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O PAPEL LEGAL

DO GESTOR

IMOBILIÁRIO

Professora Esp. Claudete Cristina Iwata

GRADUAÇÃO

Unicesumar

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C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; IWATA, Claudete Cristina

O Papel Legal do Gestor Imobiliário. Claudete Cristina Iwata.

(Reimpressão revista e atualizada) Maringá-Pr.: UniCesumar, 2016. 199 p.

“Graduação - EaD”.

1. Gestão Imobiliária 4. EaD. I. Título. ISBN 978-85-8084-920-2

CDD - 22 ed. 333.33 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário

João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828

Reitor

Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor

Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração

Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de EAD

Willian Victor Kendrick de Matos Silva

Presidente da Mantenedora

Cláudio Ferdinandi

NEAD - Núcleo de Educação a Distância Direção Operacional de Ensino

Kátia Coelho

Direção de Planejamento de Ensino

Fabrício Lazilha

Direção de Operações

Chrystiano Mincoff

Direção de Mercado

Hilton Pereira

Direção de Polos Próprios

James Prestes

Direção de Desenvolvimento

Dayane Almeida

Direção de Relacionamento

Alessandra Baron

Gerência de Produção de Conteúdo

Juliano de Souza

Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais

Nádila de Almeida Toledo

Coordenador de conteúdo

Paulo Pardo

Design Educacional

Rossana Costa Giani

Projeto Gráfico

Jaime de Marchi Junior José Jhonny Coelho

Editoração

Fernando Henrique Mendes

Revisão Textual

Keren Pardini Nayara Valenciano

Ilustração

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Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para liderança e so-lução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho. Cada um de nós tem uma grande responsabilida-de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-sos farão grande diferença no futuro.

Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar – assume o compromisso de democratizar o conhe-cimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos brasileiros.

No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-quisa-extensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consci-ência social e política e, por fim, a democratização do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade.

Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-meja ser reconhecido como uma instituição uni-versitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-solidação da extensão universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrati-va; compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também pelo compromisso e relaciona-mento permanente com os egressos, incentivan-do a educação continuada.

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Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quan-do investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequente-mente, transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capa-zes de alcançar um nível de desenvolvimento compa-tível com os desafios que surgem no mundo contem-porâneo.

O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialó-gica e encontram-se integrados à proposta pedagó-gica, contribuindo no processo educacional, comple-mentando sua formação profissional, desenvolvendo competências e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inse-ri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproxi-mação entre você e o conteúdo”, desta forma possi-bilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessários para a sua formação pes-soal e profissional.

Portanto, nossa distância nesse processo de cres-cimento e construção do conhecres-cimento deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos peda-gógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possi-bilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e en-quetes, assista às aulas ao vivo e participe das discus-sões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-lidade e segurança sua trajetória acadêmica.

Diretoria Operacional de Ensino

Diretoria de

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Professora Esp. Claudete Cristina Iwata

Especialização em Pós-Graduação Lato Sensu em Direito Empresarial pelo Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas Sócio-Econômicas, Brasil(2000)

A

UT

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SEJA BEM-VINDO(A)!

Querido(a) aluno(a), seja muito bem-vindo(a) ao mercado imobiliário. É com muita satis-fação que abro as portas desse nobre caminho ao Universo do Conhecimento para que juntos possamos alcançar lugares ainda desconhecidos, descobrir novas possibilidades, conquistar nossos objetivos e realizar nossos sonhos.

Basta observar ao nosso redor para ver que muitos corretores de imóveis exercem a profis-são sem ter preparo, conhecimento ou qualificação. Eles não sabem quais profis-são as leis apli-cáveis em cada caso, não sabem diferenciar um conselho de um sindicato, não conhecem o alcance das leis, muito menos sabem interpretar documentos e que, acima de tudo, po-derão ser responsabilizados por seus atos ou omissões se vierem a prejudicar seu cliente. Essa situação é compreensível, uma vez que a legalização da nossa profissão se deu há pouco mais de 50 anos, com a legislação COFECI – Conselho Federal de Corretores de Imó-veis, quando foram instituídos nossos deveres e direitos, complementados, em 2002, com o Código Civil Brasileiro, em seu Capítulo XIII, por 8 artigos relacionados à corretagem. Nesta disciplina, aprenderemos que a profissão deve ser exercida com preparo, conheci-mento e qualificação, apresentarei a você quais são as leis diretamente relacionadas ao nos-so dia a dia, à forma correta dos procedimentos e, claro, quais são nosnos-sos direitos e deveres. Você saberá o que significa COFECI Conselho Federal de Corretores de Imóveis, CRECI – Conselho Regional de Corretores de Imóveis, SECOVI – Sindicato da Habitação e Con-domínios, SINDIMÓVEIS – Sindicato dos Corretores de Imóveis, para que servem e qual é a importância da sua participação nos conselhos e nos sindicatos.

O Papel Legal do Gestor Imobiliário transpassa a esfera legal, atingindo o universo da so-ciedade como lugar onde nós vivemos, nos desenvolvemos, formamos família, criamos nossos filhos e realizamos nossos sonhos.

Nossa profissão tem um grau de nobreza na dimensão da responsabilidade, em que devemos conhecer e cumprir com nosso Papel Legal.

Para que você possa vislumbrar o que consideraremos nesta obra, passarei a seguir os redundância principais tópicos a serem tratados:

Na unidade I, veremos a história da profissão de corretor de imóveis, a história da lega-lização desta profissão, organismos fundamentais para o corretor de imóveis, que são o COFECI e o CRECI, e outros, como o SINDIMÓVEIS e o SECOVI.

Na unidade II, veremos que a legislação se divide em RESOLUÇÕES, LEIS, DECRETOS e PORTARIAS. Estudaremos os aspectos mais relevantes da parte legal, apresentando para os artigos mais importantes comentários úteis ao desempenho da profissão.

A primeira é a Lei nº 4.116, de 27 de agosto de 1962, a primeira a ser devidamente apro-vada. Por meio dela, o poder legislativo nacional reconheceu a profissão de CORRETOR DE IMÓVEIS.

Em seguida, vem a Lei 6.530, de 12 de maio de 1978, que substitui a anterior com al-APRESENTAÇÃO

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gumas inovações, regulamentada pelo Decreto nº 81.871, de 29 de junho de 1978. O estudo e compreensão da legislação específica são fundamentais para o bom profis-sional. Assim, ficarão muito claros os direitos e deveres quanto ao exercício da profissão. Na unidade III, veremos que o Código Civil que entrou em vigor em 2002 destinou um capítulo especialmente para o Corretor de Imóveis. Os direitos e deveres estão bem explicitados, inclusive a obrigação de atender o cliente com lisura sob pena de responder legalmente por ações ou omissões.

Encerrando a parte legal, estudaremos a Lei de Locação. Mediante esta, o corretor saberá agir na locação, administração e na venda. A leitura é obrigatória e o enten-dimento tornará o desenvolvimento do trabalho muito mais fácil.

Na unidade IV, no intuito de despertar o bom profissional que existe dentro de cada um, o capítulo intitulado RESPONSABILIDADE DO GESTOR trata do profissional en-quanto pessoa. Na maioria das vezes, sabemos o que devemos fazer, o que não sa-bemos é por que não fazemos.

A ATITUDE está diretamente ligada à NECESSIDADE; enquanto a segunda não surge, a primeira não é acionada. Todavia, nem sempre temos tempo hábil para tomar ati-tude, por isso, a palavra DESPERTAR vem como provocador da ATITUDE, antes que surja emergencialmente a NECESSIDADE.

O Corretor compreenderá o que está fazendo e deixará de agir automaticamente e de forma empírica. O trabalho se tornará muito mais agradável ao percebermos o que estamos fazendo, para que e como faremos.

Trabalhando corretamente, a REMUNERAÇÃO, um dos objetivos do trabalho do Corretor, será merecida. Existe uma tabela de honorários às quais o corretor deverá obrigatoriamente obedecer. Muitos não conhecem nem sabem como obtê-la. A cada OPERAÇÃO IMOBILIÁRIA corresponderá um honorário diferente. A tabela, que é elaborada pelo sindicato e homologada pelos CRECIs de cada região, apre-senta uma por uma.

Na unidade V, aprenderemos quais são as principais OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS e os aspectos mais relevantes sobre cada uma delas: VENDA, COMPRA, PERMUTA, LOCA-ÇÃO, ADMINISTRALOCA-ÇÃO, LOTEAMENTOS, INCORPORAÇÕES, ASSESSORIA, CONSUL-TORIA e PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO MERCADOLÓGICA.

Diferenciaremos GESTOR de CORRETOR e, assim, saberemos que, quando qualificados, os profissionais fazem questão de propagar os conhecimentos adquiridos, como for-ma de mostrar ao cliente que estão atualizados e, assim, obter vantagem competitiva. Encerraremos nossa jornada de estudos abordando nosso foco principal, o CLIENTE; é para ele todo nosso empenho de sempre melhorar.

Desejo que aprecie a obra e venha a fazer parte dos profissionais que têm orgulho de dizer que são CORRETORES DE IMÓVEIS.

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SUMÁRIO

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UNIDADE I

PROFISSÃO: CORRETOR DE IMÓVEIS

15 Introdução

16 História da Profissão 19 História da Legalização

24 COFECI - Conselho Federal de Corretores de Imóveis 26 CRECI - Conselho Regional de Corretores de Imóveis 27 Como me Tornar um Corretor de Imóveis?

40 Corretor X Gestor 41 Sindicatos 42 Secovi 43 Sindimóveis 44 SINCIL 46 Considerações Finais UNIDADE II

O PAPEL LEGAL DO GESTOR

51 Introdução 52 Código De Ética

58 Autorização de Venda com Exclusividade 79 Considerações Finais

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SUMÁRIO

UNIDADE III

CONHECIMENTO DA LEI DE LOCAÇÃO

85 Introdução

86 Exercício Legal da Profissão 88 Lei de Locação

125 Considerações Finais

UNIDADE IV

RESPONSABILIDADE DO GESTOR

131 Introdução

132 Código Civil Brasileiro – da Corretagem 138 O Corretor de Imóveis

149 Remuneração 153 Modelo de Tabela 159 Considerações Finais

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SUMÁRIO

11 UNIDADE V DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO 165 Introdução 166 Operações Imobiliárias 177 O Cliente 184 Qualificação 186 Considerações Finais 189 CONCLUSÃO 191 REFERÊNCIAS 193 GABARITO

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UNID

ADE

I

Professora Esp. Claudete Cristina Iwata

PROFISSÃO: CORRETOR DE

IMÓVEIS

Objetivos de Aprendizagem

■ Conhecer o histórico da profissão de Corretor de Imóveis. ■ Saber qual é o caminho para se tornar corretor.

■ Identificar os conselhos e órgãos da nossa categoria.

Plano de Estudo

A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ História da profissão

■ História da legalização ■ COFECI

■ CRECI

■ Como me tornar um corretor de imóveis? ■ Corretor x Gestor

■ Sindicatos ■ SECOVI ■ SINDIMÓVEIS ■ SINCIL

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INTRODUÇÃO

Em 2008, o Brasil assistiu a um verdadeiro “boom” imobiliário, ou seja, uma explosão repentina no mercado imobiliário com a lei da oferta e da procura em pleno vapor.

Muitas negociações sendo feitas, transações imobiliárias realizadas a cada momento, muitos investimentos, empreendimentos e, claro, muitos corretores de imóveis aproveitando essa boa fase.

O “boom” imobiliário foi impulsionado por vários fatores, como a estabi-lidade da economia brasileira, queda do índice de desemprego, aumento das linhas de crédito com juros menores. O mercado imobiliário saiu do período de estagnação que vinha passando há algum tempo e junto com este período reaqueceu os preços.

Com toda essa evolução, percebeu-se que além de faltar corretores no mer-cado, estão em falta profissionais competentes e qualificados.

A profissão não é mais opção de pessoas que não sabem em que trabalhar e decidem ser corretores de imóveis, é a profissão escolhida para nortear a vida da pessoa, ou seja, com a qual pretende trabalhar, se desenvolver e atingir seus objetivos.

Atualmente, podemos observar cada vez mais jovens escolhendo como pro-fissão, como meio de vida, de subsistência, a de Corretor de Imóveis, porém, não mais aquela em nível de ensino técnico, mas de ensino superior tecnológo.

As pessoas têm compreendido a necessidade da qualificação, do preparo e de uma nova roupagem para o mercado imobiliário como um todo.

Há um consenso nacional de que para atuar em qualquer segmento, é pre-ciso ter conhecimentos técnicos.

A denominação GESTOR IMOBILIÁRIO surge como forma de diferenciar o profissional habilitado por meio de um curso superior tecnológo.

Conhecer O PAPEL LEGAL DO GESTOR IMOBILIÁRIO é como possuir um ingresso sem o qual não se pode iniciar na profissão.

Ser um CORRETOR DE IMÓVEIS ou um GESTOR IMOBILIÁRIO vai muito além de uma credencial, depende de estudo, de conhecimento, de von-tade e, acima de tudo, de atitude.

15 Introdução Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

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PROFISSÃO: CORRETOR DE IMÓVEIS Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

I

Nesta obra, abordaremos os principais itens que darão suporte para o bom desempenho na profissão. Obterá sucesso aquele que se conscientizar de que o conteúdo estudado é apenas o primeiro degrau a ser galgado no infinito cami-nho em busca do saber. Não é exagero usar a palavra que representa o que não tem fim, pois o conhecimento não tem limites, e quanto mais aprendermos, mais teremos a certeza da necessidade de aprender mais e mais.

Para ingressar no mercado imobiliário com altivez e honra, é preciso conhecer a HISTÓRIA DO CORRETOR. Como surgiu a profissão, em que lugar, quando e quais foram as pessoas protagonistas, por meio das quais, tudo se tornou pos-sível, real e legalizado.

O conhecimento da história torna o profissional orgulhoso da luta e da per-severança de quem o antecedeu.

HISTÓRIA DA PROFISSÃO

Conhecer a história da profissão que escolhemos é ficar sabendo de que forma tudo começou, quem começou, quais dificuldades existiam e como chegamos até onde estamos hoje.

O site do COFECI traz um histórico sobre a profissão de corretor de imóveis que merece nossa atenção. Diz a história que a profissão de Corretor de Imóveis no Brasil vem desde o tempo da colonização, onde as pessoas que trabalhavam no comércio em geral ou que ficavam nas ruas conversando e observando ganha-vam a vida arrumando pousadas para os corajosos desbravadores das novas terras deste país.

Não é demais dizer de maneira figurada que tudo começou no descobrimento do Brasil, quando Pero Vaz de Caminha escreveu a carta para Portugal descre-vendo o Novo Mundo recém-descoberto. As maravilhas por ele escritas fizeram com que outros portugueses se aventurassem em vir desbravar novas terras.

Tendo por base o descobrimento do Brasil, vamos lembrar que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil em 22 de abril de 1.500, logo, se tivermos que estabelecer

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17 História da Profissão Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

um marco, com certeza poderia ser abril de 1.500.

Nos filmes épicos aos quais assistimos, as guerras sangrentas se davam por nada mais nada menos que conquista e domínio de terras. Até hoje a situação não mudou. São países brigando por territórios e aumento de domínio. As ter-ras e a propriedade sempre tiveram muito valor.

Continuando com nossa história, não é difícil imaginar que cada um que via esse Brasil encantador queria de alguma forma demarcar a extensão da sua propriedade.

Por esse motivo, desde os primeiros anos da colonização do Brasil já existia uma preocupação com a comercialização e com o registro dos imóveis.

O primeiro documento que fala sobre o registro de imóveis encontra-se no livro IV, Título VII, das Ordenações do Reino, que era uma coletânea de leis vindas como ordem do Reino e que deviam ser cumpridas, pois, estabeleciam também as punições a serem aplicadas em casos de desobediência. No caso desse registro, a recompilação foi feita por mandato do Rei Felipe I, no ano de 1.575, com o seguinte teor:

se for senhor de alguma causa? e vender duas vezes a desvairadas pes-soas, o que primeiro houver a entrega della será della feito verdadeiro senhor, se della pagou o preço por que lhe foi vendida ou se houve o vendedor por pago della, porque concorrendo assim na dicta venda entrega a cousa e paga do preço, o fazem senhor della (COFECI, 2010a, online).

É claro que, uma vez pago o preço, o comprador queria segurança sobre seu direito à propriedade, mas como pode se observar no texto, por não haver legis-lação específica, acontecia de ser vendido o mesmo imóvel para mais de uma pessoa, porém, naquela época, não havia registro ainda da intermediação de um corretor de imóveis.

Quando a Família Real veio morar no Brasil, nosso país deixou de ser Colônia para ser Reino Unido a Portugal e Algarves, assim, naturalmente, houve uma progressiva e completa reorganização na forma de administrar, a começar pela transferência de todas as Secretarias de Estado, repartições públicas e Tribunais, que até então funcionavam em Lisboa, para o Brasil.

Essa mudança provocou uma verdadeira revolução, pois houve a instala-ção definitiva da vida administrativa para a cidade do Rio de Janeiro, mudando

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PROFISSÃO: CORRETOR DE IMÓVEIS Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

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completamente a cidade. Durante o período que D. João VI ficou no Brasil, o número de habitantes da capital dobrou de cerca de 50 mil pessoas para 100 mil.

Era a verdadeira urbanização da colônia provocada pela presença da corte. Imagine a situação naquela época, uma cidade ver sua população dobrar; onde foram morar todas essas pessoas? Quem eram os donos dos imóveis? Existiam imóveis para vender e para alugar, mas quem tinha essas informações?

Com certeza, nesse período, já existiam muitos profissionais que atuavam como agentes de negócios imobiliários, fazendo nascer assim a nova profissão.

As cidades começaram a tomar forma urbana com infraestrutura, e os agen-tes imobiliários, com um caderno de apontamentos na mão, muita disposição, o mesmo sonho que temos até hoje de vencer na vida, passaram a intermediar negócios imobiliários utilizando, para isso, os anúncios nos jornais para divul-gar suas ofertas.

O profissional da época contava com duas ferramentas muito poderosas: a sola dos sapatos e os jornais de circulação diária. Para que tivesse conhecimento das ofertas e dos negócios que estavam à disposição, o agente precisava andar muito, conversar com muita gente e, claro, convencer o cliente a assinar a auto-rização de venda.

Desde aquela época, existia a preocupação em obter a autorização de venda, senão não faria sentido caminhar e trabalhar tanto para publicar no jornal uma oferta que outro agente publicaria também.

A partir de 1.821, surgiram os primeiros registros de anúncios nos jornais que se deu no mesmo período da introdução da imprensa no país e do início da legalização. Os primeiros jornais publicados no Brasil foram: o Sentinela e o Tamoio, ambos do Rio de Janeiro, e nos dois já haviam anúncios de imóveis.

No início do século XX, a sociedade ainda era formada por grandes lati-fundiários e a maior parte da população vivia na zona rural. Quando surgiu a pequena burguesia ligada ao funcionalismo público e às pequenas atividades de especulação financeira, o desenvolvimento da cidade fez com que aumentasse a comercialização de imóveis por intermédio dos anúncios feitos em jornais e os agentes passaram a usar a atividade como profissão.

Não existiam cursos de formação, tudo que os agentes sabiam aprendiam na prática, nas atividades do dia a dia e observando a atuação uns dos outros.

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19 História da Legalização Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

HISTÓRIA DA LEGALIZAÇÃO

O primeiro Sindicato de Corretores de Imóveis a ser reconhecido como repre-sentante da profissão no Brasil foi o do Rio de Janeiro. O dia histórico foi 7 de janeiro de 1.937, quando o Ministro de Estado dos Negócios do Trabalho, Indústria e Comércio, em nome do Presidente da República do Brasil, assinou a Carta Sindical, reconhecendo oficialmente o “Syndicato dos Corretores de Immóveis do Rio de Janeiro” como “syndicato profissional de trabalhadores por conta pró-pria”, por despacho de 29 de outubro de 1.936, no Processo nº 22.431/1936, nos termos da legislação em vigor da época.

A conquista pelos direitos foi lenta e mediante muito esforço. Os primeiros sinais dos direitos do corretor foram conquistados por meio de sindicatos, que pelo Decreto nº 5.493/1.940 asseguravam ao corretor de imóveis aposentadoria e pensões para quem pagasse o seguro anual obrigatório. Também nessa época, o poder público reconheceu a capacidade técnica do corretor de imóveis para executar uma avaliação oficial.

Ainda nos anos 40, os corretores de imóveis faziam parte de uma categoria organizada e reconhecida por toda a sociedade. Os sindicatos tinham estreita ligação com as associações comerciais, conseguindo estender aos seus associa-dos todas as garantias conquistadas pelos trabalhadores brasileiros, ou seja, não tinham legislação específica, mas estavam sob a égide do Código Comercial. Por meio do Decreto n.º 5.493, de 9 de abril de 1.940, os Corretores de Imóveis eram segurados no Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários, pagando seguro anual obrigatório.

Também faz parte da história, mais particularmente da avaliação imobiliá-ria, outra conquista importante que foi o reconhecimento da capacidade técnica, dos profissionais da época por parte do poder público, que passou a considerar como avaliação oficial a que era feita pelo Sindicato de Corretores de Imóveis, repartição arrecadadora ou por via judicial. Graças a este convênio, os corretores sindicalizados passaram a utilizar nos seus anúncios, depois do nome do escri-tório, a expressão “Sindicato dos Corretores de Imóveis”, ou “filiado ao Sindicato dos Corretores de Imóveis”.

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PROFISSÃO: CORRETOR DE IMÓVEIS Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

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à capacidade técnica do profissional em avaliar um imóvel em preço de mercado. Os profissionais da época sentiram a necessidade de selecionar as pessoas que desempenhariam a profissão e, para isso, criaram um projeto para admis-são de novos associados. Como não poderia deixar de ser, a maior preocupação era quanto à idoneidade moral e profissional. Fato interessante e que poderia ser copiado atualmente era a necessidade de indicação por no mínimo dois associados.

Não era qualquer pessoa que podia se filiar ao sindicato, além de ter conhecimentos práticos, precisava ser garantido por duas pessoas que já eram sindicalizadas, em uma tentativa de impedir o mau profissional de manchar a honra do agente.

Será que atualmente alguém nos indicaria ou teríamos tranquilidade em indicar, como se estivéssemos avalizando o ingresso no mercado imobiliário de uma pessoa?

No início de 1.942, a Associação de Corretores de Imóveis regulamentou a profissão, por meio de um projeto rigoroso na admissão de novos associados, visto que somente eram aceitos os profissionais que estivessem exercendo a pro-fissão efetiva e seguidamente, por no mínimo dois anos comprovadamente, além de preencherem todos os requisitos de absoluta idoneidade moral e profissional. Eram recusadas inscrições de pessoas que estivessem cumprindo penas durante o tempo de condenação, para isso, eram exigidos atestados de antece-dentes criminais e atestados político-sociais, sempre com a indicação de dois associados.

Na falta de legislação específica, os sindicatos dos corretores de São Paulo e do Rio de Janeiro elaboraram regulamentos que foram adotados por inúmeras cidades brasileiras. Por intermédio de um convênio firmado entre os sindica-tos dos Corretores de Imóveis de São Paulo e do Rio de Janeiro, no dia 10 de outubro de 1.942, os dois sindicatos passaram a adotar as mesmas medidas de interesse para classe e para o aperfeiçoamento das transações imobiliárias no Brasil. Muitos dos documentos firmados nesse convênio, estabelecendo usos e costumes, constituíam na época uma verdadeira legislação adotada também por inúmeras cidades brasileiras.

O regulamento estabelecia que a obrigação do Corretor iria até o ajuste das partes interessadas, quando somente então lhe seria devida a remuneração

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21 História da Legalização Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

conveniada. Esta remuneração deveria ser mantida se, antes de esgotado o prazo da autorização concedida ao Corretor, o cliente revogasse ou desistisse da tran-sação, ou mesmo se ele dispensasse os serviços ou embaraçasse a atuação do corretor. A remuneração deveria ser paga pelo vendedor no ato do recebimento do sinal ou princípio de pagamento ou no ato da assinatura da promessa de venda. O regulamento estabelecia o que deveria ser feito em cada caso em que a venda se realizasse, seja por meio de empréstimo, financiamento ou outro. O sinal deveria corresponder entre 10% e 20% do preço ajustado na transação.

Muitas das normas que seguimos hoje, já eram praticadas na década de 40. No registro do COFECI (BRASIL, 2010, online), consta o DECÁLOGO DO CORRETOR, que descreve como deveria ser a conduta do corretor perante clientes, colegas de profissão e com os próprios sindicatos. Era um verdadeiro código de ética:

1. O Corretor vive o valor e seriedade de sua palavra, de sua ação e de seu espírito de iniciativa.

2. É o espírito de cooperação, e nunca o de competição ou concor-rência, que deve presidir as relações entre os Corretores. Não há necessidade de perturbar o negócio entregue a outro Corretor, pois todo dia fica sempre aberta a porta da colaboração.

3. Não deve o Corretor aceitar a incumbência de venda ou de compra de um imóvel que seja entregue a outro, cumprindo-lhe, portanto, indagar sempre do cliente a respeito.

4. Nenhum Corretor deve oferecer um imóvel sem estar devidamen-te autorizado pelo cliendevidamen-te ou por outro Corretor autorizado. 5. Não cabe ao Corretor o direito de prender em suas mãos um

negó-cio, se não tiver a probabilidade de realizá-lo.

6. Ao oferecer um negócio, cabe ao Corretor apresentar dados rigo-rosamente certos, nunca omitindo detalhes que o depreciem. 7. Diante de cliente e estranhos, nunca deve o Corretor atacar, mas

ao contrário, defender e justificar seus colegas. Só com esse âni-mo conseguirá elevar o nível da classe, com proveito geral para si próprio.

8. As queixas devem ser levadas por escrito ao conhecimento do Sin-dicato, e nunca expostas ao público. O desprestígio de um Corre-tor reflete o conceito de todos os seus colegas.

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PROFISSÃO: CORRETOR DE IMÓVEIS Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

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9. Da camaradagem, respeito e amizade entre os Corretores resultará inevitavelmente a elevação moral da classe e um campo mais vasto de negócios e oportunidades para todos.

10. O Corretor deve colocar estes preceitos da ética profissional acima de seus interesses materiais, respeitando-os incondicionalmente.

Mesmo contando com normas de conduta para os profissionais, nossa profissão ainda não era reconhecida legalmente. Essa conquista foi fruto do trabalho de muitos profissionais que dedicaram anos de suas vidas, entre emendas, idas, vin-das e inúmeras visitas ao Congresso Nacional, porém, dois personagens merecem destaque, reconhecimento e gratidão de todos os corretores de imóveis do Brasil: Ulysses Guimarães e Arnaldo Prieto

Representando toda categoria, em 26 de setembro de 1951, Ulysses Guimarães apresentou à Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 1.185. O empenho foi tanto que no dia seguinte o projeto já estava nas mãos das comissões de Constituição e Justiça de Legislação Social e de Finanças, sendo publicado em seguida no Diário Oficial.

Em 7 de agosto de 1962, o projeto é encaminhado à presidência da República por meio do ofício n.º 1265, tendo chegado às mãos do então Presidente João Goulart, em 23 de agosto de 1962. O Sindicato dos Advogados da Guanabara pressionou até que o projeto fosse encaminhado para arquivamento. Graças à intervenção do Deputado Adílio Martins Viana, o projeto foi devolvido ao Senado para não ser vetado e foi transformado na Lei nº 4.116/62 e publicada no Diário Oficial da União n.º 161, de 27 de agosto de 1962, sendo assinada por Auro Moura Andrade.

Já na forma de lei e devidamente assinada, finalmente, estava regulamen-tada a profissão do Corretor de Imóveis.

Tendo sido feita a publicação no dia 27 de agosto de 1962, esta data ficou marcada em comemoração ao DIA DO CORRETOR DE IMÓVEIS. Três anos depois, a imprensa foi informada de que os corretores teriam um curso básico profissional indispensável para a obtenção de credenciais de sindicalização.

Nas comemorações do dia 27 de agosto de 1965, o Sr. Rubens Coelho, Secretário Geral da 7ª Diretoria do Sindicato dos Corretores de Imóveis do

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Sr . R ub en s C oe lh o 23 História da Legalização Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

Estado de São Paulo, fez publicar uma mensagem que traduz o espírito de nossa profissão que dizia:

Corretor de Imóveis [...] sempre o primeiro a chegar e a descobrir as possibilidades ocultas de uma região; dotado de uma segunda nature-za, sabe para que lado caminha o progresso, e adiantando-se a ele, é o primeiro a transformar matas em cidades, e cidades em metrópoles, é o mago que transmuda esperanças em realidade, proporcionando um teto ao pobre e ao rico uma satisfação (BRASIL, 2010b, online).

Fonte: Brasil (2010c, online)

http://www.cofeci.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=100%3Apersonagens-de-destaque-decada-de-60&catid=50&Itemid=89

Rubens Coelho foi figura muito importante para o mercado imobiliário de São Paulo, lançou mais de duzentos edifícios na capital, sendo o maior destaque o Edifício Itália, um dos cartões postais da cidade, situado ao lado do Copan com 1.143 apartamentos, lojas e garagens. O empreendimento inteiro foi vendido pela empresa de Rubens Coelho em menos de um mês. Performance como essa é invejada até hoje por todos os profissionais da área.

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hoje. Personagens de nossa história deixam claro que pessoas com ATITUDE ajudaram a escrever capítulos importantes para regulamentar a profissão e garan-tir DIREITOS e DEVERES.

A história se faz dia após dia e agora os personagens somos nós. Cabe a cada profissional corretor de imóveis atuar no cenário imobiliário desempenhando seu papel com responsabilidade e ética, honrando todos aqueles que saíram de cena por já terem cumprido sua missão.

COFECI - CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE

IMÓVEIS

O COFECI - Conselho Federal de Corretores de Imóveis é o órgão de disciplina e fiscalização do exercício da profissão de Corretor de Imóveis, constituído em

O Edifício Itália foi inaugurado em 1965. Naquela época, era o prédio mais alto da América do Sul, medindo 150 metros a partir do nível da rua, tinha uma das estruturas mais altas do mundo em concreto armado. A obra teve o projeto assinado pelo arquiteto Franz Heep e foi construída pela Constru-tora R. Cecchi & Cia. Ltda., de propriedade do Sr. Rubens Coelho. Pela impo-nência e importância da obra, a representatividade que teve como secre-tário na Diretoria do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo teve tanta importância. Além de atuar significativamente em prol da categoria, foi profissional muito bem-sucedido e visionário.

Em 1967, no alto da construção, nos andares 41º e 42º, foi inaugurado o famoso Restaurante Terraço Itália, que permitia aos visitantes uma vista exu-berante de 180º da cidade. Atualmente a edificação é protegida pelo Con-selho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat). 

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autarquia, dotado de personalidade jurídica de direito público, vinculado ao Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa, operacional e financeira. O Conselho Federal de Corretores de Imóveis tem por finalidade orientar, supervisionar e disciplinar o exercício da profissão de Corretor de Imóveis em todo o território nacional.

MISSÃO: supervisionar a ética dos Corretores de Imóveis em todo o terri-tório nacional, cabendo-nos zelar e trabalhar pelo bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente, visando à defesa da sociedade.

VISÃO: buscar aprimoramento contínuo e inovando sempre. VALORES: ética, transparência, efetividade e competência.

O Conselho Federal tem sede e foro na Capital da República e jurisdição em todo o território nacional.

O Sistema COFECI-CRECI é composto por um Conselho Federal e 26 Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis em todo o Brasil.

Os CRECIs normatizam e fiscalizam uma profissão de grande relevância para o desenvolvimento da nação. Congrega com base na lei 6.530, de 12 de maio de 1978, cerca de 280 mil profissionais e 40 mil empresas de intermediação de negócios imobiliários, proporcionando uma movimentação nesse mercado, que viabiliza a cadeia produtiva da construção civil, a qual representa cerca de 18% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, além de representar a profissão que proporciona mediante seu trabalho a realização do sonho maior de cada brasi-leiro: o sonho da casa própria. Estas dados datam de 2010.

As informações foram colhidas no site do COFECI: <www.cofeci.gov.br>. Acesse o endereço para que você saiba tudo sobre a profissão que escolheu, o que significa o COFECI, o que é o CRECI, os SINDICATOS e, dessa forma, possa instruir a sociedade e eventuais colegas que ainda não sabem. Procu-re sempProcu-re apProcu-render e buscar informações do nosso inteProcu-resse, assim como o site do CRECI da sua região e mantenha-se informado.

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CRECI - CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE

IMÓVEIS

Os CRECIs - Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis têm por finalidade fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição, sob supervisão do Conselho Federal, o COFECI.

Os Conselhos Regionais terão sede e foro na Capital do Estado, ou de um dos Estados ou Territórios, a critério do Conselho Federal.

Compete ao Conselho Regional:

I - eleger sua Diretoria;

II - aprovar seu Regimento, de acordo com o Regimento padrão ela-borado pelo Conselho Federal;

III - fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição; IV - cumprir e fazer cumprir as Resoluções do Conselho Federal; V - arrecadar anuidades, multas e emolumentos e adotar todas as medidas destinadas à efetivação da sua receita e a do Conselho Federal; VI - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua Diretoria, bem como a previsão orçamentária para o exercício seguinte, subme-tendo essa matéria à consideração do Conselho Federal;

VII - propor a criação de Sub-regiões, em divisões territoriais que te-nham um número mínimo de Corretores de Imóveis, fixado pelo Con-selho Federal;

VIII - homologar, obedecidas às peculiaridades locais, tabelas de

preços de serviços de corretagem para uso dos inscritos, elaboradas e

aprovadas pelos Sindicatos respectivos;

IX - decidir sobre os pedidos de inscrição de Corretores de Imóveis e de pessoas jurídicas;

X - organizar e manter o registro profissional das pessoas físicas e jurí-dicas inscritas;

XI - expedir Carteiras de Identidade Profissional e Certificados de

Inscrição;

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XIII - baixar Resoluções, no âmbito de sua competência;

XIV - representar em juízo ou fora dele, na área de sua jurisdição, os legítimos interesses da categoria profissional;

XV - eleger, dentre seus membros, representantes, efetivos e suplentes, que comporão o Conselho Federal;

XVI - promover, perante o juízo competente, a cobrança das impor-tâncias correspondentes a anuidade, multas e emolumentos, esgotados os meios de cobrança amigável (BRASIL, 1978, grifos da autora).

Grifei algumas atribuições dos CRECIs para destacar que cabe a esse conselho fiscalizar, aplicar multas, homologar nossos honorários, expedir nossas Carteiras de Identidade Profissional, dentre outras.

COMO ME TORNAR UM CORRETOR DE IMÓVEIS?

De acordo com a RESOLUÇÃO-COFECI nº 327/92, o exercício da atividade de intermediação imobiliária, inclusive o de atos privativos da profissão de Corretor de Imóveis, somente é permitido às pessoas físicas e jurídicas detentoras de ins-crição nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis e que satisfaçam as condições para o exercício profissional.

É assegurada a inscrição aos Técnicos em Transações Imobiliárias forma-dos por estabelecimentos de ensino reconheciforma-dos pelos órgãos educacionais competentes.

Equipara-se ao título de Técnico em Transações Imobiliárias, para fins de ins-crição nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis, os Diplomas conferidos a concluintes de Cursos de Graduação de Bacharel em Ciências Imobiliárias e de Cursos Superiores Sequenciais de Ciências Imobiliárias ou de Gestão de negócios Imobiliários, expedidos em consonância com o que determinam o Decreto nº 2.208, de 17 de abril de 1997, e a Portaria – MEC nº 612, de 12 de abril de 1999, por Instituições de Ensino Superior devidamente autorizadas e reconhecidas pelas autoridades educacionais competentes. Veja abaixo a RESOLUÇÃO-COFECI nº

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327/92 (BRASIL, 1992, online): RESOLUÇÃO-COFECI N.º 327/92

Revê, consolida e estabelece normas para inscrição de pessoas físicas e jurídicas nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis.

“Ad referendum”

O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS-COFECI, no uso das atribuições que lhe são conferidas pe-los artigos 4º e 16, XVI e XVII, da Lei N.º 6.530, de 12 de maio de 1978 e artigo 10, III, do Decreto N.º 81.871, de 29 de junho de 1978, CONSIDERANDO que para atender ao seu objetivo institucional de disciplinar o exercício da profissão de Corretor de Imóveis, cabe adotar as medidas necessárias ao funcionamento regular e eficiente dos Con-selhos Regionais;

CONSIDERANDO que a inscrição de pessoas físicas e jurídicas nos Conselhos Regionais constitui condição essencial para o exercício da profissão do Corretor de Imóveis;

R E S O L V E:

CAPÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA INSCRIÇÃO

Art. 1º - Constituem atos privativos da profissão de Corretor de Imó-veis os de intermediação nas transações em geral sobre imóImó-veis, in-clusive, na compra e venda, promessa de venda, cessão, promessa de cessão, permuta, incorporação, loteamento e locação.

Art. 2º - O exercício da atividade de intermediação imobiliária, inclu-sive o de atos privativos da profissão de Corretor de Imóveis, somente é permitido às pessoas físicas e jurídicas detentoras de inscrição nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis e que satisfaçam as con-dições para o exercício profissional.

Art. 3º - Atendidos os requisitos legais e regulamentares, é assegurada a inscrição:

I - aos técnicos em Transações Imobiliárias, formados por estabeleci-mentos de ensino reconhecidos pelos órgãos educacionais competen-tes;

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II - às pessoas jurídicas legalmente constituídas para os objetivos de intermediação imobiliária, inclusive para os fins previstos no artigo 1º desta Resolução.

Parágrafo Único - As empresas colonizadoras que loteiam, constroem e incorporam imóveis, nos termos dos artigos 3º e seu parágrafo único, 4º e 6º e seu parágrafo único da Lei N.º 6.530/78, estão obrigadas a se inscreverem nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis, na forma desta Resolução.

Art. 4º - A inscrição no Conselho Regional de Corretores de Imóveis será:

I - originária ou principal; II - secundária ou suplementar.

Art. 5º - Inscrição originária ou principal é aquela feita no CRECI da Região onde o Corretor de Imóveis tenha o seu domicílio e exerça a sua atividade permanente ou esteja sediada a matriz da pessoa jurídica. § 1º - Se o Corretor de Imóveis tiver mais de um domicílio, apenas no Conselho Regional de um deles poderá possuir a inscrição principal. § 2º - A inscrição principal faculta o exercício permanente da inter-mediação imobiliária da pessoa física ou jurídica na Região do CRECI onde estiver inscrita e o exercício eventual em qualquer parte do Ter-ritório Nacional.

§ 3º - O exercício eventual da intermediação imobiliária em região distinta da principal será permitido mediante comunicação prévia ao CRECI da Região do exercício eventual da profissão, após o pagamento de anuidade proporcional a 120 (cento e vinte) dias e a conseqüente anotação na Carteira Profissional do interessado. A continuidade do exercício eventual por período superior a esse tempo só será possível mediante inscrição secundária nos termos desta Resolução.

§ 4º - Para o exercício eventual, a pessoa física ou jurídica comunicará ao Presidente do CRECI da Região onde irá exercer a atividade profis-sional a transação imobiliária, bem como a sua qualificação completa e o número da sua inscrição no Conselho Regional de origem.

§ 5º - O Presidente do CRECI, recebendo a comunicação, anotará, de imediato, na carteira de identidade profissional do Corretor de Imóveis ou do representante legal da pessoa jurídica, a autorização para o exer-cício eventual da intermediação imobiliária e a data do início do prazo a que se refere o § 3º deste artigo.

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Art. 6º - Inscrição secundária ou suplementar é a efetuada no Conselho Regional diverso daquele em que a pessoa física ou jurídica possuir a inscrição principal, para permitir o exercício da atividade profissional além dos limites fixados no § 3º do artigo 5°.

Parágrafo Único - É obrigatória a inscrição secundária de filial da pes-soa jurídica que exerça atividade imobiliária em Região diversa daquela em que estiver inscrita a matriz.

Art. 7º - O cancelamento da inscrição principal da pessoa física ou ju-rídica acarretará, automaticamente, a da inscrição secundária, mas a perda desta não determinará a daquela.

Parágrafo Único - Aplica-se à suspensão da inscrição o disposto neste artigo.

CAPÍTULO II

DA INSCRIÇÃO PRINCIPAL DA PESSOA FÍSICA

Art. 8° - A inscrição principal de Corretor de Imóveis se fará mediante requerimento dirigido ao Presidente do CRECI, com menção:

I - do nome do requerente por extenso e do nome profissional abrevia-do que pretende usar;

II - da nacionalidade, estado civil e filiação; III - da data e local de nascimento;

IV - da residência profissional;

V - do número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); § 1° - O requerimento que se refere este artigo será instruído com os seguintes documentos:

a) - cópia da carteira de identidade;

b) - cópia do certificado que comprove a quitação com o serviço mi-litar;

c) - cópia do título de Técnico em Transações Imobiliárias fornecido por estabelecimento de ensino reconhecido pelos órgãos educacionais competentes;

d) - cópia do título de eleitor;

e) - declaração do requerente, sob as penas da lei, de que não responde nem respondeu a inquérito criminal ou administrativo, execução civil,

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processo falimentar e que não tenha títulos protestados no último qüi-nqüênio, bem como os locais de residências no mesmo período. § 2º - A efetiva entrega da Carteira Profissional de Corretor de Imóveis, somente será feita mediante a apresentação, pelo interessado, do com-provante do pagamento da contribuição sindical obrigatória.

Art. 9º - O estrangeiro, além dos documentos enumerados no parágra-fo 1º do artigo 8º, excetuados os das alíneas b e d, deverão comprovar a permanência legal e ininterrupta no País durante o último triênio. Parágrafo Único - O documento referido na alínea c do parágrafo 1º do artigo 8º poderá ser suprido por título equivalente ou superior, devida-mente reconhecido pelo órgão educacional competente.

Art. 10 - A juntada de documentos referidos nas alíneas a, b, c e d do §1º do artigo 8º, poderá ser feita por cópia autenticada, dispensada a conferência com o documento original.

Parágrafo Único - A autenticação poderá ser feita mediante cotejo da cópia com o original, por servidor do CRECI a quem for conferida essa atribuição, caso não tenha sido efetuada, anteriormente, por tabelião. Art. 11 - O pedido de inscrição formará processo que será apreciado, previamente, por Comissão do CRECI que poderá solicitar diligência ou encaminhá-lo, se devidamente instruído, com parecer conclusivo à Diretoria.

§ 1º - Qualquer exigência da Comissão do CRECI será comunicada por ofício ao requerente, pelo Secretário, a fim de ser atendida. § 2º - O não atendimento da exigência, no prazo de 30 (trinta) dias contados da data do recebimento do ofício a que se refere o parágrafo anterior, acarretará o arquivamento do processo de inscrição, o qual somente será desarquivado mediante o cumprimento da exigência for-mulada.

Art. 12 - Com o parecer conclusivo da Comissão, o Presidente do CRE-CI encaminhará o processo de inscrição ao Plenário para decisão. Art. 13 - Qualquer pessoa poderá impugnar, documentadamente, o pedido de inscrição do requerente, objetivando o seu indeferimento. Parágrafo Único - A autoridade a que estiver submetido o processo, desde que reconheça na impugnação indícios que possam comprome-ter a concessão da inscrição, deverá baixar o processo em diligência para elucidar os fatos apontados.

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Art. 14 - Instruído o processo, inclusive se for o caso, com o esclare-cimento da impugnação a que se refere o artigo anterior, o Plenário decidirá sobre a inscrição requerida.

Art. 15 - A decisão do Plenário será transcrita no processo e comunica-da ao requerente por ofício do Secretário do CRECI.

Art. 16 - O requerente, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da data da ciência da decisão, poderá dela recorrer para o COFECI, atra-vés de petição dirigida ao Presidente do CRECI.

Art. 17 - O Presidente do CRECI poderá atribuir ao recurso, acom-panhado ou não de documentos, efeito de pedido de reconsideração, submetendo-o ao reexame do Plenário.

§ 1° - Caso não reconheça efeito de pedido de reconsideração ao re-curso, o Presidente do CRECI encaminhá-lo-á ao COFECI, para deci-são em última e definitiva instância.

§ 2° - Se o Plenário do CRECI negar provimento ao pedido de reconsi-deração remeterá o processo ao COFECI para decisão final.

Art. 18 - O julgamento do recurso no COFECI obedecerá ao disposto no seu Regimento Interno.

Art. 19 - Deferida a inscrição, originariamente ou em grau de recurso, o requerente, perante o Plenário do CRECI, no ato do recebimento da carteira de identidade profissional, prestará o compromisso de fielmen-te observar as regras a que está sujeito, atinenfielmen-tes ao exercício da profis-são de Corretor de Imóveis.

Parágrafo Único - A inscrição do Corretor de Imóveis somente será considerada completa após ter o requerente prestado o compromisso a que se refere este artigo e receber a sua carteira de identidade profissio-nal.

Art. 20 - O Conselho Regional fornecerá ao Corretor de Imóveis ins-crito carteira e cédula de identidade profissional contendo os seguintes elementos:

I - nome, por extenso, do profissional; II - filiação;

III - nacionalidade e naturalidade; IV - data do nascimento;

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VI - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição; VII - fotografia e impressão datiloscópica;

VIII - data de sua expedição e assinaturas do profissional inscrito, do Presidente e do Diretor 1° Secretário do Conselho Regional.

Parágrafo Único - O fornecimento da carteira e da cédula de identidade profissional está sujeito ao pagamento de emolumentos.

Art. 21 - O exercício da profissão de Corretor de Imóveis somente po-derá ser iniciado após o atendimento das formalidades da inscrição e do pagamento da primeira anuidade.

Parágrafo Único - O pagamento da primeira anuidade, a ser recolhido concomitantemente com os emolumentos referentes à expedição da carteira de identidade profissional, será proporcional ao período não vencido do exercício.

Art. 22 - Expedida a carteira de identidade profissional, o portador de-verá, dentro de 60 (sessenta) dias, satisfazer a legislação fiscal e previ-denciária para estabelecer-se, sob pena de cancelamento automático da inscrição e de apreensão da citada carteira.

Art. 23 - Se a carteira de identidade profissional for extraviada, danifi-cada ou se tornar imprestável para o fim a que se destina, o Conselho Regional expedirá segunda via, com essa designação expressa, median-te o pagamento dos emolumentos devidos.

CAPÍTULO III

DA INSCRIÇÃO PRINCIPAL DA PESSOA JURÍDICA

Art. 24 - A inscrição principal da pessoa jurídica se fará mediante re-querimento dirigido ao Presidente do CRECI, com menção:

I - do nome ou razão social do requerente, bem como o seu nome de fantasia ou marca de serviço, se possuir;

II - endereço completo da matriz e, se houver, de suas filiais;

III - do número de inscrição da requerente no INSS, ISS, CGC e a do registro na Junta Comercial (livro, folha e data) ou do Cartório do Re-gistro de Pessoas Jurídicas (livro, folha e data).

IV - da qualificação completa do seu sócio-gerente ou diretor (nome, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrição no CPF, no CRECI e o número, órgão e data da expedição, do documento de identidade).

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Parágrafo Único - O requerimento citado neste artigo deverá ser firma-do pelo sócio-gerente ou diretor da pessoa jurídica requerente, Corre-tor de Imóveis inscrito e quite com suas obrigações financeiras perante o Conselho Regional.

Art. 25 - Com o requerimento a que alude o artigo anterior deverão ser anexados:

a) - cópia do ato constitutivo da pessoa jurídica;

b) - declaração, sob as penas da lei, firmada pelo sócio-gerente ou dire-tor, de que a requerente não responde nem respondeu à execução civil ou a processo falimentar e que não tem títulos protestados no último qüinqüênio.

Art. 26 - Aplica-se ao processo de inscrição da pessoa jurídica, no que couber, o disposto nos artigos 10 a 18.

Art. 27 - Deferida a inscrição, originariamente ou em grau de recurso, o Conselho Regional fornecerá à requerente certificado de inscrição, contendo:

I - nome ou razão social da pessoa jurídica; II - número da inscrição precedido da letra “J”; III - data da inscrição;

IV - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição; V - nome do sócio-gerente ou diretor da pessoa jurídica, inscrito como Corretor de Imóveis e o número de sua inscrição no CRECI da Região; VI - assinatura do responsável pela pessoa jurídica, do Presidente e do Diretor 1° Secretário do Conselho Regional.

Parágrafo Único - O fornecimento do certificado de inscrição está su-jeito ao pagamento de emolumentos.

Art. 28 - O exercício da atividade de intermediação imobiliária pela pessoa jurídica somente poderá ser iniciado após o atendimento das formalidades da inscrição e do pagamento da primeira anuidade. Parágrafo Único - O pagamento da primeira anuidade, a ser recolhido concomitantemente com os emolumentos referentes à expedição do certificado de inscrição, será proporcional ao período não vencido do exercício.

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Conselho Regional expedirá a segunda via, com essa designação ex-pressa, mediante o pagamento dos emolumentos devidos.

CAPÍTULO IV

DA INSCRIÇÃO SECUNDÁRIA

Art. 30 - A inscrição secundária será requerida perante o Conselho Re-gional onde a pessoa física ou jurídica possuir a inscrição principal com a indicação da Região e da localidade em que pretender se estabelecer. Art. 31 - O Conselho Regional onde a pessoa física ou jurídica possuir a inscrição principal fornecerá à requerente certidão ou cópia dos reque-rimentos e documentos a que se referem, respectivamente, os artigos 8º e 9º e 24 e 25, bem como cópia da sua folha de inscrição, com todas as anotações e de certidão de quitação das obrigações financeiras, acom-panhados de ofício dirigido ao Presidente do Conselho da Região onde a requerente pretender a inscrição secundária.

Art. 32 - Aplicar-se-á ao processamento da decisão do pedido de ins-crição secundária no Conselho Regional onde a requerente pretender exercer a atividade da intermediação imobiliária, no que couber, o dis-posto nos artigos 10 a 18.

Art. 33 - Deferido o requerimento, o Conselho Regional promoverá a anotação do número da inscrição secundária seguida da letra “S” na carteira de identidade profissional da pessoa física ou no certificado de inscrição da pessoa jurídica.

Art. 34 - O exercício da atividade da intermediação imobiliária na Re-gião da inscrição secundária somente poderá ser iniciado após a anota-ção a que se refere o artigo anterior e o pagamento da primeira anuida-de, que será proporcional ao período não vencido do exercício.

CAPÍTULO V

DAS OBRIGAÇÕES VINCULADAS À INSCRIÇÃO

Art. 35 - A anuidade será paga até o último dia útil do trimestre de cada ano, salvo a primeira que será devida no ato da inscrição.

Parágrafo Único - O valor das anuidades da inscrição principal e se-cundária, bem como a forma de sua cobrança, será estabelecido por Resolução do COFECI.

Art. 36 - A pessoa física deverá comunicar ao CRECI em que possuir inscrição principal ou secundária qualquer alteração em seus dados ca-dastrais aludidos no artigo 8º, no prazo de 30 (trinta) dias contados da

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ocorrência da modificação.

Art. 37 - O Corretor de Imóveis que deixar de ser responsável por pes-soa jurídica deverá comunicar o fato ao CRECI, no prazo de 15 (quin-ze) dias contados da data da desvinculação.

Art. 38 - A pessoa jurídica deverá comunicar ao CRECI em que possuir inscrição principal:

I - no prazo de 30 (trinta) dias:

a) a substituição do Corretor de Imóveis, sócio-gerente ou diretor; b) a alteração de seus dados cadastrais a que alude o artigo 24.

II - no prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer alteração contratual que vier a sofrer.

Art. 39 - As pessoas jurídicas que instalarem filiais, com capital desta-cado do capital social da matriz, na mesma região do CRECI em que estiver inscrita, deverão providenciar, no prazo de 15 (quinze) dias do arquivamento do ato constitutivo da filial, a averbação da mesma junto ao CRECI, instruindo o requerimento com:

a) cópia do ato constitutivo da filial;

b) comprovante do recolhimento da contribuição sindical;

c) prova de que a filial se encontra sob responsabilidade de sócio-ge-rente ou diretor, Corretor de Imóveis;

d) comprovante do recolhimento da taxa de averbação correspondente a 20% (vinte por cento) da taxa de inscrição da matriz.

Art. 40 - O não atendimento das obrigações previstas neste Capítulo nos prazos fixados sujeitará a pessoa física ou jurídica infratora a pro-cesso disciplinar, por infringência do artigo 20, VIII, da Lei N.º 6.530, de 12 de maio de 1978.

CAPÍTULO VI

DA TRANSFERÊNCIA E DA TRANSFORMAÇÃO DA INSCRI-ÇÃO

Art. 41 - A pessoa física ou jurídica, mediante requerimento dirigido ao Presidente do CRECI em que possuir inscrição principal, poderá transferi-la para outro Conselho Regional, desde que se encontre quite com o pagamento de anuidades, multas e emolumentos devidos e não esteja respondendo a processo disciplinar.

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Como me Tornar um Corretor de Imóveis?

Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

§ 1º - Instruído o processo no órgão original deverá ser emitida certi-dão a ser apresentada, ou encaminhada ao CRECI para onde preten-de o interessado se transferir, a qual conterá o seu nome, número preten-de inscrição, filiação, naturalidade, data de nascimento, CPF, declaração de quitação de anuidade, bem como qualquer anotação de elogio ou penalidade porventura existente em sua ficha.

§ 2º - Aplica-se ao processo de transferência de inscrição principal, no que couber, o disposto nos artigos 10 a 18.

§ 3º - Deferida a transferência da inscrição, será fornecida ao requeren-te, conforme o caso, nova carteira e cédula de identidade profissional ou certificado de inscrição, desde que pagos os emolumentos devidos e restituídos, no ato, os documentos acima mencionados expedidos pelo CRECI de origem.

§ 4º - O Presidente do CRECI para onde for transferida a inscrição principal do requerente comunicará, por ofício, ao CRECI de origem a efetivação da transferência, acompanhado da carteira e cédula de iden-tidade profissional ou do certificado de inscrição, para serem inutili-zados nesse Órgão e tomadas as demais providências, objetivando a desvinculação da pessoa física ou jurídica.

§ 5º - A inscrição principal no CRECI de origem será considerada can-celada, na data da efetivação da transferência.

Art. 42 - A pessoa física ou jurídica, mediante requerimento dirigido ao Presidente do CRECI em que possuir a inscrição secundária, po-derá transformá-la em principal, desde que se encontre quite com o pagamento das anuidades, multas e emolumentos devidos e não esteja respondendo a processo disciplinar em ambos os Conselhos Regionais. § 1º - O requerente instruirá o pedido de transferência com certidão fornecida pelo CRECI de origem atestando a quitação quanto ao pa-gamento de anuidades, multas e emolumentos e que não responde a processo disciplinar.

§ 2º - O requerimento, anexado ao processo de inscrição secundária, será decidido pelo Plenário do Conselho Regional.

§ 3º - Aplica-se ao processo de transferência de inscrição secundária em principal o disposto nos §§ 2º a 5º do artigo 41.

CAPÍTULO VII

DA SUSPENSÃO E DO CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO

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PROFISSÃO: CORRETOR DE IMÓVEIS Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

I

suspensos a critério do Plenário do Conselho Regional:

I - a pedido da pessoa física, no caso de doença grave ou exercício de mandato, cargo ou função públicos incompatíveis com a atividade pro-fissional, por período determinado;

II - “ex-officio”, no caso de sentença judicial em ação penal que impo-nha pena acessória da interdição de direitos ao Corretor de Imóveis; III - em decorrência da aplicação da penalidade do artigo 21, IV, da Lei N.º 6.530, de 12 de maio de 1978, à pessoa física ou jurídica.

§ 1° - No caso dos incisos I e II deste artigo o Corretor de Imóveis fi-cará dispensado de votar nas eleições do Conselho Regional e de pagar anuidade, no período da suspensão da inscrição.

§ 2° - No caso do inciso III deste artigo, o Corretor de Imóveis ficará impedido de votar nas eleições do Conselho Regional, mas obrigado, da mesma forma que a pessoa jurídica, ao pagamento da anuidade. Art. 44 - O Presidente do CRECI, tendo em vista a decisão do Plená-rio, determinará a anotação na carteira de identidade profissional do Corretor de Imóveis da suspensão da sua inscrição, com indicação do respectivo período de duração.

Parágrafo Único - No caso do inciso III do artigo 43, o Presidente do CRECI determinará a anotação da penalidade de suspensão da inscri-ção imposta à pessoa jurídica, na carteira de identidade profissional do sócio-gerente ou diretor por ela responsável.

Art. 45 - Se a pessoa física ou jurídica, cuja inscrição tiver sido sus-pensa, praticar ato de intermediação imobiliária responderá a processo disciplinar por infringência ao artigo 20, VIII da Lei N.º 6.530, de 12 de maio de 1978, e artigo 38, III, do Decreto N.º 81.871, de 29 de junho de 1978.

Art. 46 - A qualquer tempo o Corretor de Imóveis que tiver obtido a suspensão dos efeitos da inscrição, no caso do inciso I do artigo 43, poderá requerer a suspensão da interrupção, a fim de restabelecer o exercício de sua atividade profissional.

Parágrafo Único - O Presidente do CRECI determinará a anotação da interrupção da suspensão na carteira de identidade profissional do re-querente.

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Como me Tornar um Corretor de Imóveis?

Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

ser determinado a critério do Plenário do Regional:

I - a pedido da pessoa física ou jurídica, juntando ao requerimento, respectivamente, carteira e cédula de identidade profissional ou certi-ficado de inscrição;

II - “ex-officio”, no caso de morte da pessoa física ou extinção da pessoa jurídica;

III - em decorrência de aplicação da penalidade do artigo 21, V, da Lei N.º 6.530, de 12 de maio de 1978, à pessoa física ou jurídica.

§ 1° - No caso do inciso I, o Conselho Regional, para conceder o can-celamento, verificará se a pessoa física ou jurídica está quite com anui-dades e multas que lhe tenham sido aplicadas e com a contribuição sindical obrigatória e, no caso específico de pessoa jurídica, se foi su-primido de seu contrato social o objetivo de intermediação imobiliária, inclusive os atos referidos no artigo 1º desta Resolução.

§ 2° - A pessoa física ou jurídica que tiver sua inscrição cancelada a pedido, poderá se reinscrever no Conselho Regional desde que atenda as exigências da época do novo pedido.

§ 3º - A pessoa física ou jurídica que tiver sua inscrição cancelada em decorrência de falta de pagamento de anuidade, emolumentos ou mul-tas, terá restaurada a inscrição automaticamente, desde que satisfaça o débito devidamente corrigido.

Art. 48 - No caso de cancelamento da inscrição principal, o Conselho Regional deverá recolher a carteira e cédula de identidade profissional do Corretor de Imóveis ou o Certificado de Inscrição da pessoa jurí-dica.

Parágrafo Único - Não ocorrendo entrega espontânea dos documentos, o Conselho Regional deverá requerer a sua busca e apreensão.

Art. 49 - O Presidente do Conselho Regional onde a pessoa física ou jurídica tiver inscrição secundária anotará na carteira de identidade profissional ou no certificado o cancelamento da referida inscrição, co-municando esse fato ao CRECI de origem.

CAPÍTULO VIII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 50 - Os Conselhos Regionais manterão atualizado o Cadastro de pessoas físicas ou jurídicas que possuam ou tenham possuído

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inscri-PROFISSÃO: CORRETOR DE IMÓVEIS Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998.

I

ção principal ou secundária, anotando todos os atos a que alude esta Resolução.

Art. 51 - O número de inscrição, principal ou secundária, identificador da pessoa física ou jurídica, é imutável e será concedido em ordem cro-nológica a cada inscrição.

§ 1º - No caso de cancelamento da inscrição, pelas hipóteses do artigo 47, o número que a identifica não poderá ser atribuído a outra pessoa física ou jurídica.

§ 2º - À pessoa física ou jurídica que tiver sua inscrição principal ou secundária cancelada a pedido ou por falta de pagamento de anuidades e voltar a se inscrever no mesmo Conselho Regional será atribuído o mesmo número de inscrição.

Art. 52 - Aplicam-se as disposições desta Resolução aos processos ori-ginados dos pedidos de inscrição em tramitação.

Art. 53 - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, revogadas as Resoluções-COFECI nºs 148/82, 160/83, 165/83, 235/88 e 251/89.

Brasília-DF, 25 de junho de 1992 WALDYR FRANCISCO LUCIANO Presidente

RUBEM RIBAS Diretor 1º Secretário

Homologada em Sessão Plenária de 07/08/92

CORRETOR X GESTOR

Afinal, qual é a diferença entre um corretor de imóveis que se inscreve no CRECI com um certificado de conclusão de Curso Técnico em Transações Imobiliárias - TTI e outro com o certificado de Curso Superior de Gestão de Negócios Imobiliários?

Referências

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