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Universidade Estadual Paulista CURVAS DE CALIBRAÇÃO PARA ANÁLISE QUANTITATIVA DE FASES DE ZIRCÔNIAS

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Academic year: 2021

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Universidade Estadual Paulista

Instituto de Química

Campus de Araraquara

CURVAS DE CALIBRAÇÃO PARA ANÁLISE

QUANTITATIVA DE FASES

DE ZIRCÔNIAS

Rodrigo Putvinskis rputvins@uol.com.br Carlos de Oliveira Paiva Santos copsanto@iq.unesp.br Depto. de F ísico-Química

Copyright: Laboratório Computacional de Análises Cristalografias e Cristalinas – LabCACC.

Araraquara – 2003

(2)

Nesse trabalho são apresentadas curvas de calibração para análises quantitativa de fases monoclínica, tetragonal e cúbica da zircônia. Abaixo estão os difratogramas dessas três fases, simulados com radiação kα do cobre.

Figura 1: Padrão de difração de raios X do ZrO2 cúbico.

Figura 2: Padrão de difração de raios X do ZrO2 tetragonal.

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Figura 3: Padrão de difraçã o de raios X do ZrO2 monoclínico.

Nas figuras 2 e 3 acima, observa-se picos distintos (sem superposição) somente a ângulos 2θ menores que 80°. Comparando-se os três difratogramas vê-se que no da fase monoclínica há uma maior quantidade de picos em relação aos difratogramas das fases tetragonal e cúbica. Assim, devemos considerar difratogramas abaixo dessa região para uma análise quantitativa de fases, uma vez que precisaremos determinar, sem ambig üidade, a área de cada pico.

Curva de Calibração para as Fases Tetragonal e Cúbica do ZrO2

A seguir (Figura 4) est á representado o difratograma do ZrO2 para as fases tetragonal e cúbica da zircônia.

(4)

Figura 4: Gráfico de Rietveld do ZrO2 tetragonal/cúbica.

Essas duas fases apresentam uma severa superposição de picos, sendo que apenas em algumas regiões observa-se a distinção entre eles. A região entre 62 à 65° (2?) possui uma distinção maior entre os picos de cada fase, por este motivo ela foi utilizada para realizar os cálculos para traçar a curva de calibração. A figura 5 mostra de forma ampliada a n ão superposição de picos nesta região.

(5)

Figura 5: Região ampliada da distinção entre os picos das fases tetragonal e c úbica do ZrO2. São mostrados os picos (202) da fase tetragonal e (222) da fase cúbica. Esse difratograma corresponde ao de uma amostra

com 78% em massa de fase c úbica e 22% em massa de fase tetragonal.

Nas figuras 6,7,8,9,10, temos os difratogramas simulados de

amostras com as seguintes proporções em massa das fases tetragonal:cúbica: 10:90, 30:70, 50:50, 70:30, 90:10, respectivamente. Dos difratogramas simulados, foram calculadas as áreas (intensidades integradas) dos dois picos de cada fase. Os valores destas áreas são encontrados na tabela 1. A razão entre cada fase é calculada pela seguinte equação: 62,0 62,5 63,0 63,5 64,0 64,5 65,0 -500 0 500 1000 1500 2000 2500 Tetragonal Cúbica Intensidade relativa 2θ (graus) cubica tetra tetra A A A % 100 + ⋅ = tetragonal fase a relação em áreas as entre Razão

(6)

Figura 6: Difratograma simulado do ZrO2 tetragonal:cúbica.na proporção 90:10, respectivamente

Figura 7: Difratograma simulado do ZrO2 tetragonal:cúbica.na proporção 70:30, respectivamente

62,0 62,5 63,0 63,5 64,0 64,5 65,0 0 1000 2000 3000 4000 5000 Cúbica Tetragonal intensidade relativa 2θ (graus) 62,0 62,5 63,0 63,5 64,0 64,5 65,0 -500 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 Cúbica Tetragonal Intensidade relativa 2θ (graus)

(7)

Figura 8: Difratograma simulado do ZrO2 tetragonal/cúbica.na proporção 50:50, respectivamente

Figura 9: Difratograma simulado do ZrO2 tetragonal/cúbica.na proporção 30:70, respectivamente 62,0 62,5 63,0 63,5 64,0 64,5 65,0 0 1000 2000 Cúbica Tetragonal Intensidade Relativa 2θ / graus 62,0 62,5 63,0 63,5 64,0 64,5 65,0 0 500 1000 1500 2000 Cúbica Tetragonal Intensidade Relativa 2θ / graus

(8)

Figura 10: Difratograma simulado do ZrO2 tetragonal/c úbica.na proporçã o 10:90, respectivamente

Os d ifratograma simulados de fases da ZrO

2 tetragonal/cúbica foram realizados no

programa GSAS. Variado o fator de escala de cada fase foi possível simular os difratogramas com as proporções de fases desejadas.

Tabela 1: Cálculos das áreas e das razões entre intensidades dos picos das fases tetragonal e cúbica da zircônia, nas proporções desejadas.

:

Com os dados da Tabela 1 foram plotados dois gráficos (Figura 11 e 12), um

62,0 62,5 63,0 63,5 64,0 64,5 65,0 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 Tetragonal Cúbica Intensidade Relativa 2θ / graus Porcentagem da fase Tetragonal (%) Porcentagem da fase Cúbica(%) Área do pico (202) da fase Tetragonal Área do pico (222) da fase Cúbica Atetra/ (Atetra+Acubica) (x100) Acubica/ (Atetra+Acubica) (x100) 10 90 459,43 3022,14 13,2 86,8 30 70 425,44 789,36 35,1 64,9 50 50 834,78 653,73 56,1 43,9 70 30 1444,57 485,82 74,8 25,2 90 10 2091,45 227,87 92,4 7,6

(9)

de razão entra a área relativa para o pico (202) da fase tetragonal versus porcentagem da fase tetragonal e outro de razão entre a área relativa do pico (222) da fase cúbica versus porcentagem da fase cúbica. Esses dois gráficos representam duas curvas de calibração. A necessidade da construção dessas curvas é que durante a análise de uma amostra desconhecida que contenha essas duas fases ZrO2, com dados de DRX pode-se calcular a intensidade relativa de cada pico, e atrav és da curva de calibração determinar a porcentagem relativa dessas fases (tetragonal e/ou cúbica) ZrO2 presentes na amostra.

Figura 11: Curva de calibração referente à fase tetragonal do ZrO2

0 20 40 60 80 100 0 20 40 60 80 100 (A tetra /(A tetra +A cubica )) (x100) % da fase tetragonal

(10)

Figura 12: Curva de calibração referente à fase c úbica do ZrO2

Curva de Calibração para as Fases Tetragonal e Monoclínica do ZrO

2

A seguir (Figura 13) está representado o difratograma do ZrO

2 para as fases

(tetragonal e monoclínica).

A estratégia utilizada nas simula ções dessas fases do ZrO

2 foram

semelhantes ao do caso anterior: entre 20 e 100° (2?), ?2? = 0,05, radia ção de cobre (?k

a1

= 1,5405 ; ?k

a2 = 1,5433 ; Ika2/ Ika1 = 0,5), A função de perfil utilizada foi a

pseudo-Voigt. 0 20 40 60 80 100 0 20 40 60 80 100 (A cubica /(A tetra +A cubica )) (x100) % da fase cúbica ° A A°

(11)

Figura 13: Gráfico de Rietveld do ZrO2 tetragonal/c úbica.

Essas duas fases também apresentam grande superposição de picos, sendo que apenas em algumas regiões observam-se as distin ções entre estas duas fases. A região entre 27 à 31,5° (2?) possui uma distinção maior entre os picos de cada fase, por este motivo esta região foi utilizada para construir a curva de calibração. A Figura 14 mostra de forma ampliada como estão dispostos os dois picos nesta região.

0 5000 10000 15000 20000 Monoclínica Tetragonal Intensidade relativa

(12)

Figura 14: Região ampliada da distinção entre os picos da fases tetragonal e cúbica do ZrO2. São mostrados os picos (101) da fase tetragonal e (11 -1) da fase monoclínica. Esse difratograma corresponde ao de uma

amostra com 67% em massa de fase monocl ínica e 33% em massa de fase tetragonal.

Nas figuras 15,16,17,18,19, temos os difratogramas simulados de

amostras com as seguintes proporções em massa das fases tetragonal:monoclínica: 10:90, 30:70, 50:50, 70:30, 90:10, respectivamente. Dos difratogramas simulados, foram calculadas as áreas (intensidades integradas) dos dois picos de cada fase. Os valores destas áreas são encontrados na tabela 2. A razão entre cada fase é calculada pela seguinte equação:

Figura 15: Difratograma simulado do ZrO2 tetragonal/monocl ínica.na proporção 10:90, respectivamente 27,0 27,5 28,0 28,5 29,0 29,5 30,0 30,5 31,0 31,5 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 Tetragonal Monoclínica Intensidade relativa 2θ / graus mono tetra tetra A A A % 100 + ⋅ = tetragonal fase a relação em áreas as entre Razão

(13)

Figura 16: Difratograma simulado do ZrO2 tetragonal/c úbica.na proporçã o 30:70, respectivamente

Figura 17: Difratograma simulado do ZrO2 tetragonal/monocl ínica.na propor ção 50:50 respectivamente 27,0 27,5 28,0 28,5 29,0 29,5 30,0 30,5 31,0 31,5 -2000 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 Tetragonal Monoclínica Intensidade relativa 2θ / graus 27,0 27,5 28,0 28,5 29,0 29,5 30,0 30,5 31,0 31,5 0 5000 10000 15000 20000 Tetragonal Monoclínica Intensidade relativa 2θ (graus)

(14)

Figura 18: Difratograma simulado do ZrO2 tetragonal/monocl ínica.na proporção 70:30, respectivamente

Figura 19: Difratograma simulado do ZrO2 tetragonal/monocl ínica.na proporção 90:10, respectivamente

Os d ifratograma simulados de fases da ZrO

2 tetragonal/monoclínica foram

realizados no programa GSAS, na qual com a varia ção do fator de escala de cada fase

27,0 27,5 28,0 28,5 29,0 29,5 30,0 30,5 31,0 31,5 -5000 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 Monoclínica Tetragonal Intensidade relativa 2θ / graus 27,0 27,5 28,0 28,5 29,0 29,5 30,0 30,5 31,0 31,5 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 Tetragonal Monoclínica Intensidade relativa 2θ / graus

(15)

obtiveram -se as proporções entre as fases desejadas.

Tabela 2: Cálculos das áreas e das razões entre intensidades dos picos das fases tetragonal e cúbica da zircônia, nas proporções desejadas.

Com os dados da Tabela 2 foram plotados dois gráficos (Figura 20 e 21), um de razão entra a área relativa para o pico (101) da fase tetragonal versus porcentagem da fase tetragonal e outro de razão entre a área relativa do pico (11-1) da fase monoclínica versus porcentagem da fase monoclínica. Esses dois gráficos representam duas curvas de calibração. A necessidade da construção dessas curvas é que durante a análise de uma amostra desconhecida que contenha essas duas fases ZrO

2, com dados de DRX pode-se

calcular a intensidade relativa de cada pico, e através da curva de calibração determinar a porcentagem relativa dessas fases (tetragonal e/ou monoclínica) ZrO

2 presentes na amostra. . Porcentagem da fase Tetragonal (%) Porcentagem da fase Monoclínica (%) Área do pico (101) da fase Tetragonal Área do pico (11-1) da fase monoclínica Atetra/ (Atetra+Amono) (x100) Amono/ (Atetra+Amono) (x100) 10 90 7757,48 2985,94 72,2 27,8 30 70 5673,91 1877,79 79,1 20,9 50 50 8064,28 1190,71 87,1 12,9 70 30 14920,42 966,375 93,9 6,1 90 10 23087,77 336,00 99,5 0,5

(16)

Figura 20: Curva de calibração referente à fase tetragonal do ZrO2 0 20 40 60 80 100 70 75 80 85 90 95 100 (A tetra /(A tetra +A mono )) x100 % de fase tetragonal 0 20 40 60 80 100 -5 0 5 10 15 20 25 30 (A mono /(A tetra +A mono )) x100 % de fase monoclínica

(17)

Figura 21: Curva de calibração referente à fase monocl ínica do ZrO2

V. – Conclusão

As curvas de calibração plotadas através das regiões dos difratogramas onde não ocorria superposição das fases tetragonal/cúbica e tetragonal/monoclínica do ZrO

2

possuem uma certa linearidade, isto comprova que a intensidade relativa indicada no difratograma pela presente fase é proporcional à porcentagem desta mesma fase na amostra.

Referências Bibliográficas:

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