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Palavras-chave: HIV/Aids; Sorodiscordância; Gravidez.

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO SOBRE GESTÃO DAS PLÍTICAS DE DST/AIDS, HEPATITES VIRAIS E TUBERCULOSE

Construção e validação de um folder educativo com enfoque na orientação para casais sorodiscordantes sobre práticas reprodutivas seguras e as principais formas

de transmissão do HIV

ABRAÃO ROLAND DIAS

Teresina – PI 2017

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ABRAÃO ROLAND DIAS

Construção e validação de um folder educativo com enfoque na orientação para casais sorodiscordantes sobre práticas reprodutivas seguras e as principais formas

de transmissão do HIV

Teresina – PI 2017

Trabalho de conclusão de curso submetido ao Curso de Especialização sobre Gestão da Política de DST, AIDS, Hepatites Virais e Tuberculose – Educação a distância da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para a obtenção do Grau de Especialista.

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diagnósticos têm possibilitado uma redução da morbimortalidade e aumento da expectativa de vida das pessoas infectadas pelo vírus, o indivíduo vivendo com HIV tem a possibilidade de reconstruir seus projetos de vida após a descoberta da soropositividade ao HIV. Todo esse contexto propicia o aparecimento de relacionamentos conjugais entre pessoas com o HIV em que os dois são infectados pelo vírus, chamados soroconcordantes, ou nos quais somente um deles é infectado os casais sorodiscordantes. Desta forma esse estudo tem o objetivo de elaborar e validar um folder educativo destinado à orientação para casais sorodiscordantes sobre práticas sexuais reprodutivas seguras e as principais formas de transmissão do HIV entre casais vivendo no contexto do HIV. Trata-se de uma pesquisa metodológica que tem como proposta a construção e validação de um folder educativo fundamentado na teoria de educação de Paulo Freire. O estudo metodológico tem como propósito a elaboração, validação e avaliação de instrumentos e técnicas de pesquisa, tendo como meta a elaboração de um instrumento confiável que possa ser utilizado posteriormente por outros pesquisadores. Esta proposta esta pautada no conceito de que a educação em saúde constitui processo criativo, dialógico e de construção que considera a educação em saúde enquanto estímulo ao indivíduo para participar do processo educativo e para tal deve focar a liberdade, autonomia e a independência dos indivíduos.

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 3 2. OBJETIVOS ... 6 2.1 Objetivo geral... 6 2.2 Objetivos específicos... 7 3. METODOLOGIA ... 7 3.1 Tipo de Estudo... 7

3.2 O Processo de Construção do folder Educativo... 7

3.3 Local de estudo...9

3.4 População e Amostra ... 9

3.5 Coleta de dados... 10

3.6 Instrumentos de coleta de dados... 10

3.7 Aspectos Éticos... 11

4.CONSIDERAÇÕES FINAIS ...11

REFERÊNCIAS ... 12

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1 INTRODUÇÃO

A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma doença infecciosa causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Essa infecção foi reconhecida pela primeira vez nos Estados Unidos em 1981, desde então, espalhou-se afetando todos os países, constituindo um dos mais complexos problemas de saúde pública no mundo.

Essa epidemia completou sua terceira década em 2001, avançando em grandes proporções. De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), em 2012, cerca de 35,3 milhões de pessoas viviam com HIV/AIDS (UNAIDS, 2013).

A despeito da infecção pelo HIV/aids permanecer como uma doença incurável, os avanços científicos no que se diz respeito ao tratamento medicamentoso e recursos diagnósticos têm possibilitado uma redução da morbimortalidade e aumento da expectativa de vida das pessoas infectadas pelo vírus. O tratamento com antirretrovirais tem atenuado o processo de adoecimento, modificando a identidade da aids que passou a ser considerada como condição crônica (OGUNTIBEJU; OLUWAFEMI, 2012).

Dessa forma, o indivíduo vivendo com HIV tem a possibilidade de reconstruir seus projetos de vida após a descoberta da soropositividade ao HIV. Toda essa condição tem gerado debate sobre as diversas maneiras de conviver com o HIV/AIDS, desde atividades cotidianas, até o afetivo-sexual, inclusive com pessoas soronegativas ao HIV − os chamados parceiros sorodiscordantes (REIS; GIR, 2010).

Nessa perspectiva, é cada vez mais frequente a formação de casais vivendo no contexto do HIV, os quais requerem um cuidado especial dos profissionais da saúde, desta forma é premente que a equipe de saúde transcenda seus cuidados permitindo um cuidado além do seu caráter biológico, contemplando de forma holística outros aspectos importantes da vida, como sexualidade, afetividade e relacionamentos, visando à busca da qualidade de vida desses indivíduos (GUANILO et al., 2014).

Os cônjuges infectados enfrentam questões que vão desde o risco de transmissão do HIV por meio de relações sexuais, estigma e até a administração da diferença sorológica, no que diz respeito às decisões reprodutivas (SHAN et al., 2011).

A despeito da mudança no enfrentamento da infecção pelo HIV/AIDS, tal situação ainda reporta um grande desafio para profissionais de saúde, no que concerne às medidas de prevenção e ao nível de informação que envolve essa problemática. Os

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estabelecimentos de serviços de saúde muitas vezes não apresentam habilidade para conduzir esse novo perfil de paciente (REIS; GIR, 2010).

O uso de preservativos tem sido enfatizado como a principal estratégia de prevenção e da transmissão do HIV e de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST), entre casais sorodiscordantes, a recomendação é a utilização da estratégia combinada com o uso de antirretrovirais (ARV), principalmente em pacientes com carga viral detectável, atrelado a isso, é recomendado a antecipação do início da ARV independente da contagem de LT-CD4+, o aumento da testagem e aconselhamento, a utilização da profilaxia pré-exposição (PrEP) e da profilaxia pós-pré-exposição (PEP) (HALLAL et al., 2015).

Em situações em que o parceiro HIV-positivo não está recebendo a ARV ou não tem adesão à terapia medicamentosa e até mesmo quando casal não recebe educação em saúde sobre práticas sexuais seguras, o risco de o parceiro soronegativo adquirir a infecção é elevado, e a taxa de transmissão pode variar de 2,0 a 8,9% ao ano (YANG et al., 2015).

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são doenças frequentes na população com HIV, as mais prevalentes são a sífilis, o HPV e a gonorreia, ressalta-se que presença de outras IST concomitantes à infecção pelo HIV aumenta as chances de transmissão do HIV (SPEZIA et al., 2015).

Compreender o risco individual de contrair uma IST requer o conhecimento não só do número de parceiros sexuais, mas também a natureza do relacionamento. Nessa perspectiva, são importantes a identificação desses casais e a condução de medidas intervencionistas eficazes e efetivas, com o intuito de possibilitar o gerenciamento do risco da transmissão sexual do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). O despreparo para conduzir esse tipo de situação é uma realidade presente em estabelecimentos de saúde, principalmente no que diz respeito a informações sobre a infecção, seu tratamento e conteúdos relacionados às descobertas científicas mais recentes (SAID; SEIDL, 2015).

A aproximação com a temática do HIV/AIDS estabeleceu-se a partir da inserção no SAE serviços de atendimento especializados em Teresina junto a pacientes vivendo com essa infecção, esse fato subsidiou a relação inicial, tanto com essas pessoas, quanto com o cenário terapêutico, aguçando inquietações sobre os hábitos de vida e o conhecimento incipiente sobre as diversas implicações que envolvem a problemática, suscitando o interesse em estudar medidas de prevenção estabelecidas por parceiros sorodiscordantes diante do HIV/AIDS e de outras IST.

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É possível perceber que, mesmo após três décadas da epidemia do HIV/AIDS no mundo, ainda é insuficiente e deficiente a assistência às pessoas vivendo com essa infecção. Em especial para os casais sorodiscordantes, é necessário transcender a assistência de Enfermagem que, até então, era executada a esse grupo com foco assistencialista e curativista. Dessa forma, aponta-se preocupação com outras dimensões também afetadas por essa doença, como configurações conjugal de casais sorodiscordantes e medidas de prevenção adotadas pelos mesmos.

Em diferentes cenários do cuidado, a enfermagem exerce papel relevante no desenvolvimento de ações para educação em saúde, contribuindo para uma mudança do paradigma biomédico quanto ao conceito ampliado de promoção da saúde humana. Assim, importantes mudanças ocorreram no fazer em enfermagem superando o modo tradicional, possibilitando a realização de ações efetivas de promoção e educação em saúde com diversos grupos populacionais abrangendo todas as fases do ciclo da vida, do viver ou não com doenças crônicas (BORBA et al., 2012).

As atividades educativas desenvolvidas por profissionais nos distintos níveis de atenção à saúde contribuem para que o indivíduo amplie sua compreensão acerca do seu estado de saúde, bem como sobre os determinantes sociais favorecendo um posicionamento crítico com relação ao seu contexto e qualidade de vida (GUEDES; STHEFAN-SOUZA, 2009).

Nessa perspectiva, a educação em saúde representa um dos principais elementos para promover saúde e um modo de cuidar que busca desenvolver a consciência crítica, reflexiva e de emancipação dos usuários, uma vez que possibilita a construção de um saber que permite os sujeitos cuidar melhor de si mesmos e de seus familiares. Podendo, em determinado momento, ser compreendida como a transmissão de informações em saúde, fazendo uso de tecnologias mais avançadas ou não; cujo objetivo é sensibilizar, conscientizar e mobilizar o indivíduo para o enfrentamento de situações individuais e coletivas que interferem na qualidade de vida. Os principais intuitos para a elaboração de materiais educativos é a promoção da saúde, com conteúdos de fácil compreensão, dentro da realidade do público alvo, levando em consideração o saber comum e popular como estratégia de educação em saúde (ECHER, 2005).

De acordo com o autor supracitado, a construção de materiais educativos deve ser atrativos, objetivos, não podendo ser muito extensos, mas capaz de dar uma orientação significativa sobre o tema a que se propõe, e atender às necessidades específicas de uma

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determinada situação de saúde para que as pessoas se sintam estimuladas a leitura do mesmo. É imperativo que os materiais tenham as orientações ilustradas como objetivo de descontrair, animar à medida que torna o material mais fluido para facilitar seu entendimento (ECHER, 2005).

Com o intuito de proporcionar qualidade ao material que será exposto é imperativa a realização a validação ou qualificação do conteúdo por especialistas no assunto e público-alvo. A análise realizada pelos juízes tem o intuito de estabelecer a compreensão dos itens e a pertinência dos mesmos ao atributo a que se propõe validar, ajuizando se os itens estão se referindo ou não ao objetivo em questão (ECHER, 2005).

De forma similar é importante à realização da validação com o público alvo e seus familiares, visto os ganhos para o pesquisador e a equipe envolvida, uma vez que esta ação reflete alguma lacuna no material, se algo não foi compreendido e da distância que pode existir entre o que foi escrito e o que é entendido e de que forma se dá essa compreensão pelos pacientes e familiares, sendo o momento possível para compreender as dificuldades que os sujeitos podem apresentar (ECHER, 2005).

Não há um consenso quanto ao número de juízes que se deve incluir no processo de validação, no entanto autores apontam que é necessário um número mínimo de três juízes para esta etapa, ao mesmo tempo em que um número maior que dez profissionais são desnecessários. Vianna (1982) refere ser importante a adoção de uma quantidade ímpar de peritos, com o intuito evitar empate de opiniões. Diante esses critérios, pode constatar que nove juízes, como selecionados em alguns estudos é um número adequado para o cumprimento dessa etapa (FREITAS, 2011).

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

 Elaborar e validar um folder educativo destinado à orientação para casais sorodiscordantes sobre práticas sexuais reprodutivas seguras e as principais formas de transmissão do HIV.

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2.2 Objetivos específicos

 Sistematizar o conteúdo do folder de acordo com as necessidades e demandas das pessoas vivendo com o HIV/aids;

 Selecionar as ilustrações do folder de acordo com os objetivos e público-alvo;  Elaborar a montagem do layout do folder educativo;

 Validar o conteúdo junto às especialistas na temática.

 Validar a linguagem, apresentação gráfica e adequação textual pelo público alvo final.

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de estudo

Trata-se de uma pesquisa metodológica de abordagem qualitativa que tem como proposta a construção e validação de um folder educativo fundamentado na teoria de educação de Paulo Freire.

O estudo metodológico tem como propósito a elaboração, validação e avaliação de instrumentos e técnicas de pesquisa, tendo como meta a elaboração de um instrumento confiável que possa ser utilizado posteriormente por outros pesquisadores (LOBIONDO-WOOD; HABER 2001). A educação em saúde é caracterizada um processo criativo, dialógico e de construção que estimula o indivíduo a participar do processo educativo e para tal deve focar a liberdade, autonomia e a independência dos mesmos (LOPES, ANJOS e PINHEIRO, 2009).

Assim, neste estudo, o instrumento desenvolvido e validado será de material educativo tipo folder, com enfoque na orientação para casais sorodiscordantes sobre práticas sexuais reprodutivas seguras e as principais formas de transmissão do HIV.

3.2 O Processo de Construção do folder Educativo

A construção do folder educativo será realizada em cinco fases.

Fase 1 - Seleção dos temas de acordo com as necessidades das pessoas vivendo com o HIV/aids

Na fase 1 serão identificadas as necessidades e demandas das pessoas vivendo com o HIV/aids em relação orientação para casais sorodiscordantes sobre práticas reprodutivas seguras, as principais formas de transmissão do HIV dos casais que são estão em

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seguimento clínico nos serviços de atendimento especializados (SAE) do município de Teresina-PI.

Inicialmente, serão realizadas entrevistas individuais, semiestruturadas, com as pessoas que vivem com HIV/aids, que comparecem ao SAE para consulta médica.

Após o aceite em participar do estudo, as entrevistas serão realizadas no mesmo dia do convite, e em alguns casos em data posterior agendada previamente com o pesquisador.

Utilizará para coleta de dados, uma sala disponibilizada no próprio serviço para a garantia do conforto, privacidade e sigilo das informações, sendo as entrevistas gravadas em áudio e transcritas em sua totalidade posteriormente para análise.

Fase 2 - Escolha do conteúdo e ilustrações

A partir da identificação e das necessidades identificadas, o conteúdo será selecionado. Para a seleção dos conteúdos utilizados na construção do folder será feito um levantamento bibliográfico nas bases de dados científica Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), bem como nos Manuais do Ministério da Saúde.

Essa seleção tem por finalidade embasar cientificamente o assunto que será abordado no material, a fim de proporcionar informações corretas e atualizadas para o público alvo.

As ilustrações serão realizadas por um profissional da área ilustrativa visando dispor uma linguagem lúdica atrativa e adequada ao público-alvo, que remetam as situações de acordo com os temas.

Fase 3 - Elaboração e montagem do Layout

A terceira etapa refere-se à montagem do layout. Nessa etapa será realizado o agrupamento das informações com as fotografias retiradas. Com as fotografias busca propiciar ao leitor uma leitura interessante, de fácil entendimento associada a uma estrutura visual atrativa e próxima da realidade.

Fase 4 - Validação do folder por especialistas

A quarta fase consistirá na validação do folder por especialistas. O processo de validação junto aos especialistas será conduzido com o objetivo de avaliar o conteúdo do folder, ilustrações fotográficas, bem como sua adequação e relevância na prática clínica. Uma versão preliminar do folder será entregue inicialmente a cada um dos especialistas, juntamente com um questionário já construído no qual os peritos serão solicitados a registrar suas sugestões no sentido de aperfeiçoar o material. A cada questão existe um

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espaço reservado para o registro de recomendações adicionais. Tal instrumento visa permitir com que os juízes façam recomendações quanto à estrutura, conteúdo, linguagem e ilustrações utilizadas no folder.

Para a validação junto aos peritos o folder educativo será enviada junto com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE #) que será entregue em duas vias, para os que aceitarem participar da pesquisa assinarem, devendo uma via ficar com o perito e outra com a pesquisador. O prazo para a devolução do questionário respondido junto com o TCLE será de 15 dias.

Os critérios adotados para a inclusão dos profissionais para atuarem como peritos, devendo os mesmos atender o pela menos um dos critérios, será: Multiprofissionais que trabalhar nos SAE; ter experiência no ensino, pesquisa e extensão junto às pessoas vivendo com o HIV/aids; ter experiência na construção ou avaliação de materiais educativos. A seleção dos profissionais será feita por indicação dos SAE e currículo lattes. E o contato será feito pessoalmente, por telefone ou via correio eletrônico.

Fase 5 - Validação do folder pelo público alvo

Aleatoriamente, apresentar às pessoas que vivem com HIV e que têm parceiros sorodiscordantes o conteúdo do folder produzido após validação por especialistas e técnicos da área da assistência. Apresentar para pelo menos 10 % da amostra proposta, necessariamente pessoas que não tenham participado da primeira entrevista, para evitar o viés quanto ao conhecimento sobre o tema.

A ideia é justamente verificar adequação da linguagem e aspectos gráficos para finalização do conteúdo proposto.

3.3 Local de estudo

A coleta de dados será realizada no ambulatório especializado no atendimento de pessoas vivendo com o HIV/aids, a saber – Serviço de Atendimento Especializado (SAE) - do município de Teresina – PI.

O centro de coleta selecionado foi escolhido por ser uma instituição de referência no atendimento às pessoas vivendo com HIV/aids, com o financiamento do SUS.

3.4 População e Amostra

A amostra da população de estudo para a presente pesquisa será de conveniência, constituída por pessoas vivendo com o HIV/aids, de ambos os sexos, que estejam dentro

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dos seguintes critérios de inclusão:

- Ter conhecimento prévio de sua condição sorológica, independente do estágio de infecção;

- Ter um parceiro sorodiscordante fixo no momento das consultas médica/enfermagem.

- Ter idade superior a 18 anos;

- Estar em uso da terapia antirretroviral (TARV);

- Estar em acompanhamento clínico-ambulatorial no serviço

Constituíram como critérios de exclusão: os indivíduos institucionalizados, residentes em casas de apoio.

3.5 Coleta de dados

A coleta em dois momentos em dois grupos, o primeiro grupos serão aqueles que passarão pela primeira fase e o segundo grupo passarão pela 5ª fase.

Os dados serão coletados por meio de entrevistas semiestruturadas individuais, em salas do próprio ambulatório, antes ou após a consulta médica e/ou de enfermagem pelo próprio pesquisador.

A escolha pela entrevista semiestruturada possibilita maior liberdade ao entrevistado em responder as perguntas, além de favorecer a inserção de novos dados, os quais poderão ser relevantes para o aprofundamento e compreensão das questões levantadas pela pesquisa. A coleta de dados será em março do ano 2017, as entrevistas terão duração em média de 20 a 30 minutos.

3.6 Instrumentos de coleta de dados

Para a seleção dos temas para o folder, as entrevistas serão realizadas com profissionais da área e pacientes, através de três questões norteadoras, a fim de identificar dúvidas sobre orientação para casais sorodiscordantes sobre práticas reprodutivas seguras e as principais formas de transmissão do HIV, sendo as entrevistas gravadas para transcrição posterior. Durante as entrevistas, as pessoas que vivem com HIV/aids tiveram abertura para contribuírem com comentários, opiniões e sugestões em relação ao folder.

Para os pacientes as questões norteadoras serão: 1. O que você pensa sobre ter filhos diante da sua condição de soropositivo? 2. Que informações seriam importantes para você realizar esse desejo? 3. Qual(s) assuntos que você gostaria que contesse em um folder

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educativo com enfoque nas práticas reprodutivas seguras para casais sorodiscordantes e as principais formas de transmissão do HIV?

3.7 Aspectos Éticos

O estudo será realizado após a autorização do Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí-UFPI.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O uso de materiais educativos como folders surgem na área da saúde como processos concretos decorrentes de uma experiência cotidiana e de pesquisa, constituindo-se em um conjunto de ações sistematizadas, processuais e instrumentais para a realização de uma assistência qualificada ao ser humano em todas as suas dimensões, tendo a finalidade de apoiar, manter e promover o processo da vida em situações de saúde e doença.

Dado à complexidade do conviver com HIV/aids, percebe-se a necessidade em aprofundar os conhecimentos na área para melhor compreender a situação de quem está vivenciando a doença e as nuances do tratamento, traduzindo-se no desejo em construir um instrumento que possa colaborar para uma assistência que vá ao encontro das necessidades desses clientes.

É possível perceber que, mesmo após três décadas da epidemia do HIV/aids no mundo, ainda é insuficiente e deficiente a assistência às pessoas vivendo com essa infecção. Em especial para os casais sorodiscordantes, é necessário transcender a assistência de Enfermagem que, até então, era executada a esse grupo com foco assistencialista e curativista. Dessa forma, aponta-se preocupação com outras dimensões também afetadas por essa doença, como configurações conjugal de casais sorodiscordantes e medidas de prevenção adotadas pelos mesmos.

Diante o exposto, o presente estudo se faz relevante por ser um dos principais elementos para promoção de saúde. Com um modo de cuidar que busca desenvolver a consciência crítica, reflexiva e de emancipação dos usuários, além do fato de ser um recurso para que possam consultá-lo no momento de dúvidas e necessidades surgidas fora do ambiente de saúde.

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REFERÊNCIAS

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ECHER, I. C. Elaboração de Manuais de Orientação para o Cuidado em Saúde. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v. 13, n. 5, p. 754-757, set./out. 2005

FREITAS, F. V.; REZENDE FILHO, L. A. Modelos de comunicação e uso de impressos na educação em saúde: uma pesquisa bibliográfica. Interface Comunic. Saúde Educ.,

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GUANILO, M.C.T.U.; TAKAHASHI, R.F.; BERTOLOZZI, M.R. Avaliação da

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GUEDES HHS, STHEFAN-SOUZA AI. A educação em saúde como aporte estratégico nas práticas voltadas ao HIV/AIDS: O papel da equipe de saúde. Rev. APS. v.12, n.4, p. 388-97, 2009

HALLAL, R. C.; RAXACH, J. C.; BARCELLOS, N. T.; et al. Estratégias de prevenção da transmissão do HIV para casais sorodiscordantes. Rev. Bras. Epidemiol. N. 18, Suppl. 1, p. 169-182. 2015

LOBIONDO – WOOD, G.; HABER, J. Pesquisa em enfermagem. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

LOPES EM ANJOS SJSB, PINHEIRO AKB. Tendência das ações de educação em saúde realizadas por enfermeiros no Brasil. Rev. Enferm. UERJ. v. 17, n. 2, p 273-7, 2009.

REIS, R. K; GIR, E. Convivendo com a diferença: o impacto da sorodiscordância na vida afetivo-sexual de portadores do HIV/AIDS. Rev. Esc. Enferm USP. v.44, n. 3, p. 759-65, 2010.

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SHAN, D.; GE, Z.; MING, S, et al Quality of Life and Related Factors among HIV-Positive Spouses from Serodiscordant Couples under. Antiretroviral Therapy in Henan Province, China. PloS one. v.6, n.6. 2011.

SPEZIA, L. P., at al. Avaliação da AIDS e da ocorrência de doenças oportunistas e sexualmente transmissíveis em pacientes infectados pelo HIV residentes na região de Indaiatuba, SP. J. Health Sci. Inst. v. 33, n. 4, p. 303-8, 2015.

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OGUNTIBEJU, OLUWAFEMI O. Quality of life of people living with HIV and AIDS and antiretroviral therapy.(Report). HIV/AIDS - Research Palliat Care, Aug, v .4, p.117-8. 2012.

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Referências

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