Portaria MS nº 2.914/2011
Qualidade da água para consumo humano
Qualidade da água para consumo humano
Qualidade da água para consumo humano
Qualidade da água para consumo humano
Adriana Rodrigues Cabral Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador
Florianópolis, 20 de abril de 2012
Portaria MS nº 2.914 de 12/12/2011
“Dispõe sobre os procedimentos de controle e de
vigilância da qualidade da água para consumo
humano e seu padrão de potabilidade”.
VIGILÂNCIA
CONTROLE
SETOR SAÚDE
Ministério da Saúde
Secretarias Estaduais e
Municipais de Saúde
PRESTADORES DE
SERVIÇOS DE
ABASTECIMENTO DE
ÁGUA
Decreto n.º 79.367, de 09 de março de 1977
Estabelece a competência do Ministério da Saúde sobre o controle da qualidade de água para consumo humano.
Portaria nº 56, de 14 de março de 1977
Portaria nº 036, de 19 de janeiro de 1990
Portaria nº 1469, de 29 de dezembro de 2000
Portaria MS nº 518, de 25 de março de 2004
Portaria MS nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011
artigo 4°Portaria MS nº 518/2004 MS promoverá, a revisão da Norma de
Qualidade da Água para Consumo Humano, no prazo de 5 anos ou a qualquer tempo;
atualização frente aos avanços do conhecimento técnico-científico; realização de estudos que apontaram os principais aspectos da
norma de potabilidade que precisavam de revisão;
recomendações da 3ª Edição das Guias de Qualidade da Água para Consumo Humano da Organização Mundial da Saúde;
regulamentação do saneamento básico (Lei 11.445/2007);
atuação dos setores recursos hídricos, meio ambiente, órgãos de fiscalização, agências reguladoras, controle social;
aumento da carga poluente nos meios hídricos por intensificação de processos agrícolas, industriais, urbanos, dentre outros;
microorganismos e micropoluentes emergentes;
municípios com distribuição de água sem tratamento e sem controle de qualidade,
prevalência das doenças de transmissão hídrica
Necessidade da revisão da Portaria nº 518/2004
• Avaliação crítica do conteúdo da Portaria MS nº 518/2004
• Microbiologia (indicadores bacteriológicos, turbidez como indicador de qualidade microbiológica, parâmetros de controle da desinfecção); • Sistematização referente ao tema substâncias químicas (padrão de ocorrência e dinâmica, toxicidade, limites de detecção e remoção no tratamento da água)
• Sistematização do conhecimento referente à cianobactérias e cianotoxinas (4 estudos)
• Contribuições: Documento ABES, Tese Doutorado Fernandes Neto, M. L., e Documentos ANVISA)
Coordenação-Geral de Vigilância de Vigilância em Saúde Ambiental Coordenação-Geral de Vigilância Epidemiológica das Doenças de
Transmissão Hídrica e Alimentar
Coordenação-Geral de Laboratórios de Saúde Pública Coordenação Geral de Saúde Bucal
Consultoria Jurídica do Ministério da Saúde Fundação Nacional de Saúde - FUNASA Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
CONASS e CONASEMS
Em julho de 2009 instituído Grupo de Trabalho
finalidade de revisar a Portaria MS nº 518/2004.
Representação do Setor Saúde
Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental - SNSA/MCidades Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano - SRHU/MMA Agência Nacional de Águas - ANA/MMA
Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA Conselho das Cidades - Con-Cidades
Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento - ASSEMAE Associação das Empresas de Saneamento Básico Estadual - AESBE Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto - ABCON
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária - ABES 4ª Câmara da Procuradoria Geral da República
Grupo de Trabalho: Tema I
Definições, Deveres e Responsabilidades, Exigências e
Disposições Finais
Subgrupos de Trabalho: Tema II
Padrão de Potabilidade - cianobactérias/cianotoxinas,
microbiologia e Substâncias químicas
27 REUNIÕES: julho de 2009 a dezembro de 2010
www.saude.gov.br/portaria518
Jul/2009 a Maio/2010portaria518@saude.gov.br
Oficinas Regionais (4)
Set/2010: 317 contribuiçõesConsulta pública (http://www.saude.gov.br/consultapublica)
5 a 30 de nov/2010: 252 contribuições
INSTRUMENTOS DISPONIBILIZADOS PARA PARTICIPAÇÃO
Relatório Processo de Revisão Portaria MS nº 518/2004
(site MS)
Capitulo III
DAS COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
Seção II –Competências dos Estados
Art. 11
VI– encaminhar aos responsáveis pelo saneamento informações sobre surto relacionado à qualidade da água para consumo humano;
VII- em situações de surto de doença diarréica aguda ou outro agravo de
transmissão fecal-oral, realizar:
a) análise microbiológica completa da água (apoiar investigação epidemiológica); b) pesquisa de vírus e protozoários (amostras para laboratórios de referência nacional) quando as amostras clínicas forem confirmadas, c) envio das cepas de Escherichia coli aos laboratórios de referência para identificação sorológica;
Capitulo III
DAS COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
Seção III –Competências dos Municípios
Art. 12
III - manter articulação com as entidades de regulação quando detectadas falhas relativas à qualidade dos serviços de abastecimento de água, a fim de que sejam adotadas as providências concernentes a sua área de competência;
VI – encaminhar aos responsáveis pelo saneamento informações sobre surto relacionado à qualidade da água para consumo humano;
Capitulo III
DAS COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
Seção III –Competências dos Municípios
Art. 12
X - cadastrar e autorizar o fornecimento de água tratada, por meio de solução alternativa coletiva, mediante avaliação e aprovação dos documentos exigidos no art. 14 desta Portaria.
Parágrafo único. A autoridade municipal de saúde pública não
autorizará o fornecimento de água para consumo humano, por meio de solução alternativa coletiva, quando houver rede de distribuição de água, exceto em situação de emergência e intermitência.
Capitulo III
DAS COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
Seção IV - Do Responsável pelo Sistema ou Solução Alternativa Coletiva
de Abastecimento de Água para Consumo Humano.
Art. 13
IV - manter avaliação sistemática do sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água, sob a perspectiva dos riscos à saúde, com base nos seguintes critérios:
e) na qualidade da água distribuída, conforme os princípios dos Planos de Segurança da Água (PSA) recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) ou definidos em diretrizes vigentes no País;
Capitulo V
DO PADRÃO DE POTABILIDADE
Incluídos 18 novos parâmetros
Substancias químicas que representam risco a saúde:
Níquel; 1,2 Dicloroeteno (cis + trans); Di(2-etilhexil) ftalato; Aldicarbe + Aldicarbe sulfona e aldicarbe sulfóxido; Carbendazim + benomil; Carbofurano; Clorpirifós + clopirifós-oxon; Diuron; Mancozebe; Metamidofós; Parationa Metílica; Profenofós; Tebuconazol; Terbufós, Ácidos haloacéticos total, Urânio e Rádio.
substâncias no padrão organoléptico de potabilidade:
1,2 diclorobenzeno e 1,4 diclorobenzeno
Capitulo V
DO PADRÃO DE POTABILIDADE
• Excluídos 5 parâmetrosBentazona; Heptacloro e Heptacloro epóxido; Hexaclorobenzeno; Metoxicloro e Propanil.
• Alteração de VMP em 7 parâmetros
Cloreto de Vinila; Tetracloreto de Carbono, Tricloroeteno, Bromato, Clorito, DDT+DDD+DDE e Cloraminas Total.
Gosto e odor: intensidade 6
• Alteração na composição em 6 parâmetros
2,4 D + 2,4,5 T, Clordano, Lindano (gama HCH), Endossulfan (α, β e sais), Aldrin + Dieldrin e Glifosato + AMPA.
Capitulo V
DO PADRÃO DE POTABILIDADE
• Cianotoxinas – Inclusão das Saxitoxinas
• Turbidez – Redução de 1,0 uT para 0,5 uT em 4 anos (Anexo III)
• Realizar mensalmente análise de E. coli no ponto de captação – Giardia e Cryptosporidium
• Desinfecção - Valores da Concentração e tempo em função do pH e de temperatura (oC) (Anexos IV, V e VI)
• Urânio, Rádio-226 e Rádio-228
Capitulo V
DOS PLANOS DE AMOSTRAGEM
Art. 41
§ 5º O plano de amostragem para os parâmetros de agrotóxicos deverá considerar a avaliação dos seus usos na bacia hidrográfica do manancial de contribuição, bem como a sazonalidade das culturas.
§ 6º Na verificação do atendimento ao padrão de potabilidade expressos nos Anexos VII, VIII, IX e X desta Portaria, a detecção de eventuais ocorrências de resultados acima do VMP devem ser analisadas em conjunto com o histórico do controle de qualidade da água.
Capitulo V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 45. É facultado ao responsável pelo sistema ou solução alternativa
coletiva de abastecimento de água solicitar à autoridade de saúde pública a alteração na frequência mínima de amostragem de parâmetros estabelecidos nesta Portaria, mediante justificativa fundamentada.
Parágrafo único - Uma vez formulada a solicitação prevista no caput
deste artigo, a autoridade de saúde pública decidirá no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, com base em análise fundamentada no histórico mínimo de dois anos do controle da qualidade da água considerando os respectivos planos de amostragens e de avaliação de riscos à saúde, da zona de captação e do sistema de distribuição.
Capitulo V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 46. Verificadas características desconformes com o padrão de
potabilidade da água ou de outros fatores de risco à saúde, a autoridade de saúde pública competente determinará ao responsável pela operação do sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água que:
I - amplie o número mínimo de amostras; II - aumente a frequência de amostragem; e
Consumir água com qualidade e regularidade é um direito fundamental.
Garantir a prevenção de riscos e agravos à saúde pública relacionados à transmissão hídrica.