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A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO EM SERGIPE: OS ESTUDOS SOBRE OS GRUPOS ESCOLARES

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A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO EM SERGIPE: OS ESTUDOS SOBRE OS GRUPOS ESCOLARES

Anne Emilie Souza de Almeida1

INTRODUÇÃO:

De acordo com Fátima de Souza e Faria Filho (2006) o interesse pelo estudo sobre os Grupos Escolares no Brasil está paulatinamente crescendo. Esses estudos, tanto em Sergipe como no Brasil, referem-se a sua gênese e o cotidiano das escolas durante o período da sua instalação estendendo-se até a década de 30. Diante disso, este artigo tem como escopo verificar e analisar os trabalhos produzidos que tiveram como objeto de estudo os Grupos Escolares em Sergipe.

Estes estabelecimentos de ensino surgiram a partir da República, quando a mesma buscou civilizar a população de acordo com os moldes do novo regime político. Para isso, desde a infância a criança devia ser educada em instituições específicas, os quais possuíam edifícios próprios denominados de Grupos Escolares.

Ao contrário das cadeiras isoladas ou escolas isoladas que funcionavam nas casas dos professores ou em lugares alugados, os grupos escolares constituíram uma nova maneira de organização do ensino primário. Nestes estabelecimentos havia várias salas com a presença de alunos que possuíam o nível de aprendizagem homogênea, coordenada por uma professora e dirigida por uma pessoa.

Nas cadeiras isoladas utilizavam-se do ensino individual e depois passou a utilizar o método mútuo. Luciano Mendes de Faria Filho (2007) explica que o método individual assemelhava-se com o método desenvolvido na casa dos estudantes, ou seja, os professores ensinavam aos alunos de maneira particular. O método mútuo, também conhecido como método lancasteriano, tem como uma das suas peculiaridades a utilização de alunos mais adiantados para auxiliar o professor no processo do ensino.

1Mestre em Educação. Professora da Escola Municipal Papa João Paulo II e da Universidade Tiradentes.

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Segundo seus defensores estabelecendo-se as condições materiais adequadas, dentre as quais a principal refere-se à existência de um amplo espaço, um professor, com a ajuda dos alunos mais adiantados, poderia atender até mil alunos em uma única escola. Considerando, ainda, que os alunos estariam o tempo todo ocupado e vigiados pelos colegas e os estabelecimento de uma intensa emulação entre os estudantes, o tempo necessário ao aprendizado de primeiras letras seria bastante abreviado em comparação com o método individual. (FARIA FILHO, 2007, p. 141)

Com os princípios da Pedagogia Moderna passou a ser desenvolvido o método intuitivo, o qual determinava que a educação partisse da percepção das crianças. No processo de ensino os alunos utilizavam seus sentidos para compreender os conteúdos sistematizados.

O assim chamado “método intuitivo” deve essa denominação à acentuada importância que os seus defensores dava à intuição, à observação, enquanto momento primeiro insubstituível a aprendizagem humana. Ancorados nas tradições empriristas de entendimento dos processos de produção e elaboração mental dos conhecimentos, sobretudo na forma como foram apropriadas e divulgadas por Pestalozzi, os defensores do método intuitivo chamaram a atenção para a importância da observação das coisas, dos objetos, da natureza, dos fenômenos e para a necessidade da educação dos sentidos como momentos fundamentais do processo de instrução escolar. (FARIA FILHO, 2007, p. 143)

Com o surgimento da Escola Nova o método intuitivo teve uma nova roupagem, passando a denominar método intuitivo ativo, sendo que o ensino devia partir da experiência dos próprios educandos. Esse método foi desenvolvido por John Dewey e ele concebia que a aprendizagem acontecia por meio da reflexão sobre as experiências vivenciadas pelos alunos, estas experiências estavam relacionadas com a vida cotidiana dos educandos, com isso despertava o interesse do aluno durante o processo de aprendizagem.

Despertando o interesse do educando ele estaria preparado para compreender os conhecimentos. A aprendizagem do método intuitivo iniciava com um problema, o qual devia ser investigado. Depois era coletado os dados, para em seguida ser feita uma reflexão. “Retornando agora às preposições metodológicas apresentadas por Dewey, chega-se à etapa do processo de aquisição de conhecimento, nos quais as ideias obtidas

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com base na busca e coleta de dados devem ser aplicadas para que não permaneçam como ideias sugestões” (VALDEMARIN, 2004, p. 191).

Os primeiros trabalhos que retratam sobre a cultura e as práticas escolares presentes no Grupo Escolar são de autoria de Faria Filho (2000) intitulada “Dos Pardieiros aos Palácios: cultura escolar e urbana em Belo Horizonte na Primeira República” e o livro de Rosa de Fátima “Templos de Civilização a implantação da escola graduada no Estado de São Paulo (1890 – 1910)” publicado em 1998.

Souza (1998) relata sobre o processo de instalação dos Grupos Escolares no Estado de São Paulo – primeiro Estado a implantar o sistema de escola graduada no Brasil. Ela faz uma comparação das escolas graduadas instituídas na Europa e nos Estados Unidos, com os Grupos Escolares criados no Brasil, destacando as influências desses primeiros lugares na instrução primária.

Utilizando como fonte primária os relatórios dos inspetores e das diretoras Faria Filho retrata como, no período da Primeira República, sucedeu a Reforma da Instrução primária no estado de Minas Gerais, e como se deu o processo de instalação dos Grupos Escolares nesse Estado. Faria Filho relata também que a Instrução Pública se apropriou da organização do trabalho fabril – no que concerne a racionalização, no controle dos funcionários e na disciplina – para implantar na escola pública primária.

Há também o livro de Antônio Carlos Pinheiro (2002) que retrata sobre a mudança da organização escolar primária no Estado da Paraíba. A sua obra consiste na explanação de dois períodos no ensino das primeiras letras: o período das cadeiras isoladas e o período dos Grupos Escolares. Todas essas mudanças irão repercutir nos grupos escolares e para isso diferentes autores brasileiros e sergipanos tem se debruçado a analisar os modernos estabelecimentos de ensino criado na Primeira República.

OS ESTUDOS SOBRE OS GRUPOS ESCOLARES EM SERGIPE

Até 2009 a pesquisa sobre os Grupos Escolares estava relacionada a dois tipos de produção: a primeira “revela o caráter acentuadamente regional dos estudos e uma grande preocupação com as origens, isto é, o momento da implantação dessa

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modalidade da escola primária em cada estado resultando, dessa maneira, num grande privilégio ao período relacionado à Primeira República”. E o segundo “encontra-se os estudos de natureza monográfica voltados para uma história institucional focalizando uma escola ou um Grupo de Escolas”. (2006, p. 22).

Existem alguns trabalhos que abordam sobre os Grupos Escolares no Brasil e esses trabalhos são realizados por pesquisadores de vários Estados (Vidal, 2006), em Sergipe existem alguns estudos que estão sendo desenvolvidos, referente ao grupo escolar e a instrução primária no período da Primeira República. Dentre eles destacam os trabalhos de Crislaine Azevedo (2003; 2006), Miguel André Berger (2005) e Jorge Carvalho de Nascimento (2006), Magno Santos (2005; 2009) Maria Madalena Cruz (2002); Wlademir Silva dos Santos (2004) e Anne Emilie Almeida (2009).

Crislaine Azevedo (2003), em seu estudo monográfico, analisa as instalações do Grupo Escolar General Siqueira, Barão de Maroim, General Valladão, Manoel Luiz e José Augusto Ferraz, localizados na capital sergipana, em Aracaju, no período de 1911 à 1930. A autora não se delimita somente nas origens, ela tem o objetivo de analisar as finalidades da instalação dos “Templos do Saber”2 e de verificar se os propósitos dessas

instituições foram alcançados. (2003). No Mestrado a mesma autora faz reflexões sobre a criação dos grupos escolares nos demais municípios no Estado (Azevedo, 2009).

Miguel André Berger3 faz um mapeamento dos Grupos Escolares inaugurados no período do governo de Graccho Cardoso4, ele irá analisar o cotidiano desses

estabelecimentos de ensino, envolvendo as festas de inaugurações, atuação da direção e corpo docente, as festas cívicas, a prática pedagógica, as atividades escolares e o estilo arquitetônico destes prédios.

Os grupos escolares que Miguel Berger comenta nos seu estudo são: “Gumersindo Bessa”; “Vigário Barroso”; “Sílvio Romero”; “Manuel Luís”; “Fausto

2 Termo utilizado por Crislaine de Azevedo na sua monografia “Nos majestosos templos da sabedoria: a

implantação dos Grupos Escolares em Aracaju”. A autora relata que esse termo estava presente nos discursos dos jornais, ela explica que os Grupos Escolares eram visto com tanta importância que foram comparados aos templos da igreja e as professoras eram comparadas aos sacerdotes da igreja.

3 Doutor em Educação pela Universidade Federal da Bahia e Professor do mestrado em educação e da

graduação do curso de pedagogia na Universidade Federal de Sergipe.

4 Presidente do Estado de Sergipe (1922-1926). Reformou a instrução do Estado inaugurando Grupos

Escolares tanto Capital como no interior, especificamente nas cidades de Estância, Própria, Boquim. Simão Dias, São Cristóvão.,Lagarto, Capela e Neópolis.

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Cardoso”; “João Fernandes de Brito”; “Severiano Cardoso”; “José Augusto Ferraz”; Coelho e Campos”; “Olímpio Campos”.

As festas de inauguração dos Grupos Escolares durante o período de Graccho Cardoso eram anunciadas nos principais jornais do Estado. Em datas anteriores e posteriores do dia da inauguração do Grupo, o intuito era envolver a população para que participassem desse evento.

Segundo Berger (2006): “Em abril e maio de 1923, o jornal Correio de Aracaju emitiu várias reportagens sobre o primeiro grupo criado em Estância, que recebeu a denominação de Grupo Escolar Gumersindo Bessa.” (Berger, 2006, 13).

No seu trabalho, Berger mostra que a maioria dos Grupos teve a atuação de diretoras na administração da instituição, diferentes de alguns estados brasileiros, como São Paulo, que na maioria das vezes a administração desses estabelecimentos de ensino eram assumidos por homens.

Em relação às festas cívicas Berger comenta que elas “objetivavam em comemorar eventos significativos da História de Sergipe e do Brasil bem como os símbolos nacionais.” (Berger, 2006, 23)

Outro trabalho que relata sobre a implantação dos Grupos Escolares de Sergipe é o de autoria de Jorge Carvalho do Nascimento (2006). O autor demonstra como o Estado de São Paulo foi modelo de ensino, o qual foi assumido por políticos e educadores do Estado de Sergipe, relata sobre questionamento colocado pela população no que concerne aos procedimentos metodológicos adotados pelos grupos. E por fim, o autor irá relatar a respeito da formação cívica nas primeiras décadas de funcionamento dos grupos.

Além das festas, Nascimento (2006) demonstra que Sergipe se apropriou das idéias pedagógicas do Estado de São Paulo. Os políticos sergipanos enviaram técnicos desse Estado para São Paulo com o intuito de observar os preceitos pedagógicos daquele lugar. No ano de 1931, Helvécio de Andrade5, diretor da instrução pública, permitiu a viagem do inspetor Augusto da Rocha Lima para analisar os procedimentos

5 Médico, atuou em Santos onde se interessou pelos discursos da pedagogia moderna desenvolvidos na

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pedagógicos naquele estado e verificar os métodos de ensino utilizados e os modernos estabelecimentos de ensino. O relatório de Lima defende a necessidade de estudar a aplicação dos novos métodos e processos pedagógicos. (Nascimento, 2006).

Sobre os grupos escolares no interior há o trabalho que relata a cultura do Grupo Escolar “Coelho Campos”, localizado na cidade de Capela. Esse estudo é uma monografia intitulada “A Trajetória do Grupo Escolar Coelho e Campos (1918-1945)” de autoria de Maria Madalena da Silva Cruz (2002), apresentada na disciplina Prática de Pesquisa.

O trabalho possui quarenta e sete laudas, exceto as fontes que se encontra no anexo do trabalho. O texto desse estudo foi dividido em três capítulos, de acordo com Maria Madalena (2002), o primeiro capítulo relata sobre o surgimento do Grupo Escolar “Coelho e Campos” na cidade de Capela, o segundo capítulo denota a atuação do Grupo com o surgimento do Colégio Imaculada Conceição, no terceiro capítulo a autora analisa as práticas pedagógicas e no fim do texto Maria Madalena Cruz tece algumas considerações.

Sobre os grupos na capital Wlademir Santos (2004) e Magno Santos (2005) estudam sobre o Grupo Escolar Barão de Maroim. Wlademir Silva dos Santos (2004) faz um trabalho de transcrição e de edição sobre o livro de registros e de correspondências do Grupo Escolar Barão de Maroim. O seu trabalho serve como fonte para outros trabalhos que tem como objeto os Grupos Escolares ou de História da Educação.

Este trabalho de Wlademir (2004) foi uma das fontes para o estudo de Magno Francisco Jesus dos Santos (2005). Magno Santos (2005) buscou compreender o espaço do Grupo Escolar Barão de Maroim revelando as suas variadas funções6 que foram colocadas no edifício da escola e os discursos que estavam presentes no espaço arquitetônico do grupo. O marco temporal deste trabalho foi de 1917, ano que se inaugurou o grupo até 1950, período este que deixou de existir o Grupo Escolar Barão de Maroim. Porém Santos denota que este marco foi “extrapolado em discussões a

6 Durante algum tempo o edifício do Grupo Escolar Barão de Maroim abrigou algumas escolas isoladas,

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respeito da dinamicidade do espaço escolar, refletindo sobre o espaço estudado entre 1860 e a ano de 2000” (SANTOS, 2005, p. 98)

A sua obra se divide em quatro capítulos e neles estão presentes pontos relevantes que auxilia na compreensão do espaço do referido grupo. Um dos pontos que Magno Santos (2005) aborda é que o Grupo Escolar foi construído com o intuito de melhor vigiar as condições do Grupo e como também as práticas dos docentes.

É importante destacar que esta prática de vigilância não limitava-se somente as questões internas do Grupo, a própria sociedade buscava olhar as características positivas e negativas que estavam inseridas no Grupo, quando este ia além dos muros físicos do espaço escolar, com as festas cívicas.

Um outro ponto relevante no trabalho de Magno Santos é quando ele discute a questão da materialidade do espaço da escola, dos discursos que estavam presentes no edifício do Grupo e as metáforas que eram feitas em relação ao espaço do Grupo Escolar.

Em diferentes momentos a Instituição era comparada ao um Templo: “Essa foi uma estratégia de aproximar a instituição do universo religioso, ao mesmo tempo em que se difundia o ensino laico” (SANTOS, 2005, p. 91). Outras vezes foi comparada ao um Palácio devido a sua monumentalidade arquitetônica, além de ter feito uma analogia de que Grupo Escolar era um quartel, o qual tinha função de formar “saldados” inculcando valores de ordem, obediência e prudência.

No mestrado Magno Santos (2009) dá continuidade a sua pesquisa ao tentar compreender os diversos discursos a partir da análise dos estilos arquitetônicos dessas instituições, demonstrando que as construções do grupo escolar era um ideal republicano, o qual desejava demonstrar as modificações na educação primária, com o embelezamento dos edifícios dos grupos escolares.

O trabalho de Magno Santo trás importantes informações sobre a historiografia brasileira e utiliza-se de teóricos contemporâneos que ajuda analisar o seu objeto. Uma das inovações do seu trabalho foi ele ter definido o marco temporal de acordo com o seu próprio estudo e não ao um marco político. Prática essa desenvolvida por estudiosos

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marxistas que buscavam definir o marco temporal de acordo com algum aspecto político.

O estudo de Almeida (2009), tenta demonstrar o processo de difusão do ideário da Escola Nova nos grupos escolares de Sergipe, para o desenvolvimento do seu trabalho era busca analisar os grupos escolares localizados na cidade de Propriá, Aracaju e Estância, cidades essas localizadas em diferentes pontos do Estado, o objetivo é verificar como ocorreu a difusão das modernas ideias nesses diferente lugares e o que as professoras se apropriaram

. Primeiramente a autora faz uma contextualização do Estado sergipano demonstrando que intelectuais do Estado possuíam uma relação com os estudiosos da Associação Brasileira de Educação o que culminou da inaugura de uma Associação Sergipana de Educação no ano de 1934. Muitos dos intelectuais que fundaram a Associação, foram inspetores, professores da Escola Normal Rui Barbosa ou até mesmo presidente do Departamento da Educação, como foi o caso de Helvécio de Andrade.

Em seguida Almeida (2009) utilizando o conceito elaborado por Rosiley Souto (2006) de “Tecnologia do Estado”, comenta que os inspetores escolares foi uma tecnologia usada pelo o Estado para fiscalizar, difundir e orientar as professoras sobre os modernos preceitos pedagógicos.

Por fim, a autora analisa as atas da Reuniões Pedagógicas, verificando os principais temas abordados pelas professoras da instituição e analisando com os discursos preconizados pelos escolanovistas. Almeida chega a conclusão que no Grupo Escolar Manuel Luis, as professoras eram as que mais utilizavam dos temas da Escola Nova para debater os temas referentes a educação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como se pode perceber, alguns dos estudos realizados em Sergipe sobre os grupos escolares abordam sobre as inaugurações desses estabelecimentos no referido Estado, ou comentam sobre uma determinada instituição. Atualmente as pesquisas

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referentes a essas instituições tem se estendido em outros aspectos como a difusão do ideário escolanovista nos grupos escolares e a arquitetura desses estabelecimentos.

Com a perspectiva da história cultural, muitos historiadores na área da educação buscaram desenvolver trabalhos que retratassem da cultura escolar, verificando diferentes tipos de fontes (jornais, fotografias, fontes orais, termos de inspeção, relatórios de diretores, atas das reuniões pedagógicas, programas de ensino, legislação...).

Até 2009, os trabalhos que comentam sobre uma determinada instituição são de cunho monográfico: os de Wlademir Santos (2004), o de Magno Santos (2005) e o de Madalena Cruz (2009). O primeiro faz uma transcrição do livro de registro e correspondências do Grupo Escolar Barão de Maroim e o segundo aborda sobre a educação, o espaço e a arquitetura do Grupo Escolar Barão de Maroim.

Além desses trabalhos monográficos, há o estudo de Crislane Azevedo (2003) que foi também uma monografia defendida no ano de 2003 na Universidade Federal de Sergipe. Azevedo (2003) demonstra o processo de instalação dos grupos escolares na capital sergipana e ela dá continuidade a essa temática no seu mestrado. Outros estudos que abordam sobre os grupos escolares é o de Miguel Berger (2006) e o de Nascimento (2006).

Os trabalhos de dissertação que envolve os grupos são de autoria de AZEVEDO (2009), SANTOS (2009) e ALMEIDA, os mesmos irão abordar sobre os grupos escolares, porém através da análise de focos diferenciados. Esse artigo não se encerra por aqui, pois estudos e pesquisas estão sendo feitos sobre os grupos escolares, envolvendo as disciplinas escolares ensinadas nesses estabelecimentos, relatos de professoras que ensinaram no grupo escolar, dentre outras temáticas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

AZEVEDO, Crislane B. Nos majestosos templos de sabedoria: a implantação dos grupos escolares em Aracaju. Monografia de conclusão de curso em História. São Cristovão: Universidade Federal de Sergipe, 2003.

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BERGER, Miguel A. A instrução pública em Sergipe na era da modernidade – Analisando a trajetória dos Grupos Escolares. Relatório apresentada a FAP-SE. São Cristóvão,2006.

CRUZ , Maria Madalena da Silva Cruz. A trajetória do Grupo Escolar Coelho e Campos (1918-1945). 2002. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso.

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Referências

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