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A graça de uma vida mínima

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Academic year: 2021

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Texto

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IGREJA METODISTA EM ITABERABA

CONGREGAÇÃO EM SANTANA DE PARNAÍBA

anos

Pastoral

A graça de uma vida mínima

“O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mt 6:11)

R

ecentemente li uma reportagem na revista Superinteressante que me fez refl etir sobre as minhas reais necessidades na vida. Graham Hill, um bem-sucedido homem de negócios de pouco mais de 20 anos de idade, era dono da Sitewerks, uma empresa de consultoria de internet. Em 1998, ele decidiu vender a empresa, tornando-se, de repente, um ho-mem muito rico. E começou a investir seu dinheiro numa vida luxuosa e cheia de glamour. Comprou uma casa de 440 metros quadrados, roupas, carros e tudo o mais que o dinheiro podia lhe oferecer. Entretanto, percebeu que tudo isso não era sufi ciente para fazê-lo feliz. Foi quando ele se apai-xonou. Era uma linda moça, desprendida de tudo e desejosa de conhecer o mundo. Foi essa jovem que levou Hill a conhecer outras culturas e a viver por mais de dois anos apenas com uma mochila nas costas.

Essa experiência fez com que Hill mudasse radicalmente a sua vida, dando início a um projeto que ele chamou de Life Edited (Vida Editada). Mudou-se para um apartamento confortável, mas de apenas 40 metros quadrados, e passou a ter e adquirir somente aquilo de que realmente precisava. Esse breve relato me fez perceber que Hill teve uma experiência com a graça maravilhosa de

Deus, que nos liberta de todo e qualquer ti-po de prisão. Ele pô-de ver em outros po-vos e também em sua própria vida o que a Palavra nos ensi-na: que Deus não nos deixa sem o pão de cada dia e que isso é mais do que sufi cien-te para fi carmos satis-feitos.

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Davi disse, em seu salmo mais famoso: “O Senhor é o meu pastor e não sinto falta de nada” (Sl 23:1). A gratidão do salmista estava em receber do Senhor aquilo de que ele precisava para viver. Vivemos numa socieda-de consumista onsocieda-de ter (ou não ter) socieda-determina o grau da nossa felicidasocieda-de (ou infelicidade). Precisamos vivenciar a graça de estarmos satisfeitos com aquilo com que Deus nos tem abençoado.

Já no final de sua entrevista, Hill declarou: “Considere os benefícios de uma vida editada. Com menos coisas para guardar e para manter, você ganha maior liberdade e um pouco mais de tempo. Só vamos cultivar uma rela-ção equilibrada com o consumo quando começarmos a valorizar as coisas que de fato nos fazem felizes, como os relacionamentos, a família, os ami-gos e as experiências. Meu espaço é pequeno. Mas minha vida é grande”. Que lição de graça, de amor e de liberdade! Que lição de dependência! Aprendemos a ser gratos por tudo aquilo que já temos e a ser felizes pela provisão diária que Deus nos dá. Que possamos editar as nossas vidas, valorizan-do verdadeiramente aquilo que é essencial.

No amor de Cristo,

Pra. Laura Valentin

Faça o que for necessário para ser feliz, mas não se esqueça de

que a felicidade é um sentimento simples. Você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.

Mário Quintana, poeta e jornalista gaúcho (1906-1994)

Reflexão

Amar a quem não me ama

Eu estaria mentindo se dissesse que, depois que me tornei cristã, nunca mais tive proble-mas, desamores, desi-lusões, que nunca mais experimentei traições. Estaria mentindo se dissesse que as insti-tuições cristãs são

me-lhores ou mais nobres do que as não cristãs. Estaria mentindo se dissesse que, de dentro do seu círculo de amigos e irmãos mais próximos, você não precisa esperar facadas nas costas, abraços falsos, ou simplesmente dis-tâncias doloridas e inexplicáveis.

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Nestes anos todos de campo missionário, pude conviver com o que há de melhor e mais nobre na natureza humana. Vi e vivi o autossacrifício, o des-pojamento, o amor de entregar a vida uns pelos outros. Mas vi também o que há de ruim, de sórdido e de mais mesquinho. Vi egoísmo, batalhas de poder, amarguras marcadas a fogo em corações, armas de guerra religio-sa lustradas constantemente por teologias falreligio-sas, dereligio-samor puro e simples. Na minha própria jornada, apesar das decepções pessoais, vivi o engano de achar que tudo estava perdoado. Quando pregava ou ouvia sobre o per-dão, pensava: “Ah, sou catedrática nisso! Perdoei a todos os que me feri-ram”. Tive até a oportunidade de fazer o “bem” a irmãos que não me foram tão honestos. Me sentia orgulhosa: “Esta área não é problema pra mim”. Foi quando alguém me perguntou:

– Você ora pelos que te feriram? E, se ora, ora como?

“Não oro”, tive que admitir. “Tenho coisas mais importantes pra fazer”, me enganei. Mas a misericórdia do Senhor não me deixou:

– O que é mais importante, Bráulia, do que amar a quem não te ama? Se leio a Bíblia direito, tenho de admitir que não existe nada mais básico, mais fundamental na fé cristã. Se queremos habitar n’Ele, compartilhar da natureza do amor de Deus, a primeira coisa que temos a fazer é aprender a amar. Não sabemos amar, assim como não sabemos muita coisa na nos-sa vida de fé. A fé é um aprendizado racional de como “ser como Deus”. – Como aprender a viver sua natureza, meu Senhor?

– Aprenda a amar!

Foi assim que comecei como um sedentário fazendo exercício físico pe-la primeira vez:

– Quero orar pelo Fulano, Senhor. Abençoe-o. Mas, se abençoar significa encher de graça, de amor, de provisão financeira, se significa desejar pa-ra ele a mesma felicidade que desejo papa-ra mim e papa-ra os que amo, ah, en-tão não sei, não…

A palavra “abençoe” se enrosca, se torna pesada. O que meu coração de-seja é justiça, mas não na definição divina, vertical, que nos chega por meio da misericórdia. Quero a “justiça” entre aspas, melhor traduzida como “vin-gança”. Quero árvores secas, alforjes vazios. Quero para eles a solidão que me assolapa, o mesmo fracasso que me faz chorar amargo.

Meu estado interior se revela a mim como o de Isaías se revelou a ele, dian-te do trono de Deus. Como minha fé é pequena, limitada, egoísta, empape-lada de desculpas bíblicas para odiar, para me vingar, para excluir, para

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iso-lar! Choro agora, não por eles, mas por mim. Como esse Deus vai me per-doar? E se Ele resolver cumprir Sua palavra e perdoar-me apenas na pro-porção em que eu perdôo?

Recomeço, insistente. Para orar pelo que não me ama, tenho primeiro que desenterrá-lo. Me lembro de um conto de Patricia Highsmith que li quando criança – Estranhas Mortes na Repartição. O homenzinho trabalhava num escritório do governo, era excêntrico e cobrava das pessoas uma perfeição que tornava impossível a interação social. Terminou por matar, com requin-tes de crueldade, uma a uma das pessoas que o cercavam. Mas a autora nos revela que os assassinatos não são reais. O homenzinho se cerca de mortos porque não pode conviver com os vivos.

Orar pelos meus “mortos” me obrigou a desenterrá-los um a um, com as mãos, sentindo-lhes o cheiro, tocando-lhes a carne. Quando os desen-terro, os coloco de pé, a meu lado, e ando com eles até onde Deus es-tá. Ressurretos, meus mortos me vigiam. Não é fácil senti-los vivos ali co-migo, ouvir-lhes o coração, rever suas dores, tornar-me uma com eles na oração, desejando-lhes o mesmo bem que o Senhor lhes deseja. Ah, Se-nhor, não sei orar.

Tento de novo e as palavras me vêm, esparsas, gastas, clichês religiosos viciados. E o Senhor me diz: “Não, não é assim que você deve orar, minha filha. Onde está sua paixão, sua intensidade, onde está seu coração ínte-gro? Oração pela metade não dá. Oração en passant também não funcio-na. Quando Eu levantar a Minha mão para encher o outro de bênçãos de amor, quero o seu regozijo sincero. Quero que você se veja como partici-pante daquele momento. Eu vou abençoá-los porque você orou por eles”. Enfim, a oração flui. Honesta. Não são mais os mortos, não são eles, é uma parte de mim que ressurge. Volta à vida o meu amor enterrado, a minha es-perança, o meu centro. Enfim, as lágrimas não são mais amargas e duras. Me alinhei com ele. Posso orar pelo “inimigo”. Posso visualizá-lo recebendo carinhos do Pai de amor, inundado de bondade. Aconteceu o milagre da fé. Voltei a me encontrar em Seu amor. Voltei a participar de Sua natureza de amor. Até o próximo tropeço no meu egoísmo.

Por Bráulia Ribeiro, missionária da Jocum

Texto publicado pela revista Olhar Cristão, de agosto de 2013.

O amor pelos inimigos é a chave para a solução

dos problemas do nosso mundo.

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Avisos

Vigília de oração

Quando: 6 de setembro de 2013, a partir das 22h00 (após o Culto de Li-bertação);.

Local: Igreja Metodista em Itaberaba;

Todos os irmãos e irmãs estão convidados para esse tempo de oração, em que buscaremos maior intimidade com Deus. Haverá intercessão a favor das famílias, da igreja e de missões, além de um momento especial de ora-ção pelos Pequenos Grupos e pelos alvos.

Ministério de Intercessão e Libertação

Aniversariantes

2/9 Fernanda Carneiro de Oliveira

3/9 Eizel Ladeia Gomes Oliveira

5/9 José C. Carneiro e Patrícia Ariete M. de Oliveira

6/9 Palloma Zorzam Batista

Orai sem cessar!

Apresentemos a Deus os nomes de irmãos e irmãs que passam por enfermidades e problemas diversos. Oremos: • Pela saúde da Adriana Feitosa, do Antônio (irmão

da Rosa), do Bruno Strozi, do Sr. Davi, da D. Iberci

(mãe da Silvana Sanguin), do Sr. Jarbas (pai da Helô), do Sr. Joaquim (pai da Thaís), da D. Judith, da D. Lydia Reyes (mãe da Maria José), da Lourdes de Brito, da Maria José Cassu (de Santana de Parnaíba), da D. Maria da Penha, da Rosimeire (irmã da Roseli de Brito), da Sílvia, da D. Tereza (sogra da Maria José) e da D. Zilda (avó da Helô);

• Pela nossa Congregação em Santana de Parnaíba; • Pelos seminaristas Edmilson e Michelly Silva;

• Pelo missionário Tiago Reyes Vassallo, em missão no Havaí; • Pelos ministérios e lideranças da nossa igreja;

• Pelos pastores da nossa igreja;

• Pelo crescimento quantitativo, espiritual e orgânico da nossa igreja; • Pelo ministério do Bispo José Carlos Peres, da nossa Região. Para incluir pedidos de oração no Boin, procure o Pr. Tiago.

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R. Mestras Pias Fillipini, 161 São Paulo - SP - 02736-010 Tel: 3977-0571 Pastor: Tiago Valentin Pastora: Laura Valentin Tel. Res: 2339-5057

Igreja Metodista em Santana de Parnaíba (Congregação) Rua Alberto Frediany, 853

Santana de Parnaíba - SP

Seminaristas: Edmilson Oliveira e Michelly Oliveira

Missão: Espalhar a santidade bíblica, tes-temunhando Jesus Cristo como único e sufi ciente Salvador, capaz de transformar vidas e realidades.

Visão: Ser reconhecida como uma igreja in-tercessora, que celebra e adora ao Deus vivo, com amor à Palavra, e

acolhe os que se ache-gam e buscam a cura e a restauração do corpo, da alma e do espírito. visite nosso site:

metodistaitaberaba.com.br I g r e j a M e t o d i s t a e m

Assista as transmissões ao vivo dos cultos em nosso site. Reveja também as transmissões dos domingos anteriores no site

www. metodistaitaberaba. com. br ou www.livestream.com/metodistaitaberaba

BOLETIM INFORMATIVO (BOIN) DA IGREJA METODISTA EM ITABERABA

Coordenação: Pr. Tiago Valentin

Edição: Benjamin Gonçalves

Projeto e produção gráfi ca: Américo Neto

Colaboradoras: Bel Gonçalves, Carla Stracke Pimentel, Flávia Gonçalves e Pra. Laura Costa Valentin

Coordenador do Ministério de Comunicação: José Fenner

PROGRAMAÇÃO SEMANAL

3ª FEIRA 6ª FEIRA DOMINGO

Tarde de Oração 16h00 Culto de Libertação 20h Esc. Dominical - 9h Culto Solene - 19h

HORÁRIOS DE EXPEDIENTE DOS PASTORES NA IGREJA

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo

Manhã - 8h00 – 12hTiago

Dia Folga Pr. Tiago

8h00 – 12h

Tiago - - Laura e Tiago9h

Tarde 14h – 17h30Tiago 14h – 17h30Tiago 14h – 17h30Tiago 14h – 17h30Tiago Laura e Tiago14h (visitas) -Noite Tiago20h Laura e Tiago20h (visitas) Laura20h Laura e Tiago20h (visitas) Laura e Tiago20h Tiago20h Laura e Tiago19h

Escala de serviço

SERVIÇO HOJE (1º./9) PRÓX. DOMINGO (8/9)

FECHAMENTO DA IGREJA Murilo Silas

INTERCESSÃO Tiago/Renata Edward/Cleide

GUARDADOR DOS CARROS Emerson Dinho

MINISTÉRIO INFANTIL Rosa/Rúbia Laisa/Edna

LOUVOR Vida Nova Aliança

OPERADOR DE SOM Márcio Marco

OPERADORA DO DATASHOW Eula Bel

DIREÇÃO DO CULTO Pra. Laura/Silas Pr. Tiago/

Referências

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