Reflexões sobre a Assistência de Enfermagem na
Saúde Mental e Psiquiatria: papel do enfermeiro
contemporâneo
Simone de Oliveira Camillo
UM NOVO CONTEXTO, UMA NOVA
ABORDAGEM....SÉC XXI
• A enfermagem irá cuidar considerando a
pessoa com sofrimento mental como um ser:
– Biológico (físico, orgânico)
– Psíquico (mental, psicológico)
– Social (contexto, papéis
)
Indivíduo
capaz ou não
de enfrentar
sua
UM
NOVO CONTEXTO, UMA NOVA
ABORDAGEM....SÉC XXI
RUPTURA
Com a instituição manicomial; Com o sistema coercitivo;
Caráter iatrogênico do hospital psiquiátrico.
Exclusão;
Confinamento;
Perda da dignidade e subjetividade; Maus-tratos; CRONICIDADE. Compromisso com ○ os direitos civis; ○ a cidadania; ○ as habilidades e capacidades; ○ a autonomia; ○ a redução do número de leitos em hospitais psiquiátricos; ○ a criação de serviços substitutivos. novas diretrizes Reforma Psiquiátrica:
UM NOVO CONTEXTO, UMA NOVA ABORDAGEM....SÉC XXI
• Enfermeiro:
• mentor do cuidado de enfermagem;
• formador de opinião;
• formador de profissionais;
• componente da equipe multi;
• comprometido com a reforma;
REFORMA
PSIQUIATRI
Enfermagem
Meados de 1800
Florence Nightingale na Inglaterra Vitoriana tinha como proposta
“reger a atividade de cuidado a partir de critérios científicos com uso de técnicas e procedimentos alcançados por treinamento escolar, disciplina rígida e austeridade moral [...]”
SEC. XIX
Florence Nightingale- Inglaterra (1860)
Criação da primeira escola, no Hospital Saint
Thomas
SEC. XIX
Florence Nightingale- Inglaterra (1860)
•Substitui o modelo religioso do cuidado: higiene, alimentação, medidas sanitárias, tratamento humanitário
•Caracterização da enfermagem moderna •Caracterizada pelo treinamento disciplinar
O modelo
Nightingaleano
de formação de Enfermeiros
se
difundiu
para
o
Ocidente
influenciando
estruturação da nova profissão em vários países
inclusive o Estados Unidos entre 1873 e 1875;
Teorias que fundamentam o trabalho do enfermeiro em Saúde Mental e Psiquiatria
Teorias que fundamentam o trabalho do enfermeiro em Saúde Mental e Psiquiatria
Teorias que fundamentam o trabalho do enfermeiro em Saúde Mental e Psiquiatria
• Hildegard Peplau (1952) aplicou a teoria interpessoal à prática da enfermagem – ao relacionamento enfermeiro/cliente
• O objetivo da assistência de enfermagem é ajudar os indivíduos e a comunidade a produzir mudanças que influenciem de forma positiva em suas vidas
TEORIA DA RELAÇÃO INTERPESSOAL
DE JOYCE TRAVELBEE
Joyce Travelbee, 1966
Joyce Travelbee ampliou a teoria de Peplau.
Afirmando que:
As relações terapêuticas são orientadas por metas que devem ser decidas conjuntamente (aprendizado e promoção do crescimento) – modelo de resolução de problemas.
Joyce Travelbee, 1966 Refere que:
o instrumento para o estabelecimento de uma relação terapêutica é o uso terapêutico do eu:
“a capacidade de usar a própria personalidade conscientemente e em plena lucidez na tentativa de estabelecer um relacionamento e de estruturar as intervenções de enfermagem” TEORIA DA RELAÇÃO INTERPESSOAL DE JOYCE TRAVELBEE
Relacionamento Terapêutico
por Joyce Traveelbee
DEFINIÇÃO
Processo dinâmico onde o indivíduo é visto como um ser concreto, único e histórico, respeitado dentro dos condicionantes do meio social em que ele se acha inserido.
DEFINIÇÃO
RT é resultado de
uma série de
interações deliberadas e planejadas
entre enfermeiro (a) e o indivíduo.
..estar com o indivíduo para que ele
possa (re) ver-se e restabelecer seu
projeto de vida.
DEFINIÇÃO
Constitui em experiências de aprendizagem para ambos neste processo
..desenvolvem habilidades cada vez maiores para relacionar-se
Diferencial...
Diferencia -se das demais
relações tornando-se
terapêutica, pois o
enfermeiro tem
conhecimento e habilidades
específicas, com o propósito
de atingir um determinado
objetivo.
NO RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO:
•Pensamentos, sentimentos e comportamentos de ambos são afetados.
•Cada encontro é diferente, representando um ponto de partida para as interações seguintes.
•É válido que o enfermeiro faça uma avaliação de si mesmo antes de iniciar o relacionamento
interpessoal (angústia,compreensão e aceitação de si e do outro).
Objetivo com o usuário
Delimitar, definir e conceituar seu problema
Perceber-se como participante ativo na história de sua vida;
Enfrentar, realisticamente os seus problemas;
Visualizar alternativas significativas para a solução de seus problemas;
Testar novos padrões de comportamento;
Desenvolver-se socialmente;
CARACTERÍSTICAS DO RT
CARACTERÍSTICAS DO RT
Interações planejadas, objetivos definidos com os quais o enfermeiro(a) oferece experiências interpessoais para facilitar a mudança de comportamento do usuário;Ambos modificam seu comportamento
O papel do enfermeiro(a) - facilitador na resolução dos problemas do usuário (ajudar a encontrar alternativas);
O conteúdo de suas interações é confidencial.
FASE 1 PRÉ-INTERAÇÃO
• O profissional “elege” o indivíduo
para o processo-abordagem;
• O critério de escolha é feito
após
análise inicial d
o indivíduo;
• O enfermeiro deve dedicar-se,
pois o RT caracteriza-se por um
FASE 1 PRÉ-INTERAÇÃO
• Pensar e escrever sobre os
próprios sentimentos e
pensamentos – resgatado
posteriormente;
• Traçar objetivos iniciais –
direcionar o RT-
não são
definitivos;
• Registro da observações
iniciais do usuário
FASE 2 INICIAL (introdução ou
orientação)
• Inicia-se quando duas
pessoas
estranhas,
passam se conhecer;
FASE 2 INICIAL (introdução ou
orientação)
• Caracteriza-se pela elaboração do acordo de trabalho, além das suposições que um faz do outro; • Estabelece-se o pacto –
compromisso contratual (definição do local, horário, tempo de cada interação, tarefa e o período do RT);
• Traçar os objetivos para a próxima interação
FASE 3 TRABALHO (ou definição de
identidade)
• Inicia-se quando superam-se as dificuldades da fase anterior;
• O conhecimento mútuo aprofunda-se:
-Perceber o outro como ser humano único
-Transcender os papéis estereotipados
ENCERRAMENTO
(ou término)
• O indivíduo deve ser preparado desde o pacto;
• O RT chega ao fim quando os objetivos traçados foram
alcançados;
• Deve-se considerar a possibilidade de não alcançar todos os objetivos; • Importante observar algumas
transformações do usuário evidenciada pelo seu
comportamento;
• Ocorrendo isso avalia-se a relação com o objetivos alcançados
ENCERRAMENTO (ou término)
O preparo para o encerramento consta da preparação do indivíduo e do enfermeiro(a)
•PREPARAÇÃO DO INDIVÍDUO
Se o enfermeiro(a) termina a relação antes do previsto, deve clarear os motivos;
Permitir que o usuário expresse seus pensamentos e sentimentos frente ao término;
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O
DESENVOLVIMENTO DO RT
•ACEITAÇÃO
Tanto o enfermeiro deve aceitar o
usuário, como o usuário deve aceitar o enfermeiro;
A não aceitação por parte do usuário – inevitável implantar o processo;
EMPATIA
É a capacidade de tentar ver o mundo como a outra pessoa o vê, sem perder a própria identidade.
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O
DESENVOLVIMENTO DO RT
• DISPONIBILIDADE
. O (a) enfermeiro(a) deve reservar um tempo para os encontros que não
devem ser cancelados
. Em casos graves de cancelamento o usuário
deve ser avisado com antecedência.
ENCORAJAMENTO CONTÍNUO EXPRESSÃO
. O (a) enfermeiro(a) deve estimular o usuário constantemente a expressar
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O
DESENVOLVIMENTO DO RT
ENVOLVIMENTO EMOCIONAL
. É necessário que o (a) enfermeiro(a) reveja seus e pensamentos e sentimentos durante
todo relacionamento;
CONFIANÇA
. Ocorre de acordo como o profissional age com o usuário
. O (a) enfermeiro(a) tende a demorar mais tempo a confiar no usuário, em função dos
preconceitos “enraizados”, que deverá trabalhar junto à supervisão.
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O
DESENVOLVIMENTO DO RT
COMPROMISSO
O (a) enfermeiro(a) deve cumprir sempre com a palavra dada ao usuário.
SIGILO
Todas as informações fornecidas pelo usuário devem ser preservadas pelo(a) enfermeiro(a);
Quando algo muito grave for relatado pelo usuário nos encontros, e o enfermeiro(a) julgar necessário compartilhar este com outro profissionais, deverá comunicar o usuário desta necessidade.
CONDIÇÕES
BÁSICAS
PARA
O
DESENVOLVIMENTO DO RT
ATITUDE DE NÃO JULGAMENTO
.É comum termos ímpetos de julgar ou emitir nossa opinião frente aos assuntos;
.Durante o RI, o profissional deve controlar-se quanto a isso.
ESTÍMULO À AUTO ESTIMA
.É comum o usuário falar coisas que o diminuem ou enfatizar seus defeitos;
.Apesar do profissional precisar ouví-lo, deve mostrar-lhe suas qualidades e as coisas boas que fez/alcançou.
BARREIRAS QUE PODEM
SER ENCONTRADAS NO PROCESSO
INDIVÍDUO
PÕE
À
PROVA
O
ENFERMEIRO
.
O usuário pode tornar-se agressivo
verbal ou fisicamente para verificar
a atitude do enfermeiro(a);
O usuário tenta centrar o assunto no
enfermeiro(a), estimulando-o a falar
de si.
O usuário testa o real interesse do
enfermeiro (a) para com ele.
BARREIRAS QUE PODEM
SER ENCONTRADAS NO PROCESSO
EXPECTATIVAS
O enfermeiro(a) frustra-se quando o usuário não evolui;
Desinteressa-se pelo
processo (tornando-se impessoal) ou permite que esta frustração afete o relacionamento.
BARREIRAS QUE PODEM
SER ENCONTRADAS NO PROCESSO
PROXIMIDADE
O enfermeiro(a) não consegue esquecer de si mesmo
Passa a distrair-se durante as interações ou identificar-se com os problemas do usuário
CULPA
O enfermeiro(a) não consegue encontrar motivos para a doença do seu usuário.
Começa a culpar pessoas da família do usuário (este também passa a fazer o mesmo)
BARREIRAS QUE PODEM
SER ENCONTRADAS NO PROCESSO
PROXIMIDADE
O enfermeiro(a) não consegue esquecer de si mesmo
Passa a distrair-se durante as interações ou identificar-se com os problemas do usuário
CULPA
O enfermeiro(a) não consegue encontrar motivos para a doença do seu usuário.
Começa a culpar pessoas da família do usuário (este também passa a fazer o mesmo)
PARA LIDAR COM ESSAS SITUAÇÕES
SUGERE-SE:
SUPERVISÃO DO RELACIONAMENTO
Realizada por enfermeiro(a) especialista em SM, com frequência semanal ou ao final de uma interação confusa e angustiante.
• Momento em que o aluno /
enfermeiro têm a possibilidade de superar as barreiras encontradas.
• A supervisão pode ajudar a
aumentar a habilidade para reunir e interpretar dados, aplicar
conceitos e sintetizar a informação obtida .
PARA LIDAR COM ESSAS SITUAÇÕES
SUGERE-SE:
SUPERVISÃO DO RELACIONAMENTO
Deve haver disponibilidade,
honestidade para transmitir
observações, pensamentos e
sentimentos.
• Possibilidade de rever o seu
próprio comportamento e assim
crescer como pessoa e
profissionalmente.
ETAPAS CONTÍNUAS AO R.T
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA Observação da pessoa: comunicação verbal
e não verbal
Interpretação dos dados com juízo de valor
Validação: compartilhar com o usuário os dados interpretados
Levantamento das necessidades e Diagnóstico de Enfermagem
Planejamento da assistência e Intervenção Avaliação e Preparo para alta
É necessário para o RT:
Contrato terapêutico,
Formar vínculo de aceitação e confiança, tanto com a equipe, quanto com os
demais usuários do sistema.
Não construir relações preconceituosas. Estabelecer ambiente capaz de
desenvolver senso de autoestima,
relacionamento com outras pessoas, Ambiente que favoreça a percepção e
É necessário para o RT:
Escuta
Observação,
Comunicação verbal:
Durante a relação terapêutica, Entre membros da equipe, Tácita ou escrita.
Comunicação não-verbal:
Dor, irritação, ansiedade, preocupação, felicidade, etc. (mímica, olhar, linguagem corporal).
Atente-se
– Necessidades físicas,– Respeitar os direitos, como cidadão, que possui opiniões.
– Ênfase à interação social, – Flexibilidade,
– Estimular o usuário a descrever sua experiência,
– Sensibilidade para a hora do silêncio, – Manter diálogo claro com linguagem
acessível,
– Demonstrar interesse,
– Construção da rede de apoio: família, rede de amigos e grupo de trabalho (oficinas
Referências
STUART,G.W.& LARAIA,M.T. Enfermagem
Psiquiátrica. Princípios e Práticas. 6ª Porto Alegre :
Artes Médicas, 2001.
TAYLOR, C. M. Manual de enfermagem
psiquiátrica de Mereness. Porto Alegre: 6ª Ed. Artes
Médicas, 1992.
TRAVELBEE, J. Intervencion em Enfermeira
Referências
• ROCHA, R. M. Enfermagem em saúde mental. 2ª ed. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2005.
• TEIXEIRA, M. B. Manual de Enfermagem Psiquiátrica. São Paulo: Atheneu, 2001.
• KAPLAN, H. I & SADOCK, B. J. Manual de Psiquiatria Clínica. Rio de Janeiro: Medsi, 1990.
• STUART,G.W.& LARAIA,M.T. Enfermagem Psiquiátrica.
Princípios e Práticas. 6ª Porto Alegre : Artes Médicas, 2001.
• TAYLOR, C. M. Manual de enfermagem psiquiátrica de Mereness. Porto Alegre: 6ª Ed. Artes Médicas, 1992.
• TRAVELBEE, J. Intervencion em Enfermeira Psiquiatrica Colômbia 2a ed. OMS/ OPAS.
As ferramentas do cuidado
em saúde mental junto ao
portador de sofrimento
psíquico.
Objetivo
• Reabilitação psicossocial
– Terapia vista como produção de vida e não
como supressão de sintomas,
– Desistência da transformação de “incapazes”
em capazes,
– Recusa da tutela.
– Prima pela subjetividade, autonomia,
sociabilidade, inserção e melhoria da
qualidade de vida.
Ferramentas do cuidado
• Construção do ambiente terapêutico,
• Comunicação terapêutica / relações
interpessoais,
• Construção da rede de apoio,
• Avaliação clínica.
Construção do ambiente terapêutico
Contrato terapêutico,
Formar vínculo de aceitação e confiança, tanto
com a equipe, quanto com os demais usuários do
sistema.
Não construir, ou desconstruir, relações
preconceituosas.
Estabelecer ambiente capaz de desenvolver
senso de auto-estima, relacionamento com outras
pessoas,
Ambiente que favoreça a percepção e vivência da
autonomia.
Comunicação terapêutica /
Relações interpessoais
“Processo de compreender, compartilhar mensagens, tendo em vista as influências no comportamento das
pessoas envolvidas”
Escuta
Observação,
Comunicação verbal:
Durante a relação terapêutica, Entre membros da equipe,
Tácita ou escrita.
Comunicação não-verbal:
Dor, irritação, ansiedade, preocupação, felicidade, etc. (mímica, olhar, linguagem corporal).
• Algo mais:
– Estimular o usuário a descrever sua
experiência,
– Sensibilidade para a hora do silêncio,
– Manter diálogo claro com linguagem
acessível,
Comunicação terapêutica /
Relações interpessoais
Habilidades interpessoais,
Sensibilidade,
Disponibilidade,
Sinceridade.
Compreensão do significado da relação
interpessoal – contato social com objetivo
terapêutico.
Estabelecer contato que estimule a
expressão dos pensamentos e sentimentos.
Compreender as implicações do contato
Construção da rede de apoio
• Família,
• Rede de amigos,
Atividades terapêuticas que se
utilizam das ferramentas
Aspecto individual
Psicoterápico,
Orientação,
Assistência Medicamentosa.
Aspecto coletivo
Psicoterapia,
Suporte social,
Oficinas terapêuticas,
Visitas e atendimentos domiciliares,
Atividades comunitárias, etc.
Concluindo...
• A evolução da assistência:
– Da abordagem biomédica para uma
abordagem psicossocial,
– Do tratamento para o cuidado,
– Da abordagem individual (do ponto de vista
profissional) para a equipe,
– Ênfase às possibilidades terapêuticas, ao
papel terapêutico de cada um da equipe,
Referências bibliográficas
• ROCHA, R. M. Enfermagem em saúde
mental. 2ª ed. Rio de Janeiro: Senac
Nacional, 2005.
• TEIXEIRA, M. B. Manual de Enfermagem
Psiquiátrica. São Paulo: Atheneu, 2001.
• KAPLAN, H. I & SADOCK, B. J. Manual
de Psiquiatria Clínica. Rio de Janeiro:
Medsi, 1990.
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES
EMOCIONAIS E MENTAIS DO
CONTATO INICIAL
Extremamente importante para que se estabeleça uma relação de confiança entre ambos.
As experiências sentidas pelo paciente tendem a ser constrangedoras, pois ele encontra-se em situação conflitiva, sentindo necessidade de falar sobre o que o
aflige e o angústia - aspectos íntimos e pessoais.
Motivo para que o paciente seja altamente
respeitado e preservada a sua intimidade- ofereça
condições acolhedoras,confortáveis e de proteção da sua individualidade.
CONVERSA INICIAL NÃO ESTRUTURADA E
ABERTA- estimula-se o paciente a falar, dando
oportunidade para expor o que considera importante.
POR ALGUNS PERÍODOS- permita que o paciente
determine o andamento do diálogo, ele fará um tipo de auto-apresentação com supressão de certos
pontos -INFERIR ELUCIDAÇÕES
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DAS
CONDIÇÕES EMOCIONIAS E MENTAIS
-Identificar possíveis problemas emocionais
e/ou psíquicos do paciente
-Contribuir com o estabelecimento dos
diagnósticos, das intervenções e dos resultados
de enfermagem
-Estabelecimento da aliança terapêutica com
CONDIÇÕES ESSENCIAIS PARA
REALIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO DOS
ASPECTOS EMOCIONAIS E MENTAIS DO
PACIENTE
• Aceitação da pessoa do paciente
– considerá-lo
com seus sentimentos e valores
• Disponibilidade Interna
– querer cuidar
• Encorajamento continuo à expressão espontânea
do outro-
acenos de cabeça, mímicas afirmativas.
• Empatia-
é a tentativa de sentir a experiência do
outro, tal como ele a percebe. TENTAR VER O
MUNDO COMO A OUTRA PESSOA O VÊ,
SEM PERDER A PRÓPRIA IDENTIDADE.
Confiança-Compromisso
Sigilo profissional – ações éticas e que aumente a confiança.
Atitude de não julgamento
Estimulo `a autoestima
Avaliação das condições emocionais e
mentais do paciente deve ser
cuidadosa e detalhada.
História de Vida
O significado da enfermidade e do
tratamento
Avaliação das condições emocionais e
mentais, propriamente dita
Coleta de dados da História de Vida
IDENTIFICAÇÃO
nome, apelido e data de nascimento,escolaridade,idade,
moradia,filiação
FAMÍLIA
pais vivos ou não? (se não, causa de morte); Irmãos: número, sexo;
Se mora com a família;
Posição no grupo familiar;
Que projetos a família tinha ou tem para ele?;
Como era a casa que habitava nas diversas fases da vida; Condições econômicas da família;
Ocupação atual dos pais e irmãos?; Tarefas que realiza em casa;
Coleta de dados da História de Vida
ADOLESCÊNCIA
significado dessa fase
Estudos, namoros, amigos,trabalho, mudanças experiências Sonhos próprios e projetos para o futuro
Relações afetivas(manutenção, mudança) Convivência com o sexo oposto
Relações matrimoniais (mora ou morou com alguém)
MORADIA
onde e com quem mora?
Com quem gostarias de morar?
Descrição do cotidiano(fora da instituição, na rua, na escola, em casa,no trabalho)
O que acha que mais transformou sua vida?
Coleta de dados da História de Vida
ATIVIDADE/TRABALHO
Atividade que exerceu a maior parte da vida Atividade atual
O primeiro emprego
Relações com os companheiros de trabalho Mudanças de emprego, motivos
O ultimo trabalho
Atividade que mais gostava de fazer
Que outras atividades realizava ou realiza(esportivas, religiosas,artísticas,políticas culturais, outras)
Significado do trabalho hoje
Coleta de dados da História de Vida
O Adoecer-
Significado do adoecer
Como e quando aconteceram os primeiros sintomas? Como eram?
Que significado teve para ele, para a família, no trabalho, na escola, na rua
O significado da internação
O processo de adoecer influenciando sua vida
Projetos-
Quais são seus projetos para o futuro?
O que deverá fazer para realizar seus projetos? Considera que são viáveis?
O significado da enfermidade
Destacar o significado do adoecer e da
internação/tratamento, bem como os conflitos e os problemas emergentes, decorrentes da
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÔES
EMOCIONAIS
Centrar atenção nas atitudes e depoimentos do paciente
Durante a obtenção dos dados, dirigir atenção simultânea ao comportamento do paciente, aos modos de vivência e aos
problemas e sintomas por ele apresentados, para que se obtenha uma avaliação diagnóstica.
As condições emocionais e mentais estão entrelaçadas na situação concreta da entrevista avaliativa
Observar
- autoestima -autoconceito -própria identidade -auto-imagem -nível de esperança-Sentimento de pesar
-Sentimento de
solidão
-Desempenho de
papel
Interação social
( capacidade de
relacionar-se com os
outros)
Observar
Condições de adaptação Uso de estratégias defensivas
Estresse
Potencial suicida: idéias ,planos,tentativas Potencial para violência: idéias ,planos, ações,
Conduta heteroagressiva.
Essa avaliação é interpretativa e, na medida do possível, deve-se avalidá-la com o paciente para tornar os dados
compartilhados e, portanto, mais reais, estabelecendo o