NATURAL 3.1 ­ Abas auxiliares 3.1.1 – Aba: “Conversão de unidades” 3.1.2 – Aba: “Prop. físicas (HC's e outros)” 3.2 – Propriedades pseudocríticas do gás natural 3.3 – Fator de compressibilidade, compressibilidade e fator volume­formação do gás  natural 3.4 – Viscosidade do gás natural   4 – INFLUXO DE ÁGUA 4.1 – Modelos de Van Everdingen & Hurst (AHMED et al. 2006) 4.1.1 – Modelos sem superposição de efeitos 4.1.2 –Modelos com superposição de efeitos 4.2 – Modelo aproximado de Fetkovich (ROSA et al. 2006) 4.3 – Modelo de Carter­Tracy (ROSA et al. 2006) 4.4 – Modelo pseudopermanente de Leung (ROSA et al. 2006)   5 – BALANÇO MATERIAL EM RESERVATÓRIOS DE GÁS SECO 5.1 – Reservatórios volumétricos 5.1.1– Reservatórios normalmente pressurizados

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5.2 – Reservatórios sob influxo de água   6 – CONCLUSÃO   7 – BIBLIOGRAFIA    

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1 – O GÁS NATURAL NA ATUALIDADE 

   

Usado para a geração de energia industrial, movimentação de veículos        com motores à combustão interna, fabricação de materiais poliméricos com os mais        diversos fins, aquecimento de água para uso doméstico, embalagens para produtos,        alimentação dos fogões nas cozinhas de diversos lares e, até mesmo, geração de asfalto        para pavimentação da imensa malha rodoviária presente em diversos países, o petróleo é        umas das matérias­primas mais utilizadas mundialmente. 

Desde sua descoberta ele vem ganhando cada vez mais importância, de        forma que ele é, atualmente, fundamental para manutenção da sociedade e os padrões de        vida nela estabelecidos. Na verdade, estamos dependentes de tal forma deste recurso        natural que, caso quiséssemos ou precisássemos não mais utilizá­lo, precisaríamos        reestruturar sobremaneira a sociedade, desde a matriz energética até os padrões de        vestimenta atuais, visto que muitos tecidos são compostos de derivados de petróleo. 

Nos primórdios de sua exploração, a facilidade relativa de obtenção, a        abundância, o baixo preço de mercado e as diversas aplicações possíveis fizeram com        que o petróleo ganhasse a importância citada anteriormente. Os primeiros poços eram        surgentes e em campos on­shore, estes fatores propiciavam a relativa facilidade no        tocante à exploração. 

Porém, com o aumento do consumo deste recurso natural, os campos        mais fáceis de explorar foram depletados um a um. Isso fez com que a complexidade da        exploração das novas reservas aumentasse cada vez mais e, com isso, surgisse        necessidade de tecnologias mais avançadas para manter o abastecimento do mercado        com o petróleo. 

Naturalmente, estes fatores colaboraram, juntamente com a “lei da oferta        e da procura”, para um aumento significativo do valor de mercado do petróleo, que        conduziu o mundo, através de crises econômicas, fazendo com que este recurso deixasse        de ter apenas seu valor econômico e passasse a ter valor estratégico para os países. 

Este cenário fez com que as empresas passassem a avaliar com mais        cautela a questão da viabilidade econômica dos campos descobertos, de forma a       

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gerenciar os riscos, pois esta atividade passou a requerer imensos investimentos        financeiros. Atualmente, diversos aspectos são avaliados antes da tomada de decisão por        perfurar um poço. Estas análises passam por avaliações das rochas presentes até a rocha        reservatório, da qualidade e da quantidade dos fluidos de reservatório, dos custos com a        perfuração e com a completação, dos mercados. 

Frente a estes aspectos, este trabalho tem como objetivo possibilitar que        parte destas análises seja feita facilmente e com um baixo custo, além de facilitar o        estudo da Engenharia de Petróleo no âmbito acadêmico. 

Considerando o grande aumento do uso do gás natural ocorrido nos        últimos anos e de suas diversas aplicações, o foco principal deste trabalho é a avaliação        relacionada a este recurso. Com isso, o objetivo específico do presente trabalho é        desenvolver uma ferramenta computacional simples de usar, com baixo custo e        confiável, que permita fazer estimativas importantes para tomadas de decisões e que        possa ser empregada como facilitadora do estudo do gás natural a nível acadêmico,        fazendo com que o tempo dos alunos seja empregado, principalmente, na compreensão        dos fenômenos envolvidos e não nos cálculos que são, em sua maioria, simples e        repetitivos. 

Mais um fator relevante que será visto é a importância no estudo de gás        natural na Engenharia de Petróleo, pois, devido ao fato de ser escrito com linguagem        básica e não muito técnica, possibilitará aos leitores um maior entendimento do assunto,        uma vez que o embasamento teórico é abordado antes da construção da ferramenta        propriamente dita. Além disso, pode auxiliar na condução de disciplinas relacionadas ao        comportamento dos gases na Engenharia de Reservatórios, tanto para os alunos, quanto        para os professores. Finalizando, ela pode ser inclusive, empregada em empresas do        ramo, facilitando análises qualitativas e quantitativas em reservatórios de gases. 

A metodologia de confecção do trabalho divide­se em dois ramos        principais. O primeiro é a pesquisa bibliográfica com o objetivo de levantar conceitos e        correlações que formam o embasamento teórico do trabalho. O segundo ramo principal        é o uso do Microsoft Excel® para gerar a ferramenta computacional que viabiliza a        estimativa das propriedades. Neste, o desafio principal é gerar rotinas de cálculo que        supram a “deficiência” que o Excel® tem em relação às operações matemáticas mais        avançadas. 

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Tendo em vista todos estes aspectos, este trabalho será estruturado da        seguinte forma:  

­ O presente capítulo introdutório, para dar visão geral e contextualizar o        leitor em relação ao assunto a ser abordado; 

­ Um capítulo de embasamento teórico, possibilitando compreensão do        que será exposto adiante; 

­ Um capítulo focado nas propriedades do gás natural relevantes para este        estudo, onde serão apresentas as correlações e os métodos de cálculo usados na        construção da parte da ferramenta voltada para este estudo; 

­ Um quarto capítulo, focando os modelos para cálculo de influxo de        água nos reservatório, o que é um ponto importante neste estudo;  

­ O quinto capítulo foca o balanço material nos reservatórios de gases,        tanto nos aspecto teórico, quanto na metodologia para cálculo a ser usada; e, por último 

­ Um capítulo conclusivo, repassando informações importantes que        puderam ser observadas no decorrer da confecção do trabalho. 

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2 – EMBASAMENTO TEÓRICO

 

2.1 ­ Diagrama de fases de uma mistura 

 

Observando o comportamento de uma mistura, é possível construir um        diagrama que representa o comportamento da mesma quanto às fases formadas,        indicando os estados físicos da matéria que serão encontrados na mistura. Geralmente,        nos hidrocarbonetos presentes nas jazidas de petróleo, observa­se um equilíbrio entre a        fase líquida e a fase vapor.  

A partir de estudos do fluido de reservatório é possível variar as

       

condições de temperatura e pressão numa amostra de uma mistura para construir um        diagrama similar ao apresentado na figura 1.    Figura 1 ­ Diagrama de fases de uma mistura líquido – vapor.    Com relação a este diagrama, podemos destacar os seguintes pontos:     

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2.1.1 ­ Curva dos pontos de bolha 

 

Curva que indica o ponto onde se forma a primeira bolha de gás durante        o processo de vaporização de uma mistura líquida ou a última bolha de vapor no        processo de condensação de uma mistura líquido­vapor. 

   

2.1.2 ­ Curva dos pontos de orvalho 

 

Curva que indica a formação da primeira gota de líquido a partir do        processo de condensação de uma mistura na fase vapor ou a última gota de líquido na        vaporização de uma mistura líquido­vapor. 

   

2.1.3 ­ Ponto crítico 

 

Ponto do diagrama em que as curvas dos pontos de bolha e de orvalho se        encontram. Os estados próximos a este ponto são caracterizados por uma confusão entre        a fase líquida e a fase vapor, fazendo com que seja praticamente impossível distinguir        líquido de vapor. 

   

2.1.4 ­ Cricondembárica 

 

É a reta paralela ao eixo das temperaturas que tangencia a curva dos        pontos de bolha no ponto de maior pressão onde pode ser observada uma fase vapor em        equilíbrio com uma fase líquida. Para pressões acima da cricondembárica, toda mistura        encontra­se na fase líquida. 

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2.1.5 ­ Cricondenterma 

 

É a reta paralela ao eixo das pressões que tangencia a curva dos pontos de        orvalho no ponto de maior temperatura onde pode ser observada uma fase líquida em        equilíbrio com uma fase vapor. Para temperaturas acima da cricondenterma, toda a        mistura encontra­se na fase vapor. 

No caso de termos uma mistura com pressão acima da cricondembárica e        temperatura acima da cricondenterma, temos um fluido supercrítico, que não é        caracterizado nem como líquido e nem como vapor. Sua análise foge do escopo deste        trabalho e, portanto, não será abordada. 

 

2.1.6 ­ Linhas de qualidade 

 

São as linhas tracejadas na região de duas fases, que indicam os        percentuais em massa de líquido na mistura. 

Vale ressaltar que os diagramas de fase são uma ferramenta importante        no estudo do equilíbrio termodinâmico entre fases de misturas, de modo que não é        apenas aplicado aos fluidos de petróleo. 

   

2.2 ­ Tipos de reservatórios de petróleo 

 

De acordo com o ponto no diagrama de fases que uma mistura de        hidrocarbonetos presentes numa formação se encontra, é possível encontrar três        situações: reservatórios de líquido, reservatórios de vapor e reservatórios de líquido em        equilíbrio com vapor. Estas condições nos permitem classificar os reservatórios em,        basicamente, três tipos: reservatórios de óleo, reservatórios de gás e reservatórios de        óleo e gás. Esta classificação leva em conta fatores econômicos, além da composição        dos fluidos de reservatório. 

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2.2.1 ­ Reservatórios de óleo 

 

São chamados reservatórios de óleo as acumulações naturais de        hidrocarbonetos que, nas condições de reservatório, encontram­se como líquido,        produzindo líquido ou líquido e vapor nas condições de superfície, porém com        relevância econômica muito maior para a fase líquida. 

Os reservatórios de óleo podem ser classificados em reservatórios de óleo        saturado ou de óleo subsaturado. 

Os reservatórios de óleo saturado         são os reservatórios em que a mistura,        além de estar na fase líquida, encontra­se num ponto exatamente acima da curva dos        pontos de bolha, ou seja, o óleo está saturado em gás e uma pequena diminuição da        pressão, mantida a temperatura constante, gerará a formação de uma fase vapor. 

Chamamos reservatórios de óleo subsaturado os reservatórios de óleo em        que a mistura encontra­se numa pressão maior que a pressão de bolha para a        temperatura de reservatório, ou seja, a mistura está totalmente na fase líquida e uma        pequena redução da pressão não gera imediatamente uma fase vapor. 

   

2.2.2 ­ Reservatórios de gás 

 

Os reservatórios de gás são jazidas de hidrocarbonetos que, nas        condições de temperatura e pressão do reservatório, encontram­se na fase gasosa. 

De acordo com a resposta que obtemos do fluido quando é feita uma        variação das condições de pressão e temperatura no reservatório ou nos equipamentos        de superfície, podemos classificar os reservatórios de gás em três tipos, a saber,        reservatório de gás seco, reservatório de gás úmido e reservatório de gás retrógrado. 

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Os reservatórios de gás seco         são os reservatórios de gás nos quais o gás,        quando trazido para a superfície, continua na fase gasosa nos equipamentos de        superfície, ou produz uma quantidade de líquido desprezível. 

Os reservatórios de gás úmido ou de gás condensado       são aqueles em que        o gás natural, quando trazido para as condições de superfície, apresenta formação de        líquido em quantidade considerável. Na verdade, costuma­se dizer que o reservatório é        de gás úmido se o processo de separação for economicamente viável, de forma que        possa ser obtida uma quantidade de líquido com certa relevância econômica. É        importante ressaltar que a classificação de reservatórios quanto ser seco ou úmido        depende das condições de temperatura e pressão encontradas nos equipamentos de        superfície. Com isso, um mesmo reservatório pode ser considerado de gás seco para um        processo de separação e de gás úmido para outro. 

Como o centro da Terra é responsável pelo envio do calor que mantém a        temperatura do reservatório em determinado valor, temos que a temperatura do        reservatório é constante. Porém, a pressão é mantida, também, pelos fluidos presentes        no reservatório. Quando produzimos parte dos fluidos do reservatório, o nível de energia        do sistema diminui e isso se traduz numa diminuição da pressão. De acordo com a        termodinâmica de equilíbrio de fases, temos que a tendência geral dos sistemas é que se        formem mais frações leves com uma diminuição de pressão, em outras palavras, uma        diminuição de pressão resulta no aumento da quantidade de gás no reservatório e        diminuição da quantidade de líquido. 

Porém, nos reservatórios de gás retrógrado, ocorre o contrário. O        reservatório se encontra num estado de temperatura e pressão no qual uma redução da        pressão gera um aumento na fração de líquido encontrado no sistema. Vale ressaltar que        esta classificação é feita dentro do próprio reservatório, ou seja, os dois estados        termodinâmicos analisados são referentes ao fluido contido no reservatório, ao contrário        do observado nas classificações do reservatório entre seco ou úmido, que usam o fluido        no estado do reservatório no primeiro ponto de análise e, no segundo ponto, usa o fluido        nas condições de superfície. 

   

(22)

2.2.3 ­ Reservatórios de óleo e gás 

 

Existem casos em que os reservatórios de petróleo possuem um mistura        de hidrocarbonetos que, de acordo com as condições de temperatura e pressão, geram        equilíbrio entre a fase líquida e a fase vapor. 

De acordo com as quantidades de cada fluido e, principalmente, o        objetivo econômico da exploração daquele reservatório ele é classificado. 

Os reservatórios que apresentam uma grande quantidade de gás livre (gás        presente no reservatório, mas que não está solubilizado na fase líquida), e que o        interesse econômico principal é a fase líquida são chamados de reservatórios de óleo        com capa de gás. Chama­se capa de gás, pois devido à diferença entre as densidades dos        fluidos, o gás livre se instala na parte superior do reservatório e o óleo na parte inferior.        Este gás livre forma uma espécie de capa que contribui significativamente para        manutenção da pressão do reservatório e, consequentemente, para a produtividade do        mesmo, sendo, portanto, muito importante economicamente. 

Já nos casos em que os reservatórios apresentam uma quantidade de gás        muito maior que a de óleo, de forma que o objetivo econômico passa a ser a exploração        do gás natural, os reservatórios passam a ser classificados como reservatórios de gás.   

 

2.3 ­ Propriedades básicas dos fluidos (ROSA et al.2006) 

 

Para melhor compreender a seção seguinte sobre propriedades básicas        das misturas de fluidos e, posteriormente, utilizar e compreender os resultados obtidos        com a ferramenta computacional desenvolvida no contexto deste trabalho é necessária a        observação breve de algumas propriedades básicas das substâncias puras nos estados        líquido e vapor. 

   

2.3.1 ­ Ponto crítico 

(23)

É o ponto onde a fase líquida e a fase vapor de uma substância pura estão        em equilíbrio. Este ponto é definido por uma temperatura e uma pressão específicas para        o caso das substâncias puras, ao contrário do observado para as misturas, onde temos        uma faixa de temperatura e pressão onde encontramos equilíbrio entre as fases.        2.3.2 ­ Temperatura crítica   

É a temperatura observada quando uma substância pura encontra­se no        ponto crítico. 

   

2.3.3 ­ Pressão Crítica 

 

É a pressão observada quando uma substância pura encontra­se no ponto        crítico. 

   

2.3.4 ­ Temperatura reduzida 

 

É a razão entre a temperatura do sistema e a temperatura crítica da        substância em questão (equação 1). Esta razão só é válida quando as temperaturas estão        medidas em uma escala matemática (Rankine e Kelvin, por exemplo).       (1)     

(24)

2.3.5 ­ Pressão reduzida 

 

É a razão entre a pressão do sistema e a pressão crítica da substância em        questão (equação 2).      (2)    2.3.6 ­ Compressibilidade isotérmica   

A compressibilidade isotérmica de um fluido é a propriedade que indica        qual é a variação de volume de fluido obtida através da variação de uma unidade de        pressão. 

 

 

(3)   

De acordo com a equação 3, podemos observar que a compressibilidade        isotérmica tem dimensão de inverso da pressão.        2.4 ­ Propriedades básicas das misturas de fluidos (ROSA et al.2006)   

Nesta seção serão definidas algumas propriedades das misturas de fluidos        para efeito de compreensão. As correlações para estimativa destas e de outras        propriedades serão apresentadas posteriormente, no capítulo referente aos fundamentos        e aplicações da ferramenta computacional em questão. 

(25)

 

 

2.4.1 ­ Massa molecular aparente 

 

Analogamente à relação entre a massa molecular de uma substância e as        massas atômicas dos átomos que a compõem, a massa molecular aparente de uma        mistura é definida como a média entre as massas moleculares das substâncias que        compõem a mistura ponderada pelas frações molares. Assim, considerando que a soma        das massas moleculares é igual a 1 (um) temos que a massa molecular aparente de uma        mistura pode ser calculada da seguinte forma:      (4)    2.4.2 ­ Coordenadas pseudocríticas   

Para misturas temos que as coordenadas pseudocríticas são a temperatura        e a pressão correspondentes ao ponto crítico, que é o ponto de encontro destas duas        curvas. Isso gera uma diferença sutil entre as coordenadas pseudocríticas de uma        mistura de fluidos e as coordenadas críticas de uma substância pura, visto que, para a        substância pura, o ponto de bolha e o ponto coincidem e para as misturas, temos        conceitos diferentes. 

Desta forma, temos que, assim como para a massa molecular aparente, a        temperatura e pressão pseudocríticas são calculadas através das médias das respectivas        propriedades das substâncias puras que compõem a mistura, ponderada pelas frações        molares de cada componente. 

Para gases: 

(26)

(5)    (6)  Para líquidos:    (7)    (8)    2.4.3 ­ Coordenadas pseudo­reduzidas   

Ainda de forma análoga ao observado nas substâncias puras, temos que        as coordenadas pseudo­reduzidas são calculadas através da razão entre a temperatura ou        pressão do sistema e a correspondente propriedade pseudocrítica.      (9)    (10)     

(27)

3 – PROPRIEDADES DO GÁS NATURAL 

   

O primeiro grupo de informações avaliadas pela ferramenta        computacional é o das propriedades do gás natural. 

A estimativa destas propriedades é de suma importância tanto para a        avaliação da qualidade do gás no estudo de viabilidade econômica de um projeto de        exploração de um reservatório, quanto para a previsão do comportamento do gás ao        longo da coluna de produção e de todos os equipamentos envolvidos e,        consequentemente, para o dimensionamento destes. 

A primeira das pastas de trabalho desenvolvida neste trabalho é a relativa        a estas propriedades. A pasta de trabalho “Propriedades do gás natural” é composta por        cinco abas, sendo elas: “Conversão de unidades”, “Prop. físicas (HC's e outros)”, “Tpc e        Ppc (gás seco ou úmido)”, “Z, Cg e Bg (gás seco ou úmido)” e “Viscosidade do gás        natural”. 

Neste capítulo será mostrado como estimar estas propriedades através do        uso da ferramenta computacional desenvolvida, bem como as correlações usadas para a        sua construção. 

   

3.1 ­ Abas auxiliares 

 

Todas as pastas de trabalho desenvolvidas apresentam duas abas        auxiliares. São elas: “Conversão de unidades” e “Prop. físicas (HC's e outros)”. 

   

3.1.1 – Aba: “Conversão de unidades”  

 

A planilha “Conversão de unidades” (figura 2) tem como objetivo        possibilitar a conversão das unidades das informações obtidas pelo usuário, visto que       

(28)

muitas equações aplicadas na ferramenta foram adequadas para determinado sistema de        unidades. 

Para realizar uma conversão, basta procurar a grandeza em questão e        preencher a célula relativa à unidade que temos e obter o resultado na unidade desejada.        As grandezas que podem ser convertidas são: comprimento, área, volume, massa, força,        pressão, energia, permeabilidade, viscosidade e temperatura. 

Em todas as ferramentas, a célula a ser preenchida estará preenchida de        amarelo.      Figura 2 ­ Parte da aba de conversão de unidades.    Exemplo 3.1: Converter 100 J (Joule) para Erg.  Solução:  1 – Localizar a grandeza a ser convertida. No exemplo, energia (figura 3)   

(29)

 

Figura 3 ­ Selecionando a grandeza a ter sua unidade convertida. 

 

2 – Preencher o campo referente à unidade a ser convertida com sua        respectiva quantidade (figura 4). 

 

 

Figura 4 ­ Preenchimento do campo para conversão da unidade desejada. 

 

3 – Inserir o valor na célula (pressionando “Enter”) e obter o resultado        desejado (figura 5). 

(30)

  Figura 5 ­ Obtenção do valor convertido para a unidade de interesse.    Neste exemplo o resultado é 100 J = 0,09478 BTU.      3.1.2 – Aba: “Prop. físicas (HC's e outros)”   

A aba “Prop. físicas (HC's e outros)” (figura 6) apenas mostra algumas        propriedades físicas dos principais hidrocarbonetos e algumas outras substâncias        presentes num reservatório de petróleo. 

Ela tem duas finalidades principais: 

1) Fornecer dados para outras planilhas, possibilitando que        os cálculos sejam desenvolvidos com o mínimo de informações fornecidas        pelo usuário; 

2) Permitir que o usuário faça uma validação do resultado        obtido, confirmando se o resultado é aceitável ou se é necessário modificar        alguma informação fornecida à ferramenta. 

(31)

Tabela 1 ­ Propriedades físicas de hidrocarbonetos e outros componentes.    (Fonte: ROSA et al., 2006)      3.2 – Propriedades pseudocríticas do gás natural   

As propriedades pseudocríticas, que já foram definidas anteriormente,        podem ser calculadas de duas formas: conhecendo­se a composição da mistura em        questão ou através de correlações. 

A aba “Tpc e Ppc (gás seco ou úmido)” pode ser usada para estimar estas        propriedades e também possibilita fazer esta estimativa através dessas duas formas. 

Inicialmente é possível escolher se a composição é conhecida ou não.        Para tanto, basta clicar na opção desejada na tela mostrada abaixo na figura 6.      Figura 6 ­ Tela inicial da aba de cálculo de propriedades pseudocríticas.       

(32)

 

­ Composição do gás conhecida   

Clicando na primeira opção será mostrada a tela da figura 7 para cálculo        das propriedades pseudocríticas a partir da composição conhecida.    Figura 7 ­ Seleção do problema como sendo de composição conhecida.    Figura 8 ­ Tela inicial para cálculo de Tpc e Ppc com composição do gás conhecida.   

Como a composição da mistura gasosa é conhecida neste caso, basta        fornecer a fração molar de cada substância na mistura, incluindo a possibilidade do uso        de um pseudocomponente, conforme apresentado na figura 8. 

A resposta à entrada de dados serão a massa molecular aparente, a        densidade do gás (nas condições         standard), as coordenadas pseudocríticas e o somatório        das frações molares fornecidas, tanto para a mistura dos hidrocarbonetos presentes no       

(33)

gás, quanto no próprio gás como um todo. Esta última informação é fornecida para que        o usuário saiba a base que está sendo usada e que o programa está normalizando a        mistura. 

Como as composições são conhecidas, a ferramenta apenas irá compor as        propriedades pseudocríticas a partir da contribuição década componente, normalizando        a composição.  Desta forma, temos que:    (11)  e    (12)  As correlações (11) e (12) são aplicadas apenas aos hidrocarbonetos para        determinar as propriedades que a mistura teria sem impurezas e aplicadas a todos os        componentes para as propriedades reais da mistura. 

Exemplo 3.2  : Cálculo das propriedades pseudocríticas do gás natural com composição        conforme tabela 2:    Tabela 2 ­ Composição do gás para o exemplo 3.2  Componente  Fração Molar  Metano  0,457  Etano  0,265  Propano  0,163  Nitrogênio  0,094  Sulfeto de hidrogênio  0,015  Dióxido de carbono  0,006    Solução: 

(34)

Para solucionar o problema, basta inserir as informações da tabela 2 na        planilha em questão. Assim, temos que a solução, usando a ferramenta, apresentado na        figura 9:      Figura 9 ­ Preenchimento da composição do gás e obtenção de suas coordenadas pseudocríticas.    Onde as informações procuradas estão na área em destaque.        ­ Composição do gás desconhecida:   

A outra forma de estimar as propriedades pseudocríticas de uma mistura        é utilizar correlações que empregam propriedades facilmente mensuráveis, para os casos        em que a composição é desconhecida. 

Um conjunto de correlações que pode ser aplicado (e foi usado na        construção da ferramenta) é o de Standing (1951). Estas correlações levam em        consideração se o reservatório é de gás seco, equações (13) e (14), ou úmido, equações        (15) e (16). 

   

(35)

● Para o gás seco:    (13)    (14)    ● Para o gás úmido:    (15)    (16)  Porém, como é possível notar, as correlações de Standing não levam em        consideração a influência de impurezas na mistura.  

Esta influência também foi estudada por uma série de pesquisadores,        porém, para construção da ferramenta, foram usadas as correlações de Wichert & Aziz        (1972). 

A primeira etapa é determinar a densidade da mistura de hidrocarbonetos        a partir da densidade do gás natural, incluindo as impurezas. Para isso, sendo d      HC a 

densidade dos hidrocarbonetos e dM a densidade do gás natural, é usada a equação (17).   

 

(17)  Com esta informação e sabendo o tipo de gás natural em questão é        possível determinar, através das correlações de Standing, as coordenadas pseudocríticas        da mistura de hidrocarbonetos sem os contaminantes. Sendo P      pcHC   e TpcHC,  respectivamente, pressão e temperatura pseudocríticas da mistura de hidrocarbonetos        sem os contaminantes, podemos determinar, ainda segundo Wichert & Aziz (1972), as        propriedades pseudocríticas do gás natural (equações 18 e 19). 

(36)

  (18)   

(19)  Com P  pcHC  em psia e T      pcHC  em R. Porém é necessária uma última correção        para obtermos as propriedades pseudocríticas do gás natural (T’      pc   e P’​pc), que é dada       

pela equação seguinte:      (20)      E, com isso, calcular:      (21)    (22)  Usando as equações (18­20), a ferramenta computacional desenvolvida        estima as propriedades pseudocríticas de forma rápida e exigindo muito poucas        informações sobre o gás natural.  

Para usar este módulo da ferramenta basta selecionar a opção pertinente        na primeira tela da planilha, ilustrada na figura 10: 

 

(37)

                      Com isso será exibida a tela apresentada na figura 11:      Figura 11 ­ Tela inicial para cálculo de Tpc e Ppc com composição do gás desconhecida.   

Portanto, de acordo com o modelo descrito anteriormente, para estimar as        propriedades pseudocríticas é necessário, apenas, definir o tipo de gás (seco ou úmido),        a densidade da mistura gasosa (nas condições       standard) e as frações molares dos        contaminantes. 

Um detalhe importante, contudo, é que as frações molares das impurezas        devem ser fornecidas considerando que a soma das frações molares dos contaminantes é       

(38)

igual a 1, uma vez que, como não conhecemos as concentrações dos outros        componentes, não é possível normalizar o vetor composição da mistura. 

 

Exemplo 3.3  : Estimar as propriedades pseudocríticas de um gás natural seco, com        densidade 0,893 nas condições       standard e com a composição de impurezas apresentada        na tabela 3 (considerando a soma das frações molares dos componente do gás igual a 1):    Tabela 3 ­ Composição de contaminantes para o exemplo 3.3  Componente  Fração Molar  Nitrogênio  0,094  Sulfeto de hidrogênio  0,015  Dióxido de carbono  0,006  Solução: 

Preenchendo a planilha com as informações dadas nas devidas células,        conforme figura 12:    Figura 12 – Preenchimento da planilha sobre o gás e obtenção das coordenadas pseudocríticas.    Onde as informações procuradas estão na área em destaque.     

(39)

3.3 – Fator de compressibilidade, compressibilidade e fator volume­formação do  gás natural 

 

Outro grupo importante de informações referentes ao gás natural é o        relativo ao comportamento do gás quando há uma variação de pressão. 

Estas  informações são o fator de compressibilidade (Z), a        compressibilidade isotérmica do gás (Cg) e o fator volume­formação (Bg) e para estimar        estas foi desenvolvida a aba “Z, Cg e Bg (gás seco ou úmido)” na mesma pasta de        trabalho de propriedades do gás. 

O fator de compressibilidade (Z) é uma grandeza que indica o desvio que        um gás real tem em relação ao mesmo gás caso ele se comportasse como gás ideal. Para        os gases ideais, temos que a seguinte equação de estado (23) se aplica:      (23)  Onde,  P – pressão  V – volume   n – número de mols  R – constante universal dos gases  T – temperatura (em escala absoluta)   

Para que esta equação seja aplicada a gases reais, é necessário aplicar        uma correção. Esta correção é feita aplicando a equação (24): 

 

 

(24)  Onde Z é o fator de compressibilidade, e significa a razão entre o volume        real ocupado pelo gás em determinada condição de T e P e o volume que a mesma        quantidade do mesmo gás ocuparia caso ele se comportasse como gás ideal. 

(40)

A compressibilidade isotérmica do gás, como citado no capítulo anterior,        indica variação de volume de fluido obtida através da variação de uma unidade de        pressão. 

Já o fator volume­formação do gás (Bg) é uma propriedade        extremamente importante, pois relaciona o volume que o gás ocupa em determinada        condição de temperatura e pressão (as condições de reservatório, para o nosso estudo) e        o volume do mesmo numa dada condição de referência (as condições       standard ), dado    pela equação (25). 

 

 

(25)  O modelo empregado na ferramenta computacional para estimativa        destas propriedades necessita, apenas, das condições de temperatura e pressão do        reservatório e das coordenadas pseudocríticas do gás.  

As coordenadas pseudocríticas do gás podem ser fornecidas de três        formas: usando os valores calculados na seção de gás com composição conhecida da        planilha “Tpc e Ppc (gás seco ou úmido)” (figuras 7 e 8), usando os valores calculados        na seção relativa a gás com composição desconhecida desta mesma planilha (figuras 10        e 11) ou usando novos valores fornecidos pelo usuário (figura 13). 

       

(41)

 

Figura 13 ­ Tela inicial da aba Tpc e Ppc (gás seco ou úmido). 

 

Existem três possibilidades de fontes de informações sobre as        coordenadas pseudocríticas, como citado anteriormente. Para selecionar a fonte        desejada, basta preencher a célula correspondente com a opção apropriada, que está        indicada na legenda, como pode ser observado na figura 14. 

 

 

Figura 14 ­ Seleção da fonte das coordenadas pseudocríticas. 

 

Caso a opção escolhida seja “C” ou “D” na tela apresentada na figura 14,        os valores de temperatura e pressão pseudocríticas serão preenchidos automaticamente,       

(42)

pois serão buscados na planilha anterior, permitindo que seja dada continuidade do        estudo de um mesmo reservatório de gás natural. 

Porém, se for selecionada a opção “N”, será necessário, para que os        cálculos sejam realizados, fornecer os valores de T      pc   e Ppc, pois não há nenhuma fonte        para a ferramenta. As duas células referentes a estes valores passarão a ser de        preenchimento obrigatório (figura 15). 

 

 

Figura 15 ­ Preenchimento de novos valores de Tpc e Ppc. 

 

Após o preenchimento dos dados de entrada a ferramenta fornecerá uma        saída no campo “Validade do Método”, quanto à aplicabilidade do método naquelas        condições (figuras 16 e 17), pois o cálculo do Z é baseado nas correlações de Hall &        Yarborough (1973) e Yarborough & Hall (1974), que têm determinada faixa de        aplicabilidade, que será discutida mais adiante. 

(43)

  Figura 16 ­ Método inválido para os dados de entrada.      Figura 17 ­ Método válido para os dados de entrada.   

Como o procedimento para cálculo do fator de compressibilidade é        iterativo, para que seja realizado é necessário informar à ferramenta que as rotinas de        cálculo podem ser iniciadas, evitando desperdício de processamento do computador.        Para isso, basta preencher “S” na devida célula, conforme a tela da figura 18: 

(44)

 

Figura 18 ­ Autorização para início dos cálculos iterativos. 

 

Após preencher as informações necessárias, verificar a viabilidade do        método e autorizar o início dos cálculos, as rotinas serão executadas e as células        referentes às propriedades procuradas serão preenchidas com os resultados. 

Para o cálculo do fator de compressibilidade foram usadas as correlações        de Hall & Yarborough (1973) e Yarborough & Hall (1974). Neste modelo, Z é        calculado pela equação (26):      (26)  Onde   e y é a solução da equação (27):      (27) 

Porém, como a equação (27) é não­linear, é necessário o uso de um        método iterativo. O método empregado na ferramenta é o método de Newton­Raphson. 

(45)

Para isso, a ferramenta constrói a tabela com os cálculos de cada iteração        mostrada na figura 19.      Figura 19 ­ Tela de exibição das iterações   

Nesta tabela, t é calculado de acordo com as informações de T e T      pc, o    chute inicial para y é y      0=0,001, F     ​i é calculado aplicando o valor de y       ​i na equação   

definida como F anteriormente e F      i’ é obtido através da aplicação de y       ina expressão da    derivada de F em y (equação 28): 

 

  (28) 

Após obtenção de F      i’, é estimado o próximo valor de y da iteração,       

fazendo (equação 29):   

 

(29)  A coluna “erro” calcula a diferença entre os dois valores, possibilitando        que o usuário verifique a convergência do cálculo. Foram realizados alguns testes e os       

(46)

problemas costumam convergir, no máximo, perto da centésima iteração, porém, como        segurança, a ferramenta calcula 500 iterações. 

Após realização dos cálculos, o valor de y      500   é usado na equação de        cálculo de Z (equação 26) pelo método citado anteriormente para estimar o fator de        compressibilidade. 

O método de Hall & Yarborough é aplicável para 1,2<T      r<3,0 e    0,1<Pr<24, com erro absoluto médio de 0,5%. Estas são as condições usadas pela       

ferramenta para julgar se o método é aplicável ou não para o conjunto de informações        dadas. 

Outra forma de calcular a compressibilidade isotérmica do gás é através        da equação (30): 

 

 

(30)  Todas as informações necessárias para o cálculo de C      g são conhecidas,   

exceto  . Para o cálculo do mesmo são definidas duas novas variáveis        (equações 31 e 32): 

 

(31)   

(32)  Usando o mesmo método empregado para cálculo de Z, são calculados        Z(P+) e Z(P    ­​) e, assim, é calculada uma aproximação linear para       

conforme a equação (33)   

 

(33)  Com este valor e as outras informações é calculada a compressibilidade        isotérmica do gás, conforme a equação (30). 

(47)

Outra  propriedade  mostrada é a compressibilidade isotérmica          pseudo­reduzida (C  gpr) do gás, que é definida pelo produto da compressibilidade       

isotérmica do gás por sua pressão pseudocrítica (equação 34):   

 

(34)  A última propriedade estimada por esta planilha é o fator        volume­formação do gás, já definido anteriormente (equação 25). 

Usando a equação de estado (24) para determinar os volumes em cada        condição e aproximando o fator de compressibilidade para as condições standard por 1 (       

), já que os gases comportam­se, praticamente, como gases ideais nestas        condições, podemos escrever que (equação 35):      (35)  Onde,  P0 – pressão nas condições standard  T0 – temperatura nas condições standard  P – pressão nas condições de reservatório  T – temperatura nas condições de reservatório  Z – fator de compressibilidade do gás nas condições de reservatório  De acordo com o sistema de unidades adotado como padrão da planilha,        temos que P    0=14,7 psia e T      ​0=60ºF=519,67 R. Com isso a ferramenta calcula B       ​gatravés 

da equação (36).   

 

(48)

3.4 – Viscosidade do gás natural 

 

Na planilha “Viscosidade do gás natural”, assim como a planilha anterior,        é possível usar outras planilhas como fonte de dados para os cálculos. Porém, desta vez,        além das propriedades pseudocríticas, os dados relativos à densidade e à composição de        contaminantes também são considerados. 

Caso seja escolhido “C” ou “D” (figura 14), as informações necessárias        serão buscadas da planilha “Prop. físicas (HC's e outros)” (figura 16), bastando        preencher os campos de temperatura e pressão do sistema. 

Se a opção for “N” (novos valores de Tpc, Ppc, densidade e composição        de outras substâncias), será necessário incluir manualmente todas estas informações. 

Para estimar a viscosidade do gás natural nas condições de reservatório, a        ferramenta usa a correlação de Dempsey (1965) em conjunto com as de Standing        (1951). 

Pela correlação de Dempsey (1965), é possível calcular a viscosidade de        um gás natural a uma dada temperatura e pressão através da equação (37): 

 

  (37) 

Onde as constantes a       i são definidas na Tabela 4 e       é a viscosidade  que o gás teria se estivesse à pressão de 1 atm.    Tabela 4 ­ Valores das contantes da correlação de Dempsey (1965)  a0  ­2,462118200000  a8  ­0,793385684000  a1  2,970547140000  a​9  1,396433060000  a2  ­0,286264054000  a10  ­0,149144925000  a3  0,008054205220  a11  0,004410155120  a4  2,808694900000  a​12  0,083938717800  a5  ­3,498033050000  a13  ­0,186408848000 

(49)

a6  0,360373020000  a​14  0,020336788100  a7  ­0,010443241300  a​15  ­0,000609579263    Isolando μ, temos que ele pode ser calculado pela equação (38):      (38) 

Para calcular μ, ainda é necessário conhecer o valor de      . Para este      cálculo, Standing (1951) já tinha desenvolvido as seguintes correlações (equações        39­43)para valores de densidade do gás menor que 1,5 (região de interesse da        engenharia de reservatórios):    (39)  Onde,      (40)    (41)    (42)    (43)  Com relação à aplicabilidade das correlações de Standing, a planilha em        questão também apresenta um teste de validade, verificando o valor de densidade que        será usada para os cálculos e a faixa aceita pela correlação, como é apresentado nas        figuras 20 e 21. 

(50)

  Figura 20 ­ Validade para cálculo da viscosidade usando a planilha frente aos dados de entrada.      Figura 21 ­ Invalidade para cálculo da viscosidade usando a planilha frente aos dados de entrada.   

(51)

Exemplo 3.4  : Calcular a viscosidade de um gás natural com densidade 0,718 e com        Tpc=400,8 R e P      pc​=668,4 psia. Considere que as condições de reservatório são 659,7 R e       

2000 psia.   

Solução: 

Temos um caso em que a fonte de informações é nova e não foi usada a        planilha de coordenadas pseudocríticas. Assim, para solucionar o problema, basta        preencher a planilha como o mostrado na figura 22 e obter o valor da viscosidade.    Figura 22 ­ Preenchimento da planilha “Viscosidade do gás natural” e obtenção do resultado.       

(52)

4 – INFLUXO DE ÁGUA 

   

Os principais mecanismos de produção que atuam num reservatório de        gás são a própria expansão do gás e o influxo de água. 

O mecanismo de influxo de água consiste na manutenção da pressão do        reservatório através do escoamento da água presente num aquífero próximo para o        reservatório. Desta forma, parte da energia presente no aquífero sob a forma de pressão        é transmitida para o reservatório, aumentando a produtividade do mesmo. 

Calcular este volume de água (influxo) é de grande importância na        Engenharia de reservatórios, pois conforme a água se acumula no reservatório, maior        será a possibilidade de a produzirmos e em maiores quantidades. 

Este capítulo apresenta modelos para cálculo do influxo de água, bem        como o funcionamento e construção da planilha relativa a este assunto, para um aquífero        radial adjacente ao reservatório. 

 

4.1 – Modelos de Van Everdingen & Hurst (

AHMED et al. 2006)

 

 

As equações a serem resolvidas para obtenção dos modelos envolvem a        resolução das equações da difusividade hidráulica, tema que foge ao escopo deste        trabalho e que, portanto, não será abordado. Neste capítulo serão apresentadas as        equações resultantes destas soluções. 

Para iniciar a apresentação do modelo, precisam ser definidas algumas        variáveis:    ­ Raio adimensional:    (45)  ­ Tempo adimensional: 

(53)

  (46)  Onde:  r– raio do reservatório;  k – permeabilidade do aquífero;   ­ porosidade do aquífero;   ­ viscosidade da água;  t – tempo.  Ct – compressibilidade total    Além disso, temos que:      (46)  Onde:   ­ Influxo de água acumulado;  U – Constante de influxo de água do aquífero;   ­ Queda de pressão no contato aquífero – reservatório;   ­ Influxo de água adimensional.   

A constante de influxo de água do aquífero pode ser calculada através da        expressão (47): 

 

(47)  Sendo     a fração entre a área da base do reservatório e a área de uma        circunferência de mesmo diâmetro e h a espessura do reservatório. 

Para cálculo do W      D  existem tabelas que relacionam t         Dcom W  D, para    aquíferos finitos e reD e t​D com W​D, para o caso de aquíferos finitos. 

(54)

Diz­se que um aquífero é infinito quando seu raio é tão maior que o raio do        reservatório que a extremidade do aquífero não sente a influência do reservatório.  

Já um aquífero finito possui dimensões “não tão grandes” frente ao        reservatório. 

As tabelas 5 e 6 são empregadas para cálculo do influxo adimensional para        um aquífero condizente com o citado no início do capítulo são: 

(55)

Tabela 5 ­ Influxo de água adimensional para aquífero infinito            Continuação 

(56)

     

(57)
(58)

                Continuação            Continuação   

(59)

          Continuação 

(60)

(Fonte das Tabelas: AHMED, Tarek.      Reservoir Engineering    Handbook, Third Edition. Rio de Janeiro: Oxford, 2006; Páginas 674 a 681).           

(61)

4.1.1 – Modelos sem superposição de efeitos 

 

Os modelos clássicos consideram uma queda de pressão constante no        contato. Quando isso é feito, não é considerada a superposição de efeitos (será abordada        mais adiante). 

 

a) Aquífero infinito 

Para o caso do aquífero em consideração ser tão grande a ponto de poder        ser considerado infinito para efeitos de cálculo, temos que valor de W      D é calculado   

através da tabela 5, onde temos os valores de W      D correspondentes a uma série de valores        de t  D. Após calcular t      D​ conforme o descrito anteriormente, basta buscar na tabela 5 o       

valor de WD procurado. 

Porém, caso o valor do tempo adimensional encontrado não esteja        presente na tabela é necessário fazer uma interpolação linear entre os valores de t       Dmais  próximos do procurado. 

Para isso, foi desenvolvida uma guia na planilha “Influxo de água”        chamada “W  D  aquífero infinito”. Esta guia possui um algoritmo que possibilita a        obtenção automática de valores de uma tabela, mesmo quando o valor do tempo        adimensional procurado não está presente. Este algoritmo está descrito abaixo: 

­ É calculado o desvio entre o valor do t      procurado e todos os t        D​’s 

tabelados; 

­ Com isso, são construídas duas colunas: uma com todos os desvios        positivos e outra com todos os desvios negativos; 

­ Subtraindo do valor procurado o valor mínimo dos desvios positivos,        obtém­se o valor tabelado imediatamente menor que o valor procurado. Subtraindo do        valor procurado o máximo dos desvios negativos, obtém­se o valor tabelado        imediatamente maior que o valor procurado; 

­ Desta forma temos os pontos necessários para fazer a interpolação        linear e estimar o valor do WD correspondente ao t​D procurado.  

Para este modelo, o cálculo usando a ferramenta desenvolvida é mais        simples e será mostrado nos exemplos a seguir. 

(62)

 

Exemplo 4.1) Calcular o influxo de água num reservatório com as seguintes        características:    Porosidade do aquífero = 0,20;  Permeabilidade do aquífero = 100md;  Espessura do aquífero = 1,0m  Viscosidade da água = 1,0cp;  Compressibilidade do aquífero = 10­5​(kgf/cm²)­1​;  Raio do reservatório = 500m;  Raio do aquífero muito grande;  Pressão original = 100 kgf/cm²  Pressão final = 90 kgf/cm²  Tempo = 50 dias    Solução: 

Selecionar a opção referente ao tipo de problema na tela inicial na guia        do modelo de Van Everdingen & Hurst, como mostrado na figura 23:      Figura 23 ­ Seleção do tipo de problema do Exemplo 4.1.    Preencher a planilha (figura 24) com as informações necessárias  (marcadas em amarelo) e obter o resultado procurado.   

(63)

 

Figura 24 ­ Preenchimento da planilha e obtenção da resposta para o exemplo 5.1. 

   

b) Aquífero finito 

Quando temos um aquífero com dimensões mais restritas, ou seja,        quando o poço influencia em todo o aquífero, é necessário considerar os efeitos do poço        na extremidade do aquífero. Desta forma passa a ser indispensável levar em conta o raio        do aquífero. Isso é feito através da consideração do raio adimensional. 

Neste caso deve ser usada a tabela 6 para obtenção do W      D. Porém, a      tabela agora usa informações de r      eD       e de tD​para a obtenção de W        ​D. Assim como no caso         

do aquífero infinito, foi desenvolvido um algoritmo para o cálculo de W      D, sendo este um        pouco mais complexo. 

­ O algoritmo começa calculando a diferença entre o t       Dprocurado e todos      os tD’s tabelados, conosiderando os r​eD’s tabelados; 

­ Após isso, são calculados os menores módulos dos desvios entre o t       D procurado e os t      D’s tabelados para cada r        eD tabelado. Em outras palavras, para cada r      eD  tabelado, são obtidos os valores de t       D tabelados imediatamente maior e menor que o       

procurado; 

­ Com os valores dos t      D’s tabelados que são imediatamente maiores que o       

tD procurado e seus respectivos valores de W      D, é feita uma interpolação linear para obter        os valores para o WD estimado no t​D procurado para cada r​eD tabelado; 

Referências

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