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O PROGRAMA DE MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS NO CONTEXTO DA AGROPECUÁRIA DO PONTAL DO PARANAPANEMA SP

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Campo Grande, 25 a 28 de julho de 2010,

Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

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O PROGRAMA DE MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS NO CONTEXTO DA AGROPECUÁRIA DO PONTAL DO PARANAPANEMA – SP

nivaldo@fct.unesp.br

APRESENTACAO ORAL-Desenvolvimento Rural, Territorial e regional

ANTONIO NIVALDO HESPANHOL.

FCT - UNESP, PRESIDENTE PRUDENTE - SP - BRASIL.

O PROGRAMA DE MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS NO CONTEXTO

DA AGROPECUÁRIA DO PONTAL DO PARANAPANEMA – SP

Grupo de Pesquisa: Desenvolvimento rural, territorial e regional

A ocupação do Pontal do Paranapanema iniciou-se na segunda metade do século XIX por meio da implantação de grandes fazendas e intensificou-se nos anos 1940 e 1950. O desmatamento indiscriminado e a exploração predatória da agropecuária provocaram a erosão dos solos e o assoreamentos dos cursos d´água. Com o intuito de combater à erosão e de amenizar a pobreza da população residente nas zonas rurais, o governo paulista lançou o Programa de Microbacias Hidrográficas, o qual teve como foco o combate à erosão, a organização dos produtores rurais em associações e o estímulo à adoção de sistemas agrícolas adequados. No Pontal do Paranapanema foram implantados 25 projetos de microbacias e investidos mais de 4 milhões de reais em práticas de manejo e conservação do solo e da água entre os anos 2000 e 2007. O funcionamento precário dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural (CMDR), a debilidade das organizações coletivas e o baixo nível de organização e de participação dos produtores rurais se constituíram nos maiores empecilhos para a implementação dos projetos de microbacias no Pontal do Paranapanema.

Palavras-chaves:desenvolvimento rural, erosão, Pontal do Paranapanema, incentivos.

MICRO DRAINAGE BASINS PROGRAM IN THE PONTAL DO

PARANAPANEMA – SAO PAULO AGRICULTURAL CONTEXT

ABSTRACT

A The Pontal do Paranapanema’s occupation began in the second half of the nineteenth century through the establishment of large farms which intensified in the 1940s and 1950s. The indiscriminate deforestation and predatory exploitation of agriculture led to soil erosion and silting of streams and rivers. Aiming to combat erosion and alleviate poverty of the population living in rural areas, the Sao Paulo’s government launched the micro Drainage Basins Program, which focused on combating erosion, organizing the farmers in associations and encouraging the adoption of appropriate farming systems. In the Pontal do Paranapanema 25 micro drainage basins projects were implemented and were invested over four million dollars in management and conservation of soil and water between 2000

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and 2007. The Malfunctioning of the Municipal Councils for Rural Development and, the collective organizations weaknesses and the low rates of farmers’ organization and participation constituted the major obstacles to the implementation of micro drainage basins projects in Pontal do Paranapanema.

Keywords: rural development, erosion, Pontal do Paranapanema and investment.

1. Introdução

A área identificada neste trabalho como Pontal do Paranapanema é constituída pelos onze municípios que perfazem a zona de atuação do Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de Presidente Venceslau, órgão oficial que integra a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (Mapa 1).

No Pontal do Paranapanema predomina o arenito caiuá, um tipo de solo altamente susceptível à erosão. Com o intuito de combater a erosão, fomentar a organização coletiva de produtores rurais e amenizar a pobreza da população rural, o governo do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), instituiu o Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas no início dos anos 1990, o qual ganhou

MAPA 1 – MUNICÍPIOS QUE INTEGRAM O PONTAL DO PARANAPANEMA (EDR DE PRESIDENTE VENCESLAU) - SP - 2009

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relevância a partir do ano 2000 quando passou a ser parcialmente financiado pelo Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD – Banco Mundial).

Os projetos de microbacias hidrográficas foram implementados em parceria com as prefeituras municipais e os seus resultados dependeram diretamente do empenho das prefeituras e dos técnicos vinculados à CATI e às prefeituras conveniadas e, principalmente, do nível de organização e participação dos produtores rurais a partir das suas associações e da atuação dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural (CMDR).

No presente trabalho são analisados os dados e informações fornecidos pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), relativos aos investimentos realizados nos onze municípios que integram o Pontal do Paranapanema, por intermédio do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas, bem como alguns dados referentes ao perfil da agropecuária do Pontal do Paranapanema a partir de dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Levantamento Censitário de Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo (LUPA 2007/08). Também foram realizadas entrevistas com técnicos executores de projetos de microbacias e com produtores rurais atendidos pelo programa nos municípios de Santo Anastácio, Mirante do Paranapanema e Teodoro Sampaio.

O Pontal do Paranapanema abrange 8.832 km², o que equivale a 3,56% do território paulista. Os municípios da região com maior extensão territorial são Teodoro Sampaio e Presidente Epitácio, com 1.557 km² e 1.282 km², respectivamente, e os municípios com menor extensão territorial são Ribeirão dos Índios e Piquerobi, com 197 km² e 482 km², respectivamente, conforme se verifica na Tabela 1.

Tabela 1 – ÁREA TOTAL DOS MUNICÍPIOS QUE INTEGRAM O PONTAL DO

PARANAPANEMA - 2000

Municípios Área

km²

Caiuá 535

Euclides da Cunha Paulista 577 Marabá Paulista 917 Mirante do Paranapanema 1.238

Piquerobi 482

Presidente Epitácio 1.282 Presidente Venceslau 755 Ribeirão dos Índios 197

Rosana 739

Santo Anastácio 553 Teodoro Sampaio 1557

TOTAL 8.832

Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Censo Demográfico de 2000.

O Pontal do Paranapanema tem perfil essencialmente rural, apresentando densidade demográfica média de apenas 20,57 habitantes por quilômetro quadrado. Os municípios de Presidente Venceslau e Santo Anastácio são os que apresentam as maiores densidades

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demográficas, mesmo assim elas são inferiores a 50 habitantes por quilômetro quadrado, conforme se verifica na Tabela 2.

Não há nesta região nenhum núcleo urbano de médio ou grande porte e as atividades industriais são pouco significativas. As cidades de maior porte que exercem influência sobre o Pontal do Paranapanema são Presidente Prudente (SP) e Maringá (PR) que possuíam, respectivamente 189.186 habitantes e 288.653 habitantes no ano 2000, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE.

Tabela 2 – DENSIDADE DEMOGRÁFICA, POPULAÇÃO TOTAL, URBANA E RURAL NOS MUNICÍPIOS DO PONTAL DO PARANAPANEMA E NO ESTADO DE SÃO PAULO - 2000

Municípios Dens. Dem. Pop/km² Pop. Total Pop. Urbana Pop. Rural Nº. % Nº. % Caiuá 7,84 4.192 1.769 42,2 2.423 57,8

Euclides da Cunha Paulista 17,70 10.214 6.431 63,0 3.783 37,0 Marabá Paulista 4,03 3.699 2.048 55,4 1.651 44,6 Mirante do Paranapanema 13,10 16.213 9.833 60,6 6.380 39,4

Piquerobi 7,22 3.478 2.454 70,6 1.024 29,4

Presidente Epitácio 30,65 39.298 36.355 92,5 2.943 7,5 Presidente Venceslau 49,47 37.347 34.554 92,5 2.793 7,5 Ribeirão dos Índios 11,28 2.222 1.760 79,2 462 20,8

Rosana 32,79 24.229 6.198 25,6 18.031 74,4

Santo Anastácio 37,52 20.749 19.044 91,8 1.705 8,2 Teodoro Sampaio 12,85 20.003 15.922 79,6 4.081 20,4 TOTAL 20,57 181.644 136.368 75,1 45.276 24,9 Estado de São Paulo 149,20 37.032.403 34.592.851 93,4 2.439.552 6,6

Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Censo Demográfico de 2000.

O efetivo populacional do Pontal do Paranapanema era de 181.644 habitantes no ano 2000, sendo 75% de população urbana e 25% rural, de acordo com os dados do IBGE. Os municípios mais populosos da região eram Presidente Epitácio e Presidente Venceslau com 39.298 e 37.347 habitantes, respectivamente, e os menos populosos eram Ribeirão dos Índios e Piquerobi, com 2.222 e 3.478 habitantes, respectivamente.

Há 9.151 Unidades de Produção Agropecuárias (UPAs) na região, as quais cobrem 786.937,58 hectares, resultando numa área média de 85,99 hectares por UPA, enquanto que no Estado de São Paulo a área média das UPAs é de 63,17 hectares, de acordo com os dados do Levantamento Censitário de Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo (LUPA) referentes ao ano agrícola 2007/08, conforme se verifica na Tabela 3.

A área média das UPAs de Marabá Paulista é superior a 170 hectares, enquanto que em Mirante do Paranapanema e em Euclides da Cunha Paulista a área média das UPAs é inferior a 60 hectares, o que se explica pela forte presença de assentamentos rurais naqueles dois municípios, sendo mais de 30 no primeiro e quase uma dezena no segundo.

Dentre as UPAs do Pontal do Paranapanema (EDR de Presidente Venceslau), 7.496 (82% do total) possuem área total de até 50 hectares e cobrem 139.986,4 hectares (18% da área total das UPAs), situação não muito discrepante da média paulista, em que as UPAs

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desse estrato perfazem 78% do número e 20% da área total, conforme se verifica na Tabela 4.

As UPAs com áreas entre 50,1 hectares e 200 hectares perfazem 11% do número e cobrem 13% da área total das UPAs do Pontal do Paranapanema. No caso do Estado de São Paulo, em conjunto, as UPAs deste estrato perfazem 16% do número e cobrem 25% da área total. Verifica-se que nesse estrato, considerado de médias propriedades pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), a participação proporcional do Pontal do Paranapanema é bem inferior à média estadual.

Tabela 3 – NÚMERO, ÁREA TOTAL E ÁREA MÉDIA DAS UPAS NOS MUNICÍPIOS DO PONTAL DO PARANAPANEMA E NO ESTADO DE SÃO PAULO 2007/08 (Em %)

Municípios Nº de UPAs Área das UPAs (Ha) Área Média das UPAs (Ha) Marabá Paulista 517 88.849,8 171,86 Piquerobi 349 45.847,6 131,37 Teodoro Sampaio 1057 127.038,8 120,19 Presidente Epitácio 967 105.916,2 109,53 Presidente Venceslau 830 73.621,38 88,70 Santo Anastácio 714 54.657,3 76,55 Rosana 744 56.384,7 75,79 Caiuá 801 53.445,6 66,72

Ribeirão dos Índios 269 16.736,6 62,22 Euclides da Cunha Paulista 825 48.848,8 59,21 Mirante do Paranapanema 2.078 115.590,8 55,63 TOTAL 9.151 786.937,58 85,99 Estado de São Paulo 324.601 20.504.107 63,17

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - LUPA 2007-08.

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Tabela 4 – DISTRIBUIÇÃO RELATIVA DO NÚMERO E DA ÁREA OCUPADA PELAS UPAS DO PONTAL DO PARANAPANEMA E DO ESTADO DE SÃO PAULO POR ESTRATO

2007-08 (Em %) ESTRATOS Nº de UPAs (%)

Área das UPAs (%) PONTAL EST. PONTAL EST.

Até 50 Ha 82 78 18 20

Acima de 50 até 200 Ha 11 16 13 25

Acima de 200 Ha 7 6 69 55

TOTAL 100 100 100 100

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - LUPA 2007-08.

As UPAs com áreas superiores a 200 hectares, consideradas grandes pela CATI, perfazem 7% do número e cobrem 69% da área total de UPAs do Pontal do Paranapanema, enquanto que no Estado de São Paulo, as UPAs desse estrato perfazem 6% do número e cobrem 55% da área total das UPAs.

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Verifica-se, portanto, a participação mais expressiva das UPAs de maior dimensão no Pontal do Paranapanema do que na média estadual, especialmente no que concerne a área ocupada. Há na região 45 UPAs com áreas superiores a 2 mil hectares cada, as quais, em conjunto, concentram 22,13% da área total das UPAs, embora perfaçam apenas 0,5% do número total. No Estado de São Paulo as UPAs maiores de 2 mil hectares concentram 11,29% da área e perfazem 0,2% do número total.

Além da maior concentração fundiária, vastas áreas do Pontal do Paranapanema apresentam problemas relacionados à titularidade das terras, conforme se ressaltou no item anterior, o que, aliado a outros fatores, tais como a baixa fertilidade dos solos e a elevada distância dos principais centros consumidores, explicam a subexploração da área por meio da pecuária extensiva com baixo padrão tecnológico e a atuação de inúmeros movimentos sociais demandantes da reforma agrária.

No Pontal do Paranapanema predomina a pecuária bovina. Nas médias e grandes UPAs se destaca a pecuária de corte e nas pequenas, inclusive nos assentamentos rurais são desenvolvidas várias atividades, sendo que a pecuária leiteira se constitui numa das principais geradoras de renda para fazer frente às necessidades cotidianas dos produtores rurais.

As pastagens cobrem 76,82% da área total das UPAs do Pontal do Paranapanema, enquanto que no Estado de São Paulo, em conjunto, as pastagens cobrem 39,37% da área total das UPAs (LUPA 2007/2008). Entre os anos agrícolas de 1995/96 e 2007/08 houve redução absoluta de 40 mil hectares na área de pastagens na região, embora o rebanho bovino tenha permanecido estável, com efetivo em torno de 780 mil cabeças (LUPA, 2007/08).

Em termos relativos, a superfície coberta por pastagens no Pontal do Paranapanema foi reduzida de 81,37% da área do total das UPAs em 1995/96 para 76,82% em 2007/08. As áreas de lavouras temporárias e permanentes foram incrementadas em 35,76% no mesmo período, elevando-se de 60.823 hectares para 82.578 hectares. No entanto, algumas lavouras tradicionais como algodão, milho, amendoim, arroz e feijão, em conjunto, apresentaram redução de 79% na área cultivada, decaindo de 30.790,2 hectares para 6.474,5 hectares entre 1995/95 e 2007/08. Em contraposição, a área de cultivo de cana-de-açúcar se expandiu 155,97%, elevando-se de 27.092 hectares em 1995/96 para 69.350 hectares em 2007/08.

As lavouras de cana-de-açúcar expandiram-se principalmente em áreas anteriormente cobertas por pastagens em grandes fazendas, mas elas também tiveram a sua área de cultivo ampliada nos assentamentos rurais. Muitos assentados estabeleceram “parcerias” com usinas instaladas na região, cedendo parte dos lotes para o cultivo de cana-de-açúcar.

Atualmente há 90 assentamentos rurais no Pontal do Paranapanema, nos quais estão assentadas 4.763 famílias. Os assentamentos rurais cobrem 117.983,06 hectares, o que representa 15% da superfície total das UPAs da região, conforme se verifica na Tabela 5.

Os lotes dos assentamentos rurais representam 52% do número total de UPAs do Pontal do Paranapanema. Dentre os 90 assentamentos rurais da região, 81 foram implantados pelo governo estadual por meio do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP) e nove pelo governo federal, por meio do Instituto Nacional de Colonização e

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Reforma Agrária (INCRA). Os assentamentos implantados pelo ITESP possuem 4.016 lotes e cobrem 100.168,31 hectares e os implantados pelo INCRA possuem 747 lotes e cobrem 17.814,75 hectares, de acordo com os dados fornecidos pelo ITESP.

Apesar da implantação de assentamentos rurais, o problema da titularidade das terras permanece e requer a ação do poder público no sentido de resgatar mais áreas e destiná-las à reforma agrária. Há que se ressaltar que, nos assentamentos rurais do Pontal do Paranapanema, tem sido instalados trabalhadores sem terra de todo o Estado de São Paulo e do país que foram atraídos pelos movimentos sociais que atuam na região, principalmente pelo Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Tabela 5 - NÚMERO DE LOTES, ÁREA OCUPADA E NÚMERO DE ASSENTAMENTOS RURAIS NO PONTAL DO PARANAPANEMA – 2009 Municípios Nº de Assent. Nº de lotes Área (em ha) Caiuá 6 334 8.301,7

Euclides da Cunha Paulista 9 516 11.229,5 Marabá Paulista 6 255 8.096,04 Mirante do Paranapanema 31 1.328 31.748,28

Piquerobi 3 84 2.595,36

Presidente Epitácio 4 318 7.275,28 Presidente Venceslau 6 274 7.452,52 Ribeirão dos Índios 1 40 852,52

Santo Anastácio 0 0 0

Teodoro Sampaio 20 848 22.694,43

Rosana 4 766 17.737,43

TOTAL 90 4.763 117.983,06 Estado de São Paulo 172 10.182 222.909,66

Fonte: Instituto de Terras do Estado de São Paulo.

Os assentamentos rurais têm contribuído para o restabelecimento do dinamismo econômico de alguns municípios da região, especialmente de Mirante do Paranapanema, Teodoro Sampaio e Euclides da Cunha Paulista, conforme demonstrou Souza (2006). Apenas nesses três municípios há mais de 65 mil hectares de terras e quase três mil lotes distribuídos em sessenta assentamentos rurais.

O Pontal do Paranapanema concentra 46% do número total de lotes e 51% do número e da área total ocupada pelos assentamentos rurais no Estado de São Paulo, de acordo com os dados fornecidos pelo ITESP.

Os assentamentos rurais já implantados têm contribuído para a revitalização demográfica e para a ampliação da oferta de alimentos básicos nos mercados locais. Além disso, os recursos públicos que são destinados aos beneficiários da reforma agrária por meio de linhas de crédito para a instalação das famílias e para o financiamento da produção, a partir do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), têm gerado a ampliação da demanda por serviços e fortalecido o comércio nos núcleos urbanos.

No entanto, a elevada vulnerabilidade econômica e social da maioria das famílias já assentadas e das que demandam o acesso à terra provocaram a ampliação da demanda por

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serviços públicos de saúde, educação, saneamento, habitação e promoção social, com fortes impactos sobre os orçamentos municipais.

As famílias assentadas no Pontal do Paranapanema enfrentam problemas semelhantes aos demais pequenos produtores rurais no que diz respeito às dificuldades para comercializar a produção e ao acesso aos serviços de extensão rural oficiais, embora recebam a assistência prestada por técnicos vinculados ao ITESP.

Como grande parcela dos demais pequenos produtores rurais da região, uma das principais alternativas de renda dos assentados, tem sido a produção de leite. No entanto, a produtividade do rebanho é baixa, em decorrência do predomínio de gado misto e da quantidade insuficiente de alimentos fornecidos aos animais, especialmente nos meses de inverno, quando normalmente os índices pluviométricos são menores.

As usinas de álcool e açúcar têm estabelecido “parcerias” nos assentamentos, o que propicia o financiamento das lavouras de cana-de-açúcar em nome dos assentados, os quais, em virtude da vulnerabilidade social e econômica, têm acesso aos financiamentos do PRONAF a baixas taxas de juros. Dessa maneira, parte da cana-de-açúcar destinada às usinas é produzida com forte subsídio oficial, via crédito rural concedido aos assentados que estabelecem “parcerias” (leia-se arrendamentos) com as usinas, conforme evidenciam Ferreira Júnior e Hespanhol (2006)

O grupo Odebrecht adquiriu a Destilaria Alcídea, instalada no município de Teodoro Sampaio e está implantando outras unidades de processamento de cana-de-açúcar na região.

Além da cana-de-açúcar houve expansão nas áreas de cultivo de mandioca, mamona, seringueira e urucum entre 1995/96 e 2007/08, que se elevaram de 1.753 hectares para 3.799 hectares, de acordo com os dados do LUPA.

Na paisagem regional, destacam-se as pastagens degradadas voltadas ao atendimento das necessidades da pecuária mista (corete e leite) com baixo padrão tecnológico, as lavouras de cana-de-açúcar que são cultivadas em larga escala, com emprego de técnicas modernas vinculadas ao pacote tecnológico da revolução verde, e os assentamentos rurais, cujas áreas se destinam a cultivos de subsistência, a produção de mamona para a produção de biodiesel, o plantio de cana-de-açúcar para o abastecimento de usinas de álcool e açúcar e o cultivo de pastagens que dão suporte à pecuária leiteira, principal fonte de renda dos pequenos produtores rurais tanto assentados como por aqueles que herdaram ou compraram as terras.

As erosões e as voçorocas são recorrentes na paisagem regional. Os cursos d´água não estão protegidos por matas ciliares e a maioria dos pequenos córregos e rios está totalmente assoreada.

Os projetos de microbacias hidrográficas foram implantados nessa região cujo perfil foi anteriormente apresentado, sendo o seu principal desafio melhorar a qualidade ambiental por meio do estímulo à adoção de técnicas agronômicas adequadas, do combate à erosão, do manejo sistêmico das variáveis ambientais e do envolvimento dos agricultores, das suas organizações e dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural (CMDR).

Os projetos de microbacias foram implantados tanto em áreas com predomínio de pequenos produtores rurais que herdaram ou adquiriram as terras como em áreas situadas

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nos assentamentos rurais, sendo, no último caso, estabelecida parceria entre a CATI e o ITESP para a condução das ações vinculadas ao referido programa.

2. Os Programas de Microbacias Hidrográficas e o Enfoque Sistêmico das Variáveis Ambientais

As microbacias hidrográficas são superfícies territoriais de dimensões variáveis situadas “entre os fundos de vale e os espigões divisores de água e são limitadas por divisores naturais, considerando-se a menor unidade territorial capaz de enfocar as variáveis ambientais de forma sistêmica” (SABANÉS, 2003, p. 79).

O manejo integrado dos recursos naturais tendo como base as microbacias hidrográficas favorece o envolvimento e a participação das comunidades que habitam e exploram as propriedades rurais situadas nas respectivas microbacias.

A partir da década de 1980, as medidas de combate à erosão passaram a ser realizadas tendo como referência as microbacias hidrográficas. O pioneiro nesse tipo de ação foi o Estado do Paraná que desde o início daquela década passou a manejar os recursos naturais de maneira sistêmica, com base no recorte territorial das microbacias hidrográficas.

No final dos anos 1980, o Estado do Paraná foi contemplado com recursos do Banco Mundial para financiar o seu programa de microbacias hidrográficas. O período de implementação do programa paranaense, com financiamento daquele banco, estendeu-se de 1989 a 1996.

O Estado de Santa Catarina também lançou o seu programa de microbacias hidrográficas e recebeu recursos do Banco Mundial para a execução da primeira edição entre os anos de 1991 e 1999 e recebeu novo financiamento daquele organismo internacional para executar a segunda edição do programa entre os anos de 2002 e 2008.

No Estado de São Paulo, as microbacia hidrográficas foram instituídas como unidades de planejamento e intervenção, por meio do Decreto nº 27.329 de 03 de setembro de 1987, sendo criado no mesmo ano o Programa de Microbacias Hidrográficas com o objetivo de conservar os recursos naturais e promover a organização dos produtores rurais.

No entanto, entre os anos de 1987 e 1999 as ações da CATI e da Companhia de Desenvolvimento Agrícola do Estado de São Paulo (CODASP), tendo como recorte espacial as microbacias hidrográficas, foram executadas com parcos recursos, restringindo-se a ações pontuais de conrestringindo-servação de solos, por meio da construção de terraços e da adequação de estradas rurais.

No ano de 1994, o governo paulista, por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), encaminhou o pedido de financiamento ao Banco Mundial para implementar o programa de microbacias hidrográficas. O processo de solicitação de recursos tramitou por cinco anos e, após várias reformulações feitas pela CATI, o empréstimo foi aprovado para financiar o programa no período compreendido entre os anos de 2000 e 2006 (processo número 4238 BR).

O programa foi orçado em US$ 124.740.200,00, sendo US$ 55.348.200,00 provenientes do Banco Mundial e US$ 69.3342.000,00 do Governo do Estado de São Paulo (CATI, 2001).

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Constituíram-se objetivos principais do programa de microbacias:

Promover o desenvolvimento rural do Estado de São Paulo, entendendo-se por desenvolvimento rural a ampliação das oportunidades de ocupação, melhorias dos níveis de renda, maior produtividade geral das unidades de produção, redução dos custos e uma reorientação técnica-agronômica. Tudo para propiciar o aumento do bem estar da população rural, através da implantação de sistemas de produção agropecuária que garantam a sustentabilidade socioeconômica e ambiental, com plena participação e envolvimento dos beneficiários e da sociedade civil organizada (CATI, 2000, p. 5).

As ações do referido programa, com recursos do Banco Mundial tiveram início no ano 2000 e estenderam-se até 2007, um ano além do que foi inicialmente previsto, em razão de inúmeras dificuldades de ordem legal e burocrática que retardaram o desembolso dos recursos.

Até o ano de 2005, poucos investimentos foram realizados no âmbito do programa de microbacias e os produtores rurais enfrentaram muitas dificuldades para terem acesso aos incentivos nele previstos. Tal fato comprometeu a credibilidade do programa frente aos produtores rurais, às autoridades municipais e aos próprios técnicos executores.

Até 31 de dezembro de 2005, apenas 31,77% dos US$ 124.740.200,00 previstos para o programa tinham sido gastos, e até 31 de dezembro de 2004 apenas 17,50% haviam sido consumidos (RASCHIATORE; MOREIRA, 2006, p. 522-523).

A gestão do Programa Estadual de Microbacias em âmbito estadual ficou a cargo da CATI por meio dos seus quarenta Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDRs) e das Casas da Agricultura presentes em quase todos os municípios paulistas. No entanto, a gestão do programa é participativa, o que implicou, pelo menos em tese, na coresponsabilidade e participação direta dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento Rural e dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural, conforme apresentado na Figura 1.

Figura 1 – ESTRUTURA HIERÁRQUICA DO PROGRAMA DE MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS PAULISTA

Fonte: Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI). CATI Regional Municipal Microbacia CRDR CMDR Organização de Produtores EDR Casa da Agricultura Técnico Executor

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O PEMH foi dividido em seis componentes: 1) Desenvolvimento Tecnológico e Institucional; 2) Pesquisa Adaptativa; 3) Incentivo ao Manejo e Conservação dos Recursos Naturais; 4) Adequação de Estradas Rurais; 5) Treinamento e Difusão; 6) Administração, Monitoramento e Avaliação, conforme demonstra Neves Neto (2009).

Na figura 2 são apresentados os seis componentes e os oito subcomponentes do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas do Estado de São Paulo.

As regiões agrícolas do Estado de São Paulo foram classificadas em três níveis de prioridade para a implementação do programa, considerando-se a susceptibilidade à erosão, a proporção de pequenos produtores rurais e o índice de pobreza dos municípios com base em dados fornecidos pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) (WORLD BANK, 1997).

Figura 2 – Componentes e subcomponentes do Programa de Microbacias Hidrográficas do Estado de São Paulo

Fonte: Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI.

P.E.M.H. e Desenvolvimento Tecnológico e Institucional Administração, Monitoramento e Avaliação Adequação de Estradas Rurais Incentivo ao Manejo e Conservação dos Recursos Naturais Pesquisa Adaptativa Treinamento e Difusão Assistência Técnica e Extensão Rural Organização Rural Mapeamento Agroambiental Educação Ambiental Incentivo ao Manejo e Conservação do Solo e Controle da Poluição Incentivo à Recuperação de Áreas Degradadas Reflorestamento Fiscalização da Lei do Uso do Solo e de Incentivos

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Definiu-se previamente que para a área estabelecida como prioritária 1 seriam carreados 70% do volume total dos recursos destinados ao programa de microbacias, enquanto que para as áreas prioritárias 2 e 3 seriam destinados 27% e 3% dos recursos do programa, respectivamente. Verifica-se no Mapa 2 que as porções oeste e sudoeste do Estado de São Paulo foram enquadradas no nível de prioridade 1 para a implementação do Programa de Microbacias.

Os produtores rurais foram classificados pela CATI em pequenos, médios e grandes, com base nos seguintes critérios:

a) PEQUENO (PP) – área total explorada até 50 ha. e 70% ou mais da renda familiar proveniente da agropecuária e residir na propriedade ou no município onde está localizada a propriedade ou em município vizinho;

b) MÉDIO (MP) – área total explorada maior que 50 ha. até 200 ha. ou área total explorada menor ou igual a 50 ha. e que não atende aos critérios de fonte de renda e/ou local de residência, necessários para a classificação como pequeno produtor;

c) GRANDE (GP) – área explorada maior que 200 ha. (SEAB – Resolução SAA nº 17 de 11 de julho de 2005, p. 3).

Os níveis de subvenção concedidos por meio do programa de microbacias aos produtores rurais para a adoção de práticas agronômicas adequadas, contratação de serviços e aquisição de implementos foram estabelecidos com base na referida classificação. As subvenções foram concedidas com o intuito de adaptar os sistemas agrícolas aos princípios do programa, sendo exigida menor contrapartida financeira dos pequenos proprietários do que dos médios e grandes.

Mapa 2 – ÁREA DE ATUAÇÃO DOS ESCRITÓRIOS DE DESENVOLVIMENTO RURAL DO ESTADO DE SÃO PAULO, SEGUNDO OS NÍVEIS DE PRIORIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO

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Por meio do programa, os produtores rurais das microbacias selecionadas puderam pleitear, até o limite de US$ 3.000,00, os seguintes benefícios: aquisição de sementes para adubação verde; compra de materiais para a construção de cercas nas áreas de preservação permanentes (APPs) e para o isolamento de voçorocas; controle de erosão; aquisição de calcário e de sistemas de divisão de pastagens (kit para cerca elétrica e bebedouro); e, construção de fossas sépticas biodigestoras.

Para cada tipo de benefício foi estabelecido um teto máximo e um valor de referência, bem como um limite máximo para a concessão do apoio financeiro, sendo definida a proporção a ser ressarcida aos agricultores.

Além dos incentivos limitados a US$ 3.000,00 por beneficiário e com ressarcimento de 80 a 90% aos pequenos produtores e entre 60 e 90% aos médios, cada propriedade incluída no programa foi credenciada a receber gratuitamente até 5.000 mil mudas de espécies florestais nativas para o plantio nas áreas de preservação permanenetes (APPs).

O programa de microbacias também concedeu incentivos financeiros para a construção de abastecedouros comunitários, a aquisição de escarificador, subsolador, distribuidor de calcário, roçadeira e semeadeira de plantio direto por grupos de, no mínimo, três produtores rurais das microbacias.

O ressarcimento do valor aplicado, considerando o teto máximo estabelecido foi de 80% aos grupos com mais de 60% de pequenos produtores e de 60% aos grupos com menos de 60% de pequenos produtores (CATI, 2005).

No âmbito das microbacias, ou seja, nas áreas comuns (públicas), foi realizado o controle de voçorocas, a adaptação de estradas rurais com cobertura de 100% dos custos pelo programa. As associações de produtores rurais que pleitearam equipamentos de informática e implementos para a realização de plantio direto também foram contempladas sem que precisassem arcar com qualquer contrapartida.

3. Resultados do Programa de Microbacias Hidrográficas no Pontal do Paranapanema

A região do Pontal do Paranapanema foi classificada como zona prioritária 1 para a implantação do Programa de Microbacias Hidrográficas, em razão da elevada susceptibilidade à erosão, do intenso nível de degradação dos recursos naturais e dos elevados índices de pobreza da sua população rural.

Até o final do ano de 2007, quando se encerrou a primeira fase do Programa de Microbacias Hidrográficas, foram desenvolvidas ações em 25 projetos de microbacias no Pontal do Paranapanema.

No município de Mirante do Paranapanema foram desenvolvidas ações em quatro projetos de microbacias; em Piquerobi, Presidente Venceslau e Santo Anastácio foram empreendidas ações em três projetos em Caiuá, Euclides da Cunha Paulista, Marabá Paulista, Ribeirão dos Índios e Teodoro Sampaio ocorreram ações em dois projetos; e, em Rosana, foram desenvolvidas ações numa única microbacia hidrográfica.

Na tabela 6 constam a identificação, a área e o número de produtores rurais dos projetos de microbacias hidrográficas do Pontal do Paranapanema.

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Cinco projetos de microbacias foram desenvolvidos em assentamentos rurais, por meio de parceria estabelecida entre a CATI e o ITESP. Nos municípios de Mirante do Paranapanema, Caiuá, Marabá Paulista e Ribeirão dos Índios foram implementadas ações em microbacias pertencentes a assentamentos rurais. Do valor total investido pelo programa no Pontal do Paranapanema, 13,40% se destinaram aos cinco projetos de microbacias situados em assentamentos rurais.

Em termos do montante de recursos investidos, o Pontal do Paranapanema recebeu 4,4 milhões de reais em incentivos financeiros do programa em práticas de manejo e conservação do solo e da água, o que representa 3,46% do total despendido pelo programa no Estado de São Paulo.

A receptividade aos projetos de microbacias no Pontal do Paranapanema foi bastante diferenciada em razão do perfil das comunidades atendidas e do envolvimento, compromisso e condições de trabalho dos técnicos executores dos projetos, sendo a maior parte contratada pelas prefeituras municipais.

Tabela 6 – PONTAL DO PARANAPANEMA: ÁREA E NÚMERO DE PRODUTORES DOS PROJETOS DE MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS POR MUNICÍPIO

Municípios Projetos Área

MBH (Ha)

Nº de Prod.

Caiuá Córrego Caiuazinho (ITESP) 6.456 72

Córrego água da invernada 3.285 12 Euclides da Cunha Paulista Córrego da Anta 942 43 Córrego Santa Rita 5.208 155 Marabá Paulista Córrego Areia Branca (ITESP) 6.513 110

Córrego Saqui 1.245 25

Mirante do Paranapanema

Córrego do Veado 2.120,00 63 Córrego Santo Antonio I 5.396,00 112 Córrego da Prata II (ITESP) 1.939,00 45 Córrego Borboleta (ITESP) 2.218,00 81 Piquerobi

Córrego São Bartolomeu 3.966 72

Córrego da Represa 2.617 55

Córrego Araponga e Saltinho 1.939 17 Presidente Epitácio Córrego Bandeirante 3.450 126 Presidente Venceslau

Córrego Água da Colônia 2.459 48

Córrego do Veado 2.773 49

Córrego do Veado II 2.403 70 Ribeirão dos Índios Córrego dos Índios 3.029,00 65 Córrego do Arco (ITESP) 2.029,00 88

Rosana Córrego 68 3.226 64

Santo Anastácio

Córrego Vai e Vem 2.558 88

Córrego do Calango 4.555 88

Córrego Água da Tuma 735 32

Teodoro Sampaio Córrego Águas Claras 6.237 121 Ribeirão Água Sumida 3.741 80

TOTAL 81.039 1781

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O programa foi coordenado pela CATI por meio dos EDRs, mas a maior parte dos técnicos executores era contratada pelas prefeituras conveniadas, o que gerou alguns problemas em decorrência da elevada rotatividade dos referidos profissionais e o consequente rompimento do vínculo entre os técnicos executores e os produtores rurais das microbacias. Os técnicos conveniados ficaram subordinados mais diretamente às administrações municipais, o que, em alguns casos, dificultou a realização da coordenação e supervisão do trabalho pelo EDR.

De acordo com os técnicos executores entrevistados nos municípios de Santo Anastácio, Mirante do Paranapanema e Teodoro Sampaio, os agricultores têm dificuldades para entender os princípios e os objetivos do programa de microbacias, tendendo a considerá-lo somente na perspectiva da obtenção dos incentivos financeiros, não valorizando a sua importância para a recuperação da qualidade ambiental.

Há que se ressaltar, no entanto, que muitos técnicos, ao enfatizarem as possibilidades dos produtores rurais terem acesso aos recursos financeiros concedidos pelo programa, os induziram a considerar apenas esse aspecto do programa. Apesar dos recursos e treinamentos ministrados pela CATI, alguns técnicos tiveram dificuldades para estimular a participação dos produtores rurais e, eles próprios não conseguiram entender a lógica operacional do programa de microbacias e enfrentaram dificuldades para cumprir as suas exigências burocráticas.

Em termos de ações realizadas no Pontal do Paranapanema foram construídos 15 abastecedouros comunitários para atender grupos de, no mínimo, cinco produtores rurais, com custos 391 mil reais cobertos pelo programa, sendo atendidos 86 produtores. Realizou-se o controle de erosões em 4.058,5 hectares, atendendo 234 produtores rurais, com investimento de 640.410,6 reais, perfazendo 10,36% do total investido pelo programa nesta prática no Estado de São Paulo. Foram controladas voçorocas em 1.603,2 hectares, atendendo 59 produtores rurais, com custos de 133.151,25 reais, representando 4,37% do total estadual e foram plantadas 87.069 mudas de espécies florestais nativas em 90 UPA, de acordo com os dados disponibilizados pela CATI.

Foram doados sete kits de plantio direto e cinco kits de informática para associações de produtores rurais, cujos investimentos atingiram quase 135 mil reais e beneficiaram 345 membros das associações.

Além disso, o programa incentivou e subsidiou a aquisição de equipamentos por grupos de, no mínimo, três produtores rurais. Foram adquiridos três escarificadores, 48 roçadeiras costais, 10 roçadeiras tratorizadas, 133 distribuidores de calcário de tração mecânica e seis de tração animal e outros equipamentos, com dispêndios de cerca de 180 mil reais.

no Pontal do Paranapanema, 166 produtores rurais utilizaram incentivos do programa para a implantação de 82,7 quilômetros de cerca nas APPs, o que representa 5,52% do total estadual, com investimentos de R$ 273.986,00; 234 proprietários rurais receberam incentivos para efetuar o controle de erosão; e 47 implantaram o sistema de divisão de pastagens em 137,1 hectares, com recebimento de subvenção de mais de 72 mil reais, o que representa 12,74% dos investimentos feitos nesta rubrica em âmbito estadual.

No Estado de São Paulo, mais de 68 milhões de reais foram investidos na adequação de estradas rurais, o que representa 53% do total investido pelo programa no

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manejo e conservação do solo e da água. No Pontal do Paranapanema, a maior parcela dos recursos do programa também foi investida nessa prática, totalizando quase 1,88 milhão de reais, perfazendo 48,7 % do total investido no manejo e conservação do solo e da água pelo programa na região.

A construção de abastecedouros comunitários para atender à demanda de grupos de produtores por água potável foi o item que implicou no segundo maior dispêndio de recursos financeiros do programa, tanto no Estado de São Paulo quanto no Pontal do Paranapanema. Em âmbito estadual, a implantação de abastecedouros comunitários consumiu mais de 27 milhões de reais, perfazendo 21,6% do total investido e na referida região essa rubrica do programa consumiu quase 400 mil reais, perfazendo 10,13% do total investido.

No controle de erosões e voçorocas foram investidos quase 10 milhões de reais no Estado de São Paulo, dos quais 800 mil se destinaram ao Pontal do Paranapanema.

Na tabela 7 são apresentados os dados referentes aos incentivos concedidos pelo Programa de Microbacias Hidrográficas no Pontal do Paranapanema, considerando o número de produtores atendidos, a quantidade, o valor total investido e apoiado e as respectivas participações do Pontal do Paranapanema no Estado de São Paulo, por prática de manejo e conservação do solo e da água.

Tabela 7 - INCENTIVOS CONCEDIDOS POR MEIO DO PROGRAMA DE MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS EM PRÁTICAS DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA NO

ESTADO DE SÃO PAULO E NO PONTAL DO PARANAPANEMA ENTRE 2000 E 2007 PRÁTICAS Nº de

Prod. Quant. Um.

Valor Total (R$) Valor Apoiado (R$) Pontal do Paranapanema PP/ Estado Pontal do Paranapanema PP/ Estado Abastecedouro Comunitário 86 15 Um. 526473,12 1,33 391.091,01 1,43 Calcário Agrícola Aplicado 56 1.114,20 Ton. 75.701,83 2,70 52.858,52 2,79

Cercas para proteção de

mananciais 166 82,7 Km. 364.400,87 5,90 273.986,16 5,73

Cercas para proteção de

voçorocas 2 1,7 Km. 4.815,40 6,45 4.073,58 6,69

Controle de Voçorocas 59 1.603,20 Há 133.151,25 4,37 133.151,25 4,37 Controle de Erosão 234 4058,50 Há 978.499,38 9,90 640.410,6 10,36 Distribuidor de Calcário

- Tração mecânica 133 26 Um. 106.600,00 3,65 74.136,78 4,47 Distribuidor de Calcário

– Tração animal 6 2 Um. 3.800,00 17,81 2.454,6 18,33

Escarificador 20 3 Um. 10.990,00 2,92 4.727,18 2,17

Fossa Séptica

Biodigestora 8 9 Um. 9.607,24 0,48 7.238,04 0,49

Kit informática –

associações 195 5 Um. 25.329,50 3,09 25.329,50 3,09

Kit plantio direto –

associações 140 7 Um. 110.505,13 2,66 110.505,13 2,66

Mudas de Espécies Florestais Nativas Plantadas

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17 Roçadeira Costal 153 48 Um. 92.337,00 4,24 68.077,73 4,14 Roçadeira Tratorizada 51 10 Um. 42.015,00 1,67 28.559,64 1,71 Semeadora de plantio

direto 3 1 Um. 1.700,00 12,65 1.360,00 12,65

Sementes para adubação

verde 1 3,00 Há 496,00 1,53 446,40 1,38

Sistema de divisão de

pastagens 47 137,1 Há 95.767,65 11,63 72.630,54 12,74

Trecho crítico de estrada

adequado 38 Km. 1.882.677,27 2,75 1.882.677,27 2,75

TOTAL 1450 94.233,4 4.551.935,64 3,06 3.860.782,93 3,46

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI).

Dentre os onze municípios que integram o Pontal do Paranapanema, Piquerobi foi o que recebeu o maior volume de recursos do Programa de Microbacias. Os três projetos implementados no município foram contemplados com recursos financeiros da ordem de 725 mil reais, perfazendo 15,66% do total regional. Mirante do Paranapanema foi contemplado com 581 mil reais nos seus quatro projetos, sendo que dois deles (Córrego Santo Antonio I e Córrego do Veado) foram contemplados com mais de 90% do total investido no município. O município de Santo Anastácio foi contemplado com 527 mil reais, sendo que apenas o projeto de Microbacias do Córrego Vai e Vem recebeu quase 400 mil reais em investimentos, dos quais mais de 200 mil foram investidos na adequação de 4,2 quilômetros de estradas rurais.

Marabá Paulista, Presidente Epitácio e Rosana foram os que receberam os menores valores dos investimentos feitos pelo Programa de Microbacias nos onze municípios que integram o Pontal do Paranapanema. Marabá Paulista recebeu 325 mil reais, Presidente Epitácio 262 mil reais e Rosana foi contemplado com menos de 5 mil reais, conforme se verifica na Tabela 8.

Tabela 8 – PONTAL DO PARANAPANEMA: INCENTIVOS CONCEDIDOS PELO PROGRAMA DE MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS POR MUNICÍPIO E POR PROJETO

Municípios Nº de prod. Valor Total Valor Apoiado Caiuá 84 524.641,73 483.819,02

Euclides da Cunha Paulista 198 542.307,6 480.891,62 Marabá Paulista 135 358.787,84 324.124,05 Mirante do Paranapanema 301 779.058,51 581.299,25 Piquerobi 144 908.114,56 725.891,92 Presidente Epitácio 126 349.566,20 262.827,19 Presidente Venceslau 167 588.271,44 508.094,75 Ribeirão dos Índios 153 415.070,17 394.142,66

Rosana 64 10.583 4.901,52

Santo Anastácio 208 665.096,56 527.579,2 Teodoro Sampaio 201 385.482,99 334.380,54 TOTAL 1781 5.526.980,6 4.627.951,72

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI)

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A baixa participação de Rosana na captação de recursos do programa em favor de seus produtores rurais se deveu basicamente à falta de interesse e de empenho da administração municipal.

Considerações Finais

O Pontal do Paranapanema constitui-se numa das regiões mais pobres do Estado de São Paulo. A referida área situa-se a mais de 600 quilômetros da capital, os seus solos são arenosos e possuem baixa fertilidade natural, a estrutura fundiária apresenta elevado nível de concentração e a titularidade das terras está sob questionamento judicial há mais meio século, sem perspectivas de definição.

Nas grandes fazendas predomina a atividade pecuária de corte de cunho especulativo, o que fomenta a ação de movimentos sociais que atuam na área desde os anos 1980. Nos últimos 25 anos, foram implantados vários assentamentos rurais na região, os quais têm gerado a revitalização demográfica e certo dinamismo econômico em alguns municípios.

O desmatamento indiscriminado e a exploração agropecuária predatória geraram graves problemas ambientais na região, especialmente a erosão dos solos e o assoreamento de cursos d´água.

Desde o ano 2000 a CATI vem desenvolvendo projetos de microbacias hidrográficas na região, os quais estão inseridos no Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas. O referido programa tem como objetivos principais o combate à erosão, o estímulo à adoção de técnicas adequadas de manejo dos solos e das águas e a promoção do desenvolvimento rural sustentável.

As ações empreendidas por meio dos projetos de microbacias foram positivas, especialmente no que diz respeito à adaptação de estradas rurais, ao controle da erosão e ao estímulo para a constituição e fortalecimento das associações de produtores rurais, tanto no conjunto do Estado de São Paulo como no Pontal do Paranapanema.

O Programa de Microbacias Hidrográficas contribuiu para que ocorressem mudanças significativas na mentalidade da maioria dos técnicos vinculados à CATI e às prefeituras conveniadas, os quais passaram a ter uma visão integradora das variáveis ambientais e a valorizar a opinião dos produtores rurais, estimulando-os a participarem, a opinarem e a decidirem, tanto individual como coletivamente, por intermédio das suas associações.

A receptividade Programa de Microbacias Hidrográficas foi muito variável dependendo do perfil da região, do município e de cada uma das microbacias, bem como do preparo e compromisso dos técnicos executores com os respectivos projetos e com a população beneficiária.

A gestão participativa do programa constituiu-se num dos seus maiores desafios, pois a desconfiança e o desconhecimento dos agricultores e autoridades municipais dificultaram o envolvimento e a participação dos produtores rurais.

Os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural (CMDRs) e os Conselhos Regionais de Desenvolvimento Rural (CRDRs), embora já estivessem constituídos em praticamente todo o Estado de São Paulo, inclusive no Pontal do Paranapanema, sendo esta

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uma das exigências para a aprovação dos projetos de microbacias hidrográficas, na maioria dos municípios e regiões os referidos conselhos limitaram-se a atender às exigências burocráticas do Programa de Microbacias, não cumprindo integralmente os papeis a eles atribuídos (HESPANHOL e HESPANHOL, 2004).

Apesar das suas limitações, especialmente no que concerne à agilidade da operacionalização das ações nos projetos e à participação qualificada dos conselhos e população beneficiária, o Programa de Microbacias gerou a melhoria da qualidade ambiental, contribuiu para ampliar o nível de organização social das comunidades rurais e resgatou a autoestima dos pequenos produtores rurais de muitas microbacias.

No Pontal do Paranapanema, o programa propiciou a melhoria no manejo dos recursos naturais e contribuiu para o fortalecimento de organizações coletivas, especialmente das associações de produtores rurais. No entanto, pouco se fez e ainda há muito por ser feito quando se consideram o número de produtores rurais e a superfície territorial das UPAs do Estado de São Paulo e do Pontal do Paranapanema, sendo que até o momento as ações executadas pelo Programa de Microbacias Hidrográficas, apesar de relevantes, foram pontuais. No Pontal do Paranapanema,a área total das microbacias nas quais foram executadas ações do programa é de 85.196 hectares, o que representa apenas 10,82% da superfície total das UPAs e o número de produtores abrangidos atingiu 1.960, perfazendo apenas 21,42% do total.

O Programa de Microbacias Hidrográficas teve caráter ascendente, requerendo a participação dos atores sociais envolvidos e a parceria com as prefeituras municipais. Nas regiões e municípios nos quais as pequenas propriedades são menos expressivas, os produtores rurais menos organizados e em que há interesses muito divergentes entre os diferentes estratos sociais, como no caso do Pontal do Paranapanema, os projetos pouco avançaram ou demoraram a deslanchar.

Nas áreas mais atrasadas, normalmente o mandonismo e o clientelismo político continuam arraigados nas relações sociais e políticas. Nessas condições os conselhos regionais e municipais de desenvolvimento rural não funcionam ou têm pouca autonomia, o que dificulta e, em alguns casos, até bloqueia a ação de políticas públicas de cunho participativo.

Em âmbito estadual, o maior ou menor êxito dos projetos de microbacias dependeu basicamente do interesse e empenho das autoridades municipais, da atuação dos técnicos executores e do envolvimento e nível de organização dos produtores rurais das respectivas microbacias. No caso do Pontal do Paranapanema, não foi diferente, tanto que o desempenho entre os municípios foi díspare, sendo que o volume de recursos investidos nos projetos de microbacias hidrográficas variou de menos de cinco mil reais em Rosana a 725 mil reais em Piquerobi.

Referências

COORDENADORIA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA INTEGRAL (CATI). Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas. CATI: São Paulo, 2000.

COORDENADORIA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA INTEGRAL (CATI). Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas. Manual do Programa – Seção Operativa. CATI: São Paulo, 2001.

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HESPANHOL, Antonio Nivaldo; HESPANHOL; Rosangela, Aparecida de Medeiros. Desenvolvimento rural e poder local: a situação dos CMDRS na região de presidente prudente – SP. In: CD do I Seminário Internacional sobre Desenvolvimento Local, 2004, Rio Claro: IGCE-UNESP, 2004. p. 1-11.

NEVES NETO, Carlos de Castro. O Projeto de microbacia dos córregos Pavão/Matão, Município de Assis, no contexto do Programa de Microbacias Hidrográficas do Estado de São Paulo. FCT-UNESP: Presidente Prudente, 2009 (Dissertação de mestrado).

RASCHIATORE Ricardo Alexandre; MOREIRA, Daniel Augusto. Inovação na implementação do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas do Estado de São Paulo. Gestão & Produção, v. 13, nº 3, p. 517-529, Set.-Dez. 2006.

SABANES, Leandro. Manejo sócio-ambiental de recursos naturais e políticas públicas: um estudo comparativo dos Projetos Paraná Rural e Microbacias. Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da UFRGS, 2002. (Dissertação de Mestrado). SOUZA, Sérgio Pereira de (2006). Assentamentos Rurais e novas dinâmicas sócio-econômicas: Os casos dos munícipios de Rosana, Euclides da Cunha e Teodoro Sampaio/SP. FCT-UNESP: Presidente Prudente, 2007 (Dissertação de mestrado).

TORRES, Antonio J. et al. (orgs.). Projeto LUPA 2007/08: Censo Agropecuário do Estado de São Paulo, IEA, CATI, SAA, 2009.

WORLD BANK. Land Management III – Project São Paulo, - Environmentally and socially sustanaible development – Sector Management Unit – Latin America and the Caribbean region, 1997.

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