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Ministério do Trabalho assina portaria que reconhece categoria da agricultura familiar

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Academic year: 2021

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Ministério do Trabalho assina portaria que reconhece categoria

da agricultura familiar

Dia 20 de maio de 2015 vai ficar marcado de maneira muito positiva para a agricultura familiar! Após 18 anos de muita luta por parte da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (FETRAF-SUL/CUT) e dos sindicatos filiados, o Ministério do Trabalho assinou nesta quarta-feira, 20, a portaria que reconhece a agricultura familiar como categoria. Marcos Rochinski, coordenador geral da Fetraf/Brasil, explica que esse reconhecimento é um fato histórico. “Ao longo do tempo, sempre defendemos que a categoria da agricultura familiar, além da lei nº. 11.326, pudéssemos ter também o reconhecimento como categoria profissional e consequentemente ter o reconhecimento para registro sindical”. Marcos lembra que essa conquista ocorreu devido as lutas que a Fetraf tem travado nos últimos anos e demonstra a força que possui juntamente com a agricultura familiar para construir proposições concretas para a defesa , ampliação e a representação dos agricultores familiares.

A luta pelo reconhecimento da categoria iniciou em 1996 quando foi criada a Fetrafes, hoje FETRAF-SUL/CUT, que tinha como objetivo construir um novo sindicalismo e romper com a estrutura sindical que não representava os agricultores familiares. A ideia e o trabalho foram recebidos esperançosamente pelos agricultores que buscavam melhorias no meio rural para continuar a produzir alimentos. Hoje os sindicatos fazem a diferença nos municípios levando as políticas públicas para o campo e auxiliando as famílias do meio rural a se consolidar e garantir a sua renda.

Negociação da Fetraf com M.T.E foi fundamental para o reconhecimento da categoria A portaria só foi assinada pelo Ministro Manoel Dias, depois que 1.500 agricultores da Fetraf/Brasil, saíram em marcha pela Esplanada e deram um abraço coletivo no Ministério do Trabalho. As negociações para a assinatura da portaria começaram nesta terça-feira (19) para que fosse concluida hoje e contribuir ainda mais para o êxito da XI Jornada de Lutas da Fetraf/Brasil.

Josana Lima secretária geral da Fetraf Brasil, relata que esse ato com o ministro foi determinante para a transformação da vida dos agricultores familiares. “São anos de lutas, de reivindicações em busca de resultados. Com essa portaria vamos nos organizar e nos fortalecer como agricultores familiares. Na verdade, apenas iniciamos uma jornada. O retorno feliz de cada delegação aos seus estados significa uma parte de grandes coisas que ainda iremos conquistar”.

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ONU convoca Brasil para produzir alimentos para o mundo

Estima-se que a produção de alimentos precisa crescer 60% até 2030 para garantir o suprimento da população global

A ONU convocou o Brasil para ser o principal provedor de alimentos para o mundo nos próximos vinte anos. Atualmente, 70% dos alimentos consumidos aqui são produzidos por pequenos e médios agricultores. Esse grupo emprega 77% da mão de obra no meio rural e detém 90% das propriedades registradas. Em compensação, quando medimos a extensão territorial e o faturamento, as contas se invertem: os pequenos e médios produtores ocupam 24,3% da área rural e respondem por 40% do Valor Bruto da produção, segundo o IBGE. Pode-se notar pelos dados, como a distribuição de renda se dá de forma desigual no país, tem-se 40% do Valor Bruto da Produção sendo dividido para 84,4% das propriedades enquanto os 62% restante do valor bruto estão distribuídos entre os 15,6% de propriedades restantes.

Apesar da desigualdade na distribuição de renda e das áreas de terra, os pequenos produtores são responsáveis pela produção de 87% da mandioca, 70% do feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 21% do trigo e 16%. Também, são importantes fornecedores de proteína animal, responsáveis por 58% do leite, 50% das aves, 59% dos suínos e 30% dos bovinos.

A participação dos agricultores familiares é essencial para que o país supere o desafio de ampliar em larga escala a produção de alimentos para os mercados interno e externo, como também para reduzir o impacto ambiental da atividade rural. Estima-se que a produção de alimentos precisa crescer 60% até 2030 para garantir o suprimento da população global. Para a coordenadora da Fetraf-RS, Cleonice Back, o fato revela a importância da agricultura familiar para o país e para o mundo e, a necessidade do setor ser cada vez mais valorizado. “Sem agricultura familiar o mundo não se alimenta. É ela que garante a comida das pessoas e, em paralelo, ainda preserva o meio ambiente. Sem comida e sem preservação ambiental, não há vida. Tamanha é a relevância do trabalho dos agricultores”, pontua a coordenadora. Ela salienta que para avançar ainda mais é necessário que os agricultores fortaleçam a luta pelos seus direitos através da participação das lutas sindicais, busquem formação e inovação nas propriedades e, invistam na diversificação, na agroindustrialização e produção saudável de alimentos.

De acordo com a ONU, para alcançar bons níveis de produtividade e reduzir os impactos no meio ambiente, os agricultores familiares vão necessitar de aporte financeiro e acesso a novas tecnologias. Só assim serão capazes de vencer os desafios impostos, sobretudo nas condições ambientais adversas verificadas hoje: aumento na ocorrência de estiagens e inundações, quase sempre relacionadas às mudanças do clima; perda de polinizadores naturais em decorrência do Desmatamento; erosão e perda de fertilidade do solo. Se nada for feito, os impactos ambientais vão afetar os negócios, induzindo a fuga da mão de obra no campo e o aumento da pressão nos centros urbanos.

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Governo promete atenção especial para a agricultura

familiar

O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o governo fará esforço para que as políticas da agricultura familiar não sofram com o contingenciamento do orçamento. Ele disse que haverá um “olhar especial” para o setor. No entanto, não deu garantia de que os ajustes não afetarão os agricultores. O anúncio foi feito em audiência realizada entre a Fetraf, Levy e os ministros do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rosseto, na manhã desta terça-feira (19) na sede do MDA, em Brasília. Para a coordenadora da Fetraf-RS, Cleonice Back, a audiência foi positiva pelo fato da Fetraf reunir em torno da sua pauta, três ministros de importantes pastas do país, no entanto, ainda é preciso avançar. “Embora o governo tenha se comprometido em olhar de forma diferenciada para a agricultura familiar, não temos a garantia de que não haverá cortes. Precisamos continuar negociando e pressionando”, pontua a coordenadora.

Pela parte da tarde, dando continuidade à agenda de negociações da Jornada de Lutas, dirigentes da Fetraf entregaram a pauta para o Ministro do Trabalho, Manoel Dias. A expectativa é de que amanhã (20) a Fetraf seja recebida pela presidente da república, Dilma Rousseff, ocasião em entregará a pauta nacional de reivindicações e reforçará o pedido de fortalecimento da agricultura familiar.

Ministro da Fazenda recebe Fetraf para negociar pauta de

reivindicações

Os agricultores familiares da Fetraf ocupam, desde as 5h:45min da manhã desta terça-feira (19), o prédio do Ministério da Fazenda, em Brasília. A ação faz parte da XI Jornada de Lutas que reivindica políticas públicas para o fortalecimento da agricultura familiar, além de contestar o corte de recursos para o setor. Entre os principais pontos de pauta estão o acesso à terra e crédito fundiário, garantia de produção e renda na agricultura familiar, questões ambientais, direitos sociais dos trabalhadores do campo, habitação rural, mulheres, juventude e sucessão além de pedido de incentivo para a produção de leite da agricultura familiar. O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chegou no ministério por volta das 9h:30min para falar com os agricultores. Neste momento o ministro negocia a pauta com um grupo de dirigentes da Federação.

O coordenador da Fetraf-Brasil, Marcos Rochinski, destaca que é inadmissível que o governo corte recursos da agricultura familiar, conforme está previsto no contingenciamento do orçamento. “Não aceitamos a redução da agricultura familiar, setor responsável pela produção de mais de 70% dos alimentos que vão à mesa dos brasileiros”, declara. Cerca de 60 agricultores familiares do Rio Grande do Sul participam da Jornada de Lutas. Atualização às 10h:40 min: No momento os agricultores começam a deixar o prédio do Ministério da Fazenda. Após a audiência com o ministro Joaquim Levy, foi encaminhada nova audiência, para às 11h:30min, entre a Fetraf e os ministros do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, da Fazenda, Joaquim Levy e da Secretaria Geral da Presidência, Miguel Rosseto

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para discutir os principais pontos da pauta e encaminhar a agenda com a Presidente da República, Dilma Rousseff.

Fetraf realiza mobilizações em Brasília

Cerca de 3 mil agricultores familiares de 18 estados brasileiros participam da XI Jornada Nacional de Lutas em defesa da agricultura familiar que acontece de 18 a 20 de maio, em Brasília. A manifestação promovida pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Brasil (Fetraf-Brasil) reivindica, ao governo federal, a continuidade e expansão do conjunto de programas de fortalecimento da agricultura familiar existentes e a garantia de recursos sem cortes no orçamento. Durante os três dias serão realizadas mobilizações e negociações com os órgãos do governo e também entrega da pauta para a presidente da república, Dilma Rousseff.

As reivindicações se dividem em oito eixos estratégicos, nas seguintes temáticas: Acesso à terra regularização fundiária, elevação do teto de financiamento do crédito fundiário, desburocratização do programa e solução dos conflitos agrários; Produção e garantia de renda – que, dentre outros, sugere a criação de programa nacional de proteção e incentivo à produção de leite na agricultura familiar, aumento de recursos para o Pronaf com manutenção dos juros atuais e criação de seguro-renda para a agricultura familiar; Democratização do acesso à água – com a indicação de criação do programa chamado “Mais Água” com políticas públicas voltadas para água de consumo e também para a produção; Questão ambiental – garantia de recursos para o CAR e remuneração por serviços ambientais; Apoio a juventude rural - construção de um Plano Nacional de Sucessão na Agricultura Familiar, infraestrutura e crédito; Apoio amulher trabalhadora rural- ampliação imediata do salário maternidade de 04 para 06 meses e programas de qualificação e saúde da agricultora; Direitos sociais – liberação imediata e constante de recursos para habitação rural, fortalecimento das escolas do campo e ampliação do programa de saúde da família (PSF) e Registro sindical – que pede o reconhecimento da categoria da agricultura familiar.

Na manhã desta segunda-feira (18) ocorrerem mobilizações na 020, em Formosa e na BR-060 em Alexânia, no Distrito Federal, além da BR-080, em Goiania. Para Marcos Rochinski, Coordenador Geral da FETRAF/BRASIL a expectativa para essa jornada é evidenciar a importância da agricultura familiar e cobrar ações efetivas dos diversos órgãos do governo federal e da presidente da república. “Nós não admitimos que nos recursos que serão destinados para a produção e fortalecimento da agricultura familiar haja cortes, mesmo entendendo a situação econômica em que se encontra o nosso país. Cortar recursos da agricultura familiar é cortar alimentação do povo brasileiro”, destaca.

Cerca de 60 dirigentes e lideranças da Fetraf-RS participam da Jornada de Lutas. A agenda com a presidente, Dilma Rousseff, cancelada em 14 de maio, está sendo negociada para a próxima quarta-feira (20), último dia de mobilizações da Fetraf na capital federal.

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Inscrições abertas para o Troca-Troca de Sementes

A Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo (SDR) abriu ontem (14) o prazo para receber pedidos de sementes de milho e sorgo para a Safra 2015/2016 do Programa Troca-Troca de Sementes. Até 14 de junho, os sindicatos poderão solicitar sementes de milho híbrido por meio do site: http://www.feaper.rs.gov.br/login.php

Para acessar a área de pedidos, os sindicatos devem inserir o CNPJ da Fetraf-Sul e a senha. Os sindicatos e produtores rurais podem tirar dúvidas e obter mais informações com o Núcleo do Programa Troca-Troca de Sementes, por meio dos fones:

 (51) 3218-3352

 (51) 3218-3351

 (51) 3218-3504

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