1 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO INICIAL
1. Introdução
Este Relatório de Avaliação Inicial corresponde ao relatório que deve ser elaborado no processo de avaliação inicial de Membros do órgão de administração, nos termos do artigo 30.º-A do Regime Geral das Instituições de Crédito e das Sociedades Financeiras e do Ponto 4.3 da Política de Seleção e Avaliação dos Membros do Órgão de Administração e Fiscalização e dos Titulares de Funções Essenciais do BANIF – BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL, S.A. (de agora em
diante “Política de Seleção e Avaliação).
2. Identificação sumária do candidato
Nome Profissional: Jorge Tomé
Data de Nascimento: 7.11.1954 Nacionalidade: Portuguesa
Atividade que vai exercer:
Presidente da Comissão Executiva
Órgão de administração
Funções executivas X
Funções não executivas
2 Titular de funções essenciais:
Data prevista de nomeação: 26 de Agosto de 2015
Duração prevista do mandato: 3 anos
Pelouro/responsabilidades previstas: Não se encontra ainda definida a distribuição de pelouros entre os membros executivos do órgão de administração
3. Experiência, conhecimentos e competências
a. Elementos consultados / Informação obtida
Foram consultados o Questionário preenchido pelo Candidato, o seu CV e alguma informação complementar disponível publicamente.
A análise da experiência, conhecimentos e competências do Candidato deteve-se em particular no seu percurso académico e profissional, revelado no seu Curriculum Vitae. Nesse âmbito, foi apreciada nomeadamente a impressiva experiência profissional do Candidato como dirigente e administrador de instituições financeiras nos últimos 30 anos (incluindo nomeadamente no BPSM (onde ingressou em 1983), no Grupo CGD (desde 2001) e no Grupo Banif (desde 1996), Grupo este onde ocupa vários cargos de administração e atualmente é Presidente da Comissão Executiva do Banco).
3 Após identificação dos elementos considerados – entre os quais o Questionário preenchido pelo Candidato, mas também outros elementos obtidos autonomamente pela CGS para verificação -, a CGS considera que o candidato reúne a experiência, conhecimentos e competências requeridos por lei e exigíveis nos termos da regulamentação interna do Banco, atendendo, entre outros fatores, aos critérios enunciados no artigo 31.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e nos Pontos 3.8 a 3.10 da Política de Seleção e Avaliação, à formação académica do candidato e aos conhecimentos e competências adquiridos durante a sua carreira profissional. Foi especialmente ponderada a impressiva experiência profissional do Candidato no sistema bancário, adquirida ao longo de mais de três décadas. Refira-se adicionalmente quo o Dr Jorge Tomé exerceu funções como Presidente da Comissão Executiva do Banif no último mandato do Conselho de Administração (2012-2015).
4. Idoneidade
a. Elementos consultados / Informação obtida
Foram consultados o Questionário preenchido pelo Candidato, o seu CV e alguma informação complementar disponível publicamente.
b. Conclusão
Após identificação dos elementos considerados – entre os quais o Questionário preenchido pelo Candidato, mas também outros elementos obtidos autonomamente pela CGS para verificação -, a CGS considera que o Candidato reúne as exigências requeridas por lei e exigíveis nos termos da regulamentação interna do Banco no tocante à Idoneidade, seja no plano técnico, seja no plano ético e de integridade profissional, atendendo, entre outros fatores, aos critérios enunciados no artigo 30.º-D do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e nos Pontos 3.3 a 3.7 da Política de Seleção e Avaliação
A CGS não tomou conhecimento de nenhum facto que possa razoavelmente suscitar dúvidas quanto à capacidade do Candidato de garantir uma gestão sã e prudente do Banco. Nesta apreciação, baseada em critérios de natureza objetiva aplicados ao seu percurso profissional,
4 tivemos em conta o modo como o Candidato gere habitualmente os negócios, profissionais ou pessoais, ou exerce a profissão, em especial nos aspetos que revelem a sua capacidade para decidir de forma ponderada e criteriosa, e a sua tendência para cumprir pontualmente as suas obrigações e para ter comportamentos compatíveis com a preservação da confiança do mercado, tomando em consideração todas as circunstâncias que permitam avaliar o comportamento profissional para as funções para as quais será designado.
5. Independência
a. Elementos consultados / Informação obtida
Foram consultados o Questionário preenchido pelo Candidato, o seu CV e alguma informação complementar disponível publicamente.
b. Conclusão
Após identificação dos elementos considerados – entre os quais o Questionário preenchido pelo Candidato, mas também outros elementos obtidos autonomamente pela CGS para verificação -, a CGS conclui que o candidato reúne a Independência requerida por lei e exigível nos termos da regulamentação interna do Banco, atendendo, entre outros fatores, aos critérios enunciados no artigo 31.º-A do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e nos Pontos 3.11 a 3.13 da Política de Seleção e Avaliação.
Foi ponderada nesta análise, em particular, a independência de espírito do candidato revelada na autonomia do seu juízo de avaliação no desempenho pretérito de funções profissionais no Banco e nos processos decisórios aí envolvidos.
6. Disponibilidade
5 Foram consultados o Questionário preenchido pelo Candidato, o seu CV e alguma informação complementar disponível publicamente.
Constatou-se em particular que a resposta ao Questionário apresenta uma estimativa de horas semanais alocadas ao exercício de funções (50 h) que se considera suficiente para as funções a serem exercidas.
b. Conclusão
Após identificação dos elementos considerados – entre os quais o Questionário preenchido pelo Candidato, mas também outros elementos obtidos autonomamente pela CGS para verificação -, a CGS conclui que o candidato reúne as exigências legais e os requisitos quanto à sua Disponibilidade, atendendo, entre outros fatores, aos critérios enunciados no artigo 64.º, n.º 1 a) do Código das Sociedades Comerciais, no artigo 33.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e nos Pontos 3.15 a 3.17 da Política de Seleção e Avaliação.
A CGS considera igualmente que a acumulação de cargos revelada no Questionário (por respeitar unicamente a sociedades no perímetro de consolidação do Banif ou de sociedades participadas pelo Banif) em concreto e também de acordo com os critérios gerais fixados no artigo 33.º, n.º 4 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (que considera como um único cargo os exercidos dentro do mesmo grupo) não é suscetível de prejudicar o exercício das funções do candidato, não revelando riscos de conflitos de interesses nem de tal facto pode resultar falta de disponibilidade para o exercício do cargo.
7. Adequação do candidato
Ponderados todos os elementos de facto relevantes para a aferição dos critérios legislativos e internos quanto à adequação dos candidatos ao exercício dos membros dos órgãos sociais no Banco, atendendo aos elementos consultados e às conclusões extraídas quanto à experiência, conhecimentos e competências, idoneidade, independência e disponibilidade, a CGS é de
6 parecer que o Dr Jorge Tomé satisfaz as exigências de adequação para as funções que se propõe exercer.
Além da adequação individual do Candidato, cumpre igualmente examinar o seu contributo para a adequação coletiva dos membros do órgão de administração. A experiência do Candidato na liderança executiva de instituições de crédito assegura uma valência muito importante na composição do órgão de administração, que se revela decisiva na etapa atual do Banco. A partir daqui, em conjunto com a avaliação que, em simultâneo, é realizado em relação aos restantes candidatos, conclui-se que a composição proposta do órgão de administração reúne qualificação profissional e disponibilidades suficientes para cumprir as respetivas funções legais e estatutárias em todas as áreas relevantes de atuação.
8. Áreas preferenciais para aquisição, manutenção e aprofundamento de conhecimentos Dado que o parecer da CGS quanto à adequação do Candidato é positivo, ao abrigo do ponto 7.2 da Política de Seleção e Avaliação são abaixo enunciadas as três áreas preferenciais para aquisição, manutenção e aprofundamento de conhecimentos do candidato, atendendo à necessidade individual do futuro dirigente em questão, mas também às necessidades do Banco e às tendências de inovação na área bancária e financeira:
- Governo Societário - Banca Digital
- Novos desenvolvimentos na atividade bancária: CRR/ DMIF II / União Bancária
A Comissão de Governo Societário