CONCURSO DE EXPRESSÃO ESCRITA GERAÇÃO MÓVEL E DESAFIOS. O Real e o Virtual

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Grupo Disciplinar de Língua Portuguesa/Português e Biblioteca Escolar/Centro de Recursos 1 CONCURSO DE EXPRESSÃO ESCRITA

“GERAÇÃO MÓVEL E DESAFIOS”

2012

O Real e o Virtual

Olá! O meu nome é Real Virtual. A minha família e os meus amigos conhecem-me por Real, já para a malta dos chats e dos jogos, na Internet, sou simplesmente o Virtual. Como Real, sou pequeno(a), moreno(a), tímido(a), mas como Virtual faço de conta que sou alguém completamente diferente do Real...

Como Virtual, sou alto, loiro, extrovertido, ou seja, completamente o oposto do Real, porque o Virtual tem todas as possibilidades de ser outra coisa, tendo como limite a minha capacidade de imaginação ou invenção.

Sendo eu Real, não me dão o devido valor; não me respeitam, nem eu tenho o à vontade com as pessoas como gostaria, por isso necessitei de criar alguém dentro de mim que não eu.

Assim, como Virtual, faço-me passar por alguém que não sou eu, porque não sou alvo da atenção que gostaria de ter por parte das pessoas de quem gosto e, por isso mesmo, necessito de aparentar aquilo que não sou para poder ser visto com outros olhos. E o Virtual permite-me passear por esse mundo da fantasia onde posso conquistar, ainda que em imaginação, aquilo no Real se mostra quase impossível.

Muitas pessoas pensam que a vida virtual apenas serve de meio para a prática do mal e do crime; eu, como Virtual, procuro apenas ser feliz.

Como Real, gosto de ler, estudar, praticar desporto, entre outras coisas... Já como Virtual, sou o outro lado de mim, precisamente aquele que se encontra escondido na vida real. E então é ver-me mergulhar de cabeça pelo ciberespaço e alcançar pessoas e coisas que até então me eram negadas!

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Nesta altura, transfiguro-me, sinto-me completamente outro, descubro potencialidades inimagináveis, chego a lugares impossíveis, sou capaz de gestos, sentimentos e falas que julgava não ter. E tudo através do mundo que se abre do outro lado do ecrã!

Contudo, não se pense que a vida virtual é por si mesma um contínuo mar de rosas. Esta experiência tem-me mostrado que ela nem sempre é aquilo que esperamos. Além disso, apresenta vários contras, um dos quais é o confronto sério com a descoberta da verdadeira identidade.

Real? Virtual?

Talvez o equilíbrio dos dois, sem que um iluda o outro.

O grupo do 10.º D:

Dany Abreu, n.° 10, Dany Rodrigues, n.° 11 João Miguel, n.° 15 Tony Abreu, n.° 25

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Sorte grande!

A grande notícia acabou de chegar no meu correio electrónico. Fui eu o escolhido, entre um milhão de outros alunos, para ganhar a consola de jogos com que sempre sonhei! E é tão simples, basta clicar onde diz “Aceito o prémio”.

Estou mesmo feliz! Mas será que não correrei riscos ao aceitar este prémio e ter, para isso, de colocar os meus dados pessoais? Não sei o que fazer… É que a oferta desta consola sempre foi o meu sonho! Ao aceitar, posso colocar em risco a segurança da minha família e dos que me rodeiam, porque depois de eu confirmar a aceitação do prémio tenho de colocar a minha morada, o meu telemóvel e o cartão de crédito dos meus pais.

Ao mesmo tempo pensava cá para comigo: - Mas porquê tantos receios? Afinal, já alguns colegas meus tinham passado por situações semelhantes e saíram-se bem...

Não hesitei mais: coloquei a minha morada, o meu número de telemóvel e os dados do cartão de crédito dos meus pais.

Ao fim de uma semana ainda não tinha recebido nada; depois, já tinham passado duas... três semanas... até que passou um mês e nada acontecia. Comecei a ficar desconfiado e também assustado com a possibilidade de estar do outro lado da internet alguém que se quisesse aproveitar de mim e, consequentemente, de me prejudicar.

Pouco tempo depois comecei a sentir-me vigiado. Sempre que saía da escola para ir para casa via sempre o mesmo carro por perto. No primeiro dia, não suspeitei de nada, mas isso começou a repetir-se, dia após dia, até que comecei a pedir aos meus pais para me irem buscar à escola no final das aulas.

Certo dia, os meus pais atrasaram-se e eu decidi ir sozinho para casa. E então apercebo-me que estou a ser seguido pelo mesmo carro. Fiquei assustado e comecei a correr. Ao chegar a uma certa rua, praticamente deserta, o carro começou a acelerar atrás de mim, até que fiquei num beco sem saída... O homem saiu do carro e dirigiu-se

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até mim, obrigando-me a dar-lhe tudo o que tinha de valor, como o telemóvel, a carteira e o relógio.

Quando cheguei a casa contei tudo aos meus pais, deixando-os muito preocupados.

No dia seguinte, eu e os meus pais fomos à polícia, mas eles decidiram não se interessar com a nossa história e disseram que não se voltaria a repetir.

Dias depois, voltou a passar-se o mesmo; voltei também com os meus pais, à esquadra da polícia, e eles disseram que agora não deixariam passar a situação, por isso começaram a vigiar a minha escola e o meu percurso até casa, no fim das aulas.

Passou-se uma semana e o homem voltou a tentar assaltar-me, mas desta vez a policia estava de vigia e impediu-o. Levaram o homem para a esquadra e, após algumas averiguações, disseram que ele já tinha cadastro, e só com um bom advogado é que se livraria da pena de prisão!

Mais tarde, soube através da polícia que ele não se livrou da prisão, tendo sido condenado a uma pena efetiva de dois anos.

Cidália Alves, n.º 8 Daniela Amorim, n.º 9 Rafael Rodrigues, n.º 22 Rui Esteves, n.º 23

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O melhor preço

Todos sabiam o que eu queria para o meu aniversário. Dinheiro para comprar uns jogos. Na Internet são mais baratos, por isso fui ao site com o “melhor preço”. Só tinha que dar os meus dados para fazer o registo.

Não perdi mais tempo e, assim, procedi ao registo para poder ter aceso à informação que queria, e escolher o tão desejado jogo.

Logo que acedi ao sítio pretendido, fiquei abismado com a quantidade de informação à distância de um simples clik .

Com uma oferta tão diversificada e atrativa, foi difícil tomar uma decisão:

acabei por decidir comprar o “Sims city”, já que se trata de um jogo que favorece o

desenvolvimento do raciocínio. E porque considerei que era disto mesmo que estava a precisar de momento, cliquei no carrinho de compras do jogo selecionado. Porém, logo me apercebi que, neste caso, não era assim tão vantajosa a compra on-line, pois que, feitas as contas, não havia grande diferença do preço da loja, sem contar ainda com os portes de envio.

Mesmo assim, decidi comprá-lo pela internet. Introduzi os dados solicitados e sem dizer nada à minha mãe usei o seu cartão de crédito para fazer o pagamento. Nem sequer refleti no “plafond” do referido cartão, nem nos cuidados a ter com este tipo de transações, devendo por questões de segurança recorrer a um cartão apenas com o valor aproximado do custo do produto.

Estava feito. Restava-me apenas aguardar pelo envio do jogo tão apetecido. O tempo ia passando e o correio não trazia notícias. Até que um dia oiço a minha mãe a contar ao meu pai, muito preocupada, acerca de um débito elevado do seu carão, sem haver qualquer justificação para o facto. Entre a discussão sobre o melhor modo de proceder para cancelar imediatamente o cartão, não tive dúvidas de que havia cometido uma grande imprudência.

Sem saber bem o que fazer de momento, e entretanto convencido de que o jogo esperado jamais chegaria, disse à minha mãe que a culpa do sucedido era toda minha. E, passo a passo, dei-lhe conta de todos os pormenores da operação efetuada, na tentativa de poder reaver algum dinheiro roubado.

Tinha confiado sem reservas em alguns dos meus amigos e na informação dada, assim como na suposta seriedade do sítio da internet.

Ana Teresa Cerqueira, n.º 4 Bruna Coimbra, n.º 6

Bruno Pinto, n.º 7