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REN Rede Eléctrica Nacional, SA

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REN – Rede Eléctrica Nacional, SA

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO E

INVESTIMENTO DA

REDE NACIONAL DE TRANSPORTE DE

ELECTRICIDADE (PDIRT) 2009 – 2014 (2019)

RELATÓRIO DE FACTORES CRÍTICOS

PARA A DECISÃO

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Ficha Técnica

Coordenação:

Maria do Rosário Partidário (Instituto Superior Técnico) Equipa de Projecto:

Instituto Superior Técnico

Bernardo Augusto (Apoio à Coordenação) Nuno Nabo (Energia e Apoio à Coordenação) Mário Marques (Energia e Apoio à Coordenação)

WS Atkins Portugal, Lda.

Isabel Castel - Branco (Ordenamento do Território) Ana Luísa Ferreira

Marlene Francisco

Mãe de Água, Lda.

Rui Rufino (Fauna) Carlos Pacheco (Fauna)

E-Value, Lda.

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Índice

Resumo Executivo ... 6

1. Introdução ... 8

2. Objectivos e metodologia da AAE ... 9

3. Apresentação do objecto de avaliação – questões estratégicas do PDIRT 2009 – 2014 (2019) ... 12

4. Quadro de Referência Estratégico para AAE ... 16

5. Factores Ambientais ... 17

6. Factores Críticos para Decisão ... 18

6.1 Factor Crítico para Decisão: Fauna ... 19

6.1.1 Objectivo do FCD ... 19

6.1.2 Critérios e indicadores para o FCD ... 19

6.1.3 Fontes de informação e técnicas para análise e avaliação do FCD Fauna 21 6.2 Factor Crítico para Decisão: Ordenamento do Território ... 21

6.2.1 Objectivos do FCD Ordenamento do Território ... 21

6.2.2 Critérios e indicadores para o FCD Ordenamento do Território .. 22

6.2.3 Fontes de informação e técnicas para análise e avaliação do FCD Ordenamento do Território ... 24

6.3 Factor Crítico para Decisão: Energia ... 26

6.3.1 Objectivos do FCD Energia... 26

6.3.2 Critérios e indicadores para o FCD Energia ... 26

6.3.3 Fontes de informação e técnicas para análise e avaliação do FCD Energia 27

6.4 Síntese dos Factores Críticos de Decisão ... 28

7 Envolvimento Público e Institucional ... 29

Bibliografia... 30

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Índice de Quadros

Quadro 1 - Cronograma de Realização da AAE do PDIRT 2009 – 2014 (2019) ... 11 Quadro 2 - Questões Estratégicas do PDIRT 2009 - 2014 ... 14 Quadro 3 - Questões ambientais estabelecidas no Decreto – Lei nº 232/2007 de 15 de Junho e sua interpretação para efeito da AAE do PDIRT 2009 – 2014. ... 17 Quadro 4 - Relação dos Factores Críticos com as questões ambientais ... 18 Quadro 5 - Critérios de avaliação e indicadores relevantes para a análise do FCD Fauna ... 20 Quadro 6 - Critérios de Avaliação, Variáveis e indicadores a utilizar na análise do FCD Ordenamento do Território ... 23 Quadro 7 - Fontes de Informação a consultar na análise do FCD Ordenamento do Território ... 24 Quadro 8 - Critérios de avaliação e indicadores relevantes para a análise do FCD Energia ... 27 Quadro 9 - Síntese dos Critérios de Avaliação por Factor Crítico de Decisão . 28

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Lista de Acrónimos

AP - Áreas Protegidas

MIBEL – Mercado Ibérico de Electricidade PRE – Produtores em Regime Especial

QE – PDIRT – Questões Estratégicas do PDIRT

QRE - PDIRT – Quadro de Referência Estratégico do PDIRT RARI – Regulamento de Acesso às Redes e às Interligações REE – Rede Eléctrica Espanhola

REN – Rede Eléctrica Nacional, SA

RND – Rede Nacional de Distribuição de Electricidade RNT – Rede Nacional de Transporte de Electricidade SEN – Sistema Eléctrico Nacional

SIC - Sítio de Interesse Comunitário

UCTE - Union for the Co-ordination of Transmission of Electricity ZPE – Zona de Protecção Especial

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Resumo Executivo

O Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Transporte de Electricidade (PDIRT) encontra – se sujeito a um processo de avaliação ambiental de acordo com o Decreto – Lei nº 232/2007 de 15 de Junho uma vez que se enquadra no sector da Energia abrangido pelo referido Decreto – Lei e constitui enquadramento para a futura aprovação de projectos sujeitos a Avaliação de Impacte Ambiental, de acordo com o Decreto – Lei nº 69/2000, de 3 de Maio.

O presente documento constitui o Relatório de Factores Críticos (RFC) da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) do PDIRT para o período 2009 – 2014 (2019), plano da responsabilidade da Rede Energética Nacional (REN) de acordo com o DL 172/2006. Este relatório dá cumprimento ao estipulado no nº1 do art.5º do Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de Junho relativamente à determinação do âmbito da avaliação, bem como ao alcance e nível de pormenorização da informação a incluir no relatório ambiental.

A identificação de Factores Críticos para Decisão (FCD) tem como objectivo estabelecer o âmbito e alcance da AAE. Os FCD conferem uma estrutura de análise e avaliação para AAE e reflectem os aspectos fundamentais sobre os quais a AAE se deve debruçar. Os factores críticos considerados na AAE do PDIRT 2009 - 2014 foram os seguintes: Fauna, Ordenamento do Território e Energia.

No Quadro seguinte apresentam-se os critérios de avaliação que serão utilizados nas análises a desenvolver para cada Factor Crítico para a Decisão.

Quadro .- Síntese dos Critérios de Avaliação por Factor Crítico de Decisão Factores

Críticos de Decisão

Critérios de Avaliação

Fauna

Intersecção de Áreas Classificadas

Atravessamento de zonas críticas para as espécies de aves com estatuto de conservação desfavorável mais susceptíveis à colisão

Proximidade a abrigos de quirópteros de importância nacional Minimização dos impactes cumulativos

Ordenamento do Território

Interferência com áreas sensíveis (incluindo paisagem) ou condicionadas por protecção natural e patrimonial

Interferência com áreas de forte presença humana e de infra-estruturas actuais e potenciais

Potenciação territorial da REN (incluindo efeitos sinérgicos e evacuação de produção)

Energia

Evacuação da produção, nomeadamente a proveniente da PRE Eficiência energética (diminuição das perdas na rede);

A selecção destes factores críticos resultou da análise integrada de um conjunto diverso de elementos:

- O Quadro de Referência Estratégico, que considera outras politicas, planos e programas com os quais o PDIRT estabelece relações, bem como documentos

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de política ambiental (ver Anexo I – para a relação entre os factores críticos e o Quadro Estratégico de Referência)

- As Questões estratégicas do PDIRT

- Os factores ambientais, incluindo as que são legalmente definidas, traduzidas para a escala e âmbito do PDIRT (ver Quadro 3)

O nº 3 do artigo 5º do Decreto – Lei nº 232/2007 de 15 de Junho determina que a entidade proponente solicite parecer sobre o âmbito e alcance do plano às entidades às quais, em virtude das suas responsabilidades ambientais específicas, possam interessar os efeitos ambientais resultantes da aplicação do plano.

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1. Introdução

O presente documento constitui o Relatório de Factores Críticos (RFC) da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) do Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede Nacional de Transporte de Electricidade (PDIRT) para o período 2009 – 2014 (2019), plano da responsabilidade da Rede Energética Nacional (REN). Este relatório dá cumprimento ao estipulado no nº1 do art.5º do Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de Junho relativamente à determinação do âmbito da avaliação, bem como ao alcance e nível de pormenorização da informação a incluir no relatório ambiental.

O PDIRT encontra – se sujeito a um processo de avaliação ambiental de acordo com o Decreto – Lei nº 232/2007 de 15 de Junho uma vez que se enquadra no sector da Energia abrangido pelo referido Decreto – Lei e constitui enquadramento para a futura aprovação de projectos sujeitos a Avaliação de Impacte Ambiental, de acordo com o Decreto – Lei nº 69/2000, de 3 de Maio.

O Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede Nacional de Transporte (RNT) (PDIRT) é um documento elaborado a cada três anos pelo operador da RNT (a REN) e que, de acordo com o Decreto – Lei nº 172/06 de 23 de Agosto, corporiza e define os desenvolvimentos a efectuar por aquele operador tendo em vista garantir um funcionamento adequado do Sistema Eléctrico Nacional (SEN), em particular a ligação entre geração e consumo e a ligação da RNT com a rede de Espanha e a restante rede europeia da UCTE.

O Decreto – Lei nº 232/07 de 15 de Junho define como responsável pela AAE o proponente do plano a avaliar. Essa responsabilidade estende-se à decisão de elaborar a AAE, determinação do âmbito e alcance da AAE, consulta de entidades e do público sobre o âmbito e alcance da AAE, preparação do Relatório Ambiental e respectivas consultas públicas e institucionais e apresentação da Declaração Ambiental à Agência Portuguesa do Ambiente.

A identificação de factores críticos de decisão (FCD) tem como objectivo estabelecer o âmbito e alcance da AAE. A determinação de FCD é estabelecida a partir da definição de um quadro de referência estratégico da AAE, da determinação das questões estratégicas do PDIRT e da determinação dos factores ambientais significativos. No âmbito do estabelecimento dos FCD cabe ainda a definição das autoridades competentes e do público relevante para o envolvimento e participação no processo de AAE do PDIRT.

O presente Relatório apresenta assim os Factores Críticos de Decisão que estabelecem o âmbito da AAE, bem como o alcance e nível de pormenorização da informação a incluir no Relatório Ambiental. Destina-se nomeadamente à promoção da consulta institucional às entidades, às quais, em virtude das suas responsabilidades ambientais específicas, seja susceptível de interessar os efeitos ambientais resultantes da aplicação do PDIRT.

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2. Objectivos e metodologia da AAE

Os objectivos da AAE incluem: proceder à avaliação das oportunidades e riscos de natureza estratégica determinados pelo Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Transporte de Electricidade (PDIRT) para o período 2009 – 2014; e dar cumprimento ao estipulado no Decreto – Lei nº 232/07 de 15 de Junho.

A abordagem metodológica proposta para realizar a AAE do PDIRT 2009 – 2014 (2019) assegura o cumprimento da legislação nacional, Decreto – Lei nº 232/97 de 15 de Junho, que transpõe a Directiva 2001/42/CE sobre a avaliação de efeitos de certos planos e programas no ambiente, utilizando uma abordagem estratégica estruturada em três funções fundamentais da AAE:

1. Integração com o processo de planeamento 2. Avaliação de impactes de natureza estratégica 3. Validação da avaliação e da qualidade do plano

Para assegurar esta abordagem estratégica, a AAE deve ser simultânea e complementar à concepção do PDIRT, utilizar sempre que possível os elementos de trabalho (cenários de evolução e opções técnicas (alternativas)) que o PDIRT desenvolve, bem como os resultados obtidos no âmbito do processo de consulta de entidades e do público do PDIRT.

A fase de plano em que a AAE é iniciada é ainda uma fase relativamente precoce do PDIRT (prévia ao desenvolvimento de cenários) o que constitui uma oportunidade para influenciar o desenvolvimento deste Plano integrando contributos resultantes das análises a desenvolver em sede de AAE, bem como o resultado da avaliação.

A consulta pública e institucional e o estabelecimento de um programa de seguimento, previstos na metodologia, ir assegurar a função validação da AAE.

A metodologia de AAE adoptada distingue duas componentes de intervenção:

1. Coordenação e condução do processo de AAE, incluindo a coordenação de estudos, desenho, articulação e gestão do processo e consultas institucionais e do público

2. Realização de estudos para AAE

Na componente coordenação e processo de AAE compreendem-se actividades destinadas a assegurar a realização da AAE enquanto processo que acompanha o processo de planeamento, bem como as condições de cariz externo e técnicas de condução da AAE. Incluem-se a gestão do processo de AAE e articulação de processos, em particular no que respeita à ligação a actividades e objectivos do PDIRT (incluindo oportunidades para integração de elementos ambientais, calendários, responsabilidades), a preparação de elementos para os estudos técnicos de suporte à decisão, o acompanhamento dos processos de participação e envolvimento de entidades e agentes.

Na componente estudos para AAE consideram-se os estudos de natureza técnica que devem fundamentar os contributos de AAE. Os estudos serão realizados segundo um calendário articulado com as necessidades de informação do PDIRT e ajustável em

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função do andamento do processo do PDIRT, e enquadrados pelo processo de AAE estabelecido.

O desenvolvimento da AAE desenvolve-se em três fases fundamentais: 1- Identificação e análise de Factores Críticos de Decisão

2- Avaliação de impactes de natureza estratégica e seguimento 3- Preparação do Relatório Ambiental

Os Factores Críticos constituem os aspectos fundamentais sobre os quais a AAE se deve debruçar, dão resposta ao âmbito e alcance da AAE e resultam de uma análise integrada de um conjunto diverso de aspectos:

- Quadro de Referência Estratégico – considera outros planos e programas com os quais o PDIRT estabelece relações, bem como documentos de política ambiental (QRE – PDIRT)

- Questões estratégicas do PDIRT (QE – PDIRT)

- Questões ambientais, incluindo as que são legalmente definidas, traduzidas para a escala e âmbito do PDIRT

Os factores críticos resultantes irão estruturar a análise em AAE bem como a avaliação de impactes e são objecto de consulta com as entidades com responsabilidades ambiental definidas na legislação.

A Avaliação de Impactes de natureza estratégica resultará de uma análise dos factores críticos, e da avaliação de cenários e das alternativas técnicas desenvolvidas no PDIRT. Os cenários serão tomados como as alternativas requeridas legalmente e serão avaliados em relação aos factores críticos. A avaliação resultante permitirá elaborar directrizes ambientais para o planeamento e monitorização, que constituirão medidas de controlo.

A AAE vai portanto debruçar-se sobre os cenários e as opções técnicas, avaliando as oportunidades e os riscos de cada um para as questões ambientais e de sustentabilidade (expressas nos factores críticos), resultando daqui um conjunto de indicações que a serem consideradas no desenvolvimento do PDIRT demonstrarão a integração da AAE no processo de planeamento.

Para facilitar a avaliação são estabelecidos critérios de avaliação e indicadores para cada um dos factores críticos, que se apresentam no ponto 6 deste Relatório.

No seguimento deste processo de avaliação será preparado o Relatório Ambiental, dando cumprimento aos requisitos legais.

No Quadro 1 apresenta-se o cronograma das actividades a desenvolver no âmbito do processo de AAE do PDIRT 2009 – 2014 (2019).

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Avaliação Ambiental Estratégica do PDIRT 2009 – 2014 (2019) 11

Quadro 1 - Cronograma de Realização da AAE do PDIRT 2009 – 2014 (2019)

Processo PDIRT Início AAE Cenários e opções Simulações Consulta Pdirt-final Sub DGGE

10-15 Out 10-15 Dez 25-31 Mar 25-30 Jun Jul-

2008Coordenação e Acompanhamento -processo

Estabelecimento do processo e calendários

Análise do ciclo de processo do PDIRT e identificação de momentos críticos

Definição de conteúdos e formatos de estudos e relatórios

Coordenação de Estudos Entrega de conclusões orientativas Entrega de relatórios

Consulta de entidades Consulta de agentes e público Estabelecimento do processo de seguimento e quadro institucional Declaração Ambiental

Acompanhamento do processo

Factores Críticos para a Decisão

QRE, FA e QE do PDIRT FCD, Critérios e indicadores Relatório de FCD

Apreciação de comentários das entidades

Análise e Avaliação - Estudos

Análise de tendências e caracterização - ligação QRE Interpretação de cenários Avaliação de opções

Identificação de oportunidades e riscos

Conclusões orientativas

Justificação de oportunidades e riscos Apreciação de comentários das entidades e público Directrizes e indicadores de monitorização Programa de Seguimento Relatório ambiental Jan-15 Fev

2008 15 Fev - 25 Mar 2008 31 Mar - 25 Jun 2008

AAE – Estudos para AAE Jul-Ago

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3. Apresentação do objecto de avaliação – questões

estratégicas do PDIRT 2009 – 2014 (2019)

O Plano de Desenvolvimento e Investimento da RNT (PDIRT) é um documento elaborado a cada 3 anos pelo operador da Rede Nacional de Transporte de Electricidade (RNT), Rede Energética Nacional, SA e que, de acordo com o DL 172/06, corporiza e define os desenvolvimentos a efectuar por aquele operador tendo em vista garantir um funcionamento adequado do Sistema Eléctrico Nacional (SEN), em particular a ligação entre geração e consumo e a ligação da RNT com a rede de Espanha e a restante rede europeia da UCTE. O PDIRT define igualmente os investimentos regulados a realizar pela REN para o período até ao ano 2014 (inclusive), embora englobe também, a título indicativo, uma estimativa para os investimentos mais relevantes relacionados com a expansão da RNT para o horizonte mais alargado de 2019, em particular no que respeita a novas linhas.

No processo de elaboração do PDIRT, a REN deve observar as orientações de política energética contida nos relatórios de monitorização de segurança de abastecimento (RMSA) e os padrões de segurança para planeamento da RNT aprovados pela ERSE. Deve ter igualmente presentes as solicitações de reforço de capacidade de entrega por parte da Distribuição e os pedidos de ligação à rede para centrais por parte de promotores. Deve ainda ter presente os objectivos de capacidade de interligação com Espanha.

O PDIRT deve especificar as extensões e alterações e efectuar num horizonte de 5-6 anos (envolvendo também uma análise com um horizonte de cerca de 10 anos), ou seja, as novas linhas e subestações a efectuar, estas últimas com localizações genéricas, e ainda as alterações necessárias em linhas e subestações existente, como sejam aumentos de capacidade de linhas e novos painéis ou extensões nas subestações.

No Quadro 2 apresentam-se as questões estratégicas subjacentes à concepção do PDIRT e que resultam por um lado da obrigatoriedade de cumprimento das exigências legais de garantia de abastecimento e qualidade de serviço a que a REN está sujeita, enquanto concessionária da RNT, e por outro dos cenários de evolução de consumo existentes e das metas estabelecidas, nacional e internacionalmente, em matéria de energias renováveis e eficiência energética. Acrescenta-se que, tendo presentes as obrigações da REN a nível da sua concessão, todos os cenários que serão considerados para análise na AAE garantem o abastecimento futuro das redes de distribuição em todo o território do Continente, tendo em conta as previsões de evolução dos mesmos, pelo que, sob o ponto de vista de capacidade de abastecimento, são equivalentes.

O PDIRT conterá enunciados de princípios estratégicos de natureza ambiental ou com implicações de natureza ambiental (no que segue o actual PIR, predecessor do PDIRT), em linha com as políticas definidas na empresa no âmbito da Qualidade, Ambiente e Segurança. De facto, o ponto de partida do PDIRT para a AAE (1ª iteração) já contempla propostas no âmbito das quais é indispensável considerar aqueles princípios. Estes princípios têm assumido a forma de regras holísticas, algumas das quais constam dos Padrões de Segurança para Planeamento da RNT já citados, com diferentes graus de generalização e de escala (‘escoamento de produção de energia renovável’, ‘reaproveitamento de corredores ou traçados existentes’, ‘considerar aumento de

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capacidade (uprating ou aumento de capacidade de uma linha existente) antes de nova infra-estrutura’, ‘harmonização com condicionantes de ordenamento – segurança e saúde do público, meio biofísico, uso do solo, outras infra-estruturas’, etc.) as quais serão no âmbito da AAE enquadradas pelos factores críticos de decisão (FCD).

A AAE terá como objecto de avaliação os cenários de evolução e as opções (alternativas) técnicas do PDIRT, utilizando-se para esse efeito os FCD identificados, e os respectivos critérios de avaliação e indicadores, e que se encontram descritos no ponto 6 deste Relatório.

Serão avaliadas as oportunidades dos cenários analisados e das opções técnicas do Plano e indicados os aspectos que são potencialmente valorizadores do ambiente e promotores de processo de sustentabilidade, e aqueles que deverão ser acautelados, na concretização do PDIRT, para evitar problemas e conflitos potenciais decorrentes da implementação de acções que lhes dêem seguimento.

Por fim é importante reter que o PDIRT não é um plano que parte de uma ‘folha em branco’, mas na realidade retoma a maior parte do previsto anteriormente nos anteriores PIR, reanalisando com um novo enquadramento metodológico, mas no respeito dos compromissos públicos assumidos e validados até ao presente. Pretende-se contudo que os resultados da avaliação ambiental estratégica a dePretende-senvolver venham a ser tidos em consideração na concepção do Plano, e na discussão das suas opções. A AAE tem sobretudo o papel de facilitador deste processo através do alerta para situações de risco e de situações de oportunidade ambiental e de sustentabilidade.

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Avaliação Ambiental Estratégica do PDIRT 2009 – 2014 (2019) 14

Quadro 2 - Questões Estratégicas do PDIRT 2009 - 2014

Questões estratégicas Problemas críticos Casos mais relevantes Observações

Garantir o abastecimento dos consumos Reforço de alimentação à distribuição e a outros consumidores directamente ligados à RNT Grandes aglomerados urbanos)

• Aumento da densidade populacional;

• Crescimento industrial/serviços mais concentrado;

Algumas areas do País

• Crescimento das pontas de consumo de energia, tanto no Verão (cerca de 6%), como no Inverno (7,7%)

• Crescimento do consumo de energia acima da média

Grandes projectos • Novo Aeroporto de Lisboa

• Rede Ferroviária de Alta Velocidade

Assegurar condições adequadas para a recepção da produção

Ligação à rede de novos centros produtores, PRE e PO1 sem perda de capacidade para os existentes

Energia Renovável (Regiões montanhosas do interior e regiões do litoral, incluindo possível eólica offshore)

• Resposta à Directiva do Parlamento Europeu e do Concelho nº2001/77/CE e às novas metas estabelecidas pela Estratégia Nacional para a Energia. Prevê-se a instalação de cerca de 5700 MW, até 2012/2013, em energia eólica.

Grandes centrais térmicas Ribatejo, etc)

• Evolução do consumo de electricidade

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Avaliação Ambiental Estratégica do PDIRT 2009 – 2014 (2019) 15

Questões estratégicas Problemas críticos Casos mais relevantes Observações

Assegurar níveis adequados de capacidade de interligação (MIBEL) Reforços e melhorias intrínsecas à própria RNT Reforços internos na RNT com efeitos de aumento da capacidade de interligação e novas interligações

• MIBEL2 - O funcionamento adequado do MIBEL necessita, nos próximos anos, que a capacidade de interligação entre Portugal e Espanha ronde os 3000 MW Assegurar níveis adequados de qualidade de serviço Cumprimento dos padrões de segurança para planeamento da RNT e dos obrigações regulamentares

• Face às questões anteriores:

Cumprimento das regras tipo segurança n-1

• Garantir a existência de malhas adequadas na topologia da RNT • Mitigar o efeito de adiamentos nas datas previstas para novos

projectos

• Fazer face a situações temporárias de cumprimento limitado dos padrões

Gestão de perdas na RNT

• Adequação da eficiência da Rede de Transporte sob este ponto de vista

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4. Quadro de Referência Estratégico para AAE

De modo a analisar a relação do PDIRT com outros planos e programas pertinentes e com os objectivos de protecção ambiental estabelecidos a nível internacional, comunitário ou nacional que sejam pertinentes para o Plano, e por forma a garantir a consideração desses objectivos e todas as outras considerações ambientais na elaboração do PDIRT, foi definido o Quadro de Referência Estratégico que se apresenta no Anexo I.

Na avaliação ambiental a realizar serão referenciados os objectivos e metas agora encontrados como referenciais de avaliação estratégica. O Quadro de Referência Estratégico encontra-se organizado por Factores Críticos exactamente para facilitar a análise politica e interpretação.

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5. Factores Ambientais

As questões ambientais a considerar na AAE resultam de uma leitura interpretada dos requisitos do Decreto – Lei nº 232/2007 de 15 de Junho e que se estabelecem no Quadro 3.

Quadro 3 - Questões ambientais estabelecidas no Decreto – Lei nº 232/2007 de 15 de Junho e sua interpretação para efeito da AAE do PDIRT 2009 – 2014.

Questões ambientais na Legislação

nacional Tradução para a AAE do PDIRT

Biodiversidade Fauna

Flora Fauna e Áreas Protegidas

Paisagem

Património cultural Paisagem e Património

Factores climáticos Energia

População

Saúde humana Saúde e Populações Ruído

Bens materiais Rede Urbana, Espaços Canalestruturas e grandes

infra-Esta interpretação destina-se a ajustar os factores ambientais estabelecidos na legislação à realidade contextual, e de escala geográfica, do PDIRT. As Questões ambientais Água, Atmosfera e Solo não foram consideradas relevantes tendo em conta a não significância dos efeitos ambientais da actividade de transporte de electricidade associados a estes factores ambientais à escala a que o planeamento do PDIRT, bem como a análise e avaliação em AAE estão a ser realizados.

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6. Factores Críticos para Decisão

Os Factores Críticos para Decisão conferem a estrutura de análise e avaliação em AAE e reflectem os aspectos fundamentais sobre os quais a AAE se deve debruçar. Os factores críticos considerados na AAE do PDIRT 2009 – 2014 (2019) são os seguintes:

Fauna

Ordenamento do Território Energia

A selecção destes factores críticos resultou da análise integrada de um conjunto diverso de elementos:

- O Quadro de Referência Estratégico, que considera outras politicas, planos e programas com os quais o PDIRT estabelece relações, bem como documentos de política ambiental (ver Anexo I – para a relação entre os factores críticos e o Quadro Estratégico de Referência)

- As Questões estratégicas do PDIRT

- s factores ambientais, incluindo as que são legalmente definidas, traduzidas para a escala e âmbito do PDIRT (ver Quadro 3)

No Quadro 4 expõe-se a relação entre os factores estabelecidos para a AAE e os factores ambientais. Isto significa que, por exemplo, ao usar o factor critico Ordenamento do Território, a AAE está simultaneamente a atender a questões como a Fauna e Áreas Protegidas, a Paisagem e Património, Saúde e Populações, Ruído e Rede Urbana, Espaços Canal e grandes infra - estruturas, como um cluster de questões fundamentais que estão fortemente inter-ligadas e que se expressam como factor critico no Ordenamento do Território.

Quadro 4 - Relação dos Factores Críticos com as questões ambientais

Questões ambientais na

Legislação nacional Tradução para a AAE do PDIRT

Factores Críticos de Decisão

Biodiversidade Fauna

Flora Fauna e Áreas Protegidas

Fauna

Ordenamento do Território Paisagem

Património cultural Paisagem e Património Ordenamento do Território

Factores climáticos Energia Energia

População

Saúde humana Saúde e Populações Ruído Ordenamento do Território Bens materiais Rede Urbana, Espaços Canalgrandes infra-estruturas e Ordenamento do Território Energia

Nota: As Questões ambientais Água, Atmosfera e Solo não foram consideradas relevantes tendo em conta a não significância dos efeitos ambientais da actividade de transporte de electricidade associados a estes factores ambientais

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Factor Crítico para Decisão: Fauna

Objectivo do FCD

Avaliar as implicações de novos investimentos na expansão ou melhoria da rede de transporte de electricidade nas Áreas Classificadas e nas populações de vertebrados voadores.

Critérios e indicadores para o FCD

Critério: Intersecção de Áreas Classificadas

No interior de Áreas Classificadas (AP’s, SIC’s e ZPE’s) estão identificados valores naturais e paisagísticos de relevo, que justificaram a respectiva designação daquelas áreas. O atravessamento destas áreas implicará sempre a afectação de alguns daqueles valores, mesmo que de forma não significativa, e poderá contribuir para a introdução de factores que favorecem a fragmentação de populações animais ou uma degradação paisagística, sendo por isso de evitar.

A extensão do atravessamento será o critério base para este factor crítico de decisão.

(OK) Este critério poderá ser desenvolvido nos casos em que exista um documento de ordenamento para as Áreas Classificadas a atravessar, seja um Plano de Ordenamento ou um Plano de Gestão, que classifique o território atravessado e hierarquize o valor deste território. Esta hierarquização permitirá uma classificação dos atravessamentos tendo em atenção os valores em presença.

Indicador – a definir

Critério: Atravessamento de zonas críticas para as espécies de aves com estatuto de conservação desfavorável mais susceptíveis à colisão

As espécies mais susceptíveis à colisão com infra-estruturas de transporte de energia são hoje razoavelmente bem conhecidas. De facto, as monitorizações efectuadas até ao momento bem como os trabalhos desenvolvidos no âmbito de protocolos efectuados entre o ICN, a SPEA, a Quercus, a EDP e a REN, permitiram identificar estas espécies de forma clara. Nos trabalhos efectuados verificou-se que algumas espécies de aves com estatuto de conservação desfavorável que dependem de habitats com características de estepe, bem como algumas grandes planadoras, também com estatuto de conservação desfavorável, geralmente associadas a zonas acidentadas ou aos vales dos grandes rios, apresentam taxas de mortalidade que podem assumir importância ao nível das suas populações nacionais. Deste modo, o planeamento da rede deverá ter em consideração as áreas de distribuição e a importância dos diferentes núcleos populacionais, bem como os movimentos destas espécies, de modo a minimizar os impactes da sua instalação sobre as suas populações.

Os critérios a utilizar deverão incluir: a extensão do atravessamento de manchas de habitat favorável às espécies críticas e a distância a locais de nidificação, alimentação ou concentração, bem como a extensão da intersecção de potenciais corredores. (OK)

Indicador possível – Dimensão das populações de aves potencialmente afectadas, e mortalidade associada à instalação da infra-estrutura.

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Critério: Proximidade a abrigos de quirópteros de importância nacional

O impacte das estruturas de transporte de energia sobre as populações de quirópteros é ainda mal conhecido mas, de acordo com os especialistas deste grupo, não é de excluir que, pelo menos pontualmente e particularmente em locais onde se verificam elevadas concentrações, ele possa assumir alguma importância, pelo que se torna necessário acautelar estas situações, diminuindo os factores de risco.

O critério adequado a este factor será a distância a abrigos nacionais conhecidos. Indicador possível – Dimensão das populações de quirópteros potencialmente afectadas e mortalidade associada à instalação da infra-estrutura.

Critério: Minimização dos impactes cumulativos

A presença de múltiplas infra-estruturas de transporte de energia constitui um factor de risco adicional para diversas populações animais, particularmente de aves, pelo que se deverá tentar minimizar este efeito.

No contexto desta avaliação estratégica a minimização dos impactes cumulativos poderá ser considerada a dois níveis diferentes. Em primeiro lugar ao nível do território nacional, procurando-se aqui minimizar a fragmentação e definir corredores preferenciais, e em segundo lugar ao nível dos corredores, procurando-se minimizar o efeito de barreira.

Deste modo, serão definidos dois tipos de critérios; o primeiro, relativo ao território nacional, que poderá ser definido como a extensão de área não fragmentada por infra-estruturas da RNT e o segundo, relativo aos corredores, que definirá a distância crítica a outras estruturas de transporte, da RNT, já existentes.

Indicadores possíveis - Dimensão das populações de vertebrados voadores potencialmente afectadas

No Quadro 5 apresenta-se uma síntese dos critérios de avaliação e indicadores relevantes para a análise a efectuar para FCD Fauna.

Quadro 5 - Critérios de avaliação e indicadores relevantes para a análise do FCD Fauna Factores

Críticos de Decisão

Critérios de

Avaliação Indicadores Possíveis

Fauna

Intersecção de Áreas

Classificadas A definir Atravessamento de

zonas críticas para as espécies de aves com estatuto de

conservação desfavorável mais susceptíveis à colisão

Dimensão das populações de aves potencialmente afectadas, e mortalidade associada à instalação da infra-estrutura.

Proximidade a abrigos de quirópteros de importância nacional

Dimensão das populações de quirópteros potencialmente afectadas e mortalidade associada à instalação da infra-estrutura.

Minimização dos

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Fontes de informação e técnicas para análise e avaliação do FCD

Fauna

Para as espécies de aves nidificantes com estatuto de conservação desfavorável em Portugal e mais susceptíveis de serem afectadas pelas infra-estruturas em causa, as áreas de distribuição foram recentemente actualizadas pelo Novo Atlas das Aves Nidificantes em Portugal (ICNB/SPEA, não publicado). Foram ainda realizados diversos estudos com algumas destas espécies por diferentes entidades (ICNB, Universidades, ONG’s), sendo que, para muitas delas, se conhecem a maioria dos ninhos existentes em Portugal (por exemplo as grandes rapinas e as cegonhas), informação preciosa para este tipo de avaliação.

No caso das espécies invernantes e dos corredores migratórios, a informação é um pouco mais escassa, embora existam alguns estudos (atlas de invernantes, censos, trabalhos dirigidos e EIA’s) que fornecerão informação muito valiosa para uma boa avaliação dos factores de risco.

Será igualmente tido em consideração o trabalho já desenvolvido no âmbito do Protocolo REN/ICN, bem como o trabalho desenvolvido pela SPEA e pela Quercus para as linhas de alta e média tensão, no âmbito da parceria entre estas duas associações, o ICN e a EDP.

Relativamente a técnicas de análise, existem vários trabalhos sobre a biologia das espécies, nomeadamente das suas áreas vitais, uso de habitat, fenologia e movimentos que podem servir de base para a definição de critérios e regrasa aplicar. Toda a informação relevante será inserida num SIG (ArcView®) para permitir a

posterior análise espacial.

Factor Crítico para Decisão: Ordenamento do Território

6.2.1 Objectivos do FCD Ordenamento do Território

Avaliar o significado estratégico dos investimentos de uma rede infra -estrutural com implantação física, e da sua distribuição espacial a nível nacional e internacional – em particular nas suas ligações ao exterior – em relação às questões territoriais.

As questões territoriais são aqui entendidas em sentido lato, englobando a distribuição espacial de pessoas, actividades e infra-estruturas, mas também as componentes de paisagem, como referencial importante para a avaliação de uma rede de infra-estruturas do tipo em análise, do património, natural e construído, e das áreas classificadas, condicionadas ou protegidas, na medida em que se possam constituir como obstáculo ou potencial sujeito de risco em função do estabelecimento da rede de transporte de energia.

Estão, ainda, englobados neste Factor Critico as componentes relacionadas com o ruído e a saúde humana por se considerar que se trata de questões que, no âmbito da sua interferência com este tipo de infra-estruturas, estão associadas à presença da

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população e, como tal, a sua consideração depende precisamente da componente “espacialização” do factor ordenamento do território.

De modo muito simplificado, pode-se dizer que as questões estratégicas do PDIRT se prendem com a satisfação da procura - garantir o abastecimento dos consumos -, e da oferta – assegurar condições adequadas para a recepção de produção -, a melhoria das interligações internacionais e, subjacente a todas estas questões, a obtenção de padrões de segurança e qualidade da rede cada vez mais exigentes.

Deste modo, ao tratar-se de uma rede espacializada de infra-estruturas, as características do território atravessado consubstanciam-se como um factor essencial para a definição e avaliação de alternativas de configuração da rede mais adequadas. O objectivo da consideração deste FCD prende-se, assim, com a análise da situação actual e das tendências identificáveis no horizonte do PDIRT, no que toca às áreas condicionadas e ao ordenamento do território, à paisagem e ao património, no sentido de avaliar comparativamente os cenários alternativos de configuração da rede de transporte, na perspectiva da sua compatibilização, na minimização dos riscos decorrentes da sua implementação e das oportunidades dela decorrentes.

Os estudos a realizar no âmbito deste FCD deverão permitir a identificação, localização, análise e avaliação, em macro - escala (1:250.000), e numa perspectiva dinâmica (evolução tendencial no horizonte do PDIRT 2009-2014 (2019)), essencialmente das seguintes componentes:

• Presença humana no território – distribuição populacional, actividades relevantes, grandes infra-estruturas;

• Grandes condicionantes, servidões e restrições de uso; • Áreas sensíveis

• Valores patrimoniais, naturais, paisagísticos e culturais, com importância à escala da análise, passíveis de interferir com a rede de transporte.

O objecto último desta avaliação deverá ser o de permitir identificar, por um lado, quais os factores que se apresentam como mais problemáticos e passíveis de condicionar um determinado cenário e, por outro, aqueles cenários que melhor se adequam ou contribuem para a prossecução dos objectivos estratégicos decorrentes do QRE.

6.2.2 Critérios e indicadores para o FCD Ordenamento do Território

Os critérios e indicadores a utilizar para o tratamento deste FCD apresentam-se no

Quadro 6, sem prejuízo de outros que se venham a considerar relevantes durante o decorrer dos estudos:

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Quadro 6 - Critérios de Avaliação, Variáveis e indicadores a utilizar na análise do FCD

Ordenamento do Território

Critérios Variáveis Indicadores Possíveis

Interferência com áreas sensíveis (incluindo

paisagem) ou condicionadas por protecção natural e patrimonial

Minimização da interferência com áreas sensíveis

Áreas sensíveis, nos termos da legislação em vigor (nº por tipologia) Preservação de valores paisagísticos Zonas de características paisagísticas de relevância nacional ou regional (nº ocorrências atravessadas ou na proximidade) Minimização da interferência com elementos patrimoniais (património natural e cultural)

Elementos patrimoniais

classificados como de ''Interesse Nacional'', "Interesse Público" ou "Interesse Municipal" e as respectivas áreas de protecção e zonas especiais de protecção, desde que identificáveis à macro-escala e fora dos centros urbanos (nº de ocorrências por tipo de classificação)

Interferência com áreas de forte presença humana e de infra-estruturas actuais e potenciais

Minimização da interferência com áreas legalmente condicionadas (impeditivas ou fortemente restritivas da implementação da RNT)

Servidões e restrições ao uso do solo, figuras de ordenamento, em particular as decorrentes de instrumentos de planeamento (ocorrências, por tipo, atravessadas ou na proximidade);

Aeródromos ou outras infra-estruturas e equipamentos com serventias e áreas de protecção especial (ocorrências, por tipo, atravessadas ou na

proximidade). Minimização da interferência

com usos do solo para actividades humanas pouco compatíveis (turismo, lazer, culto), de relevância nacional ou regional

Áreas urbanas, turísticas, industriais, de uso público relevante, de equipamentos com elevado grau de sensibilidade, desde que significativos à macro-escala (ocorrências, por tipo, atravessadas ou na proximidade)

Minimização da interferência com áreas de forte presença humana

Zonas de forte concentração populacional e/ou com tendência para forte crescimento

demográfico (classes de dimensão, classes de taxas de crescimento, ocorrências relevantes atravessadas ou na proximidade)

Minimização da interferência com grandes infra-estruturas

Grandes barragens, RAVE, Novo Aeroporto de Lisboa (nº de interferências) Potenciação territorial da RNT (incluindo efeitos sinérgicos e evacuação de produção) Potenciação de efeitos sinergéticos com a actual RNT

Ocorrência de zonas com outras linhas aéreas existentes (nº de ocorrências)

Potenciação da evacuação da produção

Áreas de forte concentração de centros produtores ou com forte potencial / previsibilidade para a sua instalação (nº de

ocorrências por dimensão e tipologia)

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6.2.3 Fontes de informação e técnicas para análise e avaliação do

FCD Ordenamento do Território

A análise basear-se-á, fundamentalmente, numa compilação da informação existente, publicada ou disponibilizada por instituições públicas, e análise prospectiva à luz da evolução tendencial e do seu enquadramento nas tendências pesadas consubstanciadas nomeadamente nos instrumentos constantes do QRE.

Será produzida cartografia, à escala 1:250.000, com as grandes características do território, nestes domínios, donde resultem claras as áreas que apresentem potenciais condicionantes à implementação, total ou parcial, da rede, ou seja, uma delimitação, à macro - escala, de áreas de exclusão para a localização da rede, bem como das áreas passíveis de potenciar territorialmente a rede de transporte.

Apresenta-se, no Quadro 7, uma listagem, a título meramente indicativo, das fontes de informação a consultar, sem prejuízo de outras que se venham a revelar relevantes no decorrer do estudo:

Quadro 7 - Fontes de Informação a consultar na análise do FCD Ordenamento do Território

Temas Fontes de informação Endereços electrónicos

Características fisiográficas e paisagísticas relevantes (festos e talvegues, rede hidrográfica principal, albufeiras, lagoas e outros planos de água) Atlas do Ambiente Pesquisa documental e cartográfica Cartas Militares http://www.inag.pt http://www.igeoe.pt

Áreas Protegidas, Parques e Reservas, Sítios da Rede Natura, Zonas

Importantes para as Aves (IBA), Sítios Ramsar

Pesquisa documental junto do ICNB e entidades dele dependentes

Atlas do Ambiente Carta da Rede Natura 2000

http://www.icn.pt http://www.spea.pt/

Valores geológicos de relevância

nacional ou regional ICNB INETI Uso de Solo e Classes de Espaços

Povoações e Perímetros urbanos

Pesquisa documental, nomeadamente em publicações de entidades responsáveis pelo Ordenamento do Território – Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU), Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), Câmaras Municipais Cartas militares Atlas do Ambiente INE http://www.dgotdu.pt http://www.ccr-n.pt/ http://www.ccdrc.pt/ http://www.ccdr-lvt.pt/ http://www.ccdr-a.gov.pt/ http://www.ccdr-alg.pt/ http://www.igeoe.pt

Zonas industriais relevantes INETI – Instituto Nacional

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Temas Fontes de informação Endereços electrónicos e Inovação Direcção Geral de Geologia e Energia Direcções Regionais da Economia

Zonas de vinha de regiões demarcadas IVV - Instituto da Vinha e do Vinho

Comissões Vitivinícolas

http://www.ivv.min-agricultura.pt Servidões de instalações militares Ministério da Defesa

Nacional (Gabinete do Ministro, Gabinete do Chefe Maior da Força Aérea e Gabinete de infra-estruturas do exército/ Direcção geral de infra-estruturas) e Ministério da Administração Interna http://www.mdn.gov.pt http://www.exercito.pt http://www.mai.gov.pt Infra-estruturas aeronáuticas, rodoviárias e ferroviárias

Outros espaços canais, equipamentos ou infra-estruturas relevantes

ANA - Aeroportos de Portugal

ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações INAC – Instituto Nacional de Aviação Civil

REFER – Rede Ferroviária Nacional

RAVE - Rede Ferroviária de Alta Velocidade EP - Estradas de Portugal Entidades concessionárias da rede de auto-estradas EDP – Electricidade de Portugal http://www.ana-aeroportos.pt http://www.icp.pt http://www.inac.pt

Presença de elementos patrimoniais IGESPAR http://www.ipa.min-cultura.pt

http://www.ippar.pt http://www.monumentos.pt /

Planos de Ordenamento do Território, Ordenamento Florestal, servidões condicionantes e áreas classificadas

Pesquisa documental em entidades responsáveis pelo Ordenamento do Território: DGOTDU, CCDR, Câmaras Municipais, DGT – Direcção Geral do Turismo, entre outras

http://www.estradasdeport ugal.pt http://www.brisa.pt http://www.aenor.pt http://www.aeatlantico.pt http://www.lusoponte.pt http://www.lusoscutgp.pt http://www.lusoscutcp.pt http://www.lusoscutbla.pt http://www.norscut.com http://www.scutvias.pt http://dgturismo.pt http://www.refer.pt http://www.edp.pt http://www.rave.pt

(26)

Temas Fontes de informação Endereços electrónicos

6.3 Factor Crítico para Decisão: Energia

6.3.1 Objectivos do FCD Energia

Considerar dois aspectos fundamentais: a eficiência energética, ligada às perdas de energia no transporte de energia eléctrica e a capacidade de evacuação da produção, contribuindo assim para o alargamento ou antecipação da ligação de mais geração e do uso de energias renováveis.

Em termos estratégicos, a questão coloca-se designadamente a nível da interacção entre as opções relativas aos novos investimentos na rede de transporte e às implicações nos sistemas dela dependentes ou relacionados. Desta forma, é necessário garantir a evacuação da produção, nomeadamente a de energias renováveis, de modo a que o incentivo à sua produção não seja condicionado pela capacidade de transporte da rede. Por outro lado estrategicamente contribui-se para uma redução das emissões de gases com efeito de estufa e de poluentes através da redução do consumo de combustíveis fósseis, o que permite responder às exigências impostas pelo Protocolo de Quioto.

Outra orientação estratégica prende-se com a segurança e qualidade da rede, através de investimentos conducentes à melhoria da estrutura da mesma. Estas melhorias, entre outros benefícios, trazem vantagens directas sobre a eficiência de transporte de energia, no que respeita à redução de perdas.

6.3.2 Critérios e indicadores para o FCD Energia

Diferentes cenários de evolução da RNT, para além de garantir a criação de capacidade de recepção de produção para os valores de potências que cumprem metas nacionais no dom´nio das energias renováveis, podem possibilitar o acesso à RNT3 de valores suplementares de produção de energia descentralizada, criando

condições para algum aumento ou antecipação da contribuição das energias renováveis.

Podem também criar algumas diferenças na evolução do valor das perdas na rede as quais, embora representando uma percentagem bastante pequena no valor global das perdas no sistema eléctrico, devem ser objecto de adequada gestão.

Os critérios usados nos factores críticos para a decisão devem salvaguardar a eficácia ambiental, a eficiência económica e energética, a aceitação social e a imparcialidade. Deste modo, os critérios a utilizar devem abranger:

• A evacuação da produção, nomeadamente a dos PRE4; • A eficiência energética (diminuição das perdas na rede);

3 RNT – Rede Nacional de Transporte 4 PRE – Produtores em Regime Especial

(27)

Um indicador importante será a analogia na evolução do investimento em energia renovável, com o seu progresso na energia consumida. O índice de utilização dos equipamentos da REN, em pontos fulcrais de geração de energia renovável, deve ser outro indicador a analisar, sendo este importante na análise da capacidade de escoamento deste tipo de energia.

As perdas na rede de transporte deverão ser analisadas com os dados relativos à eficiência da RNT, de modo, a se verificar o seu comportamento e também ter em conta a componente económica envolvida, para desta forma obterem-se dados úteis para uma decisão.

No Quadro 8 apresentam-se os critérios de avaliação e indicadores relevantes a serem utilizados na análise do FCD Energia.

Quadro 8 - Critérios de avaliação e indicadores relevantes para a análise do FCD Energia Factores

Críticos de Decisão

Critérios de Avaliação Indicadores Possíveis

Energia

Evacuação da produção, nomeadamente a proveniente da PRE

Capacidades de recepção Índice de utilização dos

equipamentos em áreas fulcrais de geração de energia renovável Eficiência energética (gestãodiminuição das

perdas na rede); Previsões do valor das perdas

6.3.3 Fontes de informação e técnicas para análise e avaliação do

FCD Energia

A análise dos valores disponibilizados pela REN5, através da sua informação

estatística e relatórios diversos é de grande utilidade na apreciação dos factores críticos de decisão, designadamente, na evolução das perdas na RNT e capacidade de recepção de energia.

Os estudos realizados por outras entidades externas fornecerão informação valiosa para avaliar este FCD sobretudo, sob o ponto de vista: perdas.

Relativamente a técnicas de análise, estas incidirão na comparação com cenários de anos anteriores e de previsões de modo a se verificar a evolução na rede de transporte, sendo também indispensável a análise estatística dos indicadores anteriormente descritos.

5 REN – Rede Eléctrica Nacional

(28)

6.4 Síntese dos Factores Críticos de Decisão

A avaliação ambiental do PDIRT, designadamente no que respeita aos Cenários e opções técnicas subjacentes ao seu desenvolvimento, vai ser efectuada em relação aos FCD apresentados recorrendo a critérios de avaliação e indicadores, que se apresentam sumarizados no quadro seguinte (Quadro 9).

Quadro 9 - Síntese dos Critérios de Avaliação por Factor Crítico de Decisão Factores

Críticos de Decisão

Critérios de Avaliação

Fauna

Intersecção de Áreas Classificadas

Atravessamento de zonas críticas para as espécies de aves com estatuto de conservação desfavorável mais susceptíveis à colisão

Proximidade a abrigos de quirópteros de importância nacional Minimização dos impactes cumulativos

Ordenamento do Território

Interferência com áreas sensíveis (incluindo paisagem) ou condicionadas por protecção natural e patrimonial

Interferência com áreas de forte presença humana e de infra-estruturas actuais e potenciais

Potenciação territorial da REN (incluindo efeitos sinérgicos e evacuação de produção)

Energia

Evacuação da produção, nomeadamente a proveniente da PRE Eficiência energética (gestão das perdas na rede);

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7

Envolvimento Público e Institucional

O artigo 3º do Decreto – Lei nº 232/2007 de 15 de Junho define na seu ponto 3 que a sujeição do plano pode ser objecto de consulta pública promovida pela entidade promotora do plano às entidades às quais, em virtude das suas responsabilidades ambientais específicas, possam interessar os efeitos ambientais resultantes da aplicação do plano., as quais dispõem de 20 dias para apresentarem as suas observações.

A REN considera à partida que, pela sua natureza, o PDIRT se enquadra no âmbito de aplicação da avaliação ambiental, pelo que não procedeu à consulta referida naquela alínea do artigo 3º.

A consulta de âmbito, dirigida a entidades com responsabilidade ambiental específica, prevista no nº 3 do artigo 3º do DL 232/07, bem como ONGA’s, decorrerá durante o mês de Agosto e até 7 de Setembro de 2007.

Por outro lado, no cumprimento do nº 3 do artigo 7º do mesmo DL será realizada pela REN uma consulta institucional às entidades constantes do Anexo II a este Relatório. Esta consulta decorrerá a partir de 1 de Janeiro de 2008 e, nessa altura, será também disponibilizado o Relatório Ambiental, conforme o nº 8 do mesmo artigo 7º

A consulta pública de 1 de Janeiropermitirá dar resposta ao ponto 6 do mesmo artigo 7º, possibilitando a recolha e observações e sugestões formuladas por associações, organizações ou grupos não governamentais e pelos interessados que possam de algum modo ter interesse ou ser afectados pela aprovação do PDIRT ou pela futura aprovação de projectos por este enquadrados.

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Bibliografia

ECOMAN (2003) Estudo sobre o Sector Eléctrico e o Ambiente – Relatório Síntese, DCEA/FCT-UNL, Monte de Caparica.

European Comission, Directorate - General for Energy and Transport (2007), disponível em http://ec.europa.eu/energy/energy_policy/index_en.htm, consultado em 18/07/2007.

REN (2005) Padrões de Segurança de Planeamento da RNT, Rede Eléctrica Nacional, SA, Lisboa.

REN (2005) Plano de Investimentos da Rede Nacional de Transporte 2006 – 2011, Rede Eléctrica Nacional, SA, Lisboa.

REN (2006) Cenários de Evolução da Procura de Electricidade em Portugal Continental 2006-2030, Rede Eléctrica Nacional, SA, Lisboa.

REN (2007) Relatório de Sustentabilidade de 2006, Rede Eléctrica Nacional, SA, Lisboa.

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Avaliação Ambiental Estratégica do PDIRT 2009 – 2014 (2019) 32

Anexo I

Quadro - Principais Objectivos e Metas relevantes identificados para os Factores Críticos de Decisão considerados na AAE do PDIRT

Factores Críticos de Decisão Objectivos e Metas Quadro de Referência Estratégico

Fauna

Conservação e utilização da diversidade biológica

Partilha dos benefícios resultantes da utilização dos recursos genéticos; Investigação, identificação, monitorização e intercâmbio de informação. Educação, formação e sensibilização.

Estratégia Europeia sobre a Biodiversidade

Até 2010:

- Conservar a natureza e a biodiversidade, incluindo os elementos notáveis da geologia, geomorfologia e paleontologia.

- Promover a utilização sustentável dos recursos biológicos;

- Contribuir para a prossecução dos objectivos visados pelos processos de cooperação internacional na área da conservação da natureza, nomeadamente os definidos na Convenção sobre a Diversidade Biológica.

-Criar condições para promover a produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis, mediante a salvaguarda dos valores ambientais em presença.

Estratégia Nacional da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ENCB)6

6

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Avaliação Ambiental Estratégica do PDIRT 2009 – 2014 (2019) 33

Factores Críticos de Decisão Objectivos e Metas Quadro de Referência Estratégico

Energia

Os países desenvolvidos (Anexo I da Convenção) ficam colectivamente obrigados a reduzirem as suas emissões de gases com efeito de estufa (GEE’s) em, pelos menos, 5% relativamente aos níveis de 1990, no período de cumprimento 2008-2012.

Protocolo de Quioto

Metas para 2007 – 2013:

-Desenvolvimento Sustentável, através da mobilização de políticas económicas, sociais e ambientais, incluindo designadamente a garantia de qualidade do ambiente, através, entre outras medidas, da implementação do programa da EU para as alterações climáticas, desenvolvendo uma política europeia de energia mais sustentável, onde se inclui a continuação da promoção do uso generalizado de energias renováveis.

- Os Estados – Membros da UE estão comprometidos a satisfazer o Protocolo de Quioto até 2008 – 2012, com redução de 8% das emissões de GEE.

- Analisar a possibilidade de reduzir o consumo de energia até 2020, tendo em conta o potencial de redução estimado em 20% e conseguir que 21% do consumo de energia na UE – 25 fosse satisfeito por energias renováveis até 2010.

Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável da UE

Duplicar a quota de energia renovável ao nível do consumo nacional bruto de 6% para 12% em 2010;

Aumentar a quota de electricidade produzida a partir de fontes renováveis no consumo total de electricidade de 14% para 22% em 2010;

Aumentar a quota de Biocombustíveis no sector dos transportes para 5.75% em 2010;

Reduzir o consumo energético em 20% em 2020.

Livro Verde - Estratégia Europeia para uma Energia Sustentável, Competitiva e Segura7

Garantir:

- uma redução das emissões de GEE (Gases com Efeito de Estufa) de 20% até 2020, em relação a 1990;

- Uma meta vinculativa de 20% para as Renováveis em 2020,

Política Energética para a Europa 8

7 [COM(2006) 105]

8 European Comission, Directorate - General for Energy and Transport (2007), disponível em http://ec.europa.eu/energy/energy_policy/index_en.htm, consultado em 18/07/2007.

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Avaliação Ambiental Estratégica do PDIRT 2009 – 2014 (2019) 34

Factores Críticos de Decisão Objectivos e Metas Quadro de Referência Estratégico

- Uma meta mínima vinculativa de 10% de biocombustíveis nos combustíveis para o sector dos transportes;

-Uma redução de 20% do consumo energético em 2020, de acordo com o Plano de Acção da Eficiência Energética.

Cumprir os quantitativos de redução de emissões de GEE’s estabelecidos no Protocolo de Quioto: menos 8% relativamente aos níveis de 1990, no primeiro período de cumprimento, 2008-2012.

No que se refere ao sector do transporte de energia, consta da lista de medidas e políticas a tomar em matéria de alterações climáticas, o garantir o acesso à rede assegurando o acesso para produção de electricidade descentralizada e aumentar a contribuição das energias renováveis.

Programa Europeu para as Alterações Climáticas (ECEP) 9

Estabelece a criação de um quadro de políticas e medidas com o objectivo de intensificar o processo de obtenção de 20% de poupança potencial no consumo energético anual primário da UE para 2020.

Propõe desenvolver orientações, em cooperação com o CEER10 através do ERGEG11, sobre boas práticas regulatórias com vista à redução de perdas ao nível do transporte e distribuição (2008);

Propõe um novo quadro regulatório para a promoção do acesso à rede e conexão da produção descentralizada (2007).

Plano de Acção Europeu para a Eficiência Energética 12

Atingir um crescimento sustentado, reforçar a competitividade à escala local e a eficiência energética através da utilização sustentável dos recursos naturais, aproveitando o potencial endógeno nacional através das seguintes metas:

• Atingir 39% da produção de electricidade a partir de fontes de energia renovável (especialmente hídrica, eólica e fotovoltaica) até 2010.:

• Redução do Consumo de Energia Primária/PIB (2000); Redução do consumo final de energia em 1%/ano , relativamente à média dos últimos cinco anos (2001-2005).

Combate às alterações climáticas através da aposta no desenvolvimento das políticas e medidas preconizadas no programa nacional das alterações climáticas e do desenvolvimento de novas políticas e medidas, apostando na descarbonificação

Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável 2005 - 2015 13

9 [COM (2000)88]

10 Council of European Energy Regulators

11European Regulators Group for Electricity and Gas 12 [COM (2006) 545]

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Avaliação Ambiental Estratégica do PDIRT 2009 – 2014 (2019) 35

Factores Críticos de Decisão Objectivos e Metas Quadro de Referência Estratégico

da economia portuguesa, assumindo como meta:

• limitar a 27% o crescimento das emissões de GEE face ao registado em 1990 no período de cumprimento de 2008-2012.

Reforçar as Energias Renováveis; Promover a Eficiência Energética e garantir um aprovisionamento público “energeticamente eficiente e ambientalmente relevante”. Metas relevantes:

- 45% de produção de electricidade a partir de fontes renováveis em 2010, com uma aposta forte em todas as vertentes;

- 10% de Biocombustíveis utilizados nos transportes em 2010; - Revisão das metas para as várias fontes de energia renovável:

- Aumentar em 1.950 MW a meta de capacidade instalada em 2012 (novo total de

5700 MW com acréscimo em 600 MW por upgrade do equipamento) e promover a criação de cluster tecnológicos e de investimento associados à energia eólica; - : Apostar, no curto prazo, na antecipação dos investimentos de reforço de potência em infra-estruturas hidroeléctricas existentes, de forma a atingir a meta dos 5.575 MW de capacidade instalada hídrica em 2010 (mais 575 MW que previsto pelas políticas energéticas anteriores);

- Ampliar em 100 MW o objectivo de capacidade instalada em 2010 (aumento de 67%), promovendo uma articulação estreita com os recursos e potencial florestal regional e políticas de combate ao risco de incêndios;

- Garantir o cumprimento efectivo das metas estabelecidas (ex. construção da maior central fotovoltaica do mundo – central de Moura) e assegurar uma ligação com as políticas e metas de microgeração;

- Aumentar a capacidade instalada em 200 MW através da criação de uma Zona Piloto de energia das ondas com potencial de exploração total até 250 MW de novos

Estratégia Nacional para a Energia 14

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Avaliação Ambiental Estratégica do PDIRT 2009 – 2014 (2019) 36

Factores Críticos de Decisão Objectivos e Metas Quadro de Referência Estratégico

protótipos de desenvolvimento tecnológico industrial e pré-comercial emergentes; - Definir meta de 10% dos combustíveis rodoviários a partir de biocombustíveis (antecipando em 10 anos o objectivo da União Europeia) e promover fileiras agrícolas nacionais de suporte através da isenção de ISP para combustíveis rodoviários que assegurem a sua incorporação;

- Definir objectivos e plano de acção para o biogás, numa vertente não contemplada anteriormente, estabelecer meta de 100 MW de potência instalada em unidades de tratamento anaeróbico de resíduos;

• Introduzir nova vertente de renováveis – micro – geração - promovendo um programa para instalação de 50.000 sistemas até 2010, com incentivo à instalação de Água Quente Solar em casas existentes.

Até 2010 intensificação e diversificação do aproveitamento das fontes renováveis de energia para a produção de electricidade, com especial enfoque na energia eólica e no potencial hídrico ainda por explorar, assegurando que, até aquela data, 39% da produção de energia eléctrica final tenha origem em fontes renováveis.

Prevê como medida adicional para o sector do transporte de energia a redução em 8,6% de perdas no transporte e distribuição emitida na rede, em 2010, recorrendo à regulação sectorial. Prevê-se com esta medida atingir-se um potencial de redução de 146 Gg CO2e

Programa Nacional para as Alterações Climáticas 200615

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Avaliação Ambiental Estratégica do PDIRT 2009 – 2014 (2019) 37

Factores Críticos de Decisão Objectivos e Metas Quadro de Referência Estratégico Ordenamento do Território

Assegurar uma protecção e conservação eficazes, e uma valorização tão activa quanto possível do Património Cultural e Natural.

Integrar a protecção do referido património nos programas de planificação gerais.

Convenção para a Protecção do Património Mundial, Cultural e Natural

Reconhecer juridicamente a paisagem como uma componente essencial do

ambiente humano, uma expressão de diversidade do seu património comum, cultural e natural, e base da sua identidade.

Integrar a paisagem nas políticas de ordenamento do território e de urbanismo, bem como nas políticas cultural, ambiental, agrícola, social e económica, e em quaisquer outras políticas com eventual impacte directo ou indirecto na paisagem.

Convenção Europeia da Paisagem

Conservar e valorizar a biodiversidade e o património natural, paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e geológicos, e prevenir e minimizar os riscos nomeadamente através da :

- Protecção e valorização das paisagens e do património cultural;

- Avaliação e prevenção dos factores e das situações de risco, e desenvolver dispositivos e medidas de minimização dos respectivos efeitos.

Melhorar os sistemas e as infra – estruturas de suporte à conectividade internacional e Portugal no quadro ib´rico, europeu e global, nomeadamente através da construção do Novo Aeroporto Internacional de Lisboa e da integração na rede ibérica e europeia de alta velocidade ferroviária.

O PNPOT assume como opção estratégica definir o sistema urbano como critério orientador do desenho das redes de infra – estruturas e de equipamentos colectivos, cobrindo de fora adequada o conjunto do País.

Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território

O QREN assume como prioridade estratégica até 2013 assegurar a qualificação do território e das cidades traduzida, em especial, nos objectivos de assegurar ganhos ambientais.

As sub-prioridades relacionadas com a energia prendem-se com a promoção das energias renováveis. A promoção do ordenamento do território também faz referência à melhoria da eficiência dos sistemas territoriais através da melhoria da eficiência dos sistemas energéticos.

Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007 -201316

O PNAAS prevê na sua Acção I.13, integrada no Vector I – Integração de informação e Investigação Aplicada, a sistematização dos efeitos na saúde humana associadas à exposição a campos electromagnéticos não – ionizantes e o levantamento das fontes emissoras, nomeadamente as resultantes da ampliação das redes de transporte e distribuição de energia, para o horizonte temporal de 2011.

Plano Nacional de Ambiente e Saúde (PNAAS) (em processo de discussão pública)

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Referências

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