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Agora, gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Henrique Cordeiro Guerra, que dará início à apresentação. Por favor, Sr. Henrique, pode prosseguir.

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Bom dia e obrigado por aguardarem. Sejam bem vindos à teleconferência da Aliansce, para discussão dos resultados referentes ao 3T14. Estão presentes hoje conosco os senhores Henrique Cordeiro Guerra, Diretor Executivo; e Renato Botelho, CFO.

Informamos que este evento está sendo gravado e que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Companhia. Em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas apenas para analistas e investidores, quando instruções adicionais serão fornecidas.

Caso algum dos senhores necessite de assistência durante a áudio-conferência, queiram, por favor, solicitar a ajuda de um operador digitando *0. O replay deste evento estará disponível logo após seu encerramento por um período de uma semana. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Companhia, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis.

Considerações futuras não são garantias de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais, podem afetar o desempenho futuro da Companhia e podem conduzir a resultados que diferem, materialmente, daqueles expressos em tais considerações futuras.

Agora, gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Henrique Cordeiro Guerra, que dará início à apresentação. Por favor, Sr. Henrique, pode prosseguir.

Henrique Cordeiro Guerra:

Bom dia a todos. Eu gostaria de agradecer a participação de vocês nesta teleconferência em que apresentaremos e discutiremos os resultados do 3T14 da Aliansce.

Apesar de um ambiente marcado por condições macroeconômicas mais desafiadoras e eventos não-recorrentes, o portfolio da Companhia entregou um sólido desempenho operacional e financeiro no 3T14. A receita de aluguel cresceu 13,5%, alcançando R$94 milhões no último trimestre. O NOI da Companhia aumentou 13,8% para R$107,7 milhões, e o EBITDA ajustado cresceu 14,4%, alcançando R$92 milhões. O FFO ajustado foi de R$44,4 milhões no 3T14.

O NOI dos mesmos shoppings subiu 8,3%. A margem de NOI foi de 91%. A margem de EBITDA ajustado foi de 74,8% – a maior da história da Companhia. A evolução de margem indica a capacidade da Companhia de buscar maior eficiência e se beneficiar de ganhos de escala. A venda de participação no Santana Parque Shopping resultou em um ganho de R$83,6 milhões no 3T14, sem qualquer impacto fiscal para a Companhia.

No último trimestre, testemunhamos uma desaceleração do ritmo de vendas mesmas lojas e aluguéis mesmas lojas. No 3T14, o crescimento de SSS – same-store sales – e

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SSR – same-store rent – foi de 4,7% e 5,3%, respectivamente. O aluguel mesmas lojas (SSR) e o aluguel mesmas áreas (SAR) aumentaram em 5,7% e 6%, respectivamente.

Além do baixo crescimento econômico, uma série de eventos não-recorrentes impactaram as vendas de varejo em nossos ativos. Em julho, vários de nossos shoppings tiveram de fechar durante os jogos da Copa do Mundo. Obras de infraestrutura para melhorar acessos e transporte urbano, realizados no entorno de alguns dos nossos ativos, bem como obras de expansão, também comprometeram o número de visitantes nos nossos shoppings.

No entanto, esses ativos serão beneficiados no futuro com melhores acessos e mix de lojas resultantes de expansões. Nossa estrutura de dívida tem se provado resiliente neste ambiente de aumento de incertezas macroeconômicas. Aproximadamente 83% da dívida da Companhia está indexada a índices de baixa volatilidade. O aumento de geração de caixa proveniente do portfólio deverá contribuir positivamente para os nossos índices de alavancagem nos próximos anos.

A venda de ativos non-core pode contribuir ainda mais para esse processo. Estamos seguindo uma abordagem prudente para o crescimento. Apesar da baixa penetração do varejo no Brasil, gostaríamos de ver sinais de um novo ciclo de crescimento antes de iniciarmos novos desenvolvimentos. Estamos focados na entrega de um pipeline de expansões para os próximos 24 meses, que adicionará 36,3 mil m² de ABL própria para a Companhia.

O potencial de crescimento interno da Aliansce é expressivo. Acreditamos que nosso portfolio tenha um potencial de crescimento significativo, considerando sua dimensão, posicionamento estratégico dos ativos e o mix de lojas abrangente de vários dos nossos shoppings.

Com isso eu gostaria de pedir a todos para passarem para a parte da apresentação em que vamos apresentar os destaques operacionais e financeiros da Empresa neste 3T14.

Como de hábito, começamos sempre dando uma visão, um resumo, do nosso portfólio. Nós temos um portfólio diversificado, de alta qualidade, com exposição a todos os segmentos de renda deste país e com exposição às principais regiões também do Brasil. É importante frisar que são shoppings dominantes em suas áreas de influência – ou pelo menos estão posicionados para serem, principalmente aqueles que foram inaugurados mais recentemente.

São 19 shoppings em operação, o que representa 446 mil metros de ABL própria, aproximadamente, sendo que 40% dessa ABL têm menos de cinco anos de operação. Nos últimos dois anos, considerando o período de 2012 e 2013, a Empresa esteve envolvida com a inauguração de cinco empreendimentos. No total, administramos e estamos envolvidos com o planejamento de 32 shoppings.

Passando agora para a página três, por favor – os destaques operacionais. Na parte superior da página, lado esquerdo, podemos observar aqui um aumento de vendas de 18% entre o 3T13 e o 3T14 e ver a contribuição do crescimento orgânico que continua, e continuará, sendo um importante viés de crescimento para a Empresa.

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É importante mostrar que nós investimos muito na expansão do nosso portfólio, no desenvolvimento de novos empreendimentos e, iremos, ainda, por um bom tempo, beneficiar-nos de um crescimento que é acima da curva.

Não interessa olhar um único trimestre, mas sim, nós acreditamos que a tendência se confirmará ao longo de trimestres, que é a realidade desse setor, e confirmará a visão estratégica que nós tivemos não só ao expandir as nossas propriedades, mas ao desenvolver novos empreendimentos e também proporcionar para os nossos acionistas – muito importante – uma elevada taxa de rentabilidade.

No lado direito da página, parte superior, nós segregamos aqui – só para demonstrar – o impacto do Shopping Via Parque, que passou por uma transformação. Eu não consigo me lembrar de nenhum outro empreendimento no Brasil, no período recente, que tenha passado por tão significativas transformações quanto o Via Parque em um único ano.

Basta falar que esse shopping esteve sem cinema durante este ano por conta de uma reforma e a construção de novos cinemas. Nós fizemos uma reforma da fachada principal do empreendimento. O shopping ficou sem fachada durante uma boa parte do ano também. Nós estamos trazendo uma série de novos lojistas para o shopping também, o que criou certo transtorno.

Essas iniciativas são transformacionais para o ativo, mas no curto prazo, de fato, elas perturbam, vamos dizer, o entorno do empreendimento, a vida, o acesso e a convivência entre os lojistas.

Hoje nós já temos a obra dos cinemas concluída, já temos a fachada concluída, já temos a parte do mall que estava sendo reformada e estamos agora esperando a entrada de alguns lojistas que vão acrescentar para o mix significativamente.

Eu acho que duas operações são importantes de destacar: uma operação importante de alimentação que consolida aquele empreendimento como um polo gastronômico, principalmente na hora do almoço, em função de todo o adensamento que está ocorrendo ali, principalmente de imóveis comerciais, e também de uma nova academia de ginástica.

Se excluirmos ainda o efeito do mês de julho por conta da Copa do Mundo, nós observamos um same-area-sales para a Empresa de 7,3% e um same-store-sales de 6,7%. Nós tivemos também – é importante frisar – entre o 3T10 e o 3T14, um CAGR – uma taxa de crescimento composto de vendas – de 19,4% nesse período. E no período mais recente, entre 2013 e 2014, nos últimos 12 meses, apuramos um crescimento de 18,1%.

Passando, agora, por favor, para a página quatro, os destaques operacionais: a taxa de ocupação do nosso portfólio foi de 97,2% no 3T14. Nós temos, atualmente, um custo de ocupação de 9,8% nesse último trimestre. Continuando agora com os destaques operacionais, aqui eu acho importante parar um pouco, fazer uma pausa nesta página.

Nós temos hoje no nosso portfólio cinco ativos que proporcionam uma ancoragem bastante importante para o nosso portfólio, na medida em que aguardamos para maturação e o crescimento desses ativos de nova geração que estão em um processo ainda de consolidação nas suas áreas de influência.

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Eu gostaria de frisar que esses ativos – cinco ativos – representaram 60% do NOI da Aliansce no 3T14, tiveram uma venda média de satélite de quase R$2.100 por m², são ativos maduros – a média de idade desses ativos é de 14 anos, apesar de termos dois ativos aqui que são ativos que consideramos de nova geração, que já tem uma elevada produtividade por m², não só em termos de venda por m², mas também em termos de aluguel.

O custo de ocupação de lojas satélites de 12,5% para esses ativos, que é 0,7p.p. abaixo da média do portfólio.

Passando agora para a página seis, por favor, a parte dos destaques financeiros desta apresentação. A parte superior da página no lado esquerdo, eu gostaria de comentar sobre a composição da nossa receita bruta nesse 3T14. Aluguel representou 72% da nossa receita. Dentre aluguéis, o aluguel mínimo 81%, estandes e quiosques 10,7% e aluguel percentual 8,2%.

É importante também destacar a contribuição do estacionamento para a nossa composição de receita – 15% da receita total da Empresa – e da receita de serviços, 8,4%.

Tivemos ainda uma evolução de receita bruta de 13,6% nesse período de 2013-2014, entre um período e outro, que na parte do lado direito da página nós podemos ver a contribuição do crescimento orgânico e de novos empreendimentos.

Virando para a página sete, por favor. A receita de locação aumentou, como nós havíamos mencionado, 13,5%. Nós tivemos um aumento de aluguel por m² de 7,4% e aluguel dos mesmos shoppings por m² de 8,9%.

Novamente, se fizermos aquele mesmo exercício, considerando o same-area-rent e o same-store-rent, excluindo o efeito do Via Parque e o efeito do mês de julho, da Copa do Mundo, nós tivemos um aumento de same-area-rent de 6,9% e same-store-rent de 6,7%. Na evolução de receita de locação, um aumento de 13,5%. Aqui na parte inferior, do lado esquerdo, conseguimos ver a contribuição do aluguel mínimo complementar e de mall e mídia para esse aumento de receita.

Passando agora, por favor, para a página oito. NOI e margem de NOI, nós tivemos um crescimento de NOI de 13,8% nesse último trimestre. O NOI de mesmos shoppings cresceu 8,3%. É importante destacar, conforme vocês podem ver nas duas tabelas na parte inferior da página, no lado esquerdo e no lado direito, uma melhora não só de crescimento de NOI nesse trimestre de 2014, mas também nos 9M14.

E também no lado direito da página, uma melhora de margem entre o 4T13 e 2014, quando nossa margem de NOI aumentou 8,2p.p.. Isso é reflexo de um trabalho para buscar mais eficiência. E isso é reflexo de um trabalho para reduzir vacância, aumentar produtividade em termos de venda e também receita para o shopping por conta dos lojistas.

Passando, agora, para a página nove – os destaques financeiros ainda, nesta parte comentando sobre o EBITDA e margem de EBITDA. O nosso EBITDA ajustado alcançou R$92 milhões no 3T14 – um crescimento de 14,4% em relação ao 3T13. Nossa margem de EBITDA ajustada foi de 74,8%. A margem de EBITDA cresceu 3,3

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p.p. nos últimos três anos. Essas duas informações nós vemos nos gráficos que estão na parte inferior da página, tanto no lado direito quanto no lado esquerdo.

Passando agora para a página dez, o nosso lucro líquido no 3T14 foi de R$25 milhões e, nos 9M14 foi de R$71 milhões, aproximadamente. Nosso FFO em relação ao 3T13 e o FFO ajustado, quer dizer, sobre os quais estamos falando aqui, sofreu uma queda por conta do término de carência de alguns financiamentos que tínhamos, e passaremos agora a desembolsar um maior volume de recursos relacionados a pagamento de juros.

É importante frisar que esses endividamentos foram muito importantes para impulsionar o crescimento da Empresa. Lembrando que nós inauguramos cinco shoppings no período 2012-2013.

Nosso FFO ajustado ficou em R$44,4 milhões no 3T14 e R$127,9 milhões nos 9M14. Eu estava comentando um pouco sobre viés de crescimento, sobre as expansões, conforme nós já havíamos sinalizado e vínhamos trabalhando há tempos, já. Expansões são uma alternativa excelente para a Companhia alocar seus recursos, na medida em que nós temos inúmeros empreendimentos com uma taxa muito elevada, uma vacância virtualmente técnica.

Nessa página nós apresentamos sete expansões, representando um acréscimo de 36 mil m² de ABL própria para Empresa, com inauguração prevista até o final de 2016. Na parte superior da página, vocês podem ver na tabela superior a taxa interna de retorno de algumas dessas expansões, portanto um número bastante elevado.

Continuando ainda na página 12, por favor, com vetores de crescimento, o crescimento de ABL própria até o final de 2016, sete expansões em shoppings com taxa média de ocupação de 98% – foi o que eu havia mencionado anteriormente – continua sendo uma alternativa do ponto de vista estratégico também bastante alinhada com crescimento, com compromisso, disciplina que a Empresa tem de buscar maneiras de rentabilizar e fortalecer seu portfolio cada vez mais.

Nós temos uma previsão de investimento de R$142 milhões aproximadamente, entre CAPEX líquido de CDU e permuta para realizar nesses empreendimentos que tem expansões previstas, em curso, até o final de 2016.

Passando agora para a página 13, falando um pouco sobre o nosso balanço. Nós tivemos um saldo de dívidas total – o endividamento total da Empresa – de R$1,9 bilhão no final do 3T14, um saldo em caixa de R$362 milhões, portanto uma dívida líquida de R$1,58 bilhão.

Na parte inferior da página, no lado esquerdo, nós observamos o cronograma de amortização de principal. É uma posição bastante confortável para a Empresa, tendo em vista a geração já de caixa da Empresa, algo com baixíssimo risco de execução, na medida em que grande parte do crescimento de ABL para viabilizar o aspecto financeiro de rentabilidade, não só de receita, já foi executado.

Do lado direito da página, só apresentando aqui o perfil de dívida – algo que nos dá ainda mais conforto nesse período de maior incerteza com respeito à macroeconomia. Nós temos 83%, aproximadamente, da nossa dívida indexada a indexadores que tem

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um perfil e um histórico de volatilidade bastante baixo, sendo a TR o nosso principal indexador, representando 65% da nossa dívida.

Chegando agora ao final da apresentação, nós apresentamos aqui na página 14 uma série de dados financeiros e operacionais da Aliansce.

Com isso, terei o maior prazer de discutir e responder qualquer pergunta, junto com meus colegas que estão aqui hoje, relacionada a qualquer aspecto das nossas operações e estratégia. Muito obrigado. Agradeço o interesse de todos.

Ariel Amar, Itaú BBA:

Bom dia a todos. Eu tenho duas perguntas. A primeira é em relação ao CAPEX. Houve uma leve revisão de CAPEX para cima nesse trimestre. Eu só queria entender um pouco melhor esse aumento de CAPEX, duas linhas em particular – primeiro o CAPEX de manutenção. Eu queria entender o que levou a esse aumento de CAPEX para 2015-2016, do trimestre passado para este trimestre. Ou seja, no trimestre passado havia uma estimativa e neste trimestre aumentou para 2015-2016. E também a linha de outros CAPEX e até entender melhor o que é essa linha de outros CAPEX e por que aumentou tanto.

E ainda falando sobre CAPEX, entender melhor por que houve essa queda de in-flow esperado de key money para 2015-2016. Naturalmente eu imagino que parte disso venha do fato de que vocês estão postergando algumas expansões, mas eu só queria checar se é isso mesmo ou tem algum outro fator para o key money estar caindo. E a segunda pergunta é em relação ao same-store-sales do 3T. Ele veio um pouco mais fraco, mas também teve bastante coisa não recorrente como a Copa, mas você dá um número tirando esses não recorrentes e olhando só os dois últimos meses do trimestre. E veio em um patamar um pouco melhor.

Eu queria saber se é isso que vocês estão vendo, por enquanto, para 4T, ou o que podemos esperar para o 4T, dado o que vocês já viram, se teremos algo mais perto dos 8% que foi os dois últimos meses do 3T, enfim, só um pouco mais de cor nesse sentido. Muito obrigado.

Eduardo Prado:

Bom dia, Ariel. Em relação a sua primeira pergunta sobre CAPEX. Nós tivemos um aumento, falando sobre o CAPEX de manutenção e revitalização, houve um aumento em torno de R$10 milhões a serem gasto nos próximos dois anos e no 4T também. Basicamente foram ajustes em alguns projetos de revitalização. Acho que é importante ressaltar também que essa linha inclui uma projeção de gastos de CAPEX e manutenção, como percentual do aluguel, que nos últimos 9M não tem se realizado. Quer dizer, são investimentos que não estão especificados ainda e baseados apenas em uma projeção com base em um percentual sobre o aluguel.

Em relação àquela linha de Outros, são investimentos, por exemplo, acessos viários, melhorias em acessos viários que estamos fazendo em dois shoppings do portfólio. Outro exemplo é a abertura de um novo corredor em um shopping. No Carioca Shopping você tem uma devolução de uma sala de cinema e estamos abrindo um corredor que vai gerar novas lojas satélite e um incremento no resultado do shopping.

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Em relação ao key money, como você falou, isso acompanha um pouco o cronograma de expansões. Então tivemos uma variação por conta do cronograma das expansões. Foi a principal razão dessa variação.

Henrique Cordeiro Guerra:

Ariel, bom dia. Com respeito à same-store-sales eu queria só, como já havíamos sinalizado, acho que a realidade é que nós tivemos que – e eu já tinha sinalizado isso em outro call – temos que nos acostumar a conviver com um ambiente de crescimento de same-store-sales que não vai ser tão elevado como já observamos no passado. É difícil prever, com as incertezas que temos hoje e certas indefinições macroeconômicas, de como a economia vai andar nesse próximo ano.

Mas com respeito a este 4T, eu acho que nós podemos contar com um crescimento bem em linha com esses últimos dois meses do 3T.

Ariel Amar: Muito obrigado.

Jorg Friedemann, Goldman Sachs:

Obrigado, bom dia Henrique e Renato. Eu tenho duas perguntas. Essa primeira é bastante straightforward, eu vi que vocês tiveram uma pequena revisão no cronograma da expansão do Carioca Shopping e vocês também revisaram para baixo a TIR do projeto em 60b.p. Só para entender se essa revisão da TIR foi realmente devida ao atraso ou se teve algum outro motivo.

Minha segunda pergunta, vocês continuam observando o aumento gradual das margens, tanto NOI quanto EBITDA, e nós agora estamos vendo um ambiente que vocês provavelmente vão coletar mais os benefícios das expansões passadas, e ter menos despesas pré-operacionais. Até onde vocês acham que nós podemos ver melhora de margem, principalmente margem EBITDA? Onde que nós podemos pensar em uma margem estabilizada? Obrigado.

Henrique Cordeiro Guerra:

Jorg, bom dia. Com respeito à TIR do Carioca, de fato, principalmente foi o adiamento que causou essa redução de rentabilidade esperada. Com respeito a margens, a Companhia vai se beneficiar da escala, de maior eficiência no nível dos ativos, isso vai ser refletido em uma melhora de margens de NOI. Essa margem é bastante elevada, considerando o histórico da Companhia. Eu acho que a nossa margem deve girar trimestre a trimestre, existem eventos em que você não tem um processo padrão no nível de custo, então nós devemos ter uma margem em torno desse patamar, não deve alcançar 75% ainda – entre 73% e 75% - nos próximos dois anos.

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Renato Botelho:

No longo prazo a expectativa é que na medida em que você não tenha novos greenfields e o seu portfólio amadureça, e os processos fiquem estabilizados, essa margem tem uma evolução positiva.

Henrique Cordeiro Guerra:

Isso é uma estimativa, uma visão conservadora. Jorg Friedemann:

Perfeito, obrigado.

Luis Stacchini, Credit Suisse:

Bom dia a todos. Eu tenho uma pergunta relacionada ao Via Parque, se vocês pudessem comentar um pouco sobre o CAPEX dessa revitalização. Eu não sei se ficou claro para mim, eu queria entender se a finalização da obra já aconteceu.

Henrique Cordeiro Guerra:

Luis, nós estamos te escutando com certa dificuldade. Você pode falar um pouco mais alto, por favor?

Luis Stacchini:

Eu queria saber se vocês podem falar um pouco sobre as obras do Via Parque, o que vocês estão enxergando de CAPEX nessa revitalização, se a finalização já de fato ocorreu, se não vai ter nenhum impacto no 4T em termos de same-store-sales e também o que vocês esperam de crescimento de vendas e aluguel nesse ativo pós reforma. Obrigado.

Henrique Cordeiro Guerra:

Luis, obrigado. Grande parte do trabalho de renovação, de expansão do shopping – eu falei sobre fachada, um novo cinema, alguns novos lojistas – já foram concluídos. Então nós esperamos no decorrer de 2015 que o ativo venha a recuperar o fôlego que ele perdeu em 2014 por conta dessas intervenções.

Luis Stacchini:

Entendi, mas no 4T vocês ainda acham que ele é impactado, que impacta nas vendas da Companhia?

Henrique Cordeiro Guerra:

Eu acho que nós já vamos observar um crescimento, mas acho que isso vai ser mais representativo a partir do ano que vem. Da mesma forma que nesse ano nós observamos uma queda de vendas, agora a nossa expectativa é que você tenha um rebound que vai ser bastante positivo e nós atribuímos isso muito a todas essas transformações pelas quais o ativo passou.

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Você tem um novo cinema, você tem uma nova fachada, tem vários aspectos do empreendimento que prejudicaram vendas nesse ano, e vão se reverter em benefícios no ano que vem. Eu não posso falar se vai ser agora já, mas vai começar a partir desse 4T.

Renato Botelho:

É uma coisa paulatina, é uma reconquista. Luis Stacchini:

Só um último follow-up, vocês poderiam comentar um pouco sobre o CAPEX dessa revitalização?

Eduardo Prado:

Esse investimento feito pela Companhia nessa revitalização envolve não só o cinema, como corredores, área comum do shopping. É uma revitalização, um investimento em torno de R$30 milhões. Esse foi o investimento feito na revitalização. Voltando um pouco em relação ao impacto em vendas, nós já vimos uma melhora significativa durante o 3T.

Você tem um impacto no início – julho e agosto muito forte – é um impacto, em toda essa intervenção que ocorreu no shopping, um impacto same-store-sales relevante, mas nós vemos um impacto muito menor já em setembro. A expectativa no 4T já é um efeito bem menor nas vendas do Via Parque, tanto que a expectativa é inaugurar o novo cinema agora no final do mês.

Luis Stacchini: OK, muito obrigado.

André Mazine, Bradesco BBI:

Bom dia Henrique, Bom dia Eduardo. Obrigado pelo call. Eu queria perguntar um pouco sobre o same-store-sales, um pouco de abertura no indicador. Saiu uma notícia hoje no Estadão comentando que as principais varejistas listadas em Bolsa, tipicamente são âncoras, três delas estão com o same-store-sales negativo e uma delas, a Renner, é a única com número positivo e bem perto de zero, na verdade. Elas são âncoras em shoppings de vocês e de outros concorrentes também, então acho que isso está causando certa dicotomia, talvez, entre o same-store-sales das satélites, muito acima do same-store-sales das âncoras, se vocês estão vendo isso também. Vocês comentaram que as satélites estão indo muito bem, nos ativos maduros, principalmente, inclusive fazendo o custo de ocupação cair para elas na nova geração e aumentaram os maduros, por estarem vendendo bem, e vocês conseguirem repassar aluguel.

Acho que isso fecha com a estratégia de vocês que eu acho que é acertada, de não crescer por greenfield, que tipicamente demandam mais de âncoras que estão vendendo mal. Comentar um pouco isso e também um indicador novo que vocês estão reportando, a venda mesmo shopping por m². Eu queria entender a diferença

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disso para o same-area-sales. É uma ignorância minha, eu não consegui ver a diferença entre os dois, como é calculado. Acho que é isso, obrigado.

Henrique Cordeiro Guerra:

André, com respeito à same-store-sales, nós já havíamos falado que estamos em um ambiente mais desafiador, mas nós acreditamos que o portfólio que nós construímos são ativos que têm uma resiliência, são ativos que têm um potencial de crescimento. Obviamente, dependendo da situação da economia nós vamos melhor ou não vamos tão bem.

Vai melhor, ou um pouco melhor, acho que é essa é a questão. Nós temos um negócio que é bastante defensivo, são ativos que têm escala, que têm uma força muito grande nas suas áreas de influência, têm um posicionamento estratégico, e nós temos coisas boas para contar também. A despeito de toda essa situação, você pode ter alguns lojistas aos quais você tem acesso aos números deles, reportando same-store-sales até negativos, mas o varejo ainda continua.

Nós estamos em um freio de arrumo diante dessa situação, mas as vendas, os shoppings ainda têm crescimento, nós temos conseguido preencher vacância, com aluguéis até mais altos, mais elevados, o same-store-rent da Companhia veio mais baixo nesse trimestre. Mas nós estávamos olhando aqui um exemplo de um shopping nosso em que nós preenchemos vacância, por exemplo, o Parque Shopping Belém, em Belém, nosso segundo shopping lá e essa vacância foi preenchida com um aluguel até mais alto do que a média do shopping.

Eu acho que existe um paradoxo aí também, quer dizer, você tem muito lojista que embarcou em um processo de expansão bastante arrojado e muitas das lojas que eles escolheram para expandir através de franqueados e etc., são lojas em shoppings que você realmente não observa um patamar de venda tão elevado ou mesmo a frequência, um shopping que tem uma produtividade por m², que é mais em linha com o que nós tínhamos na Companhia.

Eduardo Prado:

Em relação à pergunta sobre vendas mesmos shoppings versus same-area, acho que a principal diferença aí é a área ocupada. Vou te dar um exemplo, um shopping que é relevante para a Companhia em termos de venda, resultado, que é o Boulevard Belém. Nos últimos 12 meses a taxa de ocupação subiu 3,5 pontos percentuais. A venda dessa nova área ocupada entra no venda mesmos shoppings, mas ela não entra no same-area.

Então, você tem alguns shoppings em Belo Horizonte, o Boulevard Belo Horizonte também teve esse mesmo efeito e esse é o principal motivo dessa diferença que você vê entre essas duas métricas.

André Mazine:

Entendi. Então a mesma área mantém ocupação igual de um ano contra o outro, enquanto no mesmo shopping pega esse aumento de margem de ocupação.

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Eduardo Prado:

Exatamente. O benefício que nós obtivemos com a comercialização das lojas. André Mazine:

Entendi, obrigado então. Operador:

Não havendo mais perguntas, gostaria de passar a palavra ao Sr. Henrique para as considerações finais.

Henrique Cordeiro Guerra:

Gostaria de agradecer a todos e nós permanecemos aqui à disposição para prestar qualquer esclarecimento que vocês queiram. Muito obrigado e bom dia a todos. Operador:

Obrigado. A teleconferência dos resultados do 3T14 da Aliansce está encerrada. Vocês podem desconectar suas linhas agora. Tenham um bom dia.

“Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição.”

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