ENTREVISTA
Coordenador
do MBA
do Norte quer
entrevista
novo
mba
do
norte
[
JORGE
FARINHA
COORDENADOR
DO
MAGELLAN
MBA]
"É provinciano
pensar que
temos
que
estar na sombra
de
uma
grande
escola"
Resultante
da
união
das cinco
maiores universidades
do
Norte
-
Minho, Porto,
Católica,
Aveiro
e
Coimbra
-,
o
"Magellan
MBA"
vai arrancar
no
próximo
ano
lectivo.
O
responsável
pelo
programa,
Jorge Flarinha,
considera
que
o
curso
sairá
beneficiado
se
funcionar
com base
numa
série de
parcerias
internacionais,
em vez
de
ter
apenas
um
único
grande
parceiro.
Diz
ainda
que
vai haver "alguma
discriminação"
se
o
MBA
não
tiver
apoios
públicos
Germano Oliveira germanooliveira@mediafin.pt Onovo MBAcon^ega esforços decin-coinstituições. À excepção daEscola
de Gestão doPorto (EGP),nenhuma dasoutras temexperiência ao nível de um MBA"full-time". Oque é que o novo programa sanha como envolvi-mento deescolas menos experientes?
Ganha melhores recursos docen-tes euma rede decontactos ainda mais alargada. Isto significa que
te-mos uma capacidade decolocação
dos alunos nomercado que é fran-camente sensacional.
Se, por um lado, ocurso ganhar mas-sa crítica, ter tantas escolas nãotorna acoordenação mais complicada?
Até ao momento, não senti isso.
As quatro escolas queacompanham
aUniversidade do Porto
reconhece-ramque a experiência devinte anos
do
MBA
da EGP permite ter umsentido dedirecção que
basicamen-tenão tem grande equivalente nas restantes unidades. Reconhecendo
essa experiência, é relativamente
simples coordenar aequipa.
Eoqueéquecadaumadas escolas traz individualmente ao MBA?
O
grande contributo éclaramen-teter acesso auma rede de
contac-toscom antigos alunos, que,por sua
vez, têm associados uma rede de
contactos com empresas. Não
iden-tifico aspectos específicos, antes isto.
E haverá seguramente outras
opor-tunidades: apartir do momento em que há cinco universidades, temos que ter alguma consideração por
parte dos agentes de poder, o que pode significar acesso a
determina-dostipo deapoios, mesmo financei-ros.
Ao níveldos apoios financeiros, jáhá contactos estabelecidos? OMBA con-corrente ["The Usbon MBA"] temum apoio privado muito significativa.
Tem. Enós estamos também em
condições de conseguir, por parte de
algumas empresas quenos apoiam
eeventualmente daspróprias
auto-ridades, apoios financeiros
signifi-cativos. Masistonão quer dizer que
dependamos desses apoios.
Oqueesperade apoios públicos?
Nesta escola [EGP], temos aboa tradição denão depender de orga-nismos públicos para nada. É tam-bém um dos benefícios do
progra-ma: vamos passar aos nossos
alu-nos aideia de que o hábito de pedir apoios ao Governo, ouaquem quer
queseja,não éalgo saudável.
Nãosevaisentir discriminado se não houver apoio público, tendoem conta
o^oprograma concorrente vai tê-lo?
Seesteprograma, sendo
apresen-tado conforme está, não merecer apoios públicos comparáveis,
con-sidero que haverá alguma
Já foiditopublicamente que háapos-sibilidadedeoMßAdo Norte tercomo parceiro umaescola indiana. Qualé?
ÉaISBR, que sesitua em Banga-loreequefaz parte daescolas de ges-tão indianas mais reconhecidas.
Mas essa éapenas uma das muitas
alternativas que temos em
conside-ração.
Este parceiro indiano será ogrande parceiro internacional que sefalava paraoMßA?
Não.
A
nossa filosofia não éter uma grande parceria.O
nosso ob-jectivo éter uma rede de contactoseacho que éassim que seafirma
um programa. Setemos uma
gran-de parceria com um nome muito
conhecido, acho que vamos ser
eternamente coxos, em algum
sen-tido. Seestamos demasiadamente
associados ou conotados com uma única entidade, vamos sersempre
uma escola algo mais secundária. Mastinha sido assumida aintenção, porparte dealguns responsáveis, de
terumgrande parceiro internacional
Há
a intenção de ter vários par-ceiros.Um
só, pessoalmente, achoqueseria umerro. Éevidente que
es-sesparceiros são importantes e
sa-bemos que eles trazem qualidade,
mas não queremos estar
dependen-tesdeapenas um.
Disse queterumsó parceiro fazcom queaescobsejacaxa. Gomoassim?
Temos que ter consciência que existem muitos bons valores
docen-tesem Portugal. Sinceramente, acho
que há algum provincianismo em
Se este
programa,
sendo
apresentado
conforme
está, não
merecer
apoios
públicos
comparáveis
[ao
do
MBA
de
Lisboa],
considero
que
haverá alguma
discriminação.
Se estamos
demasiadamente
associados
ou
conotados
com
uma
única
entidade,
vamos
ser sempre
uma
escola
algo
mais
"O
Magellan
MBA
poderá
ser
alargado
a
universidades
em
Lisboa"
Ao admitir que o
MBA
do Nortepoderá vir a incluir outras
universi-dades, Jorge Farinha não acredita
que hajacondições, pelo menos no actual cenário, para ter um único grande
MBA
em Portugal.Há espaço paradois grandes MBA in-ternacionais leccionados a partir de Portugal?
Estou convencido que sim. Em Espanha, por exemplo, Barcelona temduas grandes escolas degestão.
Tal como Madrid.
Masadimensão do paísedessas
esco-lasé substancialmente diferente do queseencontra em Portugal—
Emtermos proporcionais, e
ten-do em conta o talento que
encon-tro aqui aonível dos docentes,
en-tendo que há espaço para haver
dois
MBA
de boa dimensão ecom ambição internacional.Numaentrevistaqueconcedeu recen-temente ao Jornal de Negódos,opre-sktente daANJE, Armindo Monteiro, elogia estes movimentos de concen-tração, masdissequeoideal seriater um único grande MBAnadonaL
[interrompe] Quem sabe...
Concorda que estaseriaavia ideal ou nemporßSO?
Neste momento, não meparece
muito plausível quehaja uma união deesforços nosentido de haver um único programa MBA. Creio queo programa, tal como está,jáé
ambi-cioso que chegue: conseguir juntar
cinco universidades járequereu um esforço considerável. Pode serque no futuro seestenda a mais
univer-sidades, quem sabe.Ea universida-des em Lisboa também.
Opreçodapropina(l6mHeuros)écer-ca de metade do que vai ser apliOpreçodapropina(l6mHeuros)écer-cado
noMBA deLisboa. Estadiferença tão substancial não pode fazer comqueo MBAdoFtortesufaperantedetermi-nados candidatos, como um produto menor?
Estou convencido que não.
A
diferença émuito grande-
acho que somos muito mais eficientes a gerir os nossos custos. E a minha pergunta éao contrário: por queénecessário uma propina de 30 mil euros? Se épara tentar
mos-trar que um programa é
equiva-lente a uma London Business
School, acho que esse éum argu-mento relativamente fraco.
Sinceramente,
acho que
há algum
provincianismo
em pensar que
temos que
estar
eternamente
sob
a sombra
de
uma
grande
escola.
Pessoalmente,
não tenho
tido
relações
directas
com
o
Insead
a
esse
nível
[reuniões
entre
os
responsáveis]
.B uma
hipótese
que está em
aberto, mas não
é
a única.
pensar que temos que estar eterna-mente sob asombra deuma grande
escola.
Umdos futuros parceiros pode seroln-sead?Correuainformação de que hou-vejáumareunião entreas partes^. Está tudo em aberto.
Não
seco-loca departe oInsead,como também não se coloca de parte outras esco-las.
Mas houve este encontro?
Pessoalmente, não tenho tido re-lações directas com o Insead aesse
nível. É uma hipótese que está em aberto, mas não éa única.
Eoinsead será um parceiro ao nível do quedisse? Ouseja, não oúnko grande parceiro, mas umentre vários?
Éevidente queascoisas são
dinâ-micas epode haver outras ideias. Pes-soalmente, tenho aconvicção
-
eaí nãoestou necessariamente a espelhar aopinião dos responsáveis que estão adecidir estas parceiras-
que,aoní-vel mais operacional do programa, temos mais aganhar com um con-junto deligações bilaterais do que
com um único parceiro.
0queéqueissopermite de diferente?
Entre outras coisas, flexibilida-de: por exemplo, sermos nós a
es-colher os docentes que entendemos ser mais adequados, em vez de
es-tar aaceitar toda equalquer reco-mendação queum desses parceiros possa trazer.