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Relação entre polimedicação e qualidade de vida em idosos do município de Palhoça, Santa Catarina, Brasil

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Academic year: 2021

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RELAÇÃO ENTRE POLIMEDICAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS DO MUNICÍPIO DE PALHOÇA, SANTA CATARINA, BRASIL

RELATION BETWEEN POLYMEDICATION AND QUALITY OF LIFE IN ELDERLY IN THE CITY OF PALHOÇA, BRAZIL

POLIMEDICAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS DO SUL DO BRASIL

POLYPHARMACY AND QUALITY OF LIFE IN SOUTH BRAZILIAN ELDERLY

Autora de correspondência:

Nome completo: Fabrícia Daniela Martins Almeida

Endereço: Rua João Bernardino da Rosa, 901, 5-202 Palhoça, Santa Catarina, Brasil Email:fabricia_dani@hotmail.com

Os pesquisadores declaram não haver conflito de interesses. Este estudo não contou com financiamento.

Número de identificação/aprovação do CEP: 068282/2017

Colaboração individual de cada autor na elaboração do manuscrito:

Márcia Regina Kretzer, UNISUL, Palhoça, Santa Catarina, Brasil. Orientadora. Email: marcia.kretzer1@gmail.com

Giovanna Grunewald Vietta, UNISUL, Palhoça, Santa Catarina, Brasil. Coorientadora Email: ggvietta@gmail.com

Roberta Tomi Soares Shirasaki, Médica da UBS Enseada de Brito, Palhoça, SC, Brasil. Email: roberta_shira@hotmail.com

Ísis Marques de Sousa, Enfermeira da UBS Enseada de Brito, Palhoça, SC, Brasil. Email: isismarques.enf@gmail.com

Monica Ribeiro de Moraes, UNISUL, Palhoça, SC, Brasil. Email: monicarmoraes@hotmail.com

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RESUMO

Introdução: O envelhecimento implica em aumento das morbidades, o que demanda

tratamento médico e pode resultar no uso de múltiplas medicações. A polimedicação (≥5 medicações) está associada a risco de perda de qualidade de vida e de resultados negativos à saúde e é risco de mortalidade independente. Objetivo: Avaliar a relação entre polimedicação e qualidade de vida em idosos do município de Palhoça, Santa Catarina, Brasil. Método: estudo transversal aplicado em 135 idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família. Para medir qualidade de vida, utilizaram-se o WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD. Foi aplicado questionário complementar para dados sociodemográficos, clínicos, comorbidades e medicações em uso. Análise pelo SPSS 18.0, com testes de associação qui-quadrado ou Exato de Fischer, Teste t de studente e correlação p<0,005. Resultados: Polimedicação foi encontrada em 55,6%. Houve significância (p<0,001) entre polimedicação e hipertensão, diabetes, artrite, depressão, doenças cardiovasculares e história de quedas. Polimedicação esteve associada a piores médias de qualidade de vida nos domínios físico e psicológico do WHOQOL-BREF e nos domínios atividades passadas, presente e futuro, participação social e intimidade do WHOQOL-OLD. A correlação foi negativa e significativa nos quatro domínios do WHOQOL-BREF e com o escore total do whoqol-old (p<0,05). Conclusão:

Polimedicação está associada ao perfil de doenças crônicas e interfere nos níveis de qualidade de vida dos idosos.

Descritores: polimedicação, idosos, qualidade de vida

ABSTRACT

Introduction: Aging implies an increase in morbidities which requires medical treatment

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associated with risk of loss of quality of life and negative health outcomes and is a risk of independent mortality. Objective: To evaluate the relationship between polymedication and quality of life in the elderly in the municipality of Palhoça, Santa Catarina, Brazil.

Method: a cross-sectional study of 135 elderly patients enrolled in the UBS Family

Health Strategy. A complementary questionnaire was applied with sociodemographic, clinical data, comorbidities and number of medications in use. To measure quality of life, Whoqol-bref and Whoqol-old were applied. Analysis by SPSS 18.0, with the chi-square association test or Fisher's exact test, Student's t-test and correlation p <0.005. Results: Polymedication was observed in 55.6%. There was statistical significance (p <0.001) between polymedication and hypertension (RP = 2.85, CI 1.59-5.09), diabetes (RP = 2.31, CI 1.58-3.36), arthritis (RP = 1.60-2.69), cardiovascular diseases (OR = 2.29, CI 1.61-3.26), and history of falls (RP = 1.651, CI 1.129-2.414). The correlation was negative and significant in the four WHOQOL-BREF domains and with the total WHOQOL-OLD score (-0.284) with p = 0.003. Conclusion: The quaternary prevention should be worked out since the medical training so that health professionals are aware and carefull about the risks of hypermedication in the elderly population.

Key Words: polypharmacy, elderly, quality of life

INTRODUÇÃO

O Brasil tem experimentado, nas últimas décadas, importantes transformações no seu padrão de mortalidade e morbidade em função dos processos de transição epidemiológica e demográfica. Sobre a transição epidemiológica, houve importante redução das doenças infecciosas e aumento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), dos acidentes e da violência. Quanto ao perfil demográfico, a mudança decorre da redução da mortalidade precoce, das taxas de fecundidade, aumento da expectativa de

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vida ao nascer e incremento da população idosa1. O envelhecimento da população, portanto, tem relação direta com a incidência das DCNT2, além de ser um fenômeno complexo que está exigindo cada vez mais estudos multidisciplinares para seu melhor entendimento e compreensão³.

A proporção de idosos está crescendo mais rapidamente que qualquer outra faixa etária e, em 2050, a previsão é de que exista no mundo um total de aproximadamente 2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos4. No Brasil, a maior expectativa de vida deve permitir que o número de idosos quadruplique até 20605.

A assistência às múltiplas morbidades que se desenvolvem com o envelhecimento da população demanda assistência médica contínua e a prescrição de medicações é parte crucial2. O tratamento das DCNT tende a envolver a associação de vários medicamentos e há grande probabilidade da prescrição ser classificada como “polimedicação”¨6. Apesar de ainda não haver um ponto de corte quanto ao número de medicações7-9, muitos estudos caracterizam polimedicação como o uso de 5 ou mais medicações8,10-11.

Nos Estados Unidos, a proporção de idosos usando pelo menos 5 medicamentos passou de 12,8% para 39% entre os anos de 1988 a 201012. Em estudo realizado com idosos Coreanos, foi identificado que 86,4% faziam uso de polimedicação8. O uso de 5 ou mais medicamentos foi relatado por 36% dos idosos6 no município de São Paulo13 e em 28,8% num município de pequeno porte do Estado de Santa Catarina14.

O uso de múltiplas medicações é associado a um risco aumentado de perda de qualidade de vida e de resultados negativos à saúde, como interações medicamentosas, quedas, mais efeitos colaterais e déficits cognitivos, bem como a menor aderência aos tratamentos, menor status funcional e ao desenvolvimento de síndromes geriátricas7,15. Um maior número de medicações também mostrou associação com menor qualidade de

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vida no domínio físico16. Além disso, a polimedicação se mostrou como fator de risco independente de mortalidade, mesmo após correção de fatores de confundimento17.

Alguns fatores como sexo, faixa etária, renda e atuação no mercado de trabalho, tem sido associados a polimedicação. Estudos em municípios brasileiros demonstraram que idosas do sexo feminino estavam mais propensas ao múltiplo uso de medicamentos13,14, enquanto em um estudo de base populacional na Coreia, o sexo masculino foi mais propenso8. Possuir maior renda e estar trabalhando foram características descritas que demonstraram associação direta13. Doenças de origem cardiovasculares, endócrinas e do sistema nervoso central, como depressão, tem sido descritas como as que mais contribuem para o aumento no número de medicamentos em uso13-14.

O envelhecimento também é um fenômeno que causa mudanças na absorção, distribuição, biotransformação e eliminação das drogas, o que torna os idosos mais susceptíveis a efeitos agudos da polimedicação, quando comparado a indivíduos jovens15. Prevenir a hipermedicalização e intervenções desnecessárias fazem sentido frente ao conhecimento sobre a alta prevalência e os riscos da polimedicação, e buscam evitar a desproporção entre o excesso de cuidados e a pequena melhora na qualidade de vida18. Estudos recentes, têm buscado evidências que demonstrem que é possível evitar ou corrigir prescrições inadequadas aos idosos19-20. As medidas de controle buscam envolver a integração dos profissionais e do próprio paciente11,18,20. A escolha das intervenções adequadas, portanto, só se faz possível com o conhecimento sobre qual é o perfil de uso de medicamentos da população alvo, bem como da qualidade de vida a ela relacionada. Desta forma, esta pesquisa tem o objetivo de avaliar os fatores associados à polimedicação e sua relação com qualidade de vida em idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família do município de Palhoça, Santa Catarina, Brasil.

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METODOLOGIA

Estudo epidemiológico observacional de delineamento transversal aplicado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) Ponte do Imaruim e UBS Enseada do Brito, ambas credenciadas à Secretaria Municipal de Saúde de Palhoça. O estudo foi realizado com indivíduos idosos, com 60 anos ou mais, cadastrados nas equipes Saúde da Família das UBS. A coleta ocorreu entre os meses de agosto a novembro de 2017. A amostra foi calculada no programa OpenEpi (Open SourceEpidemiologicStatistics for Public Health) Version 2.3.1, considerando como parâmetros o intervalo de confiança de 95%, poder do teste de 80%. O tamanho da amostra calculado como suficiente foi de 146 pacientes, tendo como base uma diferença entre as médias no domínio físico do instrumento de qualidade de vida WHOQOL-BREF de 15,321 considerando 10% para perdas. A amostra foi selecionada por conveniência, de forma consecutiva, após atendimento de enfermagem, consulta médica, vacina, grupos ou demais atendimentos dos indivíduos na UBS. Foram incluídos indivíduos idosos de ambos os sexos e em uso de medicação ou não, e excluídos os pacientes acamados, com restrição permanente de mobilidade.

Foi aplicado um questionário complementar com dados sociodemográficos, hábitos de vida e clínicos (incluindo o número de medicações em uso), elaborado pelos autores do estudo, e, para avaliar qualidade de vida, foram aplicados os questionários WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD.

A variável dependente foi qualidade de vida (escore total e domínios). A variável polimedicação foi tratada como desfecho quando associada aos fatores sociodemográficos, hábitos de vida e clínicos: sexo (masculino e feminino), escolaridade (analfabeto, ensino fundamental, ensino médio, ensino superior), idade (em anos), renda (em número de salários mínimos), aposentadoria (sim ou não), atividade física (sim ou

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não, tabagismo (sim ou não), consumo de álcool (sim ou não), diabetes (sim e não), hipertensão (sim e não), depressão (normal, leve e grave), doenças reumatológicas (sim e não), doenças renais (sim e não), classe de medicamentos, história de quedas, automedicação) e variáveis dependentes (número de medicamentos em uso).

Foi considerada atividade física a realização de 150 minutos ou mais por semana 22. Quanto ao uso do álcool, foi considerado 5 doses por semana para o homem e 4 doses/ semana para as mulheres23.

Para avaliação da depressão foi aplicada a Escala de Depressão Geriátrica, traduzida e validada por Paradela et al24, composta por quinze perguntas com respostas sim ou não, com pontuação de 0 a 15. Um escore de 0 a 5 representa o indivíduo normal, de 6 a 10 caracteriza depressão, já o escore entre 11 e 15 caracteriza depressão severa.

Como instrumentos de avaliação da QV, foram aplicados dois questionários. Primeiro, o questionário WHOQOL-BREF21, traduzido e validado no Brasil por Fleck et al25, é composto por 26 itens, sendo o 1 e 2 de abrangência geral. O número 1 representa a avaliação do participante sobre sua qualidade de vida, e o 2 a opinião sobre a satisfação com a saúde. As respostas preenchem uma escala Likert (de 1 a 5, quanto maior a pontuação melhor a qualidade de vida). Além dessas duas questões, o instrumento tem 24 itens divididos em quatro domínios: capacidade física, representado por 7 itens e com escore variando de 7 a 35; bem estar psicológico, representado por 6 itens, com escore variando de 6 a 30; relações sociais, representadas por três itens, com escore variando de 3 a 15; e o meio ambiente em que o indivíduo está inserido, representado por 8 itens, com escore variando de 8 a 40. As médias dos 4 domínios com variação de 0 a 100 foram obtidas através de cálculos pela sintaxe SPSS-WHOQOL-BREF. Quanto maior o valor, maior a qualidade de vida.

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Em segundo lugar, o questionário WHOQOL-OLD, traduzido e validado no Brasil por Fleck et al26. É um instrumento específico para idosos composto por 24 itens pontuados em escala Likert (de 1 a 5), divididos em seis domínios: funcionamento dos sentidos, autonomia, atividades passadas, presentes e futuras, participação social, morte e morrer, e intimidade. Como cada domínio possui 4 itens; para todos os domínios, o escore dos valores possíveis pode oscilar de 4 a 20, se todos os ítens de um domínio tiverem sido preenchidos. Os escores destes 6 domínios ou os valores dos 24 itens do questionário podem ser combinados para produzir um escore total para a qualidade de vida em idosos. As médias dos escores dos domínios com variação de 0 a 100 foram calculadas através da sintaxe SPSS-WHOQOL-OLD. Quanto maior o valor, maior a qualidade de vida.

As variáveis foram organizadas em banco de dados digitais utilizando o programa Excel e posteriormente analisadas por meio do programa estatístico SPSS 18.0 (StatisticalPackage for the Social Sciences (SPSS).Version 18.0. [Computer program]. Chicago: SPSS Inc; 2009). As variáveis qualitativas foram apresentadas em frequências absolutas e relativas e as quantitativas em médias e desvios-padrão, valores mínimos e máximos. Diferenças na distribuição das variáveis independentes de acordo com o uso da polimedicação, foram investigadas e testadas utilizando-se o teste do Qui-quadrado de Pearson no nível de significância de 5% (p < 0,05). A seguir foram obtidas as Razões de Prevalência Brutas (RPbr) e Ajustadas (RPaj) e Intervalos de Confiança de 95% (IC95%). O modelo de Análise Multivariada, Regressão de Cox, foi aplicado para o ajuste do efeito independente da exposição no desfecho de interesse nas variáveis com p<0,20. Para testar a diferença de médias entre a variável de desfecho domínios e score total de qualidade de vida com a variável de exposição polimedicação foi utilizado o teste T de Student. Nível de significância p<0,05.

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Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina, CAAE: 70077417.0.0000.5369

RESULTADOS

Foram entrevistados 135 indivíduos, com idade média de 69,9 anos ± 8 anos, com variação de 60 a 97 anos. Maior frequência do sexo feminino (69,6%), etnia branca (81,3%) e estado civil com companheiro (50,4%). Sobre a ocupação, 77,6% eram aposentados e 54,6% recebiam até 1 salário mínimo. A escolaridade predominante foi até o ensino fundamental (84,3%), sendo que 9,7% eram analfabetos, 4,5% tinham ensino superior e 0,7%, pós graduação. A maioria (64,2%) não praticava exercícios físicos. O consumo de álcool foi relatado por 10,5% dos entrevistados, 6,8% eram fumantes.

Sobre o perfil clínico dos entrevistados, conforme descrito na Tabela 1, a comorbidade mais frequente foi a Hipertensão Arterial Sistêmica (63,7%), enquanto 37,8% relataram ter diabetes; 31,9%, doença cardiovascular; 20,1% relataram artrite e 5,9%, doenças renais. A frequência de depressão pela escala de depressão geriátrica foi de 27,3%, sendo que 5,5% foram categorizados como depressão severa e 22,0% como depressão leve. O uso de medicamentos entre os entrevistados variou de nenhum (4,4%) até 25 diferentes medicações por dia (0,7%), sendo que a maioria (55,6%) usavam 5 medicamentos ou mais, caracterizando polimedicação. Dentre os que relataram uso de medicação, 63% usavam hipertensivos, 32,6%, depressivos, 37,8%, anti-diabéticos e 14,8% analgésicos. A automedicação foi relatada por 23,9% e 41,8% dos entrevistados tinham história de queda.

Em relação aos instrumentos de qualidade de vida (Tabela 2), a pontuação nos domínios do WHOQOL-BREF variou entre 60,18 a 72,68 de média. As maiores médias foram identificadas no domínio social (72,68) e as menores, no domínio físico

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(60,18). No instrumento WHOQOL-OLD, a maior média encontrada foi de 66,83 no domínio Atividades Passadas, Presentes e Futuras, enquanto a menor média foi no domínio Morte e Morrer (30,29). O escore total foi de 54,82, com variação entre as pontuações 20,31 e 80,21.

Quando a polimedicação foi associada com as características sóciodemográficas, hábitos de vida e perfil clínico (Tabela 3), houve significância (p<0,001) com a presença das comorbidades hipertensão arterial (RP=2,85; IC 1,59-5,09), diabetes mellitus (RP=2,31; IC 1,58-3,36), artrite (RP=1,60; IC 1,10-2,33), depressão (RP=2,101; IC 1,491-2,960), e doenças Cardiovasculares (RP=2,29; IC 1,61-3,26). História de quedas foi considerada fator de risco (p=0,01) para polimedicação nos idosos (RP=1,651; IC 1,129 – 2,414).

Conforme demonstrado na Tabela 4, identificou-se que a polimedicação esteve associada significativamente a piores médias de qualidade de vida nos domínios físico (51,25 ± 16,78) e psicológico (63,24 ± 17,73) do WHOQOL-BREF e nos domínios atividades passadas, presente e futuro (63,05 ± 17,88), participação social (59,26 ± 20,67) e intimidade (60,24 ±28,18) do WHOQOL-OLD, com significância estatística em seu escore total (p= 0,009).

Ao analisar a correlação entre o número de medicamentos e as médias dos domínios do WHOQOL-BREF, identificou-se correlação negativa e significativa nos quatro domínios: físico (r=-0,196, p= 0,024); social (r = -0,216, p= 0,013); psicológico (r =-0,240, p= 0,006); domínio ambiental (r =- 0,218; p=0,012). A correlação com o escore total do WHOQOL-OLD apresentou correlação negativa (-0,284) e o valor de p foi 0,003 (Gráfico 1).

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DISCUSSÃO

O uso de cinco drogas ou mais (polimedicação) em idosos encontrado no presente estudo foi de 55,6%. No mundo, taxas elevadas de polimedicação nesta população têm sido encontradas no continente Asiático. Na Coreia, Kim et al (2014), realizaram estudo com dados de 319.185 idosos e encontraram prevalência de 86,14% de polimedicados8, sendo que os autores consideraram polimedicação como o uso de pelo menos 6 drogas. Neste estudo, há a classificação de polimedicação maior (11 drogas ou mais), com 44,9% de prevalência, e polimedicação excessiva (21 drogas ou mais), com 3%8. Em uma coorte retrospectiva realizada na Suécia, com bancos de dados nacionais de 1.742.336 indivíduos com 65 anos ou mais, a prevalência de polimedicação encontrada foi de 44%27. No Brasil, em estudo com dados da Pesquisa Nacional de Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), do total de 41.433 idosos, 18% usavam pelo menos 5 medicamentos, sendo que a região Sul apresentou 25,1%, as maiores taxas do país6. No Município de Tubarão, em Santa Catarina, Galato et al (2010) entrevistaram 104 idosos em seus domicílios, cobertos pela Estratégia Saúde da Família, e encontraram 28,8% de polimedicados14.

A maior prevalência de polimedicação encontrada na presente pesquisa em relação aos demais estudos nacionais pode ter se dado pelos diferentes métodos aplicados, visto que esta foi realizada dentro das Unidades Básicas de Saúde. Nas outras pesquisas citadas, a coleta foi realizada em banco de dados ou em domicílio, o que não garante que os sujeitos efetivamente busquem por cuidados de saúde. Os indivíduos entrevistados na atual pesquisa estavam buscando o serviço de saúde ativamente quando foram abordados, e poderiam, portanto, estar mais motivados e mais expostos aos tratamentos e intervenções médicas. A alta proporção de polimedicação encontrada na presente

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pesquisa também pode se justificar pelo perfil elevado de multimorbidade encontrado, sendo que 65,2% dos idosos apresentaram 2 doenças crônicas ou mais e 42,2%, 3 ou mais. No atual estudo foi identificada associação entre polimedicação e a presença das comorbidades hipertensão arterial sistêmica, diabetes, artrite, depressão, doenças cardiovasculares e história de queda. No estudo SABE (Saúde, Bem estar e Envelhecimento) também houve associação positiva entre polimedicação e hipertensão, diabetes e problemas cardíacos13. Em pesquisa com banco de dados nacional em municípios urbanos brasileiros, Ramos et al (2016) encontraram maiores prevalências de polimedicação entre indivíduos com depressão, diabetes e doenças cardíacas6. Prescrição aumentada de medicamentos também foi observada no manejo da depressão no estudo REPOSI (Registro Politerapie SIMI - Societá Italiana de Medicina Interna)10.

No estudo atual, não houve discriminação das classes de anti-hipertensivos ou de anti-diabéticos, mas os medicamentos utilizados no controle da hipertensão arterial sistêmica e no controle do diabetes têm sidos descritos como os maiores responsáveis pelos altos índices de polimedicação em idosos6. Isso parece se dar pelo fato de que doenças crônicas costumam exigir amplo número de classes medicamentosas ao longo de seu tratamento. Os guidelines de práticas clínicas são baseados em evidências e em consensos de especialistas para ajudar nas decisões a serem tomadas na conduta diante de doenças específicas. Os médicos tendem a seguir os guidelines disponíveis para cada uma das múltiplas doenças que afetam os idosos e tais documentos dificilmente levam em conta as multimorbidades da terceira idade. Além disso, os ensaios clínicos (clinical trials) que analisam a prescrição medicamentosa geralmente se desenvolvem com pacientes diferentes dos idosos: são indivíduos relativamente jovens e altamente selecionados, que tem apenas aquela doença que se espera ter todos os benefícios da droga sob investigação28. O envelhecimento da população e o aumento da prevalência das

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doenças crônicas, portanto, se impõe como um desafio ao desenvolvimento e aplicação dos guidelines de práticas clínicas.

O uso de pelo menos 5 drogas, no atual estudo, apresentou associação (p<0,005) com piores médias de qualidade de vida (QV) nos domínios físico e psicológico do WHOQOL-BREF. Também houve correlação significativa e inversa entre o número de medicamentos e os escores de todos os domínios do WHOQOL-BREF, ou seja, quanto mais aumenta o número de medicamentos, piores são os índices de qualidade de vida. Tal instrumento tem por objetivo medir QV em adultos dentro de uma perspectiva transcultural, levando em conta o caráter subjetivo da qualidade de vida e sua natureza multidimensional.

Na análise do WHOQOL-OLD, as piores médias entre os polimedicados ocorreram nos domínios “atividades passadas, presente e futuro”, “participação social” e “intimidade” e também com o escore total. Foi encontrada correlação negativa e significativa entre o número de medicações e o escore total deste instrumento. Os resultados sugerem que os idosos polimedicados, portanto, parecem participar menos das atividades do cotidiano, têm menos satisfação sobre as conquistas da vida e sobre coisas que anseiam, além de sofrerem mais com questões relacionadas a intimidade. Mas, além de apenas uma preocupação dos indivíduos avaliados nesta pesquisa, o uso de muitos fármacos parece estar efetivamente associado com maior mortalidade: em pesquisa prospectiva com 6.052 idosos na Espanha, foi encontrada associação entre o uso de 6 ou mais medicações e risco aumentado de morte29. Quanto a satisfação pessoal, estudo realizado na Índia com idosos diabéticos, o uso de menores quantidades de medicamentos esteve relacionado a tratamentos mais satisfatórios e maior qualidade de vida30. Mesmo quando avaliada por outros instrumentos, a polimedicação também tem demonstrado interferência na qualidade de vida desta população. Em idosos espanhóis, por exemplo,

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através da escala EuroQol, a polifarmácia apresentou associação com pior “Qualidade de Vida Relacionada à Saúde”31, que é considerado um indicador chave do status de saúde dos indivíduos idosos. Além disso, em estudo de coorte longitudinal em idosos norte-americanos32, foi identificada incidência de fragilidade aproximadamente duas vezes maior naqueles que usavam 4 a 6 medicações, e seis vezes maior nos que usavam pelo menos 7 drogas, quando em comparação com os idosos que usavam até 3 remédios.

A polimedicação tem sido descrita como o principal fator determinante de prescrições potencialmente inadequadas nos idosos33, o que inclui maior risco de reações adversas, baixa aderência, maior custo financeiro, interações medicamentosas e piores prognósticos19.Atualmente, têm-se buscado maneiras para melhor avaliar o manejo das prescrições medicamentosas. Os critérios de Beers, desenvolvidos por um geriatra em 1991 e atualizados pela Sociedade Americana de Geriatria em 2015, bem como o STOPP/START, ferramenta de screening para prescrições potencialmente inadequadas em idosos, tem sido descritos como ferramentas para estimar o uso de medicamentos19. Um ponto de partida sugerido por Kim et al (2018) pode ser sempre considerar o risco-benefício das drogas, os objetivos do paciente, seu nível de funcionalidade, expectativa de vida, valores e preferências. Segundo os autores, algumas medicações como as estatinas para prevenção primária, anticolinérgicos, benzodiazepínicos, antipsicóticos e inibidores de bomba de prótons são amplamente usados sem indicações apropriadas34.

Entretanto, uma revisão sistemática que analisou intervenções que visavam melhorar a polimedicação nos idosos19 destaca que há poucos estudos de boa qualidade com este objetivo. Além disso, ainda está incerto se tais intervenções resultam em melhoras clínicas significativas em termo de admissões hospitalares, problemas relacionados a interações medicamentosas e a qualidade de vida nos idosos.

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Apesar de a prescrição de drogas ser frequentemente benéfica aos pacientes, os idosos, particularmente, estão mais expostos a efeitos colaterais das drogas e suas consequências35. A alta prevalência de iatrogenia na terceira idade, apesar de conhecida, permanece muito comum ainda hoje. Segundo Ferchichi et al (2004), o risco de uma “espiral iatrogênica” no idoso deve levar o médico a estar atento a novos sintomas como possíveis efeitos colaterais, controlar a eficácia e a tolerância das drogas, ajustar dosagens ou mesmo descontinuá-las35.

Novos estudos são necessários para avaliar não apenas o perfil dos idosos polimedicados, mas principalmente quais intervenções podem ser realizadas com o fim de diminuir ou adequar a polimedicação e o quanto tais intervenções são capazes de melhorar a qualidade de vida nos idosos.

CONCLUSÃO

A população em estudo apresenta perfil de maioria do sexo feminino, etnia branca, estado civil com companheiro, escolaridade com até ensino fundamental e aposentadoria de até um salário mínimo mensal. A maioria não pratica atividade física, com 10% de consumo de álcool e 6,8% fumantes.

A prevalência da polimedicação é alta, mais da metade refere uso de 5 ou mais medicamentos. A polimedicação está associada ao perfil de doenças crônicas e depressão, e interfere nos níveis de qualidade de vida dos idosos medidos pelo WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD. O número de medicações apresenta correlação significativa e inversa, ou seja, quanto maior o número de medicamentos, piores são os índices de qualidade de vida. A prevenção quaternária deve ser trabalhada desde a formação médica para que os profissionais de saúde estejam atentos e conscientes sobre os riscos da hipermedicalização na população idosa.

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(22)

ILUSTRAÇÕES (tabelas e figuras, gráficos e desenhos)

Tabela 1: Categorização do perfil clínico dos idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família do Município de Palhoça, SC, Brasil.

Variável n % Número de medicamentos Até 4 5 ou mais 60 75 44,4 55,6 Classe medicamentos Antiinflamatórios Antiipertensivos Antidepressivos Antidiabéticos Analgésicos 19 85 44 51 20 14,0 63,0 32,6 37,8 14,8

Hipertensão Arterial Sistêmica 86 63,7

Diabetes 51 37,8

Doenças renais 7 5,20

Escala de Depressão Geriátrica

Depressão Severa Depressãoleve Sem depressão 7 46 81 5,20 34,3 60,4 Doença Cardiovascular 43 31,9 História de queda 56 41,8 Automedicação 32 23,9 Tabagismo 8 6,00 Artrite 27 20,1

(23)

Tabela 2: Descrição dos domínios da Qualidade de Vida dos idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família do Município de Palhoça, SC, Brasil.

Variável Média (DP) Amplitude

Menor Maior WHOQOL-BREF Físico Social Psicológico Ambiental 60,18 (17,86) 72,68 (16,90) 68,90 (15,29) 65,32 (14,37) 17,86 16,67 8,33 21,88 100 100 100 100 WHOQOL-OLD Funcionamento sentidos

Atividades passadas, presentes e futuras Participação social Morte e morrer Intimidade Escore total 33,81 66,83 (17,55) 63,97 (18,73) 30,29 (24,78) 67,05 (26,06) 54,82 (9,44) 6,25 12,50 12,50 0 0 20,31 88,25 100 100 100 100 80,21

(24)

Tabela 3: Associação entre polimedicação e características sócio-demográficas, hábitos de vida e perfil clínico dos idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família do Município de Palhoça, SC, Brasil.

Variável Polimedicação Valor p Sim n (%) Não n (%) Sexo Masculino Feminino 17 (41,5%) 43 (45,7%) 24 (58,5%) 51 (54,3%) 0,645 Idade 70 ou mais Até 69 30 (51,7%) 30 (39,0%) 28 (48,3%) 47 (61,0%) 0,140 Fuma Sim Não 3 (37,5%) 57 (45,6%) 5 (62,5%) 68 (54,4%) 0,655 Álcool Sim Não 3 (21,4%) 57 (47,9%) 11 (78,6%) 62 (52,1%) 0,060 Escolaridade ≤ Fundamental Médio ou mais 54 (47,8%) 6 (28,6%) 59 (52,2%) 15 (71,4%) 0,104 Estado civil Sem companheiro Com companheiro 30 (44,8%) 30 (44,1%) 37 (55,2%) 38 (55,9%) 0,939 Renda Até 1 salário 2 ou mais 30 (46,2%) 24 (44,4%) 35 (53,8%) 30 (55,6%) 0,852 Queda Sim Não 32 (57,1%) 27 (34,6%) 24 (42,9%) 51 (65,4%) 0,010 Exercício físico Sim Não 18 (37,5%) 42 (48,8%) 30 (62,5%) 44 (51,2%) 0,206 HAS Sim Não 50 (58,1%) 10 (20,4%) 36 (41,9%) 39 (79,6%) <0,001 DM Sim Não 35 (68,6%) 25 (29,8%) 16 (31,4%) 59 (70,2) <0,01 Obesidade Sim Não 14 (50%) 46 (43%) 14 (50%) 61 (57%) 0,506 Artrite Sim Não 17 (63%) 42 (39,3% 10 (37%) 65 (75%) 0,027 Doenças renais Sim Não 4 (57,1%) 56 (43,8%) 3 (42,9%) 72 (56,2%) 0,487

(25)

GDS Depressão Sem depressão 26 (72,2%) 33 (34,4%) 10 (27,8%) 63 (65,6%) <0,001 Nível depressão GDS Severa Leve Ausente 7 (100%) 25 (54,3%) 27 (33,3%) 0 21 (45,7%) 54 (66,7%) 0,001 DCV Sim Não 31 (72,1%) 29 (31,5%) 12 (27,9%) 63 (68,5%) <0,001 Automedicação Sim Não 15 (46,9%) 44 (43,1%) 17 (53,1%) 58 (56,9%) 0,710

(26)

Tabela 4: Análise multivariada entre polimedicação e características sócio-demográficas, hábitos de vida e perfil clínico dos idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família do Município de Palhoça, SC, Brasil.

Variável RP Bruta

(IC 95%) Valor p RP Ajustado

Valor p Idade 70 ou mais Até 69 1,328 (0,913–1,930) 0,140 1,235 (0,737-2.070) 0,423 Álcool Sim Não 0,447 (0,161–1,241) 0,060 0,525 (0,150-1,845) 0,315 Escolaridade ≤ fundamental Médio ou mais 1,673 (0,828 – 3,379) 0,104 1,600 (0,681-3,760) 0,281 Exercicio Fisico Sim Não Queda Sim Não 0,768 (0,502 – 1,174) 1,651 (1,129 – 2,414) 0,206 0,010 1,282 (0,734 – 2,238) 1,351 (0,762 – 2,394) 0,382 0,303 HAS Sim Não 2,849 (1,593 – 5,095) <0,001 2,569 (1,270-5,196) 0,009 DM Sim Não 2,306 (1,581 – 3,363) <0,01 1,908 (1,129-3,225) 0,016 Artrite Sim Não 1,604 (1,104 – 2,330) 0,027 1,436 (0,812-2,539) 0,214 GDS Depressão Sem depressão 2,101 (1,491 – 2,960) <0,001 1,784 (1,037-3,069) 0,037 DCV Sim Não 2,287 (1,605 – 3,258) <0,001 1,895 (1,090-3,294) 0,023

(27)

Tabela 5: associação entre a polimedicação e os domínios/escore total da qualidade de

vida pelo WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD nos idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família do Município de Palhoça, SC, Brasil.

Polimedicação Valor de p Sim Média (DP) Não Média (DP) WHOQOL-BREF bref Físico Psicológico Social Meio ambiente 51,25 (16,78) 63,24 (17,73) 70,13 (19,77) 62,73 (16,00) 67,39 (15,35) 73,52 (11,15) 74,77 (13,93) 67,42 (12,64) <0,001 <0,001 0,132 0,070 WHOQOL-OLD Habilidades sensoriais APPF* Participação social Morte e morrer Intimidade Escore total 35,67 (18,21) 63,05 (17,88) 59,26 (20,67) 33,41 (27,32) 60,24 (28,18) 52,23 (9,00) 32,30 (16,36) 70,05 (16,73) 67,91 (16,06) 27,80 (21,42) 72,63 (22,91) 56,91 (9,34) 0,277 0,027 0,012 0,216 0,008 0,009 *Atividades passadas, presente e futuro

(28)

Gráfico 1: Correlação entre número de medicamentos utilizados e qualidade de vida

(pelo Escore Total do WHOQOL-OLD) nos idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família do Município de Palhoça, SC, Brasil.

(29)

REVISTA BRASILEIRA DE EPIDEMIOLOGIA - NORMAS -

Os manuscritos são aceitos em português, espanhol ou inglês. Os artigos em português e espanhol devem ser acompanhados do resumo no idioma original do artigo, além de abstract em inglês. Os artigos em inglês devem ser acompanhados do abstract no idioma original do artigo, além de resumo em português.

O manuscrito deve ser acompanhado de documento a parte com carta ao editor, justificando a possível publicação.

Os manuscritos devem ter o máximo de 21.600 caracteres com espaço e 5 ilustrações, compreendendo Introdução, Metodologia, Resultados, Discussão, Conclusão (Folha de rosto, Referências Bibliográficas e Ilustrações não estão incluídas nesta contagem). O arquivo deve apresentar a seguinte ordem: Folha de rosto, Introdução, Metodologia, Resultados, Discussão, Conclusão, Referências Bibliográficas e Ilustrações. O manuscrito deve ser estruturado, apresentando as seções: Folha de rosto, Resumo, Abstract, Introdução, Metodologia, Resultados, Discussão, Conclusão, Referências e Ilustrações. O arquivo final completo (folha de rosto, seções, referências e ilustrações) deve ser submetido somente no formato DOC (Microsoft Word), e as tabelas devem ser enviadas em formato editável (Microsoft Word ou Excel), devendo respeitar a seguinte formatação:

 Margens com configuração “Normal” em todo o texto (superior e inferior = 2,5 cm; esquerda e direita = 3 cm);

 Espaçamento duplo em todo o texto;

 Fonte Times New Roman, tamanho 12, em todo o texto;

 Não utilizar quebras de linha;

 Não utilizar hifenizações manuais forçadas.

Folha de Rosto

Os autores devem fornecer os títulos do manuscrito em português e inglês (máximo de 140 caracteres com espaço), título resumido (máximo de 60 caracteres com espaço), dados dos autores*, dados do autor de correspondência (nome completo, endereço e e-mail), agradecimentos, existência ou ausência de conflitos de interesses, financiamento e número de identificação/aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Deve ser especificada, também, a colaboração individual de cada autor na elaboração do manuscrito.

*A indexação no SciELO exige a identificação precisa da afiliação dos autores, que é essencial para a obtenção de diferentes indicadores bibliométricos. A identificação da afiliação de cada autor deve restringir-se a nomes de entidades institucionais, Cidade, Estado e País (sem titulações dos autores).

O financiamento deve ser informado obrigatoriamente na Folha de rosto. Caso o estudo não tenha contato com recursos institucionais e/ou privados, os autores devem informar que o estudo não contou com financiamento.

(30)

Resumo e Abstract

Os resumos devem ter 1600 caracteres com espaço no máximo, e devem ser apresentados na a forma estruturada, contemplando as seções: Introdução, Metodologia, Resultados, Discussão, Conclusão. As mesmas regras aplicam-se ao abstract.

Os autores deverão apresentar no mínimo 3 e no máximo 6 palavras-chave, bem como as respectivas Keywords, que considerem como descritores do conteúdo de seus trabalhos, no idioma em que o artigo foi apresentado e em inglês. Esses descritores devem estar padronizados conforme os DeCS (http://decs.bvs.br/).

Ilustrações

As tabelas e figuras (gráficos e desenhos) deverão ser inseridas no final do manuscrito, não sendo permitido o envio em páginas separadas. Devem ser suficientemente claras para permitir sua reprodução de forma reduzida, quando necessário. Fornecer títulos em português e inglês, inseridos fora das ilustrações (não é necessário o corpo da tabela e gráficos em inglês). Deve haver quebra de página entre cada uma delas, respeitando o número máximo de 5 páginas dedicadas a Tabelas, Gráficos e Figuras. Apresentá-las após as Referências, no final do manuscrito (em arquivo único).

As ilustrações podem no máximo ter 15 cm de largura e devem ser apresentadas dentro da margem solicitada (configuração nomeada pelo Word como “Normal”). Não serão aceitas ilustrações com recuo fora da margem estabelecida.

Imagens

 Fornecer as fotos em alta resolução;

 Fornecer os gráficos em formato editável (preferencialmente PDF). Tabelas, Equações, Quadros e Fluxogramas

 Sempre enviar em arquivo editável (Word ou Excel), nunca em imagem;

 Não formatar tabelas usando o TAB; utilizar a ferramenta de tabelas do programa;

 Nas tabelas, separar as colunas em outras células (da nova coluna); não usar espaços para as divisões.

Abreviaturas

Quando citadas pela primeira vez, devem acompanhar o termo por extenso. Não devem ser utilizadas abreviaturas no título e no resumo.

Referências

Devem ser numeradas de consecutiva, de acordo com a primeira menção no texto, utilizando algarismos arábicos. A listagem final deve seguir a ordem numérica do texto, ignorando a ordem alfabética de autores. Não devem ser abreviados títulos de livros, editoras ou outros. Os títulos de periódicos seguirão as abreviaturas do Index Medicus/Medline. Devem constar os nomes dos 6 primeiros autores, seguidos da expressão et al. quando ultrapassarem esse número. Comunicações pessoais, trabalhos inéditos ou em andamento poderão ser citados quando absolutamente necessários, mas não devem ser incluídos na lista de referências, sendo apresentados somente no corpo do texto ou em nota de rodapé. Quando um artigo estiver em vias de publicação, deverá ser indicado: título do periódico, ano e outros dados disponíveis, seguidos da expressão, entre

(31)

parênteses “no prelo”. As publicações não convencionais, de difícil acesso, podem ser citadas desde que os autores indiquem ao leitor onde localizá-las. A exatidão das referências é de responsabilidade dos autores.

EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS Artigo de periódico

Szklo M. Estrogen replacement therapy and cognitive functioning in the Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC) Study. Am J Epidemiol 1996; 144: 1048-57.

Livros e outras monografias

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Capítulo de livro

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Tese e Dissertação

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Trabalho de congresso ou similar (publicado)

Mendes Gonçalves RB. Contribuição à discussão sobre as relações entre teoria, objeto e método em epidemiologia. In: Anais do 1º Congresso Brasileiro de Epidemiologia; 1990 set 2-6; Campinas (Br). Rio de Janeiro: ABRASCO; 1990. p. 347-61.

Relatório da OMS

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Documentos eletrônicos

Hemodynamics III: the ups and downs of hemodynamics. [computer program]. Version 2.2. Orlando (FL): Computorized Systems; 1993.

OBSERVAÇÃO

A Revista Brasileira de Epidemiologia adota as normas do Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (estilo Vancouver), publicadas no New England Journal of Medicine, 1997; 336: 309, e na Revista Panamericana de Salud Publica, 1998; 3: 188-96 (http://www.icmje.org/urm_main.html).

(32)

Instrumento Norteador para Avaliação do Artigo Científico

Aluna: Fabrícia Daniela Martins Almeida

Folha de rosto e título do manuscrito

Inclui nomes completos de todos os autores?

Indica as informações institucionais de todos os autores? Informa a afiliação dos autores?

Inclui e-mail dos autores?

Inclui nome e endereço eletrônico do autor correspondente?

O título está de acordo com as normas da revista e expressa com clareza o objetivo da pesquisa? 1. Resumo e Palavras-chave (0,5): nota _________

O Resumo apresenta o limite de palavras? Apresenta resumo nos diferentes idiomas exigidos? O objetivo do resumo é igual ao da introdução?

Informa o desenho, período do estudo, origem dos dados na seção Método? Menciona o número amostral e os principais achados na seção Resultados? A Conclusão responde ao objetivo do estudo?

2. Introdução (1,0): nota _________

Reflete o estado da arte do conhecimento da área - aborda diretamente o problema estudado? Indica possíveis lacunas sobre o assunto?

Justifica a realização (relevância), a originalidade e a lógica que guiou a pesquisa? Apresenta referências relevantes e atualizadas que sustentam o problema de pesquisa? O objetivo é claro e bem definido no final da introdução (igual ao do resumo)? Desperta o interesse do leitor para a leitura do artigo na íntegra?

3. Método (2,5): nota _________

Inclui desenho, local, período do estudo e origem dos dados?

Explicita todas as variáveis estudadas com suas categorias e/ou unidades de medida? Apresenta cálculo do tamanho da amostra (quando necessário)?

Detalha a seleção da amostra (amostragem) e descrição dos procedimentos de coleta dos dados?

Apresenta procedimentos de análise dos dados, incluindo testes estatísticos, nível de significância adotado e softwares utilizados?

Quando realizada a análise multivariada, relata a forma de entrada das variáveis no modelo, nível de significância considerado nas diferentes etapas, e procedimentos para verificação do ajuste do modelo? Apresenta considerações éticas – CEP e informa sobre uso de TCLE?

4. Resultados, tabelas e figuras (2,0): nota _________

Informa o número amostral e número e/ou proporção de perdas e recusas, quando pertinente? Destaca os principais resultados nas tabelas e figuras?

Descreve os resultados de forma clara, objetiva, sem interpretações pessoais? Tabelas e figuras apresentam conteúdos diferentes?

Cita todas as tabelas e figuras no texto?

Padroniza o número de casas após a vírgula (texto, tabelas e figuras)? Apresenta todos os resultados de acordo com o objetivo?

Informa valores das medidas de associação e dos limites dos intervalos de confiança, valor de p? 5. Discussão e conclusão (2,0): nota _________

Inclui os principais achados do estudo?

Compara os achados do presente estudo com os de outros estudos, informando o local/período? Levanta hipóteses sobre os resultados encontrados, com base na literatura científica?

Inclui referências atuais, nacionais e internacionais, publicadas em revistas indexadas? Discute as limitações do estudo?

Evita repetição de ideias e apresenta apenas afirmações suportadas pelos resultados? A conclusão sumariza os principais achados e responde os objetivos do estudo?

Inclui parágrafo de conclusão com implicações, perspectivas e/ou recomendações, quando necessário? 6. Referências (0,5): nota _________

Está de acordo com as normas vaocouver. Inclui todas as referências citadas no texto.

(33)

7. Apresentação Oral (1,0): nota __________

Apresenta postura adequada para a apresentação de trabalho em ambiente acadêmico?

Demonstra domínio do conteúdo? Usa linguagem técnica-científica clara e adequada (habilidade na comunicação)?

Usou adequadamente o tempo disponível? Fez uso adequado do laser point?

Demonstra compreensão das questões propostas pela Banca Examinadora e clareza nas respostas? Nota Final: _____________ Assinatura: ________________________________________________________.

Referências

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