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Sistema de treinamento a distância da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CRISTIANO BUCZAK

WAGNER KONRAD ARENDT

SISTEMA DE TREINAMENTO A DISTÂNCIA DA FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE DIRIGENTES LOJISTAS DE SANTA CATARINA

Palhoça 2009

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WAGNER KONRAD ARENDT

SISTEMA DE TREINAMENTO A DISTÂNCIA DA FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE DIRIGENTES LOJISTAS DE SANTA CATARINA

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Sistemas de Informação da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação.

Orientador: Prof. Rodrigo de Souza Vieira, Dr. Eng.

Palhoça 2009

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CRISTIANO BUCZAK WAGNER KONRAD ARENDT

SISTEMA DE TREINAMENTO A DISTÂNCIA DA FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE DIRIGENTES LOJISTAS DE SANTA CATARINA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Licenciado em Sistemas de Informação e aprovado em sua forma final pelo Curso de Graduação em Bacharel de Informação da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 18 de novembro de 2009.

______________________________________________________ Prof. Rodrigo de Souza Vieira, Dr. Eng.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Prof. Marcelo Medeiros, M.Sc.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Emerson Delfino Ferreira

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Cristiano Buczak: Para minha família que sempre me apoiou em todos os aspectos, em especial minha tia e avó.

Wagner K. Arendt: Para as pessoas que sempre me apoiaram e principalmente para Deus, por ter me dado esta oportunidade.

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AGRADECIMENTOS

Gostaríamos de agradecer aos nossos familiares, namoradas e amigos que apoiaram e nos deram forças para o desenvolvimento deste trabalho. Outra pessoa essencial para o desenvolvimento deste foi o nosso orientador, Rodrigo de Souza Vieira, por ter acreditado na nossa capacidade de implementar esta solução.

Em especial gostaríamos de agradecer o Sr. Ademir Ruschel, gerente institucional da FCDL/SC e coordenador do programa PIDG, o Sr. Emerson Delfino Ferreira, gerente de serviços e comercial do SPC/SC, a FCDL/SC e as CDLs de Santa Catarina, pois sem eles este trabalho não seria possível de se concretizar.

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“Trate as pessoas da forma como elas devem ser e ajude-as a se tornarem o que

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RESUMO

A proposta deste projeto de conclusão de curso é o desenvolvimento de um sistema de treinamento a distância que auxilie a entidade FCDL/SC (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina) nos treinamentos semi-presenciais ou a distância dos gestores das CDLs (Câmara de Dirigentes Lojistas) que fazem parte do PIDG (Programa de Integração e Desenvolvimento de Gestores). A FCDL/SC é uma entidade que busca junto com os seus departamentos de Serviços e Institucional a constante melhoria de seus serviços, e tem como um dos seus objetivos treinar as CDLs nas áreas institucional, de serviços e operacional. Hoje o estado de Santa Catarina conta com 171 CDLs dificultando o deslocamento do quadro de colaboradores da FCDL/SC para a realização de treinamento in

loco. Outro problema é a complexidade e grande volume de informações, constantes

mudanças no mercado sócio-econômico que tramitam no movimento lojista catarinense. Para o desenvolvimento deste sistema fez-se necessário um estudo com os seguintes temas relacionados: ensino a distância e suas modalidades disponíveis, aprendizagem organizacional, e-Learning e tecnologias relacionadas a Internet. Atendendo à necessidade de auxiliar no treinamento dos gestores o sistema chamado Sistema PIDG foi desenvolvido utilizando a linguagem PHP, o qual permite o acesso via web e a gerência de cursos, turmas, tutores, fórum, midiateca, aulas, documentos, murais, cronogramas, entre outros. O banco de dados utilizado foi o MySQL 5 e como servidor o programa Apache com os módulos PHP 5 instalados. Para a modelagem do sistema foi utilizado o programa Enterprise Architect e a metodologia utilizada pela FCDL/SC. Em conjunto com o PHP, também foi utilizado HTML, JavaScript e CSS para a interface gráfica. O processo de implantação do sistema foi realizado com colaboradores da entidade e alguns gestores de CDLs, que já participavam de um dos módulos do PIDG. Por fim, o sistema proposto como solução, atendeu às necessidades atuais e aos objetivos citados nesta monografia, proporcionando um maior controle, segurança das informações, agilidade e clareza nas atividades realizadas.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Sistema de treinamento à distância. Integração FCDL/SC e CDLs. ... 21

Figura 2 – Cinco gerações de educação a distância. ... 25

Figura 3 – Visão geral do navegador na Internet. ... 51

Figura 4 – Visão geral do serviço de correio eletrônico. ... 53

Figura 5 – Abordagem de desenvolvimento de software em cascata. ... 55

Figura 6 – Requisitos Funcionais. ... 57

Figura 7 – Requisitos Não Funcionais. ... 57

Figura 8 – Regras de Negócio. ... 58

Figura 9 – Atores. ... 59

Figura 10 – Casos de uso do módulo de aluno. ... 59

Figura 11 – Casos de Uso do módulo de atividades. ... 60

Figura 12 – Casos de uso do fórum. ... 60

Figura 13 – Casos de uso das notas. ... 61

Figura 14 – Diagrama de atividades módulo de aluno. ... 62

Figura 15 – Diagrama de atividades módulo de atividades. ... 63

Figura 16 – Diagrama de atividades do fórum. ... 64

Figura 17 – Diagrama de atividades das notas. ... 65

Figura 18 – Diagrama de classes. ... 66

Figura 19 – Diagrama de sequência módulo do aluno. ... 67

Figura 20 – Diagrama de sequência módulo de atividades. ... 68

Figura 21 – Diagrama de sequência do fórum... 69

Figura 22 – Diagrama de sequência das notas... 70

Figura 23 – Camadas do sistema PIDG. ... 71

Figura 24 – Visão geral da implementação do sistema. ... 73

Figura 25 – Tela de acesso ao sistema. ... 75

Figura 26 – Tela de confirmação cadastral. ... 76

Figura 27 – Tela da inscrição curso. ... 77

Figura 28 – Tela de confirmação de inscrição do curso selecionado. ... 77

Figura 29 – Tela cursos do aluno. ... 78

Figura 30 – Tela menu de navegação da turma. ... 78

Figura 31 – Tela de atividades. ... 79

Figura 32 – Tela de resposta da atividade. ... 79

Figura 33 – Tela do fórum. ... 80

Figura 34 – Tela mensagens do fórum. ... 80

Figura 35 – Tela editar mensagens do fórum. ... 81

Figura 36 – Tela mensagem editada no fórum. ... 81

Figura 37 – Tela de notas do aluno. ... 82

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LISTA DE SIGLAS

FCDL/SC - Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas

PIDG - Programa de Integração e Desenvolvimento de Gestores UML - Unified Modeling Language

EaD - Educação a Distância

AAD - Aprendizagem Aberta e a Distância WWW - World Wide Web

FTP - File Transfer Protocol IP - Internet Protocol

HTTP - Hiper Text Transfer Protocol CSS - Cascading Style Sheets

HTML - HyperText Markup Language TCP – Transmition Control Protocol

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 12 1.1. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA ... 13 1.2. OBJETIVOS ... 15 1.2.1. Objetivo Geral ...15 1.2.2. Objetivos específicos ...15 1.3. JUSTIFICATIVA ... 16

1.4. CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA ... 17

1.5. ETAPAS METODOLÓGICAS... 18 1.6. DELIMITAÇÕES ... 19 1.7. SOLUÇÃO PROPOSTA ... 20 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 22 2.1. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ... 22 2.1.1. Fordismo e Pós-Fordismo ...22 2.1.2. O futuro Pós-Fordismo ...23 2.1.3. Mediatização ...24

2.1.4. A tecnologia na educação a distância ...24

2.1.5. Aprendizagem aberta e a distância ...28

2.1.6. Interatividade e interação ...29

2.2. O APRENDIZADO ORGANIZACIONAL E A INTERNET ... 30

2.2.1. Necessidades do aprendiz ...31

2.2.2. Necessidades da empresa ...31

2.2.3. Definição de e-Learning ...32

2.2.4. Benefícios e estratégias do e-Learning ...33

2.2.5. O treinamento on-line como parte do e-Learning ...34

2.2.6. Gerenciamento do conhecimento ...34

2.2.7. Suporte ao desempenho ...36

2.2.8. A estruturação do conhecimento é a chave ...37

2.2.9. Criação de uma solução de gerenciamento do conhecimento ...38

2.2.10. Maneiras de criar uma arquitetura de aprendizado ...40

2.2.11. Programas assíncronos e síncronos ...41

2.2.12. Quando utilizar treinamento assíncrono e síncrono ...42

2.2.13. Definido uma estratégia de implantação de e-Learning ...43

2.2.14. Critérios de sucesso ...44

2.2.15. Mensurar se os investimentos resultaram em melhorias...44

2.2.16. Formando uma estratégia de e-Learning e plano de ação ...46

2.2.17. O Futuro e desafios ...47

2.3. INTERNET ... 48

2.3.1. World Wide Web ...50

2.3.2. Navegador ...51

2.3.3. Correio eletrônico ...52

2.3.4. Fórum virtual ...53

3. ATIVIDADE DE DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA ... 54

3.1. Metodologia de desenvolvimento clássica ...54

3.2. Modelagem do sistema ...55

3.2.1. Levantamento de Requisitos ...56

3.2.2. Atores ...58

3.2.3. Casos de Uso ...59

(11)

3.2.5. Diagrama de Classes ...65

3.2.6. Diagrama de Sequência ...67

3.3. Implementação ...70

3.4. Apresentação das telas do sistema ...74

3.5. Testes ...83

3.6. Implantação ...83

4. CONCLUSÃO ... 85

REFERÊNCIAS ... 87

ANEXO I – MODELAGEM DE SISTEMAS DA FCDL/SC ... 89

ANEXO II – CADERNO DE TESTES DE SISTEMAS DA FCDL/SC ... 106

(12)

1. INTRODUÇÃO

Devido às mudanças econômicas que tem ocorrido pelo mundo, a educação a distância surge como ferramenta para atender às necessidades educacionais da sociedade. Com os avanços das tecnologias de comunicação, este modelo educacional tornou-se cada vez mais abrangente e ágil.

Para Belloni (2001) a criação de novas tecnologias e ferramentas para a educação a distância não se resume apenas em melhorar a eficiência dos sistemas, mas sim também, a autonomia de quem está estudando por estes sistemas.

A educação pode ser realizada em qualquer momento, local e até mesmo através de meios eletrônicos, neste caso o e-Learning. O termo é usado principalmente para descrever uma aprendizagem remota através de redes de informática. O ritmo deste modelo de educação avança muito com o apoio de organismos cujas atividades têm por objetivos promover o acesso à educação e pessoas na sociedade da informação.

A utilização de material para treinamento e de comunicação obrigatória entre alunos e tutores através da Internet se tornou a principal forma de interação. Neste caso, é o treinamento através de componentes eletrônicos (computadores, Internet, tecnologia da informação, entre outros) que apóia diretamente comunicação humana.

Segundo ALAVA (2002), os cenários mais inovadores serão aqueles que souberem aproveitar melhora a tecnologia de comunicação para favorecer as atividades, interatividade, exploração e colaboração entre os alunos e tutores.

Na Federação das Câmeras Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), o

e-Learning está apenas começando o seu desenvolvimento, mas o seu público está consciente

das suas perspectivas para auxiliar no Programa de Integração e Desenvolvimento de Gestores (PIDG) da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

(13)

1.1. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina, junto com os seus departamentos de Serviços, este responsável pelo desenvolvimento e manutenção dos serviços disponibilizados aos lojistas de Santa Catarina, e o Institucional, este responsável pelo estatuto e imagem da instituição, conforme a sua política de qualidade em coordenar e congregar as Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Catarina, buscando constantemente a melhoria de seus serviços, tem como um dos seus objetivos treinar as CDLs nas áreas institucional, de serviços e operacional.

A complexidade e grande volume de informações, constantes mudanças no mercado sócio-econômico que tramitam no movimento lojista catarinense e qualificação dos gestores das CDLs, torna necessária a comunicação e treinamento constantes nas entidades. Visando esta necessidade, a FCDL/SC criou o Projeto de Integração e Desenvolvimento de Gestores (PIDG).

Para este projeto de conclusão de curso, os gestores das CDLs serão nomeados como alunos e os instrutores dos módulos do PIDG como tutores.

Atualmente no estado de Santa Catarina existem 171 CDLs, contendo assim, uma grande capilaridade para efetuar o suporte técnico e operacional. Devido a este grande número, torna-se complexo realizar treinamentos, prestações de suportes, visitas técnicas e comerciais em cada CDL do estado. Para resolver o problema de treinamento, o PIDG é composto por módulos presenciais e não presenciais, disponibilizando apostilas e contatos com o tutor responsável pelo módulo.

O material didático do PIDG é encaminhado aos alunos via e-mail e várias CDLs possuem problemas em recebê-los pelos seguintes motivos: caixa postal cheia, provedor que não recebe o anexo por ultrapassar o limite máximo do tamanho de arquivo, bloqueio da extensão do anexo e e-mail desatualizado no catálogo de contatos do tutor, entre outros.

O controle do material disponibilizado é outro ponto falho. A entrega e atualização do material é novamente efetuada via e-mail, sendo que a confirmação de recebimento deste com o aluno é efetuado via telefone.

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Outra grande dificuldade que o tutor responsável pelo módulo possui, é o acompanhamento das dúvidas levantadas pelos alunos. Além das dúvidas serem esclarecidas via e-mail ou telefone, ocorre uma repetição nas respostas das mesmas, pois não existe um local onde os alunos possam pesquisar duvidas já esclarecidas pelo tutor em outras situações.

Não é possível disponibilizar o conhecimento a qualquer hora e em qualquer lugar devido a via de comunicação ser praticamente por e-mail. Situações como atraso nas respostas e lentidão no atendimento, a grandes quantidades de dúvidas, muitas destas comuns a vários alunos são freqüentes, e causam sua insatisfação.

No tocante ao levantamento de inscritos e confirmações de inscrições, há outra dificuldade para o tutor na questão de alunos inscritos no curso. Esta informação é confirmada somente no dia do treinamento dos cursos presenciais, semi-presenciais ou na realização das provas, pois não existe um acompanhamento de inscrições com antecedência.

Também foi identificado que os cursos são divididos em turmas com um total de alunos definidos por data. Ao efetuar a inscrição o aluno não sabe se está entre os 50 primeiros que irão fazer o curso no mês atual ou se está acima dos 50, sendo automaticamente transferido para o mês seguinte. É efetuada uma ligação para cada inscrito informando a data do curso e o controle destas informações numa planilha do Excel.

Existe deficiência no armazenamento de arquivos e documentos para gerar e alimentar um repositório de informações. Estas estão espalhadas nos computadores dos tutores e alunos, ou até mesmo em sites de divulgação do PIDG e e-mails transitados entre a FCDL/SC e CDLs.

Com relação às notas, estas são encaminhadas por malote para cada aluno após a correção das provas, dependendo do tempo de entrega dos Correios, além de estar sujeito a qualquer deficiência que este meio possa ocasionar. Antes dos alunos receberem estas informações pelo malote, a grande maioria entra em contato com o tutor, via e-mail ou telefone, solicitando-as e questionando-as. Além do morosidade do processo, existe um custo para a FCDL/SC e CDLs em correspondência e ligações telefônicas.

Não existe um banco de dados com as informações sobre os cursos, alunos, notas e tutores. O que existe armazenado são os e-mails transitados entre FCDL/SC e CDLs, documentos e planilhas digitais e impressos, o que causa lentidão na busca de alguma informação, manutenção dos dados e complexidade na elaboração de relatórios.

Também é importante considerar a quantidade de colaboradores que compõem a equipe da FCDL/SC, tornando insustentável o atendimento em todas as CDLs. Treinar cada entidade individualmente iria dispor uma demanda financeira muito elevada na parte de

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transporte, hospedagens e material, bem como a contratação de novos colaboradores para estas funções.

Outro problema foi identificado em relação aos custos. Para executar um treinamento presencial, atendendo aproximadamente 60 CDLs por encontro, a FCDL/SC necessita reservar quartos em hotéis, salas para a realização dos eventos, contratar instrutores para os módulos, matérias impressos, coffee brakes, almoço e janta.

1.2. OBJETIVOS

A seguir são descritos os objetivos deste projeto, apresentados separadamente na forma de objetivo geral e objetivos específicos.

1.2.1. Objetivo Geral

Este projeto de conclusão de curso tem como objetivo desenvolver um sistema de educação a distância para auxiliar no treinamento dos gestores das CDLs que fazem parte do PIDG.

1.2.2. Objetivos específicos

Foram determinados alguns objetivos específicos para este projeto, que são: a) Realizar um levantamento teórico referente ao ensino a distância e suas

modalidades disponíveis atualmente;

b) Analisar qual o melhor suporte adotado para o ensino aplicado a este tipo de problema;

(16)

c) Modelar uma solução computacional através da Unified Modeling Language (UML);

d) Desenvolver um sistema protótipo via web para os gestores das CDLs; e) Implantar umasolução tecnológica adotada para o treinamento.

1.3. JUSTIFICATIVA

A FCDL/SC possui a necessidade de um sistema para auxiliar no treinamento dos gestores das CDLs que fazem parte do programa PIDG, reduzindo tempo e custos para a sua formação.

O tempo dos gestores das CDLs é limitado em suas rotinas diárias, podendo não ser suficiente para estudar a vasta literatura e baseando-se somente nos resumos das informações fornecidas pela FCDL/SC.

Utilizando a Rede FCDL de Comunicação, serviço responsável pela administração da rede de dados e comunicação das CDLs de Santa Catarina, a Internet está disponível em quase todas as entidades, sendo possível utilizá-la 24 horas por dia, 365 dias por ano, ou seja, quando for justa e necessária. Será possível transferir conhecimentos diretamente às CDLs localizadas em municípios remotos, atingidos pelos custos de transporte e dificuldade de acesso a informação.

Com o e-Learning podemos auxiliar as CDLs a reduzir o tempo de formação dos colaboradores e custos tecnológicos, somente sendo necessários computadores e acesso à Internet. Através da oferta de módulos indexados, palavras chaves para a pesquisa, metadados1 e outros materiais, aumentará a eficácia do treinamento das entidades.

Apoiar o espírito associativista através de comunidades virtuais, colaborando com a disseminação da informação, relevante para o conhecimento, permitindo as CDLs enfrentarem os desafios da globalização moderna, através da significativa vantagem de receber informações atualizadas, rápidas e contextuais.

1

É uma abstração do dado, capaz, por exemplo, de indicar se uma determinada base de dados existe, quais são os atributos de uma tabela e suas características.

(17)

Auxiliar na interatividade entre os alunos e tutores, documentado e controlando a troca das informações, evitando que estas sejam repetidas na resolução de dúvidas referentes aos conteúdos dos módulos semi-presencias e a distância do PIDG.

1.4. CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA

Pesquisa é definida por Souza (2005, p. 20) como “[...] um conjunto de ações, propostas para encontrar a solução para um problema, que têm por base procedimentos racionais e sistemáticos. A pesquisa é realizada quando se tem um problema e não se têm informações para solucioná-lo.”

Na obra de Souza (2005) a pesquisa é classificada nos seguintes pontos de vistas: a) Da sua natureza:

a. Pesquisa básica: gerar conhecimentos novos e úteis para o avanço da ciência, sem aplicação prática;

b. Pesquisa aplicada: gerar conhecimentos em aplicações práticas em relação a problemas específicos.

b) Da forma de abordagem do problema:

a. Pesquisa quantitativa: traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las;

b. Pesquisa qualitativa: considera uma relação entre o mundo real e o sujeito, que não podem ser traduzidos em números.

c) De seus objetivos:

a. Pesquisa exploratória: envolve levantamento bibliográfico, pesquisas com pessoas que presenciaram o fato e análise de exemplos. Auxilia em tornar o problema mais explícito ou construir hipóteses;

b. Pesquisa descritiva: descrever características de determinado fenômeno ou estabelecer relação entre variáveis;

c. Pesquisa explicativa: identificar os fatos que determinaram ou contribuíram com a ocorrência de um fenômeno.

d) Dos procedimentos técnicos:

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b. Pesquisa documental: elaborada a partir de um material que não recebeu tratamento analítico;

c. Pesquisa experimental: definir o objeto de estudo, selecionar variáveis que pode influenciá-lo, determinar formas para controle e observar os efeitos que a variável produz no objeto;

d. Levantamento: pesquisa direta das pessoas no qual deseja-se conhecer o comportamento;

e. Estudo de caso: estudo profundo e exaustivo de objetos no qual deseja-se conhecimento detalhado;

f. Pesquisa expost-facto: o experimento é realizado depois dos fatos; g. Pesquisa-ação: obtida através de uma resolução de um problema

coletivo ou uma ação;

h. Pesquisa participante: se desenvolve a partir de interpretações entre pesquisadores e membros que estão sendo investigados.

Diante destas definições, podemos concluir que este trabalho é uma pesquisa aplicada, quanto a sua natureza e pesquisa-ação sob o ponto de vista de seus procedimentos técnicos.

1.5. ETAPAS METODOLÓGICAS

Segundo Souza (2005, p. 29), o planejamento e execução de uma pesquisa, podem ser detalhados da seguinte forma:

a) Escolha do tema: a definição do tema pode surgir na análise do cotidiano, da vida profissional, programas de pesquisa, entre outros;

b) Revisão da literatura: efetuar um estudo de quem já escreveu e o que já foi publicado sobre o assunto que está sendo abordado;

c) Justificativa: refletir sobre o tema que está sendo levantado e identificar razões pela sua preferência;

d) Formulação do problema: refletir sobre o problema que pretender resolver na pesquisa;

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e) Determinação dos objetivos: geral e específicos: nesta etapa, deve-se sintetizar o que pretende-se alcançar com a pesquisa efetuada;

f) Metodologia: definir onde e como será realizar as pesquisas;

g) Coleta de dados: nesta etapa será realizada a pesquisa de campo, obter dados para a realização do trabalho;

h) Tabulação e apresentação dos dados: deve-se organizar os dados obtidos na etapa da pesquisa de campo;

i) Análise e discussão dos resultados: interpretar e analisar os dados tabulados e organizados na etapa anterior. A análise deve ser feita para atender os objetivos da pesquisa;

j) Conclusão da análise e dos resultados obtidos: sintetizar os resultados obtidos com a pesquisa, explicar se os objetivos foram atingidos, se as hipóteses foram confirmadas ou rejeitadas e ressaltar a contribuição de sua pesquisa no meio acadêmico ou científico;

k) Redação e apresentação do trabalho científico: por fim, o pesquisador deverá redigir os seus relatórios de pesquisas numa tese e apresentá-la.

1.6. DELIMITAÇÕES

O projeto irá atender somente à necessidade do estudo, modelagem e desenvolvimento de uma ferramenta de ensino a distância via web para os treinamentos semi-presencias e à distância do PIDG.

Não serão abordados neste projeto de conclusão de curso assuntos referentes a teorias de aprendizagem e aspectos pedagógicos. Para isso, indicamos como referência bibliográfica a obra de Moreira (1999).

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1.7. SOLUÇÃO PROPOSTA

Desenvolver e implementar um sistema para auxiliar o atual modelo de treinamentos semi-presenciais e a distância do PIDG, transcrevendo estes treinamentos em um modelo eletrônico baseado na web.

Esta tarefa será realizada no curso das seguintes etapas:

a) Produção: coleta de fatos, informações, necessidades que não são atendidas pelo modelo atual de treinamento, opiniões relevantes e projeções gerenciais. Esta fase é importante para descobrir quais são os requisitos funcionais e as regras de negócio do PIDG estipulados pela FCDL/SC;

b) Projeção: identificar a estrutura do treinamento para projetar a interatividade no sistema, bem como a escolha das tecnologias que irão sustentar as tarefas; c) Desenvolvimento: modelar o projeto através das funcionalidades levantadas,

construindo o cenário e os caminhos do sistema. Elaborar a camada visual, criando a parte gráfica, sempre visando facilitar a interatividade dos usuários com o sistema. Programar a camada de controle, responsável pela lógica do sistema. Desenvolver os processos responsáveis por atender os requisitos que devem existir no sistema;

d) Teste: Levantamento da taxa de eficiência do projeto e sua conformidade com as metas e objetivos. Se for necessário refinamento do projeto baseado em novas necessidades, chegando a zero a possibilidade de erros ou inadimplências.

Também será contemplado neste projeto o desenvolvimento de um repositório de informação, melhorando a qualidade dos treinamentos fazendo-os mais práticos, rápidos e eficientes. A figura 1 mostra uma visão geral de como irá funcionar a integração entre a FCDL/SC e CDLs do estado, através de acesso a Internet e um sistema de treinamento a distância.

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Figura 1 – Sistema de treinamento à distância. Integração FCDL/SC e CDLs. Fonte: Os Autores.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Será mostrado neste capítulo o conteúdo teórico, suporte para a busca da solução, aprofundando-se nos seguintes temas: educação a distância, o aprendizado organizacional e a Internet.

2.1. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Educação a Distância (EaD) é uma modalidade de ensino e aprendizagem, utilizando de recursos tecnológicos, onde o tutor e o aluno estão separados fisicamente.

É um recurso de grande importância para o atendimento de um grande número de

alunos de forma mais efetiva que outras modalidades e sem riscos de reduzir a qualidade do conteúdo programático.

EaD é a separação professor/aluno, uso dos meios de comunicação tecnicamente disponíveis, segmentação do ensino em duas áreas (preparação e desempenho em sala de aula) que na EaD são ambas realizadas em separado dos estudantes. (BELLONI, 2001, p. 27).

Devido a criação de novas tecnologia de comunicação, como a Internet, a EaD altera profundamente o campo de mediação, antes cumprindo funções que complementavam o ensino, adquirindo hoje um papel muito importante na passagem da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento.

2.1.1. Fordismo e Pós-Fordismo

Para melhor entender o que se encontra na EaD, repleto de modelos teóricos, talvez seja útil esclarecer alguns conceitos dos campos da sociologia industrial, econômica e gestão para a explicação de alguns procedimentos educacionais.

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Segundo Belloni (2001, p. 11), “o fordismo foi o modelo industrial dominante durante o século XX, até que as sucessivas crises e transformações do sistema capitalista foram demonstrando seu esgotamento”. Um dos motivos para esta crise foi o avanço tecnológico, ocasionando também a necessidade de reestruturação dos processos de produção industrial e do modo capitalista.

Já o modelo pós-fordismo é exemplificado por Belloni (2001, p. 12) da seguinte forma: “O pós-fordismo aparece como uma forma do capitalismo do futuro, “mais justo e democrático”, e propõe também inovações nos dois primeiros fatores: alta inovação do produto e alta variabilidade de processo de produção, [...]”.

O objetivo fundamental destes conceitos está ligado diretamente ao campo da educação no que diz respeito à responsabilização do trabalho, que implica em uma mão de obra muito mais qualificada.

2.1.2. O futuro Pós-Fordismo

Torna-se cada vez mais remota, a idéia de ter o mesmo emprego para o resto da vida. Sobreviverão aqueles com maior capacidade de adaptação, caso contrário, fracassarão.

O futuro pós-fordismo é apresentado por algumas mudanças:

O avanço e expansão das tecnologias de informação e comunicação levaria a mudanças sem precedentes na atividade econômica e nos padrões de trabalho e de lazer; a qualidade terá que substituir a quantidade; a adaptabilidade torna-se essencial; estas mudanças tendem a se acelerar e atingir nos próximos anos todos os setores da economia e afetar grupos cada vez mais numerosos [...] (BELLONI, 2001, p. 22-23).

As conseqüências destas questões no campo de EaD, são extremamente importantes, o indivíduo passará a ser responsável por seu sucesso ou fracasso às novas regras de trabalho e da tecnologia. Este indivíduo também será responsável pela sua própria formação educacional.

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2.1.3. Mediatização

Muito utilizado nos processos educacionais, bem como no ensino a distância, a mediatização das mensagens é conceituada da seguinte maneira:

Mediatização significa então codificar as mensagens pedagógicas, traduzindo-as sob diversas formas, segundo o meio técnico escolhido, (por exemplo, um documento impresso, um programa informático didático, ou um videograma), respeitando as “regras da arte”, isto é, as características técnicas e as peculiaridades de discurso do meio técnico. (BLANDIN, 1990, P. 90).

Na visão de educação à distância e aprendizagem aberta, a mediatização auxilia para potencializar a aprendizagem autônoma do estudante.

2.1.4. A tecnologia na educação a distância

A educação é um meio complexo que utiliza algum tipo de comunicação como complemento ou apoio à ação do professor em sua interação com o aluno. Neste ponto de vista, podemos considerar a sala de aula, o quadro negro, giz e livros como tecnologias que realizam a mediação ente o conhecimento e o estudante. No modelo de EaD, a interação entre o professor e estudante é indireta, e por este motivo se faz necessário um suporte técnico de comunicação adequado, o que torna este modelo de educação mais dependente da mediatização do que o modelo convencional.

Embora a experiência humana tenha sido sempre mediada através do processo de socialização e da linguagem, é a partir da modernidade, com o surgimento de suas mídias típicas de massa (o impresso, depois os sinais eletrônicos) que se observa um enorme crescimento da mediação da experiência decorrente destas formas de comunicação. (BELLONI, 2001, p. 54).

Embora uma grande parte das pessoas pensem que a EaD iniciou-se apenas com a invenção da Internet estão enganadas. Para Moore e Kearsley (2007, p. 26), podemos acompanhar na figura a seguir a evolução das gerações de EaD.

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Figura 2 – Cinco gerações de educação a distância. Fonte: Moore (2007, p. 26).

a) Correspondência: a EaD por correspondência iniciou-se em 1880 quando os cursos eram entregues pelo correio, as pessoas que desejam estudar em casa ou no trabalho poderiam obter instrução de um professor a distância. Isso ocorreu devido as novas tecnologias de postagem nos serviços postais, deixando-os mais baratos e confiáveis.

A correspondência pelo correio foi usada pela primeira vez para cursos de educação superior pelo Chautauqua College. Fundado em 1881, foi rebatizado de Chautauqua College of Liberal Arts em 1883 e autorizado pelo Estado de Nova York a conceder diplomas e graus de bacharel por correspondência. (MOORE e KEARSLEY, 2007, p. 26)

Para os primeiros educadores por correspondência, o principal motivo era a visão tecnológica chegar para aqueles que de outro modo não poderiam se beneficiar dela. Neste período as mulheres efetuaram um papel muito importante na história da EaD.

Para Belloni (2001, p. 56), devido ao tempo da comunicação, a interação entre professo e estudantes era considerada lenta.

b) Transmissão por rádio e televisão: quando o rádio surgiu como uma nova tecnologia no início do século XX, muitos educadores reagiram com otimismo.

No entanto, o rádio como tecnologia de divulgação da educação não fez jus às expectativas. O interesse restrito e demonstrado pelo corpo docente e pela direção da universidade, assim como o amadorismo do professores que mostraram interesse provaram ser um recurso medíocre para o compromisso firme da mídia de radiotransmissão, exibido pelas emissoras comerciais que desejavam cursos como um meio para conseguir anúncios. (MOORE e KEARSLEY, 2007, p. 32).

Primeira Correspondência

Segunda

Transmissão por rádio e televisão Terceira Universidade aberta Quarta Teleconferência Quinta Internet e web

(26)

Em relação a televisão, em 1934 estava em desenvolvimento a televisão educativa. Em 1939 uma escola de nível médio nos Estados Unidos, fez uma experiência com a televisão na sala de aula.

Segundo Moore e Kearsley (2007, p. 33), “Um esforço pioneiro nessa área foi realizado pela Stanford Instructional Television Network que iniciou em 1969 a transmissão de 120 cursos de engenharia para 900 engenheiros de 16 empresas associadas.”

Nos anos 1970, teve início uma nova era na educação a distância. Ela pode ser caracterizada pelo uso adicional de dois meios de comunicação de massa eletrônicos analógicos – o rádio e a televisão -, e mais tarde também do vídeo e das fitas cassetes, assim como de centros de estudo. Contribuiu tremendamente para a importância da educação a distância. (PETERS, 2004, p. 31).

c) Universidade aberta: A idéia inicial era utilizar o rádio e a televisão, a fim de permitir o acesso à educação superior para a população adulta. Muitas universidades se tornaram megauniversidades devido a quantidade de alunos matriculados.

Para MOORE e KEARSLEY, 2007, “Este fato ocorre em virtude da grande escala necessária para a obtenção simultânea da qualidade e de um custo compatível.”

São instituições de finalidade única, dedicadas apenas a esse método de ensino e aprendizado, empregando equipes de especialistas para criar cursos e obtendo economia de escala por meio de um grande número de matrículas.

Suas principais novas características foram: considerável progresso na criação e no acesso à educação superior para grupos maiores de adultos, experimentação pedagógica, a aplicação cada vez maior de tecnologias educacionais, a introdução e a manutenção de aprendizado aberto e permanente e o início da educação superior em massa. (PETERS, 2004, p. 32).

d) Teleconferência: Devido uma aproximação mais adequada da visão tradicional de educação, ao contrário dos modelos por correspondência ou de universidades abertas, um grande número de educadores e formuladores foram atraídos por esta tecnologia.

Uma das tecnologias a ser utilizada na teleconferência em razoável escala foi a audioconferência.

(27)

Ao contrário das formas anteriores de EaD, que eram principalmente interações bidirecionadas entre um aluno e o professor por correspondência ou eram transmissões somente de recepção de lições veiculadas por rádio ou televisão, a audioconferência permitia ao aluno dar uma resposta, e aos instrutores, interagir com os alunos em tempo real e em locais diferentes. (MOORE e KEARSLEY, 2007, p. 40).

Outro meio de teleconferência é a videoconferência, que foi criada graças ao avanço tecnológico dos sinais por satélites, que proporcionou uma comunicação intercontinental. Segundo Moore e KEARSLEY (2007, p. 40)

“No primeiro momento as aulas eram transmitidas somente com o envio de

vídeo em um único sentido, ou por áudio, nos dois sentidos.“ Os alunos poderiam ver e ouvir os seus tutores, mas não era possível interagir com eles. Com o avanço da tecnologia, a videoconferência em ambos os sentidos tornava-se mais amplamente disponível. Também o que facilitou este processo e tornando-o menos oneroso, foi o desenvolvimento de linhas telefônicas e a fibra óptica, que permitiram um maio volume de transmissão de dados.

e) Internet e web: O uso de redes de computadores para a EaD foi impulsionado com o surgimento da WWW, sendo possível acessar documentos existentes em computadores separados por qualquer distância, utilizando programas e sistemas operacionais diferentes.

Foi estimado que em 1992 a web continha somente 50 páginas, porém, em 2000, o número de páginas havia aumentado para pelo menos 1 bilhão. Em 1995, somente 9% dos adultos norte-americanos acessavam a internet, totalizando 17,5 milhões de usuários. Em 2002, 66% dos adultos nos Estados Unidos surfavam on-line, um total de 137 milhões de usuários. Acessando a web na residência ou no local de trabalho, gastavam, em média, 8 horas por semana on-line. (MOORE e KEARSLEY, 2007 p. 46)

Na década de 1990, as universidades nos Estados Unidos começaram a utilizar programas de graduação baseados na web. MOORE e KEARSLEY (2007,p 47) sita que “A Penn State University ofereceu o primeiro curso de graduação em educação adulta por meio de seu programa on-line World Campus.”

Seus meios principais são, ou serão, todos os anteriores mais os novos, o que implicará mudanças radicais nos modos de ensinar e aprender: unidades de curso concebidas sob a forma de programas interativos informatizados (que tenderão a substituir as unidades de curso impressas); redes telemáticas com todas as potencialidades (bancos de dados, e-mail, lista de discussão, sites ets.); CD-ROMs diadáticos, de divulgação científica, cultura geral, de “infotenimento” etc.).( BELLONI, 2001, p. 57).

(28)

Com a disseminação da tecnologia da internet, do mesmo modo que cada geração anterior de tecnologia, como os cursos por correspondência, transmissão por rádio e televisão, vídeo interativo e audioconferência, estimulou novas idéias a respeito de como organizar o ensino a distância.

[...] a conexão de microcomputadores tanto à rede local como à rede Internet, com serviços de fácil utilização e de baixo custo (correio eletrônico, videoconferência, teleconferência, diálogo on-line, serviço telnet, etc.), está facilitando a popularização da aprendizagem a distância, com o auxílio de redes de computadores e de comunicação, minimizando o problema da interatividade. (Seminário de Brasília, 1997, p. 64).

2.1.5. Aprendizagem aberta e a distância

A aprendizagem aberta e a distância (AAD) é caracterizada pela sua flexibilidade, abertura dos sistemas e autonomia do estudante. Mesmo enfatizando o uso de tecnologias para aumentar a eficiência do sistema, esta não prioriza a produção de materiais e a organização industrial.

Menezes (2002) define ensino presencial e semi-presencial como:

a) No ensino presencial o professor transmite ao aluno o conhecimento que possui através de aulas expositivas sempre num lugar físico, como a sala de aula. Este conceito começou a ser mais utilizado a partir do surgimento de novas tecnologias que permitiram a EaD.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, o ensino fundamental deve ser presencial, sendo o ensino a distância utilizado em situações especiais. Dessa forma, a possibilidade de estudar a distância abre-se em dois casos: como complementação da aprendizagem (enriquecimento e aprofundamento do currículo, recuperação e aceleração de estudos para alunos com atraso escolar, dentre outras) e em situações emergenciais, tais como falta temporária de professores contratados, crianças e adolescentes hospitalizados e aqueles que estejam morando com seus pais no exterior e não tenham como se alfabetizar em língua portuguesa. (MENEZES, 2002).

b) No ensino semi-presencial o ensino é realizado em parte de forma presencial e em parte de forma virtual ou a distância, utilizando-se de tecnologias de comunicação.

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O conceito de ensino semi-presencial começou a ser mais utilizado a partir do surgimento de novas tecnologias que permitiram o aprimoramento do ensino a distância. Dessa forma, tornou-se possível incluir num mesmo curso atividades presenciais ou não-presenciais. Nesse processo, professores e alunos podem estar juntos, fisicamente, ou estar conectados, interligados por tecnologias impressas (livros, apostilas, jornais), sonoras (rádio, fitas cassete), audiovisuais (TV, vídeo, CD-ROM) ou telemáticas (Internet). (MENEZES, 2002).

Para Belloni (2001, p. 31) “Um processo de ensino e aprendizagem centrado no estudante será então fundamental como princípio orientador de ações de EaD).” Significa integrar conhecimentos e experiência em materiais ou ferramentas de ensino para criar condições para o processo de auto-aprendizagem.

Podemos dizer que AAD não se opões a EaD; ao contrário, é no campo de EaD que este modelo de educação se torna mais propicio para o seu desenvolvimento, auxiliando o estudante a se tornar mais aberto e flexível.

A relação entre os conceitos de aprendizagem aberta e aprendizagem a distância é mais complexa. Aprendizagem aberta tem essencialmente dois significados: de um lado refere-se aos critérios de acesso aos sistemas educacionais (“aberta” como, p. 31) equivalente da idéia de remover barreiras ao livre acesso à educação e ao treinamento); de outro lado, significa que o processo de aprendizagem deve ser, do ponto de vista do estudante, livre no tempo, no espaço e no ritmo (time-free, place-free e pace-place-free). Ambos os significados estão ligados com uma filosofia educacional que identifica aberturas com aprendizagem centrada no estudante (TRINDADE, 1992, p. 30)

Belloni (2001) observa que a consolidação do conceito de AAD evolui para uma concepção mais ampla de comunicação educacional.

2.1.6. Interatividade e interação

Devido aos recursos da tecnologia de informação e comunicação, ficaram mais fáceis e concretas as interações à distância. Ficam disponibilizados para os professores e estudantes, sistemas para que forneçam recursos rápidos, seguros, eficientes e baratos. Podemos utilizar como exemplo o correio eletrônico.

Segundo Belloni (2001, p. 58) “[...] a característica principal destas tecnologias é a interatividade, característica técnica que significa a possibilidade de o usuário interagir com uma máquina.”

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Para a interação, “[...] é fundamental esclarecer com precisão a diferença entre o conceito sociológico de interação – ação recíproca entre dois ou mais atores onde ocorre intersubjetividade, isto é, encontro de dois sujeitos – que pode ser direta ou indireta.” (BELLONI, 2001, p. 58).

2.2. O APRENDIZADO ORGANIZACIONAL E A INTERNET

Segundo Rosenberg (2002, p. 13) “[...] as empresas estão investindo em universidades corporativas, elevando os treinamentos aos mais altos níveis da empresa.”

Os líderes buscam algo mais do que apenas prover treinamento, procurar investir no aprendizado como uma estratégia comercial, compartilhar e organizar o conhecimento para apoiar na tomada de decisão da empresa, fornecer conhecimento através da internet, onde os funcionários tenham acesso a toda informação necessária para treinamento.

Para Andrade e Tachizawa (2003, p. 74), a rapidez das mudanças com o surgimento de novas possibilidades no contexto da Internet mudou o fluxo das atividades empresariais. A velocidade da informação relacionada ao tempo de adaptação virou um fator crucial de sobrevivência, fazendo com que as empresas revissem suas diretrizes internas para se adequarem as novas tendências do mercado global.

Em um cenário empresarial, ao iniciar o processo de formação e aprimoramento dos membros da organização através da tecnologia de informação em um ambiente de ensino a distancia, foi destacada a importância do comprometimento da alta administração, analise dos recursos existentes e o levantamento das necessidades, o estágio de informação em que se encontra a organização, a forma de implementação, através de parcerias, ferramentas sobre medidas ou já existentes no mercados, adequações de ferramentas para a realidade da empresa, qual grupo ira atingir, assim como os resultados esperados. (ANDRADE e TACHIZAWA, 2003, p. 226)

(31)

2.2.1. Necessidades do aprendiz

“Sem acesso ao aprendizado, nada mais importa.” (ROSENBERG, 2002, p. 14).

A informação necessária para auxiliar os funcionários, precisa estar acessível em qualquer ocasião e a qualquer hora.

Segundo Andrade e Tachizawa (2003, p. 74), a informação recebida e o conhecimento adquirido possuem cada vez mais um curto tempo de validade. Hoje temos funcionários que atuam exclusivamente na disseminação de informação, devido ao crescente volume de conhecimento que surge e as dificuldades de manter a empresa competitiva.

Com a disponibilidade de acesso, os funcionários precisam receber uma informação especialista, que mostre o caminho da solução de maneira intuitiva, organizada e completa, tornando fácil sua utilização. “Esta é a luta contínua de qualquer estratégia de aprendizado: assegurar que o conteúdo seja sempre o conteúdo certo, no formato certo e continuamente disponível”. (ROSENBERG, 2002, p. 14).

A informação deve estar paralela ao tipo de treinamento, e deve seguir a idéia do curso. Saber qual informação e como passar este conhecimento se faz primordial para manter um equilíbrio entre treinamento e informação.

2.2.2. Necessidades da empresa

“As empresas precisam fornecer a informação certa para as pessoas certas, na hora

certa, embora o conteúdo esteja constantemente mudando [...]”. (ROSENBERG, 2002, p. 15). A informação deve ser filtrada e se faz necessária a escolha certa do que informar para cada tipo de pessoa, visando a especialização do indivíduo. Apenas empurrar grandes quantidades de informações e esperar que alguma coisa seja assimilada deve ser substituído pelo treinamento preciso e focado no negócio.

Possibilitar a circulação da informação e o livre acesso ao conhecimento estimula o crescimento da organização. “O fluxo livre de informação e conhecimento é um requisito para uma organização do aprendizado [...]”. (ROSENBERG, 2002, p. 15). Empresas que

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primam pelo compartilhamento do conhecimento geram inteligência coletiva, criando estratégia de ensino.

Para fornecer informação e conhecimento de maneira eficaz, a empresa precisa estar economicamente voltada à tecnologia. “As informações que chegam muito tarde para ser utilizadas, são muito difíceis de acessar ou interrompem o fluxo de trabalho normal é de pouco valor para os indivíduos ou para a empresa”. (ROSENBERG, 2002, p. 15).

O fluxo intenso e mutante de informações e as dificuldades pessoas e culturais devem ser seguidas por soluções tecnológicas compatíveis, que atendam em completo as diversas situações e diferenças. “Essa tecnologia inovadora é a Internet/intranet. Ela transformará radicalmente o aprendizado na empresa e levará todos os envolvidos a avaliar novamente sua função e seu objetivo”. (ROSENBERG, 2002, p. 16).

2.2.3. Definição de e-Learning

“e-Learning refere-se á utilização das tecnologias da Internet para fornecer um

amplo conjunto de soluções que melhoram o conhecimento e o desempenho“. (ROSENBERG, 2002, p. 25).

Por ser fornecida no ambiente virtual, internet ou intranet, a informação é extremamente rápida, atualizável e compartilhada instantaneamente. Estas características são requisitos essenciais do e-Learning, retirando tecnologias, como CD-ROMs, de sua classificação.

Tecnologias da Internet fornecidas por meio de computador são consideras

e-Learning utilizando protocolos como TCP/IP e navegadores web.

O e-Learning abrange informação seguido de ferramentas que melhoram o desempenho fornecendo conhecimento à distância.

(33)

2.2.4. Benefícios e estratégias do e-Learning

Andrade e Tachizawa (2003, p. 220) comentam que um dos benefícios do ensino a distância é a rápida assimilação de novas informações e renovação do conhecimento. Outra vantagem é o curto tempo necessário para levar estas informações as pessoas através de ferramentas de ensino a distância. O referido autor, também cita que existe a possibilidade de encurtar distâncias levando o conhecimento para todas as localizações geográficas com o mínimo necessário de tecnologia. Com isso temos economia nas passagens, hospedagens, infra-estrutura e suporte e redução nas despesas com pessoal.

Segundo Rosenberg (2002, p. 26), a aplicação do e-Learning nas instituições tem como benefícios:

a) Redução dos gastos ao fornecer treinamento e informação, seja na infra-estrutura para o ensino, despesa para alcançar a informação ou tempo presencial disponibilizado;

b) Pode atingir quantidade ilimitada de pessoas, favorecendo as rápidas mudanças na empresa;

c) Informação única e direcionada de acordo com os envolvidos;

d) Fácil atualização, gerando informação focada ao negócio e renovável constantemente;

e) Mundo globalizado, com o acesso disponível a todo o momento e lugar, cria-se uma rede de conhecimento;

f) De fácil acesso através de tecnologias já em uso e conhecidas, todos recebem a mesma informação através da portabilidade universal dos protocolos e navegadores da Internet;

g) Motivar o aprendizado através da união dos envolvidos, organizando as pessoas em grupos de conhecimento compartilhado;

h) Usufruir dos investimentos tecnológicos já em prática nas empresas.

Em relação as estratégias, para Rosenberg (2002, p. 29) a criação de uma estratégia é importante para obtermos sucesso no e-Learning. Foram abordados os seguintes pontos:

(34)

b) Analisar a capacidade tecnológica e a viabilidade de mudanças em infra-estrutura interna para prover o e-Learning;

c) Verificar o compromisso dos usuários com o aprendizado desde o início e as mudanças necessárias para prover o ensino;

d) A maneira como está sendo passada informação, analisando o retorno pessoal em conhecimento aos aprendizes está auxiliando nas atividades em que se foca o treinamento.

2.2.5. O treinamento on-line como parte do e-Learning

“A nova estrutura do e-Learning, habilitada para a web, é a interação de

treinamento on-line e gerenciamento do conhecimento”. (ROSENBERG, 2002, p. 56).

Informações que possam ser utilizadas de maneira confiável formam o gerenciamento do conhecimento. Ao elaborar, guardar e prover informação levando em consideração a interação e comunicação das pessoas na empresa forma uma relação entre a informação e as atividades dos indivíduos.

O desafio é criar esse recurso de modo que seja flexível e dinâmico, fácil de entender e gerenciar, valorizado pelas pessoas e que forneça suporte a uma cultura de aprendizado de base ampla. É a utilização do conhecimento que conta, não apenas seu armazenamento. (ROSENBERG, 2002, p. 60).

2.2.6. Gerenciamento do conhecimento

“O gerenciamento de conhecimento pode ser visto com um cérebro virtual da

corporação”. (ROSENBERG, 2002, p. 62).

Gerenciar o conhecimento colabora para auxiliar nas atividades da empresa através do uso correto da informação. “Os usuários conseguem acessar as informações de que

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precisam, apenas quando precisam, permitindo resposta mais rápida e flexível aos problemas do trabalho na empresa, uma vantagem competitiva.” (ROSENBERG, 2002, p. 62).

Os autores Andrade e Tachizawa (2003, p. 221) descrevem que devemos nos ater principalmente na forma e no conteúdo do curso, depois como vamos passar a informação ao grupo que queremos atingir, ou seja, a maneira como é disponibilizada o conteúdo, sua linguagem, ilustrações, a formatação dos textos, como será o suporte aos participantes e a interação do professor com os alunos no ambiente virtual.

O controle da informação interage com as alterações do ambiente, fornecendo respostas coerentes e voltadas às novas realidades da empresa. “A habilidade de “empurrar” as informações mais importantes aos usuários que precisam delas mantêm estes atualizados e cientes do que está acontecendo, uma “inclusão” que é altamente motivadora.” (ROSENBERG, 2002, p. 62).

Com a informação correta e atualizada para todos, a empresa atua em maior harmonia. Coletar a informação da empresa, somados aos baixos custos de armazenamento, gera um repositório de conhecimento acessível coletivamente. “Acesso instantâneo à informação, experiências e perícia que podem, de outra maneira, não estar disponíveis aos funcionários (ou clientes), além da habilidade de aumentar a memória corporativa com o tempo.” (ROSENBERG, 2002, p. 63).

As informações armazenadas em conjunto com ferramentas de auxilio fornecem meios aos usuários de interagir com o conhecimento, auxiliando no trabalho na empresa. “A habilidade de gerenciar e distribuir rapidamente o conhecimento e as ferramentas de produtividade a funcionários amplamente dispersos e permitir que o trabalho seja amplamente compartilhado.” (ROSENBERG, 2002, p. 63).

A interação das pessoas favorece o crescimento do conhecimento corporativo, com novas informações compartilhadas e gerenciadas por todos. Surgem idéias e funcionalidades novas, ocasionando inovação. Este conhecimento estratégico representa a inteligência corporativa da empresa.

A colaboração e o envolvimento da comunidade permitem que novas idéias e insights sejam compartilhadas em um ambiente aberto. Esse sentimento elevado de “pertencer” pode ter um impacto positivo no recrutamento e na retenção, bem como no aprendizado. (ROSENBERG, 2002, p. 64).

O gerenciamento do conhecimento mostra a capacidade das pessoas, suas necessidades e colabora para determinar o nível de conhecimento, para gerar interações e a cultura aprendizado na empresa.

(36)

Tornam possível o contato entre professores e alunos separados geograficamente. Elas promovem a interação entre os personagens envolvidos na educação a distancia, permitindo a troca de mensagens, de arquivos e de endereços de sites, em tempo real, além do exercício de atividades de aprendizagem como: a formação de grupos de estudos, a publicação de textos e tira-dúvidas com professores entre outras. (ANDRADE e TACHIZAWA, 2003, p. 114).

Tecnologias de informação são responsáveis por iniciar o gerenciamento de conhecimento, levando a informação armazenada e centralizada em um repositório de conhecimento, as pessoas. A informação de maneira ampla e de acesso facilitado auxilia aos envolvidos obter aquilo de que necessitam no curso de suas atividades, porém a garantia do repasse desse conhecimento por parte dos usuários não pode ser assegurada.

O conhecimento fornecido pelas ferramentas de informação é alimentado em uma segunda etapa, pelo conhecimento das pessoas obtido on-line, cada usuário irá interagir diretamente na informação digital, evitando a mutação de conteúdo e informação desatualizada ou alterada. “A vantagem dessa metodologia é que as informações podem ser continuamente atualizadas, percorrendo um longo caminho em direção à eliminação dos problemas de controle de versão, inerentes quando os documentos eram carregados no computador”. (ROSENBERG, 2002, p. 65).

Toda a interação e qualidade do sistema, irá gerar confiança e retorno de conhecimento. Cada atividade realizada irá somar em conhecimento para a empresa, criando um ciclo coletivo de inteligência agregada.

2.2.7. Suporte ao desempenho

Melhorar a produtividade através do e-Learning, combinando conhecimento e desempenho. Este conjunto contribui para aumentar o valor do sistema, ajudando as pessoas a desempenhar suas atividades cada vez melhor, mais rapidamente e com resultados positivos para a empresa.

Informações e ferramentas agindo paralelamente ajudam na tomada de decisão através do conhecimento confiável e atualizado. “Invariavelmente, os sistemas de suporte ao desempenho e de gerenciamento do conhecimento se fundem em um recurso combinado”. (ROSENBERG, 2002, p. 71).

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“A combinação de treinamento (sala de aula e/ou on-line), gerenciamento do

conhecimento e suporte ao desempenho é uma força poderosa para o aprendizado”. (ROSENBERG, 2002, p. 71).

O gerenciamento de conhecimento mostra ao usuário o conhecimento sem prejudicar tanto o andamento das atividades no trabalho, Ele fica responsável pela maneira que irá aprender através dos recursos que são dados.

Suporte ao desempenho ajuda exclusivamente na execução através da integração no trabalho, relacionando as tarefas do trabalho com o aprendizado, auxiliando de maneira parcial ou total nos resultados.

2.2.8. A estruturação do conhecimento é a chave

As empresas ao organizarem o conhecimento, mantendo bases atualizadas e de acesso a todos, favorecem o aprendizado. Classificar e estruturar o conhecimento, para que este não se torne um dificulta dor de tarefas e sim base para a tomada de decisão. As formas de obter conhecimento, o conhecimento passado e a maneira como é visualizado são importantes para atingir o resultado proposto com o sistema. “[...] conhecer o domínio do conteúdo, já que ele pertence ao seu público, é o trabalho número um no gerenciamento do conhecimento”. (ROSENBERG, 2002, p. 78).

Um exemplo de arquitetura para o ensino a distancia segundo Andrade e Tachizawa (2003, p. 221): Temos um Banco de conhecimento, formado pelo conteúdo dos cursos, informações acadêmicas, mural de recados, dados dos alunos e professores. Ligados a esta estrutura está a Biblioteca Virtual. Professores e alunos através da internet acessam o site do ambiente educacional formado por chat, salas de aulas virtuais, mural de recados e e-mail. A tudo isso temos o sistema de apoio, dando suporte a este ambiente de ensino.

Ao estruturar o conhecimento, as necessidades dos usuários atuais e futuros devem ser consideras de maneira a proporcionar confiabilidade e conforto na utilização do recurso oferecido.

Programas, cursos, disciplinas ou mesmo conteúdos oferecidos a distância exigem administração, desenho, lógica, linguagem, acompanhamento, avaliação, recursos técnicos, tecnológicos e pedagógicos, que não são mera transposição do presencial.

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Ou seja, a educação a distancia tem sua identidade própria. (ANDRADE e TACHIZAWA, 2003, p. 114).

2.2.9. Criação de uma solução de gerenciamento do conhecimento

“Se o gerenciamento do conhecimento parecer algo que valha a pena tentar, é

importante escolher um projeto que será bem-sucedido”. (ROSENBERG, 2002, p. 96).

Determine as necessidades dos usuários do sistema, pois entender o que às pessoas querem é um ponto importantíssimo para desenvolver um sistema desejável. Deve-se sempre melhorar a interatividade para anular dificuldades e incapacidades dos envolvidos.

Procurar o conhecimento na empresa, descobrir ou encontrar as fontes de conhecimento internas ou externas para coletar o conhecimento e determinar o que a empresa precisa.

O curso e todo o universo que o compõem, software, site com áudio e vídeo, chats, videoconferências, etc., devem primar pelo conteúdo a ser passado, sempre visando o lado pessoal de todos os envolvidos. Usar a tecnologia para favorecer os resultados e atender as necessidades das pessoas. A questão da tecnologia deve ser bem entendida para não vir a ser mais importante do que o ensino e aprendizado. (PALLOF e PRATT, 2002, p. 91).

Obter o envolvimento de todos os participantes do projeto, usuários, gerentes e desenvolvedores, para criar o conteúdo do projeto, com a participação de todos evitará a informação única ou a informação desnecessária.

A tecnologia deve ser um facilitador do processo, devendo-se empregá-la as tecnologias de forma comum a todos, para evitar demora na obtenção do conhecimento armazenado. Estar ciente das capacidades estruturais ao fornecer os meios de passar a informação a todos os envolvidos. ”[...] não adicione um recurso como streaming de vídeo, se a infra-estrutura não conseguir suportá-lo”. (ROSENBERG, 2002, p. 98).

Comprovar o que foi desenvolvido, testando a estrutura criada para garantir a satisfação dos usuários ao utilizar o sistema. Buscar se o que está sendo mostrado atenda aos requisitos técnicos esperados por aqueles que utilizam o sistema.

(39)

Criar protótipos para saber se o que está sendo desenvolvido atende aos objetivos, prática que irá favorecer o tempo, dinheiro e retrabalho durante o desenvolvimento do sistema.

Segundo Pallof e Pratt (2002, p. 91) a ferramenta dever ser:

a) Funcional (deve ser fácil enviar o material do curso e criar fóruns de discussão);

b) De simples operação para o aluno e para o professor; c) Amigável, visualmente atraente e de fácil navegação.

Ajudar o desempenho facilitando o trabalho, melhorar os caminhos utilizados durante as atividades aumentando a resposta na busca de informações e gerando conhecimento seguro. “... o sucesso depende da melhoria do desempenho e da simplificação do trabalho. Se der a mesma alta prioridade aos benefícios dos usuários e aos recursos e funcionalidades do sistema, você provavelmente atingirá seus objetivos”. (ROSENBERG, 2002, p. 98).

Comprovar a capacidade de melhorias no conhecimento, na atualização dos dados e rápida velocidade de disseminação da informação durante toda vida do sistema. O apoio econômico e o das pessoas para a execução do sistema do inicio ao fim do projeto, está fortemente ligado ao sucesso do mesmo.

Ressaltar os casos de sucesso do sistema, gerando mais apoio a um sistema que traz valor à empresa. Com apoio da liderança o sistema será visto como algo de sucesso, recebendo cada vez mais seguidores.

Centralizar o gerenciamento do conhecimento em um único portal, com todos os dados e recursos a ser oferecido, estruturar esta hierarquia de acordo com as categorias de usuários, onde cada subgrupo participar daquilo que lhe contém.

“Não há dúvida de que o arquivamento e a distribuição de documentos têm valor,

mas, se não forem gerenciados tanto na entrada como na saída, você terminará com um banco de dados impressionantemente grande de conteúdo deslocado e desatualizado.” (ROSENBERG, 2002, p. 100). Formar grupos compostos por todos os participantes do sistema, para criar uma estrutura de conhecimento, meios de adicionar e remover informação, normas de layout, saber o que e quando será exibida determinada informação para os diferentes usuários estabelecidos.

Disponibilizar pessoas e recursos para atender à demanda dos usuários em relação ao tempo. Fornecer a informação na hora solicitada mostra a capacidade do sistema em gerenciar o conhecimento em níveis de importância. “Quando um sistema de gerenciamento

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do conteúdo não consegue fornecer conteúdo aos usuários na hora certa, também é um desastre.” (ROSENBERG, 2002, p. 100).

O sistema deve estar relacionado às pessoas, certos processos são inteiramente de responsabilidade de um ou mais indivíduos especializados. A tecnologia servindo de suporte a interação do conhecimento das pessoas na empresa. Separar os tipos de conhecimento, aqueles gerados pelo sistema e aqueles criados pelo relacionamento das pessoas e troca de idéias.

A ferramenta deve ser transparente, de rápido domínio, liberando o usuário para as questões do conteúdo que esta sendo passado. O usuário não pode perder o tempo destinado ao estudo em entender como funciona o mediador do processo. O software não pode representar uma barreira no ambiente de aprendizagem, deve ser de fácil assimilação, tornando a interação agradável e as repostas de como interagir devem estar na frente do aluno, para que este não perca tempo em entende-las ou até mesmo desistir delas. (PALLOF e PRATT, 2002, p. 92).

Visar o incentivo e a gratificação na participação das pessoas, estimulando a troca de informação voluntária na contribuição com o sistema.

2.2.10. Maneiras de criar uma arquitetura de aprendizado

Interagir com os alunos pessoalmente ou nos diversos meios de comunicação é necessário para melhorar o contato com o grupo. No ensino on-line as relações humanas são limitadas ao sistema oferecido e suas funcionalidades.

Os autores Pallof e Pratt (2002, p. 71), definem que as pessoas devem estar sempre em primeiro plano. O foco do ensino a distancia são as pessoas, elas irão interagir com o sistema. “[...] a educação a distancia é mais que um software que permite a instituição oferecer um curso on-line. Em qualquer situação, acadêmica, organizacional ou corporativa, é importante lembrar que são as pessoas que utilizam as máquinas, as quais fazem o curso prosseguir.”

Para Rosenberg (2002, p. 116), quando analisamos uma arquitetura de aprendizado, a flexibilidade e a adaptabilidade são pontos importantes. Foram abordados os seguintes pontos:

(41)

b) Integrar o que foi decido que será transmitido com a arquitetura de aprendizado;

c) Relação do tempo disponível para desenvolver as competências dos grupos de pessoas. “Quanto menos tempo você levar para alcançar os objetivos de desempenho para seu programa, menores serão seus custos e mais rápido os estudantes poderão se tornar produtivos.” (ROSENBERG, 2002, p. 117); d) Consultar todos os envolvidos sobre o que esta sendo desenvolvido, de

maneira rápida através de prototipação;

e) Relacionar o e-Learning a informação e as maneiras de obter o aprendizado; f) Trabalhar com o que existe, o conteúdo será continuamente modificado com o

tempo;

g) Usar ferramentas web para unir os aprendizes. “[...] utilize a web como portal unificador para sua arquitetura de aprendizado.” (ROSENBERG, 2002, p. 118);

h) Fornece aprendizado e não somente treinamento, os envolvidos devem utilizar o conhecimento no trabalho de forma independente e contínua;

i) Focar no aprendizado daquilo que as pessoas não sabem, avaliando junto com as pessoas suas necessidades;

j) Criar relacionamento entre as pessoas na web;

k) Unir pessoalmente os envolvidos para fortificar as comunidades;

l) A comunicação deve estar sempre fluindo entre os participantes, através de e-mail ou outras formas de contato;

m) “Manter os funcionários envolvidos no e-Learning é uma situação

desafiadora.” (ROSENBERG, 2002, p. 120).

2.2.11. Programas assíncronos e síncronos

Assíncronos são sistemas que não dependem do tempo, disponível a qualquer momento e quantas vezes precisar, independente de cronograma pré-estipulado ou corrente.

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