Vigilância epidemiológica
Prof. Dr. Antonio José Leal Costa – IESC/UFRJ
Vigilância epidemiológica
Histórico (I)
•
Século XIV
–
Quarentena
•
Séculos XVII a XIX
–
Análises da situação de saúde de populações baseadas em
dados vitais: John Graunt, Chadwick, Willian Farr
•
Século XX
–
Notificação compulsória (EUA)
–
Registro de câncer (Dinamarca)
–
Vigilância ativa
–
Rede sentinela de médicos generalistas (Inglaterra e
Holanda)
–
INFORMAÇÃO PARA AÇÃO
•
Controle da malária
•
Erradicação da varíola e da poliomielite
–
Ênfase na análise da dados e produção da informação em
saúde
Vigilância epidemiológica
Conceito
“Conjunto de ações que proporciona o
conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde
individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças e agravos”
A vigilância no
contexto das
ações de saúde
pública
Problema
Resposta
Vigilância:
Qual é
o
problema?
Identificação de
fatores de risco :
Quais são as
causas?
Avaliação das
intervenções:
Quais são
eficazes?
Vigilância epidemiológica
Objetivos
•
Caracterizar o estado de saúde das
populações
•
Definir prioridades em saúde pública
•
Avaliar programas de saúde
Vigilância epidemiológica
Aplicações
•
Estimar a magnitude dos problemas de saúde
•
Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das
doenças
•
Descrever a história natural de uma doença
•
Detectar epidemias e novos problemas de saúde
•
Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças
•
Avaliar as medidas de controle
•
Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos
•
Identificar mudanças dos fatores determinantes de
doenças
Vigilância epidemiológica
Aplicações
•
Estimar a magnitude dos problemas de saúde
•
Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das
doenças
•
Descrever a história natural de uma doença
•
Detectar epidemias e novos problemas de saúde
•
Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças
•
Avaliar as medidas de controle
•
Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos
•
Identificar mudanças dos fatores determinantes de
doenças
Casos de AIDS notificados ao Programa Nacional de DST e Aids,
Ministério da Saúde, por ano de diagnóstico, Brasil, 1980 a 2003
1 9 8 0 1 9 8 2 1 9 8 3 1 9 8 4 1 9 8 5 1 9 86 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 93 1 9 94 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 Ano de diagnóstico C as os n ot ifi ca do s
Vigilância epidemiológica
Aplicações
•
Estimar a magnitude dos problemas de saúde
•
Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das
doenças
•
Descrever a história natural de uma doença
•
Detectar epidemias e novos problemas de saúde
•
Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças
•
Avaliar as medidas de controle
•
Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos
•
Identificar mudanças dos fatores determinantes de
doenças
Quantis 0 - 139.5 139.5 - 256.1 256.1 - 565.7 565.7 - 2076.4 2076.4 - 5020.6
Taxas de incidência de Dengue (por 100.000 habitantes)
agrupadas em quintis, segundo município de residência ,
estado do Rio de Janeiro, 2002
Coeficiente de incidência da coqueluche, por grupo
de idade, Brasil, 1982-2003
Vigilância epidemiológica
Aplicações
•
Estimar a magnitude dos problemas de saúde
•
Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das
doenças
•
Descrever a história natural de uma doença
•
Detectar epidemias e novos problemas de saúde
•
Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças
•
Avaliar as medidas de controle
•
Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos
•
Identificar mudanças dos fatores determinantes de
doenças
HIV/AIDS
•
Entre outubro e maio de 1980, 5 casos de pneumonia
por Pneumocystis carinii em pessoas jovens,
saudáveis e homosexuais em Los Angeles
•
Série de casos a partir do qual vários estudos
Vigilância epidemiológica
Aplicações
•
Estimar a magnitude dos problemas de saúde
•
Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das
doenças
•
Descrever a história natural de uma doença
•
Detectar epidemias e novos problemas de saúde
•
Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças
•
Avaliar as medidas de controle
•
Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos
•
Identificar mudanças dos fatores determinantes de
doenças
Diagrama de controle da doença meningocócica, no
período 1983-1993, Brasil, 1994
FE B R E P U R P Ú R IC A
B R A S ILE IR A
• Agente etiológico: Haemophilus influenzae, biogrupo aegyptius.
• Descrição
• É uma doença infecciosa emergente de caráter agudo e elevada letalidade. Em geral, apresenta-se sob forma de surtos, atingindo crianças.
• Tem largo espectro clínico: uma simples infecção conjuntival pode ou não evoluir, em uma ou duas semanas, para síndrome séptica, com aparecimento de petéquias e púrpuras.
• Aspectos epidemiológicos
• Doença descrita pela primeira vez em 1984, no município de Promissão, em São Paulo, onde ocorreram 10 óbitos com quadro semelhante ao da meningococcemia.
• Concomitantemente,observou-se quadro semelhante em Londrina, com 13 casos e sete óbitos, e outros em cidades próximas a Promissão.
• Desse período até hoje, já se tem registro da enfermidade em mais de 15 municípios de São Paulo e em áreas do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
• Fora do Brasil, os únicos casos descritos ocorreram em novembro de 1986, na região Central da Austrália (Alice-Springs).
Fonte: Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 6a ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
Vigilância epidemiológica
Aplicações
•
Estimar a magnitude dos problemas de saúde
•
Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das
doenças
•
Descrever a história natural de uma doença
•
Detectar epidemias e novos problemas de saúde
•
Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças
•
Avaliar as medidas de controle
•
Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos
•
Identificar mudanças dos fatores determinantes de
doenças
SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO
Casos notificados, por trimestre, EUA, 1987-2002
Vigilância epidemiológica
Aplicações
•
Estimar a magnitude dos problemas de saúde
•
Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das
doenças
•
Descrever a história natural de uma doença
•
Detectar epidemias e novos problemas de saúde
•
Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças
•
Avaliar as medidas de controle
•
Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos
•
Identificar mudanças dos fatores determinantes de
doenças
Coeficiente de incidência da coqueluche¹ e cobertura
vacinal pela DTP, Brasil, 1980-2003
Fonte: Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 6a ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
Vigilância epidemiológica
Aplicações
•
Estimar a magnitude dos problemas de saúde
•
Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das
doenças
•
Descrever a história natural de uma doença
•
Detectar epidemias e novos problemas de saúde
•
Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças
•
Avaliar as medidas de controle
•
Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos
•
Identificar mudanças dos fatores determinantes de
doenças
Resultado do Teste de Sensibilidade, das 87 cepas pertencentes ao
complexo Mycobacterium tuberculosis, São Vicente, SP, 1998/99
•
1 (9,10%) - INH-RMP-PZA-EM), 4 (36,40%) INH-RMP-PZA, 2
(18,20%)INH-RMP, 2 (18,20%) SM e 2 (18,20%) INH.
Vigilância epidemiológica
Aplicações
•
Estimar a magnitude dos problemas de saúde
•
Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das
doenças
•
Descrever a história natural de uma doença
•
Detectar epidemias e novos problemas de saúde
•
Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças
•
Avaliar as medidas de controle
•
Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos
•
Identificar mudanças dos fatores determinantes de
doenças
Vigilância epidemiológica
Aplicações
•
Estimar a magnitude dos problemas de saúde
•
Caracterizar a distribuição geográfica e temporal das
doenças
•
Descrever a história natural de uma doença
•
Detectar epidemias e novos problemas de saúde
•
Gerar hipóteses acerca da ocorrência de doenças
•
Avaliar as medidas de controle
•
Monitorar alterações do perfil de agentes infecciosos
•
Identificar mudanças dos fatores determinantes de
doenças
diagnóstico, Brasil, 1980 a 2003
0 10,000 20,000 30,000 40,000 50,000 60,000 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003Vigilância epidemiológica
Funções
•
Coleta de dados
•
Processamento de dados coletados
•
Análise e interpretação dos dados processados
•
Recomendação das medidas de controle
apropriadas
•
Promoção das ações de controle indicadas
•
Avaliação da eficácia e da efetividade das
medidas adotadas
Vigilância epidemiológica
Funções
•
Coleta de dados
•
Processamento de dados coletados
•
Análise e interpretação dos dados processados
•
Recomendação das medidas de controle
apropriadas
•
Promoção das ações de controle indicadas
•
Avaliação da eficácia e da efetividade das
medidas adotadas
Vigilância epidemiológica
Funções – coleta de dados
Fontes de dados
•
Notificação de doenças e agravos
•
Exames laboratoriais
•
Registros vitais
•
Vigilância sentinela
•
Registros médicos e hospitalares
•
Inquéritos populacionais
•
Sistemas de registro de dados administrativos
(
e.g.
fornecimento de medicamentos)
Vigilância epidemiológica
Funções – coleta de dados
Fontes de dados
•
Notificação de doenças e agravos
•
Exames laboratoriais
•
Registros vitais
•
Vigilância sentinela
•
Registros médicos e hospitalares
•
Inquéritos populacionais
•
Sistemas de registro de dados administrativos
(
e.g.
fornecimento de medicamentos)
Vigilância epidemiológica
Critérios para seleção de agravos sujeitos a notificação
•
Magnitude
•
Potencial de disseminação
•
Transcendência
–
Gravidade (“severidade”)
–
Relevância social
–
Relevância econômica
•
Vulnerabilidade
•
Compromissos internacionais
•
Regulamento sanitário internacional
1. Acidentes por animais peçonhentos; 2. Atendimento antirrrábico; 3. Botulismo; 4. Carbúnculo ou Antraz; 5. Cólera; 6. Coqueluche; 7. Dengue; 8. Difteria;
9. Doença de Creutzfeldt - Jacob; 10. Doença Meningocócica e outras Meningites;
11. Doenças de Chagas Aguda; 12. Esquistossomose;
13. Eventos Adversos Pós-Vacinação; 14. Febre Amarela;
15. Febre do Nilo Ocidental; 16. Febre Maculosa;
17. Febre Tifóide; 18. Hanseníase; 19. Hantavirose; 20. Hepatites Virais;
21. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana – HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical;
23. Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais
pesados);
24. Leishmaniose Tegumentar Americana; 25. Leishmaniose Visceral;
26. Leptospirose; 27. Malária;
28. Paralisia Flácida Aguda; 29. Peste; 30. Poliomielite; 31. Raiva Humana; 32. Rubéola; 33. Sarampo; 34. Sífilis Adquirida; 35. Sífilis Congênita; 36. Sífilis em Gestante;
37. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS; 38. Síndrome da Rubéola Congênita;
39. Síndrome do Corrimento Uretral Masculino;
40. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV);
41. Tétano; 42. Tuberculose; 43. Tularemia; e
PORTARIA MS/GM Nº 2.472, DE 31 DE AGOSTO DE 2010 - Anexo II
Doenças e agravos de notificação imediata
13. Raiva Humana;
14. Sarampo em indivíduo com história de viagem ao exterior nos últimos 30 (trinta) dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior;
15. Rubéola em indivíduo com história de viagem ao exterior nos últimos 30 (trinta) dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior;
16. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV);
17. Varíola;
18. Tularemia; e
19. Síndrome de Rubéola Congênita (SRC).
I. Caso suspeito ou confirmado de:
1. Botulismo;
2. Carbúnculo ou Antraz; 3. Cólera;
4. Dengue pelo sorotipo DENV 4; 5. Doença de Chagas Aguda;
6. Doença conhecida sem circulação ou com circulação esporádica no território nacional que não constam no Anexo I desta Portaria, como: Rocio, Mayaro, Oropouche, Saint Louis, Ilhéus, Mormo, Encefalites Eqüinas do Leste, Oeste e Venezuelana, Chickungunya, Encefalite Japonesa, entre outras;
7. Febre Amarela;
8. Febre do Nilo Ocidental; 9. Hantavirose;
10. Influenza humana por novo subtipo; 11. Peste;
Doenças e agravos de notificação imediata
II. Surto ou agregação de casos ou óbitos por:
1. Difteria;
2. Doença Meningocócica;
3. Doença Transmitida por Alimentos (DTA) em navios ou aeronaves; 4. Influenza Humana; 5. Meningites Virais;
6. Sarampo; 7. Rubéola; e
8. Outros eventos de potencial relevância em saúde pública, após a avaliação de risco de acordo com o Anexo II do RSI 2005, destacando-se:
a) Alteração no padrão epidemiológico de doença que constam no Anexo I desta Portaria; b) Doença de origem desconhecida;
c) Exposição a contaminantes químicos;
d) Exposição à água para consumo humano fora dos padrões preconizados pela SVS;
e) Exposição ao ar contaminado, fora dos padrões preconizados pela Resolução do CONAMA;
f) Acidentes envolvendo radiações ionizantes e não ionizantes por fontes não controladas, por fontes utilizadas nas atividades industriais ou médicas e acidentes de transporte com produtos radioativos da classe 7 da ONU.
g) Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver desalojados ou desabrigados;
h) Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver comprometimento da capacidade de funcionamento e infraestrutura das unidades de saúde locais em conseqüência evento.
PORTARIA MS/GM Nº 2.472, DE 31 DE AGOSTO DE 2010 - Anexo II
Doenças e agravos de notificação imediata
III. Doença, morte ou evidência de animais com agente etiológico que podem acarretar a ocorrência de doenças em humanos, destaca-se:
1. Primatas não humanos 2. Eqüinos
3. Aves
4. Morcegos
Raiva: Morcego morto sem causa definida ou encontrado em situação não usual, tais como: vôos diurnos, atividade alimentar diurna, incoordenação de movimentos, agressividade, contrações musculares, paralisias, encontrado durante o dia no chão ou em paredes. 5. Canídeos
Raiva: canídeos domésticos ou silvestres que apresentaram doença com sintomatologia neurológica e evoluíram para morte num período de até 10 dias ou confirmado
laboratorialmente para raiva.
Leishmaniose visceral: primeiro registro de canídeo doméstico em área indene, confirmado por meio da identificação laboratorial da espécie Leishmania chagasi.
6. Roedores silvestres
Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas - LNCS
1. Acidente com exposição a material biológico relacionado ao trabalho; 2. Acidente de trabalho com mutilações;
3. Acidente de trabalho em crianças e adolescentes; 4. Acidente de trabalho fatal;
5. Câncer Relacionado ao Trabalho; 6. Dermatoses ocupacionais;
7. Distúrbios Ostemusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) 8. Influenza humana;
9. Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR relacionada ao trabalho; 10. Pneumoconioses relacionadas ao trabalho;
11. Rotavírus;
12. Toxoplasmose aguda gestacional e congênita; 13. Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho; e 14. Violência doméstica, sexual e/ou auto-provocada.
Vigilância epidemiológica
Notificação de caso
•
Notificar a simples suspeita da doença. Não se deve aguardar
a confirmação do caso para se efetuar a notificação, pois isto
pode signifi car perda da oportunidade de intervir eficazmente;
•
A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora
do âmbito médicosanitário em caso de risco para a
comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos
cidadãos;
•
Notificação imediata (via telefone, fax ou email -
notifica@
saude.gov.
br)
•
Notificação passiva x ativa
Vigilância epidemiológica
Definição de caso
•
Caso suspeito
Vigilância epidemiológica
Definição de caso
•
Caso suspeito
–
Sinais e sintomas clínicos sugestivos da doença em questão, de
tal forma a abranger a maioria dos casos, mas não
excessivamente amplo a ponto de incluir muitos casos de outras
entidades clínicas.
–
ALTA SENSIBILIDADE
–
ALTO VALOR PREDITIVO NEGATIVO (especialmente nos
contextos de baixa prevalência)
•
Caso suspeito de poliomielite
–
Todo caso de deficiência motora flácida, de início súbito, em menores
de 15 anos, independente da hipótese diagnóstica de poliomielite.
–
Toda hipótese diagnóstica de poliomielite, em pessoas de qualquer
idade.
–
Nota: os casos de paralisia ocular isolada e paralisia facial periférica
Definição de caso
•
Caso confirmado
–
Critérios clínicos, quando suficientes (tétano)
–
Critérios laboratoriais (febre tifóide)
–
Critérios epidemiológicos: evidência de exposição ao agente
etiológico (contato co caso confirmado de sarampo)
–
ALTA ESPECIFICIDADE
–
ALTO VALOR PREDITIVO POSITIVO (especialmente nos
contextos de alta prevalência – subgrupo de casos suspeitos)
Critérios variáveis em função do contexto
epidemiológico
Cólera: confirmação por critério laboratorial, exceto durante
surtos/epidemias, quando o citério clínico é suficiente.
Vigilância epidemiológica da Rubéola
•
Caso suspeito
•
Toda pessoa com febre e exantema máculo-papular, acompanhado de
linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical, independente da idade e
situação vacinal.
•
Caso confirmado
•
Laboratorial – quando a interpretação dos resultados dos exames
sorológicos for positivo para rubéola.
•
Vínculo epidemiológico – quando o caso suspeito teve contato com um
ou mais casos de rubéola, confi rmados por laboratório, e apresentou os
primeiros sintomas da doença entre 12 a 23 dias após a exposição ao(s)
caso(s).
•
Clínico – quando há suspeita clínica de rubéola, mas as investigações
epidemiológica e laboratorial não foram realizadas ou concluídas.
Como o diagnóstico de rubéola não pode ser confirmado nem descartado com segurança, este caso representa uma falha do sistema de vigilância
Vigilância epidemiológica
Funções – coleta de dados
Fontes de dados
•
Notificação de doenças e agravos
•
Exames laboratoriais
•
Registros vitais
•
Vigilância sentinela
•
Registros médicos e hospitalares
•
Inquéritos populacionais
•
Sistemas de registro de dados administrativos
(
e.g.
fornecimento de medicamentos)
Vigilância epidemiológica
Vigilância sentinela
•
Redes de fontes sentinela de notificação especializadas
(vigilância do câncer)
•
Evento sentinela – morte materna
•
Unidades de saúde sentinela – rede de monitoramento da
influenza (5 regiões do Brasil)
•
Populações sentinelas - HIV
RORAIMA
RORAIMA
(1)
(1)
faixa etária de 15 a 49 anos, Brasil 2000.
Estimativa % por sexo:
feminino - 0,47%
masculino - 0,84%
total - 0,65%
597.443
Vigilância epidemiológica
Funções
•
Coleta de dados
•
Processamento de dados coletados
•
Análise e interpretação dos dados processados
•
Recomendação das medidas de controle
apropriadas
•
Promoção das ações de controle indicadas
•
Avaliação da eficácia e da efetividade das
medidas adotadas
Sistema de Informações sobre Agravos de
Notificação – SINAN
SINAN
Ficha de
Investigação
Epidemiológica
Fonte: Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 6a ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
Vigilância epidemiológica
Funções
•
Coleta de dados
•
Processamento de dados coletados
•
Análise e interpretação dos dados processados
•
Recomendação das medidas de controle
apropriadas
•
Promoção das ações de controle indicadas
•
Avaliação da eficácia e da efetividade das
medidas adotadas
Vigilância epidemiológica
Funções
Medidas de controle
•
Implementadas a partir da investigação de
casos e de surtos/epidemias
–
Isolamento
–
Quimioprofilaxia
–
Vacinação de bloqueio
–
Intervenções ambientais (água de consumo, vetores)
–
Qualidade de alimentos
–
Qualidade do sangue e hemoderivados
Vigilância epidemiológica
Rubéola
Vigilância epidemiológica
Funções
•
Coleta de dados
•
Processamento de dados coletados
•
Análise e interpretação dos dados processados
•
Recomendação das medidas de controle
apropriadas
•
Promoção das ações de controle indicadas
•
Avaliação da eficácia e da efetividade das
medidas adotadas
Funções
Vigilância epidemiológica
Avaliação dos sistemas de vigilância epidemiológica
•
Critérios quantitativos
–
Sensibilidade/especificidade (valores preditivos)
–
Representatividade
–
Oportunidade
•
Critérios quantitativos
–
Simplicidade
–
Flexibilidade
–
Aceitabilidade
EPIDEMIOLÓGICA
(Lei 8.080/90)
•
Nível nacional
Ministério da Saúde
•
Nível estadual
Secretaria Estadual de Saúde
•
Nível municipal
Secretaria Municipal de Saúde
•
Nível local
Centros e postos de saúde; hospitais; igrejas; escolas etc.
Vigilância e prevenção das doenças crônicas não
transmissíveis: O cenário epidemiológico brasileiro
Vigilância e prevenção das doenças crônicas não
transmissíveis: O cenário epidemiológico brasileiro
Vigilância e prevenção das doenças crônicas não
transmissíveis: O cenário epidemiológico brasileiro
Vigilância e prevenção das doenças crônicas não
transmissíveis
Vigilância e prevenção das doenças crônicas não
transmissíveis
Vigilância e prevenção das doenças crônicas não
transmissíveis
Vigilância e prevenção das doenças crônicas não
transmissíveis
Informe Epidemiológico do SUS 1999; 8(4):63-66.