Ocorre quando o suprimento de sangue em uma área do cérebro se interrompe ou quando 1 vaso sanguíneo se rompe,
derramando sangue nos espaços que rodeiam as células cerebrais.
É uma desordem neurológica aguda Produzida por injúria não traumática do SNC de origem vascular
Acompanhada de disfunção neurológica focal
Persiste por mais de 24 horas ou resulta em morte nas primeiras 24 horas.
Emergência médica
Doença neurológica de > prevalência Alto custo individual e social
2ª causa de morte em países desenvolvidos 1ª causa de incapacidade em todo o mundo
NEWS.MED.BR, 2011
Acontece como consequência de uma redução crítica do débito sanguíneo devido à oclusão parcial ou total de uma artéria cerebral
Aproximadamente 80% dos casos de AVE
A doença cerebrovascular isquêmica é dividida em 2 amplas categorias: Trombótica e embólica AVC do sistema carotídeo AVC do sistema vertebrobasilar
Definido como déficit neurológico focal de etiologia isquêmica com regressão
completa em < de 24 horas
AIT do sistema carotídeo - duram em média 14 minutos
AIT do sistema vertebrobasilar – duram 8 minutos
São freqüentemente múltiplos
Daqueles que os sintomas persistem por mais de 1 hora, apenas 14% regride em 24 horas.
Déficit Motor
Déficit Sensitivo
Sinais de frontalização
Déficit Motor
Déficit Sensitivo
Afasia
Negligência
Alterações no Campo Visual
Rebaixamento no nível de consciência Déficit Sensitivo
Alterações de funções nervosas superiores
Quanto à patogênese Quanto à patogênese Quanto à patogênese Quanto à patogênese AVE isquêmico ◦ AVE trombótico ◦ AVE embólico AVE hemorrágico ◦ Hemorragia intraparenquimatosa ◦ Hemorragia meníngea (HSA)
Os AVEiAVEiAVEi trombóticos AVEitrombóticos trombóticos são prenunciados, em trombóticos 50 a 60% dos pacientes, por sintomas transitórios, por AIT ou por AVE mínimo que leva a um episódio mais devastador.
Os Os Os
Os AVEiAVEiAVEi embólicos AVEiembólicos embólicos costumam ocorrer de embólicos forma repentina,podendo também apresentar-se com sintomas flutuantes e incertos.
Sintomas, sinais e gravidade dependem do local afetado, extensão da lesão e
possibilidade de estabelecimento de fluxo colateral.
Trombose por aterosclerose é a principal causa.
Classificação do AVEi segundo mecanismo e freqüência dos diferentes tipos.
Causas do AVEi
Freqüênciarelativa (%) D. Aterosclerótica
(Trombose, embolia, hipoperfusão ) 20 D. das artérias penetrantes
( Infartos lacunares) 25
Embolia cardiogênica
(fibrilação, d.valvar, trombo intracav., aterosc.aórt.) 20
Criptogenético 30
Causas pouco freqüêntes
(Estados pró-trombóticos, Dissecção artérias
Modificáveis Modificáveis Modificáveis
Modificáveis: HAS, diabetes, tabagismo, dislipidemia, abuso de álcool, obesidade, sedentarismo, drogas ilícitas, doenças cardiovasculares sem tratamento adequado, aterosclerose de artéria carótida, anticoncepcionais orais, arritmias, etc
Não modificáveis Não modificáveis Não modificáveis
Não modificáveis: idade, sexo, raça, fatores genéticos específicos e outros.
Avaliação clínica (fatores de risco,
história prévia de AIT, curso temporal
do déficit, sintomas acompanhantes),
Avaliação neurológica (exame físico
neurológico), e
Avaliação por imagem (TC ou RM).
A avaliação inicial do paciente deve incluir: ◦ anamnese completa, exame físico geral e
neurológico,
◦ identificar fatores de risco e etiologias potenciais
O exame neurológico na sala de emergência, prioridades:
◦ Nível de consciência ◦ Localização
◦ Gravidade
SÍNDROME
CLÍNICA SINAIS E SINTOMAS
Hemisfério D
Negligência do espaço visual E, hemianopsia E, hemiparesia E, hemi-hipoestesia E, disartria, desorientação espacial
Hemisfério E
Afasia, paresia e/ou hipoestesia D,hemianopsia D, desvio do olhar conjugado à E,
disartria,
dificuldade para ler,escrever, calcular
ANORMALIDADES NEUROLÓGICAS
DÉFICIT MOTOR PURO
Lesão pequena Subcortical em hemisfério cerebral ou Tronco cerebral
Fraqueza da face ou membros de 1 lado. Sem anormalidades de funções superiores, sensibilidade ou visão.
SÍNDROME CLÍNICA SINAIS E SINTOMAS
ANORMALIDADES NEUROLÓGICAS
DÉFICIT SENSITIVO PURO
Lesão pequena subcortical em hemisfério cerebral ou Tronco cerebral
Hipoestesia da face ou membros de 1 lado.
Sem anormalidades de funções superiores, motricidade, visão.
CIRCULAÇÃO TRONCO CEREBRAL
Cerebelo ou Porções posteriores dos hemisférios posterior
Vertigem,náuseas e vômitos, déficit motor ou sensitivo nos quatro membros, ataxia, disartria, olhar desconjugado, nistagmo, amnésia, perda visual em ambos os campos visuais
TC de crânio é o exame de escolha.
TC de crânio é o exame de escolha.
TC de crânio é o exame de escolha.
TC de crânio é o exame de escolha.
◦ Disponibilidade, rapidez e baixo
custo.
◦ Boa sensibilidade na detecção de
hemorragia aguda
◦ diagnóstico diferencial do AVEi:
hematomas, tumor e abscesso.
TC crânio RNM cerebral TC crânio RNM cerebral
USG doppler de a.a cervicais USG doppler transcraniano LCR Angiografia cerebral
Outros: ECO, ECG, laboratoriais AVCH Trauma craniocervical Meningite/encefalite Encefalopatia hipertensiva Processo expansivo (tumor, abscesso, hematoma) Crises convulsivas com paralisia persistente
Enxaqueca com sinais neurológicos Anormalidades metabólicas: - Hiperglicemia/ coma hiperosmolar - Hipoglicemia - Encefalopatia anóxica pós-parada cardíaca - Abuso de drogas - Doença desmielinizante - Esclerose múltipla
Intervenções de suporte e terapia
específica
Medidas gerais
◦ C-A-B da RCP
◦ Cuidados de suporte prolongado e
avançado à vida
Vias aéreas e respiração
-Depressão respiratória precoce (< 24 horas) - lesões em território vertebrobasilar,
-Crises convulsivas sutis – outro diagnóstico ? -Infartos hemisféricos: depressão respiratória é tardia, ocorrendo após 48 a 72 horas
-Disfunção respiratória: compressão do tronco por edema em infartos cerebelares extensos -EMERGÊNCIA NEUROCIRÚRGICA -Intubação e ventilação mecânica devem ser realizadas de forma eletiva em pacientes com Glasgow <9 - proteger vias aéreas e evitar estimulação simpática, hipóxia e catabolismo induzido complicações decorrentes de desconforto respiratório pelo estresse
Controle da temperatura
- Hipertermia é deletéria ao tecido cerebral isquêmico
-Controle rápido da hipertermia, por meio antipiréticos, associados ou não a meios físicos(compressas,banhos)
-Investigação da causa da febre
Controle da glicemia
-Hiperglicemia está relacionada a > dano celular na isquemia
-O controle imediato da hiperglicemia é fortemente recomendado na fase aguda do AVE -A área de penumbra é muito sensível à hipoglicemia.
Tem o objetivo de limitar a progressão da oclusão trombo-embólica, tratar possíveis complicações clínicas e neurológicas, evitando também a recorrência do AVEi Avaliação e intervenção precoces podem diminuir a morbimortalidade
Tempo é fator essencial
-Pode limitar benefícios terapêuticos -Progressão da gravidade
Níveis pressóricos elevados ocorrem em cerca de 50 a 70% dos casos,
Tendência de redução espontânea em 1 a 2 dias
Elevação da PA relacionada ao estresse da doença, dor, bexigoma, hipóxia ou à hipertensão intra-craniana.
Estenose significativa de vasos cranianos e consequente hipoperfusão cerebral.
Ação curta e manejo fácil-reduzir os riscos de hipotensão acentuada, abrupta ou
duradoura
Betabloqueadores e/ou nitroprussiato de sódio são as drogas recomendadas Bloqueadores dos canais de cálcio em uso sublingual não é indicado
-Drogas trombolíticas e agentes antitrombóticos (antiagregantes e anticoagulantes).
Trombolítico EV (rt-PA)
Recomendado para pacientes com até 3 horas do início dos sintomas
Antiagregante plaquetário
(AAS)
Recomendado em todos os pacientes, desde que :
-não candidatos à trombólise e -não estejam em uso de anticoagulantes Anticoagulação
(Heparina)
Trombolítico Trombolítico Trombolítico Trombolítico
Ativador do plasminogênio tecidual (rt-PA): Melhora a evolução dos pacientes tratados dentro das primeiras 3 horas
O uso de trombolíticos pode não trazer benefícios e expor o paciente a riscos desnecessários de hemorragia intra craniana e sistêmica.
Ácido acetilsalicílico Ácido acetilsalicílicoÁcido acetilsalicílico Ácido acetilsalicílico
Beneficio discreto,mas significativo com seu uso iniciado nas primeiras 48h (estudos randomizados).
Todos paciente com AVEi devem receber mais breve possível AAS, desde que não sejam candidatos à trombólise e não estejam usando anticoagulantes.
Heparina Heparina Heparina Heparina
Uso na fase aguda é assunto controverso Há evidências de que a heparina em dose plena pode aumentar o risco hemorragia sintomática
O uso de heparina SC em baixas doses (5000UI 2 x ao dia) reduz eventos tromboembolíticos e tem sido
recomendado como profilaxia de embolia pulmonar em pacientes imobilizados por AVE.
Edema e hipertensão Intra Craniana ◦ Morte na 1ª semana
◦ Apenas 10% desenvolve edema importante ◦ Pico do edema entre 3º e 5º dia
Craniotomia:
◦ Reduz a mortalidade ◦ Recuperação funcional
Crises epilépticas no 1º dia do AVE Transformação hemorrágica é frequente e assintomática.
◦ Alta mortalidade e piora funcional.
◦ Os anticoagulantes e trombolíticos aumentam a chance de transformação hemorrágica sintomática
10% dos AVEs 50% das mortes Ocorre mais em negros
Pico de incidência ocorre entre 35 e 54 anos. HAS é a causa mais freqüente de HIP.
Quando o paciente não apresenta história de HAS, pensar em outras causas de HIP é mandatório.
Transformação hemorrágica no AVEi Trauma
Tumores
Malformação arteriovenosa HIP associada a HAS Angiopatia amilóide
Doença hematológica e reumatológica Agentes anticoagulantes e fibrinolíticos Angioma cavernoso e aneurisma sacular
5% da população apresetam aneurismas intracranianos
11% dos aneurismas rotos não apresentam história de doença cérebro-vascular
10-15% morrem antes de chegar ao hospital e 50% apresentam seqüelas graves
Nos que chegam ao hospital, 40% morrem na primeira semana.
1. Ruptura de aneurismas saculares (dois terços dos casos).
2. Ruptura de malformações arteriovenosas 3. Ruptura de aneurismas micóticos 4. Angiomas e neoplasias
5. Dissecação secundária de hematoma intraparenquimatoso
Tríade clássica: cefaléia súbita, náuseas e vômitos – 60%
Cefaléias sentinelas – 30% Rigidez de nuca – 75%
Alteração do nível de consciência – 50% Déficit neurológico – 60%
Convulsões – 25%
Doppler transcraniano (DTC) PIC
Critérios de indicação de monitorização da PIC na HSA:
Graus clínicos IV e V
Disfunção do tronco cerebral Múltiplas áreas isquêmicas
Áreas ou metamos com efeito de massa Necessidade de terapêutica agressiva Coma barbitúrico
Sala de emergência: intubação orotraqueal; neurocirurgia.
Em UTI
Pressão de Perfusão cerebral Pressão intra-craniana
Medidas para prevenir ressangramento e complicações