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TÍTULO: AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE DIETAS HIPERCALÓRICAS POR RATOS WISTAR.

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Academic year: 2021

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TÍTULO: AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE DIETAS HIPERCALÓRICAS POR RATOS WISTAR. TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: NUTRIÇÃO SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ANA FLÁVIA FULCHINI AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): RENATA TAVARES BESCHIZZA PINI, SEBASTIÃO DE SOUSA ALMEIDA, TELMA MARIA BRAGA COSTA

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1. RESUMO

O objetivo deste estudo foi avaliar o consumo alimentar de ratos Wistar submetidos a dois modelos de dietas hipercalóricas. Foram utilizados 39 ratos albinos, machos, provenientes de um trabalho de doutorado, aprovado pelo comitê de ética da Universidade de São Paulo, do Campus de Ribeirão Preto. O grupo controle (C, n=13) recebeu dieta comercial balanceada e os grupos experimentais receberam dieta hiperlipídica (DH, n=13) e dieta de cafeteria (DC, n=13). Foram utilizados os dados de peso e consumo alimentar dos animais, obtidos por meio da coleta de dados de um trabalho de doutorado. Foi realizada a medida de consumo alimentar, em gramas, dos animais e foi realizada a composição centesimal dos alimentos oferecidos em todas as dietas para facilitar a mensuração do consumo alimentar. Os dados de peso corporal e dados de consumo alimentar foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA) de medidas repetidas, com repetições do fator dias de vida e fator semanas de vida, respectivamente, e quando apropriado, foi utilizado o teste de comparações múltiplas de Newman-Keuls (p<0,05). Com relação aos dados de peso dos animais, verificou-se maior peso dos animais do grupo DH quando comparados aos animais dos grupos C e DC, a partir dos 77 e 84 dias de vida, respectivamente (p<0,05). Com relação aos dados de consumo alimentar, em gramas, animais do grupo DH apresentaram menor consumo alimentar, em gramas, quando comparado aos animais do grupo C, da 1ª até a 12ª semana de tratamento nutricional. Estes animais DH também apresentaram menor consumo alimentar quando comparados ao grupo DC das semanas 1 até 4, contudo, nas semanas 9 e 10, estes animais apresentaram maior consumo em gramas quando comparados ao grupo DC. Animais do grupo C apresentaram maior consumo alimentar comparados aos animais do grupo DC, da 2ª semana até a 12ª semana de tratamento nutricional. Com relação aos dados de consumo calórico e lipídico, o grupo DH apresentou maior consumo calórico e lipídico comparado aos animais dos grupos C e DC. Animais C apresentaram maior consumo calórico quando comparados aos animais do grupo DC. Conclui-se, a partir deste estudo que, apesar das dietas de cafeteria e hiperlipídica oferecerem alto valor calórico, e aumento do peso corporal o modelo de estudo da obesidade em animais poderia utilizar outra espécie animal ao invés de ratos, pois estes possuem a capacidade de balancear o consumo de alimentos, o que dificulta a indução de obesidade.

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2. INTRODUÇÃO

A alimentação humana, assim como de outras espécies animais, deve suprir as necessidades de nutrientes essenciais e constitui o comportamento alimentar. O ser humano apresenta hábito alimentar diversificado, com comportamento onívoro, ou seja, que consome todos os tipos de alimentos, incluindo consumo de fontes animais, como as carnes, o que permite tanto uma adaptação biológica como cultural em diferentes regiões (ZUCOLOTO, 2013).

A escolha da alimentação saudável não depende somente do acesso das informações nutricionais adequadas, mas também, das preferências relacionadas ao prazer e ao sabor, e a fatores psicológicos e sociais juntamente com as atitudes aprendidas com a família que são formadas desde muito cedo (VIANA, 2002).

A transição nutricional é um fator determinante para o surgimento do sobrepeso e da obesidade, pois com a industrialização, a urbanização e a entrada da mulher no mercado de trabalho, ocorreu o fornecimento de dietas com alta densidade energética e a diminuição da atividade física, surgindo um novo estilo de vida, os quais chamaram de contemporâneo (ALMEIDA; NASCIMENTO; LAUS, 2013; DISHCHEKENIAN e cols. 2011; TARDIVO; FALCÃO, 2006). E de acordo com Van Sande-lee e Velloso (2012) o principal responsável pelo crescimento da prevalência da obesidade é o estilo de vida contemporâneo.

A obesidade é uma síndrome caracterizada por um balanço energético positivo, no qual ocorre acúmulo de tecido adiposo no organismo repercutindo na saúde do paciente com redução da expectativa e da qualidade de vida (TARDIVO; FALCÃO, 2006; WHITE e cols., 2013). Tanto em humanos quanto em animais experimentais, a obesidade é resultado do acúmulo excessivo de gordura no corpo, sendo uma consequência do desequilíbrio entre a energia ingerida e a gasta (ESTADELLA e cols; 2003, p. 305).

Dietas com altas concentrações lipídicas são algumas das principais causas de obesidade, pois a gordura é altamente consumida por ser muito palatável, o que pode ser demonstrado em experiências feitas com animais de laboratórios (ESTADELLA e cols., 2003).

De acordo com as referências já citadas, a obesidade é um problema de saúde pública, na qual há um balanço energético positivo, decorrente do aumento do consumo alimentar, fazendo com que haja o desenvolvimento de doenças crônicas como o diabetes melito, a hipertensão arterial, entre outros. Estudos com

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experimentação animal são de grande importância, pois através do comportamento alimentar dos animais torna-se possível identificar características acerca do consumo alimentar e das preferências alimentares, além de possibilitar uma comparação com o ser humano.

3. OBJETIVOS

O objetivo deste estudo foi avaliar o consumo alimentar de ratos Wistar submetidos a dois modelos de dieta hipercalórica.

4. METODOLOGIA / DESENVOLVIMENTO 4.1. Sujeitos

Foram utilizados dados de peso corporal e consumo alimentar de 39 ratos albinos, machos da espécie Rattus norvegicus, linhagem Wistar, provenientes de um trabalho de doutorado do Laboratório de Nutrição e Comportamento da FFCLRP-USP. O projeto de doutorado foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da USP, Campus de Ribeirão Preto (Protocolo nº 11.1.1646.53.5).

Durante a fase de lactação (0 – 21 dias), as ninhadas permaneceram sob os cuidados da rata-mãe, que foi alimentada com ração comercial e água ad libtum, durante todo o período. No 21º dia de vida dos filhotes foi realizado o desmame que consiste na separação dos filhotes das ratas-mães.

Do desmame até os 102 dias de vida, o grupo Controle recebeu dieta comercial balanceada e os grupos experimentais receberam as seguintes dietas hipercalóricas: Dieta de Cafeteria ou Dieta Hiperlipídica, conforme descrito no tópico Delineamento Experimental.

Após o desmame, o peso dos ratos foi registrado semanalmente até os 98 dias de vida.

4.2. Material

Materiais utilizados para a confecção análise da composição centesimal  Umidade: Balança; Estufa a 105ºC; Dessecador; Cadinho

 Cinzas: Mufla a 550ºC; Cadinho; Dessecador

 Proteína: Balança; Bloco de digestão; Capela; Destilador de Nitrogênio; Tubo de digestão; Mistura digestora; Ácido Sulfúrico concentrado; Fenolftaleína 1%; Erlenmeyer de 125 mL; Ácido bórico; NaOH

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 Lipídeos: Balança analítica; Aparelho de soxhlet; Cartucho de extração; Balão de fundo chato; Éter de petróleo; Estufa a 105ºC; Dessecador

 Fibras: Condensador; Balança analítica; Papel Filtro; Estufa a 105ºC; Dessecador; Balão de fundo chato; Ácido sulfúrico 0,3N; Solução antiespumante; NaOH 1,5N; Funil; Erlenmeyer de 300 mL; Água destilada; Álcool etílico; Éter etílico  Alimentos oferecidos aos animais: Dieta comercial (pellet); Dieta hiperlipídica; Torrada; Marshmallow; Doce de amendoim; Salame; Bolacha maisena; Chocolate batom branco®; Mussarela; Cereal de milho em flocos com açúcar Corn Flakes®; Bolacha recheada; Queijo processado Polenguinho®; Amêndoa; Doce de leite com coco; Castanha do Pará; Queijo Prato; Chocolate ao leite em barra; Manteiga de amendoim; Pão branco; Cereal de milho chocolate Nescau®; Queijo reino; Biscoito canudo de chocolate Look®; Rocambole de chocolate; Bolacha água e sal; Mortadela; Confete de chocolate Disquete®; Bolo recheado Ana Maria®; Bacon; Bolacha recheada de chocolate Wafer®; Amendoim

4.3. Delineamento Experimental

Os animais foram divididos em três grupos experimentais de acordo com a condição nutricional, como descrito no Quadro 1.

Quadro 1 – Delineamento Experimental adotado durante o período de pós-lactação para os animais

dos grupos Controle (n=13), Dieta de Cafeteria (n=13) e Dieta Hiperlipídica (n=13) até os 102 dias de vida.

Grupos Período de Pós-Lactação

(21 até 102 dias) C (n=13) Ração comercial e água, ad libitum.

DC (n=13) Ração comercial e água, ad libitum e Dieta de Cafeteria, à vontade, pelo

período de uma hora ao dia.

DH (n=13) Dieta Hiperlipídica e água, ad libitum.

Fonte: Próprio autor.

4.3.1. Composição e Oferecimento das Dietas

A dieta comercial utilizada foi ração para laboratório (NUVILAB CR-1 para camundongos e ratos), fabricada pela Nuvital Nutrientes Ltda. – Colombo, PR. A ração comercial foi pesada e oferecida diariamente.

A Dieta de Cafeteria foi composta por 28 alimentos pertencentes a uma lista elaborada com base em um estudo de mestrado realizado no Laboratório de Nutrição e comportamento da FFCLPP-USP. A cada dia foram expostos aos animais, quatro alimentos desta lista, de forma aleatória, pelo período de uma hora.

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Durante a oferta da dieta de cafeteria os animais continuavam recebendo a dieta comercial.

A Dieta Hiperlipídica foi produzida a partir da dieta controle, confeccionada baseada nas recomendações da dieta para roedores AIN-93G, sendo que 50% da composição da dieta foram de gordura animal (banha suína).

4.4. Procedimentos

Foram utilizados os dados de peso corporal e de consumo alimentar dos animais, obtidos por meio da coleta de dados do trabalho de doutorado. Foi realizada a composição centesimal de todos os alimentos oferecidos em todas as dietas utilizadas no Laboratório de Análise e Tecnologia de Alimentos da UNAERP.

4.5. Análise dos Dados

Os dados de peso corporal e os dados de consumo alimentar foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA) de medidas repetidas, com repetição do fator dias de vida e do fator semanas de vida, respectivamente, e quando apropriado, foi utilizado o teste estatístico ESTATISTICA 12 (Stat Soft) de comparações múltiplas de Newman-Keuls (p<0,05).

5. RESULTADOS

Com relação aos dados de peso dos animais, a análise estatística revelou efeito de dias de vida [F11,396 = 1762,52; p<0,05] e efeito de interação entre os

fatores dieta x dias de vida [F22,396 = 14,02; p<0,05]. A análise de comparações

múltiplas demonstrou maior peso dos animais DH quando comparados aos animais C e DC, a partir dos 77 e 84 dias de vida, respectivamente (p<0,05), como demonstrado na Figura 1.

Com relação aos dados de consumo alimentar em gramas, pode-se verificar efeito de dieta [F(2,36) = 60,07; p<0,05], efeito de semanas de vida [F(11,396) = 198,11;

p<0,05] e interação entre os fatores dieta e semanas de vida [F(22,396) = 18,90;

p<0,05]. A análise de comparações múltiplas demonstrou que animais DH apresentaram menor consumo alimentar quando comparados aos animais C da 1ª até a 12ª semana. Estes mesmos animais também apresentaram menor consumo alimentar comparados aos animais DC nas semanas 1 até 4, contudo, nas semanas 9 e 10, estes animais apresentaram maior consumo em gramas da dieta hiperlipídica

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quando comparados aos animais DC. Ratos C apresentaram maior consumo alimentar comparados aos animais DC da 2ª até a 12ª semana (Fig. 2a).

Figura 1 – Peso dos animais (Média ± EPM) dos grupos Controle (C, n = 13), Dieta de Cafeteria

(DC, n = 13) e Dieta Hiperlipídica (DH, n = 13), do desmame até os 98 dias de vida. * comparado ao

grupo C a partir dos 77 dias de vida e # comparado ao grupo DC a partir dos 84 dias de vida, de

acordo com o teste Post Hoc de Newman Keuls, Ribeirão Preto – SP, 2014.

. # # # * * * * 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91 98 P e so do s ani m ai s (g ) Dias de Vida C DC DH

Com relação aos dados de consumo calórico, pode-se verificar efeito de dieta [F(2,36) = 68,69; p<0,05], efeito de semanas de vida [F(11,396) = 152, 64; p<0,05] e

interação entre os fatores dieta e semanas de vida [F(22,396) = 19,65; p<0,05]. A

análise de comparações múltiplas demonstrou que animais DH apresentaram maior consumo calórico quando comparados aos animais C e DC nas semanas 1 e 3 até 11 e das semanas 1 até 12, respectivamente. Animais C apresentaram maior consumo calórico quando comparados aos animais DC da 3ª semana até a 12ª semana de tratamento nutricional (Fig. 2b).

Os dados de consumo lipídico demonstraram efeito de dieta [F(2,36) = 842,91;

p<0,05], efeito de semanas de vida [F(11,396) = 72,73; p<0,05] e interação entre os

fatores dieta e semanas de vida [F(22,396) = 54,16; p<0,05]. A análise de comparações

múltiplas demonstrou que animais DH apresentaram maior consumo lipídico comparados aos animais C e DC das semanas 1 até 12 de tratamento nutricional. Animais C e DC não diferiram entre si com relação ao consumo lipídico nas 12 semanas de tratamento nutricional, como demonstrado na Figura 2c.

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Figura 2 – a) Consumo alimentar em gramas, b) Consumo calórico e c) Consumo lipídico dos

animais (Média ± EPM) dos grupos Controle (C, n = 13), Dieta de Cafeteria (DC, n = 13) e Dieta

Hiperlipídica (DH, n = 13), do desmame até os 102 dias de vida. a) * grupo DH comparado ao

grupo C, # grupo DC comparado ao grupo DH e ¥ grupo C comparado ao grupo DC; b) * grupo

DH comparado ao grupo C, # grupo C comparado ao grupo DC e ¥ grupo DH comparado ao

grupo DC; e c) * grupo DH comparado aos grupos C e DC, de acordo com o teste Post Hoc de

Newman Keuls. # # # # # # # # # # * * * * * * * * * * ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Co n su m o Cal ó ri co ( K cal ) Semanas C DH DC b * * * * * * * * * * * * 0 20 40 60 80 100 120 140 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Co n su m o Li p íd ic o (K cal ) Semanas C DH DC c ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ * * * * * * * * * * * * # # # # # # 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Co n su m o (g) Semanas C DH DC a

No Quadro 2 estão expostos os alimentos das dietas de cafeteria, hiperlipídica e controle que passaram pela análise da composição centesimal, sendo demonstrados os valores de calorias, carboidratos, proteínas e lipídeos das dietas, sendo que os alimentos estão expostos em ordem crescente, do menos calórico para o mais calórico.

Quadro 2 - Valores de calorias, carboidratos, proteínas e lipídeos dos alimentos utilizados nas dietas

de cafeteria, hiperlipídica e controle.

Alimento Calorias

/100g

Carboidratos Proteínas Lipídeos

Mortadela 232,79 10,79 10,05 16,67

Pão Branco 257,26 53,42 6,35 2,02

Queijo Processado Polenguinho® 285,47 8,70 6,89 24,79

Mussarela 290,90 29,34 12,38 13,78 Ração em Pellets 298,09 46,78 24,93 1,25 Salame 298,20 49,21 22,82 1,12 Marshmallow 326,96 80,57 0,81 0,16 Queijo Reino 331,52 29,74 9,58 19,36 Bacon 336,24 13,85 8,11 27,6 Queijo Prato 341,71 34,43 12,23 17,23 Amêndoa 372,53 72,11 19,11 0,85

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Continuação Quadro 2 - Valores de calorias, carboidratos, proteínas e lipídeos dos alimentos

utilizados nas dietas de cafeteria, hiperlipídica e controle.

Alimento Calorias

/100g

Carboidratos Proteínas Lipídeos

Cereal de Milho sabor Chocolate Nescau®

376,69 89,78 2,84 0,69

Cereal de Milho em Flocos com Açúcar Corn Flakes®

376,69 89,78 2,84 0,69

Bolacha Maisena 382,62 85,68 4,80 2,30

Torrada 382,62 74,67 13,20 3,46

Bolo Recheado Ana Maria® 389,04 58,79 5,26 14,76

Doce de Amendoim 390,70 80,87 5,42 5,06

Doce de Leite com Coco 391,75 90,17 1,49 2,79

Rocambole de Chocolate 425,94 70,11 7,26 12,94

Biscoito Canudo de Chocolate - Look®

461,11 72,62 6,95 15,87

Bolacha Recheada 477,01 68,40 3,76 20,93

Confete de Chocolate - Disquete® 481,93 60,42 16,39 19,41

Bolacha Recheada de Chocolate

Wafer

495,34 68,59 3,81 22,86

Chocolate ao leite em Barra 507,13 56,14 8,43 27,65

Chocolate Batom Branco® 538,62 50,61 0,84 36,98

Manteiga de Amendoim 557,52 32,30 17,71 39,72 Amendoim 575,91 16,44 19,38 48,07 Dieta Hiperlipídica 606,81 22,25 20,62 48,37 Castanha do Pará 656,5 5,20 14,43 64,22 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Segundo Pereira, Francischi e Lancha Junior (2003), estudos apontam que em animais a dieta hiperlipídica é um componente fundamental na etiologia da obesidade já que comprovadamente seu consumo pode gerar excesso de peso. Panveloski-Costa e cols. (2011) acreditam que a ingestão da dieta hiperlipídica pode interferir no ganho de peso dos animais promovendo obesidade.

De acordo com Cheik e cols. (2006) animais alimentados com dieta hipercolesterolêmica apresentaram aumento do consumo alimentar e peso corporal ao serem comparados aos animais alimentados com dieta padrão.

Segundo Duarte e cols. (2006), mesmo sem alterar o padrão de consumo dos animais a dieta hiperlipídica aumentou o ganho de peso dos animais quando comparados aos animais do grupo controle.

Verificou-se que somente o grupo DH apresentou maiores medidas de peso corporal, nas últimas semanas de experimento quando comparados aos grupos C e DC. Este ganho de peso dos animais DH pode ser decorrente do alto valor calórico

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desta dieta, pois mesmo que consumida em pequena quantidade é capaz de acarretar ganho de peso.

Com relação aos dados de consumo alimentar em gramas foi verificado que animais DH apresentaram menor consumo comparados aos grupos C e DC. Também foi observado que animais C apresentaram maior consumo quando comparados aos animais DC durante o tratamento nutricional.

Após a realização da composição centesimal dos alimentos, pode-se verificar que animais DH apresentaram maior consumo calórico e lipídico quando comparados aos animais C e DC. Animais C apresentaram maior consumo calórico comparados ao grupo DC, contudo, não houve diferenças com relação ao consumo lipídico.

Conclui-se a partir deste estudo que, apesar das dietas de cafeteria e hiperlipídica oferecerem alto valor calórico, o modelo de estudo da obesidade em animais poderia utilizar outra espécie, pois estes animais possuem a capacidade de balancear o consumo de alimentos, o que dificulta a indução de obesidade.

7. FONTES CONSULTADAS

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VENDRAMINI, R.; DUARTE, C. G. O.; DÂMASO, A. R. Efeito de diferentes frequências de exercícios físicos na prevenção da dislipidemia e da obesidade em ratos normo hipercolesterolêmicos. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 20, n. 2, p. 121-129, 2006.

DISHCHEKENIAN, V. R. M.; ESCRIVÃO, M. A. M. S.; PALMA, D.; ANCONA-LOPEZ, F.; ARAÚJO, E. A. C.; TADDEI, J. A. A.C. Padrões alimentares de adolescentes obesos e diferentes repercussões metabólicas. Revista de Nutrição, v. 1, n. 1, p. 17-29, 2011.

DUARTE, A. C. G. D. O.; FONSECA, D. F.; MANZONI, M. S. J.; SOAVE, C. F.; SENE-FIORESE, M.; DÂMASO, A. R.; CHEIK, N. C. Dieta hiperlipídica e capacidade secretora de insulina em ratos. Revista de Nutrição, v. 19, n. 3, p. 341-348, 2006.

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Nutricionais, Sedentarismo e Resistência à Insulina. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia Metabólica, v.47, n. 2, p. 111-127, 2003.

TARDIVO, A. P.; FALCÃO, M. C. O impacto da modernização na transição e

obesidade. Revista Brasileira Nutrição Clinica, v.21, n. 2, p. 117-124, 2006. VAN SANDE-LEE, S.; VELLOSO, L. A. Disfunção hipotalâmica da obesidade.

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