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Rick C. Howard -O Tribunal de Cristo

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Todos os direitos reservados. C o p y rig h t © 2005 para a lín g u a p o rtu g u esa da Casa P u blicadora das A ssembléias de D eus. A provado pelo C o n se lh o de D o u trin a . T ítu lo do original em inglês: The Judgm ent Seat o f Christ

N a io th S o u n d an d Publishing, W o o d sid e, C alifórnia, E U A P rim eira edição em inglês: 1990

T rad u ção : A lan R ic a rd o R e is A raújo

C apa, p ro jeto gráfico e editoração: A lex an d er D. R . da Silva Preparação dos originais: K léb er C ru z

R evisão: A lexandre C o e lh o C D D : 2 3 6-E scatologia ISB N : 8 5 -2 6 3 -0 7 3 8 -X

As citações bíblicas foram extraídas da versão A lm eida R evista e C o rrig id a , edição de 1995, da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação em contrário.

Para m aiores in fo rm açõ es sobre livros, revistas, p erió d ico s e os ú ltim o s lançam entos da CPA D , visite nosso site: h ttp ://w w w .c p a d .c o m .b r

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E x is te em prim eiro lugar a literatura do conhecimento, e em segundo a literatura do poder. A função da primeira é ensinar. A função da segunda é

mover; a primeira é um timão, a segunda um remo ou uma vela.

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A o laico batista do Sul,

cuja vida e testemunho deram um contexto

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Prefácio do Autor

Era um a úm ida noite de prim avera em M em phis, Tennessee. Eu havia caído no sono em m eu pequeno apartam ento, ainda vestido, m uito exausto em ocional e fisicamente para m e trocar para dorm ir.

D e repente eu estava com pletam ente acordado, m eu coração palpitando ferozm ente e minhas roupas coladas ao corpo pela transpiração! M eus olhos estavam com pletam ente abertos — com o n u m m o m ento de pavor — e eu estava chorando!

E u havia acabado de ter um a visão de Jesus Cristo para a qual não estava pronto. N ão havia nen h u m precedente em m inha vida e estudo para po d er entender o que via. Além do mais, as circunstâncias da visão haviam me derrubado pelo medo: fui deixado trem endo e am edrontado.

E u sabia onde havia estado! E u sabia o que havia visto, e não era resultado de cansaço ou fome. O local era o bema de C risto, o Tribunal!

P or razões que explicarei adiante, eu havia passado quatro dias estudando cada passagem e ensinam ento que consegui encontrar sobre aquele assunto, e eu conhecia bem a descrição do local. Mas estava com pletam ente despreparado para o drama e o pavor daquele m om ento.

O Cristo que eu via tinha olhos flamejantes de fogo, e cabelo com o lã refinada com pletam ente branca. Ele não tinha nenhum a semelhança com o “ gentil Jesus, dócil e afável” cuja im agem estava afixada no m eu quarto de infancia.

P orém ainda mais im pressionante e extraordinária que sua aparição foi sua presença. Evocava medo! Era um lugar de terror!

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O Tribunal de

Cr is t o

Fiquei deitado e acordado, m inha m ente percorrendo diversos corredores de lembranças, com m edo de m e m over o u p erder o pensam ento. Esta experiência produziu questões que exigiam respostas: A quela im agem de C risto era bíblica? H averia algum dia u m m om ento com o este para os crentes verdadeiros — u m tem po específico quando eles estariam diante do S enhor e passariam p o r tal m o m ento, que só poderia ser descrito com o “terro r”?

Estas questões, m eu amigo, são dignas de nossa pesquisa. Elas exigem respostas bíblicas, e são o foco da tese deste livro.

R ic k C . H ow ard R e d w o o d C ity, Califórnia Setem bro de 1990

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Prefácio

*

Estava sentado n u m salão aberto do aeroporto Pago Pago na ilha de Samoa, esperando p o r um vôo. O clima estava quente e úm ido, típico dos trópicos da Polinésia. Folheava um a lista de afazeres que estava na m inha mala, e retirei o m anuscrito do livro O Tribunal de Cristo, de R ic k H ow ard. E nquanto m editava sobre o título, senti um nó na garganta e m eu coração acelerou com um a em polgação que parecia superar o úm ido calor tropical.

O T ribunal de Cristo: já ouvi R ic k falar poderosam ente deste assunto num erosas vezes. M arcou a ele, e m arcou a m im . Se ele nunca tocar em outro assunto, sua vida terá sido bem utilizada na percepção e entendim ento que ele trouxe a este tópico. Posso im aginar sua lápide u m dia dizendo apropriadam ente: “ O m estre do T ribunal de C risto” .

C onheço R ick há duas décadas. D e fato, sou um m em bro honorário de sua congregação em R e d w o o d C ity, C alifórnia. T e n h o sido privilegiado por colaborar com ele_em seminários e conferências pelo m undo. Existem poucos grandes mestres que se erguem com o pilares entre o C orpo de Cristo internacionalm ente. E u conto R ic k com o um destes verdadeiram ente grandes mestres, de acordo com Efésios 4. Ele instrui com diligência erudita, ilustrações vívidas e com h u m o r nas horas certas.

Em bora O Tribunal de Cristo seja um exemplo magistral da excelência do dom de ensino dado p o r Deus a R ick ; em bora eu o considere um amigo verdadeiro; em bora eu o respeite e tenha recebido a Palavra do

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O Tribunal de

Cr is t o

S enhor através dele para m im diretam ente em mais de um a ocasião — estas não são as m inhas razões para escrever este prefácio.

M inha verdadeira m otivação para recom endar este livro é porque ele é para m im , aqui e agora. E pela missão que eu represento, a Jovens C om U m a Missão (JO C U M ). Mas tam bém acredito que seja a mensagem do coração de D eus para o C orpo de C risto neste p o n to da H istória para nosso beneficio, fortalecim ento e preparação para encontrar nosso M estre, assim com o um a m otivo para nosso serviço aqui na terra. E pelos líderes e leigos igualm ente, em todos os lugares — n o s bancos de igreja, nas ruas e no m ercado.

Logo antes de ler o m anuscrito deste livro eu havia experim entado u m reavivam ento profundo e pessoal no Espírito Santo. Ele me conclam ou a am ar mais ao S enhor Jesus. Esta m ensagem sobre o trono de Cristo era do que m inha alma precisava agora — não apenas para ser m elhor preparada para encontrar m eu Salvador, mas para ser m otivada de m aneira mais ampla e sólida para trabalhar para Ele. E nquanto folhear as páginas deste livro, assim com o eu fiz, você encontrará seu coração agitado, seu espírito arrependido, e sua m ente desafiada. Acredito que você será m arcado, assim com o eu fui, pelo Espírito de Deus.

L oren C unningham Fundador e Presidente Jovens C o m U m a Missão (JO C U M )

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Sumario

J>

Prefácio do A u to r

... 9

Prefácio

... 11

1. O Juízo não É um Exame Im previsto...17

2. Preparemos o C e n á rio ... 27

3. O Local e a Q u e stã o ... 35

4. A V isão ... ... 43

5. O que Está aos nossos P é s... 51

6. Qual E a Natureza das O bras?...59

7. Recompensas no Tribunal... 67

8. A Necessidade de A ção ...81

9. Prestando o E xam e...89

Apêndice A :

Deus se Importa co m ig o ...93

Apêndice B:

M inha Vida Afeta os O u tro s ...95

/ Apêndice C:

M inha Vida E Importante para Deus... 97

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stamos esperando que D eus, à maneira de seus julgamentos, visite esta terra: estamos esperando por Ele. Q ue pensam ento! Sabemos destes julgam entos vindouros; sabemos que existem

centenas de milhares de cristãos professos que vivem despreocupadamente, e que, se não mudarem, perecerão sob a mão de D eus. A h , por que não haveremos de dar o m áxim o de nós para alertá-los, para implorar com e por eles, para que D eus tenha misericórdia deles? Se

sentirmos nossa necessidade de audácia, necessidade de zelo, necessidade de poder, não haveremos de começar a esperar em D eus mais definitivamente e persistentemente como um D eus de ju íz o , pedindo a Ele que revele a si mesmo nos julgam entos que estão por vir sobre nossos próprios amigos, de form a a que venhamos a ser inspirados por um novo temor pelo Senhor e por eles, sendo constrangidos a fa la r e a orar como nunca? Verdadeiramente, esperar no Senhor não significa amor à boa vida. Seu objetivo ê deixar a D eus e sua santidade, Cristo e o amor que morreu no Calvário, o Espírito e o fogo que queima no céu e veio à terra, tomarem posse de nós, para alertar e despertar homens com a mensagem de que estamos esperando por Deus à maneira de seus julgamentos. O cristão, prove que você realmente

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p

O Juízo não É um

Exame Imprevisto

[ j S o c è entra em pânico quando o encontra. V em inesperada e im previstam ente, com o u m acidente que não ocorreu p o r pouco no trânsito, ou a aproxim ação de um ladrão hostil. P o r outro lado, pode v ir ao fim de u m m e d o a n te c ip a d o , c o m o u m tão te m id o com parecim ento ante u m tribunal, ou em um a preparação necessária para um a auditoria de negócios ou impostos.

O batim ento cardíaco pode ser o m esm o em ambas as situações. V ocê pode suar abundantem ente em ambos os casos. Mas existe um a diferença óbvia: para u m você estava preparado, e o outro vem com o u m choque total.

N ada em m inhas viagens ao redor do m undo tem sido mais estranho do que a aterradora ausência de conhecim ento e discussão entre cristãos em relação ao T ribunal de Cristo.

Liberdade não É Licença

D e fato , p a re c e q u e em geral u m en sin o claro so b re a responsabilidade cristã na vida e no trabalho está em falta em todos os lugares. A apatia cristã abunda, e o relaxam ento na conduta cristã é prom ovido com o se a graça de D eus, manifesta na salvação, incluísse um a licença geral para o pecado!

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O Tribuna) de

Cr is t o

A liberdade, entretanto, não é um a licença, nem um a liberação judicial, através do Calvário, para que o crente não tenha um a vida

santa e cristã.

T em sido u m costum e m eu, ao estar com u m grupo de cristãos por um período de mais de u m culto, fazer pelo m enos um a pregação sobre o Tribunal de Cristo. E m todos os lugares onde fiz isto, descobri que o tópico era com pletam ente desconhecido ou suspenso sobre u m vago contexto teológico.

Precisamos perceber que grande privilégio é conhecer os caminhos de Deus. Os filhos de D eus precisam saber os diferentes m étodos pelos quais o Pai lida com os seus. A Palavra declara:

O Senhor f a z justiça e j u í z o a todos os oprimidos. F e z notórios os seus caminhos a M oisés e os seus feitos, aos filh o s de Israel. Misericordioso e

piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade. N ã o repreenderá perpetuamente, nem para sempre conservará a sua ira. N ã o nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribui segundo as

nossas iniqüidades (Sl 1 0 3 .6 -1 0 ).

Jesus Cristo: Salvador e Senhor

D eus sempre governa para o bem e bênção finais de seus escolhidos. Ele age pela honra e glória de seu b o m nom e. A Bíblia não oferece n en h u m conflito entre Jesus Cristo com o Salvador e Jesus C risto com o

Senhor.

T am pouco existe conflito entre a integridade de salvação do crente e a sua responsabilidade para com Deus. N unca tente encontrar um a diferença entre o maravilhoso po d er sustentador do Espírito e da graça de Deus e o julgam ento do crente nas mãos de Cristo, onde receberemos culpa ou louvor, recom pensa ou perda.

Alegre-se no Juízo

Falar sobre a justiça e os juízos de D eus é biblicam ente um a ocasião para regozijo. O u ça o salmista:

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O Juízo não É um Exame Imprevisto

O u ainda:

Alegre-se o cam po com tudo o que há nele; então, se regozijarão todas as árvores do bosque, ante a face do Senhor; porque vem , porque vem julgar a terra (Sl 96.12,13).

C. S. Lewis, o notável acadêm ico inglês, escreveu em Reflexões

sobre os Salm os: “N ós não precisamos portanto nos surpreender se os

Salmos o u os Profetas estiverem cheios de desejo p o r ju ízo , e considerar a anunciação de que o ‘ju lg am en to ’ está p o r vir com o um a boa nova” .

E sp ecificam en te, o T rib u n a l de C risto não é u m a “prova inesperada” . Profundos ensinam entos bíblicos concernentes ao juízo em geral são abundantes, assim com o são intensam ente específicos os avisos relacionados ao julgam ento do bema para os crentes.

N o entanto, é som ente nossa fiel busca pela verdade que nos trará esta consciência. A Bíblia é explícita. O crente pode se preparar para o ju íz o , o u p o d e escolher c o n tin u a r tranqüilam ente ig norante dos

procedim entos vindouros. C on h eço ambas as atitudes.

Os dois Julgamentos Básicos

O padrão básico de D eus para a avaliação dos crentes é bem conhecido. Cada um receberá recom pensa ou perda em m aior ou m en o r grau no T ribunal de Cristo. O resultado para cada crente será graus de dois julgam entos básicos: recompensa ou perda de recompensa.

Estava sentado à m inha mesa em m eu escritório, no centro de M em phis, Tennessee, tranqüilam ente ignorante deste tema. Segundas- feiras eram dias especialm ente cheios para um diretor de D epartam ento de M ocidade.

Havia anúncios de jornais que deveriam ser com pletados antes do prazo final, planos do C lube da Bíblia a ser preparados para diversas escolas naquela semana, e detalhes de últim a hora para nosso principal m eio de inform ação e outros m inistérios.

A Visita de um Batista

Estava trabalhando duro com estas coisas quanto recebi um a chamada telefônica do m eu m em bro favorito do conselho, u m entusiástico irmão batista que sempre mexia com igo com seu testem unho consistente e am or profundo e sincero p o r Jesus Cristo.

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O Tribunal de

Cr is t o

E d se deleitava em contar episódios hum orísticos e até vulneráveis sobre sua peregrinação pessoal a C risto, e havia sido u m fiel am igo e suporte para o m eu m inistério.

Mais de um a vez eu havia assistido a este ho m em de negócios, de grande sucesso, verter lágrimas enquanto relatava suas experiências em partilhar Jesus Cristo com outros. Q uando E d falava, o u ouvia.

— Preciso ver você p o r alguns m inutos esta m anhã — ele disse um dia, de m aneira empresarial.

— Impossível, E d — eu respondi. — Estou extraordinariam ente apressado esta m anhã. Talvez pudéssemos nos encontrar n o m eio da semana.

— N ão, R ick , precisa ser agora. V o u aí e esperar p o r um a brecha na sua agenda.

E u ouvi u m clique. A linha havia caído. Era algo urgente.

E ntão E d veio e se sentou em m eu escritório enquanto eu continuava com m eu trabalho. Logo em seguida eu o ouvi perguntar suavemente:

— R ick , você já pensou bastante sobre o T ribunal de Cristo? E u nem sequer ergui os olhos dos m eus papéis. R ep liq u ei com pouca originalidade:

— Ah, eu sei que haverá u m algum dia, Ed...

H o u v e silêncio absoluto. Q uan to eu finalm ente ergui os olhos em curiosidade, vi lágrimas rolando pela face de Ed! Senti-m e envergonhado, surpreendido e exposto.

— Ah, Ed, m e perdoe! O bviam ente você tem algo a partilhar com igo que é m uito mais im portante que este trabalho!

O Sermão de um Homem de Negócios

Pegando m inha Bíblia, virei m inha cadeira de form a a sentar de frente para m eu amigo.

— P ode com eçar, amigo. A cho que estou pronto.

E d sorriu forçosam ente para m im e com eçou. A quele irm ão batista do Sul, de baixa estatura, to m o u quase três horas e me levou através das Escrituras discorrendo sobre o T ribunal de Cristo. O assunto havia recentem ente causado grande im pacto sobre ele e, dem onstrando am or cristão, ele queria que eu fosse alertado.

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O Juízo não É um Exame Imprevisto

Q uando finalm ente term inou, E d colocou suas mãos sobre m eu om bro, com o sempre, e orou simples e fervorosam ente. Então ficou de pé, m e abraçou, e se foi.

E u estava assombrado e perturbado! Peguei o telefone e disquei a extensão da secretária daquela organização cristã.

— Veria, preciso ir para casa. P o r favor, arranje outros para assumir m eus compromissos pelos próxim os dias.

— Você está doente? — ela perguntou, preocupada.

— Sim — respondi — , de certa forma, mas não posso falar sobre isso agora.

— T u d o bem — ela replicou em to m maternal. — T om arei conta de tudo. Pode ir para casa.

M eu carro estava estacionado atrás do prédio. C orri aos tropeços para ele e com ecei a dirigir os cerca de quinze quilôm etros, de Poplar B oulevar ao m eu pequeno apartam ento na W h ite Station.

Poderia Ser Verdade?

Estava chorando e orando ao m esm o tem po. Estava realm ente perturbado! P or duas vezes parei o carro para recobrar a com postura. A sensação que m e dom inava era de estar com pletam ente nu, exposto, e totalm ente despreparado.

Havia estado no m inistério p o r sete anos, e nele havia tido muitas bênçãos e libertação. Mas nunca tinha ouvido sequer um a m ensagem sobre o Tribunal de C risto, tam pouco havia estudado o tem a p o r conta própria.

O que Ed partilhou com igo poderia ser verdade? E u sabia que a salvação não era adquirida ou afetada p o r boas obras, mas nossa recom pensa e posição no céu seriam. O bviam ente, todos os cristãos não teriam a mesma posição no céu.

Enquanto dirigia e chorava, subitam ente m e lem brei de um a experiência terrível no prim eiro ano na universidade. E u havia alcançado um a m édia de notas alta o suficiente, depois de m eu prim eiro semestre, para m e perm itir o privilégio de faltar o quanto quisesse no segundo semestre.

Sem este privilégio, um a redução de notas autom ática iria ser iniciada após três ausências não justificadas em qualquer disciplina. Em

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O Tribunal de

Cr js t o

m inha im aturidade, abusei deste privilégio; particularm ente em um a classe bíblica que parecia elem entar e básica para mim.

O Horror de Estar Despreparado

U m dia caminhava tranqüilam ente para a sala de aula depois de cerca de duas semanas de ausências. Estava pelo m enos dez m inutos adiantado, mas cada estudante estava em sua cadeira com seu caderno aberto na sua frente. M eu coração quase parou! Fui para m eu assento ao lado de u m amigo satírico.

— O que está acontecendo, Jim? — perguntei desesperadamente. Ele m e olhou com admiração.

— Ah, nada especial, H ow ad. Só a prova final do m eio de semestre — só isso.

M eu espanto deveria estar estampado na m inha face. — V ocê só pode estar brincando! — exclamei.

— Ah, não — Jim m e provocou. — Fazemos diversas coisas em polgantes p o r aqui. Você deveria vir mais vezes!

E u m e sentia tolo, despreparado e im aturo. O exame havia sido propriam ente anunciado; eu havia sim plesm ente sido descuidado com m inhas responsabilidades.

Desculpas não São Aceitas

Q uando m e aproxim ei do professor e im plorei p o r um adiam ento pessoal, ele respondeu com severidade:

— Sr. H ow ard, eu não aprovo a forma com o gerencia suas presenças. N ão posso puni-lo p o r perder as aulas, mas você é, apesar disto, responsável p o r tudo o que ocorre aqui. Você deve fazer o exam e esta m anhã com seus colegas ou receber um a reprovação autom ática neste teste.

Preferi não ver o papel em branco.

O enjôo que senti em m eu estôm ago então estava presente agora, m uitos anos depois. Ao dirigir-m e ao m eu apartam ento, percebi que um a avaliação m uito mais séria estava diante de m im , e eu nada sabia sobre ela também! Estava totalm ente despreparado para ela também! C o m o poderia não ter dado im portância? O que eu havia perdido em m inha falta de cuidado?

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O Ju ízo não É um Exame Imprevisto

Terror na Presença do Senhorí

E ntrei em m eu apartam ento e iniciei quase quatro dias e noites de estudo sobre o T ribunal de Cristo. E isto levou à noite que eu descrevi no com eço deste livro — um a noite de terror na presença do Senhor — mas que m u d o u m inha vida!

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e

reio ser necessário recordá-los da intenção por trás da doutrina [do ju íz o ] , a saber, que nós deveríamos estar diariamente apreensivos sobre a vinda do J u i z . D evem os form ar nosso comportamento sobre a compreensão de que haveremos de prestar contas ao J u i z que está

por vir. Isto é o que o profeta queria dizer quando fa lo u acerca do homem abençoado: Pois tanto quando ele ordena suas palavras com julgam ento.

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£E3

Preparemos

o Cenário

U i v ^ ü o há dúvida — a Bíblia é clara — o filho de D eus, vivendo sob a graça, nunca verá a condenação ou julgam ento pelo pecado.

O crente perm anece diante de D eus no firme alicerce de que a penalidade p o r todo pecado — passado, presente e futuro — foi levado p o r Cristo com o perfeito Sacrifício e Substituto. Q uão maravilhosas são as palavras de Paulo para os crentes colossensses:

E quando vós estáveis mortos nos pecados e na incircunsição da vossa carne, vos vivificou ju n ta m e n te com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual

de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz (C l 2 .1 3 ,1 4 ) .

A m aioria dos eruditos concorda que este “escrito” era um a declaração publicam ente exibida de endividam entos ou obrigação legal. T al lista de leis quebradas era freqüentem ente pregada à porta da cela do prisioneiro com o justificação pela sua sentença.

Cristo rem oveu as nossas acusações e as pregou em sua própria cruz! Ele tam bém pregou a lei mosaica, com todos os seus decretos, em sua cruz, pagando em sua m orte pela falha e pecam inosidade do hom em .

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O Tribunal de

Cr js t o

A Segurança do Crente

O verdadeiro crente em Jesus Cristo não é só posto além de condenação; ele é colocado “em C risto ”, e aceito na perfeição de Cristo! Ele é amado p o r D eus assim com o Jesus o é.

Salvação e justificação são completas na fé pura. A linguagem original de Colossenses 2.14, no grego diz: “tiro u -o [o pecado] do cam inho” . Esta é na verdade um a expressão forte que significa colocar algo com pletam ente fora de vista.

O próprio Jesus não deixou nenhum a outra interpretação possível quando disse: “Q u e m crê nele [o Filho de Deus] não é co n d en ad o ...” (Jo 3.18). O crente é seguro em Cristo Jesus! Louve a D eus p o r am or e graça tão abundantes!

“B em ” , você diz, “assunto encerrado. P o r que então esse discurso sobre terror?”

Jesus com o Senhor

B em simples, na verdade — e perigosam ente negligenciado. O fàto é que Jesus C risto não é som ente nosso Salvador — o perfeito e com pleto Substituto e Sacrifício pelo pecado — Ele é tam bém nosso

Senhor.

O credo original da fé cristã é: Jesus C risto é Senhor! A “fórm ula” mais simples e clara para se tornar u m cristão é dada desta form a na Bíblia: “Se, com a tua boca, confessares Jesus com o S enhor e, em teu coração, creres que D eus o ressuscitou dentre os m ortos, serás salvo” (R m 10.9, A R A ).

A palavra “S enhor” — kyrios no grego original — é em últim a instância mais um a posição que um nom e. “S enhor” é aquele a quem se cede com pleto controle. K yrios é relacionado, em português, a “ déspota” o u “ ditador” .

O Redentor Aguarda Resultados

A clara concepção de salvação, particularm ente em sua explicação da redenção, é que nós somos trazidos de volta, ou libertos, de form a a

sermos usados. Somos levados de volta a u m estado de valor e frutificação.

O R e d e n to r aguarda resultados, pois Ele não é só nosso Salvador; Ele é o nosso Senhor.

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Preparemos o Cenário

O Dr. C. S. Lovett escreve: “Ele dá a cada cristão um trabalho. Aqueles que ignoram suas ordens se sentirão horríveis quando Ele aparecer” . O apóstolo Jo ão alertou: “E agora, filhinhos, perm anecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenham os confiança e não sejamos confundidos p o r ele na sua vinda” (1 Jo 2.28).

Servos Infiéis e sem Frutos

Esta é um a clara referência à segunda vinda de Cristo. A língua original fala de u m escravo que tem um a consciência aberta e boa diante de seu senhor, em com paração com a hum ilhação, terror e vergonha experim entados pelo servo infiel.

N o Evangelho de João, Jesus nos diz: “Q u e m perm anece em m im , e eu, nele, esse dá m uito fru to ...” (Jo 15.5 A R A ). Q uando Cristo aparecer como Senhor, m uitos servos “se afastarão dele em vergonha” , pois têm sido servos infiéis. Eles são, em outras palavras, infrutíferos.

O Aviso de Paulo aos Servos

Paulo dirige os tópicos gerais da submissão e relacionam entos cristãos em duas passagens paralelas: Colossenses 3 e Efésios 6. Ele fala acerca das famílias, do governo e do em prego. E dirige estas palavras especificam ente aos servos em Efésios 6:

Vós, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo, não servindo à

vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fa ze n d o de coração a vontade de D eus; servindo de boa vontade como

ao Senhor e não como aos homens, sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fiz e r , seja servo, seja livre. E vós, senhores, f a z e i o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e o vosso está no céu e que para■ com ele não há

acepção de pessoas ( E f 6 .5 -9 ).

E aos colossenses Paulo escreve estas palavras, adicionando um a im portante frase ao que ele escreveu aos efésios.

Vós, servos, obedecei em tudo a vosso senhor segundo a carne, não servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em

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O Tribunal de

Cr is t o

simplicidade de coração, temendo a D eus. E , tudo quanto fizerd es, fa z e i- o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens, sabendo

que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis. M as quem f i z e r agravo receberá o agravo que fiz e r , pois

não há acepção de pessoas. Vós, senhores, f a z e i o que fo r de justiça e equidade a vossos servos, sabendo que também tendes um Senhor nos

céus (C l 3 .2 24 .1 ).

Boas e Más Notícias

N o te particularm ente que os assuntos tratados nestas passagens são

motivo, recompensa, serviço a Cristo e compensação. Eles são expressos na idéia de que “recebereis o que tivéreis feito” . São boas e más notícias para qualquer servo ou crente.

Q uando os crentes estiverem diante do T ribunal de C risto em sua vinda, eles serão julgados de acordo com suas obras; de acordo com a frutificação de suas vidas. Este ju ízo não será de forma alguma sobre se eles são salvos ou perdidos.

O T ribunal de Cristo determ ina a recom pensa ou perda de recom pensa para o serviço de cada crente. Aqueles diante do Tribunal de Cristo não serão apenas salvos e seguros; eles já estarão no céu!

Graça e Obras

Eles certam ente não estarão lá em razão de seus méritos ou obras,

p o rém sobre o mais seguro fundam ento da graça divina, que se fez possível através do sacrifício de Jesus Cristo.

A graça é gratuita, mas as obras não são — e a graça gratuita não custa pouco. N ós somos renascidos para term os um propósito e para sermos úteis. D eus espera certas coisas de você depois que se torna um cristão. E m outras palavras, sua vida cristã tom a u m rumo!

Somos “ criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10).

O Tribunal

“T ribunal” na expressão “o T ribunal de C risto” é a palavra grega

bema, ou bematos, que se refere a um a plataform a elevada de arbitragem e recom pensa. Este term o é usado dez vezes no N o v o T estam ento.

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Preparemos o Cenário

O bema nunca é um a banca prejudicial; ao invés disso, é u m local de inspeção, discurso e performance. C o m o a plataforma de um concurso de beleza, é u m local onde a vida e as obras do crente são examinadas.

Entendendo a Justiça de Deus

Aqui, os vencedores são recompensados, e os servos infiéis perderão a recom pensa. E ntender o Tribunal de Cristo é entender a justiça de D eus.

U m jo v em estudante m e escreveu:

Q uando com ecei a pesquisar sobre o T ribunal, com preendi um a realidade da justiça de Deus. E u nunca tinha visto aquilo antes. Havia horas em que eu sentia a seriedade e o peso do m eu espírito ao entender o que estava preparado para o cristão. Havia horas em que eu sentia isso com tal força que eu perdia o fôlego, pois estava com frio na barriga — com o quando se está tão tenso e nervoso que é difícil respirar!

N ão é de se espantar que Paulo escreveu acerca do julgam ento: “Assim que, sabendo o tem or que se deve ao Senhor, persuadimos os hom ens...” (2 C o 5.11).

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f o i dito por Coleridge que nossa maior missão é resgatar verdades admitidas pela negligência causada por sua

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W O Local

H e a Questão

“cr

aça o exam e” , m eu instrutor havia firm em ente adm oestado, “ou aceite um a reprovação autom ática” . Aquelas palavras m e lem bram palavras surpreendentem ente similares encontradas na Bíblia:

M as tu, por qúe julgas teu irmão? O u tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.

Porque está escrito: Pela m inha vida, d iz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de m im , e toda língua confessará a D eus. D e maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a D eu s (R m 1 4 .1 0 -1 2 ).

Esta é um a das dez passagens do N o v o T estam ento onde a palavra

bema é usada; é u m dos dois locais específicos nas Escrituras onde o term o “T ribunal de C risto” é usado.

Exclusão e Inclusão

O bserve que o apóstolo Paulo usa o p ronom e pessoal de linguagem familiar: “nós” . Som ente cristãos são m encionados desta forma. Isto significa duas coisas: um a exclusão (de pecadores) e um a im portante inclusão (de crentes).

O verbo “dará” , no futuro, denota certeza divina. Antes, Paulo havia dito: "... somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o m u n d o ” (1 C o 11.32).

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O Tribunal de

Cr is t o

Vale a pena tam bém destacar a palavra “todos” . N ão há exceções! C ada crente — incluindo o apóstolo, os cristãos rom anos a quem ele escreveu, e todos os da família da fé, incluindo a m im e a você — estarão lá: “todos havem os de com parecer ante o tribunal de C risto ” .

C om o o Dr. L. Sale-Harrison escreveu muitos anos atrás em um livro sobre este assunto: “O que quer que este tribunal seja, todos haveremos de estar diante dele. A Bíblia não admite questionamentos sobre este pon to ” .

Nossa Esperança Futura

A outra referência específica a este ju íz o está em 2 C oríntios 5. Este é u m capítulo fenom enal sobre esperança futura e propósito do crente, especialm ente em relação à ressurreição do seu corpo.

Neste contexto, o apóstolo compara a realidade dos sofrimentos presentes ao vindouro “peso da glória” . Ele fàla de um m om ento em que receberemos um novo corpo, “ ... casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (v. 1).

E pela fé que cam inhamos, ele diz, confiantes de que estar ausente do corpo é estar presente com o S enhor (v. 8).

"Conhecendo o Temor"

Pelo que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes. Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver fe ito por meio do corpo, ou bem ou mal. A ssim que, sabendo o temor que seve ao Senhor, persuadimos os

homens à fé , mas somos manifestos a D eus; e espero que, na vossa consciência, sejamos também manifestos (2 Co 5 .9 -1 1 ).

N esta passagem, vem os que Paulo novam ente usa a palavra “nós” , dirigindo-a aos cristãos. E interessante que tais pronom es pessoais ocorram mais de trinta vezes neste capítulo relativam ente curto.

N o te tam bém as palavras “im porta q u e ” e “ todos” nesta passagem. N o versículo 10, Paulo escreve: “P orque todos devemos com parecer”, e em R o m an o s 14.10 ele diz: “todos havem os de com parecer” .

Revelado pelo Fogo

“ C om parecer” é um a tradução da palavra grega phonero, que significa “ser claram ente visto, ser explicitam ente m anifesto ou discernido” . Esta

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O Local e a Questão

mesma palavra é usada em 1 C oríntios 3.13, um a passagem im portante que exam inarem os em detalhes adiante. A passagem adverte que “a obra de cada u m se manifestará; na verdade, o D ia a declarará, porque pelo fogo será descoberta...”

Pode-se ver, assim, que ambos, o crente e suas obras, obviam ente, serão revelados no T ribunal de Cristo.

N o te tam bém o contraste entre 2 C oríntios 5.10 (“cada u m receba segundo o bem ou o mal que tiver feito p o r m eio do corpo”) e R om anos 14.2 (“cada um de nós dará contas de si m esm o a D eus”). E m bora estas frases sejam similares, elas revelam diferentes atividades

que ocorrerão neste m om ento de revisão antes do Tribunal.

Privilégio e Mandato

P ode ser dito que o uso do verbo “receber” no subjuntivo (receba), na passagem de 2 C oríntios, sugere que este ju ízo é tanto u m privilégio

quanto u m m andato. O T ribunal de C risto será um a hora de clarificação e explicação.

Jesus contrastou “o ju iz injusto” com a esperança do crente de que um ju iz justo ouça o seu caso antes do Tribunal do Senhor. “Tam bém através dos teus juízos, Senhor, te esperamos” , declara Isaías 26.8 (Versão A lm eida R evista e Atualizada).

A ndrew M urray escreve em “ O Juiz de Graça” , de M ensagens Diárias para um Mês:

O julgamento prepara o caminho, e escapa em maravilhosa misericórdia. Está escrito: “T u serás redimido com julgam ento”. Espere em Deus, na fé de que sua delicada misericórdia está pondo em ação sua redenção em meio ao julgam ento. Espere nEle, Ele agirá com graça por você.

A Palavra mais Forte para Medo

N o te a afirmação conclusiva do apóstolo em 2 C oríntios 5.11: “Assim que, sabendo o tem or que se deve ao Senhor, persuadim os os hom ens” .

Aqui está a palavra grega mais forte usada para “m e d o ” : phobia.

C erto escritor com entou: “Este é o m edo causado pelo pensam ento de estar diante do tribunal de Cristo e ter toda a vida exposta e avaliada” .

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O Tribunal de

Cr is t o

Lem bre-se das palavras de João: “Filhinhos, agora, pois, perm anecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenham os confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua v inda” (1 Jo 2.28, A R A ). Alguns tradutores sugerem que em lugar de “nos afastemos envergonhados na sua vinda” , um a frase mais forte, “ encolhidos em pavor dele na sua v inda” , deveria ser usada.

O T ribunal de Cristo não será u m chazinho ou u m piquenique da Escola Dom inical; ao invés disso, será u m m o m ento conhecido p o r seu

temor. C onhecendo este vindouro tem or, cada m estre sincero tenta

convencer seus irmãos disto, assim com o Paulo convenceu a Igreja P rim itiva e com o E d m e convenceu.

“ Algum dia tem erei m eu Salvador?” , você pergunta. “ O am or perfeito não lança fora o m edo? Jesus é m eu am oroso A m igo, e D eus é m eu Pai. N ão posso m e im aginar diante dEles em um a atitude de te m o r” .

Estou convencido de que a resposta para esta confiança cristã genuinam ente sentida encontra-se nos papéis que concedem os a Cristo. Escolhem os conhecer nosso C risto apenas com o Intercessor, R e d e n to r e A m igo dos pecadores. Mas Ele é tam bém S enhor e M estre, Soberano sobre toda a natureza e vindouro R e i e Juiz!

Conhecendo apenas um Lado do Pai

Im agine u m jo v e m crescendo em um a bela casa de classe m édia alta, onde seu pai não apenas provê adequadam ente tudo o que ele precisa, mas é seu amigo. Eles jo g am golfe e velejam ju n to s, acampam e freqüentem ente m antêm conversas longas, íntimas e pessoais. E o relacionam ento mais feliz possível entre pai e filho.

E m um triste dia, este filho, tendo sido influenciado p o r más com panhias, junta-se a eles ao com eterem u m crime. Eles são presos pela polícia, e logo encontram -se diante do tribunal de justiça.

U m funcionário anuncia o núm ero da corte e o nom e do juiz. T odos na sala de audiência se colocam de p é em respeito enquanto a figura vestida de preto entra no am biente.

O s três jovens acusados ficam diante da banca tom ados de m edo e apreensão. O jo v e m filho conhece a figura física do ho m em m uito bem , mas nunca o tinha visto daquela form a antes; nunca o tinha

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O Local e a Questão

conhecido nesta função. É na verdade seu pai, mas agora tam bém é um juiz!

Outro Retrato de Cristo

Apocalipse 1.13-16 (Versão Alm eida R evista e Atualizada) nos m ostra u m retrato de C risto que m uitos cristãos nunca consideraram:

[ ...] com vestes talares e cingido, à altura do peito, com um a cinta de ouro. A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva e lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado num a fornalha; a vo z, como v o z de m uitas águas. T inha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe um a afiada espada de dois gum es. O seu rosto brilhava como o sol na sua força.

Dificilm ente esta é um a im agem de Jesus típica de Escola Dominical! A p ro p ó s ito , “ vestes ta la re s” é a palavra grega poderes, m ais freqüentem ente usada para a toga do ju iz ou juiz-sacerdote.

N ão é de se surpreender que a reação do apóstolo João a esta visão foi cair a seus pés com o m orto! Jesus Cristo é Senhor. É com Ele que nos verem os. A q u E le que nos redimiu e nos amou também nos exam ina e

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cada mudança em sua vida, m antenha o f i m em vista; lembre-se que você haverá de estar diante de um severo J u iz , que conhece todas as coisas, que não pode ser comprado com presente ou convencido por desculpas, que lhe dará o que merece. Q ue tipo de defesa você fará diante d ’aquEle que conhece as piores coisas que podem ser ditas contra vocêpobre, tolo pecador, tão freqüentem ente aterrorizado quando se encontra

com a desaprovação hum ana! E estranho que você esteja tão pouco ansioso pelo D ia do J u íz o , quando não haverá conselho para

defendê-lo, pois a todos será difícil manter-se! Agora é tempo de trabalhar, enquanto há colheita para ser ceifada, agora é a hora quando lágrimas e suspiros e lamentações suas serão levadas em conta, e ouvidas, e quando você pode satisfazer àquilo que deve.

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A Visão

/u vi os redim idos de todas as eras, e eram com o o ondear das espigas n u m cam po de trigo do Kansas.

M inha form ação espiritual sem pre se deu em pequenos grupos cristãos. O cristianismo sempre foi para m im um a experiência de minorias. E u não tinha preparação para as infindáveis m ultidões de crentes vestidos de branco.

L em brei-m e de um m om ento em que estava no convés de um velho navio de cruzeiro, o Q ueen M ary, no m eio do Atlântico. A im ensidão do oceano à m inha volta era com o a infinidade da Igreja reunida que eu via nesse m om ento. T odos os cristãos de todas as eras estavam lá.

Sons de Soluço e Regozijo

O que veio em seguida não foi um a cena, mas u m som. Eu ouvi dois ruídos contrastantes e em conflito. U m parecia ser o som de choro. Era o soluço gutural pela perda da vida que eu havia m entalm ente guardado há m uito tem po com o u m som típico dos condenados. P orém eu sabia instintivam ente que não havia condenados ali. Estes eram os redim idos reunidos, e n inguém seria condenado daquele m om ento em diante.

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O Tribunal de

Cr is t o

E m contraste, havia o som de regozijo, com o se diversas igrejas festejantes fossem reunidas em um a, ou o encontro de um a m ultidão de corais cantando o grande “ C o ro Aleluia” . Q u e libertação! Q u e louvor! E p o r infinita com paração, que contraste: o som mais profundo de choro incontrolável e a irrestrita alegria do louvor livre.

O s sons conflitavam entre si com o grandes címbalos opostos: choro e alegria — lo u v o r e d o r — sucesso e fracasso — perda e recompensa.

P or alguma razão, meus olhos foram direcionados a um grupo de cristãos à minha direita. Havia alguém entre eles que eu sabia ser Cristo. Estando distante, som ente senti sua identidade, pois a visão não era clara.

A Tocha Está em sua Mão

Pude ver, entretanto, que Ele carregava um a tocha de fogo em sua mão. N ão era um a tocha diferente daquela carregada p o r atletas nas Olimpíadas. Ele parecia estar falando brevem ente com cada cristão.

Depois da conversa, com a tocha Ele ateou fogo em montes de palha e grama junto aos pés de cada crente. Havia um incêndio e depois uma reação.

Palha? M eus olhos im ediatam ente voltaram -se para m eus próprios pés. E u conhecia o significado daquele símbolo: aquilo que era dissolúvel — o que podia ser queim ado — o que fora contado em falta.

M eus maiores m edos se tornaram reais. A m eus pés estava um a pilha de lenha, grama e feno, com o a que se ju n ta após se podar e varrer um gramado.

E u senti suor nas palmas de minhas mãos, e lem bro-m e de clamar, mais para m im mesm o do que para alguém p o r perto: “ O h D eus, isto é tudo o que eu tenho a apresentar depois de sete anos de ministério? M inhas m otivações e obras têm sido tão impuras?”

Im ediatam ente, no espírito, ouvi estas palavras: “Filho, olhe em volta de v o cê” .

R apidam ente m e apercebi de que cada crente que eu podia ver tinha um a pilha parecida a seus pés. N a verdade, algumas eram m enores ou outras maiores do que a que eu tinha a meus pés, mas não vi n inguém sem tal pilha.

C laram ente ouvi o Espírito dizer: “ Som ente, filho, quando todo o lixo for queim ado será revelado o que resta. Espere pelo fo g o ”.

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A Visão

A partir daquele m om ento, m e senti livre para libertar meus pensam entos daquela pilha m edonha de obras inúteis a meus pés. Eu estava em u m pequeno e familiar grupo de pessoas que eu conhecia. M eu pai, u m m inistro do Evangelho até a sua m orte p o r volta dos oitenta anos, estava entre elas.

Minha Mentora Espiritual

M inha atenção no círculo prim eiram ente foi atraída p o r um a fisionom ia m u ito conhecida p o r m im . Era a pequena m ulher inglesa que, com seu marido, dera tanto apoio à pequena congregação evangélica em Sharon, Pensilvânia, onde fui criado.

Ela e seu m arido haviam sem pre sentado na prim eira fileira em cada culto. P o r m uitos anos ela havia conduzido a congregação em um culto m issionário realizado m ensalm ente, que influenciou grandem ente m inha vida. Ademais, ela havia sido m inha professora de Escola D om inical quando era pequeno.

M eu nascim ento ocorrera tarde na vida de m eus pais, assim m eus avós naturais eram todos falecidos. Então a Sra. Shipton havia sempre sido a “vovó S hipton” para m im . Existia um vínculo em ocional fora do com um entre nossas vidas.

Q u an d o m e tornei um adolescente difícil e rebelde, e m e desviava das prioridades espirituais, ela se achegava a mim, colocando sua pequena m ão sobre m eu om bro, dizendo: “R icky, m eu filho, estou orando por você. D eus tem u m grande propósito para a sua vida” .

Eu polidam ente tirava sua m ão de m eu om bro e distraidam ente dizia: “N ão ore p o r m im , vovó S hipton!” N aquele m om ento, eu não queria mais dizer aquilo. Sabia que D eus ouvira suas orações, e isso era a últim a coisa que eu queria!

A quela devota senhora, cujo objetivo era o céu, e cujo am or por Jesus era transparente com o sua própria vida, era consistentem ente fiel

à intercessão e ao propósito.

Minha Rebelião Acaba

E m certa noite de dom ingo, durante m eus anos de rebelião, estava sentado em m eu lugar costum eiro na igreja, o banco de trás, com alguns outros adolescentes. Havíam os trocado bilhetes e figuras durante

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o sermão de m eu pai. Q uando fiquei de pé ao apelo feito pelo pastor, de cabeça curvada e olhos fechados, m inhas mãos agarradas à parte de trás do banco à m inha frente, eu instintivam ente soube que vovó S hipton estava vindo à m inha busca.

N ão ouvi passos, pois ela era bem leve. E nunca tinha visto ela aproxim ar-se de alguém daquela forma antes ou depois do que ocorreu. Mas eu sabia que ela estava vindo, e logo senti sua m ão sobre m eu om bro. Depois não h o u v e u m pedido, e sim um a ordem — uma ordem apoiada p ó r quatorze anos de oração.

“ F ilho” , ela disse, “ é a h ora” .

C horei com o um a criancinha enquanto ela m e guiava ao altar e a u m lugar de arrependim ento e com pleta entrega ao senhorio de Jesus Cristo.

"Muito Bem, Servo Bom e Fiel"

“L ily Shipton!”

A voz, com o a voz de muitas águas, sobressaltou-me em m inha com penetração.

Jesus estava diante de m inha m entora. N ão m e lem bro de ter ouvido alguma vez seu prim eiro nom e; certam ente não que eu me lembrasse. Ela era sem pre “vovó S hipton” para m im.

V i-o pondo fogo à pilha de grama e palha aos pés dela, que queim ou instantaneam ente, com o um lam pejo de luz. Porém , meus olhos podiam ver som ente um a divina pilha de peças de ouro e prata, tão preciosas com o jóias espalhadas a seus pés.

V i-a recurvar-se para ajuntar as preciosidades. T om ando-as em suas mãos, ela as derram ou aos pés de Jesus, e então a ouvi com eçar a louvar ao Senhor. C o m o eu m e lem bro daquele espírito de louvor: “E u te am o, Jesus! E u te am o, Jesus!” , ela clamava.

E nquanto a ouvia rejubilando-se, fui lem brado pelo S enhor da últim a vez que a tinha visto na terra.

Uma Palavra da Eternidade

H avia retornado para a casa dos m eus pais, para as férias de Natal. M eu m inistério m e havia feito m orar em um a região distante da Pensilvânia, e mal havia m antido contato com a velha igreja-m ãe.

O Tribunal de

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A Visão

V ovó S hipton estava agora com cerca de noventa anos, e estava parcialm ente cega. N o últim o ano, ela já dava sinais de estar senil, m eu pai m e informara, e freqüentem ente acontecia de não conseguir lem brar- se dele ou reconhecê-lo quando ele a visitava, apesar de ter sido seu pastor p o r quase trinta anos.

D urante minhas férias, papai havia dito: “ Filho, acho que você deveria vir com igo hoje para visitar vovó Shipton. Provavelm ente será a últim a vez que você a verá viva” .

Eu relutantem ente havia o acom panhado. N ão via propósitos em vê-la naquele estado, mas qualquer chance de ficar u m tem po com m eu pai era sem pre um privilégio.

C hegam os ao simples sobrado. A filha de vovó, Ione, nos recepcionou à porta. A cada m anhã ela vestia sua mãe, sentava-a em sua escura sala de estar sobre sua cadeira de balanço preferida, com seu xale sobre seus om bros, e a velha e gasta Bíblia em seu colo.

Ione m e lem brou de que agora V ovó raram ente reconhecia até mesm o os m em bros mais próxim os da família, mas m e agradecia p o r ter vindo.

E nquanto m eu pai e Ione conversavam na entrada, com ecei a entrar na sala de estar. Subitam ente ouvi sua voz. V ovó Shipton estava falando! P o r causa da sua condição, seu falar soava com o palavras da eternidade.

“R icky, m eu filho, é você? R icky, eu oro p o r você todos os dias. Deus tem um a grande obra para você realizar” .

Estava sobressaltado. Estava ouvindo coisas? N ão, m eu pai e Ione estavam atrás de m im , com choque estampado em suas faces. Eles tam bém a tinham ouvido!

Ela não falou outra palavra na hora que se seguiu. Sua conversa era frágil e fragm entada, intrincada e desconexa. D eus havia perm itido a seu espírito u m m om ento fmal de lucidez. Ela era irrevogavelm ente ligada àquele pequeno garoto p o r visão e através da oração. Q u e palavras foram aquelas para m im naquele m o m ento e até o presente dia!

“R icky, m eu filho, eu oro p o r você todos os dias. Deus tem um a grande obra para você realizar” .

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ossa dificuldade no tribunal de Cristo não serão os passaportes, mas a bagagem. É assim que geralmente acontece quando se viaja.

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O que Está

B aos nossos Pés?

^ s ^ T j u a n d o m eu amigo E d m e alertou sobre o T ribunal de Cristo, fui dirigido pela consciência para m eu apartam ento para iniciar quatro dias de leitura e pesquisa.

U m a passagem da Bíblia em particular se to rn o u dom inante em m eu pensam ento. S uponho que tenha lido 1 C oríntios 3 pelo m enos quatro vezes entre segunda e quinta-feira!

Esta passagem, creio eu, confere p o d e r e dram aticidade ao ensinam ento bíblico sobre o T ribunal de Cristo. O seu contexto é indubitavelm ente coletivo, isto é, refere-se à Igreja em C orinto, e é especificamente direcionado aos cooperadores cristãos que ajudaram a lançar o fundam ento e a construir a com unidade cristã em C orinto.

A Responsabilidade Individual

Mas tam bém se pode encontrar em todos os lugares na passagem a responsabilidade do indivíduo. P ode dizer-se que Paulo está se dirigindo aos m inistros cristãos — seus cooperadores — no tem a geral da apresentação de cada crente ao T ribunal de Cristo. ,

A carnalidade e im aturidade dos crentes coríntios provê um plano de fundo para este ensinam ento. O sinal de sua im aturidade era sua divisão acerca de diferentes ensinam entos sobre a dieta.

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Leite

versus

Carne

A seu próprio estilo, Paulo repreendeu estes crentes p o r subsistir no leite — que têm ensinam ento básico, passando pelo “A B C ” — em oposição à carne — aquilo que eles pessoalmente estudaram, apreenderam e aplicaram.

E m bora o renascido deva buscar o autêntico leite da Palavra, a contínua dependência dele deixa o crente desqualificado, incapaz de discernir, e infrutífero, de acordo com H ebreus 5.11-14.

T al im aturidade, de fato, é ainda mais perigosa para a fé continuada, de acordo com H ebreus 6, porque alguém que depende do leite sempre constrói sua vida cristã sobre a fonte dos mestres terrenos.

A Verdadeira Fundação

A verdadeira fundação para toda a vida cristã, de acordo com 1 C oríntios 3.11, é Jesus C risto. T odos os crentes, incluindo mestres e cristãos individuais, alicerçam-se sobre esta fundação. Vejamos isto na própria Palavra:

Porque ninguém pode pôr outro fu n d a m e n to , além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E , se alguém sobre este fu n d a m en to form ar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, fe n o , palha, a obra de

cada um se manifestará; na verdade, o D ia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um . Se a

obra de alguém que edificou nessa parte, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo. N ã o sabeis vós que sois o templo de D eu s e que o Espírito de D eu s habita em i>ós? Se alguém destruir o templo de

D eus, D eus o destruirá; porque o templo de D eus, que sois vós, é santo (1 Co 3 .1 1 -1 7 ) .

U m a discussão contínua sobre se o “vós” nessa passagem se refere coletivam ente à igreja coríntia ou a indivíduos é infrutífera. As Escrituras, em seu ensino, dem onstram em sua totalidade que ambas as idéias são aplicáveis.

T o d o s os indiv íd u o s co n stro e m suas vidas pessoais sobre o fundam ento de Jesus Cristo, assim com o todos os pastores ou mestres

O Tribunal de

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O que Está aos nossos Fés?

edificam-se sobre a fundação previam ente lançada dos apóstolos e dos profetas!

Assunto: "O Dia"

O principal assunto de 1 C oríntios 3 é “o D ia” , ou aquele dia. Paulo revela isto mais a fundo no capítulo seguinte. Aqui, ele compara o T rib u n al de C risto ao ju lg am en to de sua vida feito p o r seus com panheiros crentes e ao ju lgam ento que ele havia recebido dos tribunais hum anos (“o dia do h o m e m ”). Ele enfrentara ambos, tanto em sua vida pessoal com o em seu m inistério.

Ele escreve no capítulo 4:

Todavia, a m im m ui pouco se me dá de ser julgado por vós ou por algum j u í z o hum ano; nem eu tampouco a m im mesmo me julgo. Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me ju lg a é o Senhor. Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à lu z as

coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e, então, .cada um receberá de D eu s o louvor ( í Co 4 .3 -5 ).

Já concluím os, indubitavelm ente, que todos os redim idos de todas as eras estarão ju n to s no T ribunal de Cristo.

Os Motivos Serão Revelados

Estamos todos lá. Cristo é o Juiz. Mas ju n to conosco e Cristo, nossas obras estarão lá — o fruto de nossa vida.

N a imagem de 1 C oríntios 3, nossas obras podem estar sob a forma de madeira, palha e restolho — aquelas da carne e do orgulho; aquelas que foram feitas com m otivos errados ou alinhadas com o desuso carnal.

Mas tam bém po d em estar lá sob a forma de ouro, prata e pedras preciosas, representando aquelas que foram boas, obedientes, sacrificiais e feitas por m otivos puros.

Cada ação, motivo e obras feitos por nós sobre a terra estarão lá para serem julgados.

A frase em 2 C oríntios 5.10, “ cada um receba segundo o que tiver feito p o r m eio do corpo, ou b em ou m al” , se refere às coisas feitas

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O Tribunal de

Cr is t o

Crentes sob Provação

D esde o m om ento de sua conversão a Cristo, o crente está em período de provação — u m tem po de teste e de oportunidade.

Graça, am or e m isericórdia devem sem pre ser equilibradas por justiça. Tivem os extensa graça, mas o T ribunal de Cristo é um a hora de

justiça. U m estudante com entou: “A graça leva ao tribunal, mas a justiça

queim ará tudo o que a graça cobriu” .

Vemos isto na vida de José. A Palavra de D eus nos lem bra: “ até cum prir-se a profecia a respeito dele, e tê-lo provado a palavra do S enhor” (SI 105.19, A R A ).

Vemos a mesma coisa na vida de Abraão. Em N eem ias, os levitas disseram de Abraão:

T u és Senhor, o D eus, que elegeste Abrão, e o tiraste de U r dos caldeus, e lhe puseste por nome Abraão. E achaste o seu coração fie l perante ti e fiz e s te com ele o concerto... e confirmaste as tuas palavras,

porquanto és ju sto (N e 9 .7 ,8 ).

E m ambas as passagens, a palavra para “provar” ou “achar fiel” é a palavra grega eurisko — “descobrir através de inquisição, ou provar” , e a palavra hebraica é m a tza — “causar aproxim ação”.

Vida: Nossa Tremenda Oportunidade

E nquanto o crente está no corpo físico, toda a sua experiência é, de certa forma, u m teste. A vida do crente no corpo é um a trem enda oportunidade para crescim ento, frutificação e, sobretudo, conform idade com o caráter de Jesus C risto (veja E f 1.4; R m 8.28,29).

Propriam ente vivida, a vida é u m maravilhoso ato de adoração que traz louvor à glória da graça de D eus. Esta vida é tam bém o único espaço para o crente estabelecer a forma com a qual passará a eternidade. Este é o claro ensinam ento de R om anos 14.1-12: cada u m de nós dará conta de si m esm o a D eus” (v. 12).

A Terrível Prestação de Contas

O grande m onte de palha, m adeira e restolho que eu vi a m eus pés era alarmante e assustadora. E u sabia que era um a representação simbólica

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O que Está aos nossos Pés?

do resum o da m inha vida e ministério! L em bro-m e m uito b em de clamar: “ O h D eus, isto é tudo o que eu tenho para m ostrar p o r sete anos de m inistério?”

Prestar contas é sempre assustador. Q u e m não sente um a pontada de m edo quando declara o im posto de renda, faz o teste para m otorista, ou entrega a prova a um instrutor? E o m elhor que pudem os fazer sob as circunstâncias, mas com o será avaliado? “Cada u m de nós dará conta de si m esm o a D eus” .

Ao ser envolvido pelo m eu intenso estudo de quatro dias, estas palavras m e lem braram de algo. Sorri para m im m esm o quando fin alm en te m e re co rd e i. A quelas era as palavras que m eu pai freqüentem ente m e dizia quando eu era adolescente. “R ich ard ” , ele dizia (eu era sem pre R ick y até u m m om ento de julgam ento com o este!) — “R ichard, dê conta de si m esm o!”

E u sabia o que ele queria dizer: “ O n d e você estava? C o m quem você estava? O que você fez?” E u nunca teria m entido ao m eu pai, mas sempre pensava que ele não precisava saber de todos os detalhes! Ao ficar mais velho, entretanto, fui entendendo sua preocupação, e vi mais sabedoria em m e lançar à m ercê de seu juízo!

O Potencial Desperdiçado

L eonard R avenhill escreveu a respeito do T ribunal de Cristo: “D eus não m edirá seu intelecto ou m inistério. Ele provará sua vida com fogo” .

“D ar conta” significa reportar e responder p o r nossas oportunidades.

“Perda” para um crente será a compreensão do potencial desperdiçado.

A justiça governante no T ribunal de C risto determ inará com o viverem os a eternidade, pois aquele dia encerrará ou declarará nossa fidelidade, nossa vida e nossas obras.

O T ribunal de C risto é o envio das notas das provas, a avaliação das escolhas de nossa vida e a determ inação de nossa posição na eternidade.

O D r. C . S. Lovett escreveu na Christian W orkers Service Bureau

M agazine (Revista da Agência do Serviço dos Trabalhadores Cristãos):

“ Os crentes lavados pelo sangue estarão imaculados à vista de Deus, mas nem todos terão o m esm o registro de serviço. D eus procura obediência. D e fato, Ele diz que o am or cristão é m edido pela obediência

Referências

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