• Nenhum resultado encontrado

Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: a paz esteja convosco!

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: a paz esteja convosco!"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

2º DOMINGO DA PÁSCOA

27 de abril de 2014

“Jesus entrou, pôs-se no meio deles e

disse: a paz esteja convosco!”

Leituras: Atos dos Apóstolos 2, 42-47; Salmo 117 (118), 2-4, 13-15.22-24 (R/1.1) Primeira Carta de Pedro 1, 3-9;

João 20, 19-31.

COR LITÚRGICA: BRANCO OU DOURADO

I. RITOS INICIAIS

(Que o Círio Pascal seja o grande sinal deste Tempo Pascal)

Com.: Jesus: vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã. É de Jesus ressuscitado que a comunidade

cristã recebe vida, amor e paz. Assim como Tomé fez a experiência com o Ressuscitado no interior da comunidade, nós também a cada domingo “Dia do Senhor” fazemos um grande encontro de amor fraterno e de vivência comunitária. Este domingo é chamado de “Domingo Branco” lembrando o dia em que os novos batizados depunham suas vestes brancas e eram introduzidos na comunidade. Hoje, comemoramos também o “Domingo da Divina Misericórdia”, pois Cristo nos salvou e santificou no mais puro amor.

Situando-nos

Este é o domingo da oitava da Páscoa, estamos reunidos, no primeiro dia da semana, para celebrar a Páscoa do Senhor que está vivo entre nós.

Como narra o evangelista, quem não está na comunidade não vê o Senhor Oito dias depois. Novamente Jesus se põe no meio deles e Tomé faz sua grande profissão de fé, em comunidade.

A certeza que o Senhor está vivo faz com que os discípulos vençam o medo e a insegurança.

Como Tomé e os outros discípulos, professemos nossa fé no Senhor Ressuscitado, que passou pela paixão e pela morte.

Convocados pelo Senhor, como uma só família, guardada no amor e animada pelo Espírito, vivamos com um só coração e uma só alma.

Recordando a Palavra

A leitura do evangelho de João começa com a manifestação de Jesus ressuscitado aos discípulos, na tarde do mesmo dia da ressurreição. “Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana”, o Ressuscitado se faz presente nomeio dos discípulos reunidos com as portas fechadas por medo do judeus(20,19ª).

Após a crucificação do Mestre Jesus, os discípulos estavam com medo, fechados. No final do primeiro século, época em que o evangelho foi escrito, os seguidores de Cristo também estavam com medo, por causa das hostilidades e das perseguições.

O Ressuscitado oferece a paz, que transforma os discípulos e infunde confiança: “Jesus entrou e pôs-se nomeio deles. Disse: a paz esteja convosco” (20,19b). Conforme havia prometido (cf. Jo 14,27), Jesus transmite a verdadeira paz, dom de sua entrega por amor. Os sinais da paixão “nas mãos e no lado”

(2)

revelam sua doação até a cruz e levam os discípulos a reconhecerem sua presença viva no meio deles. “Os discípulos, então, se alegraram por verem o Senhor” (20,20) o Ressuscitado.

A paz do Ressuscitado é a plenitude da salvação, que confirma os discípulos na missão libertadora: “Como o Pai me enviou também eu vos envio” (20,21). Os discípulos são enviados para anunciarem a alegria e a paz, dádivas do Ressuscitado. Eles são renovados, investidos com o Espírito Santo, com o sopro da vida nova de Cristo ressuscitado.

Em Gn 2,7, Deus soprou sobre o ser humano, infundindo-lhe o dom da vida divina, que o tornou um ser vivente. A força do Espírito torna os discípulos instrumentos de paz e de reconciliação. Portadores da misericórdia e do perdão de Jesus: “A quem perdoardes os pecados, serão perdoados” (20,23).

“Oito dias depois” (20,26), Jesus revela novamente sua presença de paz no meio da comunidade reunida, para celebrar o memorial de sua Páscoa. Tomé, que era um dos Doze, representa as dificuldades dos discípulos em crer na ressurreição de Jesus. A insistência de Tomé, em comprovar as marcas da paixão, mostra que a fé em Cristo ressuscitado brota de sua doação total.

A aclamação litúrgica: “Meu Senhor e meu Deus” (20,28) expressa a fé da comunidade em Jesus crucificado/exaltado como Senhor e Deus. É a profissão de fé de quem encontra o Senhor no caminho do discipulado.

Jesus proclama “bem-aventurados os que não viram e creram” (20,29), os que crêem e vivem conforme seus ensinamentos. O encontro com o Senhor, na comunidade que se reúne para celebrar a memória de sua vida, morte e ressurreição, leva ao testemunho da fé, como os primeiros discípulos e discípulas.

A ressurreição de Jesus é o grande sinal de amor, que plenifica os demais, realizados ao longo de seu ministério (cf. 1, 19-12,50). Os sinais que Jesus, o enviado de Deus, realizou foram testemunhados e escritos, para levar os seguidores de todos os tempos à adesão da fé e à vida, plena em seu nome (cf. 20,31). O caminho da fé em Cristo ressuscitado é a fonte de vida eterna, que torna possível um mundo novo, novos céus e nova terra.

A primeira leitura dos Atos dos Apóstolos sublinha que o encontro com Cristo ressuscitado acontece na comunidade de irmãos e irmãs. A comunidade ideal está centrada na comunhão fraterna (koinonia), na escuta da palavra, na fração do pão, memorial da ceia do Senhor e nas orações.

A vida nova de comunhão com Jesus manifesta-se no compromisso solidário com os irmãos: “Todos os que abraçavam a fé, viviam unidos e possuíam tudo em comum; vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um” (2, 44-45).

O testemunho da vida de Cristo, doada totalmente por amor, fortalece a confiança na presença de Deus e na manifestação da salvação. O louvor comunitário e a comunhão fraterna, a alegria e a simplicidade revelam a eficácia da missão. O estilo alegre de vida, no seguimento a Jesus e no serviço ao reino, interpela todo o povo e assegura o crescimento contínuo da comunidade: “A cada dia, o Senhor acrescentava a seu número mais pessoas” (2,47), que aderiam à sua proposta salvífica.

No salmo 117(118), o salmista agradece porque o Senhor manifestou sua eterna misericórdia, recordando que “a pedra que os pedreiros rejeitaram ficou sendo a pedra principal”. As comunidades primitivas viram a realização plena desse plano em Cristo (cf. Mt 21,42; At 4,11; 1Pd 2,7). Por meio da vitória sobre a morte pela ressurreição, Jesus tornou-se a pedra principal do edifício, o alicerce da vida cristã.

A segunda leitura da primeira carta de Pedro começa com um pequeno hino litúrgico (cf 1,3-4), que acentua a salvação realizada pelo Pai através do Filho. Bendito seja o Pai, que em sua grande misericórdia e “pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, nos fez nascer de novo para uma esperança, alicerçados na promessa da salvação definitiva, da vida plena em Deus.

(3)

A adesão ao Senhor, na esperança e no amor solidário, torna-se “fonte de alegria inefável e gloriosa” (1,8), pois proporciona experimentar, desde já, a vida nova de ressuscitados.

Atualizando a Palavra

A presença de Jesus ressuscitado oferece o dom da paz e o seu Espírito, que recria e vivifica a comunidade, em meio às dificuldades e perseguições, fazendo renascer a fé e a esperança na missão evangelizadora. A força do Ressuscitado nos transforma em instrumentos de misericórdia, justiça e paz.

“A paz é possível, porque o Senhor venceu o mundo e sua permanente conflitualidade, ‘pacificando pelo sangue de sua cruz’ (Cl 1,20). Ao anunciar Jesus Cristo, que é a nossa paz (cf. Ef 2,14), todo batizado é chamado a ser instrumento de pacificação e testemunhas credíveis duma vida reconciliada.

O encontro de Tomé com o Senhor indica o caminho de fé do discipulado. Quem acredita e segue o caminho da vida nova, apontado pelo Ressuscitado é bem-aventurado.

“Cristo foi verdadeiramente crucificado, verdadeiramente sepultado e ressuscitou verdadeiramente. Tudo isso foi para nós um dom da graça, a fim de que, participando da sua paixão através do mistério sacramental, obtenhamos na realidade a salvação. Ó maravilha de amor pela humanidade! Em seus pés e mãos inocentes, Cristo recebeu os cravos e suportou a dor; e eu, apenas pela comunhão em suas dores recebo gratuitamente a salvação” (cf. Catequese de Jerusalém, século IV. O Ofício das Leituras, quinta-feira na oitava da Páscoa).

Como nas comunidades primitivas, o encontro com o Ressuscitado nos impele a construir comunidades centradas na Palavra, na Eucaristia, nas orações e na comunhão fraterna, manifestada no compromisso solidário com as pessoas necessitadas. Justino, mártir, ao falar sobre a Eucaristia testemunha o sentido da Koinonia, do ter tudo em comum: “Com o que possuímos, socorremos a todos os necessitados e estamos sempre unidos uns aos outros. E por todas as coisas com que nos alimentamos, bendizemos o Criador do universo, por seu Filho Jesus Cristo e pelo Espírito Santo” (cf. São Justino, mártir. Apologia a favor dos cristãos, século II. Ofício das Leituras, 3º domingo da Páscoa).

O Papa Francisco afirma que “à medida que o Senhor conseguir reinar entre nós, a vida social será um espaço de fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade para todos. Por isso, tanto o anúncio como a experiência cristã tendem a provocar consequências sociais” (Evangelii Gaudium, n.180).

Neste Domingo da Divina Misericórdia, instituído por João Paulo II, somos convidados a professar a fé em Jesus, o Senhor, que revelou a misericórdia infinita do Pai através de sua obra redentora. A paz do Ressuscitado nos liberta, para construirmos um mundo reconciliado de amor, justiça e fraternidade. O Espírito de Cristo ressuscitado nos ilumina e fortalece, para anunciarmos seu perdão, sua misericórdia em meio aos desafios da missão cotidiana.

Ligando a Palavra com ação litúrgica

Os cristãos e as cristãs compreenderam, desde o início, que a Igreja é essencialmente assembleia convocada pelo Senhor que nele se torna presente e atuante. Fazer parte da assembléia litúrgica é fruto da fé e da comunhão com a Igreja em torno do Ressuscitado, pois a Igreja, povo da nova aliança, nasceu da Páscoa de Cristo.

Hoje, estamos reunidos para celebrar, na certeza de que Ele está no meio de nós. Afirma a Sacrosanctum Concilium: “Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente em sua Igreja, e especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da missa, tanto na pessoa do ministro, pois aquele que agora se oferece pelo ministério sacerdotal é o ‘mesmo que, outrora, se ofereceu na cruz’, como, sobretudo nas espécies eucarísticas. Ele está presente pela sua virtude nos sacramentos, de tal modo que, quando alguém batiza, é o próprio Cristo quem batiza. Está presente na sua palavra, pois é ele quem fala quando na Igreja se lêem as Sagradas Escrituras. Está presente, por fim, quando a Igreja ora e salmodia, ele que prometeu: ‘onde se acharem dois ou três reunidos em meu nome, ai estou eu nomeio deles’ (Mt 18,20)” (.17).

(4)

Que os dons pascais recebidos do Senhor nos ajudem a edificarmos a Igreja –casa da Palavra – sobre os quatro fundamentos: perseverança na escuta dos ensinamentos dos apóstolos, comunhão fraterna, fração do pão e oração.

Reunidos em torno do Senhor ressuscitado, nos tornamos lugar espiritual, ou seja, sacramento da sua presença.

Então, “neste dia que o Senhor fez para nós”, experimentamos sua presença viva na assembléia reunida, na palavra repartida e no mistério de sua entrega na Eucaristia. Assim, “podemos compreender melhor o batismo que nos lavou, e o sangue que nos redimiu” (cf. oração do dia).

Que sejamos um só corpo e um só espírito, enviados para espalhar no mundo a paz e a reconciliação, que dele recebemos.

Oração da Assembléia

Presidente: Depois de ouvirmos Jesus falando como a fé é importante, peçamos ao Pai a graça para termos

uma fé firme.

1. Senhor, que a Igreja, pedra fundamental de seu evangelho e de seu amor, não se intimide diante das dificuldades, mas seja fiel à missão recebida. Peçamos:

Todos: (cantado) Creio, Senhor! Creio Senhor!Mas aumentai, aumentai minha fé.

2. Senhor, infundi coragem em todos os governantes para que possam resolver as diferenças sociais que dividem as pessoas, por meio da solidariedade da justiça. Peçamos:

3. Senhor, ilumine nosso coração e nossa mente, para que possamos viver mais intensamente o amor e a caridade neste mistério pascal. Peçamos:

4. Senhor, que o Espírito Santo ilumine a 51ª Assembléia Geral dos Bispos do Brasil, a ser realizada em Aparecida, SP, nos dias 10 a 19 de maio. Que as decisões tomadas sejam para o crescimento de nossa Igreja. Peçamos:

(Outras intenções)

Presidente: Nós vos damos graças, ó Pai, porque podemos celebrar e participar da Ressurreição de Jesus

Cristo. Acolhei nossa súplica, que com fé dirigimos em nossa humilde oração. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém!

III. LITURGIA EUCARÍSTICA

Oração sobre as oferendas:

Acolhei, ó Deus, as oferendas do vosso povo (e dos que renasceram nesta Páscoa), para que, renovados pela profissão de fé e pelo batismo, consigamos a eterna felicidade. Por Cristo, nosso Senhor.

Todo: Amém

Oração depois da comunhão.

Concedei, ó Deus onipotente, que conservemos em nossa vida o sacramento pascal que recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.

T.: Amém.

(5)

T.: Ele está no meio de nós. Aleluia. Aleluia.

Pres.: Abençoe-vos o Deus todo-poderoso nesta solenidade da Páscoa, cheio de misericórdia vos defenda

de todo o perigo do pecado. Aleluia. Aleluia.

T.: Amém. Aleluia. Aleluia.

Pres.: E aquele que na ressurreição do seu Unigênito vos restaura para a vida eterna vos cumule com os

prêmios da imortalidade. Aleluia. Aleluia.

T.: Amém. Aleluia. Aleluia.

Pres.: A benção de Deus todo-poderoso Pai e Filho + e Espírito Santo desça sobre vós e permaneça para

sempre. Aleluia. Aleluia.

T.: Amém. Aleluia. Aleluia.

Pres.: Levai a todos a alegria de Jesus Ressuscitado, ide em paz e o Senhor vos acompanhe. T.: Graças a Deus, Aleluia. Aleluia.

Referências

Documentos relacionados

b) Execução dos serviços em período a ser combinado com equipe técnica. c) Orientação para alocação do equipamento no local de instalação. d) Serviço de ligação das

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

Foi apresentada, pelo Ademar, a documentação encaminhada pelo APL ao INMETRO, o qual argumentar sobre a PORTARIA Nº 398, DE 31 DE JULHO DE 2012 E SEU REGULAMENTO TÉCNICO

Neste trabalho avaliamos as respostas de duas espécies de aranhas errantes do gênero Ctenus às pistas químicas de presas e predadores e ao tipo de solo (arenoso ou

O candidato deverá apresentar impreterivelmente até o dia 31 de maio um currículo vitae atualizado e devidamente documentado, além de uma carta- justificativa (ver anexo

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

E esta aquisição gradual é marcada por estratégias de reparo (LAMPRECHT, 2004), isto é, as crianças adotam estratégias para ade- quar a fala adulta ao seu

Ao fazer pesquisas referentes a história da Química, é comum encontrar como nomes de destaque quase exclusivamente nomes masculinos, ou de casais neste caso o nome de destaque