• Nenhum resultado encontrado

Pró-Reitoria de Graduação Curso de Licenciatura em Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Pró-Reitoria de Graduação Curso de Licenciatura em Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

Pró-Reitoria de Graduação

Curso de Licenciatura em Educação Física

Trabalho de Conclusão de Curso

EFEITOS DO TREINAMENTO RESISTIDO SOBRE A FORÇA

DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA REVISÃO DOS

PROTOCOLOS UTILIZADOS

Autor: Vinícius Peixoto Teixeira

Orientador: Prof. Dr. Jonato Prestes

Brasília - DF

2012

(2)

VINÍCIUS PEIXOTO TEIXEIRA

EFEITOS DO TREINAMENTO RESISTIDO SOBRE A FORÇA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA REVISÃO DOS PROTOCOLOS UTILIZADOS

Artigo apresentado ao curso de graduação em Educação Física da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do título de licenciado em Educação Física.

Orientador: Prof. Dr. Jonato Prestes

Brasília – DF 2012

(3)

EFEITOS DO TREINAMENTO RESISTIDO SOBRE A FORÇA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA REVISÃO DOS PROTOCOLOS UTILIZADOS

VINÍCIUS PEIXOTO TEIXEIRA

Resumo:

O objetivo do presente estudo foi analisar os efeitos dos protocolos de treinamento resistido em crianças e adolescentes sobre a força muscular. Para esta revisão foram utilizados periódicos das bases de dados SciELO, PubMed, BIREME e Google Acadêmico. A partir das evidências científicas apresentadas pelos estudos, destaca-se que a maior parte dos estudos utilizou um programa de treino de no mínimo oito semanas, sem exceder a execução de doze exercícios por aula, com uma a três séries, de seis a quinze repetições, trabalhando os membros superiores e inferiores de forma integrada. Ganhos significativos de força foram verificados nos indivíduos após as intervenções. Com isso, sugere-se que o treinamento resistido seja incluído nas atividades físicas durante a infância e adolescência, visto que há grandes benefícios, principalmente o ganho de força, que contribuirá para um melhor desenvolvimento do indivíduo.

Palavras-chave: Treinamento resistido. Crianças. Adolescentes. Protocolos.

INTRODUÇÃO

A aplicação do treinamento resistido (TR) em crianças e adolescentes era questionada, pois o mesmo poderia afetar negativamente o crescimento ósseo e articular (RIANS, et al., 1987). Atualmente, devido à recomendação do TR para jovens por organizações profissionais qualificadas e de diversos estudos científicos importantes relacionados a esse tema (FAIGENBAUM, 1993; RAMSAY et al., 1990; SALE, 1989; KRAEMER et al., 1989; SEWAL & MICHELI, 1986; BLIMKIE, 1989), muitas dessas questões possuem mais respostas com bases científicas do que anteriormente. Organizações, citada por Fleck & Kraemer (2006), como American Academy of Pediatrics (1990), American Orthopedic Society for Sports Medicine (1998) e National Strength and Conditional Association (1996), que é apoiada pelo American College of Sports Medicine (ACSM) tem produzido posicionamentos que indicam que o TR para jovens, quando prescrito e supervisionado de forma correta, é eficaz e seguro.

Os benefícios gerados pelo TR em crianças e adolescentes são diversos, entre os principais, estão o aumento de força, principalmente muscular localizada, redução do risco de lesões nos esportes e nas atividades recreativas, bem como a

(4)

melhora no desempenho nas atividades físicas (ACSM, 2002; BENJAMIN & GLOW, 2003; FLECK & KRAEMER, 2006; SUMAN et al., 2001). O TR também apresenta efeitos benéficos em diversos indicadores de saúde como composição corporal, densidade mineral óssea, perfil lipídico sanguíneo e saúde cognitiva (FAINGENBAUM et al., 2008).

Dependendo dos objetivos e da individualidade do praticante, diversas variáveis podem ser manipuladas durante a elaboração do TR, como o número de exercícios, séries, intensidade de esforço, intervalo de recuperação entre as séries, velocidade de execução e ordem dos exercícios (KRAEMER e RATAMESS, 2004).

Em um estudo realizado por Faigenbaum et al. (2002) com 21 meninas e 34 meninos, com idades entre 7 e 12 anos, comparou os efeitos de um e dois dias por semana de treinamento de força. Os resultados mostraram que o grupo que treinou dois dias por semana obteve melhores resultados no desenvolvimento de força em crianças. Este resultado é interessante quando se pensa em um ambiente escolar, pois geralmente as aulas de Educação Física são ministradas duas vezes por semana.

Fontoura et al. (2004) obtiveram um aumento significativo na força de uma repetição máxima (1RM) na extensão de joelho e flexão de cotovelo de 78% e 67%, respectivamente, em meninos pré-púberes e púberes, após treinarem por 12 semanas, três vezes por semana, com intensidade de 60% a 85% de 1RM.

A partir do exposto acima, ficam claros os benefícios do TR em crianças e adolescentes, embora este assunto seja fortemente debatido e ainda necessite de maiores esclarecimentos, principalmente com relação ao protocolo a ser utilizado com o objetivo de se desenvolver a força desses indivíduos. Desse modo, essa revisão tem como objetivo, demonstrar e discutir os protocolos do TR utilizados com crianças e adolescente, com vistas à melhora da força muscular.

METODOLOGIA

Esta revisão de literatura possui caráter descritivo e foi feita a partir de trabalhos relacionados ao TR e força muscular com crianças e adolescentes. Foi realizada a identificação dos estudos de interesse por meio de uma pesquisa em base de dados científicos online, usando-se uma busca combinada de palavras-chave relacionadas ao exercício resistido (treinamento resistido e treinamento de

(5)

força) e crianças e adolescentes (crianças, adolescentes, jovens, púberes e pré-púberes). Foram analisados artigos sobre o tema publicado dos últimos vinte e seis anos nos idiomas português e inglês.

Nessa busca foram consultadas as bases de dados SciELO, PubMed, BIREME e Google Acadêmico. Foram incluídos nesse estudo artigos experimentais disponíveis na versão completa publicados em jornais e revistas. Um estudo de caso também foi incluído. Foram utilizados estudos de prescrição do TR isoladamente ou em combinação com outros tipos de treinamento feitos com crianças e adolescentes saudáveis. Os estudos disponíveis apenas na versão em resumo, os que não utilizavam o TR e os que envolviam uma amostra com algum tipo de patologia, foram excluídos. De um total de 67 artigos, apenas 13 preencheram os critérios de inclusão.

FORÇA MUSCULAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

A alteração no tamanho corporal resultante de processos celulares é uma atividade biológica dominante durante as duas primeiras décadas da vida do ser humano (MALINA et al., 2009). Este processo desempenha um papel importante no desenvolvimento da massa muscular e na determinação da força (MONTEIRO, 1997). O desenvolvimento da força muscular em crianças e adolescentes é atribuído primariamente as adaptações neurais e secundariamente as musculares. (KRAEMER et al., 1989; FAINGENBAUM et al., 1996).

A figura 1 apresenta um grupo de variáveis fisiológicas que contribuem para a capacidade de apresentar força. Progressos notáveis em cada uma das variáveis são observados durante a adolescência, indicando que a idade fisiológica afetará a magnitude dos incrementos de força a partir do treinamento em pré-púberes e adolescentes.

(6)

Figura 1 – Modelo teórico de fatores de desenvolvimento da força muscular

Retirada do livro: Fleck & Kraemer. Fundamentos do treinamento de força muscular, 3ed, 2006.

A força muscular em crianças é afetada pelo aumento das dimensões anatômicas, pela maturação sexual e pela maturação do sistema nervoso central (ASTRAND et al., 2006). Da infância até o início da adolescência, não há diferença significativa na força entre meninos e meninas. Após estes períodos, entretanto, os meninos tornam-se gradualmente mais fortes, enquanto que as meninas não aumentam significativamente a força muscular. Alterações substanciais na síntese e na liberação de hormônios, com a proximidade do período pubertário, explicam provavelmente esta diferença (MONTEIRO, 1997; RHEA, 2009).

As variações hormonais, especialmente nos níveis de testosterona sérica e de hormônio do crescimento, são determinantes para que sejam observadas as diferenciações em favor dos meninos (RAMOS et al., 1998). A concentração de testosterona, em meninos e meninas pré-púberes, fica entre 20 e 60 ng/100ml; enquanto, durante a puberdade estes níveis, em meninos, aumentam para aproximadamente 600 ng/100ml, e permanecem inalterados em meninas (BAECHLE & EARLE, 2010).

(7)

PROTOCOLO DE TREINAMENTO

A maior parte dos estudos utilizou três e dois dias por semana de treinamento, com dias de descanso entre as sessões. A maioria dos programas utilizou máquinas isoinerciais e pesos livres. A duração dos programas variou de oito semanas a cinco meses, mas os períodos mais comuns foram os de oito a doze semanas. Todos os estudos utilizaram um grupo controle, exceto, o estudo de caso. O número de exercícios resistidos utilizados, isoladamente e em conjunto com outros tipos, variou de um a doze exercícios. O número de séries prescritas variou de uma a cinco séries, e as repetições entre seis e vinte. As intensidades mais trabalhadas nos exercícios resistidos variaram de 50% a 60% de 10RM e 60% a 85% de 1RM. Já a duração da sessão de exercício foi de 25 a 60 minutos. Os detalhes específicos dos estudos estão resumidos na tabela 1.

EFEITOS DO TREINAMENTO SOBRE A FORÇA MUSCULAR

Em geral, o TR realizado duas ou três vezes por semana resultou em melhorias na força muscular durante a infância e início da adolescência. Diferenças interindividuais nas respostas aos programas de TR não foram consideradas ou relatadas. É difícil, no entanto, comparar resultados de diferentes estudos devido à variação qualitativa e quantitativa nos protocolos de treinamentos e testes, características da amostra, protocolos analíticos e de freqüência, intensidade e duração do treinamento. No geral os estudos analisados na presente revisão, estão de acordo com algumas diretrizes de grandes organizações como o American College of Sport Medicine (2002), British Associaton of Sport and Exercise Science (2004) e American Academy of Pediatrics (2008) que recomendam que o programa de treino seja de no mínimo oito semanas e não deve exceder a execução de 8-12 exercícios por aula, com uma a três séries, de 6-15 repetições. Os exercícios devem trabalhar os membros superiores e inferiores de forma integrada, assim como exercícios específicos para abdominais e dorsais.

(8)

Ta b e la 1 . - Es tud o s exp er im enta is do T rei na m ento R es is ti do e m c ri anç as e ad ol es ce ntes , di spo sto s em o rd em c ro no ló gi ca R e s u lt a d o s O G ru p o I a p re s e n to u g a n h o s s ig n if ic a ti v o s d e fo rç a e m r e la ç ã o a o G ru p o I I (4 3 % e 9 % re s p e c ti v a m e n te ). O G ru p o I a p re s e n to u g a n h o s s ig n if ic a ti v o s d e fo rç a d e c o to v e lo ( 3 7 % ) e f le x o re s d e j o e lh o (2 4 % ) e m re la ç ã o a o G ru p o I I (1 5 % e 5 % re s p e c ti v a m e n te ). O G ru p o I a p re s e n to u g a n h o s s ig n if ic a ti v o s d e fo rm a d e s u p in o e r o s c a b íc e p s e m r e la ç ã o a o G ru p o I I. G ru p o I a p re s e n to u g a n h o s s ig n if ic a ti v o s d e f o rç a is o m é tr ic a a b s o lu ta e re la ti v a e m r e la ç ã o a o g ru p o I I O G ru p o I a p re s e n to u g a n h o s s ig n if ic a ti v o s d e fo rç a d e s u p in o ( 3 5 % ), leg p re s s (2 2 % ) e m re la ç ã o a o G ru p o I I G e , in d ic a o t a m a n h o d a a m o s tr a d o g ru p o e x p e ri m e n ta l; G c , in d ic a d o t a m a n h o d a a m o s tr a d o g ru p o c o n tr o le ;T R , T re in a m e n to d e R e s is ti d o ; M , M a s c u lin o ; F , F e m in in o ; re p , re p e ti ç õ e s ; m in , m in u to s ; s e g , s e g u n d o s ; IR , In te rv a lo d e r e c u p e ra ç ã o ; R M , R e p e ti ç ã o m á x im a ; X , n ã o h á d a d o s d is p o n ív e is ; EC , Es tu d o d e c a s o . N º d e e x e rc íc io s 3 10 6 6 T re in a m e n to d e f o a / In te n s id a d e G ru p o I : e x p e ri m e n ta l G ru p o I I: c o n tr o le - Aq u e c im e n to : 5 m in a e ró b io - 3 x 1 0 r e p . - 5 0 , 8 0 e 1 0 0 % 1 0 R M - T e m p o d e d u ra ç ã o : 2 5 -3 0 m in G ru p o I : e x p e ri m e n ta l G ru p o I I: c o n tr o le - C irc u it o d e m á q u in a s h id rá u lic a s -3 s é ri e s - IR : 3 0 s e g - T e m p o d e d u ra ç ã o : 4 5 m in G ru p o I : e x p e ri m e n ta l G ru p o II : c o n tr o le - C irc u it o - 5 s é ri e s n o s e x e rc íc io s p ri m á ri o s - 3 s é ri e s n o s e x e rc íc io s s e c u n d á ri o s - 7 5 % 1 R M G ru p o I : e x p e ri m e n ta l G ru p o s I I: c o n tro le - 5 s é ri e s n o s e x e rc íc io s p ri m á ri o s - 3 s é ri e s n o s e x e rc íc io s s e c u n d á ri o s - F a s e 1 : 7 5 % 1 R M - F a s e 2 : 8 5 % 1 R M S e s s õ e s s e m a n a is 3 v e z e s 3 v e z e s 3 v e z e s 3 v e z e s D u ra ç ã o d o T R 9 s e m a n a s 1 4 s e m a n a s 1 0 s e m a n a s 2 0 s e m a n a s T a n n e r 1 -2 Pré -p ú b e re s Pré -p ú b e re s Pré -p ú b e re s S e x o M e F M M M Id a d e (a n o s ) 10 -11 6 -11 9-11 9-11 Gc 8 10 13 13 Ge 10 18 14 13 R e fe n c ia Se w a ll e M ic h e li, (1 9 8 6 ) W e lm a n e t a l. , 1 9 8 6 R ia n s e t a l. (1 9 8 7 ) Bl im k ie e t a l. (1 9 8 9 ) R a m s a y e t a l. (1 9 9 0 )

(9)

Ta b e la 1 ( C o nti n ua ção ) E stud o s exp er im enta is do T rei na m ento R es is ti do e m c ri an ças e ado les centes , di spo sto s em o rd em c ro no ló gi ca R e s u lt a d o s O G ru p o I a p re s e n to u a u m e n to s s ig n if ic a ti v o s d e fo rç a i s o tô n ic a ( 2 2 .6 % ) e is o c in é ti c a ( 2 7 .8 % ), s e m m u d a n ç a s d a c o m p o s iç ã o c o rp o ra l. O G ru p o I I n ã o a p re s e n to u n e n h u m a m u d a n ç a O G ru p o I a p re s e n to u g a n h o s s ig n if ic a ti v o s d e fo rç a n a c a d e ir a e x te n s o ra (6 5 % ), c a d e ir a f le x o ra (7 8 % ), s u p in o ( 8 7 % ), ro s c a b íc e p s ( 7 8 % ) e m re la ç ã o a o G ru p o I I (g a n h o s m é d io s 1 2 -1 4 % ) O g ru p o I a p re s e n to u g a n h o s s ig n if ic a ti v o s n a f o rç a d e 6 R M n a c a d e ira e x te n s o ra (5 3 .5 % ) e n o s u p in o (4 1 .1 % ) e m re la ç ã o a o g ru p o c o n tr o le (6 .4 e 9 .5 % , re s p e c ti v a m e n te ). Os g ru p o s I e I I (3 1 e 4 9 .9 % re s p e c ti v a m e n te ) a p re s e n ta ra m g a n h o s s ig n if ic a ti v o s n a f o rç a d e 1 R M n a C a d e ir a e x te n s o ra , c o m p a ra d o a o g ru p o I II . A p e n a s o g ru p o II (1 6 .3 % ) o b te v e g a n h o s s ig n if ic a ti v o s d e f o rç a d e 1 R M n o s u p in o , c o m p a ra d o a o g ru p o I II . G e , in d ic a o t a m a n h o d a a m o s tr a d o g ru p o e x p e ri m e n ta l; G c , in d ic a d o t a m a n h o d a a m o s tr a d o g ru p o c o n tr o le ;T R , T re in a m e n to d e R e s is ti d o ; M , M a s c u lin o ; F , F e m in in o ; re p , re p e ti ç õ e s ; m in , m in u to s ; s e g , s e g u n d o s ; IR , In te rv a lo d e re c u p e ra ç ã o ; R M , R e p e ti ç ã o m á x im a ; X , n ã o h á d a d o s d is p o n ív e is ; E C , Es tu d o d e c a s o . N º d e e x e rc íc io s 1 7 5 11 T re in a m e n to d e f o a / In te n s id a d e G ru p o I : e x p e ri m e n ta l G ru p o I I: c o n tr o le - Aq u e c im e n to e s p e c íf ic o : 2 x 7 R M - 3 x 7 -1 0 R M - G ru p o I I jo g o u j o g o s d e t a b u le ir o n o m e s m o p e rí o d o e d u ra ç ã o d o t re in a m e n to d o G ru p o I . G ru p o I : e x p e ri m e n ta l G ru p o I I: c o n tr o le - 10 -1 5 re p - 5 0 % , 7 5 % e 1 0 0 % d e 1 0 R M G ru p o I : e x p e ri m e n ta l G ru p o I I: c o n tr o le - 1 0 m in d e a lo n g a m e n to , e x e rc íc io s c a lis tê n ic o s e a q u e c im e n to e s p e c íf ic o - 4 p ri m e ir a s s e m a n a s : 2 x 6 R M - A p a rt ir d a 4 ª s e m a n a : 3 x 6 R M - 1 m in d e I R - Q u a n d o n e c e s s á ri o , a c ré s c im o d e 5 a 1 0 % d e c a rg a G ru p o I : 1 x 6 -8 re p G ru p o I I: 1 x 1 3 -1 5 r e p G ru p o I II : c o n tro le - T e m p o d e d u ra ç ã o : 3 0 -4 0 m in - Aq u e c im e n to 1 0 m in d e a e ró b io e m b a ix a in te n s id a d e e a q u e c im e n to e s p e c íf ic o d a s m u s c u la tu ra s t ra b a lh a d a s n o d ia - Q u a n d o n e c e s s á ri o , a c ré s c im o d e 5 a 1 0 % d a c a rg a S e s s õ e s s e m a n a is 3 v e z e s 2 v e z e s 2 v e z e s 2 v e z e s D u ra ç ã o d o T R 8 s e m a n a s 8 s e m a n a s 8 s e m a n a s 8 s e m a n a s T a n n e r Pré -p u b e re s 1 -2 1 -2 X S e x o M e F M e F M e F M e F Id a d e (a n o s ) 10 -11 8 -12 7 -12 6 -11 Gc 8 10 9 12 Ge 8 15 15 31 R e fe n c ia O z m u n , M ik e s k y e Su rb u rg (1 9 9 3 ) F a ig e n b a u m e t a l. ( 1 9 9 3 ) F a ig e n b a u m e t a l. ( 1 9 9 6 ) F a ig e n b a u m e t a l. ( 1 9 9 9 )

(10)

Ta b e la 1 ( C o nti n ua ção ) Es tud o s exp er im enta is do T rei na m ento R es is ti do e m c ri an ças e ado les centes , di spo sto s em o rd em c ro no ló gi ca R e s u lt a d o s Ap e n a s o g ru p o I I o b te v e g a n h o s s ig n if ic a ti v o s d e f o rç a d e 1 R M n o s u p in o , c o m p a ra d o a o g ru p o I II (1 1 .5 e 4 .4 % r e s p e c ti v a m e n te ). O s g ru p o s I e I I (1 4 .2 e 2 4 .7 % re s p e c ti v a m e n te ) a p re s e n ta ra m g a n h o s s ig n if ic a ti v o s n a f o rç a d e 1 R M n o L e g Pr e s s , c o m p a ra d o a o g ru p o I II (2 .4 % ) O G ru p o I a p re s e n to u a u m e n to s s ig n if ic a ti v o s n a f o rç a d e 1 R M d e e x te n s ã o d e j o e lh o ( 7 8 % ) e f le x ã o d e c o to v e lo (6 7 % ) e m re la ç ã o a o G ru p o I I O s g ru p o s I e I I ti v e ra m g a n h o s s ig n if ic a ti v a m e n te m a io re s n a fo rç a d e 1 R M ( 2 1 % e 2 3 % , re s p e c ti v a m e n te ), e m c o m p a ra ç ã o a o g ru p o c o n tro le (1 % ) O G ru p o I a p re s e n to u g a n h o s d e fo rç a s ig n if ic a ti v o s e m t o d o s o s te s te s r e a liz a d o s , q u a n d o c o m p a ra d o s a o s t e s te s a n te s d o in íc io d o t re in o . En tr e ta n to , e m re la ç ã o a o G ru p o I I, a p re s e n to u re s u lt a d o s s ig n if ic a ti v o s a p e n a s n o s t e s te s d e a b d o m in a l, s a lt o h o ri z o n ta l e b a rra m o d if ic a d a G e , in d ic a o t a m a n h o d a a m o s tr a d o g ru p o e x p e ri m e n ta l; G c , in d ic a d o t a m a n h o d a a m o s tr a d o g ru p o c o n tr o le ;T R , T re in a m e n to d e R e s is ti d o ; M , M a s c u lin o ; F , F e m in in o ; re p , re p e ti ç õ e s ; m in , m in u to s ; s e g , s e g u n d o s ; IR , In te rv a lo d e re c u p e ra ç ã o ; R M , R e p e ti ç ã o m á x im a ; X , n ã o h á d a d o s d is p o n ív e is ; E C , Es tu d o d e c a s o . N º d e e x e rc íc io s 12 8 9 9 T re in a m e n to d e f o a / In te n s id a d e G ru p o I : 1 v e z p o r s e m a n a G ru p o I I: 2 v e z e s p o r s e m a n a G ru p o s I II : c o n tr o le - T e m p o d e d u ra ç ã o : 3 0 -4 0 m in - 1 x 1 0 -1 5 r e p . a té a f a d ig a m u s c u la r - 2 m in d e I R G ru p o I : e x p e ri m e n ta l G ru p o I I: c o n tr o le - T e m p o d e d u ra ç ã o : 6 0 m in - Aq ue ci m en to : 10 ’ d e a eró bi o - In te n s id a d e d o t re in o : 6 0 a 8 5 % 1 R M - Al o n g a m e n to f in a l d e 1 0 m in G ru p o I : 1 x 6 -1 0 R M G ru p o I I: 1 x 1 5 -2 0 R M G ru p o I II : c o n tro le -T e m p o d e d u ra ç ã o : 3 0 m in G ru p o I : e x p e ri m e n ta l G ru p o I I: c o n tr o le - Ex e rc íc io s c a lis tê n ic o s e p lio m é tr ic o s p a ra i n ic ia n te s , a b ra n g e n d o o c o rp o t o d o . - T re in a m e n to e m c irc u it o - Aq ue ci m en to : 10 ’ a er ób io + a lo n g a m e n to - 4 p ri m e ir a s s e m a n a s : u m a s é ri e , 3 0 s e g IR - D a 4 ª a 8 ª s e m a n a : u m a s é ri e , IR o p c io n a A p a rt ir d a 8 ª s e m a n a : d u a s s é ri e s , m e n o s re p e ti ç õ e s S e s s õ e s s e m a n a is 1 o u 2 v e z e s 3 v e z e s 2 v e z e s 2 v e z e s D u ra ç ã o d o T R 8 s e m a n a s 1 2 s e m a n a s 8 s e m a n a s 1 2 s e m a n a s T a n n e r X Pré -p ú b e re s X 4 S e x o M e F M M e F M Id a d e (a n o s ) 7 -12 7-11 9-12 14 Gc 13 7 12 15 Ge 42 7 31 33 R e fe n c ia F a ig e n b a u m e t a l. ( 2 0 0 2 ) F o n to u ra , Sc h n e id e r e M e y e r (2 0 0 4 ) F a ig e n b a u m e t a l. ( 2 0 0 5 ) Bra g a e t a l. (2 0 0 8 )

(11)

Ta b e la 1 ( C o nti nua ção ) Es tud o s exp er im enta is do T re ina m ento R es is ti do e m c ri an ças e ado les centes , di spo sto s em o rd em c ro no ló gi ca R e s u lt a d o s Si g n if ic a ti v o s g a n h o s d e fo rç a m u s c u la r q u e v a ri a ra m d e 2 5 % a 5 0 % G e , in d ic a o t a m a n h o d a a m o s tr a d o g ru p o e x p e ri m e n ta l; G c , in d ic a d o t a m a n h o d a a m o s tr a d o g ru p o c o n tr o le ;T R , T re in a m e n to d e R e s is ti d o ; M , M a s c u lin o ; F , F e m in in o ; re p , re p e ti ç õ e s ; m in , m in u to s ; s e g , s e g u n d o s ; IR , In te rv a lo d e r e c u p e ra ç ã o ; R M , R e p e ti ç ã o m á x im a ; X , n ã o h á d a d o s d is p o n ív e is ; EC , Es tu d o d e c a s o . N º d e e x e rc íc io s 8 T re in a m e n to d e f o a / In te n s id a d e - M u lt ia rt ic u la r-> M o n o a rt ic u la r - 2 x 1 5 r e p . - In te n s id a d e m o d e ra d a S e s s õ e s s e m a n a is 3 v e z e s D u ra ç ã o d o T R 1 2 s e m a n a s T a n n e r X S e x o M Id a d e (a n o s ) 13 Gc __ Ge EC R e fe n c ia M e d e iro s (2 0 1 0 )

(12)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a presente revisão foi possível perceber que os protocolos utilizados nos estudos envolvendo criança e adolescentes, têm resultado em um aumento significativo de força muscular. Evidentemente esses ganhos de força podem variar em função do protocolo utilizado e também pelo estágio maturacional do indivíduo.

Com isso, sugere-se que o TR seja incluído nas atividades físicas durante a infância e adolescência, visto que há grandes benefícios, principalmente o ganho de força, que contribuirá para um melhor desenvolvimento do indivíduo. Porém, deve-se ficar atento ao protocolo a ser utilizado e as características fisiológicas da criança ou do adolescente.

REFERÊNCIAS

AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS. Strength training by children and adolescents. Pediatrics, v. 1212, p. 835-840, 2008.

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Strength Training by Children and Adolescents. Current Comment, 2002.

ASTRAND, P. O.; RODAHL, K.; DAHL, H. A.; STROMME, S. B. Tratado de

fisiologia do trabalho: bases fisiológicas do exercício. Porto Alegre: Artmed, 2006.

v.4.

BAECHLE, T. R.; EARLE, R. W. Essentials of strength and conditional: National Strength and Conditional Association. Estados Unidos: Editors, 2008, v.3, p. 147.

BENJAMIN, H. J.; GLOW, K. M. Strength Training for Children and Adolescents. What Can Physicians Recommend?. The Physician and Sports Med, v. 31, p. 9, 2003.

BENJAMIN, H. J.; GLOW, K. M. Strength Training for Children and Adolescents. What Can Physicians Recommend?. The Physician and Sports Med, [S.l.], v. 31, n. 9, p. 16-23, 2003.

BLIMKIE, C. J. R. Age- and sex-associated variation in strength during childhood: anthropometric, morphologic, neurologic, biomechanical, endocrinologic, generic, and physical activity correlates. Perspective in Exercise Science and Sport

Medicine, v. 2, p. 99-163, 1989.

BRAGA, F.; GENEROSI, R. A.; MARRAMARCO, G. T.; RODRIGUES, R. S.; GARLIPP, D. C.; GAYA, A. Programa de treinamento resistido sem o uso de

aparelhos no desenvolvimento da força em adolescentes masculinos púberes dentro do ambiente escolar. EFDeportes.com,Buenos Aires, v. 13, p.122, 2008.

(13)

Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd122/desenvolvimento-da-forca-em-adolescentes-masculinos.htm>. Acesso em: 22 abr. 2012.

BRITISH ASSOCIATION OF SPORT AND EXERCISE SCIENCE. Positon Statement on guidelines for resistance exercise in young people. Journal of Sport Science, v. 22, p. 283-290, 2004.

FAIGENBAUM, A. D.; MILLIKEN, L. A.; LOUD, R. L.; BURAK, B. T.; DOHERTY, C. L.; WESTCOTT, W. L. Comparison of 1 and 2 days per week of strength training in children. Research Quartely Exercise &Sport, v. 73, p. 416-424, 2002.

FAIGENBAUM, A. D.; WESTCOTT, W. L.; LOUD, R. L; CINDY, L. The effects of different resistance training protocols on muscular strength and endurance development in children. Pediatrics, v. 104, p. 1-7, 1999.

FAIGENBAUM, A. D.; ZAICHKOWSKY, L. D.; WESTCOTT, W. L.; MICHELI, L. J.; FEHLANDT, A. F. The effects of twice-a-week strength training on children.

Pediatrics Exercise Science, v. 5, p. 339-346, 1993.

FAIGENBAUM, A. D.; MILLIKEN, L.; MOULTON, L.; WESTCOTT, W. L. Early muscular fitness adaptations in children in response two different resistance training regimens. Pediatrics Exercise Science, v. 17, p. 137-148, 2005.

FAIGENBAUM, A. D.; RATAMESS, N. A.; MCFARLAND, J.; KACZMAREK, J.; CORAGGIO, M. J.; KANG. J. and HOFFMAN, J. R. Effect of Rest Interval Length on Bench Press Performance in Boys, Teens, and Men. Pediatrics, v.20, p. 457-469, 2008.

FAIGENBAUM, A. D.; WESCOTT, W. L.; MICHELI, L. J.; OUTERBRIDGE, A. R.; LONG, C. J.; LAROSA-LOUD, R.; ZAICHKOWSKY, L. D. The effects of Strength training and detraining on children. Journal of Strength and Conditioning

Research, v. 10, 2, p. 109-114, 1996.

FLECK, S. J., KRAEMER, W. J. Fundamentos do Treinamento de Força

Muscular. Porto Alegre: Artmed, 2006. v. 3. p. 291-307

FONTOURA, A. D.; SCHNEIDER, P.; MEYER, F. O efeito do destreinamento de força muscular em meninos pré-púberes. Revista Brasileira de Medicina do

Esporte, v. 10, n. 4, p. 281-284, 2004.

KRAEMER W. J.; FRY, A. C.; FRYKMAN, P. N.; CONROY, B.; HOFFMAN, J.

Resistance training and youth. Pediatric Exercise Science, v. 1, p. 336–350, 1989. KRAEMER, W. J.; RATAMESS, N. A. Fundamentals of Resistance Training:

Progression and Exercise Prescription. Medicine and Science in Sports and

Exercise, v. 36, p. 674–688, 2004.

LIMKIE, C. J. R. Resistance training during pre and early puberty: efficacy,

trainability, mechanisms and persistence. Canadian Journal of Sports Science, v. 17, p. 264-279, 1992.

(14)

MALINA, R. M.; BOUCHARD, C.; BAR-OR, O. Crescimento, maturação e

atividade física. São Paulo: Phorte, 2009. v. 2.

MEDEIROS, J. F. A prática do treinamento de força na adolescência: um estudo de caso. EFDeportes.com, Buenos Aires, v. 15 p. 149, 2010. Disponível em:

<http://www.efdeportes.com/efd149/treinamento-de-forca-na-adolescencia.htm>. Acesso em: 22 abr. 2012.

MONTEIRO, W. D. Força muscular: uma abordagem fisiológica em função do sexo, idade e treinamento. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde.

OZMUN, J. C.; MIKESKY, A. E.; SURBURG, P. R. Neuromuscular adaptations following prepubescent strength training. Medicine and Science in Sports and

Exercise, v. 26, p. 510-51, 1994.

RAMOS, E.; FRONTERA, W. R.; LLOPART, A.; FELICIANO, D. Muscle strength and hormonal levels and adolescents: gender related differences. International Journal

of Sports and Exercise, n. 19, p. 526-531, 1998.

RAMSAY, J. A.; BLIMKIE, C. J. R.; SMITH, K.; GARNER, S.; MACDOUGALL, J. D.; SALE, D. G. Strenght training effects in prepubescent boys. Medicine and Science

in Sports and Exercise, v. 22, p. 605-614, 1990.

RHEA, M. Treinamento de força para crianças. São Paulo: Phorte, 2009.

RIANS, C. B.; WELTMAN, A.; CAHILL, B. R.; JANNEY, C. A.; TIPPETT, S. R.; KATCH, F. I. Strength training for prepubescent males: Is it safe?. American

Journal Sports Medicine, v. 15, p. 483-89, 1987.

SALE, D. G. Strength training in children. Perspectives in Exercise Science and

Sports Medicine, v. 2, p. 165-222, 1989.

SEWALL, L.; MICHELI, L. J. Strength training for children. Pediatric Exercise

Science, v. 1, p. 145-154, 1986.

SUMAN, O. E., SPIES, R. J., CELIS, M. M., MLCAK, R. P., HERNDON, D. N. Effects of a 12wk resistance exercise program on skeletal muscle strength in children with burn injuries. Journal Appl Physiol, v. 91, p. 1168-1175, 2001.

v. 2, n. 2, p. 50-66, 1997.

WELTMAN, A.; JANNEY, C.; RIANS, C. B., STRAND, K.; BERG, B.; TIPPITT, S; WISE, J.; CAHILL, B. R.; KATCH, F. I. The effects of hydraulic resistance strength training in pre-pubertal males. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 18, p. 629-638, 1986.

Referências

Documentos relacionados

Estas demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade 34 – Relato Financeiro Intercalar. Como tal não inclui a totalidade da

A de interesse neste estudo é o enquadramento envolvendo a água doce, pois esta é de interesse o seu uso para a população humana, a saber que, a classe

Os resultados dos estudos acima discutidos, como mencionado, indicam que a consciência metatextual é uma habilidade que emerge de forma mais efetiva por volta dos 8-9 anos.

O presente estudo tem como objetivo avaliar se o uso de um munhão personalizado é capaz de facilitar a remoção do excesso de cimento após a cimentação de

Não só o crack, mas também as drogas de modo geral, e incluem-se aqui também as chamadas drogas lícitas tais como álcool e tabaco, são considerados um

Nos Estados Unidos da América EUA, elas representam cerca de 133 milhões, as quais contribuem para 7 a 10% da mortalidade a cada ano, resultam num gasto dispendido para a saúde de

Para modelação e ajuste do viés arbitral foi usado regressão logística binária sendo “audiência” (público no estádio) e taxa de ocupação, posse de

A operacionalização da implantação do apoio matricial às equipes de Saúde da Família, segundo Relatório do Planejamento da Gestão atual da Saúde Mental se deu