DIABETES MELLITUS
José Francisco Diogo da Silva Junior
Mestrado em Nutrição e Saúde - CMANS
Introdução à Diabetes Mellitus
▪ O termo diabetes mellitus descreve uma desordem metabólica de
etiologia múltipla caracterizada por hiperglicemia crônica com distúrbios no metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas, resultado de defeitos na produção de insulina, ação da insulina ou ambos.
Introdução à Diabetes Mellitus
Grupo de distúrbios caracterizado por:
▪ Concentrações elevadas de glicose sanguínea ▪ Metabolismo da insulina desordenado
▪ Não consegue secretar insulina suficiente ▪ Não consegue utilizar insulina com eficiência ▪ Ambos os casos
▪ Auto-imune ou outra destruição das células beta ▪ Insensibilidade à insulina
Introdução à Diabetes Mellitus
Normalmente as secreções de insulina:
▪ Aumentam após ingestão de alimento – permite que as células
adiposas captem a glicose recém absorvida do sangue
▪ Ocorre entre as refeições em pequenas quantidades para moderar
as ações de elevação da glicose causadas pelo glucagon e a quebra do glicogênio
Introdução à Diabetes Mellitus
No diabetes:
▪ As secreções de insulina podem estar prejudicadas
▪ As células que são normalmente responsivas à insulina podem se
tornar resistentes aos seus efeitos
Isso leva a:
▪ Produção desenfreada de glicose pelo fígado e respostas anormais
à insulina pelo músculo, tecido adiposo e hepatócito
O resultado é:
▪ Hiperglicemia – grande elevação nos níveis de glicose sanguínea ▪ Possível dano aos vasos sanguíneos, nervos e tecidos
Como a glicose entra nas células
▪ Pessoa sem diabetes
Sintomas
▪ Hiperglicemia (glicose sanguínea elevada) ▪ Poliúria (urina frequente)
▪ Desidratação, boca seca
▪ Polidipsia (aumento da sede) ▪ Polifagia (aumento da fome) ▪ Visão embaçada
▪ Aumento das infecções ▪ Fadiga
▪ Perda de peso (tipo 1) ou ganho de peso não comum (tipo 2) ▪ Glicosúria (açúcar na urina)
▪ Testes de tolerância a glicose anormais ▪ Desequilíbrio de água e eletrólitos
▪ Cetoacidose ▪ Coma
Diabetes é um problema crescente...
... E os custos para a sociedade são imensos
4,9 milhões de mortes por ano 50% das mortes – pessoas abaixo
dos 60 anos de idade
US$ 612 bilhões
Prevalência da diabetes
▪ 1 em cada 12 adultos
Diagnóstico
▪ Níveis de glicose plasmática, que pode ser medido
▪ Em condições de jejum
▪ Aleatoriamente durante o dia
▪ Teste de tolerância oral a glicose
▪ O paciente ingere uma carga de 50-75 gramas de glicose
▪ Glicose plasmática – medida em um intervalo de tempo seguido de
ingestão de glicose
▪ Sintomas do diabetes mais elevação da concentração plasmática
de glicose maior ou igual a 200 mg/dl a qualquer tempo
▪ Glicose plasmática em jejum maior ou igual a 126 mg/dl
▪ Glicose de duas horas maior ou igual a 200 mg/dl durante o teste
Comprometimento da tolerância à glicose
Glicose plasmática em jejum Teste de tolerância à glicose oral 2hs (75g de glicose)
PR É-DIA B ETE S DIABETES ≥ 126 mg/dl < 126 mg/dl ≥ 100 mg/dl < 100 mg/dl NO R MAL PR É-DIA B ETE S DIABETES ≥ 200 mg/dl < 200 mg/dl ≥ 140 mg/dl < 140 mg/dl NO R MAL Comprometimento da glicose em jejum
Diagnóstico
Classificação do DM
▪ Diabetes mellitus tipo 1
▪ Absoluta deficiência da insulina causada pela destruição das células
beta
▪ Diabetes mellitus tipo 2
▪ Combinação da resistência periférica a ação da insulina e resposta
secretória inadequada
▪ Diabetes mellitus gestacional ▪ Outros tipos específicos
Diabetes Gestacional
▪ 7% das mulheres que não tem diabetes desenvolvem o diabetes
gestacional
▪ Ocorre entre a 16ª e 28ª semana de gravidez
▪ A insulina é necessária se não houver resposta com a dieta e
exercício
▪ Geralmente o diabetes gestacional desaparece após o nascimento
da criança
Diabetes Gestacional
▪ Maior risco em mulheres que:
▪ Tem histórico familiar de diabetes ▪ São obesas
▪ Deram a luz a crianças com mais de 5 quilos ▪ Mulheres de risco – triagem:
▪ Anteriormente a gravidez ▪ Após a concepção
▪ Mesmo hiperglicemia leve pode ter sérios efeitos adversos no
Outros Tipos de Diabetes Mellitus
▪ Consequência de defeitos genéticos
▪ Fibrose cística
▪ Doenças que podem causar dano ao pâncreas
▪ Pancreatite, hemocromatose
▪ Desequilíbrio hormonal
▪ Acromegalia, síndrome de Cushing
▪ Toxicidade química ou medicamentosa ▪ Algumas infecções
▪ MODY (Diabetes da Maturidade no Jovem) ▪ Transtornos endócrinos
Diabetes Mellitus Tipo 1
▪ Ocorre em 5% a 10% dos casos ▪ Forma grave e instável
▪ Causada pela destruição auto-imune das células pancreáticas ▪ Secreta pouca, quando secreta, insulina
▪ Os sintomas podem aparecer abruptamente ▪ Os sintomas clássicos são:
▪ Poliúria
▪ Perda de peso (degradação dos lipídios e proteínas) ▪ Polidipsia
▪ Cetoacidose pode ocorrer devido a produção excessiva de corpos
Fisiopatologia - Diabetes Mellitus Tipo 1
▪ Tipo 1A (imunologicamente mediado)
▪ Autoimune: linfócitos T (CD4+ e CD8+) e macrófagos
▪ Virus (enterovirus, coxsackie, rubéola congênita) ▪ Toxinas ambientais (nitrosaminas)
▪ Alimentos (exposição precoce às proteínas do leite de vaca, cereais ou
glúten)
▪ Autoanticorpo anti-insulina
▪ Autoanticorpo dirigido contra células das ilhotas ▪ Forma rapidamente progressiva (crianças e adultos)
▪ Forma lentamente progressiva (diabetes autoimune latente em adultos
Fisiopatologia - Diabetes Mellitus Tipo 1
▪ Tipo 1B
▪ Idiopático
▪ Destruição da célula não autoimune
▪ Acomete mais africanos e asiáticos ▪ Hereditário
▪ Cetoacidose episódica
Desenvolvimento da diabetes tipo 2
Resistência a insulina Resistência a insulina Função anormal das células β Deficiência relativa de insulinaGerich JE. Mayo Clin Proc. 2003;78:447-456.
Diabetes tipo 2 Função normal das células β Hiperinsulinemia compensatória Sem diabetes Genes & ambiente Genes & ambiente
Diabetes Mellitus Tipo 2
▪ Caracterizada pela hiperglicemia crônica
▪ Associada a complicações microvasculares e macrovasculares ▪ Desordem heterogênea: interação de vários fatores
▪ Obesidade, dietas ricas em gorduras e sedentarismo
▪ Representa de 90% a 95% dos casos diagnosticados de diabetes ▪ A DM2 está cada vez mais sendo diagnosticada em crianças e
adolecentes
Definition, Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus and its Complications. Department of Noncommunicable Disease Surveillance, World Health Organization, Geneva 1999. Available at: http://www.diabetes.org.uk/infocentre/carerec/diagnosi.doc
Diabetes Mellitus Tipo 2
▪ Principal defeito – resistência a insulina
▪ Redução na sensibilidade a insulina no músculo, tecido adiposo e
adipócitos
▪ Para compensar, o pâncreas secreta uma quantidade maior de insulina ▪ As concentrações plasmáticas de insulina podem aumentar a níveis
anormalmente altos (hiperinsulinemia)
▪ Com o passar do tempo, o pâncreas não consegue compensar e a
hiperglicemia piora
▪ Leva a secreção prejudicada de insulina e redução das concentrações
Fatores de risco para o Diabetes Mellitus Tipo 2
▪ História familiar de diabetes ▪ Sobrepeso
▪ Não estar fisicamente ativo
▪ Raça/etnicidade (negros, hispânicos, asiáticos) ▪ História de diabetes gestacional
▪ Mulheres que dão a luz a crianças com mais de 5 quilos ▪ Identificado com tolerância a glicose diminuída
Fisiopatologia da DM2
Órgão/sistema Defeito
Papel principal
Células β pancreáticas Diminuição da secreção de insulina
Músculo Captação de glicose ineficiente
Fígado Aumento da secreção endógena de glicose
Papel secundário
Tecido adiposo Aumento da produção de AGL
Células α pancreáticas Aumento da secreção de glucagon
Rim Aumento da reabsorção de glicose
Sistema nervoso Disfunção de neurotransmissores
História natural da diabetes tipo 2
Figure courtesy of CADRE. Adapted from Holman RR. Diabetes Res Clin Pract. 1998;40(suppl):S21-S25; Ramlo-Halsted BA, Edelman SV. Prim Care. 1999;26:771-789; Nathan DM. N Engl J Med. 2002;347:1342-1349;
UKPDS Group. Diabetes. 1995;44:1249-1258
Glicose em jejum Diabetes tipo 2 Anos do diagnóstico 0 5 –10 –5 10 15 Pré-diabetes início Diagnóstico Glicose pós-prandial Complicações Macrovasculares Complicações microvasculares Resistência a insulina Secreção de insulina Função da célula
Anatomia do pâncreas
▪ Glândula com funções exócrinas e endócrinas ▪ 15-25 cm de comprimento
▪ 60-100 g
▪ Localização: retro-peritôneo, ao nível da 2ª vertebra ▪ Se estende em uma posição oblíqua, transversal
▪ Partes do pâncreas: cabeça (aloja-se na curva do duodeno, colo,
Células pancreáticas
Os Três Hormônios Principais
▪ Insulina: hormônio peptídeo (controla o açúcar sanguíneo)
▪ Auxilia no transporte de glicose para dentro das células
▪ Auxilia a transformação de glicose em glicogênio e armazenamento no
fígado e músculos
▪ Estimula a transformação de glicose em lipídios para armazenamento
como gordura corporal
▪ Inibe a quebra de tecido gorduroso e tecido muscular ▪ Promove a captação de aminoácidos
Glucagon
▪ Age de maneira oposta à insulina
▪ Quebra o glicogênio e gordura armazenada
▪ Aumenta a glicose sanguínea quando necessário para proteger o
Somatostatina
▪ Age como “juiz” para vários outros hormônios
▪ Inibe a secreção de insulina, glucagon e outros hormônios ▪ É produzida em outras partes do corpo (hipotálamo)
Célula β pancreática
As mitocôndrias das células β servem como sensores que fazem a ligação entre a exposição da glicose e a liberação da insulina:
▪ Os transportadores GLUT2 introduzem a glicose na mitocôndria
causando um aumento na proporção de ATP:ADP
▪ Ocorre o fechamento dos canais de K+ despolarização
▪ Os canais de Ca++ se abrem (dependentes de voltagem)
▪ Ocorre a exocitose dos grânulos de armazenamento de insulina na
K+ Ca++ [1] [2] [3] [4]
Célula β pancreática
Resposta normal da insulina
▪ A glicose é ingerida durante a refeição na forma de carboidratos,
estimulando a liberação da insulina pelas células β pancreáticas
▪ A ação da insulina é restaurar a normoglicemia:
▪ Diminuindo a produção hepática de glicose ▪ Inibindo a glicogenólise e gliconeogênese
▪ Aumentando a captação pelo músculo esquelético e tecido adiposo ▪ Inibe a produção e secreção de glucagon
Insulina
Captação de glicose
Liberação de ácidos graxos livres
Eliminação da Insulina e da Glicose
Síntese do glicogênio
Glicemia
Gliconeogênese Glicogenólise
Captação de glicose Glicogenólise
Gliconeogênese (aminoácidos) Produção de cetona (ác. graxos)
Degradação de triglicérides→ác. graxos
Deficiência de Insulina no Diabetes tipo 1
Captação de glicose
Degradação de proteínas → aminoácidos Glicemia
Glicemia
Insensibilidade à Insulina no Diabetes tipo 2
Captação de glicose
Degradação de proteínas → aminoácidos
Captação de glicose Glicogenólise
Homeostase da glicose
Insulina
Células β
pancreáticas estimuladas para liberação de insulina na corrente sanguínea As células captam mais glicose Os níveis plasmáticos de glicose diminuem até um limiar; o estímulo para libe-ração de insulina diminui O Fígado capta glicose e armazena como glicogênio Nível de glicose sanguínea elevado ESTÍMULO: aumento do nível de glicose sanguínea (após consumir uma dieta rica
em carboidratos) Homeostase: Nível normal de glicose sanguínea
(aproximadamente 90 mg/100 mL) ESTÍMULO:
diminuição do nível de glicose
sanguínea (após pular uma refeição)
Células α pancreáticas estimuladas para liberação de glucagon na corrente sanguínea Glucagon O fígado quebra o glicogênio e libera glicose na corrente sanguínea Os níveis sanguíneos de
glicose aumentam até um limiar; estímulo para libe-ração de glucagon diminui
▪ Regulação da concentração de glicose no sangue. A normoglicemia é mantida pela ação
Secreção de insulina
Mecanismo de ação da insulina
Na ausência de insulina, a glicose não pode entrar na célula
A insulina sinaliza a inserção de transportadores GLUT4 na membrana,
Efeitos diretos da insulina
▪ Metabolismo da glicose
▪ Metabolismo das lipoproteínas
▪ Metabolismo dos corpos cetônicos ▪ Metabolismo das proteínas
Metabolismo da glicose
Efeitos da insulina Consequências da deficiência da insulina
Estimula a captação de glicose pelo
músculo e tecido adiposo
Inibe a produção hepática de glicose
Hiperglicemia diurese osmótica e
Metabolismo das lipoproteínas
Efeitos da insulina Consequências da deficiência da insulina
Inibe a quebra dos triglicerídeos
(lipólise) no tecido adiposo
Metabolismo dos corpos cetônicos
Efeitos da insulina Consequências da deficiência da insulina
Inibe a cetogênese
Cetogênese: é o processo de
produção de corpos cetônicos como resultado do metabolismo dos ácidos graxos
Metabolismo das proteínas
Efeitos da insulina Consequências da deficiência da insulina
Estimula a síntese de proteínas e
captação de aminoácidos
Inibe a degradação proteica
Regula a transcrição gênica
Perda de massa muscular
Insulina
Utilização da glicose Glicogenólise
Hiperglicemia
Glicosúria (diurese osmótica)
Poliúria* (desbalanço eletrolítico)
Polidipsia *
Metabolismo alterado das proteínas
Insulina
Catabolismo protéico Gliconeogênese
Hiperglicemia
Metabolismo alterado dos lipídios
Insulina Lipólise AGL + corpos cetônicos Acidose + perda de pesoEfeitos da
insuficiência a insulina
Regulação da insulina
▪ A secreção de insulina é estimulada por:
▪ Níveis elevados de glicose sanguínea ▪ Ingestão de aminoácidos
▪ Hormônios gastrointestinais (colecistocinina)
▪ A secreção da insulina é inibida por:
▪ Escassez de combustível da dieta ▪ Epinefrina
Regulação do glucagon
▪ A secreção do glucagon é estimulada por:
▪ Níveis baixos de glicose sanguínea ▪ Ingestão de aminoácidos
▪ Epinefrina
▪ A secreção do glucagon é inibida por:
▪ Níveis elevados de glicose sanguínea ▪ Insulina
Retinopatia diabética Principal causa de cegueira em adultos Nefropatia diabética Principal causa de insuficiência renal Doença cardiovascular AVC Aumento de 2 a 4 vezes na mortalidade por derrame cerebral Neuropatia diabética Principal causa de amputações não traumáticas das extremidades inferiores
8/10 indivíduos com diabetes morrem de eventos
cardiovasculares
Complicações do diabetes
▪ Complicações agudas decorrentes da hiperglicemia
▪ Cetoacidose diabética
▪ Estado hiperglicêmico hiperosmolar
▪ Complicações crônicas decorrentes do dano vascular
▪ Complicações microvasculares:
▪ Neuropatia, nefropatia, retinopatia
▪ Complicações macrovasculares:
Complicações Agudas
▪ Manifestações clínicas
▪ Acidose – corrigida parcialmente pela inalação de dióxido de carbono –
hiperventilação ou respiração profunda
▪ Desidratação – perda de fluidos – poliúria – diminui o volume
sanguíneo, pressão arterial e causa depleção de eletrólitos
▪ Respiração de acetona – odor de frutas
▪ Letargia, fraqueza, náusea, vômitos – sintomas comuns
▪ Estado mental pode variar de alerta a comatoso – coma diabético
▪ Causas – perda da injeção de insulina, doença atual ou infecção,
Complicações Agudas
▪ Estado hiperglicêmico hiperosmolar
▪ Se desenvolve lentamente em período de dias ou semanas
▪ Os níveis de glicose sanguínea geralmente excedem 600 mg/dL e podem
chegar a mais de 2000 mg/dL
▪ Causa perda de fluidos – diminuição do volume sanguíneo e desequilíbrio
eletrolítico
▪ O plasma sanguíneo torna-se hiperosmolar – pode causar anormalidades
neurológicas – reflexos anormais, debilidade motora, redução da habilidade verbal e convulsão – 10% dos pacientes entram em coma
▪ Precipitada por infecção, doença, tratamento medicamentoso que impede a
ação ou secreção de insulina
▪ Se desenvolve porque o paciente não é capaz de reconhecer a sede ou repor
adequadamente os fluidos perdidos devido a idade, doença, sedação ou incapacidade
Complicações Agudas
▪ Cetoacidose
▪ Causada por uma falta grave de insulina
▪ Se desenvolve dentro de horas ou alguns dias
▪ Causa quebra desenfreada de triglicerídeos no tecido adiposo –
liberação excessiva de ácidos graxos na corrente sanguínea
▪ Leva ao aumento na produção de corpos cetônicos – acidez –
cetoacidose – pH sanguíneo geralmente fica abaixo de 7,3
▪ As concentrações de glicose sanguínea geralmente excedem 250 mg/dL
Complicações Agudas
▪ Cetoacidose
▪ A deficiência da insulina resulta na perda da captação de glicose pelos
transportadores periféricos de glicose hiperglicemia
▪ A deficiência da insulina ativa o hormônio lipase sensível aumenta a
lipólise
▪ Isso leva a conversão de triglicerídeos em ácidos graxos livres e glicerol ▪ Os ácidos graxos são convertidos em Acetil-CoA que é transportado
para
1. Ciclo do Ácido Cítrico (dependente da insulina)
2. Corpos cetônicos (sem a insulina) incluindo o β-hidroxibutirato e acetoacetato
A sobrecarga de substrato no fígado leva a
cetogênese e síntese de lipoproteína
Jean-Louis Chiasson et al. CMAJ 2003;168:859-866
Cetoacidose diabética e estado hiperglicêmico
hiperosmolar
Hipoglicemia
▪ Aumenta a partir do manejo inadequado do diabetes
▪ Geralmente ocorrem no diabetes tipo 1, mas representa 3-4% das
mortes em pacientes tratados com insulina
▪ Causas
▪ Quantidade excessiva de insulina ou drogas antidiabéticas ▪ Exercício prolongado
▪ Pular ou atrasar refeições, ingestão inadequada de alimentos ▪ Consumo de álcool sem se alimentar
Hipoglicemia
▪ Sintomas: fome, sudorese, falta de equilíbrio, palpitações
cardíacas, fala não compreensível, confusão
▪ Confusão mental – a pessoa pode não reconhecer o problema e
tratá-lo – ingestão de glicose, suco ou doce
▪ Se o problema ocorrer durante o sono – o paciente pode não estar
ciente da sua presença
▪ Hipoglicemia prolongada – pode resultar em dano cerebral
Complicações Crônicas
▪ Exposição prolongada a altas concentrações de glicose destrói
células e tecidos
▪ A glicose e fragmentos de glicose reagem com proteínas para
formar produtos finais da glicação avançada (AGEs)
▪ Acúmulo de compostos
▪ Causa dano dentro das células e vasos sanguíneos
▪ O excesso de glicose promove a produção e acúmulo de sorbitol, que
contribui para o dano celular
▪ As complicações geralmente afetam os vasos sanguíneos grandes –
complicação macrovascular
▪ As arteríoloas e os capilares – complicações microvascular ▪ Sistema nervoso – neuropatia
Complicações Crônicas
▪ Complicações Macrovascular (aterosclerose)
▪ Acúmulo de AGEs acelera o desenvolvimento de aterosclerose – afeta
as artérias coronarianas e artérias dos membros
▪ Principal causa de morte em pacientes com diabetes
▪ Pacientes com diabetes tipo 2 geralmente tem múltiplos fatores de
risco cardiovascular – hipertensão, lipídios sanguíneos anormais, obesidade
▪ Pacientes diabéticos tem tendência à trombose (formação de trombos
sanguíneos) e função ventricular anormal
▪ Fluxo sanguíneo para os membros prejudicado – dor ao andar – leva ao
desenvolvimento de úlceras nos pés – pode levar a gangrena – requer amputação
Complicações Crônicas
▪ Complicações Microvascular
▪ Retinopatia diabética – dano aos pequenos vasos sanguíneos na retina
– prejudica a visão – causa cegueira no diabetes tipo 1 e 2
▪ 95% dos pacientes com diabetes tipo 1 desenvolve retinopatia após 15
anos de diagnóstico
Complicações Crônicas
▪ Complicações Microvascular
▪ Nefropatia diabética – dano aos pequenos vasos sanguíneos dos rins
(glomérulos) – estágios avançados do diabetes tipo 1 e 2
▪ Doença renal terminal – ocorrem em 30-35% dos pacientes com
diabetes tipo 1 (necessita de diálise)
Complicações Crônicas
▪ Neuropatia diabética
▪ Degeneração dos nervos – ocorre em 50% dos casos
▪ A extensão do dano ao nervo depende da severidade e duração da
hiperglicemia.
▪ Efeitos clínicos – dor e cãibras, dormência e formigamento nas mãos e
pés ou perda da sensibilidade
▪ Dor e cãibras – especialmente nas pernas – mais severa durante a noite
– pode interromper o sono
▪ Pode contribuir para úlceras no pé devido a cortes e contusões que
podem não ser notadas até as feridas estarem graves
▪ Outras manifestações incluem anormalidades na sudorese, disfunção
sexual, constipação e prolongamento no esvaziamento gástrico (gastroparesia)