Cálculo da carga aplicada
O guia linear é capaz de receber cargas e momentos em todas as direções que sejam gerados em
função da posição de montagem, do alinhamento, da posição do centro de gravidade de um objeto
móvel, da posição axial e da resistência ao corte.
na direção do rolamento Momento na direção da guinada Momento na direção do movimento Momento Carga lateral Carga lateral Carga radial Carga radial inversa
MA
MC MB
Fig.1 Direções das cargas aplicadas ao guia linear
Cálculo de uma carga aplicada
[Uso de eixo único]
Equivalência de momento
Quando o espaço para instalação do guia linear é limitado, pode ser necessário usar apenas um bloco ou
usar dois blocos em contato próximo um com o outro. Em tal situação, a distribuição da carga não é
unifor-me e, como resultado, uma carga excessiva é aplicada em áreas localizadas (isto é, nas duas
extremida-des), como mostra a Fig.2 . O uso contínuo nessas condições pode resultar em escamação nessas áreas
e na consequente redução da vida útil. Nesse caso, calcule a carga real multiplicando o valor do momento
por qualquer um dos fatores de momento equivalente especifi cados da Tabela1 a Tabela6
A1-43 .
Carga do momento
Carga do momento
Carreiras de esferas sob uma carga
Carga máxima aplicada a uma esfera Desvio máximo da esfera Carreiras de esferas sob uma carga
Linha de deslocamento
da esfera Curva de distribuição da carga
Linha de
deslocamento da esfera
Curva de distribuição da carga Trilho
Fig.2 Carga da esfera quando é aplicado um momento
É mostrada abaixo a equação de carga equivalente aplicável quando um momento atua sobre um guia linear.
P = K•M
P
: carga equivalente por guia linear (N)
K
: Fator de momento equivalente
M
: momento aplicado
(N-mm)
Fator equivalente
Como a carga nominal é equivalente ao momento permitido, o fator equivalente a ser multiplicado
durante a equalização dos momentos M
A, M
Be M
Cpara a carga aplicada por bloco é obtido pela
di-visão das cargas nominais nas direções correspondentes.
Com modelos que não sejam dos tipos de carga uniforme nas quatro direções, contudo, as
especi-fi cações de carga nas quatro direções diferem umas das outras. Sendo assim, os valores de fator
equivalente para os momentos M
Ae M
Ctambém serão diferentes caso a direção seja radial ou
ra-dial inversa.
Fatores equivalentes para o momento M
APR=KAR•MA
Equivalente na direção radial
PL=KAL•MA
Equivalente na direção radial inversa Fig.3 Fatores equivalentes para o momento M A
Fatores equivalentes para o momento MA
Fator equivalente na direção radial inversa Fator equivalente na direção radial MA C0L KAL= KAL•MA C0L =1 KAR•MA C0 = MA C0 KAR=
Fatores equivalentes para o momento M
BPT=KB•MB
Equivalente na direção lateral PT=KB•MB
Equivalente na direção lateral
Fig.4 Fatores equivalentes para o momento M B
Cálculo da carga aplicada
Fatores equivalentes para o momento M
CPR=KCR•MC
Equivalente na direção radial
PL=KCL•MC
Equivalente na direção radial inversa Fig.5 Fatores equivalentes para o momento M C
Fatores equivalentes para o momento MC
Fator equivalente na direção radial inversa Fator equivalente na direção radial MC C0L KCL= KCL•MC C0L =1 KCR•MC C0 = MC C0 KCR=
C
0: carga nominal estática (direção radial)
(N)
C
0L: carga nominal estática (direção radial inversa)
(N)
C
0T: carga nominal estática (direção lateral)
(N)
P
R: carga calculada (direção radial)
(N)
P
L: carga calculada (direção radial inversa)
(N)
P
T: carga calculada (direção lateral)
(N)
Exemplo de cálculo
Quando um bloco é usado N.º do modelo: SSR20XV1 Massa m = 10 (kg) Aceleração gravitacional g=9,8 (m/s2) m N.º 3 N.º 4 N.º 2 N.º 1 m ℓ1 ℓ2 ℓ2=100(mm) ℓ1=200(mm)Fig.6 Quando um bloco é usado
N.º 1 P 1 =mg+K AR1 •mg•ℓ 1 +K CR •mg•ℓ 2 =98+0,275×98×200+0,129×98×100 = 6.752 (N) N.º 2 P 2 =mg‒K AL1 •mg•ℓ 1 +K CR •mg•ℓ 2 =98‒0,137×98×200+0,129×98×100 = ‒1.323 (N) N.º 3 P 3 =mg‒K AL1 •mg•ℓ 1 ‒K CL •mg•ℓ 2 =98‒0,137×98×200‒0,0644×98×100 = ‒3.218 (N) N.º 4 P 4 =mg+K AR1 •mg•ℓ 1 ‒K CL •mg•ℓ 2 =98+0,275×98×200‒0,0644×98×100 = 4.857 (N) Quando dois blocos são usados próximos um do outro
Nº do modelo: SVS25R2 Massa m = 5 (kg) Aceleração gravitacional g=9,8 (m/s2 ) ℓ2=150(mm) ℓ1=200(mm) m N.º 3 N.º 4 N.º 2 N.º 1 m ℓ1 ℓ2
Fig.7 Quando dois blocos são usados próximos um do outro
mg 2 mg 2 mg•ℓ2 2 –0,0158×49×200–0,0684× =–381,7 (N) 49×150 2 49 2 = –KAL2•mg•ℓ1–KCL• mg•ℓ2 2 –0,0158×49×200+0,0814× =168,8 (N) 49×150 2 49 2 = –KAL2•mg•ℓ1+KCR• mg•ℓ2 2 +0,0188×49×200+0,0814× =507,9 (N) 49×150 2 49 2 mg 2 N.º 3 P3= N.º 2 P2= = +KAR2•mg•ℓ1+KCR• N.º 1 P1=
Cálculo da carga aplicada
[Uso de eixo duplo]
Defi nição das condições
Defi na as condições necessárias para calcular a carga aplicada do sistema linear e a vida útil em horas.
As condições consistem nos seguintes itens.
(1)
Massa: m (kg)
(2)
Direção da carga de trabalho
(3)
Posição do ponto de trabalho (por exemplo, centro de gravidade):
ℓ
2,
ℓ
3, h
1(mm)
(4)
Posição axial:
ℓ
4, h
2(mm)
(5)
Organização Arranjo do sistema linear:
ℓ
0,
ℓ
1(mm)
(Nº de unidades e eixos)
(6)
Diagrama da velocidade
Velocidade:V (mm/s)
Constante de tempo: t
n(s)
Aceleração:
n(mm/s
2)
V
t
n(α
n= )
(7)
Ciclo de trabalho
Número de movimentos alternados por minuto: N
1(min
-1)
(8)
Comprimento do curso:
ℓ
s(mm)
(9)
Velocidade média: V
m(m/s)
(10) Vida útil necessária em horas: L
h(h)
Aceleração da gravidade g=9,8 (m/s2 ) Ciclo de trabalho Diagrama da velocidade V elocidade (mm/s) ℓS tn t1 tn (s) (mm) V ℓ2 ℓ4 ℓ1 h1 h2 ℓ3 ℓ0 mg Fig.8 Condição
Equação de carga aplicada
A carga aplicada ao guia linear varia de acordo com a força externa, como a posição do centro de
gravidade de um objeto, a posição axial, a inércia gerada pela aceleração/desaceleração durante
movimento ou parada, e a força de corte.
Para selecionar um guia linear, é necessário obter o valor da carga aplicada e considerar essas
condições.
Calcule a carga aplicada ao guia linear nos exemplos 1 a 10 mostrados abaixo.
m
: Massa
(kg)
ℓ
n: Distância
(mm)
F
n: Força externa
(N)
P
n: carga aplicada (direção radial/radial inversa) (N)
P
nT: carga aplicada (direções laterais)
(N)
g
: aceleração da gravidade
(m/s
2)
(g =9,8m/s
2)
V
: velocidade
(m/s)
t
n: constante de tempo
(s)
n: aceleração
(m/s
2)
V
t
n(α
n= )
[Exemplo]
Condição Equação de carga aplicada
1
Movimento uniforme ou com paradas (com o percurso do bloco)
Montagem horizontal ℓ2 ℓ1 ℓ3 ℓ0 P4 P1 P2 P3 mg mg•ℓ3 2•ℓ1 mg•ℓ2 2•ℓ0 mg 4 + + P4 = mg•ℓ3 2•ℓ1 mg•ℓ2 2•ℓ0 mg 4 – + P3 = mg•ℓ3 2•ℓ1 mg•ℓ2 2•ℓ0 mg 4 – – P2 = mg•ℓ3 2•ℓ1 mg•ℓ2 2•ℓ0 mg 4 + – P1 =
Movimento uniforme ou com parada (com o percurso do bloco) Montagem horizontal com balanço
ℓ1 P4 P 2 P3 mg•ℓ3 2•ℓ1 mg•ℓ2 2•ℓ0 mg 4 – + P2 = mg•ℓ3 2•ℓ1 mg•ℓ2 2•ℓ0 mg 4 + + P1 =
Cálculo da carga aplicada
Condição Equação de carga aplicada
3
Movimento uniforme ou com parada
Montagem vertical
Por exemplo, eixo vertical de robô industrial, máquina de revestimento automático, elevador ℓ1 ℓ3 ℓ2 ℓ0 P4 P1 P2 F P1T P2T mg mg•ℓ2 2•ℓ0 P2 = P3 = mg•ℓ2 2•ℓ0 P1 = P4 = – mg•ℓ3 2•ℓ0 P2T = P3T = – mg•ℓ3 2•ℓ0 P1T = P4T = 4
Movimento uniforme ou com parada
Montagem na parede
Por exemplo, eixo de percurso de carregador de trilho cruzado
ℓ1 ℓ2 ℓ3 ℓ0 P4 P1 P2 P3 mg P4T P2T P3T P1T mg 4 mg•ℓ2 2•ℓ0 – P2T = P3T = mg 4 mg•ℓ2 2•ℓ0 + P1T = P4T = mg•ℓ3 2•ℓ1 P3 = P4 = mg•ℓ3 2•ℓ1 P1 = P2 = –
Condição Equação de carga aplicada
5
Garfo deslizante Por exemplo, mesa XY
Montagem horizontal
Com trilhos móveis
P1 P1 P2 mg ℓ2 ℓ0 –ℓ1 P4 P3 ℓ1 P1 a P4 (min) = P1 a P4 (max) = mg 4 mg•ℓ1 2•ℓ0 – mg 4 mg•ℓ1 2•ℓ0 + 6
Montagem inclinada lateralmente
P2 P2T P1T P1 P3 h1 mg θ ℓ2 ℓ3 ℓ0 ℓ1 mg•sinθ•h1 2•ℓ1 mg•cosθ•ℓ3 2•ℓ1 – + mg•sinθ•h1 2•ℓ1 mg•cosθ•ℓ3 2•ℓ1 + – mg•sinθ•h1 2•ℓ1 mg•cosθ•ℓ3 2•ℓ1 + – mg•sinθ 4 mg•sinθ•ℓ2 2•ℓ0 – P3T= mg•cosθ 4 mg•cosθ•ℓ2 2•ℓ0 – P3 = + mg•sinθ 4 mg•sinθ•ℓ2 2•ℓ0 – P2T= mg•cosθ 4 mg•cosθ•ℓ2 2•ℓ0 – P2 = + mg•sinθ 4 mg•sinθ•ℓ2 2•ℓ0 + P1T= mg•cosθ 4 mg•cosθ•ℓ2 2•ℓ0 + P1 = +
Cálculo da carga aplicada
Condição Equação de carga aplicada
7
Descanso de ferramenta Por exemplo, torno CN
Montagem inclinada longitudinalmente
P2 P2T P1T P3 P4 h1 ℓ2 ℓ1 ℓ3 ℓ0 P1 θ mg mg•sinθ•ℓ3 2•ℓ0 mg•sinθ•ℓ3 2•ℓ0 mg•sinθ•ℓ3 2•ℓ0 mg•sinθ•ℓ3 2•ℓ0 mg•sinθ•h1 2•ℓ0 mg•cosθ•ℓ3 2•ℓ1 + + mg•sinθ•h1 2•ℓ0 mg•cosθ•ℓ3 2•ℓ1 – + mg•sinθ•h1 2•ℓ0 mg•cosθ•ℓ3 2•ℓ1 – – mg•sinθ•h1 2•ℓ0 mg•cosθ•ℓ3 2•ℓ1 + – P4T = + mg•cosθ 4 mg•cosθ•ℓ2 2•ℓ0 + P4 = + P3T = – mg•cosθ 4 mg•cosθ•ℓ2 2•ℓ0 – P3 = + P2T = – mg•cosθ 4 mg•cosθ•ℓ2 2•ℓ0 – P2 = + P1T = + mg•cosθ 4 mg•cosθ•ℓ2 2•ℓ0 + P1 = + 8
Por exemplo, caminhão de transporte Tempo (s) Diagrama da velocidade
V
elocidade V (m/s)
Montagem horizontal com inércia
P4T P3T ℓ2 ℓ1 ℓ3 ℓ0 P4 t1 t2 t3 P1 P3 mg F
α
n=
V
t
n Durante a aceleração Durante desaceleração Durante movimento uniforme P1 a P4 = mg 4 m•α1•ℓ2 2•ℓ0 mg 4 m•α1•ℓ2 2•ℓ0 – m•α1•ℓ3 2•ℓ0 P1T = P4T = mg 4 m•α3•ℓ2 2•ℓ0 mg 4 m•α3•ℓ3 2•ℓ0 P1T = P4T = – mg 4 m•α3•ℓ2 2•ℓ0 – P2 = P3 = m•α3•ℓ3 2•ℓ0 P2T = P3T = + P1 = P4 = m•α1•ℓ3 2•ℓ0 P2T = P3T = – + P2 = P3 = P1 = P4 =Condição Equação de carga aplicada 9 Tempo (s) Diagrama da velocidade Velocidade V (m/s)
Por exemplo, elevador de transporte
Montagem vertical
com inércia
ℓ1 ℓ3 ℓ2 ℓ0 P4 P1 P2 F P1T P2T mg t1 t2 t3α
n=
V
t
n Durante a aceleraçãoDurante movimento uniforme
Durante desaceleração m (g+α1) ℓ2 2•ℓ0 P1 = P4 = – m (g+α1) ℓ3 2•ℓ0 P1T = P4T = m (g+α1) ℓ2 2•ℓ0 P2 = P3 = m (g+α1) ℓ3 2•ℓ0 P2T = P3T = – mg•ℓ2 2•ℓ0 P1 = P4 = – mg•ℓ3 2•ℓ0 P1T = P4T = mg•ℓ2 2•ℓ0 P2 = P3 = m (g – α3) ℓ2 2•ℓ0 P1 = P4 = – m (g – α3) ℓ3 2•ℓ0 P1T = P4T = m (g – α3) ℓ2 2•ℓ0 P2 = P3 = m (g – α3) ℓ3 2•ℓ0 P2T = P3T = – mg•ℓ3 2•ℓ0 P2T = P3T = – 10
Montagem horizontal com
força externa
P4T P3T ℓ2 ℓ4 ℓ5 F1 F2 F3 ℓ1 ℓ3 ℓ0 P4 P3 F Sob força F1 Sob força F3 Sob força F2 F1•ℓ5 2•ℓ0 P1 = P4 = – P1T = P4T = F21•ℓ•ℓ04 F1•ℓ5 2•ℓ0 P2 = P3 = P2T = P3T = – F21•ℓ•ℓ04 F2•ℓ2 2•ℓ0 F2 4 – F2•ℓ2 2•ℓ0 P2 = P3 = F2 4 + P1 = P4 =Cálculo da carga aplicada