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O LIVRO DOS GUARDIÕES E VIGILANTES DE MUNDOS

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Academic year: 2021

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O LIVRO DOS

GUARDIÕES E VIGILANTES

DE MUNDOS

SIXTO PAZ WELLS

Este livro foi passado para o formato digital para facilitar a difusão, e com o propósito de que assim como você o recebeu possa fazê-lo chegar a alguém mais. HERNÁN

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Para baixar da Internet:

“ELEVEN” – Biblioteca del Nuevo Tiempo Rosario – Argentina

Adherida a: Directorio Promineo: www.promineo.gq.nu

Tradução para o Português: Edemilson Mendes – men.design@hotmail.com

www.11argentina.com

“Perguntei a um dos santos anjos, que ia comigo e me mostrava todos os segredos, acerca daquele Filho do Homem, quem era, de onde vinha e porque ia com o ‘Princípio de dias’. Respondeu-me assim:

“— Este é o Filho do Homem, de quem era a justiça e a justiça morava com ele. Ele revelará a todos os tesouros ocultos, pois o Senhor dos espíritos o tem eleito, e é aquele cuja sorte é superior a todos eternamente por sua retidão ante o Senhor dos espíritos.” (Livro 1, De Henoc 46, 2-3.)

“Naquele momento foi nomeado aquele Filho do Homem ante o Senhor dos espíritos, e seu nome ante o ‘Princípio de dias’. Antes que se criasse o sol e as constelações, antes que se fizessem os astros do céu, seu nome foi evocado ante o Senhor dos espíritos. Ele servirá de apoio aos justos para que nele se apoiem e não caiam; Ele é a luz dos povos, e ele será esperança dos que sofrem em seus corações.” (Livro 1, De Henoc 48,

2-4.)

“Nesse dia falou assim Miguel a Rafael:

“— A força do espírito me arrebata e me revolta ante a dureza do castigo dos segredos, o juízo dos anjos. Quem pode resistir à dureza da execução do castigo, ante o qual se desfazem aqueles?

“Falou novamente Miguel a Rafael:

“— Quem há cujo coração não se abrande por isso, nem se estremeçam seus corações por esta sentença emanada contra os que têm sido assim expulsos?

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“— Não estarei eu a favor deles ante a vista do Senhor, pois o Senhor dos espíritos se irou com eles, porque agiram como se fossem o Senhor. Por isso lhes alcançará a sentença oculta eternamente, pois nem anjo nem homem recebeu sua sorte, senão eles mesmos terão recebido sua sentença eternamente.” (Livro 1,

De Henoc 68, 2-5.)

ÍNDICE

Introdução

O planeta azul.

Os semeadores do Éden. O livro dos vigilantes.

Os 144 instrutores planetários. O retorno do Maitreya.

Os guerreiros da luz.

INTRODUÇÃO

Em 1974 se iniciou no Perú uma das experiências de contato extraterrestre mais importantes e sérias que se tenha conhecido no mundo de língua espanhola: Missão Rama ou Grupo Rama. Esta experiência foi dada a conhecer em nível mundial pelo conhecido e prestigiado jornalista espanhol e hoje prolífero escritor Juan José Benítez; que quando era só um correspondente de mais um jornal da agência de notícias EFE, foi enviado ao Perú para cobrir a insólita vivência de um grupo de adolescentes que afirmavam vir mantendo comunicação freqüente com seres de outros planetas.

Benítez, depois de entrevistar a todos os envolvidos, nos perguntou se poderia assistir, na qualidade de testemunha imparcial e objetiva, a um dos ditos avistamentos marcados previamente. A confirmação de seu pedido não se fez esperar, pelo que o grupo se dirigiu, em 7 de setembro de 1974, até a localidade de Chilca, no deserto, a uns sessenta quilômetros ao sul de Lima; lugar de repetidos avistamentos e encontros físicos com os tripulantes das naves extraterrestres. Ali o homem de imprensa, junto com todos os demais assistentes, contemplou a aparição no céu, à baixa altitude, de dois objetos voadores luminosos. Aqueles objetos foram considerados não identificados por Benítez, que de regresso a Espanha, teve a capacidade de declarar publicamente através de diversos meios de comunicação, entre eles a televisão espanhola, que ele o havia visto e lhe constava que o contato era real. Foi então que, a partir de semelhante constatação, aquele grupo de jovens tornou muito popular uma técnica de comunicação conhecida como psicografia, que é a escrita automática ou telepatia instrumentalizada, mediante à qual o receptor ou antena recebe do emissor — neste caso um extraterrestre —, uma forte onda mental ou mensagem telepática; e é nosso próprio cérebro que automaticamente decodifica e interpreta a mensagem, de tal maneira que se percebe como se lhe estivessem falando ao ouvido e em seu próprio idioma; porém, é na mente onde está ocorrendo tudo. Durante a recepção pode dar-se o caso de que alguém se sinta tomado pela necessidade compulsiva de transcrever o que vai recebendo, daí o nome de psicografia.

A história de como começou todo o contato demonstra que por detrás havia como que fios invisíveis movendo tudo, sinais contundentes de uma força que nos dirigia, criando a ambientação adequada e motivando-nos a predispor em nós mesmos as condições de recepção.

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Começando por meu pai, José Carlos Paz García, um a um fomos sendo colocados na linha deste movimento que arrastaria massas. O astrônomo aficionado se interessou pelo tema da vida no espaço, pelo motivo de, nos anos 50, terem chegado ao Peru as primeiras notícias de avistamentos dos chamados ovnis sobre o território de diversas nações, e até sobre as grandes capitais dos países mais poderosos da Terra, como foi a observação de uma considerável formação de tais objetos que chegaram a sobrevoar Washington em 1952, e se detiveram por uns instantes — como se fosse um filme de ficção científica —, sobre o mesmíssimo Capitólio, ante o assombro das testemunhas e o ridículo que significou para os militares norte-americanos que tiveram que reconhecer sua perplexidade e ignorância frente ao assunto, uma vez que asseguraram que não se tratava de nenhuma simulação ou experimento da força aérea, ou algo conhecido. Casos como este se multiplicaram pelo mundo, fazendo com que a imprensa e o público como um todo, pressionasse o governo dos Estados Unidos para que imediatamente pesquisasse, e de uma forma oficial, a opinião pública sobre o fenômeno ovni. Assim surgiu, em 1952, o projeto conhecido como “Livro Azul”.

Em 1955 meu pai formou junto com um grupo de amigos, membros — muitos deles — da força aérea do Peru, um instituto de investigação dos ovnis que rapidamente se conectou com as mais importantes organizações no mundo dedicadas a tal estudo. Nesse ambiente familiar, meus irmãos e eu nascemos, crescemos e nos formamos. Ele nos ensinou desde pequenos a acreditar que, num universo tão densamente povoado de estrelas, não seria difícil existir vida fora da Terra, mas difícil seria se não existisse... Assim, ensinados a enfrentar as coisas com sentido comum e como livres pensadores, fomos nos desenvolvendo normalmente, vivendo as etapas da vida, porém sempre inquietos pelo que viesse mais à frente.

Em 1973 José Carlos foi convidado a dar uma conferência sobre os ovnis para um grupo de praticantes de yoga. Naquela ocasião o acompanhamos com meus irmãos Rosie e Charlie, e o encontro com este grupo produziu um forte impacto em mim. Teria dezessete anos naquela ocasião, e me impressionou positivamente que existisse um grupo de pessoas dedicadas a temas espirituais, sem fazer dele uma religião. Vinha eu de uma formação eminentemente católica, pois havia estudado onze anos com os Irmãos Maristas, e aquilo me parecia tão inovador e diferente a tudo o que havia escutado antes, que me entusiasmei e me peguei envolvido com o assunto da Hatha Yoga e Meditação Mantra Yoga, assumindo-a então como prática diária em minha vida; também me tornei vegetariano e compartilhei tais inquietudes com Marina, minha namorada, envolvendo-nos com isto cada vez mais até envolvendo-nos tornarenvolvendo-nos melhores amigos e inseparáveis companheiros.

Também minha mãe — que chamamos carinhosamente “Mochi” —, e Rosie foram envolvidas pelo entusiasmo despertado pela yoga e meditação, reunindo-nos continuamente para praticar na sala da casa.

O ápice do contato foi que na primeira quinzena do mês de janeiro de 1974, saiu nos jornais de Lima uma informação que dizia que nos Estados Unidos haviam desenvolvido na década de 60, uma série de projetos de investigação do fenômeno ovni, entre eles o conhecido “Projeto Ozma”. Uma versão antiga do que hoje conhecemos como o “Projecto Seti”, que é a busca de sinais de vida inteligente no espaço através de ondas de rádio. Naqueles anos se havia descoberto através de viagens espaciais e mediante os radiotelescópios, que no espaço não havia um silêncio sepulcral como muitos criam, senão que, pelo contrário, havia muito ruído; muito burburinho procedente de cada planeta e de cada estrela. E estes sons poderiam ser mensagens enviadas de outros mundos; de civilizações tão ou mais avançadas que a nossa, que poderiam estar buscando conectar-se com seus simelhantes no universo. Por esse motivo, o governo norte-americano havia criado uma comissão de investigadores composta por um grupo de cientistas experientes em emissões sonoras que trabalhavam para as forças armadas ou para o FBI e a CIA, afim de que procurassem, com o uso de computadores, decodificar e interpretar tais sinais. Este grupo estaria apoiado por outro, composto por paranormais, ou seja, pessoas que tinham nascido com certas faculdades de percepção extra-sensorial mais desenvolvidas que o normal das pessoas, e que são recrutadas pelos governos das grandes nações, para utilizá-los apoiando as forças policiais em resolver casos criminais que não podem se solucionar pela via normal, ou também para intervir em missões de espionagem. Enquanto uns recebiam os sinais e buscavam traduzí-los, o outro grupo se concentrava em enviar ao cosmos uma onda mental telepática suficientemente forte, para descobrir civilizações desenvolvidas no espaço, que não só tivessem avançado em tecnologia, senão também em seu poder mental, para saberem que aqui na Terra já há quem se considera capacitado a manter um contato inteligente. Esta notícia motivou meu pai a organizar uma conferência no meio de seu instituto, para a qual convidou um médico do Hospital de Polícia de Lima e membro da Sociedade Teosófica, o doutor Víctor Yáñez Aguirre, que dissertou magistralmente sobre a telepatia, e a possibilidade da existência e

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posterior visita de seres extraterrestres muito mais avançados que nós, cujo único mérito seria o de terem começado antes, e que poderiam por isso ter amplamente desenvolvidas suas faculdades psíquicas; de tal maneira que, ao chegarem a Terra, poderiam não só visitar-nos com suas naves, como também tentarem uma conexão mental telepática ou buscando-a em um nível astral, em sonhos; devido ao fato de, segundo ele, serem os sonhos experiências reais em outra dimensão.

Não posso negar que a conferência me maravilhou, e fiquei muito entusiasmado com o tema e tão motivado que quando cheguei a casa contei a Mochi e a Rosie sobre os alcances e possibilidades que haviam sido explanados naquela noite, e pedi a elas que me acompanhassem em um intento de recepção telepática. Nunca pensei que pudéssemos ter um resultado positivo, porém, bem valia a pena tentá-lo; e para isto me ocorreu que poderíamos empregar o aprendido na yoga, como as técnicas de: respiração, relaxamento, concentração e meditação, que nos predisporiam a um estado de receptividade e silêncio interior; afim de captar qualquer pensamento que não fosse nosso. Sentamo-nos para isso comodamente ao redor de uma mesa; colocamos umas folhas de papel e um lápis sobre ela, acordando que ao primeiro que viesse uma idéia que considerasse que não fosse sua, a anotaria; e assim, ao final uniríamos as idéias soltas procurando interpretar alguma possível mensagem.

Fechamos os olhos e nos pusemos a fazer respirações lentas e profundas para realizar uma meditação muito especial, pois aquela ocasião concentrava grandes expectativas. Havia passado uns quinze minutos de um ótimo relaxamento, quando de repente senti um desejo irrefreável de escrever, e algo me comoveu fortemente... Produziu-se uma ansiedade tal, que tive que abrir os olhos e pegando o lápis com a mão, a relaxei até que comecei a rabiscar nas folhas de papel de uma forma descontrolada, pelo qual me surpreendi e mais ainda contive minha mão, já que sentia um temor que havia me deixado muito tenso. Ao cabo de alguns instantes em que novamente relaxei, se repetiram os traços sobre o papel; porém, desta vez já não eram meras linhas ou riscos aleatórios, mas comecei a escrever em grande velocidade o que, vertiginosamente, ia me chegando à mente. Quando terminei, ainda me tremia a mão e o braço, e por longo tempo continuaria trêmulo pela corrente elétrica que havia sentido descer por minha espinha.

Uma forte pressão na cabeça parecia querer convencer-me da realidade da recepção, porém minha mente resistia... Não o podia crer! Tinha diante de mim uma suposta mensagem telepática, uma aparente comunicação vinda de outro planeta. Aquilo era uma locura!... Ao ler o escrito este dizia: “Sala familiar boa para fazer a comunicação. Chamo-me Oxalc, sou de Morlen, vocês a chamam Ganímedes, uma das luas de Júpiter. Podemos fazer contato, logo nos verão.

De imediato pensei que havia “pirado”; que estava alucinando e inventando estórias, produto de uma incontrolável fantasia e imaginação. Imediatamente minha mãe e minha irmã abriram os olhos, e muito contentes viram a mensagem, comentando comigo com alegria que elas também haviam captado parte da recepção, e que sentiam que aquilo era verdadeiro e não produto de nossa mente.

Talvez por uma questão de responsabilidade ou de humildade — realmente não sei —, não podia compartilhar de seu entusiasmo. De imediato descartei toda a possibilidade de que aquilo fosse certo porque, como dizia a ela: não podia ser tão fácil que se obtivesse um contato com mentes superiores sendo nós gente comum e normal; se fosse assim, qualquer um poderia chegar a alcançá-lo. Reiterei-lhes ali mesmo que para mim não era outra coisa senão um jogo de nossa imaginação, conseqüência provável do ambiente familiar, da conferência e de nosso excessivo entusiasmo. Por estar incomodado com a situação, parei e fui até meu quarto, desejoso de esquecer o ocorrido. A atitude de minha irmã Rosie foi totalmente oposta. Ela plenamente satisfeita com o acontecido — e sem que eu o soubesse —, pegou o telefone e começou a chamar os amigos, começando por Marinita, narrando-lhe o que havia ocorrido naquela meditação. Contava a todos:

— “Não imaginam o que ocorreu esta noite!... Sixto se comunicou com um extraterrestre! Venham amanhã, vamos fazer uma reunião em casa.”

Aquela noite de 22 de janeiro de 1974 havia iniciado por brincadeira e ingenuamente sem que nos apercebêssemos, uma maravilhosa aventura, que envolveria centenas de milhares de pessoas em nível mundial, despertando consciências e mudando nossas existências de uma maneira muito positiva. Aventura de contato, que até agora não conhece final.

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No dia seguinte à primeira recepção, chegaram à casa cerca de vinte pessoas entusiasmadas em participar da improvisada reunião. Quando me encontrei com todos eles, não podia crer que já todos se tivessem inteirado do experimento da noite anterior e de seu posterior resultado. E mais, todos ali congregados insistiam comigo para que o repetíssemos. Eu não queria fazê-lo porque não desejava enganar-me a mim mesmo nem confundir a ninguém com coisas que pensava, deviam ser fruto de minha imaginação. Porém, tanta foi a insistência que, para deixar de dúvidas, aceitei tentar novamente, para o qual todos fizemos a meditação aquela segunda noite. E qual não foi minha surpresa quando ao cabo de alguns minutos, e apesar de meu ceticismo, novamente senti o impulso de escrever, pelo que abri meus olhos e relaxando minha mão recebi a seguinte mensagem; “Sim, Oxalc, sou de Morlen. Podem fazer todas as perguntas que desejarem”.

Aquela noite se fez toda classe de perguntas e a todas vieram respostas e exatas, o que produziu uma grande emoção generalizada que fez com que meu irmão Charlie se levantasse e me dissesse:

–“Sixto, se realmente é um extraterrestre, que lhe diga onde podemos ir vê-lo, onde podemos ver sua nave e constatar o contato.”

Concluiu a mensagem dizendo:

— “Vão em 7 de fevereiro (era o ano de 1974) a sessenta quilômetros ao sul de Lima, a um lugar no deserto que se chama Chilca. Ali, às 9 da noite, nos verão.”

Todo o grupo se preparou então para a saída à campo, e fomos ao lugar do encontro um dia antes para observar desde a noite anterior o céu límpido do deserto, para não suceder que ao dia da suposta convocação nos confundíssemos com satélites, meteoritos, refração de luz, lixo espacial ou nuvens estranhas. Teríamos que estar completamente seguros que de observar algo, e que esse algo fosse realmente um objeto voador não identificado.

Quando chegou o dia indicado do encontro, o ambiente estava muito alterado. Havia nervosismo e em alguns de nós uma total incredulidade. Sem embargo, à hora exata por detrás das colinas se produziu um estranho resplendor. Por escassos segundos se iluminou a noite como se fosse de dia. Foi então que surgiu uma potente luz que começou a mover-se por cima dos montes até a direita de nosso ponto de observação. A luz se deteve e o grupo que estava disperso começou a concentrar-se, comentando entre todos os que estavam olhando sem dar crédito a nossos olhos. Foi nesse instante que alguém gritou:

— Está se movendo!...

E efetivamente a luz que foi baixando de intensidade, deixou entrever um objeto lenticular metálico, com meia dezena de aparentes janelinhas, que foi avançando e descendo até colocar-se a uns oitenta metros acima de nós, envolvendo-nos em uma luminosidade e um calor intensíssimos. Era um verdadeiro teto de luzes laranjas, azuis e amarelas, o que tínhamos em cima de nós! Nesse momento sentimos pânico, terror... Nunca antes havíamos sentido tanto medo... Alguns de meus companheiros, ingenuamente tratando de esconder-se detrás de mim, diziam-me: — Sixto, diga-lhes que se vão, você se comunica com eles!...

E eu me recordo que lhes respondi algo assim:

— Como se eu não sei como funciona isto!... A última coisa que poderia pensar é que era real.

De imediato todos captamos em nossas mentes como se nos falassem ao ouvido, nos dizendo que não desceriam porque não podíamos controlar nossas emoções. Que haveria um tempo e um lugar para isto. A nave que vimos, as vinte pessoas ali reunidas, nos quebrou todos os esquemas... Era real! E estavam ali para demostrar-nos que sim, existem; que o contato é possível; e que por diversas razões estão chegando a Terra para, entre outras coisas, tentar um diálogo com a humanidade.

O avistamento durou pouco, porém o suficiente para comover-nos até o mais profundo. E também todos vimos como o objeto vertiginosamente se deslocou, desaparecendo na escuridão do firmamento, deixando-nos a todos mergulhados no silêncio. Porém esse silêncio durou pouco, até que alguém não podendo

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conter-se soltou um grito de alegria, pelo que a reação foi geral e terminamos abraçando-nos todos, felicitando-nos mutuamente pelo êxito e pelo contundente da experiência vivida naquela noite.

De volta para casa muito emocionados, contamos a meu pai os pormenores da aventura, e como era de se esperar, não nos acreditou. Até chegou a pensar que estávamos zombando dele. Foi então que tentamos uma nova comunicação e nela informamo-nos da possibilidade de que nosso progenitor assistisse a um avistamento marcado, para que assim se convencesse. Desta vez os que não estavam seguros eram os extraterrestres, que nos pediram que tratássemos de não precipitar as coisas, porém ainda assim, ante nossa insistência, acederam e papai se viu obrigado por nossas reiteradas súplicas, a acompanhar-nos. Naturalmente ele não foi só. Convidou as pessoas próximas do instituto que viessem com ele a Chilca. Neste novo avistamento, dezenas de pessoas de fora de nosso grupo de amigos, contemplaram a aparição no horizonte, sobre os montes, de um objeto cilíndrico de uns cento e cinqüenta metros de comprimento ligeiramente inclinado de um lado; e também duas pequenas esferas luminosas nos extremos do cilindro que se desprenderam e se dirigiram baixando em ponta sobre as cabeças do coletivo reunido ali, produzindo pânico e desordem, até que se elevaram e se retiraram em grande velocidade. Ao cabo de alguns minutos, o objeto alongado começou a mover-se, nivelando-se e pondo-se de ponta, avançando em seguida; porém devagar. Cruzando todo o vale por cima de todos nós a grande altura, até retirar-se definitivamente.

Ao final de um mês já éramos oito pessoas, entre mulheres e homens, que vínhamos mantendo contatos psicográficos com os extraterrestres, que também eram de sexo masculino e feminino, e de distintas procedências, atuando todos eles de forma conjunta em nosso planeta. Assim, os homens destes visitantes em contato com o grupo se foram multiplicando, como por exemplo: Oxalc, Oxmalc, Olea, Oletano, Xanxa, Godar, Kulba, Sampiac, Meth, Reges, Sum, Oesceve, Antar, Anrar, Asthar, Rumilac, Titinac etc.

Ao menos uma vez ao mês saíamos a campo para contatos ou encontros próximos como alguns avistamentos, que nos confirmavam que o contato continuava e era verificável. Assim, vez ou outra as naves faziam sua aparição no céu, ao sul de Lima, lançando em algumas ocasiões uns estranhos flashes sobre as colinas, formando-se ao pé destes, estranhos círculos de uma cor azul cobalto. Nesses momentos captávamos mentalmente que nos recomendavam que nos introduzíssemos em tais concentrações energéticas, e que fizéssemos ali aquelas práticas que havíamos aprendido na yoga, como as respirações, relaxamentos, concentrações e meditações. Às vezes fazíamos isso e quando voltávamos para casa apareciam sobre a pele do nosso rosto, pescoço, braços e mãos como que queimaduras de sol; como se há pouco tivéssemos estado expostos ao calor de um ensolarado meio-dia. Algo impossível porquanto as saídas costumavam ocorrer pela tarde ou à noite devido às aulas na universidade.

Já no mês de junho de 74, o grupo havia crescido tanto que chegava a meia centena, entre parentes, amigos e conhecidos que vinham se relacionando com o tema, desejosos todos de participar desta extraordinária experiência, e incrivelmente acessível à grande maioria. De imediato, uma mensagem marcou uma mudança no processo. Se nos diziam que a partir da próxima saída devíamos assistir em grupos não maiores que sete pessoas, procurando um nível de afinidade e sintonia, como preparação para o contato físico. Certamente havíamos nos acostumado a ir todos juntos aos encontros, e a alguns pareceu ruim que se pusessem certas restrições; no entanto, ao final prevaleceu a humildade e a disciplina, que nos levava a aceitar o que não compreendíamos e que nosso sentir confirmava que era para o benefício coletivo.

Os homens do primeiro grupo de sete pessoas foram decepcionados pela comunicação, assim como os detalhes daquele novo encontro para contato, para o qual nos preparamos, e chegado o dia nos trasladamos uma vez mais ao deserto de Chilca, deixando o veículo estacionado no povoado próximo de Papa León XIII. A partir daí tínhamos que ir caminhando por entre as colinas até um lugar que conhecíamos como “La Mina”, uma mina de pedra abandonada, distante uns quinze minutos da pequena vila. Nem bem começamos a caminhar, se produziu um fenômeno estranhíssimo. Começava a escurecer e vínhamos todos juntos conversando, quando de repente ao fazer uma pergunta ao companheiro que ia ao meu lado, este não me respondeu e então me dei conta de que estava sozinho; e o que mais me surpreendeu, foi comprovar que já estava na mina, uns dois quilômetros adiante do grupo. Como não podia explicar-me o que fazia eu ali parado, produto, ao que parecia, de um estranho caso de “teletransporte”, a primeira coisa que me ocorreu foi começar a correr por onde nós devíamos vir, buscando aos demais e procurando encontrar uma explicação para o que me havia acontecido. Fui saindo rapidamente do lugar, quando divisei atrás de uma colina próxima

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um resplendor, pelo que pensei de imediato que poderia ser os companheiros que com suas lanternas estavam iluminando essa parte do deserto, onde, como sabemos, não há nada nem ninguém. Mais tranqüilo me dirigi nessa direção, quando ao rodear a colina me encontrei a uns cem metros de uma meia-lua luminosa de uns dez metros de diâmetro, que se encontrava pousada no solo. Fiquei com muito medo pensando que os extraterrestres já haviam descido e que me encontrava completamente sozinho, por isso não pensei muito, e dei a volta saindo em grande velocidade. Já havia me esquecido de como era que tinha chegado até esse lugar, o assunto prioritário agora era buscar aos demais e que viesse o que eu estava procurando.

Enquanto corria, uma desagradável sensação ia me tomando. Era como se tivesse uns olhos sobre meus ombros observando-me fixamente. Detive-me então, e ao girar sobre meus calcanhares, observei que do interior da meia-lua saía a silhueta de uma pessoa levantando um braço, e foi então que captei em minha mente como se me chamasse convidando a aproximar-me, repetindo-se este chamado até três vezes, às quais recusei devido ao temor que sentia ter-me imobilizado no lugar.

Assim que o ser deu a volta e se introduziu na luz, venci meu temor e decidi aproximar-me, temendo sim, perder a experiência. Bem perto da meia-lua luminosa, algo me fez levantar a vista ao céu, e pude contemplar, a uns quinhentos metros sobre o lugar, um objeto discóide com luzes brancas ao redor de sua base ou barriga. Então pensei que poderiam ser duas naves, uma em cima de mim e outra que estava mais adiante. Em seguida fui me aproximando da luz até que a atravessei, e senti de imediato sensações de vertigens, náuseas, falta de peso e como se meu corpo se queimasse. Tudo isso foi bastante desagradável, porém, felizmente, durou muito pouco. A luz era tão intensa que não podia olhar para frente, e quando pude ver, apareceu na minha frente um ser de aparência humana de um metro e oitenta de altura, com um rosto largo, maçãs do rosto pronunciadas e olhos marcadamente oblíquos que davam a impressão de um oriental. Via-se que era um ser corpulento de sexo masculino, vestido com um traje brilhante como de mergulhador esportivo. No entanto, o que me impressionaram foram seus olhos, que eram os mesmos que vinham à minha mente cada vez que recebia as mensagens, como se fosse isto uma espécie de padrão de sintonia, antecipando cada recepção. Este ser se apresentou como Oxalc, o mesmo que se comunicou conosco desde o princípio e mantendo uma comunicação mental me explicou que me encontrava dentro de um “Xendra”, que é uma porta dimensional, um umbral no espaço-tempo; e que através de tal porta o acompanharia a Morlen, a lua Ganímedes, a seiscentos milhões de quilômetros de distância da Terra e que gira ao redor do planeta gigante Júpiter. O guia extraterrestre me garantiu que o tempo que passaria ali não corresponderia com o que havia de transcorrer aqui. Pediu-me que o seguisse, e a poucos passos através da luz, saímos a um lugar que não era o deserto ao sul de Lima; ao fundo e ao pé de uns montes se via grande quantidade de cúpulas, construções com aspecto de domos de todo tamanho, todas elas arredondadas e sem ângulos. Segundo Oxalc, eles evitam os ângulos porque estes atraem e retêm a tensão e a negatividade das pessoas.

Fomos caminhando por entre as construções rodeadas de pequenos, porém vistosos jardins, observando por todo lado, pessoas de ambos os sexos e algumas crianças que iam e vinham sozinhos ou em pequenos grupos. Segundo me explicou Oxalc, em sua civilização há divisão de sexos como na Terra, sendo sua relação de casal monogâmica, e mantendo a relação sexual somente para a procriação. Como conseqüência de tal mística filosofia de vida, assim como para evolução de suas faculdades psíquicas, entre as quais se encontram a telepatia e a clarividência, não se dão divórcios nem infidelidade; e mais, tampouco existem em sua sociedade eleições democráticas porquanto conseguem detectar na aura das pessoas — que é o corpo bioplasmático ou cinturão eletromagnético do ser —, o maior ou menor progresso e desenvolvimento interno do indivíduo, o quepermite saberem quem é a pessoa ou pessoas chamadas a dirigir e orientar sua comunidade.

Oxlac me mostrou uns grandes edifícios parecidos com estufas onde reproduzem seus alimentos, porém, como não têm terra vegetal própria são como grandes cultivos hidropônicos. Ali podia observar uma multidão impressionante de cultivos e plantas diversas, algumas conhecidas, sobretudo cereais, situadas grande parte delas no alto, como que penduradas, dando-lhes os nutrientes que necessitam.

O guia me levou naquela ocasião até uma construção em forma de cone truncado de paredes largas e de cor clara, e no interior pude observar umas grandes telas, porém não as via sólidas, senão que sutilmente suspensas no ar diante da parede, como se fossem de gás. Ali, pouco a pouco se foram projetando imagens do que, segundo Oxalc, poderia chegar a ser o futuro planetário terrestre. Esta captação conseguiam graças a

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sua elevada tecnologia e à capacidade psíquica de antecipar-se aos acontecimentos, que não é outra coisa senão a premonição ou pré-cognição.

Segundo os extraterrestres, como o futuro é lei de causa e efeito, este se projeta diante de nós como conseqüência de nossos atos passados e presentes, por isso as profecias são uma advertência e uma oportunidade frente ao que poderia chegar a ocorrer se não fizermos nada para evitar ou corrigir. A partir desta perspectiva, se pode modificar o futuro; porém, para isso tem que crer, porque crer é criar.

Para mudar o futuro tem que gerar novas causas que tragam consigo novos efeitos que substituam os anteriores, qualquer modificação, por mínima que seja, trará consigo um futuro diferente. Porque se o futuro como a vida mesma não pudesse ser modificado, onde estaria o mais sagrado que o homem tem recebido do Criador, que é seu livre arbítrio? Por isso tem que trabalhar comprometidamente para reverter as profecias negativas, e fazer que só se cumpram as positivas. O que pude contemplar naquela espécie de televisores foi que a tensão mundial ia crescer ainda mais devido às guerras internacionais e civis, produzindo-se tal estado mental alterado e negativo no coletivo da humanidade, que tudo isso poderia atrair como um imã uma catástrofe natural de grandes proporções. E sendo o universo dinâmico, estariam aproximando-se perigosamente de nosso mundo alguns asteróides e cometas, que poderiam chocar contra nosso mundo ou passar tão perto dele, que o afetariam gravitacionalmente, incrementando a atividade sísmica e vulcânica.

O que vi foi terrível, porém a todo o momento Oxalc me esclareceu que aquelas imagens eram possibilidades que deviam ser revertidas, conscientizando a humanidade da necessidade de se criar um estado mental coletivo positivo.

Quando voltei de Morlen através da luz do Xendra, para mim havia transcorrido vários dias embora não tinha como verificar aquilo, porque naquela remota lua do planeta Júpiter não há contraste entre dia e noite; porém quando saí, apareci novamente no deserto de Chilca, ainda era noite e estavam recém-chegando ao lugar meus companheiros.

Confrontando os relógios havia se passado escassos quinze minutos desde que me ausentara. Ao perguntar-me eles o que era essa intensa luz detrás de mim e onde havia estado todo esse tempo, preferi não dar-lhes maiores detalhes, porque nem eu mesmo cria no que havia vivido. Duas semanas depois se repetiu a experiência, e dessa vez entramos as sete pessoas em um novo Xendra tendo todos maravilhosas vivências. Nos dias e semanas seguintes, muitas outras pessoas o experimentaram de forma individual e coletiva, reproduzindo-se algumas vezes as condições para as transferências dimensionais ao longo destes anos.

Ainda no mesmo mês do primeiro Xendra tivemos um novo contato, no qual vimos aparecer e descer entre as colinas ao sul da capital, uma bela nave extraterrestre; aproximando-nos de imediato quatro pessoas até o aparelho pousado na terra. Era um disco com trem de aterrissagem parecido com um módulo de comando, como os utilizados pelos astronautas na Lua. A estrutura se via metálica, polida e aparentemente sem nenhum tipo de remanche; e até ligeiramente translúcida, devido ao fato de observar sombras em seu interior. Da base do objeto saia uma luz projetada até embaixo e uma espécie de rampa, da qual vimos descer um ser de uns dois metros e meio de altura, vestido com um traje prateado e com uma espécie de peitoral negro. Sua aparência era a de um homem branco muito grande e magro, com cabelo curto de cor branca ou gris platinado, como um nórdico (do norte europeu). Este ser nos fez sinais para que nos aproximássemos mais, enquanto captávamos em nossas mentes o que nos falava, dizendo-nos que a experiência de contato é induzida por eles, isto é, que são os extraterrestres que se comunicam conosco e não nós com eles; e assim como conosco, a comunicação é com muita gente em nível mundial. Segundo estes seres, eles selecionam as pessoas com as quais desejam conectar-se, buscando nestas pessoas, vocação de serviço e o valor necessário para compartilhar a mensagem e a experiência com outros. Disse-nos também, que a experiência de contato ia ter quatro fases operacionais e ativas, às quais seguiriam três fases mais de realização de objetivos. As primeiras quatro fases seriam:

1) O chamado: Consistia em inquietar as pessoas a participarem da comunicação e do contato, para

abrir suas mentes a um conhecimento direto e atualizado.

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3) A Informação: A recepção de informação justificaria o esforço do contato, e confirmaria a

importância deste.

4) A Prática: É mais que necessária a concretização prática da mensagem e dos ensinamentos

recebidos, para comprovar assim sua utilidade em nossa vida cotidiana.

Estas quatro fases seriam operacionais porquanto o cumprimento de cada uma delas traria consigo a abertura da seguinte; e a partir daí, seriam fases ativas uma vez que estas poderiam ser traçadas por muitas outras pessoas que, chegando depois, viveriam as mesmas etapas.

As três fases seguintes chamadas de realização de objetivos, visavam a continuação de um primeiro período de grande difusão e expansão de grupos de trabalhos, como conseqüência de um processo de auto seleção, restando para cumprí-las aquelas comprometidas mais além das formalidades e organizações. Isso por que verdadeiro compromisso é com a mudança interna e os processos planetários que exigem a formação do novo grupo de servidores do planeta e da humanidade. Para isto, os objetivos de contato seriam:

1) A formação de grupos de afinidade e sintonia, trabalhando seu próprio desenvolvimento interno, individual e coletivo, com vistas a elevar a vibração planetária. Neste objetivo devemos considerar a própria família como o laboratório natural de experimentação do amor, e inconfundível primeiro passo até nosso auto-descobrimento, onde nossa experiência de crescimento interaja com a dos demais em uma “comum-unidade” mental. E é no primeiro grupo familiar onde pela primeira vez, e de forma real, alguém aprende a tolerar, compreender, respeitar e perdoar, ou seja, a amar.

Se praticamos o diálogo e a unidade na diversidade de caráteres em casa, procurando tudo o que nos une e não o que nos separa, poderemos como segundo passo estender este projeto aos amigos e conhecidos que rodeiam nosso núcleo íntimo; e na medida em que esta vivência se estenda, poderemos globalizá-la, espalhando esperança pelo planeta, o qual será o terceiro e definitivo passo em nosso crescimento.

2) Dar ênfase ao espiritual. Este é um dos objetivos básicos, pois a humanidade se encontra na atualidade em uma crise de valores, carente de fé e esperança em si mesma pelo desalento e a decepção frente aos líderes e instituições. Agora mais que nunca se necessita enfatizar o espiritual e corrigir o divórcio existente entre a ciência-tecnologia e a espirititualidade-humanismo. E a verdadeira espiritualidade é uma atitude frente à vida, é a busca do transcendente em todas nossas relações, aquilo que não só pode nos aproximar de Deus no nosso interior senão essa essência divina que há em tudo e em todos.

3) Preparar a humanidade frente a uma possível catástrofe. Porém não precisamente advertir de um cataclismo material, posto que vivemos em um planeta instável e os desastres naturais são uma característica própria; senão melhor, uma catástrofe gerada por uma série de acontecimentos que provocarão uma situação irreversível de mudança, que virá acompanhada de uma grande profusão de informação por parte dos governos e das religiões. Informação e conhecimento que têm estado ocultos devido a interesses criados. E esta liberação produzirá uma crise cultural, científica, política e religiosa sem precedentes, que gerará modificações radicais no panorama mundial, e muitos não o suportarão.

4) Chegar a ter contato com a Irmandade Branca dos Retiros Interiores do planeta. Esta conexão é muito importante porquanto a Irmandade Branca — composta originalmente por seres extraterrestres e, consequentemente, por sobreviventes da Lemúria e da Atlântida —, mantêm ao longo do planeta, uma rede de túneis e galerias onde guardam os arquivos da verdadeira história planetária, com vistas a torná-la acessível aos sinceros buscadores da verdade, no momento em que a humanidade alcance sua maturidade.

5) Receber o Livro dos de Vestes Brancas ou registro Askáshico planetário. Isto significa ter acesso aos arquivos do Plano Cósmico com respeito ao papel e à missão que tem a Terra e também chegar a conhecer a história de nosso próprio processo, para compreendê-lo e assumi-lo com consciência e responsabilidade.

Naquela saída o guia extraterrestre — que se identificou como um ser de Apu, um planeta da constelação de Centauro, na estrela Próxima de Centauro —, nos disse que alternássemos o lugar das saídas

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com Marcahuasi, uma meseta nos Andes a mais de quatro mil metros sobre o nível do mar, tendo em vista que aquele sítio estava próximo de umas cavernas onde se acha guardado parte do conhecimento humano desenvolvido em antigas civilizações muito avançadas. Ali voltamos a ter encontros diretos, onde os guias nos disseram que eles abririam os meios de comunicação para que a mensagem de nossa experiência de contato chegasse a todos aqueles que haviam sido preparados de antemão. Não sabíamos a que se referiam com aquilo de “...preparados de antemão”...; nem como chegaria a cumprir-se a conexão com os meios de imprensa, porém, humildemente o deixamos à espera de que tudo se desse tal e qual. E assim foi que, nesses dias, chegou a Lima o jornalista espanhol Juan José Benítez, para entrevistar-nos sobre nossos supostos contatos. Como já mencionamos antes, Benítez é na atualidade um famoso e prolífero escritor de importantes “best-sellers” como são: a série de Cavalo de Troya, Os Astronautas de Yahvé, O Testamento de São João etc. Naquele instante era tão somente mais um correspondente de jornal da agência EFE de notícias da Espanha, enviado ao Peru em busca de um tema surgido de uma entrevista que fizeram a meu pai durante os dias em que estávamos nas montanhas, e na qual ele se permitiu falar de nossas experiências, fazendo de nosso contato uma grande expectativa internacional.

Benítez, com sua reconhecida agudeza nos declarou que se como diziam nossas mensagens, estes seres desejavam dar-se a conhecer e demonstrar que o contato era real, a única forma seria a presença de jornalistas em um encontro previamente marcado. Porque as fotografias podem ser facilmente trucadas e, as testemunhas, embora haja muitas, não é garantia alguma já que não viriam a ser imparciais e objetivas. Foi então que meu irmão Charlie recebeu essa importante comunicação psicográfica em que se convidava Benítez a um contato programado, o mesmo que ocorreria a 7 de setembro de 1974.

Embora tenha sido meu irmão quem recebesse aquela transcendental comunicação recordamo-nos que o contato é uma experiência compartilhada, coletiva e de grupo; e que se estes seres tivessem querido que uma só pessoa recebesse comunicação, o haveriam dito desde o início. Porém, eles sabem que os seres humanos têm o ego à flor da pele, e que quando tudo gira em torno de uma só pessoa, muito rapidamente perdemos o sentido da proporção e do ponto de equilíbrio, acreditando-nos logo únicos e indispensáveis; e até pensando que o contatado é mais importante que o contato, ou melhor dito: que o mensageiro está acima da mensagem, o que é um erro garrafal. Isto, obviamente, leva à perda imediata da conexão cósmica, se é que alguma vez realmente a teve, levando a quem não o sabe, corrigir a tempo aos mais disparatados desatinos e delírios.

O contato se deu tal qual se havia anunciado, aparecendo no céu de Chilca dois objetos luminosos fazendo evoluções um em torno do outro. E tal foi a impressão que levou consigo Juan José Benítez, que de regresso a Espanha não só o publicou em todos os jornais e revistas — dando seu valente testemunho —, senão que testificou diretamente através da televisão espanhola. Em pouco tempo este audaz homem de imprensa, publicou seu primeiro livro: Ovnis: S.O.S. à Humanidade; sendo de imediato um sucesso editorial, e desatando uma espetacular moda “contatista”, que também produziu seus inconvenientes. No ano seguinte, Benítez regressou a Lima com Miguel Mujica, outro jornalista da Agência EFE e assistiram a um novo encontro programado, porém desta vez em uma praia ao norte de Lima chamada Ventanilla, repetindo-se os avistamentos. Desta nova observação surgiu o livro: Cem mil quilômetros atrás dos ovnis.

A partir da difusão que fez Benítez da experiência no Perú, a mensagem do contato se difundiu por mais de trinta e cinco países, multiplicando-se também as comunicações e as experiências de avistamentos. Grande parte do êxito da difusão se deveu também ao trabalho de uns poucos aceitando os contínuos convites dos meios de comunicação, grupos e pessoas interessadas; viajamos com muito sacrifício por todo o país e pelo mundo, compartilhando o que temos vivido e vimos aprendendo, reproduzindo-se em todas as partes os encontros próximos, e demonstrando com isto que o contato é acessível a todos, porque está sendo facilitado pelos mesmos extraterrestres que o induzem, e que não dependem de um lugar para dar-se senão da preparação das pessoas, para sensibilizar-se e mantê-lo.

A primeira vez que tive a oportunidade de subir a uma nave foi em abril de 1986 — doze anos depois do primeiro contato —, e foi motivada por uma comunicação que recebeu minha esposa, Marina. Depois de comparar tal psicografia com outras mensagens — assegurando-nos de sua exata procedência —, dirigi-me a Chilca com alguns companheiros.

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Já no deserto, vi aparecer no céu um objeto luminoso, que projetou um facho de luz que caiu de forma oblíqua sobre minha pessoa. De um momento a outro me senti livre de peso e alçado ao ar. Não passou nem um minuto e se foi fechando debaixo de mim, uma espécie de tampa de bueiro de uns três metros de diâmetro. E nem bem foi baixando a intensidade da luz, pude ver que procedia de um grande cristal de forma rombóide suspenso de um teto abobadado. Ao apagar-se definitivamente a luz, fiquei em uma certa penumbra e fui depositado sobre aquela tampa circular que possuía três círculos concêntricos. Logo me encontrei no centro de uma sala circular com luzes retangulares vermelhas ao redor, enquanto que o piso parecia um espelho. Tinha o corpo preso pela tensão e pelo natural temor do desconhecido, porém, quando fui recuperando meu autocontrole, avistei bem do lado esquerdo de onde me encontrava — ligeiramente acima do nível do solo —, o que parecia ser uma porta ovalada aberta, de onde saia uma intensa luminosidade. Dirigi-me para lá e apalpando na escuridão encontrei uma rampa de acesso na qual subi aproximando-me da porta; quando cheguei a ela, me detive e me pus de costas para a parede, fazendo respirações lentas e profundas. A idéia era encontrar em mim coragem para olhar através do umbral. Quando me decidi fazê-lo, olhei e observei que ali havia uma sala hexagonal com um falso teto composto por pirâmides invertidas de ampla base quadrangular de uma intensa cor laranja. O piso era de cor amarela mostarda, e de um lado e de outro havia três níveis de monitores, dando a impressão de ser aquele lugar uma sala de controle e monitoramento como nos estúdios de televisão. Das paredes saíam uma espécie de escrivaninhas brancas cheias de discos brilhantes, e a mesmíssima luz da sala parecia sair das paredes já que não se viam focos. No centro daquele quarto havia dois grandes cilindros, que brilhavam, da metade para baixo escuros, e da metade para cima opacos e transparentes como se fossem de vidro. Observando seu interior, percebi uns tubos metálicos contendo fragmentos de minerais.

Dirigi-me logo até as escrivaninhas do lado esquerdo, e não sei como foi que me atrevi a colocar meu dedo sobre um dos discos brilhantes que se encontravam nas escrivaninhas ao pé dos monitores; e ao fazê-lo tive a sensação de gelo seco, não aparecendo imagem alguma nos aparentes monitores. Porém quando quis retirar meu dedo, não podia. Tinha grudado ali, apoderando-se de mim uma dor como se me descolasse a pele e até sentia adormecer o braço, como quando se interrompe o fluxo sangüíneo. Nesse momento comecei a suar frio pensando que logo entrariam os extraterrestres, e iam me encontrar com o dedo posto em seus controles. Quando pensei neles mais do que em minha incômoda posição, pude descolar meu dedo do painel e deslocar-me até o centro da câmara; ali disse em voz alta, que se haviam me convidado, onde estavam então. Foi neste instante que se abriu a minha frente uma porta e apareceram diante de uma potente luz, as silhuetas de quatro seres de estrutura humanóide, um deles alto e corpulento, enquanto que os outros três os via menores e magros.

O mais alto começou a avançar até mim, enquanto que os outros três permaneciam estáticos atrás; e chegando bem perto de mim, se deteve, podendo contemplá-lo em detalhe. Era uma pessoa impressionante. Só sua presença me fazia sentir em paz e harmonia. Vestia este ser um traje brilhante grudado ao corpo que lhe cobria completamente, exceto seu rosto e as mãos. Nele se destacava uma bem formada constituição robusta de varão; enquanto que seu rosto sereno de traços orientais dava a impressão de um homem de uns cinqüenta anos.

Imediatamente começou a falar em perfeito espanhol, surpreendendo-me, porquanto em todos os encontros físicos anteriores sempre se havia comunicado mediante sinais com as mãos e mensagens telepáticas. Porém, desta vez conversou e me disse que não tivesse temor, que ficaria uma hora com eles. Enquanto ele se dirigia a mim, os outros três seres — que vestiam o mesmo tipo de traje que aquele que me falava —, se dispersaram pelo interior da câmara, de tal maneira que pude observá-los: eram baixos com cabeças grandes e ovaladas, em relação com seu corpo delgado; seus braços longos terminavam em mãos que chegavam à altura dos joelhos e possuíam longos dedos. Tinham um rosto branco como a neve, com grandes olhos escuros fundidos em um rosto inexpressivo. O nariz só eram dois orifícios, e o lábio superior cobria o inferior de tal maneira que parecia que não tinham boca. Ao passar um deles perto de mim, senti que não tinham vida como a nossa, senão que eram uma espécie de andróide ou de robô. Este ser que se aproximou de nós trazia entre seus braços algo que inicialmente me pareceu uma caixa retangular metálica, porém depois a analisei melhor e vi que eram umas longas pranchas metálicas com uns anéis nas extremidades. As pranchas estavam cheias de estranhos símbolos que me fizeram recordar os “neumas” ou símbolos do canto gregoriano medieval.

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Ao ter diante de mim esta espécie de livro composto de pranchas metálicas, o ser alto me disse que ali estava parte da história da Terra. Em breve — segundo ele — a humanidade chegará a conhecer que somos parte de um projeto cósmico e o resultado de múltiplas e sistemáticas intervenções extraterrestres ao longo de nosso passado.

Esta experiência no interior de suas naves se repetiu duas vezes mais em 1987, uma acompanhando estes seres a uma base submarina frente as costas do Peru durante três horas e meia, e logo após, em uma incrível viagem em sua nave a Morlen durante dois dias terrenos, podendo conhecer uma cidade em Ganímedes onde se encontram ao redor de doze mil pessoas, que foram tiradas do nosso mundo, resgatadas nos últimos trezentos anos de lugares como o Triângulo das Bermudas ou das mãos de civilizações que não tem vindo com boas intenções. Toda esta gente está sendo preparada para ser devolvida a nosso mundo, como uma infiltração positiva, para ajudar no grande despertar de consciência e na mudança, chegando estas pessoas com o tempo, a meios de comunicação e postos de poder donde uma ação ou decisão positiva é mais que necessária e urgente.

Em março de 1989, quando um meteorito de quase um quilômetro de diâmetro passou raspando o planeta Terra, foi convocada a imprensa internacional para um novo encontro programado no deserto de Chilca. Era a quinta vez que se convidava jornalistas ao longo de quinze anos de experiências. Naquela ocasião — produto da seriedade e credibilidade alcançada com os anos —, vieram quarenta jornalistas de oito países; e, tal como anunciavam as mensagens recebidas com trinta e três dias de antecipação, a nave apareceu no céu a baixa altitude e foi fotografada e filmada pelos jornalistas, demonstrando que o contato segue sendo real e que está vigente. Entre os jornalistas presentes a esse importante encontro mundial se encontrava Gilda Miroz da Radio Hit de Nova York; Leticia Callava do Canal 51 Telemundo de Miami; José Gray do Canal 23 Univisión, também de Miami; Beatriz Parga do jornal Miami Herald; Hugo Chávez da Colorvisión da República Dominicana; Rolando Veraz do Canal 2 de televisão de Buenos Aires, Argentina; Joan Vasseda da Radio El Vendrell da Catalunha, Espanha; Pablo de Madalengoitea de América Televisión de Lima; Edilberto Alvarado do diário Expreso de Lima etc.

A última vez que nos acompanharam jornalistas a um encontro programado — anunciado com seis meses de antecipação —, foi entre os dias 2 e 7 de agosto de 1995 na praia Las Brujas, no quilômetro setenta da pan-americana sul em Lima; saindo publicado pela imprensa os depoimento das centenas de pessoas reunidas nessa ocasião, que foram testemunhas dos avistamentos, e dos acontecimentos estranhos e contundentes ocorridos ali. Entre os presentes se contaram muitos jornalistas nacionais e estrangeiros, assim como a polícia de uma localidade próxima que também contemplou o fenômeno.

A narração em detalhe de todos estes acontecimentos, da mesma forma que as extraordinárias viagens grupais para contatar com a Irmandade Branca dos Retiros Interiores efetuados nos últimos anos, se encontram compilados em meus livros anteriores: Os Guias Extraterrestres, Contato Interdimensional e O

Umbral Secreto.

Ainda hoje o contato continua, e se acha dirigido ao cumprimento dos objetivos mais profundos e às realizações mais positivas e ambiciosas dentro do espiritual, em meio a um panorama mundial com grandes mudanças positivas, e com uma humilde, porém crescente luz de esperança ao final do caminho, conseqüência do trabalho comprometido de tantas pessoas, dando o melhor de si durante as últimas décadas às quais aproveito a oportunidade para render uma respeitosa homenagem.

O PLANETA AZUL

Aquela era uma de tantas noites frescas de verão, nas que costumeiramente nos reuníamos para meditar em nossa casa com a família e os amigos. Não era muito tarde e todos os presentes haviam aguardado com muita expectativa a reunião, intuindo talvez, que naquela ocasião se nos teriam reservadas importantes revelações que nos permitissem ir atando os fios; unindo todo o recebido até então ao longo de centenas de recepções, multidão de saídas a campo e umas tantas, porém contundentes experiências de contato físico.

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Os trabalhos de respiração, relaxamento, concentração e meditação daquela vigília, tinham a intenção de direcionar nossas intenções, buscando a atitude receptiva adequada que nos permitisse captar uma nova mensagem psicográfica procedente de seres extraterrestres, com os que ao cabo dos anos, já havíamos estabelecido uma relação estreita e fraternal, a qual havia corroborado uma e outra vez com avistamentos marcados no deserto ao sul de Lima. Contatos sérios e transcendentais comprovados pela imprensa internacional com a intenção de ir predispondo o ambiente frente a um próximo encontro definitivo e generalizado com a humanidade.

Uma a uma as pessoas iam tomando assento nas cadeiras e sofás da acolhedora sala, rodeada de paredes das quais pendiam multidão de quadros e recordações, alegrada pelos inúmeros grupos formados em todo o mundo a partir de uma primeira experiência ocorrida em 1974 em Lima, capital do Peru.

Cada uma daqueles cortesias estava carregada de amor e carinho; de história e de grandes conquistas como realizações na difusão de uma mensagem de mudança e esperança para a humanidade.

Chegado o momento, começamos nosso trabalho de preparação fazendo todos silêncio, para logo nos acomodarmos, colocando-nos quietos com os calcanhares juntos e em uma atitude mental positiva de interiorização. A idéia era colocar-nos todos em círculo, intercalando-nos homens e mulheres para polarizar as energias, sempre que o número o permitisse e aproveitar a potencialidade do grupo.

A luz da casa havia sido gradualmente diminuída, para criar uma ambientação especial de introspecção. Nesse momento pedi a todos os participantes que elevassem seus braços e suas mãos acima de suas cabeças. Depois, sugeri que fizessem uma respiração lenta e profunda pelo nariz, utilizando o ventre como se fosse um fole, enchendo a parte baixa, média e alta de seus pulmões. Continuando, deviam reter o ar e logo exalá-lo o mais lentamente possível também pelo nariz. Assim, por três vezes consecutivas, e com cada uma delas, imaginar que descia através de suas mãos e braços elevados, uma energia de luz dourada procedente do cosmos, que se concentrava no peito de cada um, ativando o próprio sol interior.

Cada exalação devia vir acompanhada de um movimento de nossos braços, abrindo-os em arco e formando assim uma cúpula de proteção, como um domo de luz, para que nada mal, nada negativo pudesse prevalecer contra nós, contra o grupo e a casa que nos abrigava, nem contra nossos lares distantes. Além do ais, esta cúpula de proteção nos livraria da armadilha de qualquer entidade negativa que tratasse de interceptar nossa proposta de contato.

Para consolidar tal cúpula de proteção, repetimos todos em continuidade a seguinte grande invocação:

Que as forças da luz

Iluminem a toda a humanidade. Que o espírito de paz

se difunda pelo mundo. Que o espírito de colaboração

una os seres humanos de boa vontade, onde quer que estejam.

Que o esquecimento de ofensas por parte de todos os seres humanos, seja a tônica desta época.

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Que o poder acompanhe, o esforço dos grandes seres.

Desde o ponto de luz na mente de Deus que aflua luz às mentes dos seres humanos, que a luz desça a Terra.

Desde o ponto de amor no coração de Deus, que aflua amor aos corações dos seres humanos que Cristo se manifeste entre nós,

já que tem retornado a Terra.

Desde o centro de onde a vontade de Deus é conhecida, que o propósito guie as pequenas vontades

dos seres humanos;

o propósito que os mestres conhecem e servem. Desde o centro que chamamos a raça humana, que se realize o plano de amor e de luz, e feche as portas onde haja o mal. Que a luz, o amor e o poder, restabeçam o plano divino na Terra. Que assim seja e assim será,

e que todos cumpramos com nossa parte.

Terminada a invocação, nós presentes cruzamos nossas mãos à altura do peito, ficando em silêncio pelo espaço de um minuto; agradecendo ao Todo-poderoso pela oportunidade que nos oferecia de estarmos todos ali reunidos compartilhando os trabalhos... Ato contínuo, sentamo-nos o mais comodamente possível, colocando os calcanhares juntos e as palmas das mãos, uma em cima da outra, deixando as mãos relaxadas sobre nossas pernas; fechando desta maneira o circuito interno de energia.

Dirigi então um relaxamento muito profundo, pedindo a todos que mantivessem a respiração lenta e pausada pelo nariz, inalando, retendo e exalando lentamente, o mais lento possível. Enquanto faziam isto, pedi-lhes que imaginassem que podiam massagear seu corpo como se esfregassem com as mãos físicas, porém mentalmente.

Com cada respiração rítmica, deviam visualizar ou imaginar que a energia se concentrava em seu interior à altura do peito e, a partir dali, enviavam a energia a todo o corpo.

Começamos por massagear e relaxar mentalmente os pés, e a partir daí fomos subindo massageando todo o organismo, friccionando as plantas dos pés, os calcanhares, os tornozelos, os joelhos, coxas, glúteos e

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quadris. Todos deviam sentir que a energia envolvia por dentro e por fora os ossos, os músculos, tendões e ligamentos, fortalecendo-os e fazendo desaparecer toda a dor, todo incômodo.

Mantendo a respiração rítmica, pelo nariz, deviam sentir todos um agradável calor que ia subindo desde os pés até a cabeça, envolvendo todo o corpo em luz e energias positivas.

A massagem mental continuava com os quadris, os órgãos sexuais, os intestinos e cada um de nossos órgãos internos. Deveríamos sentir como se a energia se distribuísse por nosso interior graças à respiração lenta e profunda, envolvendo por dentro e por fora nossos órgãos, massageando-os e liberando-os da tensão.

Pouco a pouco nossos órgãos iam recuperando seu funcionamento normal ao envolvê-los com luz por dentro e por fora... Chegamos então ao coração e aos pulmões, massageando-os como se os acariciássemos com as mãos, porém, mentalmente, e sentindo os deslocamentos da energia em nosso interior. As batidas do coração vão se fazendo cada vez mais e mais lentas. Sentimos também, como os pulmões vão se limpando de toda contaminação, de toda acumulação de energia negativa.

Do coração e dos pulmões passamos à coluna vertebral, subindo lentamente e massageando vértebra por vértebra. Com esta massagem mental pouco a pouco vamos corrigindo qualquer possível desvio da coluna, restaurando o fluxo normal das energias.

Seguimos então aos ombros e relaxamos os braços, os cotovelos e as mãos, de tal maneira que dos ombros até abaixo já não sentimos nosso corpo, só sentimos uma agradável sensação de paz e de harmonia; um agradável calor que nos envolvia e que duraria todo o tempo que nós assim o permitíssemos.

Continuamos a evolução, e fomos massageando como se friccionássemos com as mãos: o pescoço e a nuca. Sentimos ondas de energia que subiam dos pés à cabeça... Que agradável sensação de paz e de harmonia a que experimentamos!... Massageamos depois mentalmente a glândula tireóide e restabelecemos o normal funcionamento glandular. Havíamos chegado então ao rosto e o relaxamos, roçando os músculos da face como se os acariciássemos com nossos próprios dedos. As pálpebras se fecharam por si só; a boca ficou entreaberta. Percebemos nesse instante, como a energia se concentrava em nossos dentes — que são os fusíveis do organismo —, restaurando o equilíbrio elétrico do corpo.

Chegamos alcançando com o relaxamento nossos olhos e ouvidos. Visualizamo-nos mentalmente e os envolvemos em luz, devolvendo-lhes uma normal e saudável visão assim como uma correta e sã audição, recuperando também o equilíbrio corporal. Continuando, seguimos com a parte posterior da cabeça massageando o cerebelo, o bulbo raquiano, a medula espinhal, ativando as glândulas pituitária e pineal.

Finalmente chegamos ao cérebro, tal como se o tivéssemos diante de nós e pudéssemos friccioná-lo, assim sentimos que o fazíamos, como se o acariciássemos com as mãos. Sentimos como se fôssemos liberando nossa mente de todo pensamento negativo, de toda preocupação ou idéia obsessiva... E ficamos em paz... Perfeitamente relaxados e livres de toda tensão... Durando este relaxamento, todo o tempo que assim o desejássemos...

Dali em diante nenhum ruído interferiria em nosso trabalho, pelo contrário, tudo ajudaria a relaxar-nos mais e mais.

Depois deste profundo relaxamento fizemos umas vocalizações de palavras chave, que não só servem para elevar a vibração do ambiente, mas que também permitem alcançar uma harmonia de conjunto. Nessa ocasião vocalizamos entre nós todos, palavras como: OM, RAMA, AMAR e, ADONAI; muitas vezes cada uma delas. E o resultado foi uma excelente ambientação para iniciar nossa meditação.

Nesta oportunidade se haviam tomado todas as providências, para o qual tínhamos à mão lápis e papel, caso alguns dos presentes ou mais de um, sentíssemos a necessidade de transcrever o que estivesse captando mentalmente durante a meditação; ou seja, no caso de ocorrer uma possível recepção psicográfica ou comunicação telepática.

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Sabemos que a meditação é a busca do ser humano em estar a sós e em silêncio para conectar-se consigo mesmo. Com a meditação se consegue um estado interno de paz e harmonia indispensável para nossa saúde mental e espiritual; e que, como dissemos, se mostra ideal para quando se procura a comunicação com o mestre interno, com Deus, com extraterrestres, anjos ou mestres elevados. E isto porque: como posso ouvir a voz do meu real ser e saber quem sou eu mesmo, se não me ponho na atitude adequada? Se quero ouvir-me tenho que aquietar-me, e no silêncio interno, procurar despejar minha mente, ou melhor dizendo, deixar minha mente em branco para estar atento.

Se aprendemos a respirar, teremos a energia necessária para realizar trabalhos superiores e transcendentes. Então, poderemos nos relaxar, eliminar a tensão dispersa por nosso corpo, recuperando pouco a pouco a saúde e assim concentrar-nos. Concentrar-se é ordenar os pensamentos e aprender a pensar uma só coisa de cada vez. Neste processo de ordenar o próprio desvão que é nossa mente, deve-se enfrentar suas idéias procurando controlá-las, e assim ir reconhecendo quando tal ou qual idéia é sua e quando poderia não sê-lo, tendo esta uma origem exterior a alguém. E se a pessoa — produto da constância — chega a treinar sua mente para pensar só uma coisa de cada vez, ainda esse único pensamento poderia se eliminado e liberar-se, deixando transitoriamente a mente em branco.

Havendo chegado todos a criar o ambiente adequado, nos submergimos na meditação silenciosa, repetindo uma e outra vez mentalmente a pergunta: quem sou eu?

Só aqueles que já tínhamos tempo meditando e contávamos com nosso nome cósmico, repetíamos esta clave pessoal à maneira de chave ou clave de ingresso a nosso próprio interior. O nome cósmico é um som ou vibração pessoal que é único, e que pode ser recebido durante as meditações do “quem sou eu” através de qualquer classe de meditação; como também mediante alguma revelação interna, ou em sonhos, ou em alguma saída de contato facilitado por parte dos guias extraterrestres que o podem ler em nossa aura.

Ao longo de inumeráveis minutos, o grupo esteve meditando em silêncio e isolado em seu próprio interior, enchendo-se o ambiente de uma bela atmosfera de misticismo, acompanhada de um misterioso e delicioso aroma de flores, conseqüência talvez da presença de alguma entidade superior projetada em meio à reunião ou pela vibração alcançada pelo conjunto de pessoas. E ao que parece foi bem mais uma presença superior, porquanto ao terminar mais tarde o trabalho de captação, houve comentários de várias pessoas que coincidiam em haver percebido a presença de alguém com uma luz muito intensa e uma agradável vibração, parado ou caminhando no meio de todos. Talvez se tratasse da projeção de um dos guias.

Durante a meditação alguns de nós se sentiram compelidos a tomar entre as mãos papel e lápis, e transcrever o que vertiginosamente vinha à mente. A sensação era estranha, como de uma pressão intensa na nuca e na fronte, algo como muito calor e, como uma energia extraordinária concentrada sobre o braço e a mão, que a deixava muito pesada. Sem dúvida, toda a captação era algo muito agradável, como se falassem ao ouvido.

Ao longo da recepção nos permitimos ir fazendo perguntas que nos ajudaram a aprofundar os temas que nos foram propondo. O resultado final desta e outras recepções similares, é esta grande mensagem ou revelação sobre um tema tão importante como é “O Plano Cósmico”, e que nos leva a vislumbrar o rol e a grande missão da humanidade.

As mensagens diziam:

— Sim, Oxalc, somos vossos irmãos guias do cosmos em contato de nossas naves que se encontram, umas orbitando vosso planeta e outras em bases submarinas e subterrâneas.

— Quem são vocês realmente?

— Somos viajantes do tempo e do espaço... Pertencemos a diversas ordens hierárquicas.

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— De diversos pontos desta galáxia e de galáxias próximas, assim como de diferentes planos de consciência e diferentes dimensões.

— Quantas civilizações distintas estão chegando a nosso mundo? — Autorizadas e sem autorização somam umas sessenta.

— Todas vêm com boas intenções?

— O fato de que cheguem algumas sem permissão demonstra que há de tudo no espaço como o há na Terra. Porém é bom esclarecer, que não é tão fácil àqueles que não vêm com boas intenções poder atuar livremente em vosso mundo.

Neste momento está estabelecida uma quarentena planetária resguardando-os das arbitrariedades de alguns; ainda que nunca falte quem consiga burlar o controle existentes.

— É o caso de haver guardiões e vigilantes?

— Existem nesta galáxia aqueles que são conhecidos como os Semeadores de Vida ou Engenheiros Genéticos, encarregados de ajudar a natureza espalhando vida inteligente pelos diversos rincões da galáxia; a seguir vêm os Guardiões e Vigilantes cujo trabalho se concentra no controle dos processos iniciados em planetas selecionados para a experimentação, ou para proteção e supervisão dos mundos em surgimento; e finalmente vêm os Instrutores, contingente a cargo do subministro de informação e conhecimento assim como da ajuda na ativação de mecanismos que contribuam com o despertar das consciências e das potencialidades internas da mente. Todos eles estão sob a coordenação e direção de um Conselho principal de Anciãos conhecido como o Conselho dos 24 Anciãos da Galáxia ou Conselho da Confederação de Mundos, que agrupa todos os mundos mais evoluídos da galáxia com capacidade de ajudar-se e dar ajuda a outros.

— Como pode ser que entre civilizações tão avançadas ainda se encontrem algumas que sejam

agressivas?

— Simplesmente há quem venha ao seu, sem importar-lhes os processos próprios de outros mundos; e há outros que não estão de acordo com o Plano Cósmico tal qual está disposto, e consideram que sua intervenção neste ou naquele planeta está plenamente justificada se é útil para manter uma ordem conveniente a certos interesses que não necessariamente costuma ser os da maioria.

Ademais o grande avanço tecnológico não é garantia de um similar avanço ético e espiritual. — Então, certamente há um Plano Cósmico? Qual é e em que consiste?

— Já lhes foi dito... Porém vamos passo a passo para que o possam entender. — Irmãos Guias, como começou tudo?

— Ao princípio deste novo princípio do universo material, tudo era ausência e escuridão, logo, a Vontade Suprema do Profundo Amor da Consciência Cósmica que é a manifestação do Criador no universo material, permitiu que se materializasse a presença e a luz, ocupando uma parte do todo, e a partir desse momento, tem havido uma contínua sucessão de momentos de escuridão e de luz, de ausência e presença, dentro e fora de todos e de tudo, em uma luta de primazia que mantém a dinâmica de evolução. Tem sido assim até que chegue o tempo sem tempo, em que a luz brote do interior de cada ser como quando a água brota de uma penha, e seja então que não importe a possível escuridão exterior porquanto os passos que se dêem sejam intuitivamente seguros, e assim conscientes de serem guiados pela re-conexão alcançada com essa Vontade Superior.

Essa luz dará o conhecimento e a certeza do propósito da vida e do Plano Cósmico para a humanidade com a humanidade. Conhecimento que será revelado na medida que vá brotando nos seres a necesidade de

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