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PECADO ORIGINAL Capítulo 48 PECADO ORIGINAL. Novela de. Rômulo Guilherme. Criada e escrita por RÔMULO GUILHERME

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PECADO

ORIGINAL

Novela de

Rômulo Guilherme

Criada e escrita por

RÔMULO GUILHERME

(2)

Cena 01/ônibus/int/madrugada

Continuação da última cena do capítulo anterior. Bandido começa abordar os passageiros. CAM detalha Ben-Hur, um policial, 30 anos, que disfarçadamente, retira da cintura uma arma e se prepara. Ele está sentado atrás de Isabel, que está muito nervosa, segurando firme sua bolsa.

Isabel - (voz) Meu dinheiro não!

Cena 02/ônibus/cabine do motorista/int/madrugada Um segundo bandido aponta sua arma pro motorista.

Bandido 1 - Qualquer gracinha estouro seus miolos... Cena 03/ônibus/int/madrugada

O bandido se aproxima de Isabel.

Bandido 2 - Passa a bolsa, gata.

Isabel - Não tem nada aqui, cara. É só roupa. Sou muambeira sabe...

Bandido aponta a arma pra Isabel.

Bandido 2 - Tá me achando com cara de otário? Isabel - Que isso, gatão.

Bandido 2 - Passa logo essa bolsa, se não vou ter que meter uma azeitona nesse rostinho lindo. Bandido pega na bolsa de Isabel, que reluta em entregar. Mas o bandido puxa com mais força e pega a bolsa. Nesse momento, Ben-Hur armado, levanta e saca arma, apontando diretamente na cabeça do bandido.

Ben-Hur - Mãos pra cima. Larga a arma. Momento de tensão.

Bandido 2 - Que merda! Tira dentro do busão! Isabel puxa de volta sua bolsa.

Isabel - Perdeu, otário!

Mas o bandido, agindo bem rápido, puxa Isabel e a faz de refém, colocando a arma em sua cintura.

Bandido 2 - Se afasta, larga a arma, se não eu mato ela!

Cena 04/casa Turíbio/int/madrugada Turíbio acorda de rompante.

Turíbio - Isabel! Filipa acorda.

Filipa - Que foi, Turíbio?

Turíbio - Tive um sonho ruim com a Isabel. Como se ela tivesse em perigo.

Filipa - Que perigo, homem? Ela deve tá no décimo sono uma hora dessas...

Filipa vira pro lado e volta a dormir. Turíbio fica mexido som o sonho.

Turíbio - Foi tão real! Turíbio levanta e saí do quarto.

(3)

Cena 05/casa Turíbio/quarto Isabel/int/madrugada

Turíbio bata na porta. Abre e entra. Vê a cama arrumada. Nenhum sinal de Isabel. Turíbio fica preocupado. Em cima do criado vê um bilhete. Pega e lê. Sua expressão fica séria. Cena 06/salão de beleza/int/ext/madrugada

Karen acende a luz e vem descendo a escada, seguida de Bibo. Novamente alguém bate na porta.

Bibo - Quem será uma hora dessas? Cuidado que pode ser ladrão, myqueen.

Karen - E desde quando ladrão bate na porta, Bibo? Bibo - Vai saber né? Cidade do interior, pequena,

outros costumes...

Karen abre a porta. É Turíbio, segurando o bilhete que Isabel lhe deixou.

Karen - (surpresa) Turíbio? Aconteceu alguma coisa?

Turíbio - A Isabel... ela fugiu! Cena 07/ônibus/int/madrugada

Continuação da cena 03. Isabel congela diante da situação em que se encontra, como refém do bandido.

Bandido 2 - Não ouviu? Larga a arma se não ela morre! O policial avalia a situação.

Ben-Hur - Tudo bem. Eu vou larga a arma. Mas cuidado com o que você vai fazer, pra não acabar se arrependendo.

Ben-Hur abaixa a arma.

Bandido 2 - Chuta pra cá agora...

Ben-Hur chuta a arma pra perto do bandido, que pega a arma, sem se descuidar de Isabel.

Bandido 2 - (p/policial) Qualquer gracinha eu mato ela.

Isabel - Me larga cara. Não posso morrer! Bandido 2 - Cala a boca!

Bandido pega a bolsa de Isabel e saí com ela de costas, atento a Ben-Hur, que observa a situação. Os passageiros estão acuados, assustados.

Cena 08/ônibus/cabine motorista/madrugada

O bandido que tava com o motorista se surpreende ao ver o bandido aparecer com Isabel como refém.

Bandido 2 - Que merda! Deu tudo errado! Bandido 1 - Deu pra pegar alguma coisa? Bandido 2 - Pouco, mas deu.

Bandido 1 – E essa vagabunda?

Isabel - Vagabunda não, olha o respeito! Bandido 2 - Tá cheia da grana.

Bandido 1 - Vamos embora então, antes que apareça mais tiras...

(4)

Bandido 2 - Vai com a gente. Tu é nosso escudo. Cena 09/estrada/ext/madrugada

Bandido 1 desce, seguido por bandido 2, que conduz Isabel. Nesse momento, aparece três viaturas. Os policiais, aproximadamente seis, já descem, apontando a arma para os criminosos.

Bandido 2 - Fudeu!

Assustados, os criminosos e resolvem se entregar, soltando Isabel, que saí correndo em direção aos policiais, largando a arma e deitando no chão em seguida.Corta rápido para Ben-Hur conversando com os policias, enquanto dois deles colocando os criminosos nas viaturas. Um terceiro policial se aproxima de Isabel, carregando sua bolsa. Isabel fica receosa.

Policial - É sua, não é? Isabel - É sim!

Isabel pega a bolsa.

Isabel - Obrigada!

Assim que o policial se afasta, ela vira-se, abre a bolsa e vê seu rico dinheiro.

Isabel - Que susto vocês passaram, meus queridos! Fusão para:

Cena 10/ônibus em movimento/int/madrugada

Isabel está em sua poltrona, segurando sua bolsa. Ben-Hurse aproxima dela.

Ben-Hur - Você está bem? Isabel - Tô sim. Obrigado!

Ben-Hur - Você foi muito corajosa, valente!

Isabel - Na hora do aperto a gente faz coisa que até Deus duvida.

Ben-Hur - Eu quem o diga! (cumprimenta) Prazer, Ben-Hur.

Isabel - Que nome diferente...

Ben-Hur - É o nome de um personagem, de um filme antigo, épico, que meu pai adora. Daí veio a ideia de me batizar com esse nome, que até gosto viu. É diferente, único!

Isabel cumprimenta.

Isabel - Me chamado Isabel. Meu nome é até comum. Mas eu sou única!

Ben-Hur - Prazer, Isabel única!

Ben-Hur sorri e se afasta, voltando pra sua poltrona. Isabel lança um olhar pra ele, que sorri gentilmente e volta sua atenção pra janela, respirando fundo, depois da tensão que passou.

Isabel - (voz) Foi por pouco! Mas ninguém vai estragar meu sonho agora que estou tão próxima do meu destino. São Paulo, tô chegando!

(5)

Cena 11/jandaia/centro/ext/madrugada

Mary e Salatiel se recompõem, depois da transa.

Mary - Com essa sua cara de boco, ninguém imagina o garanhão que existe dentro de você!

Salatiel - Boco, não!

Mary - Meu boco mais gostosos!

Mary beija Salatiel, que fica todo derretido.

Salatiel - Vou te acompanhar até em casa. Já tá tarde pra você andar sozinha, ainda mais agora com essa história do.../

Salatiel se corta, percebendo que está falando demais. Mary - (curiosa) Que história?

Salatiel - Nada, nada... besteira minha! Vamos?

Mary fica desconfiada, vendo que Salatiel está escondendo alguma coisa, mas não dá importância. Os dois seguem em direção à casa dela.

Cena 12/jandaia/rua vazia/ext/madrugada

Salatiel e Mary seguem caminhando. Quando escutam um barulho atrás deles. Passos, movimentação. Os dois olham em direção ao movimento que escutaram e não veem nada.

Mary - Tá com medo?

Salatiel - Eu, medo? Sou um homem da lei. Não tenho medo de nada!

Um vulto se movimenta atrás deles. Salatiel dá um pulo de susto.

Salatiel - Quem tá aí? É melhor parar com isso. Não tem graça nenhuma!

Mary - (rindo) E não tá com medo, né?! Foi só o vento, Salatiel.../

Mary é interrompida, ao ver Brucutu passando bem rápido, de relance.

Mary - (grita) É o brucutu! Mary saí correndo, assustada.

Salatiel - Não me deixa pra trás...

Salatiel saí correndo, seguindo Mary. CAM detalhe Brutucu de costas, observando os dois se afastarem. Corta para Salatiel que para de correr.

Salatiel - Perae! Sou um soldado e não um frango. Não posso ficar correndo como um homem medroso. Salatiel pega sua arma.

Salatiel - Vou descobrir agora quem é esse brucutu! Salatiel, em alerta, volta até o ponto onde viram o Brucutu. Mas pra sua decepção ou felicidade, a figura misteriosa já não está mais no local.

Salatiel - Deve ter me visto voltando e ficou intimidado. Mas vou descobrir a identidade desse coisa estranha. Dessa figura misteriosa, que parece ter saído de uma novela do Aguinaldo Silva...

(6)

Cena 13/casa Karen/Sala/Int/Madrugada

Karen termina de ler o bilhete que Isabel deixou, entregue por Turíbio. Bibo perto dela, bicando o conteúdo do bilhete.

Karen - Pra onde você acha que ela foi?

Turíbio - Não tenho a mínima ideia. A Isabel sempre falou que queria ir embora de Jandaia. Mas não achei que ela fosse ter coragem de fazer isso.

Bibo - Foi pra isso então que ela pediu aquele dinheiro. Pra dar no pé!

Karen - Mas se eu não dei o dinheiro, onde ou com quem ela conseguiu a quantia que estava querendo?

Turíbio - (lamenta) Meu Deus! É só dor de cabeça que essa menina me arruma!

Karen - Devo ter uma parcela de culpa nisso.

Turíbio - Agora não adianta se condenar, Karen. Temos é que descobrir onde a Isabel está e se ela está bem!

Bibo - Vamos dormir. Amanhã, com a cabeça descansada, vamos podemos pensar melhor e localiza-la. Ficarmos acordados, a uma hora dessa, não vai adiantar nada.

Turíbio - Não vou conseguir dormir.

Karen - Bem ela está, Turíbio. Deixou um bilhete avisando que ia embora. Forçada ela não foi. Turíbio - Mas tive um sonho estranho. Como se a

Isabel estivesse em perigo...

Karen - Foi só um sonho estranho. Volta pra casa, que amanhã vamos conseguir encontrá-la. Turíbio - É o que espero!

Karen - Mas pelo pouco que já conheço da Isabel, sei que se ela foi realmente atrás do sonho de ser modelo, ela não vai voltar, não importando o apelo que você fizer, muito menos os meus. Ela só volta quando conseguir realizar seu sonho ou se der com os burros n’água.

Turíbio - É tinhosa e cabeça dura igual a mãe. Karen - Isso foi um elogio?

Instantes.

Turíbio - Vou pra casa. Saí sem falar nada com a Filipa. Ela deve tá preocupada.

Karen - Tudo bem! Boa noite! Karen abre a porta.

Turíbio - Boa noite!

Os dois se olham por um instantes. Turíbio vai embora. Bibo - E não vai me dizer que isso não é amor?! Karen - Não começa, Bibo. Vamos dormir, que já

(7)

Karen apaga a luz e os dois seguem pros seus quartos.

Bibo - Minhas olheiras já devem estar no joelho...

Karen - Exagerado... Fusão para:

Cena 14/jandaia/centro/ext/amanhecendo Corta para:

Cena 15/casa patrício/quarto Jeferson/int/dia

Jeferson dorme. Instantes. Vai acordando lentamente. Sente a cabeça pesando, o corpo estranho.

Jeferson - Mas que droga! O que aconteceu comigo? Ao passar a mão na cama, sente o bilhete que Isabel lhe deixou e lê. Jeferson fica revoltado, lembrando de tudo.

Jeferson - (grita) Desgraçada! Cena 16/casa Moisés/quarto Rebeca/int/dia

Rebeca está em frente ao espelho, vestida de noiva, ainda sem acreditar no que vai fazer. Toca no vestido, ajeitando qualquer amaçado, mostrando vaidade, mesmo sem estar feliz.

Rebeca - Chegou o dia! Cena 17/igreja/sacristia/int/dia

Pedro em frente ao espelho. Termina de vestir suas paramentas e encara o espelho.

Pedro - Coragem, Pedro! Beatriz aparece.

Beatriz - Você precisará ser forte pra ver a mulher que ama se casar com outro homem.

Pedro - Eu sei disso.

Beatriz - O fim de toda agonia está próximo, Pedro. Pedro - Hoje é o fim, Beatriz. O fim da minha

história e da Rebeca!

Beatriz - Não diga isso. É uma história que você e a Rebeca podem reescrever.

Pedro - Como, Beatriz? Você fala como se tudo fosse fácil. Como se num estralar de dedos, fossemos poder voltar pro passado e começar de novo.

Beatriz - Deus tem um plano pra cada um de nós. Um destino.

Pedro - Você não sabe do que está falando, Beatriz. Você é uma anja, um ser celestial. A condição humana é diferente. (T) Eu e a Rebeca somos de carne e osso, não temos suas habilidades. Temos que arcar com nossas consequências, com o caminho que trilhamos em nossa vida.

Beatriz - Mas sempre se pode recomeçar. Renascer das cinzas. Precisa apenas coragem.

(8)

Pedro - O que você quer que eu faça, Beatriz? Beatriz - Você precisa descobrir o que realmente

você quer. Se quer continuar sendo um padre ou vai se entregar ao amor que sente pela Rebeca.

Pedro - Me sinto tão confuso, perdido...

Beatriz - Será que realmente você ama a Rebeca, Pedro? Será que se acomodou a tudo isso e tem medo de recomeçar? Medo de renascer como uma fênix?

Pedro - Sou um padre e cometi o pecado original ao me entregar ao amor imenso que sinto pela Rebeca. Um amor que pulsa forte dentro de mim e não consigo controlar.

Beatriz - Deus não condena o amor puro e verdadeiro. Pedro - (tom) Mas eu não posso amar carnalmente

uma mulher, Beatriz. Eu sou padre! Fiz os votos. Votos esses que quebrei e desde então venho me punindo, me martirizando.

Beatriz - Deus sempre está pronto pra perdoar.

Pedro - Mas não mereço seu perdão. (T) Deus está me castigando, me punindo pelo meu pecado, promovendo essa situação: eu celebrando o casamento da mulher que amo, com outro homem.

Beatriz - E quem disse que seu destino é ser padre? Pedro - E não? O que sou agora então, Beatriz?

Estou vivendo uma realidade que não é minha? Uma vida que não é a minha?

Beatriz - Seu livre arbítrio lhe foi privado, Pedro. Por mais que lutemos, que desviemos do nosso caminho, sempre acabamos por encontra-lo. Mais cedo ou mais tarde. Assim como a mulher que Deus destino pra sua vida.

Pedro - Tá querendo dizer que mais cedo ou mais tarde eu e a Rebeca vamos ficar juntos?

Beatriz - Deus tem um plano maravilhoso pra vocês, Pedro. Mas tudo tem sem tempo. E o tempo divino não é o mesmo dos humanos, onde tudo é pra ontem.

Pedro - Suas palavras me trazem conforto. Mas não sei se vou conseguir continuar suportando tudo isso.

Beatriz - Você precisa ser forte! Não só pela Rebeca, mas por uma outra vida...

Pedro - O que está querendo dizer com isso? Licurgo entra, apressado.

Licurgo - Desculpe a demora, padre Pedro... Licurgo sente um clima tenso no ar.

Licurgo - Atrapalho?

(9)

Beatriz saí da sacristia.

Pedro - Vá se aprontar que logo vamos celebrar o casamento da Rebeca e do Jeferson.

Licurgo - Pode deixar que num instante eu tô pronto! Cena 18/igreja/corredor/int/dia

Pedro vem atrás de Beatriz, que estava indo embora.

Pedro - Você não me respondeu à pergunta que te fiz.

Beatriz - Deus criou entre vocês uma ligação eterna, Pedro. Que nada, nem ninguém, vai conseguir destruir.

Pedro - Seja mais clara, Beatriz. Beatriz - A Rebeca está grávida. Pedro reage.

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